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Processament� d� Produt� d� Orige� Anima� Princípi� d� Tecnologi� d� Aliment� Tecnologia de alimentos: é a parte da tecnologia destinada ao estudo, melhoramento, defesa, aproveitamento e aplicação da matéria-prima para transformá-la, através de processos básicos, em produtos alimentícios. • Em 1798 T. Malthus já havia afirmado: “a população do mundo cresce a maior velocidade que o fornecimento de seus alimentos”. → Tomou importância quando se viu isso. • Porém, o excesso, por sua natureza perecível, não poderia ter o devido aproveitamento. …..Se deu observando o que acontece ao natural. Ex: queijo diferenciado, nos dias de hoje.--> pode variar em função do leite, tipo de alimento… Vacas só em pastagem da região montanhosa da França. Tem impacto direto no produto final. O surgimento da tecnologia de alimentos foi acidental. Faraós, foi encontrado. Peregrinos que descobriram (nômades) os mantimentos eram de difícil transporte e produziam muito leite. Aí resolveram colocar o leite em pequenas bolsas feitas de estômago de carneiro. E no período quente o homem foi consumir e já estava coalhado. Assim ele provou, e viu que o sabor não era ruim. Percebeu a associação que ocorria entre o leite e o estômago. → coalhos. A tecnologia de alimentos surgiu assim, pois os alimentos não são produzidos durante todo o ano e em todos os lugares, assim pode ser aproveitado o excedente da produção para a conservação e assegurar a segurança alimentar em períodos de escassez. Fatores da evolução que contribuíram para o desenvolvimento da tecnologia de alimentos 1) Aumento do consumo dos produtos: • Crescimento demográfico • Influência social-trabalhista: elevação de gastos com produtos alimentícios, falta de tempo para executar as tarefas domésticas, aumentando a procura por produtos industrializados. • Situações de emergência: situações excepcionais (Calamidades públicas, guerras, enchentes, terremotos, etc.) guerras (necessidade de alimentar as tropas). Falta de tempo para produzir seu próprio alimento. Ex: pandemia queijo→ ganha escala, tem subprodutos. O soro (contaminante ambiental) pH ácido, proteínas nitrogenados na sua forma menos disponível. Pode ser usado a partir do aperfeiçoamento de técnicas. Bebida láctea é fabricada com esse soro. São proteínas de alto valor biológico. → Se busca alimentos mais rapidamente prontos→ o alimento está menos próximo das pessoas. 2) Aproveitamento das matérias-primas: utilização das m-p disponíveis abundantemente em certas regiões, permitindo a distribuição permanente de produtos em mercados onde antes eram inexistentes (vinhos, chocolate, etc.). O alimento pode até ser congelado, mas ele perde suas características originais. Se busca processos que alterem menos o alimento, isso é um desafio da tecnologia de alimentos. → Patologias associadas a alimentação, faz com que buscamos alimentos seletos, seguros, exclusivo. 3) Sazonalidade das produções (diferentes épocas); 4) Modernos conhecimentos gerais: evolução das ciências, que resultou no desenvolvimento da tecnologia de alimentos. 5) Emprego de produtos dietéticos; 6) Concorrência comercial: (luta entre fabricantes pela preferência) estimulou a melhoria da qualidade, menor tempo de preparo e no acondicionamento em embalagens atraentes e protetoras. → O maior desafio é fornecer aos consumidores produtos nutritivos, apetitosos, bem apresentados, com maior tempo de vida útil e que permita seu armazenamento e transporte aos locais de consumo em estado nutritivo e saudável. → Atende as necessidades nutricionais, menor risco de se deteriorar. → Correção de funções fisiológicas: Produtos enriquecidos com Ca. → A tecnologia de alimentos permitiu avanços às indústrias, oferecendo ao mercado novos tipos de alimentos (dietéticos alim. p/ fins especiais, intolerância à lactose, doença celíaca, alim. elaborados com subprodutos e resíduos, alim. Enriquecidos, instantâneos). OBJETIVOS DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS: ● aumento da durabilidade dos alimentos; perecibilidade e garantia que se mantenha nas suas características sensoriais (forma..) por períodos mais longos. ● regularizar oferta e demanda dos alimentos; mercado mais previsível. ● reduzir espaços, economizando em embalagens, transporte, etc; Isso é importante. Dependência energética de meios básicos de energia (custo de transporte). A redução dessa dependência com otimização do transporte é importante. ● sanidade e qualidade dos alimentos; Tem que ser seguro. É alvo de grande confusão. Ex: empanado: feito de resíduos, só são desvios dos padrões de consumo. É seguro sanitariamente e a escolha de consumir é optativo. Demonização deve ser entendida como uma escolha. ● lucro (produtos in natura o preço é mais baixo); Mais trabalhoso Maior valor agregado. Produtos industrializados geram impacto maior na economia porque gera mais oportunidades in natura gera menos. ● produtos mais atraentes; satisfação pessoal, tem que ser atrativo na sua embalagem e forma. ● aproveitamento de excedentes das produções. CONSEQUÊNCIAS DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS: ● Diversificação de alimentos (variedade de leites e fermentados). Ex: variedade de leite. ● Máximo aproveitamento dos recursos nutritivos e de perdas. Uso de subprodutos, processo de conservação que não perdem nutrientes. ● Busca de alimentos a partir de novas fontes não exploradas (animais marinhos). Ex: caviar. ● Preparo de produtos para necessidades especiais (crianças, idosos, diabéticos, intolerantes). ● manutenção da qualidade; PRINCÍPIO BÁSICO. Essa é a maior preocupação. Todo processo de conservação consiste em controlar a atividade microbiana e biológica do alimento. Todo organismo é programado para se deteriorar para burlar isso se faz a conservação que acarreta em perda de qualidade. OBJETIVO é diminuir essa perda do processamento de alimentos. ● desenvolvimento de atividades correlatas; ● transporte e comunicação; ● treinamento de mão-de-obra; ● geração de empregos diretos e indiretos; ● ganhos ambientais;--> Menos poluição porque aproveito melhor os produtos. Possibilidades de criar alternativas em locais que o homem não teria acesso a alimentos. → algo que possa não ser visivelmente nutritivo pode ser alimento igual. ● implantação de agroindústrias no interior, fixando o homem no campo. Conceito: É toda a substância que captada do meio exterior seja capaz de cumprir as funções fisiológicas, psicológicas e sociais. Funções que caracterizam o alimento: → Fisiológicas: quando fornece ao organismo energia e materiais plásticos (proteínas) de modo a formar e regenerar tecidos e fluídos e quando for capaz de regular o metabolismo → Psicológica: diz respeito a reação o indivíduo frente ao alimento. Gera interação, bem estar. → Social: é a inter-relação frente aos alimentos, ou o papel que um determinado alimento cumpre na comunidade. Ex: produção de erva mate, festa do porco, vários eventos. Composição: Carboidratos, proteínas, lipídios, minerais, água, fibras e outros microelementos;--> podem não ser nutrientes mas impactam. Classificação: Os alimentos podem ser classificados quanto à origem, quanto à composição, quanto à durabilidade, etc; Classificação mais comum: grupos básicos. Grupos Básicos de Alimentos LEITE E DERIVADOS: Proteínas, Lactose, Cálcio e Fósforo; CARNES: Proteínas, Ferro e Vitamina B; OVOS: Proteínas, Gordura, Vitamina A e Riboflavina; LEGUMINOSAS: Proteínas, Glicídios. Fósforo, Ferro e Niacina; FRUTAS SECAS OLEAGINOSAS: Proteínas e Lipídios FRUTAS E VEGETAIS: Vitaminas, Minerais, Fibras, Pigmentos (caroteno); CEREAIS E DERIVADOS: Proteínas vegetais, Fósforo, Niacina, Tiamina, Lisina; AÇÚCAR: Glicídios; ÓLEOS: Ácidos graxos insaturados (óleos vegetais); GORDURAS: Ácidos graxos saturados (banha); O equilíbrio desses três fatores que vai nortear. Aceitabilidade, Preço e Qualidade. → Qualidade: composição, sanidade nutricional Traduz o objetivo, equilibrar o acesso com que não apresente restrições físicas, sensoriais e intersociais desse alimento. Ex: Processo que alteremenos e dure muito, é o uso de radiação que proporciona isso. Não se usa para todos os alimentos devido ser caro, pouco aplicado. Classificação dos Alimentos A) Segundo a origem: Classificam-se em animal, vegetal e mineral. Quais são os alimentos de origem animal? - Mel - Ovos - Carnes em geral - Leite e seus derivados - Pescados B) Segundo o processamento: Alimentos Naturais: são as matérias São as matérias primas vendidas no estado em que são primas vendidas no estado em que são extraídas. Ex. Vegetais, frutas extraídas. Produtos Alimentícios industrializados: são aqueles obtidos após o tratamento físico-químico da matéria-prima. São o resultado de uma seqüência de operações unitárias e reações químicas que podem alterar ou não suas características e composição C) Segundo o GUIA ALIMENTAR: IN NATURA: Alimentos in natura são obtidos diretamente de plantas ou de animais e não sofrem qualquer alteração após deixar a natureza. Minimamente processados: Alimentos minimamente processados correspondem a alimentos in natura que foram submetidos a processos de limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, fracionamento, moagem, secagem, fermentação, pasteurização, refrigeração, congelamento e processos similares que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias ao alimento original. Processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar ou outra substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar. São produtos derivados diretamente de alimentos e são reconhecidos como versões dos alimentos originais. São usualmente consumidos como parte ou acompanhamento de preparações culinárias feitas com base em alimentos minimamente processados. Ultraprocessados: são formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes). Técnicas de manufatura incluem extrusão, moldagem, e pré-processamento por fritura ou cozimento. Princípi� � métod� d� conservaçã� d� aliment� n� agroindústri� → Alterações nos alimentos: as alterações podem ser naturais (crescimento microbiano) e alterações que podem dar origem a outros produtos. O que difere é o controle. ..Tecidos vivos- atividade química, física e biológica. OBJETIVOS: retardar, suprimir e potencializar. Se busca retardar ao máximo as alterações proporcionadas. Se busca suprimir a atividade desenvolvida pelos microrganismos ou potencializar algum efeito. → Principais fatores de deterioração dos alimentos: ➢ CRESCIMENTO DE MICRORGANISMOS; Responsável pela maior parte das alterações. Nunca uma matéria prima está estéril, tem flora microbiana (flora banal) e por causa disso terá prazo de validade. ➢ ATIVIDADE ENZIMÁTICA; Proteínas que dependem de alguns fatores. Catalisador: Precisam ter substrato (cada enzima tem um), condições ideais ( temperatura, pH e cofatores enzimáticos→ vitaminas) ➢ TEMPERATURA; A temperatura pode potencializar a atividade enzimática e a população microbiana. ➢ GANHO E PERDA DE UMIDADE ➢ OXIGÊNIO ➢ LUZ ➢ INSETOS, PARASITAS E ROEDORES ➢ REAÇÕES QUÍMICAS Microrganismos ★ Competem com o homem pelo alimento. ★ Rápido crescimento (bactérias ciclo vital de 15 minutos); ★ Encontram-se em todos os ambientes, como ar, água e solo. ★ Podem provocar sérios problemas de saúde no homem. É a forma mais RUDIMENTAR e BÁSICA por que esses microrganismos competem com o homem pelo alimento e crescem rapidamente. O ciclo das bactérias é de cerca de 15 minutos com as condições ideias pode proporcionar alterações irreversíveis. Possuem fácil movimentação, não dependem de estar na forma viva para ser esporuladas. Podem causar problemas na saúde humana. → patogenicas (doenças) se encontram em alguns alimentos que estão em condições ótimas de armazenamento. Ex: mel Pode ter esporos de Clostridium botulínica, não se deve dar para crianças nem na sua forma pasteurizada. PASTEUR (1857): cientista francês. Derrubou a teoria da abiogênese. Pasteur colocou caldo nutritivo em balões de vidro de pescoço longo, curvando o pescoço deles em seguida. Depois ele ferveu o caldo e tornou o líquido estéril. Depois deixou os balões descansando. Assim foi posto ao fim a teoria da abiogênese.--> Se acreditava que a vida poderia ser criada de substâncias inanimadas. Presença de roedores em local que continha grãos de trigo e roupas sujas. Rudi (1650) contestou isso com o experimento com um pedaço de corte de carne em vidro fechado e outro aberto. Só no aberto tinha larvas, demonstrou que tinha outra forma de vida. Crescimento de microrganismos: ★ Fase Latência;*** ★ Fase Logarítmica; ★ Fase estacionária; ★ Fase destruição; Quando em contato com o alimento e em condições ideais, todos passam por essas quatro fases. Elas são sequências. Pode acontecer imediatamente. → Fase latência*** crescimento bacteriano baixo. Fatores que influenciam: adaptação ao meio, condições de carga microbiana inicial, alterações primárias na temperatura. Ocorre o crescimento MÍNIMO. → Fase logarítmica: crescimento rápido. Depende do tipo de bactéria. Ocorre degradação significativa do substrato. Chega em um plâto onde se consome quase todo o substrato e aí aparece fatores limitantes ao crescimento bacteriano. → Fase estacionária: se reduz a velocidade do crescimento e tende a cessar. → Fase destruição: ausência de substrato ou ocorre a produção de substâncias tóxicas, faz com que sejam destruídos. 1) Contaminação: redução da contaminação inicial. → crescimento bacteriano retardado. 2) Ambiente: pH, 0², temperatura: Se controla ambiente para retardar crescimento bacteriano. 3) Tratamentos físicos: calor irradiação (comprimentos radioativos de ondas curtas), etc (controle de atividade de água). Para suprimir o crescimento bacteriano. → Associações entre si. Eles não estão isolados. Essa concorrência pode inibir desenvolvimento de alguns grupos. Se todos terem condições ideias as bactérias se desenvolvem mais rápido que as leveduras. VER → AUMENTAR A FASE DE LATÊNCIA!!!!!!!!! Fatores que influenciam o crescimento de microrganismos: DOIS FATORES ● Associações: concorrência, simbiose- sinergia, metabiose. ● Condições ambientais: propriedades físicas e químicas dos alimentos, disponibilidade de oxigênio e temperatura; Os microrganismos NÃO estão isolados. Essa concorrência pode inibir o desenvolvimento de alguns grupos. Se todos terem condições ideais as bactérias se desenvolvem mais rápido que fungos, e os fungos mais rápido que as leveduras. BFL→ Bactérias, Fungos, Leveduras. ★ SIMBIOSE: dois organismos se desenvolvem sem um prejudicar o outro. Ambos se BENEFICIAM. ★ SINERGIA: dois microrganismos se beneficiam do mesmo fator. ★ METABIOSE: mais importante. Dois microrganismos podem ser desenvolver. Quando associados, um grupo cria condições ideais para o outro. → Relacionados a presença de substrato (proteínas que liberam amônia)--> o que é ideal para outro microrganismo. Envolve propriedades físicas e químicas, disponibilidade de oxigênio e temperatura. Água, estrutura biológica, nutrientes, pH, substâncias inibidoras. ★ Condições físicas: ÁGUA Atividade de água: interação entre as formas de água que correm nos alimentos. Livre e ligadas→ água ligada é aquela indisponível aps microrganismos. Quanto mais água livre maior será a atividade de água. 0 a 1. Onde 0 a água é 100% ligada e 1 é tudo livre. A atividade de água é o que define a capacidade dos microrganismos se desenvolverem. Mas tem grupos que só crescem em determinadas atividades de água. → Menor que 0,6 é fator de inviabilização do crescimento microbiano. ★ ESTRUTURA BIOLÓGICO: Sabe-se que alimentosnão apresentam composição homogênea. Essa estrutura influência a presença e desenvolvimento dos microrganismos. As estruturas podem inibir ou favorecer o desenvolvimento dos microrganismos. ★ NUTRIENTES: Há bactérias que tem afinidade com a presença de nitrogenio….VER ★ pH: para classificação podem ser :VER O pH influencia na forma em que os microrganismos irão buscar as substâncias. pH alto=> íons de hidrogênio. ★ SUBSTÂNCIAS INIBIDORAS: ác. benzóico: inibe microrganismos. É usado na sua forma artificial. ★ PRESENÇA DE OXIGÊNIO: aeróbios (precisam de oxigénio), anaeróbios ( não precisam de O), facultativos (preferem O, mas também se desenvolvem sem O), microaerófilos (se desenvolvem em anaerobiose mas toleram pouca quantidade de O). ★ TEMPERATURA: fator físico. → O freezer operar -18°C. Nessa temperatura os Psicrófilos não se desenvolvem. → Termodúricos: abrange os mesófilos e termófilos. Temperatura ótima (25 a 40- 45 a 65) Mínima ( 5a 25- 35 a 45) Máxima ( 40 a 50 - 60 a 90); Resistem ao calor. 30°C acima é calor, mas o uso não é tão correto por causa da variação da temperatura. As sementes secas possuem menor sensibilização a temperatura. → Aplicar essas informações permite aplicar os métodos de conservação adequados. → Uso de temperatura para controlar microrganismos. → Bactérias e leveduras fazem MAIS….principais problemas de degradação dos alimentos. ATIVIDADE ENZIMÁTICA: ➔ Amilase: os alimentos apresentam atividade enzimática proporcionada por enzimas que têm afinidade por uma substância: amilase. Se aplica na panificação e produção de bebidas. → Hidrolisam o amido a moléculas menores. alfa amilase (hidrolisa amido a dextrina); beta amilase (hidrólise amido e maltose); ➔ Invertase: associada a formação do mel. Transforma néctar. Indústria: bebidas. Hidrolisa a sacarose a glicose + frutose. alfa glicosidase- reconhece o resíduo glicose. beta frutofuranosidase- reconhece o resíduo frutose. ➔ Proteases: compostos aromáticos e embutidos fermentados. Hidrolisam as proteínas a peptídeos e aminoácidos. Ex: papaina, ficina, bromelina, quimosina, renina, pepsina, etc. A PEPSINA + QUIMOSINA=> inicia processo de coagulação de queijo. ➔ Pectinas: hidrolisam a pectina. pectinesterase (PE), poligalacturonase (PG). Suco de fruta, doces, compotas. Favorecidas com a adição de açucares. ➔ Lipases: catalisam reações de oxidação de ácidos graxos. São problemáticas no armazenamento de grãos oleaginosos e provocam o ranço hidrolítico. Problemas em carnes com gorduras insaturadas porque a reação tende a acontecer mais rapido. Manteiga= da diferença de sabor. ➔ Oxidases: são os que provocam reações de oxidação, principalmente as responsáveis pelo escurecimento enzimático de frutas e hortaliças. A enzima principal é a ______. VER. FASES DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS: Abrange essas quatro fases: Beneficiamento; Elaboração; Preservação e conservação; Armazenamento; Não precisam estar em só uma das fases. A conservação não é exclusiva de uma delas. → Benefício em relação ao risco. Ex: não congelar a carne, Benefício: nao perder textura. Risco: perder característica sensorial que me faz comer carne. Sempre existiu uma técnica empírica de preservação dos alimentos: a secagem, a defumação, o emprego do sal, do vinagre, do álcool, etc. As técnicas modernas de conservação de alimentos surgiram a partir do século XIX. Em 1809 Nicolas Appert patenteou o processo de conservação de alimentos pelo uso do calor em recipientes hermeticamente fechados. Pegar alimento na embalagem final e submeter a aquecimento bem intenso. Métod� d� conservaçã� d� aliment� ➢ Temperatura: Calor: branqueamento, pasteurização, esterilização, defumação*. Frio: refrigeração, congelamento, liofilização. ➢ Controle da taxa de oxigênio; ➢ Diminuição da atividade de água; Desidratação/secagem/instantaneização; Concentração: evaporação, membranas. Açúcar; Sais inorgânicos; ➢ pH: Ácidos orgânicos; Fermentação; ➢ Radiação: Radurização; Radicidação; Radapertização; ➢ Uso de gases: Atmosfera modificada/ controlada; ➢ Uso de revestimentos graxos; Biofilmes; ➢ Uso de aditivos; → Normalmente utiliza-se a associação de processos, para assegurar a conservação de um produto. Para obter efeito mais duradouro se usa dois ou mais processos de conservação. ★ TEMPERATURA: → Calor: Branqueamento: mais brando, temperatura mais baixa, tempo curto depois do resfriamento, rápido, não é tão eficiente, mas proporciona mínimas alterações sensoriais. Pasteurização: temperatura mais elevada, controle sobre a atividade enzimática. Esterilização: usado para eliminar 100% dos microrganismos, teria que ser aquecida mais. Defumação: alimento não pode ter alteração na temperatura.--> a fumaça controla crescimento de microrganismos. → Frio: Refrigeração: acima de 0°C Congelamento: abaixo de 0°C (-18°C). -Lento ou rápido. Liofilização: passa do estágio gasoso para o sólido. mais caro. ★ CONTROLE DA TAXA DE OXIGÊNIO: Na embalagem: Competidor: inoculação de gás carbônico; Menor taxa de O inibe o desenvolvimento de microrganismos. ★ DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE DE ÁGUA: Desidratação (retira água)/ secagem/ instantaneização( transforma alimento, se adicionar água volta ao normal). Concentração: Evaporação; Membranas; separar sólido do líquido. Açúcar: Sais inorgânicos ★ pH: Adição de ácidos orgânicos (ácido acético) podem ser produtos da fermentação. Fermentação= embutidos ★ RADIAÇÃO: Radurização; Radicidação; Radapertização→ na embalagem final. ★ USO DE GASES: Expulsam O ou sais biliares para alguns microrganismos. → Atm modificada/ controlada. ★ USO DE REVESTIMENTOS GRAXOS (lipídico); É um dos métodos mais antigos. Biofilmes→ prático e usual. Impede passagem de umidade. ★ USO DE ADITIVOS: Inibir a atividade de oxidação específica. Usados como método complementar apenas. Conservaçã� por Reduçã� n� Temperatur� Bastante desenvolvido a partir de técnicas de refrigeramento dos alimentos (Incas). Princípios básicos: Lei de Vant’Hoff (constante): redução de 10 ºC na temperatura do meio reduz de 2 a 3 vezes a velocidade das reações USO DE BAIXAS TEMPERATURAS → Forma de retardar o desenvolvimento microbiano; → Diminui as reações químicas, microbiológicas e enzimáticas. → Reduz ou elimina seres superiores. Ex: caruncho. MÉTODOS 1) Refrigeração; 2) Congelamento → 1 a 2 dias dependendo do alimento. * 0-15°C * Se usa temperatura acima do ponto de congelamento do alimento (0°C). * Não ocorre morte celular (in natura); * Tempo: dias ou semanas; → Problemas: pouco ou nenhum efeito sob a atividade enzimática, e possui baixo efeito sob os microrganismos psicrófilos. → Vantagens: Eficiente para frutas e alimentos industrializados após a abertura da embalagem. FATORES: I. Temperatura; II. Umidade; III. Circulação de ar; IV. Luz; I. Temperatura: perto de 0°C aumenta período de conservação mas pode alterar características sensoriais. II. Umidade: dentro do equipamento pode afetar uniformidade da temperatura. III. Circulação de ar: distribuição da umidade; → Utiliza temperaturas menores de 0 ºC; → Se aplica a mais alimentos; → Período mais longo; → Produto não resiste: ocorre morte de tecidos; → Método eficiente para conservação de carnes, hortaliças e pescado; → Tempos mais prolongados:meses ou anos; → Reduz as reações enzimáticas, porém não inativa. → Escurecimento de frutas não é solucionado somente com congelamento. Precisa de processos complementares. → Destrói microrganismo,s: queima de reservas=> inanição → Temperatura: –18ºC---> psicrófilos morrem Métodos de Congelamento: Pode ser aplicado de duas formas, tem relação ao grau de dano físico e eficiência (essa é a diferença entre eles). Lento: Acontece de forma gradual, MAIS DE 3h, Temperatura -25°C, sem circulação de ar. → Temos dano físico e acúmulo de água nos espaços intercelulares. Aí se descongela e perde muito líquido. É vantajoso por ser mais eficiente no controle dos microrganismos. É indicado para alimentos em que a textura não é tão importante (processados).Ex: carne processada (triturada). + SEGURO + BARATO Rápido: menos de 3h, temperatura - 25°C, com circulação de ar. Não ocorre diferença na água do alimento, a de dentro das células forma cristais e não passa para o espaço intercelular. É o retorno do alimento à sua forma original. Tem que ser feito de forma lenta, é mais eficiente em relação aos microrganismos. LENTO: reabsorção líquidos, mais letal para os microorganismos; MAIS INDICADO!!! RÁPIDO: menor alteração dos alimentos. Risco maior de deterioração. Congelamento e descongelamento sucessivo: microrganismos, ativa enzimas.--> O que não pode acontecer é congelar novamente porque proporciona a ativação das enzimas, o alimento perde sua característica sensorial. O dano físico às células é maior. → EVITAR! Conservaçã� por Calor Características: → Destruição de microrganismos e seres superiores; O grau de destruição depende do tipo de microrganismo. → Inativação de enzimas; Diferente da refrigeração, pois com o calor qualquer elevação na temperatura já inativa as enzimas. Resistência de microrganismos ao calor: → Quanto maior for a temperatura e maior o tempo submetido maior será a gama de microrganismos a serem controlados, mas maior o DANO. É preciso entender para eliminar os principais. Leveduras e seus esporos: esporos: 5 a 10 °C mais do que as células. A maioria dos ascosporos destruída a 60°C/ 10-15 min, alguns são mais resistentes. Destruição total a 100°C. Células vegetativas: destruídas a 50-58°C. Totalidade de leveduras e esporos não resiste a pasteurização. Fungos e seus esporos: Na sua maioria são destruídos a 60°C/ 10-15 min. Esporos de fungos são altamente resistentes ao calor seco. A maioria das células e esporos não resistem à pasteurização. Bactérias e seus esporos: muito variável.Células de termófilos requerem 80-90°C por muitos minutos. Esporos: a 100°C podem variar de 1 minuto até mais de 20 horas. MÉTODOS: Variam em função da intensidade da temperatura e tempo. 1) Branqueamento 2) Pasteurização 3) Esterilização → Mais utilizado para frutas e hortaliças. → É um processo térmico de curto tempo de aplicação; TEMPERATURA BAIXA→ CURTO TEMPO OBJETIVO: inativar enzimas que poderiam causar reações de deterioração, como o escurecimento. → Normalmente é aplicado antes de outros processos, como: congelamento, desidratação, esterilização, etc. → Não se usa como método único porque não é tão eficiente. Tem que associar com outros. → Se utilizar branqueamento e depois congelar, teremos o mínimo de alteração sensorial. Operações de branqueamento: DUAS FORMAS → Água quente; mais segura, afeta textura. → Vapor; afeta menos a característica original do alimento, mas tem menor eficiência para microrganismos, usado para vegetais (menos agressivo). É um processo mais brando que os demais. VANTAGENS: ● pode reduzir a carga microbiana inicial. ● Não esteriliza; ● Facilita embalagem; ● amaciamento de tecidos vegetais (envase) ● remove o ar dos espaços intercelulares, auxiliando na exaustão (retirada do ar do produto e do espaço livre das embalagens). ● Impede a despigmentação de vegetais, pela inativação de fenoloxidases. Favorece a fixação da cor de certos pigmentos. → Processo criado por Pasteur em 1864. OBJETIVO: redução da flora banal e a eliminação da flora microbiana patogênica. → É usado quando processos mais rigorosos poderiam afetar as propriedades sensoriais e nutricionais. → É um tratamento térmico relativamente suave (T<100°C). → Pode utilizar: água quente, calor seco, vapor e radiação ionizante. MAIS AGRESSIVO em relação a temperatura e tempo. A Esterilização é mais eficiente para eliminar a flora patogênica, mas causa alterações no alimento. Por ser um método brando o limitante é a velocidade com que todo alimento fique na temperatura ideal. → IDEAL PARA LÍQUIDOS. EFEITOS: inativação de enzimas, a destruição dos microrganismos sensíveis a temperaturas mais elevadas, sem modificar significativamente o valor nutritivo e as características sensoriais do alimento. USOS: leite, creme de leite, manteiga, frutas, sucos, sorvetes, embutidos, compotas e cerveja e ovos. → Os alimentos pasteurizados devem ser consumidos em curto espaço de tempo (dias ou por alguns meses). → Não proporciona tempo longo de vida ao alimento!!! Suco de laranja: 1 a 7 dias. → LTLT (LENTA): É um sistema descontínuo e caro. Longo tempo, pasteurização lenta, temperatura baixa, 63°C durante 30 minutos. Usado em casos especiais em: sorvetes, leite achocolatado, pequeno volume de leite, etc. Usados em alimentos com diâmento__________ em função do tempo que se gasta e nao ser tão eficiente. → HTST (RÁPIDA): É realizado em sistemas de fluxo contínuo com trocadores de calor. Pasteurização rápida, temperatura alta, tempo curto, 72°C durante 15 segundos. Depende de equipamentos especializados e não se aplica a todos os alimentos. Se refere ao tempo em que todo alimento está a 72°C (totalidade). Vai depender da disponibilidade de equipamentos que podem fazer isso. → A pasteurização deve ser combinada com outros métodos de conservação: comumente é a refrigeração. A pasteurização não conserva sozinha por muito tempo, tem que ter outro método. → O leite de caixinha é UHT ( + validade). Ultra pasteurizado, híbrido entre esterilização e pasteurização. OBJETIVOS: destruir os microrganismos mais termorresistentes para conseguir a esterilidade comercial. ● No processo de esterilização a destruição dos microrganismos é de 99,99%: esterilização comercial. ● O alimento é aquecido sob temperatura relativamente elevada. TEMPERATURA + ELEVADA TEMPO + LONGO → Não elimina 100% dos microrganismos. ● A temperatura de esterilização é aquela suficiente para conseguir a morte térmica do Clostridium botulinum. ● Durante o tratamento térmico, os produtos, além da influência esterilizante que sofrem, são cozidos parcialmente. → Alimentos com alta quantidade de carboidratos são suscetíveis a mudar sua estrutura. UHT→ leite e sucos. Garante condição de esterilidade. Componentes que tem composição menos concentrada podem passar por esse processo. Se não pode ocorrer alteração. Sempre leite PASTEURIZADO vai ter maior valor nutritivo, mas a vida de prateleira será menor. A esterilização de alimentos é feita em unidades envasadas ou a granel. Na embalagem final se chama apertização. Porém, a esterilização em produtos envasados é mais conhecida como apertização. O processo UHT também é conhecido como ultrapasteurização. → Foi criado em 1809 por Nicolas Appert. → Corresponde ao aquecimento do produto já elaborado (esterilização comercial), envasados em latas, vidros, plásticos autoclaváveis e relativamente isentos de ar. ● Causa modificações principalmente de cor (reações de escurecimento), sabor, aroma e consistência. ● É aquecida a temperatura elevada. ● Tratamentos térmicos brandos e em série intercalados por exposição à temperatura ambiente; ● Temperaturas: 60ºC; ● Produto estéril, sem usar Tempo de esterilização; ● Método caro, pouco usado para alimentos; Aquece, volta, aquece, volta… Intercalando com temperatura normal, controla microrganismos na sua forma ativa. Na temperatura ambiente os esporos vão germinar, e ai se repete de novo morrem. Pela sucessão de aquecimento e resfriamento do alimento controla grande número de microrganismos com dano mínimo. Mas é caro (R$$) por que leva dias, inviabiliza a aplicação comercial. ● Geração de calor por ondas eletromagnéticas curtas e altas frequências, 300 a 3000 MHz; ● Aquecimento de dentro para fora, mais rápido e uniforme; ● Usado para descongelamento e cocção; ● Esterilizações e/ou pasteurização; Conservaçã� pel� control� d� teor d� águ� Água: → Influencia a conservação dos alimentos →Serve de meio para o crescimento de microrganismos e reações bioquímicas. É o principal veículo dos microrganismos. A vida se da a partir de trocas constantes de água. É fundamental para a adesão das enzimas ao substrato. Além de influenciar para controle enzimático, ela serve de meio para o crescimento.→ O crescimento é potencializado em alta atividade de água; → A atividade microbiana é potencializada sob altos percentuais de umidade. Teor de água nos alimentos: O teor de água total contida no alimento não permite saber se toda a água está ligada do mesmo modo ao alimento. → Mais importante é a água que está disponível aos microrganismos. Atividade de água: É uma forma de medir a quantidade de água disponível em um alimento. É a relação entre a água livre e água ligada. 100% livre: atividade de água = 1 100% ligada: atividade de água= 0 → ESSE FATOR DEFINE A SUSCETIBILIDADE À DETERIORAÇÃO. Ex: água pura: atividade de água 1, umidade 100%. É conhecida como: Aa, Aw, AH O2. Aa = água disponível para → Crescimento de microrganismos → Reações bioquímicas ● A A a varia de 0 a 1. ● O valor 1 corresponde ao da água pura. ● Como reduzir o valor de Aa? A principal forma de reduzir o teor de água é retirar a umidade. → Mas para reduzir os teores de água pode ser adicionado sais, açúcar (solutos), remoção da água e congelamento. → os sais se ligam a água; → O congelamento cria cristais de gelo, - acessibilidade. Aa é diferente do teor de umidade!!! Valores de Aa de alguns alimentos: ● Frutas frescas e vegetais >0,97 ● Carnes frescas > 0,95 ● Pão > 0,95-0,96 ● Geléia 0,75-0,80 ● Farinha de trigo 0,67-0,87 ● Açúcar 0,10 → Na maioria dos alimentos frescos a Aa é maior que 0,95. Alimentos secos, menor atividade de água. → Os microrganismos têm um valor de Aa mínimo, máximo e ótimo para sua multiplicação. Com o valor de atividade mínimo de água, os microrganismos são mais sensíveis aos métodos de conservação, porque logo se cria uma situação em que eles não conseguem se desenvolver. → As bactérias requerem Aa mais alta que os fungos. → As bactérias deteriorantes não se multiplicam em Aa menor que 0,9. Valores de Aa mínima para multiplicação de microrganismos em alimentos: Bactérias deteriorantes Bolores deteriorantes Bactérias halofílicas Clostridium botulinum 0,90 0,80 0,75 0,94 Escherichia coli 0,96 Staphylococcus aureus 0,86 → Em Aa inferior a 0,60 não ocorre a multiplicação de microrganismos.--> inibe qualquer desenvolvimento microbiano… Então porque não se reduz tudo até 0,6? Se adiciona sal ou açúcar para diminuir a atividade de água, mas acaba por alterar o alimento. Cada alimento vai ser mais ou menos indicado dependendo das suas condições. Quais as consequências da redução do teor de água e de atividade de água? ● redução da proliferação de microrganismos ● redução das reações bioquímicas e enzimáticas ● redução do peso e volume do material→ facilita o transporte. ● diminuição dos custos de embalagem, transporte e estocagem ● maior facilidade de armazenamento. ● disponibilidade do produto em qualquer época do ano ● diversificação de produtos ● alguns alimentos adquirem sabores refinados.--> em função da ação conjugada. Ex : carne de sol, carne seca, método bem rudimentar. ● CAUSA PERDAS DO RENDIMENTO→ se busca métodos que causem menores perdas. MÉTODOS UTILIZADOS PARA O CONTROLE DE Aa: a) Secagem/desidratação: remoção de cerca de ⅔ da água. Agente natural depende das condições do clima. b) Concentração: retira ⅓ a ⅔ da água, usado para produtos ricos em açúcar. Agente incorporado age aqui. c) Pressão osmótica: ao invés de retirar água, acrescenta-se solutos como o açúcar ou sal. Essa pressão faz com que se altere o fluxo de água entre o espaço intra e extracelular. Alteração mais simples é na textura, alguns podem apresentar alteração significativa no sabor. → A secagem é um dos processos mais antigos utilizados pelo homem na conservação de alimentos. → É um método bem rudimentar. → Alimentos expostos ao ar se conservam por períodos mais longos. → remoção de cerca de ⅔ da água. Métodos de secagem e desidratação: Secagem natural: Requisitos: → É recomendável para regiões de clima quente, com boa irradiação solar (ação do sol é um fator), BAIXA pluviosidade (baixa URA) e com ventos (presente= capacidade que tem de retirar vapor que está saturado. faz com que o ar próximo ao alimento seja renovado). →O local de secagem deve ser cercado e longe de estradas (poeira) → É realizado em DUAS ETAPAS: 1ª Etapa: é iniciada ao sol, até que os alimentos percam 50 a 70% da umidade; Tempo: 3 a 12 horas. Mas não se faz a secagem totalmente ao sol porque ele torna a camada mais externa com textura de couro, o que prejudica as características sensoriais do produto. 2ª Etapa: é feita à sombra, (para que os produtos não se ressequem a não percam o sabor e o aroma naturais). tempo: 3 a 10 dias. Serve para retirar o restante da umidade sem que perca o sabor e textura natural. → Pode-se utilizar ventiladores com dispositivo contendo substâncias (cloreto ou óxido de cálcio) para facilitar a secagem na sombra.--> O cloreto tem a capacidade de puxar umidade. → Utiliza-se aditivos para evitar escurecimento enzimático (ác. cítrico + ác. Ascórbico ou sulfito de sódio). AC BENZÓICO pode ser usado como redutor de atividade enzimática. Tempo: 2 a 12 dias (depende do seu teor de água, do total de irradiação solar) → Alimentos com diâmetro menor: menor tempo Alimentos com diâmetro maior: maior tempo de secagem. → Como é um método único de secagem, dá origem a alimentos com baixo teor de umidade e não é suficiente para conservar o alimento por muito tempo. CARNES necessitam de um segundo método. Vantagens: → Baixo custo → Em média 1 ton de fruta fresca fornece 200 kg de fruta seca. → exige baixo nivel tecnologico. Limitação: Alteração na característica sensorial, precisa de outro método. USOS: banana, café, cacau, carne, pescado, uva passa, tâmaras, abacaxi, etc. CONDIÇÕES DO LOCAL DE SECAGEM: → Piso: de cimento, pedra, pedregulho ou qualquer material capaz de irradiar calor dotados de suportes para os tabuleiros;--> Proteção contra insetos, chuva, poeira, etc. Facilita devido pegar sol direto em superfície plana. Mas é difícil por causa da higiene. → Tabuleiros: São colocados uns sobre os outros, com espaço adequado para ventilação; Não devem ser muito grandes. Ex: estufas em piso= ambiente controlado Tabuleiro= permite proteção maior. É a secagem pelo calor produzido artificialmente, com controle de temperatura, umidade e circulação de ar.--> para que seja eficiente. → + tecnificado; → Envolve manipulação do ar que vai ser usado. → Não diabáticos: troca de calor é feita por substância sólida. → Adiabáticos: mais usados. VANTAGENS: → Permite secagem simultânea de vários produtos. → é econômico; → reduz umidade utilizando locais pequenos; → controla velocidade da secagem, o quanto o alimento pode sofrer modificação. → Existe maior controle das condições sanitárias. → O espaço ocupado é menor que na secagem natural. → O tempo do processo é menor TIPOS DE DESIDRATAÇÃO: 1) Desidratação em túneis; 2) Desidratação por atomização; 3) Desidratação por tambor; 4) Outros métodos→ microondas, infravermelho. Os tipos mais eficientes são aqueles que se controla a circulação de ar. 1) DESIDRATAÇÃO EM TÚNEIS. Sistema formado por uma câmara, onde o produto vai se deslocar no mesmo sentido do deslocamento do ar quente = corrente paralela, ou em sentido contrário ao deslocamento do ar quente = contra corrente. ( pode ser dos dois jeitos). + eficiente→ pode ficar estacionário ou se movimentar. Ajuda a proporcionar situações de umidade para todos os alimentos. As duas formas: a) Corrente paralela: mais eficiente quando alimento recem começou desidratar. b) Contra corrente: retira mais umidade. → Pode usar os dois métodos ou somente contra corrente. Vantagens: → Permite a secagem simultânea de vários produtos.--> ganha temperatura, uniformidade. → Pode secar mais produtos sem influenciar um ao outro. → É econômico, dependendo do tipo de energia que se usa. Usos: frutas e hortaliças. Ex: contra corrente, movimentação contínua. Entra de ar aquecido e tem local para ar saturado ser eliminado…. 2) DESIDRATAÇÃO POR ATOMIZAÇÃO (Spray dryer): O que é precipitado para dentro do alimento.O alimento líquido é pulverizado para a câmara, partículas entram em contato com o ar quente e elimina a umidade. → Usado para leite em pó, sucos… Etapas: a) atomização do produto: o produto líquido é bombeado para dentro da câmara de secagem; e atomizado (transformado em névoa) através de bicos pressurizados; Quando entra em contato com ar quente, a umidade evapora e o alimento cai para a parte mais baixa. O procedimento é conhecido por Spray dryer. b) mistura da névoa com ar quente; c) secagem: o alimento atomizado entra em contato com ar aquecido, (temperaturas 150 ºC), evaporando a água rapidamente (3 a 5 s). d) separação do pó e do ar: após a secagem o alimento seco sedimenta no fundo do secador onde é retirado. Vantagens: é um método eficiente e mantém bastante as características do produto. Tempo que fica em contato com a temperatura alta é pequeno. Quase nula as mudanças no alimento. → Rápido, menor dano possível ao alimento; Usos: leite café, sucos de frutas, etc. 3) DESIDRATAÇÃO POR TAMBOR (Drum- dryer) Também chamado secador de superfície raspada. → NÃO ADIABÁTICA. → O aquecimento é feito por um tambor aquecido internamente, → O líquido é derramado sobre o tambor quente e desidrata, posteriormente é raspado do tambor e envasado. Vantagens: em função da perda de calor possui um baixo custo e bastante versátil. Pode ser usado para formulações de alimentos. Usos: alimentos que tem facilidade de oxidações. Por causa que a ação prolongada do calor pode….. 4) DESIDRATAÇÃO LIOFILIZAÇÃO (Freezer-dryer): → Temperaturas abaixo zero + pressão (4,6 mmHg). → Usualmente: -50° e vácuo parcial → Água passa diretamente da forma sólida (gelo) para forma gasosa (vapor de água): sublimação. → Pressão mais baixa faz com que a sublimação seja potencializada… → Vácuo é parcial. Vantagens: maior retenção de nutrientes e constituintes de aroma, sabor e cor; produto seco, se hidrata facilmente; - perdas de nutrientes - alterações Muito seco. Essa configuração retira água do espaço intercelular. Retira mais umidade que tambor, se hidrata muito facilmente. Essa característica de retirar muita umidade, torna alimento higroscópico. Tem que usar embalagem que impede entrada de ar. Desvantagens: Custo (principal); necessita embalagens especiais. Equipamento é caro, é um custo limitante. OUTROS MÉTODOS DE DESIDRATAÇÃO Esses métodos são eficientes, mas dependendo do alimento vão ser aplicados em menor ou maior intensidade. → Microondas: usado para finalizar e acelerar a desidratação, acelerando o processo convencional. Aquecimento de dentro para fora, alimentos que precisam perder água rápido… →Usado em massas. → Infravermelho: fatias de pão, chá, especiarias, amêndoas, etc. É uma forma de reduzir a umidade dos alimentos. + caro= custo do equipamento e eficiência energética (são movidas a gás, o que tem alto custo) PRINCÍPIO: REDUZIR A ATIVIDADE DE ÁGUA. Retira ⅓ a ⅔ da água, usado para produtos ricos em açúcar ● Retira parte da água: 1/3 a 2/3. ● Utiliza o processo de evaporação. ● Pode ser realizada em evaporadores ou em tachos. ● Necessita de outros métodos de conservação. ● Pode ser evaporação, mas o objetivo é concentrar objetos sólidos dos alimentos. ● Ineficiente: para controle de microrganismos. MENOS SEVERO. RETIRA MENOR ÁGUA DO QUE A EVAPORAÇÃO ● Usos: doce de leite, geléias, sucos concentrados, massa de tomate.---> alto teor de açúcares e carboidratos simples. Ao invés de retirar água, acrescenta-se solutos como o açúcar ou sal. ADIÇÃO DE SAL: → SALGA: Objetivos: prolongar o tempo de armazenamento de alimentos, aplicado para produtos básicos; carnes. Efeitos: ● O sal absorve grande parte da água do alimento e se dissolve. ● Inibe o crescimento de microrganismos. ● Parte da água do alimento é perdida.( menor Aa). Duas fatores: - Característica higroscópica: - Ele penetra e se associa as moléculas de água (diminui a atividade de água). Os microrganismos (fungos) mais problemáticos para os alimentos salgados são os halofílicos ( crescem em alimentos com alta quantidade de sal) que produzem nos alimentos o “vermelhão” (na porção central do alimento). Tipos de salga: Dependendo da forma temos diferentes tipos de sal; ● seca; ● úmida; ● mista; ● salmoura; 1) Salga seca: o processo é feito formando-se camadas intercaladas de sal e carne (qualquer tipo). ● Sal na forma integral; ● É feito o tombamento das pilhas de carne + sal, para facilitar a evaporação (mais eficiente) e tornar o produto mais homogêneo (melhora a distribuição de sal).--> ACELERA o processado. ● A água que escoa é removida. ● O produto geralmente é prensado ou secado após a salga, para remover maior quantidade de água. ● Usado p/ o bacalhau, peixes e carnes com baixo teor de gordura. ● O teor de sal no produto pode atingir até 20%. O produto geralmente é prensado ou secado após a salga, para remover maior quantidade de água. → O diâmetro do alimento define o tempo que a salga vai levar. **Cuidar o diâmetro do alimento. + intercalado, + entra em contato. O sal fica saturado com umidade e o tombamento ajuda a aevitar. → Tem que permitir escoamento de água. A água não é usada para dissipação nem dispersão. → É usado para o bacalhau, peixes e carnes com BAIXO teor de gordura. → O teor de sal no produto pode atingir até 20%..... Permite incorporação, então o nível de sal será elevado. 5-10% se perde com a umidade. Ex: charque. 2) Salga úmida; a pilha (carne + sal) é colocada sobre um tanque. A água extraída é coletada de maneira que a salmoura natural formada cubra a pilha de pescado. → É melhor que a salga seca, pois a gordura não entra em contato com o ar, pois está mergulhada na salmoura: diminui a rancificação → Adequado para conservar os tipos de peixe (e carnes) ricos em gordura (arenque, sardinha, anchova e cavala). → Charque para cortes da região ventral ( + suscetíveis a rancificação). ---> SAL + AÇÃO CONJUNTA DA ÁGUA que escorre do alimento. → O alimento fica em um tanque onde toda umidade é capturada. Tem que ser fechado e colocado pesos para não flutuar e entrar em contato direto com a salmoura. 3) Salga mista: a salmoura saturada é colocada em um recipiente, depois são colocados os filés alternados com sal seco (pode ser feito o inverso). → É indicado para pescados grandes, onde o processo de formação de salmoura natural é muito lento, retardando o processo de penetração de sal na musculatura. → Esse método pode ser aperfeiçoado. Pode ser colocado salmoura de outra forma antes, para acelerar. É usado para grandes quantidades de alimentos, acelera a salmoura natural. ……A salga mista se difere da salmoura por… → Tudo 25% de sal= dessalgar para consumir. ---> Seca e depois úmida, a água que escorre é captada e depois entra em contato com o alimento 4) Salmoura: utilizado para salga mais leve, normalmente é preliminar para defumados. → Utiliza-se a imersão (e/ou) injeção da salmoura saturada. → água + sal entra em contato com alimento. → Para SALMOURA o sal incorporado é concentrado em forma mais baixa. Pode-se usar o espaço que está entre as partículas do alimento. Entrar em contato mais rápido com a carne. Pode usar até vasos sanguíneos do animal ou fibras da carne. → Se usa menos sal, só isso não é suficiente para garantir a conservação. Pode usar métodos complementares, como fermentação, embalagem a vácuo. Vantagens da Salga: ● Baixo custo se o sal for barato; sazonalidade ● Não requer energia; ● Armazenamento à temperatura ambiente; ● Qualidade razoável; ● Período prolongado de armazenamento; ● Valor nutritivo razoável; ALIMENTOS OBTIDOS: Processos semelhantes, mas que variam: → Carne de sol: é uma variação artesanal do charque, na qual as mantas recebem salga seca e são expostas à secagem natural. SECAGEM NATURAL SEM VENTILAÇÃO. → Charque: carne bovina, salgada e dessecada. Alimentos mais finos, pilhas de carne por tempo mais longo. → Carne seca: carne bovina, salgada, curada e seca. Podem ser usados procedimentos artificiais. ADIÇÃO DE AÇÚCAR: → O açúcarage por mecanismo osmótico. Efeitos: ocorre a redução da Aa, impedindo o desenvolvimento dos microrganismos (M.O). O principal efeito é a redução da água livre. Se concentra carboidratos. → Normalmente utilizam-se outros processos (calor, acidez) para evitar o crescimento dos M.O. osmofílicos (resistem a atividade de água mais baixa). → Reduz a att de água, mas não se usa só esse método, se usa métodos adicionais. Exemplo: doces em pasta, frutas cristalizadas, compotas, geléias, leite condensado, etc.--> Dependem de que se evite contato direto com o oxigênio. Se usa embalagem para ajudar na conservação. Conservaçã� d� aliment� por de�maçã� → É um dos processos mais antigos de conservação de carnes: → Une as técnicas de secagem + cocção + atuação da fumaça ( ação bacteriostática, fungistática e antioxidante). → Método misto= reduz a atividade de água e ação da temperatura. É TÉRMICO. temperatura + redução da atividade de água + aditivos (fumaça). Efeitos: ★ Coloração (amarelo-dourado até marrom escuro);( subs. da fumaça e leve cocção); ★ Alterações visíveis e as vezes desejáveis; ★ Odor e aroma característicos (compostos carbonílicos, diacetil→ composto que da aroma artificial ao queijo, vanilina e alguns ácidos orgânicos). ★ Inibição do crescimento de microrganismos (substâncias antimicrobianas que existem na fumaça). ★ Retarda a rancificação das gorduras. Desidratação leve das camadas superficiais. MÉTODO COMPLEMENTAR!!! A defumação pode ser: - Frio: 15 - 30 ºC por 1 à vários dias, - Quente: 30 - 90 ºC por 3 à 8 horas*. * O tempo varia de acordo com o tipo do produto.(alimento) → Importante é que nos referimos a temperatura do alimento e não da fumaça. É preciso pensar que a temperatura de queima é de no máximo 300 a 350°C. → Como fonte de fumaça pode-se utilizar madeiras duras e não-resinosas ou fumaça líquida (liquid smoke). Essa fumaça é produzida no forno e conduzida até o defumador. Nunca fica em contato direto com a queima, porque a queima produz dejetos, compostos químicos e alcatrão que dá sabor desagrádavel e é tóxico. → 40 cm de distância da fonte de queima no mínimo. FUMAÇA LÍQUIDA: no final tem condensador que forma líquido e pode ser colocado sob alimento por imersão..Garante maior uniformidade, que é importante, ETAPAS 1) remoção da umidade superficial (secagem natural ou forçada) 2) remoção da umidade superficial (secagem natural ou forçada). A fumaça é aplicada enquanto a umidade da câmara é elevada. 3) corresponde ao cozimento, a carne é cozida no próprio defumador. Vantagens da defumação: ● baixo custo; ● requer pouca energia; ● requer pouco equipamento; ( cuidar construção do defumador). ● qualidade e valor nutritivo razoáveis. ● não reduz volume e peso do alimento; SOZINHA NÃO É MÉTODO DE CONSERVAÇÃO QUE GARANTE CONSERVAÇÃO POR TEMPO LONGO! → FUMAÇA LÍQUIDA: Usos: apresuntado, bacon, carnes temperadas, copas, espetos, hambúrgueres, kafta, mortadelas, patês, presunto, salsichas, snacks, queijos, queijos em pó, queijos fundidos, requeijão. → A aplicação pode ser feita por pulverização ou imersão. ou na camada interna dos alimentos. Vantagens: ● permite controlar a intensidade do sabor; ● UNIFORMIDADE; ● aplicação conveniente e uniforme; ● pode-se fracionar somente os constituintes desejáveis da fumaça; Pelo melhor controle do que vai ser condensado, a fumaça inicial pode ser descartada. ● o sabor pode ser distribuído através da carne e não limitado à superfície; ● redução do ciclo da defumação a segundos; ● decréscimo do trabalho requerido; ● redução na quantidade de produtos perdidos na atmosfera. MAIS USADO EM CARNES= DEFUMAÇÃO Conservaçã� d� aliment� por fermentaçã� Pode acontecer pela fermentação do alimento ou inclusão. → Alterações no pH: inativação total das enzimas sensíveis a pH ácido, inibir desenvolvimento de microrganismos. → ÚNICO MÉTODO QUE ESTIPULA MICRORGANISMOS DE DETERMINADAS CEPAS. Em que consiste a fermentação? Consiste na modificação intencional dos alimentos pela atividade de certos microrganismos para obter produtos de sabor agradável, saudáveis e estáveis Por que o alimento se conserva? São produzidos ácidos ou alcóois→ conservação. (por isso se conserva). Efeitos desejáveis: obtenção de alimentos com textura, sabor e aroma completamente diferentes da matéria-prima inicial (difíceis de conseguir por outros meios). → Conservação → Produz substâncias que não são naturais do alimento. Tudo depende se controlar a intensidade e qual microrganismo sobre sair. O OBJETIVO é controlar qual vai ser o grupo de microrganismo para que se atinja o produto desejado. Efeitos indesejáveis: As fermentações podem ocorrer de forma descontrolada em alimentos provocando defeitos ou alterações. Nem todas as fermentações são desejadas. Lática→ carne BOMMM, sucos→ PÉSSIMO. VANTAGENS: a) Condições suaves de temperatura e de pH;--> Temperatura não se eleva, provoca pequenas mudanças nas características de aroma… b) Podem tornar o alimento mais nutritivo. transformar substrato que podem ser aproveitados. c) Obtenção de produtos únicos com novo sabor, aroma e textura. d) Consumo energético reduzido. É barato, porque não incorpora energia. e) Custos relativamente baixos. f) Tecnologia bastante simples; Foi desenvolvido a partir da observação de um acidente DESVANTAGENS: Não são suficientes para conseguir completa estabilidade, por isso, são necessários outros métodos de conservação como complemento (refrigeração, pasteurização, etc.), controle de atm, embalagem para período maior de conservação. MÉTODO ÚNICO= ação só de alteração de pH e de algumas fermentações controle de microrganismos. Microrganismos envolvidos: PRINCIPALMENTE BACTÉRIAS. Bactérias: acética (vinagre); láctica (iogurte, chucrute, picles, azeitonas); propiônicas (queijos). Bolores: cítrica (produção do ácido cítrico→ aditivo que pode ser usado como conservante) glucônica (ácido glucônico, usado para evitar rancificação, escurecimentos) Leveduras: alcoólicas (cervejas, vinhos, álcool, pão). Microrganismos combinados: combinação microbiota. Associação de microrganismos. → Metabiose: usado na fermentação. Dois microrganismos se desenvolvem, não dependem um do outro, mas um ajuda o outro. SE AJUDAM. → Na indústria utilizam-se microrganismos iniciadoras (starters) Sem flora banal, é comum que se use culturas isoladas desses microrganismos (starters) são adicionados ao alimento para aumentar a população→ São microrganismos iniciadores. Permite que se aplique em matérias primas. → Produto mais homogêneo, controla a flora banal e insere starters. Essa variedade de culturas starters que promove a produção de diferentes variedades de queijo, varia os microrganismos iniciadores. Eles não são necessários, mas são importantes, proporcionam um produto mais homogêneo. Ex: queijo de minas, posso produzir em qualquer lugar, permite isso-= vantagem. Se tem contaminação grande, pode prejudicar as culturas starters, por isso se faz a redução da carga inicial. As condições ambientais (substrato) também podem prejudicar. → Dominam a flora microbiana presente de forma natural no alimento e permitem controle maior da fermentação. Tipos de fermentação: 1) Fermentação lática: → Usada para a fermentação de: a) vegetais: azeitona, pepino, chucrute e picles. b) leite: iogurte, bebidas lácteas, queijos, coalhada, etc. c) carnes: salame, salsichão, enlatados, etc. É indesejável em suco de frutas, cerveja, vinho- provoca turvação- alteração de aspectos e fermentação. → Precisam estar em quantidade suficientes, mas isso não garante, tem que ter condições adequadas como o substrato. → os microrganismos atuam sobre os monossacarídeos do vegetal produzindo ácido lático e, juntamente com a salmoura, são responsáveis pela conservação do alimento → Em vegetais utiliza-se salmoura (outro método) com concentração de 2-10%. Exemplo: chucrute 2-3%, azeitona 9%, pepinos inicia-se com 10% e termina com 15% (demora mais de um mes). → tem afinidade com açúcares simples (solúveis)= temque ter, não usam compostos complexos como amido. 2) Fermentação Acética: → Utilizada na produção do vinagre. → Os microrganismos (M.O.) atuam sobre o etanol, formando o vinagre. → O processo deve ser controlado, pois os M.O. podem decompor o ácido acético formado em CO2 e H2O, (indesejável). → Controla-se a acidez e a atividade dos M.O, o fornecimento de oxigênio e a temperatura (27ºC). → Acidez máxima: 4,2%, caso fique mais ácido deve-se diluir. → São utilizados como matérias-primas: o vinho, a sidra e o malte. Processos de fabricação: Dependendo da forma que vai estar presente pode ser rápida ou lenta: a) Rápido: ação mais rápida, feito a partir do etanol (vinagre de álcool), a acidez é maior.--> etanol em sua forma mais pura. b) Lento: feito a partir do suco de frutas ou vinho, a acidez é menor.--> não tem etanol ainda. 3) Fermentação Alcoólica: → Transforma substâncias em etanol.Utilizada na produção de bebidas fermentadas (vinho, cerveja) e de bebidas fermento-destiladas (rum, uísque, gim) e do pão. → São utilizados como matérias primas: produtos açucarados (cana-de-açúcar, melaço, frutas, mel), amiláceos (amido, raízes e tubérculos).--> Alta concentração de açúcares solúveis e simples. → Para os produtos amiláceos e que contém polissacarídeos, deve-se fazer a sacarificação, para facilitar a ação dos M.O. SACARIFICAÇÃO E DEPOIS OCORRE A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA. Sacarificação: passo inicial para fermentação alcoólica. É a transformação em açúcares mais simples (quimicamente, por enzimas ou por fungos). ➔ Primeiramente faz-se a sacarificação. ➔ Depois as leveduras são incubadas, produzindo o etanol, juntamente com outras substâncias (responsáveis pelas características sensoriais de cada produto). ➔ Controla-se o pH 4-5, temperatura não deve passar de 30ºC. Rendimento: cada 100 g de glicose rende 51,1 g de álcool. Equipamentos fechados, importante controlar o O, pH, temperatura do material e luz,. Conservaçã� d� aliment� por us� d� aditiv� → São substâncias usadas para impedir ou retardar a alteração dos alimentos por microrganismos e enzimas. → Seu uso não soluciona as más condições de higiene de ingredientes e equipamentos. P: Significa a presença de conservantes→ Precisa ter na embalagem e informar qual conservante está presente. → Pode ser acessório ao uso do pH. → Não modificam de forma significativa o alimento. → São incorporados em uma função NÃO alimentar mas SIM para reduzir a velocidade das reações. TIPOS DE CONSERVANTES: → ácido benzóico: suco concentrado (pode ser sintetizado ou obtido de algumas frutas), refrigerantes, margarinas. Utilizado no controle de bolores e leveduras. → ***sorbato de potássio: chocolate, conservas de carne, maionese. Inibidor de crescimento de bolores e leveduras. Não tem sabor pronunciado. → ácido cítrico: diversos alimentos. Possui efeito acidificante → ponto negativo. (previne crescimento de Clostridium), saborizante e inibe as reações de oxidação e o escurecimento de frutas. Mas pode alterar o sabor de alguns alimentos. Conservaçã� d� Aliment� por Radiaçã� → Finalidades: - Inibição da germinação, controle e retardamento da maturação de frutas. - Desinfestação - Pasteurização (P e E mais intensos) - Esterilização. É um excelente método, que pode ser utilizado para a conservação de alimentos e como complemento para reforçar a ação de outros processos. Pode ser usado como método único ou complementar. → A ação depende da quantidade de energia ionizante que vai ser aplicada. Ele não entra em contato com o elemento que produz a radiação. → BOM porque não aquece o alimento e altera as cargas elétricas→ impede que microrganismos… Alteração na estrutura terciária e alfa hélice. Inibe totalmente a atividade enzimática. *Roedores e insetos são muito sensíveis. → Fontes Recomendadas: Energia é obtida através da aceleração mecânica ou substâncias como cobalto, césio… 1) Radioativa: Cobalto, Césio 137 (principais partículas que emitem radioatividade), barras de combustíveis empregadas em reatores nucleares. 2) Mecânica: Radiações obtidas em aparelhos aceleradores de elétrons. ● Radiação Não Ionizante: → Não se usa muito em alimentos, devido não penetrar. São radiações de BAIXA frequência: luz visível, ultravioleta, infravermelho, microondas, frequência de rádio, radar, ondas curtas e ultra frequências (celular). → Esses tipos de radiação não alteram os átomos. → Não são utilizadas como meio de conservação. Exceto ultravioleta, infravermelho e microondas. é usada mas tem capacidade usados para descontaminação pequena de penetração. Se da água. usa em alimentos líquidos e esterilização de embalagens. ● Radiação Ionizante: MAIS USADA São as mais perigosas e de alta frequência: raios alfa, beta, gama (emitidos por materiais radioativos), raios X, nêutrons e os raios cósmicos. Tem alto poder de penetração. ONDAS CURTAS. Penetram e alteram as cargas, ionizando um alimento. Torna componente eletricamente carregado. Faz com que efeitos do DNA inibam a multiplicação celular e os microrganismos. → Ionizar significa tornar eletricamente carregado. Quando o alimento é atingido pela radiação, torna-se ionizado, ou seja, criam-se cargas positivas ou negativas; a formação dessas cargas resulta em efeitos que impedem a divisão celular pela ruptura de sua estrutura molecular. → Os níveis de energia utilizados não são suficientes para induzir radioatividade nos alimentos… A quantidad� d� energi� nã� proporcion� radioatividad�. Unidades: - O rad corresponde a absorção de 100 ergs de energia, por grama de substância irradiada. - O Grey (Gy) equivale a absorção de 1 joule de energia/kg de material (1Gy= 100 rad). O rad e o grey são duas unidades de medida de energia e são reguladas por legislação. De acordo com a OMS, alimentos irradiados com doses de até 10 KGy (1Mrad) não necessitam de avaliação toxicológica ou nutricional para serem comercializadas. Doses altas de energia sem ter risco. Usos: frutas, vegetais, temperos, grãos, frutos do mar, carne e aves. Doses baixas visando a conservação. → Pode ter controle parcial ou total. → Maior a dose MAIOR o efeito. → Depende da dose, nenhuma dessas doses proporciona atividade radioativa nos alimentos. → radurização: seres superiores, não é bom para microrganismos. → radicidação: atividade enzimática, efeito pequeno sobre microrganismos. → radapertização: ação de esterilização, no produto final na embalagem. Vantagens: → Os alimentos não são submetidos à ação do calor e, portanto, suas características sensoriais não são modificadas. → Permite o tratamento de alimentos envasados (enlatados)...que pela ação do calor é difícil. → Os alimentos podem conservar-se com uma única manipulação. → As necessidades energéticas do processo são muito baixas. → As perdas do valor nutritivo são comparáveis aos métodos de conservação utilizados. (BAIXAS). → O processo pode ser controlado automaticamente, se usar equipamentos adequados. EXEMPLO: Morango, banana, mamão, cebolas, milho e feijão, massa de pizza, carne de peru e bovina irradiadas (não possuem prazo de validade) A irradiação pode ser usada para inibir a maturação e deterioração e controlar microrganismos em algumas frutas → Cebolas irradiadas com doses pequenas há seis meses ( a direita) e cebolas não irradiadas à esquerda. → Controle de seres superiores. Desvantagens: → Elevado custo de instalação (equipamentos devem fazer de forma segura. Tem que ter órgãos reguladores). → Eventuais perdas do valor nutritivo. → A possibilidade de algumas espécies microbianas desenvolverem resistência às radiações. Isso é uma preocupação séria. Ex: baratas sobreviveram a guerra… → A inexistência de sistemas analíticos adequados para a detecção de alimentos irradiados. (Espectroscopia de ressonância do spin do elétron; cromatografia gasosa e espectrometria de massa, etc). Não temos uma rotina de controle de qualidade. As análises complexas dificultam a utilização e a ideia de que são alimentos seguros.→ A resistência do consumidor ao consumo de alimentos irradiados por medo dos efeitos da radioatividade induzida. → Nem todos os alimentos podem ser irradiados. Ex: leite. Alimentos com alto teor de gordura não são indicados porque podem acelerar a rancificação. Radiação UV em alimentos Aplicações: ● Inibição de microrganismos em superfícies (Pães e bolos (bolores), embalagens, etc) ● Destruição de microrganismos no ar. ● Esterilização de líquidos (água, sucos de frutas, vinhos e espumantes). Vantagens: ● Baixo custo, praticidade e não agressivo aos alimentos. Desvantagens: ● Uso restrito- Baixo poder de penetração. Para poucos alimentos é aplicado. Considerações Finais - É necessário informar a população sobre os benefícios do uso da radiação em alimentos. - Dessa forma, quando bem esclarecidos, os consumidores darão a devida importância à segurança e à qualidade dos produtos que consomem Qualidad� d� carn� Carne é um termo genérico para o desenvolvimento do produto do abate dos animais. É composto por série de tecidos. Esses componentes não se encontram na mesma forma no animal vivo→ Onde a função é fazer contrações que são reservas de energia…. permitem movimentos; → A carne é produto do abate do animal e aproveitamento. Abate dos animais: ● Insensibilização: garante condições éticas de abate Métodos: - Concussão cerebral (lesão encefálica ou occipto-atlantoideano); martelo que insensibiliza o animal, degola→ elétrica mais usada, pode ser aplicada com arma. - Jugulação cruenta (degola); - Elétrica; - Dióxido de carbono (usado em suínos); A morte não acontece aqui, acontece na sangria. A insensibilização serve apenas para tirar a sensibilidade à dor. ● Sangria: A morte dos animais de abate é consequência da sangria e não do processo de insensibilização. Evitar buscar o coração por que pode fazer com que o sangue não seja eliminado. Método para obter uma carcaça: - A operação é realizada com faca reta de 6 a 7 polegadas; - Abertura sagital da barbela, divisão e secção dos grandes vasos. - Esse procedimento fornece carcaça que pode ser armazenada para processamento e beneficiamento. - Usado para obter carne in natura ou como matéria prima. Essa matéria prima passa por refrigeração para conservar e transformar o que é tecido muscular em carne. Qualidade da carne → Deve ter características nutricionais, sensoriais… → O consumidor espera que a carne seja proveniente de animais saudáveis, abatidos e processados com higiene, sendo rica em nutrientes, possuindo aparência típica da espécie de origem e, ainda, bem palatável. → Deve estar isenta de contaminantes químicos, como pesticidas e ser segura sobre os aspectos higiênico- sanitários. ● Estrutura da carne: Tecidos: → Epitelial: → Nervoso: não tem grande influência nas características sensoriais porque representa 1% de toda a participação na carne. ( não se diz carne cheia de nervos) → Conjuntivo: ele pode ser formado por tecido adiposo ou sustentação. Sem ele não tem como se movimentar, dentro tem tecido adiposo e esquelético. E temos dois componentes, o colágeno e elastina (tem influência no sabor e textura da carne, pode ser vista cobrindo grupos musculares e cobrindo pequenos feixes vasculares, a distribuição é desuniforme), que são componentes do tecido conjuntivo mais ligado ao tecido muscular. a) Estrutura do tecido muscular: 1. Tipos de músculos: responsáveis pela contração muscular. Formam estrutura da carne. - Lisos ou involuntários; movimentos involuntários, não precisa se movimentar. Podem ser alteradas a frequência…Ex: diafragma, não “desligamos” ele. - Estriados ou voluntários; - Cardíacos; não se encaixa em nenhum músculo estriado, mas tem características de automatismo. Sempre em contração 2. Membranas que revestem o músculo: Epimísio: é uma membrana de tecido conjuntivo, que envolve determinado músculo. Perimísio: é a membrana de tecido conjuntivo que envolve pequenos feixes de fibras. Endomísio: é a membrana de tecido conjuntivo que envolve cada fibra muscular. No mesmo grupo muscular podemos encontrar essas três formas. Mais comum ter mais tecidos fibrosos próximo das ligações com os ossos, é o tendão= soma das diferentes membranas. 3. Tendões: confluência do tecido conjuntivo, endomísio perimísio que unem os músculos aos ossos; 4. Sarcolema: é a membrana lipoprotéica da célula muscular. Envolve cada célula do tecido. 5. Sarcoplasma: é a membrana citoplasmática da célula muscular, possui 75- 85% de água, gotículas de gordura e grânulos de glicogênio. Importante por que essa porção tem compostos importantes que é a hemoglobina. 6. Retículo Sarcoplasmático: função: reter ou liberar Ca na fibra muscular. O Ca é sinalizador dos neurotransmissores que definem a contração muscular e quando ele vai se encerrar. 7. Sarcossomas: são as mitocôndrias de células musculares. 8. Miofibrilas: são estruturas cilíndricas compridas e delgadas, com diâmetro de 1 a 2 milímicras, orientadas no sentidos longitudinal da fibra muscular;Uma fibra muscular é formada por pequenos miofibrilas que se entrelaçam, cada miofibrila é composta por miofilamentos. 9. Miofilamentos: são estruturas protéicas, que compõem as miofibrilas (actina, miosina, tropomiosina, troponina); Tem dois tipos, as contráteis: são alongadas, aquitina: alongado com prolongamentos próximos um dos outros. Miosina: prolongamento próximo a extremidade. Esses dois fazem a contração do tecido muscular. Proteínas contráteis: Troponina e tropomiosina→ sinalizam a ordem de fazer a contração ou relaxar. → Partimos da fibra (composta pelos miofilamentos).. Quando temos membranas que envolve todo epimísio envolve fibras endomísio Proteínas- Classificação - Proteínas sarcoplasmáticas (mioglobina→ confere cor da carne e enzimas- catepsinas, calpaínas e proteases). ocupam espaço. As calepsinas e calpaínas atiam na maturação da carne. - Miofibrilares (actina, miosina, tropomiosina, troponina, etc.) correspondentes a aproximadamente 55% da proteína total; - Proteínas insolúveis do estroma (colágeno, elastina e reticulina). tecido conjuntivo. Actina, miosina e rigor mortis → Tiomiosina está afastado , precisa de ATP. Esse ATP faz ficarem afastados, quando tem sinalização para que…. . Altera Ca e sinaliza para iniciar a hidrólise e a actina e a miosina se unem. Isso é mantido, se tem alta quantidade de íons de Ca. Relaxamento muscular ... essas miofibrilas se afastam.. Precisa de ATP para se manter afastadas. Morto ou vivo precisa de ATP para manter a homeostase, é importante pq… → As proteínas miofibrilares constituem a fonte quantitativa mais importante. → Formam estruturas fibrilares que se unem em feixes formando o músculo estriado. Contêm elevado teor de íons de cálcio. Actomiosina e rigor mortis → A actina e miosina formam o complexo actomiosina, ligada à contração e descontração muscular em presença de ATP e íons de cálcio e magnésio num mecanismo bioquímico complexo e importante em relação ao rigor mortis, enrijecimento, cor e capacidade de retenção de água na carne. Se acontece de forma descontrolada forma complexo irreversível a actina e miosina ficam unidas, músculo sempre contraído, torna músculo rígido, chamamos de rigor mortis. Torna carne muito dura, mas é o procedimento normal. RIGOR MORTIS Acontece porque quando está vivo a actina e miosina se juntam e separam-se constantemente, tudo acontece com a presença de ATP. Quando acontece em boas quantidades de oxigenio se obtem esses produtos. Mas se o O é deficiente a oxidação do ATP não é necessária, forma-se ácido lático. Se acumula no músculo e torna ele ácido, quando diminui o oxigênio mas não interrompe ocorra a cãibra, contração involuntária. Suprimento de O não é suficiente, acontece contração involuntária por período curto. → Glicose no fígado→ glicogênio→ glicose para o músculo→ transformação aeróbica→ CO², H²O e energia (trabalho celular). → No animal abatido, cessa a circulação sanguínea e o transporte de oxigênio. Aí essa produção de ácido lático começa aumentar.→ Entretanto, os sistemas enzimáticos ainda continuam ativos por algum tempo. → Ocorre a transformação, é anaeróbica→ formando-se ácido lático.--> queima ATP, produz trabalho, água, CO2 e ácido lático. → A formação de ácido lático produz abaixamento do pH (7,3→ 5,5 - 5,3 ). O ácido lático reduz o pH enquanto existir reservas de ATP no tecido muscular, depois a actina e miosina se unem, isso define o rigor mortis (rigidez cadavérica). Todo ATP se torna ácido lático, esse é o processo natural. O rigor mortis perdura até que a actina e miosina estejam ligadas. Isso desaparece quando as enzimas se degradam, aí temos dissolução disso e perda da rigidez cadavérica. → Pode ser obtido dentro das primeiras 24 horas. → Ocorre a queda da taxa de ATP, que determina o relaxamento muscular. *→ A actina e miosina se unem formando a actomiosina com contração dos músculos, que corresponde ao rigor mortis, com e alto grau de enrijecimento. → “músculo duro e inextensível”= rigidez cadavérica. → O abaixamento do pH reduz a capacidade de hidratação da actina e miosina. → A falta de oxigenação provoca alterações na cor da carne, que se torna escura. Esse processo faz alterações na cor da carne. O que deixa ela vermelha viva é proporcionado pela mioglobina na sua forma natural na presença de O. Se não tem O fica com cor mais escura., cessar circulação sanguínea torna a carne mais escura. Quanto MAIOR o teor de glicogênio menor o pH. + ácido lático Quando o processo não acontece de forma normal, a carne não atinge o pH de 5,5 e isso altera a capacidade de reter água, aroma e sabor. → A rigidez existe nos músculos de aves e mamíferos, mas com diferente intensidade. ● Processos: 1) formação do rigor 2) Dissolução do rigor. Dependem de fatores de manejo e intrínsecos. → Tempo para o rigor se desenvolver (para toda reserva de glicogênio ser consumida e se instalar o rigor mortis): FRANGO: menos que 30 min. SUÍNO: 25 min a 3 horas BOVINO: 6 a 12 horas. → A grande rigidez na carne não permite o seu consumo imediato. Se consumir logo após o abate, tem textura elástica. → O desaparecimento da rigidez ocorre com a “maturação” da carne estocada sob baixas temperaturas. Essa maturação demora, depende da temperatura, quanto mais baixa a temperatura MAIS demora para maturar. Se congelar antes do processo de maturação iniciar não vai atingir o grau de maciez. → As enzimas presentes na carne degradam a actina e miosina. → Ocorre o relaxamento lento do músculo e amolecimento da carne após 3 a 4 dias de armazenamento sob refrigeração. Pode congelar no 5° dia após o abate. 0°- 15 dias 8 a 10°C- 2 a 4 dias 20° C- 2 dias ❖ Carne a vácuo: cor mais escura do ponto de vista bioquímico é só porque não tem oxigênio. Se abrir a embalagem ela fica mais clara…. ❖ Quando é desidratada essa alteração de cor não é mais reversível. ❖ Carne maturada é mais cara, porque demora mais para ficar pronta, precisa de estrutura de estocagem. Na prática a carne de açougue essa transformação representa perda de volume. Perdas de 5%--> Durante o rigor mortis, a carne está no caminhão para chegar no mercado, aí as perdas ocorrem no mercado. ❖ Essa maturação faz amolecer por um processo que demora de 3 a 4 dias. ❖ Se esse processo não ocorrer normalmente, ocorrem desvios na carne. → Não se congela antes do rigor mortis, impede a queda do pH, perde a capacidade de se hidratar→ fica dura. → MAIS elevada temperatura MAIS rápido consumo de ATP, MAIS rápido ocorre o rigor mortis. → DESVIOS DO RIGOR MORTIS: CARNES PSE E DFD. Carne PSE (Pale, Soft e Exudative): Pálida, Macia e Exsudativa (libera líquidos fácil). → Possui baixa capacidade de retenção de água, textura flácida e cor pálida que levam a elevadas perdas de água durante o processamento. CAUSA: estresse no momento do abate. Ocorre decomposição acelerada do glicogênio após o abate, pH muscular abaixo (5,8) enquanto a temperatura do músculo ainda está próxima do estado fisiológico ( +ou- 38°C), acarretando um processo de desnaturação protéica, que altera a carne. Ou seja, pH abaixo de 5,8 enquanto a temperatura está elevada, causa desnaturação proteica. → O normal seria ocorrer após 8 horas. → É mais comum em suínos. → A incidência de carnes PSE está relacionada com a genética, nutrição e manejo. GENÉTICA: o gene halotano destaca-se como o responsável pela produção de carcaças com maior percentagem de carne magra, porém conduziu a maior predisposição ao estresse. NUTRIÇÃO: a suplementação na dieta com vitamina E e o triptofano inibiu o desenvolvimento de carnes PSE. → Em animais haloteno positivo. Se o animal tem esse gene, e não sofrer estresse ele não vai ter essa carne, mas o nível de tolerância ao estresse é pequeno. Pietraan: raça mais suscetível a esse gene. MANEJO: Condutas inadequadas no momento do abate. Características hormonais. → A carne PSE é INADEQUADA para elaboração de presunto cozido e outros produtos curados cozidos. Carne DFD (Dark, Firm e Dry): escura, dura e seca. CAUSA: estresse prolongado antes do abate podem esgotar as reservas de glicogênio. Com condições inadequadas no pré abate. O estresse acarreta no consumo das reservas de glicogênio (exercícios físicos, o transporte, a movimentação, o jejum prolongado e o contato com suínos estranhos ao seu ambiente→ estresse do transporte). Não tem glicogênio suficiente. … Não faz que pH se reduza. Esse pH alto faz com que a matriz de miofibrilas não perca água, assim fica dura e escura. Músculo rígido, separações são visíveis. → O pH reduz ligeiramente nas primeiras horas e depois se estabiliza, permanecendo em níveis superiores a 6,0. → Em pH alto as proteínas musculares retém água na superfície do músculo que fica dura e escura. → Pode ser utilizada para a fabricação de produtos emulsionados como salsicha tipo Frankfurt e produtos curados cozidos, formulados com 60% de carne normal para que seja obtida coloração desejável. (textura difícil de ser macerada). Usa-se 40% de carne DFD. FLUXOGRAMA DA FORMAÇÃO → Jejum prolongado: baixa aceitabilidade. Característica positiva, como ele armazena muita água, ela retém água. Se faz tratamento térmico que quebra sua dureza, ela é mais suculenta. pH MAIS ALTO retém mais água. Ponto isoelétrico (mínimo de capacidade de retenção de água) pH em torno de 5. Característica� Sensoriai� d� Carn� Atributos da carne: características que afetam sensoriamento. São importantes suas características de retenção de água, cor, textura, sabor e aroma. Essas características são avaliadas para determinar em boa ou ruim a qualidade da matéria prima, ou se será para consumo in natura. 1) Capacidade de retenção de água (CRA) → CRA: É a capacidade da carne em reter sua umidade ou água durante a aplicação de forças externas, como corte, aquecimento, trituração e prensagem. →Proteínas: responsáveis pelo mecanismo que liga a água ao tecido muscular. ● Quanto maior a capacidade de retenção de água (CRA), maior será a suculência e a maciez, influenciando seu valor econômico (R$$) e nutricional. ● A CRA do tecido muscular tem grande importância durante o armazenamento. ● Quando a carne possui pouca CRA, as perdas de umidade e de peso durante o armazenamento são grandes. ● Esta perda ocorre, geralmente, nas superfícies musculares da carcaça exposta ao ambiente. ➢ A capacidade de retenção de água é um dos fatores relacionados à suculência, maciez→ ligado direto a isso.. Quando ocorre a perda de água, perde tudo que é solúvel em água, até as proteínas. Se perde mioglobina, que é uma proteína de alto valor biológico, que é um líquido avermelhado. Essa mioglobina se perde com grande intensidade quando se perde água. Perde peso durante o armazenamento e congelamento. ➢ Exposição da superfície: quanto mais fracionado, mais fica ao ar, mais perde água. Por isso o fracionamento deve ser feito no momento do consumo. → Após os cortes para a venda, existe maior chance de perda de água, devido ao aumento de superfície muscular exposta. → Os cortes para a venda devem ser acondicionadosem materiais que evitem trocas de vapor. → Mudanças no pH e a adição de substâncias também podem interferir na CRA da carne. pH, temperatura substâncias afetam capacidade de reter água.. Sal aumenta a capacidade, o congelamento diminui a capacidade. ❖ A desnaturação de proteínas miofibrilares, que ocorre durante o armazenamento sob congelamento, pode ́ provocar a diminuição na retenção de água na carne. ❖ A água perdida carrega consigo nutrientes, como vitaminas e minerais ( menor valor nutritivo). ❖ Em pH 5,0 a 5,1 a CRA é mínima (ponto isoelétrico das proteínas miofibrilares). ❖ Quanto mais perde de água, menor sua capacidade de reter água. A relação entre as proteínas que são responsáveis pela ligação da carne ao tecido muscular. ❖ Congelamento rápido MENOR capacidade de retér água. pH e temperatura→ afetam as proteínas. O pH d� ond� ocorr� menor CRA � d� pI d� proteín�. pH alto a carne mantém água, mas perto da superfície fica dura. → pH 5,5 até 5,8 É O IDEAL, se consegue com processo de maturação mais longo. Depois do rigor mortis, mais longo período, mais alto para que se retenha mais água. MATURAÇÃO: É o processo que consiste em manter a carne fresca a temperatura superior ao ponto de congelamento (0°C). Pode variar de 7 a 21 dias. A carne se torna mais tenra e aromática. Há o aumento do CRA, devido a uma pequena elevação do pH, degradação enzimática da estrutura miofibrilar e do colágeno. Métodos de Maturação → Maturação em embalagem a vácuo: A carne fresca é embalada a vácuo e mantida a temperaturas de -1°C a 2°C, por 14 dias. No Brasil, o tempo de maturação usual é de 14 a 21 dias. → Maturação a seco: a carne é mantida a temperaturas de 1,1 a 3,3°C, por 6 a 10 semanas em câmara de umidade relativa controlada (de 70% a 75%).+ cara, melhor qualidade. → Maturação rápida: a carne é mantida a temperatura muito mais alta, cerca de 21°C, por 2 dias ou menos, com umidade relativa controlada e luz ultravioleta para reduzir a população microbiana. → Nesse sentido, congelar carne após rigor mortis torna processo de maturação muito longo. En�u�t����to ���� f�i� (co�� s���t��i�g) O resfriamento pode ocasionar o encurtamento. ● Redução muito rápida da temperatura na fase de pré-rigor causando o endurecimento. ● O músculo alcança temperaturas entre 0°C e 5°C, originando um tipo de contração que não amacia na maturação. ● Após a cocção essa carne é extremamente dura. Rápido e intensa diminuição da temperatura, as fibras musculares no espaço do sarcômero diminuem de tamanho de forma rápida e intensa, os músculos se encurtam. A maturação da carne não é capaz de amaciar. PREVENÇÃO: * Refrigeração escalonada; temperatura da superfície 8 a 10°C. * Estimulação elétrica; da carcaça *Estiramento (pendurar as carcaças); forma que é pendurada * Desossa a quente; Formas de diminuir o encurtamento pelo frio, mas ele acontece mesmo assim, mas é pequeno. Reduz temperatura. OBJETIVO: rigor mortis não ser obtido em temperaturas baixas. É importante porque proporciona abaixamento da temperatura seguro. → Refrigeração escalonada: Inicia-se a 0°C até que a superfície da carcaça atinja 10°C. Eleva-se a temperatura para 10 a 15°C até se produzir o rigor mortis. Finalmente: resfriamento entre 0 a 4°C. O resfriamento se completa em 24 horas. Depois passa pela maturação. RI��� P��O ��S���GE����N�O → Se congela antes de atingir o rigor mortis. Quando é descongelada esse encurtamento acontece no descongelamento, a carne tem perda de água elevada. → NUNCA SE CONGELA ANTES DO RIGOR MORTIS. → Quando um músculo congela antes de atingir o rigor mortis, posteriormente, quando o descongelamento há encurtamento (grave) pelo frio e uma excessiva perda de suco. → Solução: a carne deve ser congelada após finalizar o rigor mortis (rigidez cadavérica). ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA Forma de acelerar a queima do ATP sem causar encurtamento significativo. Essa corrente elétrica acelera o consumo de ATP e consequentemente, o aparecimento do rigor mortis. Não é corrente contínua, é aplicada em pulsos. → Aplicação de corrente elétrica em carcaças logo após o abate (antes do resfriamento). → Melhorar a maciez da carne de bovinos, ovinos e perus. → Uma ampla faixa de voltagens pode ser utilizada, com picos de 30 até 3600 volts. ● OBJETIVO: Acelerar a queda do pH, esgotamento do ATP e o início do rigor mortis: resfriar ou congelar rapidamente as carcaças. Provoca esgotamento do ATP, e a carcaça entra na câmara fria já em rigor. Dois minutos após a estimulação o pH chega a 6,0 e nesse pH já ocorre mais o encurtamento muscular. De 3 a 6 horas o pH da carne chega na faixa de 5,4 a 5,5, que nesta faixa é o auge do rigor. ● QUANDO UTILIZAR? Após a sangria, após a evisceração, ou no máximo 40 minutos após a morte do animal. Depois disso não se aplica nunca. ● LOCAIS DA ESTIMULAÇÃO: Narinas, virilha, coluna vertebral, pescoço. ● VOLTAGEM: alta voltagem: 600V/ 15 a 25ppS baixa voltagem- 60 a 100 V/25 ppS Desossa a quente: → Se usa para carnes que vão ser processadas. Desossa a quente (hot boning) = desossa, corte e até a moagem antes do rigor. Ocorre oxigenação e metabolismo aeróbico e maior CRA, essa carne é boa para emulsificação. Faz com que aumente a capacidade de reter água, mas só vai se manter protegida na embalagem… A superfície fica mais oxigenada, possui cor mais clara por causa da presença de oxigênio. Estiramento da carcaça: (forma de prevenir o encurtamento) * Suspensão pélvica (tenderstretch) ou a pendura pelo osso do quadril (obturador), durante o estabelecimento do rigor mortis. Ocorre um estiramento maior dos músculos em relação a pendura tradicional pelo tendão de Aquiles. Causa menor grau de encurtamento pelo rigor nas fibras musculares, resultando na carne mais macia, principalmente nos cortes do quarto traseiro. Pendura pelo tendão: faz com que os grupos musculares ficam mais relaxados. MAIS CHANCES DE ENCURTAMENTO. Se for realizada a pendura pela PELVE, terá menor grau de encurtamento. → aumenta maciez. → OUTRAS FORMAS DE ELEVAR A CAPACIDADE DE RETER ÁGUA: → Salgando-se a carne em pré-rigor nas primeiras horas após o abate mantém-se elevada CRA. → Adição de sais bivalentes: Ca², Mg², Zn²: MAIOR CRA. → Adição de fosfatos: MAIOR CRA. CRA suíno > bovino> equino> aves Animais jovens retém mais água→ se traduz na maciez. *****CRA animai� joven�> animai� adult� → Efeito do calor: fator de manipulação Calor: MENOR CRA e perda de suco. *Maior perda até 50°C. *De 50 a 90°C a perda diminui. Mais intensidade do uso do calor, menor a capacidade de retenção de água. Ponto complicado porque se considerar ponto de calor produzido continuamente a forma que o tecido responde é diferente. MAIS tecido conjuntivo, Mais tecido nervoso a temperatura interna é diferente. Diferentes cortes necessidades de temperaturas diferentes em função da distribuição diferencial desses componentes dos tecidos. Capacidade de reter água, fator que se deve ter mais cuidado do pré e pós abate. Se não tem controle, não atesta com certeza se a maciez é devido a cocção ou características da matéria prima. 2) Textura É definida por dois fatores: maciez e suculência. ● Maciez: é subjetivo, facilidade de fragmentação durante a mastigação da amostra. Força de cisalhamento: mede a força necessária que o equipamento de corte usa para cortar músculo entre 10 a 12 vértebras no lombo. Fatores ante-mortem: idade, sexo, nutrição, exercício, estresse antes do abate, presença de tecido conjuntivo, espessura e comprimento do sarcômero. Fatores post-mortem: estimulação elétrica, rigor mortis, esfriamento da carcaça, maturação, método e temperatura de cozimento e pH final. ● Suculência: liberação de sucos durante a mastigação e possui papel importante na aceitação (textura e sabor): gordura + CRA. Depende da presença de músculos, tecido conjuntivo, adiposo… A gordura intramuscular aumenta a sensação de suculência na carne. MAIOR EFEITO, marmoreio→ entre os feixes e musculares. (+ gordura + cap de reter água). A carnemarmorizada é mais suculenta que a de animais jovens. *****MARMOREIO: Deve-se ao acúmulo de gordura entremeada que recobrem as fibras musculares, que quando entram em contato com o calor do preparo derretem-se causando amaciamento e maior suculência. O nome deve-se ao aspecto de mármore que o produto toma. ***A gordura da carcaça bem acabada apresenta gordura subcutânea uniforme. Menos superfície muscular fica exposta ao ar. Tem menor perda de água, menor perda de volume e carne mais macia. Bem acabada no Brasil tem 3mm de gordura em sua extensão. É difícil de conseguir, é produzida a partir de ácido propiônico no rúmen. Conseguida sob confinamento apenas. + ácido acético tem mais gordura de marmoreio, melhor característica sensorial, é consumida aqui. 3) Sabor e aroma: Já foram identificados mais de 1000 componentes responsáveis pelo aroma e sabor da carne. Podem variar por fatores como: espécie, idade, sexo, raça, alimentação e manejo.---> características de sabor para vitela e animais mais velhos. A rancificação das gorduras é o principal problema de sabor na carne.--> nesse sentido os cortes da região ventral são mais suscetíveis que a região dorsal. → A carne crua possui sabor característicos ( de soro), levemente salino, parecido com o sangue e aroma pouco acentuado. (ácido lático) Após o tratamento térmico a carne desenvolve sua plenitude sensorial.--> é potencializado com tratamento térmico. É proporcionado por Substâncias como o glutamato monossódico (sazon, são associados a quinta sensação de sabor) e os 5’-nucleotídeos estão presentes na carne e podem ser adicionados como realçadores de sabor. Em suínos se busca adicionar esses componentes na alimentação dos animais já. 4) Cor: → O pigmento da carne é a mioglobina (Mb).( não é sangue) Dependendo do estado químico do ferro da Mb, distinguem-se três formas básicas: - Mioglobina propriamente dita (Fe²) que proporciona á carne cor vermelho púrpura (pouco apreciada pelo consumidor). - Mb oxigenada ou oximioglobina (Fe²) ( que compartilha elétrons com oxigênio muscular), que confere à carne cor vermelho- brilhante ( a preferida pelo consumidor).íons com presença de O. - Mb oxidada ou metamioglobina (Fe³), que dá a carne cor parda (recusada pelo consumidor). ----> Entre as três formas, estabelecem-se (ausencia de O, cor escura. Se voltar O fica mais clara, acontece sempre) interações que permitem converter-se uma em outras até que, com o tempo, a Mb se oxida irreversivelmente.--> para de acontecer quando ocorre a desidratação da carne. Ganha O= vermelho brilhante. Desidrata= torna escura Fica ao ar-- fica irreversível A cor depende desses fatores. A forma com que O influencia na forma da mioglobina. Vácuo= mais escura, mas volta para vermelho. ….Falamos sobre carne, processos envolvidos da produção de uma matéria prima, entender que a carne é um produto de forma integral, processos envolvidos na transformação vão definir a qualidade do material, quanto matéria prima como in natura; Dar sequência, métodos de conservação da carne in natura, e dai posterior transformação e alguns métodos de transformação de produtos cárneos, e daí a utilização de sal, daí são chamados de produtos curados que é feito por sal ou outros agente; Método mais empregado é o que envolve temperatura Métod� d� Conservaçã� d� Carn� Método mais usado: Frio Só consideramos conservação quando a carne já tá com as propriedade de rigor mortis; Os métodos que envolvem temperaturas são seguras pois diminuem as reações enzimáticas, dai reduz; - reações na coloração, daí numa velocidade mais baixa, dai depende da característica de cada produto, mais suscetível. - grande vantagem = Inibe o crescimento microbiano, que possa ser conservado por períodos longo do ponto de vista microbiano; conservar por pelo menos 6 meses, como uma indicação de segurança, frigeradores naturais, que consuma carne em prazo de até 3 a 2 dias, se não for consumida deve ser congelada; → Diminuem as reações enzimáticas; → Retardam as reações químicas; → Inibir o crescimento microbiano; → Refrigeração; → Congelamento; 1) REFRIGERAÇÃO: Método mais utilizado para prolongar a vida útil da carne. Carne fresca deve ser mantida as baixas temperaturas de refrigeração, que começa com o esfriamento de carcaças logo após o abate, e continua no transporte, manipulação e exposição de cortes para a venda e no armazenamento destes cortes na geladeira do consumidor. Na refrigeração de carnes emprega-se temperaturas -1°C a 5°C e congelação o uso de temperaturas inferiores ao ponto crioscópico (-2°C). Os principais métodos para resfriamento de carcaças são: Método usual: a temperatura da câmara é mantida entre 0 a 4ºC. Carcaças bovinas atingem 10ºC em 24 horas e de 0 a 4ºC em 48 horas. Carcaças suínas atingem 10ºC em 12 horas e 0ºC em 24 horas. A perda de peso estimada é de 2,0 a 2,5%. . Método rápido: a temperatura da câmara é mantida de -1 a 2°C, com umidade relativa (UR) de 85 a 90% e velocidade de circulação de ar de 2 a 4 m/sw. As carcaças de bovinos atingem temperaturas iguais ou inferiores a 4°C em 181- 24 horas e suínos entre 12-16 horas. A perda de peso estimada é de 1,8%. Mantém temperatura mais baixa, mas principal, controlando a UR, para que a umidade mantenha condições mais uniformes dentro da câmara, e que seja circulação forçada do ar, fazendo com que a temperatura do meio seja mais rápida; Esse método por ser mais rápido, índice menores de perdas, em termos de volume Método super- rápido ou shock: inicialmente as carcaças são mantidas por duas horas em antecâmaras com temperaturas de -8 a -5ºC, UR de 90%, e velocidade de circulação de ar de 2 a 4 m/s. A seguir são transferidas para câmara a 0ºC, UR de 90% e velocidade de circulação de ar de 0,1m/s. A duração do resfriamento (para atingir < 4ºC ) é de 12 a 18 horas para bovinos e 8 a 12 horas para suínos. A perda de peso estimada é de 1,3 a 1,4%. conjunção de dois métodos, em que submete a temperatura muito baixas//leu Em função da necessidade de equipamento, são caros e também proporcionam uma necessidade maior de mão de obra Todas carnes resfriadas, vão ter uma pequena proporção de perda, e que dai é índice de quebra de resfriamento, pela manutenção de 0 a 4 grau, dai perda maior; durante resfriamento é perdido, é lixiviado, e aconteça ainda durante resfriamento, e não é depois que material for; DURABILIDADE → Carne fresca: Consumida dentro de 2 dias após a compra, se armazenada em baixas temperaturas de refrigeração. A carne fresca não consumida neste tempo deve ser congelada. → Carne picada: A carne picada ou moída tem sua vida-de-prateleira reduzida, devido à difusão por toda massa, da população microbiana da superfície. Medidas indicadas para se ter um aumento da vida útil das carnes picadas é a aplicação de temperaturas mais baixas de refrigeração. Resfriamento e depois congelamento, no máximo dois dias para carnes frescas. Durante o resfriamento, há vantagens relacionadas à textura e coloração-escurecimento mais rápido, em função da redução da atividade enzimática. Congelamento = características mais afetadas, daí toda atividade microbiana afetada; e daí atividade enzimática mais lenta. 2) CONGELAMENTO Na carne congelada, a atividade microbiana é paralisada, a enzimática, bem como a velocidade de reações químicas é substancialmente reduzida. O congelamento é um excelente método de conservação da carne porque ocorrem alterações menores de qualquer outro método de conservação de alimentos. Velocidade do congelamento: A velocidade de congelamento afetam as propriedades físicas e químicas da carne.--> Geralmente são descritas como congelamento lento e congelamento rápido ❖ Congelamento lento: Durante o congelamento lento, a temperatura do produto permance próximo ao ponto de congelamento inicial durante bastante tempo. A água extracelular se congela mais rapidamente que a intracelular, porque tem uma menor concentração de solutos. Durante o congelamento lento é maior o período de cristalização(P.C.) ocorrendo numerosos cristais de gelo extracelulares que se perdem facilmente como “gotejamento” durante a descongelação. A velocidade de congelamento está em torno de 0,05ºC/minuto. →Perda mais significativa de textura e líquido, mas controle de microrganismos mais efetivo, aplicado em equipamentos que tenham somente uma fonte de aplicação como freezer, que não tem circulação de ar, e se dá pela troca do ar estático; → Congelamento de partes maiores de carne ou de grande volume, e daí toda massa congelada atinja a temperatura de congelamento. ❖ Congelamento rápido:*** Durante o congelamento rápido, a temperatura do produto cárneo a ser congelado cai rapidamente abaixo do ponto de congelação inicial. O congelamento rápido da carne causa menos efeitos prejudiciais do que o congelamento lento. A velocidade de congelamento está em torno de 0,5ºC/minuto. MÉTODOS DE CONGELAMENTO → Congelamento em ar imóvel: Congelamento é lento. Os congeladores domésticos, e mesmo os congeladores de alguns frigoríficos trabalham baseados no congelamento por ar imóvel. As temperaturas destes congeladores oscilam entre -10 a - 30ºC. Devido à lenta velocidade de congelamento dos congeladores domésticos, não é aconselhável congelar grandes quantidades de carne simultaneamente. → Congelamento em placas: O meio que transfere calor neste método é o metal. As bandejas contem os produtos ou as superfícies planas dos produtos cárneos colocadas diretamente em contato com as placas ou estantes do congelador. ***Temperatura varia de -10 à -30ºC ***Neste método, só podemos congelar peças delgadas de carne. O congelamento de blocos de 30Kg de recortes de carne para utilização nas indústria de embutidos. Método um pouco mais rápido, mesmo em temperatura não tão baixa, o que limita, só se pode congelar pedaços de carne que são mais finas para facilitar a troca de calor entre metal e carne, método que permite resfriamento maior do que o ar imovel. → Congelamento em corrente de ar:** É o método mais empregado na indústria de carnes. A velocidade do ar é de 5 a 6 m/s e a temperatura de -30ºC é mais prática e econômica para a indústria. A movimentação, faz que a troca seja mais eficiente, alternativa mais prática e econômica Importante para matéria prima embutidos, principal aqueles que são misturados com condimentos e o que define a qualidade final é o que tem a liga, o que depende da capacidade de se emulsionar, em temp baixas facilita, e daí resfriamento é para garantir que matérias primas estejam em condições adequadas; Outros métodos que são baseados, no princípio de adicionar substâncias que são chamadas de conservantes, nem todos, mas efeito mesmo, essas carnes são chamadas de carnes curadas, e daí é definido pela adição dos produtos da conservação da carne CARNES CURADAS O termo cura de carnes se refere à conservação de um produto por adição de: sal, nitratos e/ou nitritos (compostos fixadores de cor), condimentos, açúcar fosfatos aceleradores de cura. Também é obtida a melhoria das propriedades sensoriais. Pode se usar componentes como nitritos e nitratos, e são de potássio, que tem ações sensoriais; condimentos que têm atividade microbiana conhecidas que tem propriedades antimicrobiana; Nem todos podem ser isolados, porque efeito vai ser diferenciado, mas muitos em combinação para duradoura, e melhoria das qualidade sensoriais finais; 1) Nitratos e nitritos: A ação do nitrato se manifesta após sua redução em nitrito pelos M.O. presentes nos alimentos. O nitrito é convertido em ácido nitroso e inibe a ação dos M.O. Produto resultante: Coloração rosa agradável Nitrito + mioglobina = nitrosomioglobina Nitrosomioglobina + calor = nitroso hemocromo – hemo intacta Funções: desenvolver cor característica da carne curada e evitar o crescimento de Clostridium botulinum. Usos: presunto, bacon, salsichas e peixe defumado, mortadelas, linguiças, salames, etc. Mioglobina proteína responsável por dar coloração, e daí forma complexo nitrosomioglobina, que daí é comum por ligação do nitrito; esses conservantes devem ser usados com critérios, quando em doses maiores, de 10 a 15 por kg, podem ser letais, principal porque quando entram na corrente sanguínea torna esse complexo incapaz de se ligar pelo oxigênio Toxicidade: o nitrito pode passar para a corrente sanguínea. Em contato com o sangue converte a hemoglobina em metahemoglobina. A metahemoglobina é incapaz de transportar O2. A ingestão de nitrito pode aumentar o teor de metahemoglobina, provocando dificuldade de respiração e palidez, pode ocorrer a morte, principalmente em crianças. - regulamentações bem restritiva pela quantidade máxima que podem ser adicionados, importante atenção a doses, gramas por kg que devem ser uniformemente que devem ser curados; então tem preferência, ou até ligaçao por produtos coloniais, mas precisa ter confiança que dosagem não sejam exagerados; / dosagem precisa ser uniforme; 2) Sal (NaCl); → Menor atividade de água no produto, desidrata bactérias. → Efeito preservativo limitado. → É necessário combinar outros métodos de conservação. → 2-3% contribui para o desenvolvimento do sabor de cura. Concentração que precisaria incorporar precisaria de 10 a 12% efeito de preservação de longa duração, e que não seja inibidor do produto; abaixo de 5% não inibe nem organismos anaeróbicos, então condições de limitação baixa, então o sal nunca considerado como único, mas sim acompanhados de outro métodos 3) Açúcar: ● Melhora o sabor do produto final. ● É necessário maior concentração para que atue como conservante. ● Substrato para fermentação (maior acidez). ● Mascara o gosto amargo do nitrito. - Conforme fermentação, tem sabor acentuado, e dai açúcar ajuda a diminuir, e que seja usado como conservante precisa ser muito alta dose, e daí inviabiliza, dai serve para substrato dos micro fermentadores, e dai proporciona redução do ph final; então colocado principal nas carnes para acelerar o desenvolvimento fermentadores, e todos efeitos que são evitados; mas pode ser considerado conservador 4) Fosfato: ● Maior capacidade de retenção de água. ● Maior rendimento da produção. ● Em maior concentração provoca sabor desagradável- máximo 0,5%. ● Podem ter efeito na palatabilidade---> problema. 5) Ácido ascórbico ou Ascorbato de sódio: ● Torna a coloração do produto mais estável. ● Acelera a reação de cura- REDUZ a metamioglobina. ● Impede a formação de nitrosaminas. ● Isoascorbato de sódio- isômero + barato. → Tornar coloração mais estável, porque tem capacidade de acelerar a ação do nitrito e nitrato, se pensar na inclusão do ácido ascórbico, pode reduzir até duas ate três horas a coloração ideal, e dai impede a formação de nitrosaminas, que são compostos formados a partir da oxidação de nitrito em ph ácido, e dai considerados como agente mais cancerígenos, e processos que podem diminuir produto mais seguro; Estratégia viável; -» Alterações da atmosfera, usam de embalagens como forma de conservar carne; Tecnologi� d� Fabricaçã� d� ´Produt� Cárne� Métodos que indicam o processamento. Produtos cárneos processados: São aqueles que sofreram modificações nas propriedades da carne “ in natura” mediante o emprego de uma ou mais técnicas como: ● trituração ● adição de condimentos ● modificação da cor ● tratamento térmico Princípios de conservação da carne: -A carne é comercializada em forma fresca ou na forma elaborada em grande variedade de produtos cárneos. OBJETIVO DA ELABORAÇÃO: ❖ Melhorar a conservação; ❖ Desenvolver sabores diferentes; ❖ Elaborar partes do animal que são difíceis de comercializar em estado fresco. Tornar partes que podem ser utilizadas e consumidas, uma das partes, ou um grupo utilizado, são miúdos, como coração, rins, e outros órgãos comestíveis, são utilizados para produzir produtos processados CURA de Carnes → DEFINIÇÃO: é o tratamento da carne através do sal e agentes de cura, com a finalidade de conservar e dar cor ao produto. Algumas situações, poucas, usa só agente de cura, para conservaro alimento; / todos alteram coloração seja positivamente ou negativamente, os que são só mantidos com sal são mais facil escurecidos, do que com outros agente de cura; → AGENTES DE CURA: - Os principais agentes de cura são: sal de cozinha, nitrito e nitrato de sódio, nitrito e nitrato de potássio (salitre), açúcar; - A legislação brasileira vigente prevê limites máximos de 0,015 g/100 g e 0,03 g/100 g, respectivamente para nitrito e nitrato de sódio e de potássio. → COADJUVANTES DE CURA:produtos que não fazem a cura especificamente mas vão potencializar e minimizar efeitos da cura Principais coadjuvantes: SÃO ADITIVOS INTENCIONAIS QUE AUXILIAM O PROCESSO DA CURA. Ácido ascórbico, Ascorbato sódico, Glucona Delta Lactona (GDL), Glutamato sódico, Ácido glutâmico, Ácidos de consumo humano (vinagre). Realçadores de sabores = glutamato. Efeitos de cura devem ser aplicados sobre produtos, e vão ter diferente composições, a exigência básica seja aplicado mais rapidamente e maior distribuição,e dai toda parte do produto carne sejam incorporados pelo agente de cura pela mesma velocidade e proporção e dai exige uma distribuição, e que não é uniforme, e daí empobrecida, e daí níveis baixos, O agente de cura, é fundamental para definir a eficiência do agente de cura; quando se faz aplicação em temperaturas mais altas, acima de 5 graus, esse efeito do tempo mais importante ainda; Métodos de Aplicação dos Ingredientes de Cura: Exigência básica: boa distribuição dos ingredientes de cura por todo produto. Distribuição inadequada ou irregular: desenvolvimento de uma cor pobre, com possibilidade de deterioração nas áreas não atingidas pela mistura de cura. Tempo: fundamental CURA DIRETA: Em produtos de salsicharia, os ingredientes de cura são incorporados durante os processos de moagem. São adicionados em forma de mistura seca ou como solução concentrada e são distribuídos uniformemente por todo produto durante a trituração e preparo da massa. CURA Á SECO: O método mais antigo, que consiste na aplicação dos agentes de cura (somente o sal) na forma seca sobre a superfície da carne. É um processo lento e sanitariamente difícil, o produto é comum. Ex: carne de sol.--> aplicação direta de sal na forma seca sobre superfície sobre mantas, geral no quarto traseiro de bovinos Método de cura mais eficiente. CURA POR IMERSÃO EM SALMOURA: Onde as peças são submersas em uma solução formada pelos componentes de cura dissolvidos em água. Este método de cura também é lento e necessita muito tempo para a salmoura se difundir por todo produto. Ex: Charque. Primeiras duas ou três horas, carnes são imersos com alta concentração de sal, e dai uma concentração de sal elevada, mas salmoura, altamente concentrada faz com que acesso ao sal seja mais rápida, Diferente de a seco, porque inicia com imersão de salmoura para acelerar processo de cura. CURA POR INJEÇÃO DE SALMOURA: A penetração dos agentes de cura é muito mais rápida e sua distribuição mais uniforme quando são injetados diretamente nos tecidos. Nas peças de carne, cujo sistema vascular está relativamente intacto, como pernil e paleta, a salmoura pode ser injetada por via arterial. As peças que não permitem a injeção por via arterial, pode ser realizada intramuscular em diversos pontos. A grande vantagem a penetraçao mais rapido; e todas regiões do produto cárneo vão ter contato com sal. INJEÇÃO MÚLTIPLA: Muito empregado atualmente na indústria para curar bacon e presunto que consiste em injetar de maneira simultânea, automática e uniforme em múltiplos pontos da peça, através de uma série de agulhas com numerosos orifícios regulares na sua longitude. Outra variação, também muito utilizada, é a injeção arterial, seguida por série de aplicações intramusculares. A solução de cura injetada pode ser realizada através da seringa (fabricação em pequena escala) ou injetores de pressão.-Pode ser isolada como em produtos processados como bacon presunto, ou por via arterial; A partir dessas situações múltiplas, consegue aplicação mais rápida e uniformidade maior e também velocidade de tratamento MÉTODOS - Carne tratada somente com sal; vai dar origem a coloração mais escura, e tempo de conservação mais baixo - Carne tratada com sal e sais de cura; coloração positiva, e tempo maior de conservação - Embutidos; como cozidos e fermentados, como sais de cura como método posterior, seja por congelamento com ácidos, e como produtos que vão ser defumados - Defumados; o método que finaliza, que utiliza calor, e também ação do produto final Tecnologi� d� produt� cárne� salgad� DEFINIÇÃO: São os produtos cárneos industrializados, obtidos de carnes de animais de açougue desossadas ou não, tratadas com sal, adicionadas ou não de sais de cura, condimentos ou não, cozidos ou não. NOTA: Incluem-se neste regulamento os cortes e/ou miúdos das diferentes espécies de animais de açougue. ❖ Ação desidratante e consequentemente bacteriostática; ❖ Ressalta o paladar dos componentes de qualquer alimento; ❖ Intensifica os sabores e aromas; ❖ Auxilia na digestão, controlando a intensidade de fermentação de produtos submetidos a esse processo; ❖ Potencializa substâncias conservadoras; Quando acompanhadas de nitrito e nitrato como agente conservante menos eficiente, do que a utilização com sal; Como método único de conservação limitado. Reduz os feixes musculares, cada carne depende de concentração de gordura, como tecido conjuntivo, dependendo da concentração vai ter diferentes pontos de saturação da carne; Desnaturação das proteínas, que são a mioglobina; a partir disso, ela perde a característica de coloração, daí tem cor mais escura, mas como tem perda de água, e tudo que for solúvel em água se perde com uso do sal, nessa condição, sempre produto salgado vai ter valor nutricional inferior dessas perdas. RESULTADO = mais acinzentada, se comparar com o vermelho da carne in natura CHARQUE: É o produto obtido pela salga, maturação e dessecação da carne e têm como único ingrediente não cárneo o sal. as concentrações são baixas, porque é obtido pela associação de salga úmida, e dps salga seca Vantagens: ★ O processo inibe o crescimento de bactérias. ★ Preserva o produto do excesso de umidade. ★ Reduz custos de armazenamento e transporte. → Preparo: O charque é o resultado da salga forte de manta de carne, seguido da exposição ao sol ou secagem em estufas até atingir o ponto de dessecação Hoje a produção prevê em estufas de secagem que daí tem tempo de controle exposta ao sol, e controle maior de temp e umidade, e sempre foi feita na exposição direta aos raios solares PROCESSO TRADICIONAL: 2- Salga seca = repetida, posterior com 3. ressalga = em um dos lados da carne; esses dois processos devem ser suficiente para aderência do sal na carne, e a partir disso, as mantas devem ser tombadas para garantir a saturação do sal; Esses materiais vão para pilha, que esperam para chegar num ponto ideal, acondicionados em varais, e daí embalagem em pequenas porções; Charque inteira incomum, daí mais comum fatiada ou trituradas IMAGENS- Instalações = estufas que permitem a circulação do ar, e mais uniforme para secagem em período curto de exposição ao sol, e também a sombra para secagem. Estufas para secagem com temperatura artificial controlada» Temperatura de secagem 28°C = pequeno exaustor, ou pequenas saídas de ar, não há obrigatoriedade da conservação do charque; Fluxograma básico do charque que dá origem a qualidade com período de armazenamento da forma que foi embalado a algumas semanas, e meses; TECNOLOGIA DA FABRICAÇÃO DE CHARQUE: PRODUÇÃO DE CHARQUE: → Salga ÚMIDA: Emprega exclusivamente o sal em salmoura (335 g de sal por litro de água), em tanques especiais com movimentação constante das peças de carne por 30 a 40 minutos a temperatura de 15ºC. Aderência mais rápida. São mantas de carne, em geral carne bovina, submetidas a processo de salga, e empilhadas em lugares secos, para desidratação e melhor conservação. São muito consumidas em receitas de norte a sul do Brasil,mas principalmente do Nordeste → Salga SECA: dura 12 horas, podendo chegar a 24 horas. → Ressalga: é feita com a porção gordurosa voltada para cima. → Tombos: São inversões em que a parte inferior das peças fica voltada para cima na nova pilha. → Pilha de espera: É feita por razões ligadas às condições atmosféricas. → Lavagem prévia: Realizada em tanques especiais com água e cloro ativo. As peças de carne curadas e lavadas são empilhadas para o escoamento da água. → Dessecação: A dessecação ao ar livre, através de exposições aos raios solares e ao vento. É realizada com a carne disposta em varais. → Varais: Obedecem à orientação norte-sul e o objetivo é proporcionar melhor aproveitamento do sol. → Estendidas: A primeira estendida ao sol deve ser breve e impedir a acentuada dessecação. • Segue-se acompanhado de novas estendidas intercaladas com descansos por 3 dias. Não devem ser muito longas. → Embalagem: O charque é com maior frequência, embalado em fatias de 500 g a 1 kg de plástico, sob vácuo./ vácuo até 6 meses da validade, em que é controlada a presença de oxigênio DIFERENÇA da carne de sol, não prevê salga em imersão e sim só a seca CARNE DE SOL: A produção: *Elaboração do produto; *Controle higiênico- sanitário *Fluxograma de produção; Matéria prima: *Cortes do quarto traseiro; *Obtenção das mantas; *Preparo para a salga; ‘O processo da salga: *Salga a seco: → Friccionamento; que se deposite de forma eficiente da carne, e é processo que pode iniciar logo após ao abate; → Deposição; *Início do processo: 4 a 8 horas /12 a 16 horas post- mortem. *****Importância do sal: 4 tipos de sal: grosso, peneirado, triturado e refinado. Mais fino se adere melhor e promove maior saturação, conforme a presença de tecido conjuntivo, deve utilizar sal mais grosso, e sal mais fino conforme a composição dos tecidos. Quantidade de 5% Umidade entre 55% e 73% Vida de prateleira curta Uniformidade menor, vamos ter desuniforme em termos de concentração de sal, processo mais rústico, e vida mais curta. *Processo de secagem: - Colocação das mantas em varais; - Tempo variável- de 4h a 5 dias; - Toalete- retirada de aparas, tendões… *Aspectos higiênicos- sanitários: -Alta incidência de microrganismos. -Alta atividade de água e umidade; -Baixo teor de sal; -Contaminação com escherichia coli- até 66,7%/ cepas de bactérias de maior proporção de problemas intestinais; Considerações finais: → Comercialização: → Produto rudimentar: → Produto tradicional: CARNE TRATADA COM SAL E SAIS DE CURA: Neste processo tecnológico as carnes são tratadas com sal e sais de cura, visando um maior prazo de validade do produto. Como sal não tem efeito preservativo de forma isolada, comum que se faça processos complementares com objetivo de potencializar o uso de sal SAIS DE CURA, maior vida de prateleira, minimizamos efeito sensorial negativo, e piora da coloração e consegue concentrações mais baixa de sal, e tem métodos eficiente de distribuição, e dai tem salga líquida que consiga concentrações menores que é produto seguro para comercialização mais longa; A utilização de miúdos é possível quando se faz associação do uso de sal e curas. → Nitratos e nitritos: FUNÇÕES: desenvolver cor característica da carne curada e evitar o crescimento de Clostridium botulinum. PRODUTO RESULTANTE: coloração rosa agradável. Nitrito + mioglobina= nitrosomioglobina. Nitrosomioglobina + calor = nitroso hemocromo - hemo intacta A ação do nitrato se manifesta após sua redução em nitrito pelos microrganismos presentes nos alimentos. O nitrito é convertido em ácido nitroso e inibe a ação dos microrganismos. USOS: presunto, bacon, salsichas e peixe defumado, mortadelas, linguiças, salames, etc. TOXICIDADE: o nitrito pode passar para a corrente sanguínea. Em contato com o sangue converte a hemoglobina em metahemoglobina.--> A metahemoglobina é incapaz de transportar O2. → A ingestão de nitrito pode aumentar o teor de metahemoglobina, provocando dificuldade de respiração e palidez, pode ocorrer a morte, principalmente em crianças. Nitrito + Aminoácido (Carne) forma nitrosaminas São consideradas tóxicas, mutagênicas, carcinogênicas e teratogênicas, pois atravessam a placenta causando tumores em feto (interagem c/ o DNA). Consequência: conservam-se por mais tempo. *Mantém a cor vermelha, mesmo após o cozimento, devido a formação de um pigmento avermelhado chamado de nitrosomioglobina. → NÃO SE USA PARA MELHORAR A CARACTERÍSTICA VISUAL. *pH para salgação: 3,8 a 6,4. *Temperatura: 6 a 8°C. ….que não é desfeita nem com calor, e dai complexo é rompido e dessa forma mesmo quando cai quando incorporado a sal de cura, não é favorável. A utilização desses agentes de cura, tem efeito sensorial e microbiológicos, e é necessário que sejam metabolizados a convertido a ácido nitroso para que isso seja possível concentrações mínimas e também máximas de presença desses componentes, e também uso em que são comercializados em embalagens visíveis ou sem embalagem, porque coloração são atração do consumidor, daí ex: bacon, bacon; outra vantagem: permitem que mesmo com baixas concentrações permitem com baixo diâmetro mesmo em concentrações baixas Nitrito x Saúde Pública Uma dose única maior que 15-20 mg/kg de peso vivo pode ser letal. Podem proporcionar letalidade. O nível máximo permitido em produtos cárneos é de 20 a 40 vezes abaixo da dose letal. O nitrito inibe a germinação do C. botulinum e previne a formação de toxinas nos produtos cárneos curados. Se admite que a concentração mínima de nitrito necessária para inibir o C. botulinum seja de 150ppm. R.I.IS.P.O.A O emprego dos nitratos e nitritos de sódio ou de potássio, ou qualquer combinação entre eles, só pode ser feito em quantidades tais que no produto para o consumo, o teor em nitrito não ultrapasse a 200 ppm (0,02%). Os nitritos de sódio ou de potássio só podem ser empregados, isoladamente ou em combinação, nas seguintes proporções máximas: 1) 240g para cada 100 litros. 2) 60g para cada 100 kg de carne, na cura a seco, de mistura com o sal; 3) 15 g para cada 100 kg de carne picada ou triturada, de mistura com o sal. Isso para que atinja melhor uniformidade. Muito comum em produções artesanais Tecnologi� d� Embutid� → Produtos curados mais simples. Depende basicamente da cocção do sal. → A matéria prima é desintegrada. Pode estar condicionada em envoltórios artificiais ou naturais. O berço dessa tecnologia é a Europa- Alemanha- Itália. Industrialização da carne; → Transformação da carne em produtos; São desenvolvidos por uma forma de melhorar a conservação e aproveitamento de produtos cárneos, possibilidade de agregar sabores. Tem importância econômica também, contribui para suprimento alimentar. Questões a serem consideradas quanto a implantação da agroindústria: *Origem da matéria prima; *Mercado consumidor; *Investimento; *Estrutura física básica; *Mão de obra qualificada??? Fábricas de conservas cárneas: Temos regulamentação nacional. Tem rigidez significativa. Discussão sobre as regras ser muito rígidas, mas faz sentido. Podem ser: → Associadas a matadouros- frigoríficos. ( vantagem de aproveitamento dos equipamentos). → Independentes; É imprescindível TER FLUXO DE PRODUÇÃO e MATÉRIA PRIMA DE BOA QUALIDADE. → EMBUTIDOS NÃO SERVEM PARA APROVEITAR SUBPRODUTOS. PRINCIPAIS INSTALAÇÕES - estruturas necessárias; Cada atividade acontece em um local separado. 1. Plataforma de recebimento de matérias primas; Deve ser o mais isolada possível, ali que se descarta o que não pode ser usado, ou a matéria prima é aceita ou não. 2. Conjunto frigorífico; *Câmara de estocagem para carnes resfriadas e/ou congeladas. *Câmara para descongelamento; *Câmara para massa; *Câmara para estocagem de produtos elaborados; *Câmara para congelamento de produtos elaborados; É um dos passos mais importantes, é que a carne deve estar em temperatura baixa acima do ponto de congelamento para não perder água, por que elas precisam formar a liga. ÁGUA + PROTEÍNA e GORDURASOs ingredientes devem estar em baixas temperaturas. 3. Sala de desossa; se vem inteira a carcaça nem todas as partes são usadas nos embutidos. Algumas peças apresentam + ou - tecido conjuntivo e isso define o uso dela. 4. Sala de moagem, misturadeira, embutimento. → Fumeiros e sala de cura, sala de embalagem, rotulagem e expedição. ( se requer) 5. Sala de condimentos; São condimentados 6. Sala para rebeneficiamento dos envoltórios; Característica principal é que tem envoltório, ele tem que ser processado. 7. Sala para lavagem e higienização dos equipamentos; 8. Almoxarifado, vestiários e sanitários; → Características da matéria prima determina a qualidade do produto. COMPOSIÇÃO DA CARNE: → gordura (+relevante) → proteína → Umidade Produtos cárneos que nao tem valor de mercado vão para embutidos= vai de contra ao uso correto. Condições após abate: → Higiene e manipulação;(mat do rigor mortis) → Velocidade de resfriamento; Anomalias: → Carne PSE; → Carne DFD; → Objetivos da indústria: MAIOR segurança aliado a qualidade, desenvolver sabores/ agregar valor, diminuir o custo. Sabor diferenciado→ isso define a diversificação de produtos =vida de prateleira maior que o produto in natura. → Artigo RIISPOA: Embutido compreende todos os produtos elaborados com carne ou órgãos comestíveis curados ou não, condimentados, cozidos ou não, defumados e dessecados ou não, tendo como envoltório tripa, bexiga ou membrana animal. É permitido o emprego de películas artificiais no preparo de embutidos, desde que aprovadas pelo DOI/ DIPOA/ MAPA. ENVOLTÓRIOS E MOLDES É envolvido o beneficiamento e preparado para ser usado. Deve haver um preparo sanitário e físico (devem ser resistentes e se moldar ao produto que deve ser embutido) impedindo a presença de ar, por isso devem ser hidratadas e não secas. São utilizados envoltórios provenientes de naturais bovinos, suínos e ovinos. → Tripas naturais: *Suínos: tripas redondas ou pequenas (intestino delgado); tripas médias (parte central do intestino grosso), bexigas e estômagos. *Bovinos:o esôfago, intestino delgado, ceco e bexiga. São películas que são utilizadas com a finalidade de dar formato característico ao produto. → pele e miúdos: envoltórios como estomago. CLASSIFICAÇÃO: NATURAIS: → tripa fina de bovinos, suínos, ovinos e caprinos; → tripa grossa de bovino; → Bexiga de bovino e suíno; → Esôfagp de bovino; → Estômago de suíno; --Triparia Vantagens: ➢ Os envoltórios naturais são muito permeáveis à umidade e defumação (facilita troca de umidade com meio externo, permite troca de gases com meio ambiente) ➢ Uma de suas características mais importantes é que encolhem e se adaptam à superfície do produto; se expandem. ➢ A maioria são digestíveis e podem ser consumidos. Desvantagens: ➢ Irregularidades de tamanho; desuniformidade em calibre. ➢ desfavorável nas características higiênicas, ➢ qualidade variável, ➢ alto custo de trabalho para o enchimento e ➢ falta de adaptabilidade à mecanização ➢ Valor agregado baixo; ➢ Custo maior de mão de obra, mais exigência em limpeza e higienização, para a indústria não é vantajoso. TRIPAS ARTIFICIAIS: Não se adaptam para uso em produtos fermentados, a não ser que use apenas para embalagem. São classificadas em três grupos: → Colágeno reconstituído; As tripas de colágeno, tanto comestível como não comestível são elaboradas a partir do colágeno extraído de pele e couro. → Celulose (tripa de hidrato de celulose e tripas fibrosas de hidrato de celulose): Tamanhos que variam de 1,5 a 15cm de diâmetro. As vantagens são:uniformidade de diâmetro, possui pouca carga microbiana, emprego fácil e disponibilidade de variedade de tamanho. → uniformidade, fácil reduzir a carga microbiana. → Sintéticas (poliamida, poliéstes e cloreto de polivinilideno). São utilizados para produtos cozidos em água. São impermeáveis à fumaça e umidade. → produtos diferenciados. Vantagens: -Condições higiênicas favoráveis, -Fácil mecanização e -Pode-se eleger a permeabilidade ao vapor e à fumaça; de acordo com a necessidade de permeabilidade, tem mais opções. Desvantagem: A imagem artificial para alguns consumidores -Geralmente não são comestíveis; se são comestíveis são desagradáveis ao paladar. MOLDES METÁLICOS Não serve como envoltório, serve para dar formato final ao produto, coloca massa pronta na embalagem. A liga que garante o molde final. → Cuidar emulsão cárnea, porque produto que garante a forma depois. Moldes de diversas formas (arredondada, retangular, metálicos, quadrada, etc.). Os embutidos preparados com moldes metálicos têm que ser submetidos a um tratamento térmico para que se coagulam as proteínas do produto e conservem a forma do molde. Utilizados para preparar embutidos de maior tamanho. (apresuntado,presuntos). A fabricação de embutidos passa por essa fase. Sistema e tatamento: cada produto vai ser constiuído de m.p destinada a esse produto. Trituração: todo embutido deve ser triturado, a granulometria varia: → Maiores: produto perde menos umidade, menos dura, mas deste dos componentes da massa mais dificil. → Mais fina: mais fácil dispersão (sal), mais uniforme o produto. Mistura: Emulsão: é a liga; Embalagem: período de descanso para a liga formar, maior proporção mais gordura mais proteína= mais fácil de….. Acabamento: moldagem final; Fatores relacionados: ● Qualidade da matéria-prima; ● Qualidade dos ingredientes; ● Instalações; ● Equipamentos; ● Tecnologias; ● Fluxograma operacional; ● Higiene no processamento; ● Mão de obra qualificada; ● Inspeção sanitária; ● Embalagens; ● Transporte; ● Comercialização; PRINCIPAIS TECIDOS ANIMAIS Carne de alta ligação: traseiro e dianteiro. alta capacidade de formar emulsão. Carnes de baixa ligação: recortes→ extremidades (50% de gordura), pescoço, peito, esôfago, diafragma, CMS e língua.os recortes tem mais gordura e mais tecido conjuntivo, por isso tem menos liga. Carne de recheio: estômago, cupim, pele e coração. Não tem capacidade de formar liga, usada só como forma de adicionar sabor ou usar m.p de menor qualidade. → Quanto maior capacidade de ligação, mais fácil de dar forma. EMULSÃO→ forma glóbulos, polaridade diferente se ligam. Com acúmulo de água que produtos se misturam. Depende da composição, capacidade que o meio tem de disponibilizar água. As temperaturas mais baixas favorecem a formação da emulsão. Hemoglobina e mioglobina→ se solubilizam e ajudam a formar a emulsão. Elas precisam ser solubilizadas, aí entra o sal→ solubilizar as proteínas e ajuda a formar a emulsão., por isso sempre se usa SAL. → Maiores partículas = mais tempo leva para formar emulsão, menos uniforme. Isso impacta quando vai cortar um salame, uma parte é mais macia e outra mais dura. A emulsão não se completou.--> Isso não se encontra em mortadelas. → Sal + trituração= ruptura da parede celular e solubilização das proteínas. Ex: morcilha: pele, carnes de cabeça, coração. É produzida com carnes de baixa capacidade de ligação e para isso deve ser cozida. PRINCIPAIS FUNÇÕES DA MATÉRIA PRIMA Proteínas: emulsionar gorduras e ligar a água; frações ou cortes que tem pouca carne tem dificuldade no embutido. Gordura: maciez, sucosidade, sabor. pH mais ácido quebra as ligações dos triglicerídeos. → O aroma é proporcionado pela gordura. Salames com pouca gordura tem aroma menos diversificado. Água- 45 a 55% do peso do embutido. Maioria dos embutidos são produzidos por carne trituradas, e isso faz diminuir a capacidade de reter água. Por isso é difícil manter essa quantidade de água, por isso se adiciona mais. Cozidos: 10% Crus: 3% É muito recomendável, porque a água atua na solubilização das proteínas (água + sal) ação mais rápida, facilitando a desnaturação das proteínas. Com a temperatura baixa, ocorre a rápida emulsificação e acelera a formação da emulsão. → Hoje se estuda para usar plasma, porque é melhor que água. Produz flocos que facilitam a mistura. EMBUTIDOS DE CARNE PICADA Classificação: → Frescais; refrigerados ou congelados. → Maturados; →Cozidos; Tecnologia dos principais produtos de carne picada: DEFINIÇÃO: São embutidos com carnes não emulsionadas que podem ser cortadas ou picadas em moedor de carne e/ou cutter. Classificação: Embutidos frescais: são produtos cárneos embutidos em envoltórios naturais e/ou artificial e conservados pelo frio. Refrigerados ou congelados, depois são submetidos ao calor e vendidos. Ex: linguiça, salsichão. Embutidos maturados: são produtos cárneos embutidos em envoltório natural e/ou artificial, curado, defumados (sucessivos ao processo de cura ou fermentação, uso de sal) e maturados por lapso de tempo de acordo com sua tecnologia, conservados em temperatura ambiente. Tem dois processos diferentes que forma, a fermentação primeiro e após a maturação (ação do ppH baixo sob componentes que dão característica final). Ex: salame. Embutidos cozidos: são produtos cárneos embutidos em envoltório natural e/ou artificial, cozidos, defumados ou não obedecendo sua tecnologia e conservados pelo frio ou embalagem. Ex: salsicha. Processamento de salsicha e mortadela? Processo padrão. Passa por uma série de etapas, iniciando da matéria prima até a refrigeração, sempre. - Moagem e formulação: depende da raceita. - ..Embutimento: envoltórios transitórios só dão forma; - Cozimento: acima de 70°C alguns. - ..refriamento; rápido após o cozimento para que o envoltório se desprenda. - Pelagem; tiragem do envoltório. - ..Pasteurização: podem ser pasteurizadas no caso das salsichas. Agente de diferenciação de sabor→ adição a produto que dará sabor deve ser de granulometria diferente. Etapas: 1) Recepção: → Suínas e bovinas: estocagem em câmaras frias com ou sem osso. → Desossa: manual, com apara da gordura (subproduto ou aproveitamento).--> para que contamine menos com tendões e deixar mais uniforme, tirar a gordura. 2) Moagem e mistura: ( acontece junto por causa do equipamento). → Moagem: quebradores, moedores, floculadores ou desintegradores de blocos (carne congelada). → Pesagem: → Mistura e emulsificação: “cutter”, adição de gelo.--> mistura homogênea → Cutter: “liquidificador” desintegra a estrutura de carne, facilita a emulsificação. Mistura de toucinhos: (mortadela), misturadeira, cubos de toucinho, olhaduras típicas. → Para que a emulsão cárnea seja estável, é absolutamente necessário que as proteínas se encontram dissolvidas ou solubilizadas. Uma das funções mais importantes do sal nas emulsões de embutidos é solubilizar estas proteínas na fase aquosa para que se encontram em condições de recobrir as partículas de gordura. → CORANTES: visual Animal: hemoglobina. Dificuldade em se manter. Eritrosina: variação de cores. Não tem função alimentar, não prejudicam a qualidade do alimento. Naturais: não necessita indicar no rótulo, as artificiais sim. 3) EMBUTIMENTO E COZIMENTO Salsichas: embutideira em tripa (colágeno ou celulósica – com calibres específicos)--> envoltório temporário. Mortadelas: embutideiras de maior calibre ( as tripas que se usam são de plásticos, celulósicos ou naturais).--> pode ser envoltório final. Usar tripas naturais é incomum hoje, por causa do formato. COZIMENTO: estufas com aquecimento a vapor, tempo por produto, temperatura interna 72ºC. Antigamente se usava água quente. Hoje se usa vapor em trono de 70°C a 85°C para que dentro do produto fique 72°C. O tempo de cozimento é curto, não mais que 30 min. 4) DEFUMAÇÃO: Dependendo do produto pode haver o Estágio de defumação. → só serve para fator sensorial, não para conservar. Fumeiros: tradicionais, artesanais, dentro de estufas, queima de serragem e madeira. Fumaça líquida: sol. aquosa formada pela condensação e tratamento da fumaça de queima. Imersão das peças ou aspersão. Uniformidade e menor perda de peso, da aspecto e aroma de defumação. → Características sensoriais típicas. 5) RESFRIAMENTO: Jatos de água ou à temperatura ambiente até que o centro do produto atinja 40ºC.--> ai se faz depelagem ou embalagem. 6) DEPELAGEM E TINGIMENTO: Operações específicas para salsichas: ● Depelagem manual: remoção dos envoltórios manualmente após o resfriamento. ou.. ● Depeladeira: equipamento dotado de uma lâmina rotativa para corte dos envoltório. ● Retirada por ar comprimido; mais usado hoje. ● Tingimento: imersão em solução a base de urucum. mais usado (2ºC) e imersão em sol. ácida (fixação). pH ácido. Objetivo: fazer com que adquira com diferenciada, corantes devem ser aprovados. 7) EMBALAGEM, PASTEURIZAÇÃO E ESTOQUE: Salsichas: resfriamento com ar frio.Embalagens plásticas termoformadas e embaladas à vácuo. Prevê obrigatoriamente a preservação pelo frio, embalagem rompida: deve ser congelado. Mortadelas: sacos plásticos e á vácuo. Por isso pode permanecer em temperatura ambiente. Adesão do rótulo no envoltório artificial, após abertas= só no frio a conservação. Pasteurização: salsichas. Imersão em água quente (depois do processo de congelamento) . Temperatura interna 72°C. Resfriamento: 10°C Estocagem: câmara fria. Embutid� Fermentad� Processo que se diferencia. Pode defumar mas não é para adicionar temperatura e sim substâncias que controlam microrganismos e sabor. CONCEITO: São produtos feitos a base de pedaços de carne (uma espécie ou mais) que sofrem fermentação por microrganismos, podendo ser cozidos e defumados. (desejada)Fermentação lática→ transformação de carboidratos em ácido lático. Para fazer isso não deve ser usado a carne DFD, não temos glicogênio, ela não tem substrato para a fermentação lática. Só vai acontecer outras transformações. Características especiais: → Baixo teor de umidade; → Presença de ácido lático que confere sabor agradável.= sabor salino. Legislação- SALAME: Produto cárneo industrializado obtido de carne suína ou suína e bovina, adicionado de toucinho, ingredientes, embutido em envoltórios naturais e/ou artificiais, curado, fermentado,maturado, defumado ou não e dessecado. Isso define um produto fermentado. → A presença de mofos característicos é consequência natural do seu processo de fabricação. Na parte externa é comum, fator de maturação importante em alguns produtos, na parte INTERNA o produto é de baixa qualidade. Tipos de salame (varia devido a granulometria e condimento): Italiano, Salaminho, Napolitano, Hamburguês, Milano, Calabrês, Alemão Friolano. Italiano: granulometria 6 a 9 mm.tripa maior, carne só de suíno + bovino. Salaminho: granulometria 6 a 9 mm, é embutido em tripas com calibre até 5 cm.Salaminho: a diferença é que é embutido em tripas mais finas e nao precisam ser tripas retas. Maturação é reduzida para 20 dias. Vantagem: o fluxo de comercialização é mais rápido. Napolitano: granulometria grossa (8 a 12 mm), pimenta do reino quebrada ou em grãos, alho. tripa maior. Hamburguês: granulometria entre 3 e 6 mm (defumado antes da fermentação).em temperaturas baixas de 30°C, se for maior atrasa a fermentação. Milano: granulometria entre 3 e 6 mm (pode ou não ser defumado). granulometria menor, pode ser defumado, tem pouca gordura; Calabrês: granulometria entre 10 e 15 mm, sabor picante e calibre 80 mm. pimenta malagueta e calabresa, calibre maior. Alemão: carne exclusivamente de suínos, granulometria fina, de 3 a 6 mm. Alho e pimenta preta. Friolano: exclusivamente de carnes suínas em granulometria média entre 6 e 9 mm. Todos podem ir carne bovina + suína, exceto os que diz só suína. → tripa reta e de calibre maior.. 2 dias fermentação e 45dias maturação. Inicia com a escolha da matéria prima… Podem ser comercializados na tripa que foi embutida ou embalagens (retirada da tripa) mais elaboradas, para aumentar a vida útil e minimizar as perdas do produto. Isso diferencia os produtos. Intervalo em que a textura torne agradável é pequeno, justifica o uso de embalagem. MATÉRIA PRIMA: é fundamental. ● Carne de ótima qualidade; ● Coloração forte, com pH entre 5,4 e 5,8→ carnes que já tenham passado pelo rigor mortis. ● Carne não deve estar muito úmida ● Gordura deve ser da região costolombar (ventre - maior conteúdo de ácidos graxos insaturadosfacilitando rancificação); gordura com menos probabilidade de rancificação, principalmente em suínos. → Gorduras insaturadas: se concentram na região ventral. Essas devem ser evitadas para produzir salame, tem mais ácidos graxos insaturados. Estudo de outros embutidos utilizando carne de: Peru Pato Ovelha Peixe Frango Avestruz MOAGEM: Deve ser grosseira ( menos estrutura se quebra, menor perde água). 3% de sal e maturada à temperatura de 4ºC por 1 ou 2 dias ( deve ser adicionado sal). O objetivo desse tempo é iniciar o crescimento das bactérias que produzem ácido lático.. → iniciar o crescimento de bactérias produtoras de ácido lático. → Processo realizado em condições higiênicas, pois a carne moída é mais suscetível à contaminação bacteriana proveniente dos equipamentos, utensílios e pessoal. Preparo e formulação Carne a temperatura baixa!!! acima do ponto de congelamento. Ingredientes obrigatórios: *Carne Suína (mínimo de 60%, exceto para o salame tipo hamburguês, onde o teor permitido é de no mínimo 50%) *Toucinho ( cubos de gordura) *Sal (mais comum), nitrito e nitrato de sódio e/ou potássio. Nitrito e nitrato são opcionais, são incorporados para aumentar a seguridade microbiológica. E quando só se usa carne suína a cor fica mais agradável.*** Ingredientes Opcionais Carne Bovina Leite em pó--- Açúcares---- Maltodextrinas----subs para as bac Proteínas lácteas----- Aditivos intencionais---- Vinho Condimentos, aromas e especiarias Substâncias glaceantes- açúcares (revestimento externo) → Bactérias láticas não usam carboidratos complexos, só açúcares SIMPLES. Adição de culturas “Starter” Adicionadas para suprimir a população microbiana banal e favorecer as lácticas. Devem ser homo ou hetero fermentativas, mas produzir ácido lático. É BOM USAR Culturas “Starter”: Culturas individuais ou mistas de cepas de microrganismos selecionados com uma determinada atividade enzimática e que são adicionadas para a produção da desejada transformação do substrato. *Microrganismos da carne→ processo mais lento. 1 a 2 dias estável. *Culturas starter→ redução do tempo de fermentação, homogeneidade do produto, controle das características. É mais fácil controlar pH. A rancificação é minimizada e realça o sabor. → Risco de fermentação indesejável é maior e processo é mais lento→ fase importante porque por mais que tudo seja higiênico, há pouco substrato e uma população baixa de bactérias láticas, pode não ser suficiente para que o produto fique como desejado. O uso dessas culturas é comum em produtos coloniais, isso diferencia porque não tem padronização na fermentação. Do ponto de vista alimentar deve ser adicinado. EMBUTIMENTO Mais criterioso, para evitar que se tenha bolsas de ar. Uso de espinha de laranjeira, mas o ar do exterior penetra e toda a região vai ficar em condições aeróbias, se evita então. Deve ser compacto, evitando as bolsas de ar, o que poderia vir a provocar a oxidação da massa prejudicando a qualidade. Podem ser utilizadas tripas naturais ou sintéticas.--> qualidade sensorial maior as tripas naturais possuem mas são mais suscetíveis a deterioração microbiana. Se tem ar, se retira a massa e embute novamente! FERMENTAÇÃO Se evita deixar em camara fria nesse período. É mais eficiente em temperaturas mais elevadas 30 a 35°C→ 2 a 3 dias em condições ótimas e 7 dias em condições desfavoráveis. + segurança e melhores condições sensoriais. Báctérias Láticas Carboidratos-> Ácido lático ( quantidade maior de gordura é quebrada e contribui para o aroma). Tolerância a alta concentração de ácido lático Inibição de bactérias patogênicas e deteriorantes Acidificação rápida Temperatura ótima entre 30 e 35ºC→ máxima a atividade das bactérias. Não reduzem o nitrato Formação do composto aromático ácido do embutido SECAGEM E MATURAÇÃO MATURAÇÃO 12 a 15°C máximo 18°C; Proteínas→ peptídeos, aminoácidos, amoníaco→ dão sabor ao embutido. Ação do pH baixo. URA→ máxima 75% Gorduras→ glicerol, ác. graxos livres, glícerídeos→ dão sabor e aroma do embutido. Hidrólise de natureza enzimática: Lipases originárias das bactérias láticas. Deve ser evitado que a temperatura seja acima de 27°C (temperatura de fusão das gorduras insaturadas) são oxidadas rapidamente, prejudicando o sabor. DEFUMAÇÃO → aumentar vida útil (fumaça) salames defumados duram e sensorial. Os produtos fermentados podem ou não ser defumados. As melhores condições são na temperatura de 30-40ºC e umidade relativa de 75%. Temperaturas mais altas retardariam a fermentação.--> por isso se evita. EMBALAGEM Materiais adequados para as condições de armazenamento e que lhe confiram proteção apropriada contra a contaminação. O produto poderá ser exposto no ponto de venda em temperatura ambiente quando fechado. Embalagens a vácuo: produtos fatiados, temperatura de refrigeração. Considerações finais: O emprego de culturas “starter” nos embutidos garante um produto padronizado e com as mesmas características de qualidade. Para melhorar a condições de emulsão. Características: O sabor do salame é dado pela fermentação; Possui sabor picante e textura elástica; pH de 5,8-6,0 e 13-16% de salmoura; sal + água; Atividade de água baixa < 0,88; → Produto microbiologicamente tem vida que pode chegar a meses, mas a textura pode prejudicar. Ligadores e enchedores não cárneos:--> manter ela tem temperaturas mais baixas, aumentar…. Razões: melhorar a estabilidade da emulsão, aumentar a capacidade de ligar água, melhorar o sabor e aroma, melhorar as características de corte; importante nos que tem partículas maiores. melhorar o rendimento durante a cocção reduzir os custos da formulação Ligadores MAIS empregados: Ligadores são substâncias que contribuem tanto para ligar a água como a gordura. → leite em pó; ligador → Produtos derivados da soja, como farinhas, triturados, proteína texturizada de soja (50%de proteína), proteína concentrada de soja (70% de proteína) e proteína isolada de soja (90% de proteína). (comumente utilizados) *******O percentual da carne deve ser de 55% no mínimo. Superior que isso sempre. Composição (legislação): Proteína texturizada de soja (PTS); 7,5% base seca, 22,5% hidratada. + usada. PTS + CARNE DE RECHEIO→ MÁX 10% LIGADORES Vegetais: amido, fécula de mandioca e batata(aumenta retenção de água), farinha de trigo (afeta sabor), proteína texturizada de soja. Animais: emulsão de pele, leite em pó desnatado, plasma sanguíneo (na forma integral ou em flocos). Os “enchedores” possuem a capacidade de ligar água mas contribuem pouco para a emulsificação. Os enchedores mais utilizados são: farinha de trigo, cevada, arroz amido Todos esses produtos são ricos em amidos, mas pobres em proteína, portanto, aumentam a capacidade de retenção de água, mas tem escassa capacidade emulsionante. De acordo com a legislação vigente, os embutidos não poderão conter mais do que: FÉCULAS – MÁXIMO: -2% NA SALSICHA; -5% NA MORTADELA; -10% NAS PASTAS -Produtos de imitação podem ter até 18% ESPESSANTES: se perde estrutura com trituração da carne Tem capacidade de aumentar a viscosidade. Xantana: polissacarídeo formado por diferentes… pode ser misturado em água quente ou fria. Carragena: sabor mais pronunciado, produtos vegetarianos. CONDIMENTOS: podem ser adicionados. Não define a qualidade do produto. É uma substância aromática, serve para temperar, melhorar as características organolépticas. Os embutidos são considerados fraudados …. Usar para aumentar volume… QUESTÕES: 1) Alimentos irradiados são radioativos? 2) Qual o objetivo da irradiação de alimentos? 3) Qual a substância utilizada na irradiação de alimentos? 4) A irradiação produz toxinas nos alimentos? 5) Quais os efeitos da radiação sobre o sabor, cor e textura do alimento? 6) A irradiação altera o valor nutricional dos alimentos? 7) A irradiação traz benefícios à saúde? 8) O processo de irradiação é seguro para o meio ambiente? 9) Carne DFD e PSE podem ser usadas para embutidos? → A carne PSE é INADEQUADA para elaboração de presunto cozidoe outros produtos curados cozidos. a carne DFD → Pode ser utilizada para a fabricação de produtos emulsionados como salsicha tipo Frankfurt e produtos curados cozidos, formulados com 60% de carne normal para que seja obtida coloração desejável.