Prévia do material em texto
SENESCÊNCIA Todos os organismos eucarióticos, desenvolveram a morte celular programada. Em plantas e animais multicelulares, a destruição organizada de células é exigida para o crescimento e o desenvolvimento normais e para a remoção de células indesejadas, danificadas ou infectadas. A MCP pode ser iniciada por sinais do desenvolvimento específicos ou por eventos potencialmente letais, como ataque de patógenos ou erros na replicação do DNA durante a divisão celular. Ela envolve a expressão de um conjunto característico de genes que organiza o desmonte de componentes celulares, causando, ao final, a morte celular. Durante a MCP, o protoplasma, e às vezes a parede celular, sofre autólise. Na MCP as escadas ordenadas de oligonucleotídeos foram observadas durante a resposta de hipersensibilidade ao ataque de patógenos em algumas espécies vegetais, mas, na maioria dos casos, a degradação do DNA dá origem a uma mancha de DNA. As células vegetais usam, durante a autólise, uma diversidade de proteases do “tipo caspase”, incluindo cisteínas endopeptidase, serinas protease, metaloproteases e o complexo ubiquitina-proteassomo. No caso do desenvolvimento de elementos traqueais (xilema) e fibras, entretanto, camadas de parede secundária são depositadas antes da morte celular. A MCP é um aspecto essencial do desenvolvimento normal da planta, mas também pode ser induzida em resposta ao estresse tanto abiótico como biótico. Existe duas rotas citológicas distintas de MCP em plantas: A MCP do tipo vacuolar ocorre durante o desenvolvimento normal e reflete o fato de que o vacúolo central é o principal repositório de proteases, nucleases e outras enzimas líticas. Durante a MCP do tipo vacuolar, o vacúolo dilata-se e torna-se permeável ou rompe-se, liberando hidrolases dentro do citosol e causando degradação em grande escala. O citosol e todas as suas organelas, incluindo a membrana plasmática, são completamente decompostos e, em muitos casos, a parede celular é parcial ou completamente digerida, assim como no tecido do endosperma. A degradação da parede celular não ocorre em células que adquiriram paredes celulares lignificadas durante o processo, tais como elementos traqueais e fibras. A MCP do tipo resposta de hipersensibilidade (tipo RH) é um mecanismo de defesa vegetal contra o ataque microbiano. Durante a resposta de hipersensibilidade em folhas, as células no entorno imediato do local de infecção cometem suicídio, privando o patógeno dos nutrientes necessários para sua propagação. Embora existam muitas variações de MCP do tipo RH, uma característica que elas têm em comum é a autólise não ser iniciada pela expansão e pelo vazamento vacuolar. Em vez disso, a perda de água vacuolar e a contração celular são os primeiros eventos da MCP do tipo RH, seguidas pela degradação do DNA nuclear. A célula continua a se contrair devido à perda de água, e as organelas celulares e a membrana plasmática decompõem-se, liberando seus conteúdos no apoplasto. As células experimentam desgaste ao longo do tempo, e partes necessitam ser substituídas continuamente para estender a duração de suas vidas. Dois tipos de autofagia foram identificados. Na macroautofagia, o tipo mais bem estudado de autofagia em plantas, organelas especializadas chamadas de autofagossomos englobam componentes citoplasmáticos e fundem-se ao vacúolo. A microautofagia, embora a evidência para a microautofagia em plantas seja mais controversa, envolve a invaginação do tonoplasto e a formação de pequenas vesículas intra vacuolares, chamadas de corpos autofágicos, que são rapidamente degradadas por enzimas líticas dentro do vacúolo.