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PROPAGAÇÃO POR ESTAQUIA

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PROPAGAÇÃO POR 
ESTAQUIA:
PROCESSOS ENVOLVIDOS
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Acadêmicos: Aline Neis Knob
Amanda Celestina
Jayne Deboni
José Carlos Júnior
Vanessa Dornelles
Disciplina: Oficina de prática interdisciplinar
Professor: Benedito Silva Neto
1. Histórico
● 1928 - Descoberta da auxina (por Frits Went).
● 1938 - Pesquisas com aplicação foliar e basal de auxinas em estacas de Crisântemo na 
Ohio State University (por Chadwick & Kiplinger).
● 1948 - Primeiros resultados experimentais para produção de Eucalyptus por estaquia 
em Camberra (Austrália).
● 1950 - Produção a nível comercial no Marrocos.
● 1967 - Experimentos controlados na Nova Guiné com E.deglupta em 1967.
● 1975 - Iniciado experimentos com Eucalyptus no Brasil, sendo implantado a nível 
comercial apenas quatro anos mais tarde.
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● Técnica que consiste em promover o enraizamento de partes da planta, podendo ser ramos, 
raízes, folhas → maior viabilidade econômica para o estabelecimento; 
● Existem várias razões pelas quais se faz propagação por estacas:
○ Preservação de características desejáveis
○ Rapidez
○ Economia 
○ Controle de qualidade
1. INTRODUÇÃO
ESTAQUIAQuantidade
Manter a genética e 
ter novos exemplares
Clonar plantas
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● A técnica pode proporcionar a produção de grande quantidade de mudas de boa 
qualidade em curto espaço de tempo → conforme facilidade de enraizamento de 
cada espécie:
○ da qualidade do sistema radicular formado e do desenvolvimento posterior da 
planta. 
1. INTRODUÇÃO
O sucesso na porcentagem de enraizamento é determinado por um 
complexo de interação entre ambiente e fatores endógenos. 
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● Essa técnica traz vantagens como: 
○ manutenção de características 
genotípicas; 
○ produção de mudas em espécies que 
apresentam dificuldades na 
propagação sexuada (causada por 
traumatismos nas sementes, 
frutificação alternada, dormência das 
sementes entre outras). 
1. INTRODUÇÃO
● Existem algumas limitações na propagação 
vegetativa por estaquia, tais como:
○ a perda de vigor em relação às plantas 
propagadas por sementes; 
○ restrição da variabilidade genética; 
○ a origem de um sistema radicular 
fasciculado, portanto mais superficial; 
○ alguns casos, ao maior custo e a baixa 
produção.
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GENÉTICA E MELHORAMENTO
● Objetivo: Feito com viés de aumentar a produção ou conferir resistência a 
doenças e pragas.
○ Caracteres qualitativos ou quantitativos.
● Métodos: técnicas alternativas 
■ Introdução de germoplasma exógeno;
■ Hibridação;
■ Poliploidia;
■ Mutação (induzida ou por acaso) - Rara;
● OBS: para perenes, alguns programas de melhoramento duravam até 18 anos. 
Ex: Maçã 
● Também se aplica para cultivares usadas em porta-enxerto
1. INTRODUÇÃO
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TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA (Transgênicos)
● Métodos de transformação:
○ Direta: Agrobacterium tumefaciens e A.rhizogenes
● Algumas cultivares de eucalipto já possuem tolerância a herbicidas ou proteínas 
que regulam a produção de celulose (até 20% a mais)
1. INTRODUÇÃO
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A SEGUIR
2. Corte e preparo da estaca;
3. Ambientes de produção;
4. Fisiologia do enraizamento; 
5. Controle fitopatológico;
6. Transplante;
7. Pós transplante;
8. Colheita e pós-colheita;
9. Estaquia x semente;
10. Contribuições para sociedade;
11. Curiosidades;
12. Considerações finais;
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SISTEMA DE PRODUÇÃO DAS MUDAS
� Para realização de qualquer atividade relacionada a sementes e mudas que vise 
à comercialização é necessário estar inscrito no Registro Nacional de Sementes 
e Mudas (Renasem), além do Registro Nacional de Cultivares (RNC). 
1- http://sistemasweb.agricultura.gov.br/pages/RENASEM.html (Renasem)
2-https://www.gov.br/agricultura/pt-br/guia-de-servicos/registro-nacional-de-cultiva
res-rnc (RNC)
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2. CORTE E PREPARO DA ESTACA
Fatores que afetam a formação das 
raízes:
● Idade da planta matriz
● Condição fisiológica da planta matriz
● Época do ano
● Tipo de estaca
● Sanidade
● Oxidação de compostos fenólicos
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Estacas de caules ou borbulhas Estacas de raízes
Formação de um novo sistema 
radicular adventício.
Formação de um novo 
sistema de gemas e 
formação de raízes.
Aéreas: Subterrâneas:
2. CORTE E PREPARO DA ESTACA
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2. CORTE E PREPARO DA ESTACA
● Estaqueamento
Fonte: Google imagens
Mudas de raiz nua
Tubetes
Sacos plásticos
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3. AMBIENTE DE PRODUÇÃO
● Para ter sucesso na estaquia de plantas é certificar-se que há uma boa umidade 
relativa no local onde as estacas são feitas e um bom substrato, sempre úmido, mas 
nunca encharcado.
● Para fazer as estacas, no mínimo, quatro gemas ou rebentos de novas folhas e/ou 
flores → caso não tenha na espécie escolhida para estaquia, o galho deve ter pelo 
menos dois pares de folhas;
● Para garantir o enraizamento, fatores são importantes como:
○ Temperatura, umidade, luz e substrato. 
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● As estacas permaneceram na casa de vegetação por um período de 20 a 45 dias, 
dependendo da região, da época do ano e da espécie envolvida. 
● Proteção da estaca é essencial, ela deve esta estar em um ambiente com umidade 
relativa do ar de 80% a 100%, temperatura entre 15º e 28ºC e ainda receber um pouco 
de luz; 
○ Para conseguir, acobertar a estaca usando garrafa pet ou saco plástico como estufa em um lugar 
com sombra e regando todos os dias, garantindo umidade. 
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● Quando as estacas estiverem enraizadas em casa de vegetação: 
○ estas serão aclimatadas em casa de sombra ;
● Completarão seu desenvolvimento e receberão os tratamentos finais antes de serem 
levadas ao campo. 
● Normalmente, as mudas produzidas por enraizamento de estacas estão aptas a serem 
plantadas quando atingem de 90 a 120 dias de idade
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● Preparo do substrato
● Diferentes substratos podem ser utilizados → areia, vermiculita, casca de arroz 
carbonizada, turfa, composto orgânico, serragem, solo ou mistura de mais de um 
desses materiais.
● Um bom substrato deve sustentar as estacas durante o enraizamento:
○ manter o equilíbrio entre retenção de umidade e aeração → de forma que 
nenhuma dessas condições seja prejudicada; 
○ proporcionar nutrição para o desenvolvimento inicial do sistema radicular. 
Mix garante uma boa retenção de líquidos e 
também favorece em relação a 
descompactação e oxigenação.
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● LUMINOSIDADE
○ A região basal da estaca, onde se formarão as raízes, deve ser mantida em ambiente 
completamente escuro, entenda-se, enterrada no substrato;
○ Em relação à planta matriz, a baixa luminosidade antes da coleta das estacas tende 
a favorecer a formação de raízes.
● Uma alternativa → provocar o estiolamento dos ramos, que pode ser obtido utilizando-se 
sombrite ou outro material que provoque sombreamento sobre a planta matriz → 
especialmente na parte que será a base da estaca, por um período aproximado de 30 dias. 
- Como estiolamento entende-se o desenvolvimento de uma planta, ou parte dela, na 
ausência de luz, o que resulta em brotações alongadas, com folhas pequenas e com 
baixo teor de clorofila → seu uso é limitado, e sua execução não é tão simples; 
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4. FISIOLOGIA: Tipos de estacas
Regeneração→ depende da totipotência e capacidade de desdiferenciação!
Passo a passo:
→ Células da superfície cortada são injuriadas e expostas, iniciando a cicatrização 
do ferimento, logo após inicia à formação das raízes.
Etapas: a) células injuriadas morrem e uma placa necrótica é formada, 
selando o ferimento (suberina); b) células próximas à placa necrótica dividem-se; 
c) no câmbio vascular e floema as células se dividem e iniciam a formação das 
raízes adventícias e calos.
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4. FISIOLOGIA: Iniciação de raízes e brotações adventícias
Fitohormônios
Auxina;
Citocinina;
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4. FISIOLOGIA: 
Meristemas
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4. FISIOLOGIA: Iniciação de raízes e brotações adventícias
A origem provável das raízes é 
externa ao xilema (Figuras 3A e 3B), 
ocorrendo a partir do câmbio ou do 
periciclo. 
LIMA, et al., 2011
5. CONTROLE DE FITOPATÓGENOS
→ Uso de estacas isentas de patógenos;
→ Irrigação; limpeza de ferramentas;
→ Eliminação de plantas invasoras;Patógenos de solo: difícil controle→ Solarização do substrato!
Doenças radiculares.
 Controle de patógenos em material propagativo→ tratamento físico 
(termoterapia), químico, biológico ou regulando as condições de produção e o 
armazenamento (umidade, temperatura, etc.). 
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1. Baixo preço;
2. Não requer mão de obra especializada;
3. Maior disponibilidade;
4. Retém boa quantidade de água.
• Sombrite de 50% 
AIB: A) 0 mg L-1; B) 1.000 mg L-1; C) 2.000 mg 
L-1; D) 3.000 mg L-1. Barra = 3cm. R = raízes.
 Fonte: Machado et al. (2005)
6. TRANSPLANTE
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7. PÓS TRANSPLANTE
Fonte: Google imagens
1. Nutrientes
2. Umidade
3. Temperatura
4. Luz
5. CO2
6. Água
7. Espaço
1. Análise de solo
2. Intoxicação
3. Calagem
4. Adubação
5. Zoneamento
6. Espaçamento
7. Condução
8. Cobertura 
9. Quebra-vento 24
7. PÓS TRANSPLANTE
Fonte: SBCS 25
8. COLHEITA 
- A maturação→ 50 dias após a floração, 
podendo haver alteração no período de 
produção, em função de plantas precoces ou 
tardias, condições climáticas e manejo cultural.
- Evitar colher após chuvas intensas, bem como 
quedas excessivas das frutas e hortaliças e o 
super enchimento das caixas no campo.
Romã
Pitaya
Amora
Figo
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9. PÓS COLHEITA
Conservação: refrigeração de 7ºC; 
Biofilmes;
Perdas: Pontos de comercialização até o 
consumo!
Qualidade da fruta tem relação com os fatores pré e pós colheita!
9. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA x PROPAGAÇÃO SEMINAL
ESTAQUIA SEMENTE 
+ Homozigose 
(Menor 
variabilidade)
+ Heterozigose
(Maior 
variabilidade)
Cuidados na coleta e 
tratamento hormonal das 
estacas
Beneficiamento de 
sementes e superação de 
dormência
Precocidade produtiva, 
sem período juvenil
Precisará se desenvolver, 
(anos até produzir)
Amplamente adotada a 
nível comercial
Usada principalmente no 
melhoramento
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10. CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE
● Viabilidade;
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10. CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE
● Econômico;
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● 3º maior produtor do mundo.
● As perdas no mercado interno 
podem chegar a 40%.
● A UE é o principal destino de 
exportações, em seguida estão 
Reino Unido e Estados Unidos.
● Agroindústrias, supermercados, 
etc…
10. CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE
● Segurança alimentar;
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Conforme a FAO, em uma definição 
estabelecida na Conferência Mundial da 
Alimentação (CMA) de Roma em 1996, a 
segurança alimentar ocorre quando todas 
as pessoas têm acesso físico, social e 
econômico permanente a alimentos 
seguros, nutritivos e em quantidade 
suficiente para satisfazer suas necessidades 
nutricionais e preferências alimentares, 
tendo assim uma vida ativa e saudável.
11. CURIOSIDADES!
Mandioca
→ Manivas;
→ armazenadas na posição vertical;
Cana de açúcar 
→ Toletes;
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ACELERAR O PROCESSO!
Poucas matrizes, grande número de mudas.
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Germinação…
ACELERAR O PROCESSO!
Gabiroba Pequi
Enraizar com facilidade! Porta 
enxerto…
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12. CONSIDERAÇÕES FINAIS
FITOPATOLOGIA
FISIOLOGIA VEGETAL
SOLOSECOFISIOLOGIA
SEGURANÇA ALIMENTAR
MELHORAMENTO GENÉTICO
SEMENTES
AGROCLIMATOLOGIA
HISTÓRIA
VEJAM QUANTO CONHECIMENTO AGRONÔMICO ENVOLVIDO!!!
INTERDISCIPLINARIDADE
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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ARAUJO, I. S.; OLIVEIRA, I. M.; ALVES, K. S. Silvicultura: Conceitos, regeneração da mata ciliar, produção de mudas florestais e 
unidades de conservação ambiental. São Paulo: Érica. 2015.
• BLYTHE, Eugene K. et al. Methods of auxin application in cutting propagation: A review of 70 years of scientific discovery and 
commercial practice. Journal of Environmental Horticulture, v. 25, n. 3, p. 166-185, 2007.
• BORÉM, Aluízio; MIRANDA, Glauco V.; FRITSCHE-NETO, Roberto. Melhoramento de plantas. Oficina de Textos, 2021.
• CONAB- Boas práticas de pós colheita de frutas e hortaliças. Disponivel em: 
https://www.conab.gov.br/info-agro/hortigranjeiros-prohort/publicacoes-do-setor-hortigranjeiro/item/download/641_d6ed7311a435e
66a9eab34b1dc9f86b2#:~:text=CONSIDERA%C3%87%C3%95ES%20SOBRE%20A%20COLHEITA&text=Deve%2Dse%20evit
ar%20colher%20ap%C3%B3s,e%20perdas%20na%20p%C3%B3s%2Dcolheita.
• FERRARI, Márcio Pinheiro; GROSSI, Fernando; WENDLING, Ivar. Propagação vegetativa de espécies florestais. Colombo: 
Embrapa Florestas, 2004.
• FRANZON, Rodrigo Cezar; CARPENEDO, Silvia; SILVA, José Carlos Sousa. Produção de mudas: principais técnicas utilizadas na 
propagação de fruteiras. Brasília: EMBRAPA Cerrados, 2010.
• MACHADO, Marília Pereira et al. Ácido indolbutírico no enraizamento de estacas semilenhosas do porta-enxerto de 
videira'VR043-43'(Vitis vinifera x Vitis rotundifolia). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, p. 476-479, 2005. 
• OLIVEIRA, A. B. et al. Coleção 500 perguntas, 500 respostas. Brasília, DF. Embrapa, 2019.
• LIMA, D. M. et al. Capacidade de enraizamento de estacas de Maytenus muelleri Schwacke com a aplicação de ácido indol butírico 
relacionada aos aspectos anatômicos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 13, p. 422-438, 2011.
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https://www.google.com/url?q=https://www.conab.gov.br/info-agro/hortigranjeiros-prohort/publicacoes-do-setor-hortigranjeiro/item/download/641_d6ed7311a435e66a9eab34b1dc9f86b2%23:~:text%3DCONSIDERA%25C3%2587%25C3%2595ES%2520SOBRE%2520A%2520COLHEITA%26text%3DDeve%252Dse%2520evitar%2520colher%2520ap%25C3%25B3s,e%2520perdas%2520na%2520p%25C3%25B3s%252Dcolheita&sa=D&source=editors&ust=1685456853407868&usg=AOvVaw0HwLIaEoNV-y6MFSUZpgKX
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MUITO OBRIGADA 
PELA ATENÇÃO!!!
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