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Enfermagem na Saúde da MulherII • Docente Ms. Marisa Higa Admissão e Recepção do RN na Salade Parto •Período Perinatal (desde a 22ª semana de gestação até o 7º dia de vida): • Fase de adaptação neonatal crítica, onde a enfermagem desempenha um papel muito importante. Admissão e Recepção do RN na Salade Parto • O trabalho do Enfermeiro no Período Perinatal: • Capacitar a equipe de enfermagem; • Assegurar que todos os equipamentos estejam funcionando perfeitamente. • Garantir a qualidade e a presença de todos os recursos essenciais à assistência ao neonato. Recepção do Neonato com Boa Vitalidade – Recursos Necessários ➢ Realização de anamnese materna. ➢ Sala de parto aquecida ( > 25º C). ➢ Materiais e equipamentos disponíveis e checados; ➢ Equipe capacitada em reanimação neonatal. Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem 1. Recepcionar o neonato com campos estéreis e aquecidos. ✓ Posição ideal: Trendelemburg e lateral (drenar secreções). ✓ Não pendurar pelo tornozelo (risco de luxação do quadril e hemorragia intracraniana). 2. Sob fonte de calor radiante (30 a 32ºC) secar o RN com compressas e trocar os campos úmidos por campos secos. 3. Aspirar vias aéreas superiores (VAS) somente se necessário. 4. Realizar primeira avaliação (SSVV/APGAR/CAPURRO). Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem 5. Colocar a pulseira de identificação. 6. Deixar o neonato junto com a mãe quando não houver intercorrência no parto ou manter o neonato sob calor radiante. 7. Clampear o cordão umbilical. Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enf. 8. Procedimentos de rotina neonatal: Credé (aplicação de nitrato de prata), vitamina K e vacina da Hepatite B. - Credé: A instilação de 1 gota de nitrato de prata a 1% na bolsa conjuntival inferior é uma medida adotada como profilaxia da conjuntivite gonocócica. - Como alternativa pode ser prescrito o uso tópico de pomada de eritromicina a 0,5% ou de tetraciclina a 1% - Vitamina K: A vitamina K ajuda na coagulação do sangue e previne a Doença Hemorrágica do RN (HDN), os neonatos possuem baixos níveis de fatores de coagulação dependentes de vitamina K. Além de o transporte dessa vitamina ser deficiente através da placenta, os recém-nascidos não a produzem. - A administração é IM no músculo vasto lateral da coxa esquerda, na 1ª hora após o nascimento, a dose recomendada é 1 mg em RN > 1.500 g e 0,5 mg em RN <1.500g. - Vacina Hep B: Deve ser administrada nas primeiras 12 horas de vida do neonato, a 1ª dose do esquema para evitar transmissão vertical. A administração é IM no músculo vasto lateral da coxa direita. 2ª dose 30 dias e 3ª doe 180 dias. Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem 9. Medidas antropométricas: - Peso; - Estatura; - Perímetro cefálico (PC); - Perímetro torácico (PT); - Perímetro abdominal (PA). Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem 10. Impressão Plantar ▪ É um documento legal e deve ser realizado cuidadosamente. ▪ Realiza-se uma limpeza prévia das plantas dos pés com gaze umedecida com água, removendo secreções e vérnix, e imediatamente após a coleta da impressão retira-se toda a tinta para que ela não seja absorvida pela pele no RN. 11. Aleitamento Materno no Período Greemberg: Colocar em seio materno, orientar e incentivar a livre demanda do AM na 1ª hora de vida. Sinais VitaisemNeonatologia SSVV Valores de referência Temperatura (Tº) 36,5 – 37,0 oC Frequência respiratória (FR) 30 – 60 mpm (média 40) Frequência cardíaca (FC) 120 -160 bpm (média 140) Sinaisvitais (SSVV)em Neonatologia • Os valores referentes à pressão arterial (PA) dependem do peso e da idade gestacional (IG) de cada neonato. • Exemplo: em um neonato a termo, a pressão arterial média (PAM) fica em torno de 60 mmHg, já no prematuro extremo, 30mmHg. Classificação NeonatoIdade Gestacional A termo: 37 a 42 semanas de gestação. Pré Termo: Inferior a 37 semanas. Pós termo: Mais que 42 semanas. Classificação NeonatoPeso ao Nascer AIG (Adequado para a idade gestacional): Peso entre o percentil 10 e 90 (entre as duas linhas, na média) PIG (Pequeno para a idade gestacional): Peso abaixo do percentil 10 (a linha de baixo). Baixo peso: menor 2.500g. Muito baixo peso: inferior 1.500g. GIG (Grande para a Idade gestacional): Peso acima do percentil 90 (a linha de cima). Classificação NeonatoPeso ao Nascer Perda de Calor Neonatal • A temperatura corporal resulta do balanço entre os mecanismos de produção e de eliminação do calor. • Nos RN’s, principalmente em prematuros, pode ocorrer desequilíbrio desses mecanismos, com aumento nas perdas e limitação na produção. • A capacidade de manter constante a temperatura corporal quando a temperatura ambiental varia é limitada no recém-nascido e o estresse do frio ocorre quando a perda de calor excede a capacidade de produção. Perda de Calor Neonatal AUMENTO DA PERDA DE CALOR: ➢Maior área da superfície corporal; ➢ Epiderme não queratinizada; ➢Maior quantidade de água extracelular (possuí mais evaporação0; ➢Maior quantidade de tecido subcutâneo. ➢Capacidade reduzida de vasoconstrição cutânea. ➢Baixa temperatura do ambiente. DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE CALOR: ➢ Estoque de gordura marrom menor. ➢Resposta termogênica por hipóxia reduzida, CIUR e outras doenças. ➢Consumo de O2 limitados quando houver problemas pulmonares. Hipotermia Neonatal Os neonatos têm grande risco de hipotermia. Eles podem perder calor de quatro formas: 1- Evaporação; 2- Radiação; 3- Condução; 4- Convecção. Evaporação Evaporação Exemplo: Neonatos estão úmidos pelo líquido amniótico. Deve-se trocar os panos úmidos imediatamente. Radiação • Radiação: uma superfície sólida mais fria sem contato direto com o neonato pode causar perda de calor através de radiação. Exemplo a pele descoberta é exposta a um ambiente contendo objetos com temperatura mais fria. • Fontes comuns de perda de calor radiante incluem as paredes e janelas da incubadora, ocorrendo mesmo a temperaturas quentes, neste caso o ambiente externo rouba o calor do corpo. Condução • Condução: esta forma de perda de calor ocorre quando a pele entra em contato direto com um objeto mais frio. • Exemplo: Colocar o neonato em bancada ou balança fria, portanto qualquer superfície metálica sobre a qual o recém-nascido será colocado deve ser forrada. Convecção • Convecção: a perda de calor da superfície corporal para o ar circunjacente mais frio ocorre através de convecção, ela é maior em ambientes resfriados assim a sala de parto resfriada para o conforto da equipe de saúde pode causar perda significativa de calor convectivo no recém-nascido. • Exemplo: Correntes de ar. Hipotermiaem Neonatos A hipotermia desencadeia distúrbio metabólico. Os neonatos devem estar sempre aquecidos, porém com cautela, pois o hiperaquecimento também é prejudicial. Hipotermiaem Neonatos Níveis de gravidade da Hipotermia: • Leve: Temperatura entre 36,0 e 36,4°C. • Moderada: Temperatura entre 32,0 e 35,9°C. • Grave: Temperatura menor que 32,0°C. Hipotermia em Neonatos A manutenção da Tº ambiente adequada na sala de parto ou sala de cirurgia é fundamental na prevenção da hipotermia neonatal. Deve-se reaquecer os lactentes hipotérmicos e diagnosticar e tratar qualquer distúrbio subjacente. A temperatura retal normal em lactentes nascidos a termo e pré-termo é 36,5 a 37,5° C. A primeira escolha para controlar a hipotermia no RN, é coloca-lo em contato com a mãe. Hipotermia em Neonatos • O estresse pelo frio não reconhecido e prolongado pode desviar calorias para produzir calor, prejudicando o crescimento. • O neonato têm uma resposta metabólica ao frio que envolve termogênese (queima de calorias para produzircalor) química (antitremor) por descarga dos nervos simpáticos de noradrenalina na gordura marrom. Hipotermiaem Neonatos • Gordura Marrom é um tecido localizado nas regiões nucal, interescapular, peri e suprarrenal e responde por lipólise seguida de oxidação ou reversão dos ácidos graxos que são liberados. Hipotermia em Neonatos • Essas reações produzem calor local e um rico suprimento sanguíneo para a gordura marrom ajuda a transferir esse calor para o resto do corpo do RN. • Essa reação aumenta de 2 a 3 vezes a taxa metabólica e o consumo de oxigênio. Portanto, em neonatos com insuficiência respiratória (p. ex., pré-termos com síndrome da angústia respiratória), o estresse pelo frio também pode ocasionar hipóxia tecidual e danos neurológicos. • A ativação das reservas de glicogênio pode causar hiperglicemia transitória. • Hipotermia persistente pode resultar em hipoglicemia e acidose metabólica e maior risco de sepse de início tardio e mortalidade. Hipotermia em Neonatos • Apesar dos mecanismos compensatórios, os RN, especialmente aqueles com baixo peso ao nascer, têm capacidade limitada de termorregulação e são propensos à queda na temperatura central. Hipotermia emNeonatos • Etiologia: • A hipotermia pode ser causada por fatores ambientais, doenças que prejudicam a termorregulação (p. ex., sepse, hemorragia intracraniana, suspensão de fármacos) ou uma combinação. Hipotermia emNeonatos • Fatores de risco: • Parto em uma área com temperatura ambiente abaixo dos níveis recomendados; • Hipertensão materna; • Cesariana; • Baixa classificação de Apgar. Hipotermia emNeonatos •Tratamento: •Reaquecimento em uma incubadora ou sob aquecedor. Teste de Apgar Docente: Marisa Oliveira Teste de Apgar A – Activity (tônus muscular) P – Pulse (frequência cardíaca) G – Grimace (reflexos) A – Appearance (cor da pele/aparência) R – Respiration (respiração) Teste de Apgar ▪ APGAR é mundialmente utilizada e baseada em números que traduzem as condições de saúde do recém-nascido. ▪ O teste é realizado 1 minuto após o nascimento e aos 5 minutos de vida. ▪ Cada sinal irá receber uma pontuação, de 0 a 2. ▪ Somados os 5 sinais, podem variar de 0 a 10 (nota máxima). ▪ Pode ser repetido com 10, 15 e até 20 minutos de vida caso o apgar não tenha atingido 7. Teste de Apgar ▪ É normal que, na avaliação do primeiro minuto, a nota seja um ou dois pontos mais baixa do que a registrada no quinto minuto. ▪ O fato de o recém-nascido não receber nota alta imediatamente não significa que terá algum tipo de atraso no desenvolvimento, apenas representa que o RN precisou de mais ajuda na adaptação à vida fora do conforto do útero. Teste de Apgar Resultados: ▪ De 8 a 10 (90% RNs): adequado. ▪ Nota 7: significa que o bebê teve uma dificuldade leve. ▪ De 4 a 6: dificuldade de grau moderado. ▪ De 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave (necessário tratamento rápido para evitar a anóxia). CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL- MÉTODO CAPURRO Quando a puérpera desconhece a DUM. MÉTODO CAPURRO • O método de Capurro é utilizado para se avaliar a idade gestacional de um RN logo após o nascimento. MÉTODO CAPURRO • Avaliação somática é realizada do RN. antes de completadas as 24 horas de vida • A avaliação somática e neurológica é realizada após completadas as 24 horas de vida do RN. MÉTODO CAPURRO • TEXTURA DA PELE •0 pontos – Fina, gelatinosa •5 pontos – Fina e lisa •10 pontos – Lisa, com discreta descamação superficial •15 pontos – Grossa, com sulcos superficiais, descamação de mãos e pés MÉTODO CAPURRO • FORMA DA ORELHA • 0 - Chata, disforme, pavilhão não encurvado; • 8 - Pavilhão parcialmente encurvado na borda; • 16 - Pavilhão parcialmente encurvado em toda a parte superior; • 24 - Pavilhão totalmente encurvado. MÉTODO CAPURRO • GLÂNDULAS MAMÁRIAS • 0 - Não palpável; • 5 - Palpável, menor que 5 mm; • 10 - Entre 5 e 10 mm; • 15 - Maior que 10 mm. MÉTODO CAPURRO • FORMAÇÃO DO MAMILO •0 pontos – Mamilo pouco visível, sem aréola •5 pontos – Mamilo nítido, aréola lisa e diâmetro menor que 0,75 cm •10 pontos – Mamilo puntiforme, aréola de bordo não elevado maior que 0,75 cm •15 pontos – Mamilo puntiforme, aréola de bordo elevado maior que 0,75 cm MÉTODO CAPURRO • PREGAS PLANTARES •0 pontos – Ausentes; •5 pontos – Marcas mal definidas na metade anterior da planta; •10 pontos – Marcas bem definidas na metade anterior e sulcos no terço anterior; •15 pontos – Sulcos na metade anterior da planta; •20 pontos – Sulcos em mais da metade anterior da planta. MÉTODO CAPURRO Cálculo final: soma das pontuações obtidas nas cinco características. Para o Método Capurro Somático é necessário calcular a pontuação e adicionar a constante 204 e dividir o resultado por 7. IG = Idade Gestacional P = Soma dos pontos IG = (P+204) / 7 MÉTODO CAPURRO SÓMATICO NEUROLÓGICO • SINAL DE XALE (CACHECOL) • 0 - O cotovelo alcança a linha axilar anterior do lado oposto; • 6 - O cotovelo situado entre a linha axilar anterior do lado oposto e a linha média; • 12 - O cotovelo situado ao nível da linha média; • 18 - O cotovelo situado entre a linha média e a axilar anterior do mesmo lado. MÉTODO CAPURRO SÓMATICO NEUROLÓGICO • POSIÇÃO DA CABEÇA AO LEVANTAR O RN • 0 - Cabeça totalmente deflexionada, ângulo torácico 270; • 4 - Ângulo cérvico-torácico entre 180 e 270; • 8 - Ângulo cérvico-torácico igual a 180; • 12 - Ângulo cérvico-torácico menor que 180. • MÉTODO CAPURRO • EXAME SOMÁTICO E NEUROLÓGICO • Textura da pele • Forma da orelha • Formação dos mamilos • Glândula mamária • Pregas plantares • Sinal xale (cachecol) • Posição da cabeça Cálculo final: soma das pontuações obtidas nas 7 características. Para o Método Capurro Somático neurológico, calcular a pontuação e adicionar a constante 200 e dividir o resultado por 7. • K = 200 (constante) + pontos ÷ 7 = idade gestacional Obs. O total dos pontos de cada tipo de exame, deverá ser dividido por sete(dias da semana. O resultado total, corresponderá a idade gestacional avaliada em semanas. Capurro MÉTODO CAPURRO Obrigada! Slide 1: Enfermagem na Saúde da Mulher II Slide 2: Admissão e Recepção do RN na Sala de Parto Slide 3: Admissão e Recepção do RN na Sala de Parto Slide 4: Recepção do Neonato com Boa Vitalidade – Recursos Necessários Slide 5: Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem Slide 6: Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem Slide 7: Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enf. Slide 8: Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem Slide 9: Recepção do Neonato com Boa Vitalidade - Procedimentos de Enfermagem Slide 10: Sinais Vitais em Neonatologia Slide 11: Sinais vitais (SSVV) em Neonatologia Slide 12: Classificação Neonato Idade Gestacional Slide 13: Classificação Neonato Peso ao Nascer Slide 14: Classificação Neonato Peso ao Nascer Slide 15: Perda de Calor Neonatal Slide 16: Perda de Calor Neonatal Slide 17: Os neonatos têm grande risco de hipotermia. Slide 18 Slide 19: Evaporação Slide 20: Radiação Slide 21 Slide 22: Convecção Slide 23: A hipotermia desencadeia distúrbio metabólico. Slide 24: Hipotermia em Neonatos Slide 25: A manutenção da Tº ambiente adequada na sala de parto ou sala de cirurgia é fundamental na prevenção da hipotermia neonatal. Slide 26 Slide 27: Hipotermia em Neonatos Slide 28 Slide 29: Hipotermia em Neonatos Slide 30: Hipotermia em Neonatos Slide 31: Hipotermia em Neonatos Slide 32: Hipotermia em Neonatos Slide 33: Teste de Apgar Slide 34 Slide 35: Teste de Apgar Slide 36 Slide 37: Teste de Apgar Slide 38: Teste de Apgar Slide 39: Teste de Apgar Slide 40: CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL - MÉTODO CAPURRO Slide 41: MÉTODO CAPURRO Slide 42: MÉTODO CAPURRO Slide 43: MÉTODO CAPURRO Slide 44: MÉTODOCAPURRO Slide 45: MÉTODO CAPURRO Slide 46: MÉTODO CAPURRO Slide 47: MÉTODO CAPURRO Slide 48: MÉTODO CAPURRO Slide 49: MÉTODO CAPURRO SÓMATICO NEUROLÓGICO Slide 50: MÉTODO CAPURRO SÓMATICO NEUROLÓGICO Slide 51: MÉTODO CAPURRO Slide 52: Capurro Slide 53: MÉTODO CAPURRO Slide 54: Obrigada!