Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carolina R. Dobrotinic APG 23 SOI V Doenças desmielinizantes Objetivos: 1. Conhecer a fisiopatologia e diagnóstico diferencial das doenças desmielinizantes 2. Diferenciar as doenças que afetam neurônios motores superiores e inferiores 3. Analisar as manifestações clínicas, fisiopatologia e diagnóstico da ELA e SGB 4. Citar o diagnóstico diferencial da paralisia flácida Introdução As doenças desmielinizantes do SNC são condições adquiridas que se caracterizam por dano preferencial à mielina, com relativa preservação dos axônios. Os déficits clínicos são consequências do efeito da perda de mielina na transmissão dos impulsos elétricos ao longo dos axônios. ➔ Esclerose Múltipla A esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante autoimune caracterizada por episódios distintos de instalação de deficits neurológicos, separadas no tempo, atribuíveis a lesões de massa branca que são separadas no espaço. É a doença desmielinizante mais comum Fisiopatologia A etiologia da EM é desconhecida, mas provavelmente resulta de interações complexas de fatores ambientais e genes de suscetibilidade, que desencadeiam uma resposta imune anormal e provocam destruição da bainha de mielina, oligodendrócitos, axônios e neurônios. Existe um forte efeito do haplótipo DR2 Mecanismos imunológicos que fundamentam a destruição da mielina são o foco de muita pesquisa. As evidências disponíveis indicam que a doença inicia com células T CD4+ TH1 e TH17 que reagem contra antígenos da própria mielina e secretam citocinas. Células TH1 secretam IFN-γ, que ativa macrófagos, e células TH17 promovem o recrutamento de leucócitos. A desmielinização é causada por esses leucócitos ativados e por seus produtos lesivos. ➔ Neuromielite Óptica A neuromielite óptica (NMO) é uma síndrome com neurite óptica bilateral sincrônica (ou quase sincrônica) e desmielinização da medula espinal. Fisiopatologia É caracterizada pela presença de anticorpos contra aquaporina-4. Essa proteína é o principal canal de água de astrócitos, e as áreas de desmielinização na NMO mostram perda de aquaporina-4. Esses anticorpos ferem astrócitos através de mecanismos dependentes do complemento; ➔ Encefalomielite Aguda Disseminada e Encefalomielite Hemorrágica Necrotizante Aguda A encefalomielite aguda disseminada é uma desmielinização monofásica difusa que pode se seguir a uma infecção viral ou, raramente, a uma imunização viral. Fisiopatologia Há a sugestão de que a encefalomielite disseminada aguda é uma reação autoimune aguda de mielina e que a encefalomielite hemorrágica necrotizante aguda é uma variante hiperaguda, mas os antígenos incitantes ainda não foram identificados. ➔ Mielinólise Pontina Central A mielinólise pontina central (MPC) é uma doença aguda caracterizada por perda de mielina na ponte e nas porções do tegmento pontino, geralmente em um padrão mais ou menos simétrico Está relacionada a distúrbios eletrolíticos graves ou desequilíbrios osmolares. Fisiopatologia Parece que o rápido aumento dos oligodendrócitos causa dano à osmolalidade através de mecanismos incertos. A inflamação é ausente nas lesões, e os neurônios e axônios são bem preservados. Diagnóstico diferencial Como não há um exame diagnóstico definitivo, o diagnóstico da EM ainda é firmado por exclusão das outras possibilidades. A maioria das doenças que podem ser semelhantes à EM pode ser excluída com base na anamnese detalhada, no exame físico completo e nos testes laboratoriais e exames de imagem apropriados. Entre as infecções que podem ser semelhantes à EM estão neuroborreliose, neurossífilis e, raramente, leucoencefalopatia multifocal progressiva. As infecções pelo vírus linfotrópico de células T humanas tipo 1 (HTLV-1) e pelo HIV devem ser consideradas nos pacientes com mielopatia progressiva. Depois do primeiro episódio agudo de EM, pode ser impossível diferenciá-la da encefalomielite disseminada aguda. Contudo, é mais provável que essa última doença ocorra depois de uma infecção ou vacinação e é mais comum nas crianças e, em geral, inclui encefalopatia (manifestação rara da EM). Embora os pacientes com sarcoidose possam apresentar sintomas neurológicos nos estágios iniciais, a avaliação clínica geralmente demonstra evidência de sarcoidose sistêmica. Outras doenças autoimunes que devem ser consideradas são síndrome de Behçet, síndrome de Sjögren, LES, vasculites e síndrome do anticorpo antifosfolipídico. A síndrome de Susac é uma endoteliopatia microangiopática autoimune, que afeta o cérebro, a retina e a cóclea e causa encefalopatia, surdez e obstruções dos ramos das artérias retinianas. Essa síndrome pode ser confundida com a EM, porque a RM cerebral mostra lesões proeminentes na substância branca. A desmielinização induzida por fármacos é uma possibilidade bastante provável nos pacientes com doença de Crohn ou artrite reumatoide ou psoriática tratados com anticorpos voltados ao fator de necrose tumoral. Também pode ser difícil diferenciar a EM da NMO e o espectro de distúrbios relacionados, especialmente nos estágios iniciais da doença, nos pacientes com neurite óptica recidivante e anormalidades mínimas na RM cerebral, ou nos indivíduos com anormalidades mais típicas de EM na ressonância magnética. Na NMO, a soropositividade para IgG pode ajudar a diferenciar essas doenças. Em alguns casos, neoplasias malignas (principalmente linfoma primário do SNC e gliomas) são+ incluídas no diagnóstico diferencial. Sintomas com início abrupto sugerem acidente vascular encefálico (AVE). A esclerose lateral primária pode ser semelhante à EM progressiva, mas não recidiva e é monossintomática. Em geral, a RM e as análises do LCR ajudam a diferenciar essas duas doenças. A paraparesia espástica hereditária deve ser considerada nos pacientes com uma forma progressiva desta doença, especialmente quando há história familiar de uma doença semelhante. Outras causas de mielopatia progressiva, que deve ser considerada nos pacientes supostamente portadores de EM, são adrenomieloneuropatia, deficiência de vitamina B12, deficiência de cobre, mielopatia espondilótica, tumores da medula espinal e fístula arteriovenosa da dura-máter espinal. Doenças dos neurônios motores As doenças que afetam o neurônio motor caracterizam-se por causarem apoptose neuronal. Essas alterações podem ocorrer de diversas maneiras, seja por alterações do DNA, por estresse funcional, dano oxidativo com alterações no transporte de moléculas dentro do axônio, formação de agregados proteicos intracelulares tóxicos, excitotoxicidade via mediadores inflamatórios e neurotransmissores como o glutamato, necrose com agressão direta ao neurônio motor, dentre outros. Além disso, nota-se que as doenças são diferentes no acometimento anatômico, com seletividade por locais e organelas específicas, reforçando a teoria de que são, na verdade, um grupo de doenças com a mesma denominação, porém com várias etiologias Os acometimentos da via piramidal, do 1° neurônio motor, e seus achados darão origem ao que chamamos de síndrome piramidal ou do 1° neurônio motor. Enquanto que acometimentos do neurônio motor inferior irão gerar achados característicos da síndrome do 2° neurônio motor. ● Causas e Doenças relacionadas ao 1° Neurônio Motor Acidentes Vasculares Encefálicos, tumores, doenças desmielinizantes como a esclerose múltipla, processos degenerativos como a ELA, traumatismos e infecções. ● Síndrome do 1° Neurônio Motor Associada à paralisia espástica, a síndrome piramidal pode ser oriunda tanto de lesões acima do nível da decussação das pirâmides bulbares ou abaixo. ● Causas e Doenças relacionadas ao 2° Neurônio Motor Poliomielite anterior aguda, esclerose lateral amiotrófica, amiotrofia mielopática infantil, siringomielia, polineuropatia periférica, radiculopatias, mononeuropatias e neuropatias múltiplas. ● Síndrome do Segundo Neurônio Motor Associada à paralisia flácida, essa síndrome pode ser oriunda de lesão em qualquer parte do trajeto ou mesmo do corpo celular do neurônio motor de segunda ordem, de modoa originar sintomas ipsilaterais à lesão. Basicamente, como o 2° neurônio motor é uma espécie de via final para os tratos motores, um acometimento do mesmo irá levar a abolição de todos os atos motores, sejam eles voluntários, automáticos ou mesmo reflexos. A doença do neurônio motor é um termo que se aplica a síndromes clínicas com características próprias como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), Atrofia Muscular Progressiva (AMP), Esclerose Lateral Primária (ELP). Tipicamente acredita-se que a fraqueza muscular relacionada com um processo central acometendo o trato corticoespinal ou o sistema piramidal manifeste-se como espasticidade, hiper-reflexia e reflexos patológicos (p. ex., sinal de Babinski). A fraqueza muscular consequente a patologia no SNP provoca, caracteristicamente, um padrão de fraqueza muscular periférica do neurônio motor inferior que consiste em hiporreflexia, atrofia e degeneração musculares, redução do tônus e, em alguns casos, atividade muscular espontânea como fasciculações. ➔ Esclerose Lateral Amiotrófica (motor superior e inferior) ALS é uma síndrome heterogênea em que a degeneração dos neurônios motores corticais, do tronco cerebral e da medula espinhal e, em alguns pacientes, os neurônios corticais frontotemporais levam à fraqueza muscular progressiva, espasticidade muscular, disartria, disfagia, comprometimentos cognitivos e comportamentais e outros sintomas motores e extra motores. ➔ Atrofia Muscular Espinhal (SMA) (Inferior) A SMA é um grupo de distúrbios genéticos caracterizados por degeneração progressiva da medula espinhal e dos neurônios motores do tronco cerebral, resultando em hipotonia, atrofia dos músculos esqueléticos e fraqueza generalizada. ➔ ELP O termo esclerose lateral primária (ELP) refere-se à síndrome clínica de acometimento progressivo dos neurônios motores envolvendo apenas os neurônios motores superiores. Os sinais e sintomas clínicos da ELP são espasticidade e distúrbio da marcha associado, disartria espástica e reflexos patológicos coexistentes. ➔ Paralisia bulbar progressiva O termo paralisia bulbar progressiva é usado para descrever a doença do neurônio motor que afeta seletivamente os músculos bulbares e causa disartria e disfagia. ➔ Atrofia muscular monomélica Atrofia muscular monomélica é uma doença focal do neurônio motor, que se limita a um membro, geralmente um braço e uma mão, em vez de um membro inferior. Nos casos típicos, a fraqueza afeta a mão e o antebraço e envolve os músculos inervados pelos segmentos medulares C7-T1. Os reflexos tendíneos geralmente estão reduzidos no braço afetado. O paciente não tem sinais referidos ao neurônio motor superior nos outros membros. ➔ Amiotrofia bibraquial Uma porcentagem pequena dos pacientes desenvolve uma síndrome do neurônio motor inferior limitada aos dois braços. ELA A ELA é a forma mais conhecida das doenças do neurônio motor, representando cerca de 70% dos casos, é uma doença neurodegenerativa fatal caracterizada pela perda progressiva de neurônios motores corticais e espinhais de causa desconhecida. Fisiopatologia Incerta A perda de neurônios pode ser mediada por vários processos intracelulares aberrantes e, em última análise, tóxicos por meio de múltiplas vias celulares. A excitotoxicidade do glutamato, a hiperexcitabilidade, leva a níveis tóxicos de cálcio intracelular associado a variantes genéticas patogênicas do gene SOD1 Homeostase proteica prejudicada As proteínas que estão mal dobradas, têm localização celular anormal ou são formadas de forma aberrante prejudicam a maquinaria proteassômica ou autofágica da célula, levando ao comprometimento da renovação de proteínas associado a variantes genéticas patogênicas Estresse oxidativo e reparo de DNA prejudicado também contribuem Manifestações clínicas O quadro clínico da ELA caracteriza-se pela presença de sinais de acometimento simultâneo dos neurônios motores inferior (manifestando-se por sinais de paresia, atrofia e fasciculações) e superior (hiperreflexia, espasticidade, cãibras e sinal de Babinski – extensão do hálux e abertura em leque dos artelhos na manobra de estimulação cutânea da região plantar). O acometimento bulbar caracteriza-se por disfonia, disfagia, com paresia da musculatura de língua com atrofia e fasciculações, associados a sintomas como labilidade emocional e depressão. Com a progressão da doença, há envolvimento da musculatura respiratória levando a um distúrbio ventilatório restritivo grave Apatia, perda de simpatia e outros sintomas cognitivos e comportamentais Podemos avaliar a progressão da ELA conforme a classificação do curso natural da doença dividida em seis estágios distintos, avaliados de acordo com a perda função muscular dos membros e do tronco. São eles: - Estágio I: o paciente apresenta discreta perda de força em grupos musculares específicos, que pode se manifestar apenas como uma limitação na realização ou resistência a algumas atividades. O paciente não apresenta restrições de mobilidade e é independente em suas atividades de vida diária (AVDs). - Estágio II: o paciente apresenta fraqueza moderada em alguns músculos intrínsecos, que podem, por exemplo, causar pé caído em um ou em ambos os membros inferiores ou atrapalhar as atividades motoras mais finas das mãos. - Estágio III: a fraqueza se torna mais evidente em certos grupos musculares, o paciente pode não ser capaz de se levantar sozinho de uma cadeira e pode exibir moderadas limitações da função motora. - Estágio IV: os membros inferiores estão bastante acometidos, com fraqueza severa e médio acometimento de membros superiores. O paciente faz uso de cadeira de rodas e pode ter ainda certo grau de habilidade nas funções diárias. - Estágio V: é caracterizada por uma progressiva fraqueza e deterioração da mobilidade e resistência do paciente. Quando no leito, este pode não ser capaz de mudar o decúbito sozinho, quando fora dele, faz uso de cadeira de rodas e apresenta fraqueza de moderada a severa em membros superiores, torna-se cada vez menos independente nas AVDs. - Estágio VI: o paciente está acamado no leito, necessita de máxima assistência nas AVDs e de suporte respiratório. Diagnóstico Os critérios utilizados mais comumente são os critérios El Escorial revisados, que requerem para o diagnóstico definitivo da ELA a combinação de sinais referidos aos neurônios motores superiores e inferiores em três das quatro regiões anatômicas possíveis (craniana, cervical, torácica e lombossacra). Os critérios de Awaji para ELA foram elaborados em 2008 com a intenção de incluir um número maior de pacientes com a doença em estágios mais precoces de sua evolução clínica por meio de alguns ajustes dos critérios clínicos e eletrodiagnósticos necessários. Esses critérios destinam-se basicamente a finalidades de pesquisa e muitos pacientes são diagnosticados e tratados para ELA antes que atendam a todos os critérios. O diagnóstico da ELA é eminentemente clínico e os resultados dos exames laboratoriais, radiológicos e eletrodiagnósticos devem ser combinados com o quadro clínico para estabelecer o diagnóstico. Os testes eletrodiagnósticos como os estudos da condução neural (ECN) e a eletromiografia (EMG) são essenciais para confirmar o acometimento do neurônio motor inferior dos pacientes com ELA e excluir neuropatias motoras que podem ser semelhantes. Esses testes são usados basicamente para excluir a existência de anormalidades sugestivas de uma neuropatia motora com bloqueio da condução ou outras anormalidades sugestivas de desmielinização. Ver tabelas na última página É importante salientar que as alterações dos testes eletrodiagnósticos devem ser combinadas com os exames clínico e radiológico, porque uma polirradiculopatia ou neuropatia motora grave poderiam causar anormalidades semelhantes na EMG. A estimulação magnética transcraniana (EMT) é uma técnica eletrodiagnóstica usada para avaliar as anormalidades do neurônio motor superior associadas à ELA e é mais útil quando o quadro clínico predominante é de disfunçãodo neurônio motor inferior. A estimulação do córtex motor, da medula cervical e da medula lombar é realizada com registros de um potencial de ação motora composto (PAMC), de forma a verificar se há latência prolongada e condução central. Exames de neuroimagem Os exames de imagem do cérebro e da medula, preferencialmente RM quando possível, geralmente são recomendados para excluir a existência de processos estruturais (especialmente estenose medular), que poderiam causar manifestações semelhantes às da ELA. Exames laboratoriais As análises do líquido cefalorraquidiano não são necessárias à avaliação de um paciente com quadro suspeito de ELA, mas devem ser consideradas nos casos atípicos, nas variantes da doença do neurônio motor superior (AMP) ou motor inferior (ELP) ou quando há possibilidade de uma neuropatia motora semelhante, de forma a investigar se há elevação das proteínas, dos leucócitos, células anormais ou produção aumentada de IgG. Os exames sanguíneos são recomendados para avaliar distúrbios metabólicos, endócrinos ou inflamatórios que podem simular o quadro de ELA. SGB A síndrome de Guillain-Barré é uma neuropatia periférica desmielinizante que pode levar à paralisia respiratória com risco à vida. A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma rara polirradiculoneuropatia autoimune aguda com sintomas potencialmente graves, geralmente apresentando fraqueza bilateral começando nos membros inferiores distais e se espalhando proximalmente e incluindo os membros superiores. Os sintomas progridem ao longo de 2-4 semanas para gravidade potencialmente fatal, exigindo ventilação mecânica antes de melhorar (particularmente se sintomas leves) ou estabilizar por semanas a meses. Fisiopatologia Os mecanismos específicos subjacentes à resposta autoimune aberrante da síndrome de Guillain-Barre (GBS) não são claros O processo autoimune aberrante é provavelmente o resultado de mimetismo molecular, acredita-se que seja principalmente mediado por humor, em vez de mediado por células T; os mecanismos específicos são provavelmente diferentes para diferentes apresentações e tipos de SBG Manifestações clínicas O quadro clínico é dominado pela paralisia ascendente e arreflexia. Os reflexos do tendão profundo desaparecem no início do processo. O envolvimento sensitivo, incluindo a perda da sensação de dor, geralmente está presente, mas raramente é uma característica proeminente. Os níveis das proteínas do líquido cefalorraquidiano (LCR) se elevam devido à inflamação e à alteração da permeabilidade da microcirculação dentro das raízes espinais, quando estas atravessam o espaço subaracnóideo. As células inflamatórias, por outro lado, permanecem confinadas às raízes. Portanto, há pouca ou nenhuma pleocitose do LCR. Diagnóstico Suspeitar de síndrome de Guillain-Barre (GBS) em pacientes com fraqueza nas pernas e braços (inicialmente pode ser apenas nas pernas) que piora progressivamente ao longo de dias a semanas, reflexos tendinosos prejudicados em membros fracos e outras causas de sintomas descartadas7 Sintomas adicionais, sinais e história que suportam um diagnóstico clínico de GBS incluem: ● a fraqueza é geralmente simétrica sintomas e sinais sensoriais são comuns (mas não obrigatórios) ● dor ● envolvimento do nervo craniano, especialmente fraqueza muscular facial bilateral ● disfunção autonômica ● infecção ou outro evento imunoestimulante nas últimas 4 semanas Critérios diagnósticos da Brighton Collaboration para GBS (podem ser úteis para orientar investigações diagnósticas, mas esses critérios são destinados principalmente para fins epidemiológicos em pacientes que tiveram uma vacinação recente) Alta certeza diagnóstica requer diagnóstico clínico + todos os seguintes ● Contagem total de leucócitos no LCR < 50 células/microlitro níveis elevados de proteína no LCR ● estudos eletrofisiológicos consistentes com GBS O diagnóstico da síndrome de Guillain-Barre (GBS) é feito clinicamente; testes de diagnóstico podem ser usados para descartar outras condições e apoiar o diagnóstico O líquido cefalorraquidiano (LCR) geralmente, mas nem sempre, demonstra dissociação citoalbuminológica - níveis elevados de proteína mais contagem normal de glóbulos brancos Estudos de condução nervosa e eletromiografia podem apoiar o diagnóstico e ajudar a classificar o subtipo e estimar o prognóstico A função pulmonar precisa ser testada no exame inicial e frequentemente monitorada enquanto os sintomas progridem (progressão para insuficiência respiratória relatada em cerca de 30% dos pacientes com SGB) Paralisia flácida A Paralisia Flácida Aguda (PFA) é um conjunto de sinais e sintomas clínicos que remetem às complicações originadas de lesões em neurônios motores inferiores (medula), que causam interrupções na resposta motora que resultará em quadros de arreflexia com hipotonia, seguida de fasciculações, alterações das reações elétricas e atrofia muscular, essas lesões podem ser causadas por doenças infecciosas como a síndrome de Guillain-Barré, mielite infecciosa, mielite transversa aguda e a poliomielite, e ainda doenças metabólicas como o diabetes mellitus e hábitos de vida como o alcoolismo
Compartilhar