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livro habilidades de lingua Inglesa

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Prévia do material em texto

2018
Habilidades em língua 
inglesa ii
Profª. Luciana Fiamoncini
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Luciana Fiamoncini
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
F439h
 Fiamoncini, Luciana
 Habilidades em língua inglesa II. / Luciana Fiamoncini – Indaial: 
UNIASSELVI, 2018.
 171 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0198-6
 1.Língua inglesa – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 428.24
Impresso por:
III
apresentação
Acadêmico, saudações. É com muita satisfação que apresentamos 
o livro de Habilidades em Língua Inglesa II. A partir deste material, você 
será capaz de compreender melhor uma das quatro grandes habilidades da 
língua inglesa: a escrita de textos. 
A partir dos estudos acerca de como ocorre o processo de aprendizado 
da escrita, você será capaz de ampliar ainda mais o seu conhecimento e 
potencializar o seu aprendizado, tanto como escritor quanto como professor. 
Escrever não é uma tarefa fácil, mas com esforço e dedicação, é possível 
produzir excelentes textos.
Você já parou para pensar em como ensinar um aluno de língua 
inglesa a escrever? Se não, neste material, mostraremos a você, enquanto 
professor, de que maneira você pode potencializar o aprendizado da escrita 
nos seus alunos, além de tornar-se um escritor na língua inglesa. 
E como melhorar nosso processo de escrita de materiais em língua 
estrangeira? Aqui também será possível aprender um pouco mais a partir de 
algumas orientações quanto à escrita.
Desejamos a você muito sucesso nesta jornada de estudos, e fique 
atento às leituras indicadas nos UNI’s. We hope you have a nice journey. See you! 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é 
veterano, há novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 – OS PROCESSOS DA ESCRITA ................................................................................. 1
TÓPICO 1 – A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA ................................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 COMO SURGIU A ESCRITA? .......................................................................................................... 3
2.1 OS PRIMEIROS VESTÍGIOS DA ESCRITA NA HUMANIDADE ........................................... 4
2.2 A EVOLUÇÃO DA ESCRITA: DOS PRIMÓRDIOS ATÉ OS TEMPOS ATUAIS .................. 7
3 COMO OCORRE A APRENDIZAGEM DA ESCRITA ................................................................. 12
3.1 OS PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO: NOÇÕES BÁSICAS ................................................. 14
3.2 DIFERENÇA ENTRE ESCREVER NA LÍNGUA MATERNA E ESCREVER NA 
 SEGUNDA LÍNGUA ...................................................................................................................... 17
3.3 COMO ESTIMULAR O APRENDIZADO DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA .............. 18
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 20
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 23
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 25
TÓPICO 2 – ESCREVER EM LÍNGUA INGLESA ............................................................................ 27
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 27
2 A ESCRITA NAS DIFERENTES FASES DA VIDA ...................................................................... 28
2.1 O APRENDIZADO DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA DURANTE A INFÂNCIA ...... 28
2.2 O APRENDIZADO DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA NA FASE ADULTA .................. 29
3 A APRENDIZAGEM DA ESCRITA DA SEGUNDA LÍNGUA NA ESCOLA ......................... 30
3.1 O CONHECIMENTO EM ESPIRAL ............................................................................................. 34
3.2 APRENDER A ESCREVER NA LÍNGUA INGLESA INFLUENCIA A ESCRITA
 NA LÍNGUA MATERNA? ............................................................................................................. 35
3.3 COMO TRABALHAR EM UMA ESCOLA BILÍNGUE? ........................................................... 36
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 38
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 39
TÓPICO 3 – TÉCNICAS DE REDAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA ............................................... 41
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41
2 COMO ESCREVER BEM EM LÍNGUA INGLESA? ..................................................................... 41
2.1 A ESTRUTURA DO TEXTO – SUAS PARTES ............................................................................ 43
3 OS PRINCIPAIS GÊNEROS TEXTUAIS DA LÍNGUA INGLESA ............................................ 46
3.1 ABSTRACT ....................................................................................................................................... 46
3.2 PAPER ................................................................................................................................................ 47
3.3 REPORT ............................................................................................................................................ 49
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 51RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 53
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 54
sumário
VIII
UNIDADE 2 – TÉCNICAS DE REDAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA ..........................................57
TÓPICO 1 – O QUE PRECISAMOS SABER ANTES DE COMEÇAR A ESCREVER EM 
 LÍNGUA INGLESA? .......................................................................................................59
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................59
2 NOÇÕES DE PARÁGRAFO ........................................................................................................59
2.1 COMO ESTRUTURAR AS IDEIAS NO TEXTO ........................................................................63
2.2 O USO DO VOCABULÁRIO EM LÍNGUA INGLESA .............................................................68
2.3 OS FALSE FRIENDS ......................................................................................................................71
3 CARTAS FORMAIS E INFORMAIS ......................................................................................74
3.1 CARTAS FORMAIS ........................................................................................................................74
3.2 CARTAS INFORMAIS ...................................................................................................................76
RESUMO DO TÓPICO 1.......................................................................................................................78
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................79
TÓPICO 2 – A COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA ............................................................................81
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................81
2 E-MAIL .................................................................................................................................................81
3 A LINGUAGEM DA COMUNICAÇÃO NA LÍNGUA INGLESA: A NETLINGO ................83
LEITURA COMPLEMENTAR ..............................................................................................................87
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................100
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101
TÓPICO 3 – ARGUMENTAR OU EXPOR? ......................................................................................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 O TEXTO EXPOSITIVO ..............................................................................................................103
3 O TEXTO ARGUMENTATIVO........................................................................................................104
4 A PONTUAÇÃO E A ACENTUAÇÃO NA LÍNGUA INGLESA ..................................107
4.1 REGRAS DE PONTUAÇÃO E ENTONAÇÃO NA LÍNGUA INGLESA .............................107
4.2 A ACENTUAÇÃO NA LÍNGUA INGLESA ............................................................................108
5 A COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS ...............................................................................109
5.1 COESÃO .........................................................................................................................................109
5.2 COERÊNCIA ..................................................................................................................................113
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................114
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................115
UNIDADE 3 – CONSIDERAÇÕES ACERCA DA HABILIDADE DE 
 WRITING - SUGESTÕES ........................................................................................117
TÓPICO 1 – O WRITING E OS ESTUDANTES NA FASE DA ALFBETIZAÇÃO – 
 ENSINO FUNDAMENTAL I ........................................................................................119
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 CARACTERÍSTICAS DO WRITING NO ENSINO FUNDAMENTAL I ................................120
3 COMPREENDENDO A RELAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DO ENSINO 
 FUNDAMENTAL I E A ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA – SUGESTÕES DE 
 ATIVIDADES .....................................................................................................................................123
4 SUGESTÕES DE ATIVIDADES ......................................................................................................127
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................130
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................133
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................134
IX
TÓPICO 2 – O WRITING E OS ESTUDANTES ALFABETIZADOS - 
 ENSINO FUNDAMENTAL II ......................................................................................135
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................135
2 COMPREENDENDO A RELAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DO ENSINO 
 FUNDAMENTAL II E A ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA .....................................................136
3 CONSIDERAÇÕES ACERCA DA ESCRITA DOS ESTUDANTES NO ENSINO 
 FUNDAMENTAL II ...........................................................................................................................137
4 SUGESTÕES DE ATIVIDADES ENVOLVENDO O WRITING PARA O ENSINO 
 FUNDAMENTAL II ............................................................................................................................140
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................144
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................146
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................147
TÓPICO 3 – O WRITING E OS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO .....................................149
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................149
2 COMPREENDENDO A RELAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO E 
 A ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA ..............................................................................................150
3 CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA NA FASE DO ENSINO MÉDIO ....................................151
4 DESENVOLVENDO ATIVIDADES EM TORNO DA HABILIDADE DE WRITING 
 PARA ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO ................................................................................153
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................156
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................158AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................159
TÓPICO 4 – O WRITING E OS ESTUDANTES ADULTOS ........................................................161
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................161
2 CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA NA FASE ADULTA .........................................................162
3 CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS MÉTODOS UTILIZADOS PARA ENSINAR 
 INGLÊS PARA ADULTOS .........................................................................................................163
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................165
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................167
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................168
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................169
X
1
UNIDADE 1
OS PROCESSOS DA ESCRITA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você estará capaz de:
• A partir do estudo desta unidade, você estará capaz de: compreender a 
importância da escrita na língua inglesa, bem como os desafios do proces-
so de aprendizagem desta habilidade; 
• diferenciar os perfis do aluno adulto e da criança quando em processo de 
aprendizagem da escrita; 
• conhecer palavras e expressões relacionadas ao processo de escrita em lín-
gua inglesa;
• escrever com mais propriedade um abstract, um paper e um relatório;
• analisar e produzir um parágrafo de acordo com o que se espera; 
• identificar a introdução, o desenvolvimento e a conclusão nos textos escritos.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA 
TÓPICO 2 – ESCREVER EM LÍNGUA INGLESA
TÓPICO 3 – TÉCNICAS DE REDAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA 
INGLESA
1 INTRODUÇÃO
Hello, dear students. Escrever é um processo muito satisfatório, não é 
mesmo? Quem aqui ao ler sua própria produção não se sente satisfeito? Escrever, 
conforme já sabemos, é colocar no papel nossas ideias, de maneira que o 
interlocutor, ao lê-las, consiga compreender. 
Existem, porém, diferentes maneiras de escrever. Os textos literários e 
não literários, que estudaremos mais adiante, requerem maneiras diferentes de 
escrever, e, para cada uma delas, há diferentes habilidades a serem desenvolvidas. 
Acadêmicos, nesta unidade, vamos nos ater a trabalhar o processo de 
aprendizado da escrita tanto da língua materna quanto da língua estrangeira, 
no nosso caso, a língua inglesa. Sabemos que há diferentes processos envolvidos 
em ambas as aprendizagens e que cada uma delas exige diferentes habilidades 
do escritor. 
Procuraremos trabalhar de maneira bastante leve para que você, de fato, 
consiga compreender os aspectos da escrita, bem como suas características. 
Esperamos que esta fase de aprendizado seja muito boa e que ela, realmente, 
traga muitas contribuições a sua vida profissional. 
Preparados para embarcar nesta jornada conosco? Então, vamos lá! 
2 COMO SURGIU A ESCRITA? 
Você já parou para pensar em como era o mundo antes da escrita? Nada 
de registros, nenhuma informação. Estranho, não é mesmo? A escrita, quando 
surgiu, deu à humanidade uma maneira de armazenar e propagar as informações 
entre os indivíduos.
A partir dos primeiros registros da escrita, nossos ancestrais começaram a 
perceber a importância daquela técnica e, assim, foram desenvolvendo cada vez 
mais técnicas, chegando, hoje, à escrita que conhecemos. Para que esta evolução 
ocorresse, muitas foram as tentativas. 
O que não se pode negar é que a escrita foi um dos passos mais importantes 
da humanidade, pois além de nos permitir conhecer como era a sociedade, as 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
4
pessoas e os sistemas na época na qual foi desenvolvida, ainda proporciona ao ser 
humano interpretar o mundo a sua maneira. 
Para se ter uma noção da importância da escrita, ela foi o marco do fim 
da pré-história e do início da história do homem. Isto é, na pré-história, o que 
aconteceu não é sabido, pois até então não se tinha nenhum registro. Assim, a 
escrita, além de ser uma das maneiras mais antigas de registrar os acontecimentos, 
também proporcionou à humanidade saber o que se passou com nossos ancestrais. 
2.1 OS PRIMEIROS VESTÍGIOS DA ESCRITA NA HUMANIDADE
De acordo com Higouneut (2003), as primeiras tentativas de escrita 
ocorreram por volta de 4000 a.C. Dentre os primeiros sistemas de escrita, estão 
os mais rudimentares, que surgiram antes ainda que os primeiros alfabetos. Estes 
ganharam forma somente, aproximadamente, dois mil anos depois.
Saber a data do início da escrita e em qual sociedade ela nasceu não é 
possível. Isso porque, de acordo com Higouneut (2003), em épocas bastante 
próximas, civilizações de vários lugares, como egípcios, chineses, americanos e 
os mesopotâmicos iniciaram o uso das representações gráficas. 
Os desenhos, que foram os primeiros registros escritos, são conhecidos 
como os hieróglifos, ou escrita pictórica. Esses desenhos procuravam reproduzir 
o que estava sendo representado, por exemplo, bois, para registrar a caça; ou 
pequenas árvores, para registrar as plantações.
Você sabia que o escrito mais antigo que se tem notícias encontra-se na cidade 
de Uruk, ao sul do Iraque?
NOTA
Com o passar do tempo, os desenhos foram ganhando formas e foram 
sendo ampliados. Passou-se a ter representação de sinais fonéticos, e, a partir 
desse momento, os alfabetos começaram a surgir. Conforme as necessidades de 
registros aumentavam, os símbolos evoluíam.
Dessa forma, surgiram os primeiros alfabetos. Um dos principais 
expoentes quanto à evolução alfabética foram os fenícios, e isso se dá graças à 
quantidade de comerciantes desta civilização. Foi por isso que os fenícios criaram 
um alfabeto com apenas vinte e dois caracteres, que se tornou muito conhecido. 
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TÓPICO 1 | A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA
5
Após, as civilizações greco-romanas impulsionaram ainda mais a criação 
dos alfabetos contemporâneis. O uso das vogais, por exemplo, foi introduzido 
pelos povos gregos. Alguns séculos depois, os romanos, influenciados pelos 
etruscos, deram forma ao alfabeto que conhecemos hoje, utilizado por grande 
parte da população mundial. 
Quanto aos tipos de escrita, podemos afirmar que eles mudam de acordo 
com a língua. Hoje em dia, temos os ideogramas, os hieróglifos e os alfabetos, que 
são comuns a várias línguas. Vamos a alguns exemplos? 
A língua portuguesa, o italiano, o alemão, o francês e o espanhol são 
exemplos de línguas que se utilizam do alfabeto latino. 
FIGURA 1 – ALFABETO LATINO 
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/uTuAKJ>. Acesso em: 20 maio 
2018. 
O persa, o árabe, o urdu, o pashtu e algumas outras línguas asiáticas e 
africanas utilizam-se do alfabeto árabe para a comunicação escrita. 
FIGURA 2 – ALFABETO ÁRABE
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/kZL6ev>. Acesso em: 20 maio 
2018. 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
6
O turco e o kiswahili são escritos com o alfabeto latino, que conta com 
a ajuda de alguns sinais especiais. Ainda existem algumas línguas, como o 
mandarim, por exemplo, que usam ideogramas. Nesse estilo de escrita, cada 
símbolo representa uma palavra (ou conceito).A formação de frases ocorre na 
junção de ideogramas. 
FIGURA 3 – ALGUNS IDEOGRAMAS 
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/dktUc7>. Acesso em: 20 maio 2018. 
É fato que a escrita evoluiu muito com o passar dos anos e o que hoje 
conhecemos por escrita difere um pouco, inclusive no seu objetivo, do que era a 
escrita naquela época. Porém, sempre é bom refletirmos como tudo começou para 
que possamos, inclusive, refletir sobre o quanto evoluímos. 
DICAS
Até mesmo para o trabalho com os alunos essa é uma temática interessante. 
Que tal montar com eles uma oficina de hieróglifos, na qual cada equipe cria seu próprio 
sistema de escrita? Depois, cada aluno poderia decifrar a escrita dos colegas. Seria uma 
atividade e tanto para que eles compreendam a importância da escrita.
Agora, trabalharemos a evolução da escrita, desde os primórdios até o 
que temos hoje, com o advento da tecnologia e tudo que nos cerca. 
Are you ready to start? 
TÓPICO 1 | A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA
7
2.2 A EVOLUÇÃO DA ESCRITA: DOS PRIMÓRDIOS ATÉ OS 
TEMPOS ATUAIS 
Aprender a ler e a escrever não foi um processo fácil, não é mesmo? Embora 
muitos de nós não tenhamos recordação de quando aprendemos a escrever na 
nossa língua materna, certamente, lembramo-nos das nossas dificuldades no 
aprendizado da escrita em língua inglesa. 
E para a humanidade? Também não foi fácil, não é mesmo? Assim como já 
vimos, brevemente, na sessão anterior, não existe uma data e um local certos para 
o desenvolvimento da escrita. Assim, partimos de pressupostos. 
A escrita, embora não nos atemos muito a prestar atenção aos fatos, é de 
suma importância para a organização de nossas vidas. Um exemplo: você recorda 
o que estudou na aula da semana passada? Provavelmente não, mas se tiver uma 
anotação ou um caderno, basta consultá-lo. Já pensou como seria a vida de um 
médico sem uma agenda? Ou como você se lembraria de fazer aquela deliciosa 
receita se não tivesse as quantidades de cada ingrediente registradas? 
Justamente com o propósito de registrar situações que ocorriam no 
cotidiano das pessoas, surgiu a escrita. Assim como é difícil para nos lembrarmos 
de tudo, para os nossos ancestrais também era, por isso, eles começaram a fazer 
nas paredes riscos para marcar quantas cabeças de gado eles tinham, desenhos 
para saber quais tipos de animais eles caçavam e que tipos de plantas cultivavam, 
registravam seus sonhos... enfim. 
Conforme já mencionamos anteriormente, a escrita foi marco decisivo 
para a evolução da humanidade. Graças aos hieróglifos encontrados nas cavernas 
podemos ter uma ideia de como as pessoas (nossos ancestrais) organizavam as 
suas sociedades primitivas.
FIGURA 4 – PINTURAS RUPESTRES
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/u8pmgT>. Acesso em: 20 maio 
2018. 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
8
Na pintura rupestre, podemos perceber a imagem de animais. Era assim que 
eles registravam suas caças e suas criações. A invenção da escrita não surgiu da noite 
para o dia, nem sem um propósito. Ela surgiu, de acordo com Olson e Torrance (1997), 
por causa da evolução da sociedade. As pequenas civilizações estavam crescendo e 
as coisas “saindo do controle”. Assim, viu-se a necessidade de controle. 
Há registros de pelo menos quatro diferentes sistemas de comunicação 
independentes na época, que foram desenvolvidos pelos povos da Mesopotâmia, 
Egito, China e América Central (OLSON; TORRANCE, 1997).
Na região da Mesopotâmia (atual Iraque), encontraram-se registros 
feitos de aproximadamente três mil e trezentos anos antes de Cristo. A escrita 
cuneiforme, que consiste na escrita cavada com pequenos cunhos em madeira ou 
cerâmica, surgiu com os sumérios, que viviam na região. 
FIGURA 5 – ESCRITA CUNEIFORME 
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/K9f6rR>. Acesso em: 20 maio 
2018. 
Como você pode perceber, não era preciso saber muito para conseguir 
fazer a escrita cuneiforme, já que era uma arte bastante primitiva. Pouco tempo 
depois surgiram os hieróglifos, pelos egípcios, esta era a escrita das pirâmides. 
FIGURA 6 – HIERÓGLIFOS 
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/7mwuRd>. Acesso em: 20 
maio 2018. 
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TÓPICO 1 | A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA
9
Perceba que esta é uma escrita um pouco mais desenvolvida, e no início 
apenas os escribas sabiam desenvolvê-la.
Os escribas ocupavam uma posição de destaque na sociedade egípcia. Além 
disso, eles estudavam muito, e eram a ligação entre o faraó, os funcionários do governo, os 
sacerdotes e o povo.
NOTA
Também cabe ressaltar que até a idade média as pessoas ainda não sabiam 
escrever. Com o surgimento da imprensa (1450), as pessoas começaram a ter mais 
acesso à escrita. Ensinar a escrever a todas as pessoas foi uma ideia difundida 
somente no século XIX. Incrível, não? 
Voltemos a falar da evolução da escrita, após os hieróglifos, que eram 
os desenhos feitos nas pirâmides, surgiu o papiro, uma espécie de papel, nele, 
passou-se a utilizar o hierático, que passou a ser uma escrita mais cursiva. Pelo 
fato de o papiro ser mais delicado, essa escrita era mais fácil de ser traçada. 
FIGURA 7 – HIERÁTICO 
FONTE: Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/_ES2Y681Okik/TPafG8mvPwI/
AAAAAAAAK3M/uStBnq5dtlc/s400/PC010007liv2.jpg>. Acesso em: 1 jul. 2018. 
Após o hierático, ainda outras maneiras de escrever foram desenvolvidas, 
como o nahuatl, por exemplo. Existem poucos estudos acerca dessa forma 
de escrever, mas sabe-se que ela surgiu por volta do século XIII (OLSON; 
TORRANCE, 1997). Já na América, os astecas e os maias também desenvolveram 
sua própria escrita, no entanto, a conquista da região pelos europeus, a maioria 
dos seus registros foram destruídos. 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
10
 Na Ásia, temos a China como mãe de um sistema totalmente original, 
criado há mais de três mil anos: os ideogramas. Foram os chineses, inclusive, que 
criaram o papel que conhecemos hoje (com algumas inovações). 
Você sabia, acadêmico, que muitos livros eram escritos em placas de barro, 
ossos, tecidos, couro e madeira? Até o bambu chegou a ser utilizado como suporte para a 
escrita antes do surgimento do papel. O pergaminho é um exemplo dos mais famosos de 
suportes primitivos. Ele era feito de couro curtido e guardado em rolos. Quando era preciso 
apagar, eles lixavam o pergaminho e pronto, ele estava pronto para ser reutilizado. 
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O tempo passou e ainda hoje existem diferentes tipos de alfabetos, como 
estudamos no subtópico anterior. Os mais conhecidos são os ideogramas, o 
alfabeto árabe e o alfabeto latino. Resumindo: no início, cada figura representava 
um objeto. Depois, os símbolos foram evoluindo e cada objeto acabou virando 
uma letra específica do alfabeto a partir da simplificação. Quer ver um exemplo? 
FIGURA 8 – A EVOLUÇÃO DO ALFABETO 
Perceba que os desenhos foram perdendo seu sentido e com o passar do 
tempo a simplificação fez com que se transformassem em símbolos apenas. Isso 
não ocorre no sistema ideográfico, que para nós parece complicado, visto que há 
mais de mil símbolos que precisam ser conhecidos e combinados para formar 
frases. Já o alfabeto é bem mais simples, pois como cada letra representa um som 
(ou mais de um), combinando apenas algumas delas, temos uma palavra. 
FONTE: Disponível em: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-historia-das-letras/>. 
Acesso em: 20 maio 2018. 
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O nosso alfabeto (tanto da língua inglesa quanto da língua portuguesa) 
é o latino e deriva do grego, que por sua vez, deriva do fenício. Na época, já 
havia 22 letras definidas e era muito mais simples do que as escritas cuneiforme 
e hieroglífica. O alfabeto fenício não trazia em seu conteúdo as vogais, sendo que 
estas foram inseridas pelos gregos mais tarde. 
A escrita, assim como a língua em geral, está em permanente evolução.Percebemos isso porque com o advento da tecnologia, cada vez mais aparecem 
formas diferentes de escrever. Por exemplo, temos:
VOSSA MERCÊ > VOSSEMECÊ > VOSMECÊ > VOCÊ > VC 
Perceba que, na internet, a escrita evoluiu para uma forma mais compacta. 
Isso porque a comunicação por meios tecnológicos é rápida. A escrita precisa, 
assim, acompanhar essa velocidade. 
Lembramos apenas que, embora o “internetês” seja aceito como uma 
variação da escrita, ele não é considerado norma padrão, assim, não deve ser 
utilizado na escrita acadêmica, por exemplo, ou em situações que exijam o uso da 
norma padrão da língua. 
FIGURA 9 – INTERNETÊS NA LÍNGUA PORTUGUESA
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/ZLGF4m>. Acesso em: 21 maio 2018. 
Os “emojis” ou “emoticons” também são maneiras novas de representação 
escrita, pois resumem uma expressão de sentimento a partir de uma figurinha. 
Estas também são formas usadas especificamente na escrita de textos via celular 
ou internet. 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
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FIGURA 10 – EMOJIS
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/8yHhPf>. Acesso em: 21 
maio 2018. 
Assim como na língua portuguesa, o intenetês é muito utilizado, também 
na língua inglesa isto ocorre. Vamos conhecer alguns dos termos mais conhecidos em 
internetês na língua inglesa? 
FIGURA 11 – INTERNETÊS NA LÍNGUA INGLESA
FONTE: Disponível em: <https://goo.gl/fm4W8w>. Acesso em: 21 maio 2018. 
Notamos que a escrita evolui, assim como evolui a tecnologia e a fala. 
Perceba que em pouco tempo muitas foram as mudanças que ocorreram, tanto no 
alfabeto quanto nas maneiras de escrever. 
E se você tivesse que imaginar como seria a escrita daqui a cem anos, 
como você a imaginaria? Reflita.
3 COMO OCORRE A APRENDIZAGEM DA ESCRITA
Aprender a ler e a escrever está condicionado a inúmeros fatores. Dentro 
das habilidades da língua estrangeira, encontram-se a leitura (reading), a escrita 
(writting), a fala (speaking) e a audição (listening). A leitura, conforme já estudamos 
em outras disciplinas, deve ir além da simples decodificação de símbolos, ou seja, 
trata-se da compreensão do que o escritor quis dizer. 
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Já a escrita é o processo contrário: trata-se de codificar, de maneira a facilitar 
o processo para quem ler o que escrevemos. Aprender a escrever não ocorre 
quando somos alfabetizados. Aprender a escrever é um processo demorado, que 
demanda muita leitura e dedicação. 
Você já deve ter ouvido, ou mesmo dito, “eu sei, mas não consigo colocar 
no papel”, não é mesmo? Esta é a maior dificuldade das pessoas, porque o processo 
de elaboração mental das sentenças é diferente do processo de transcrevê-las. 
Aqui, mais especificamente, trataremos da escrita em língua estrangeira. 
A leitura, embora seja também um processo difícil, trata-se da decodificação de 
algo que já está posto no papel, ou seja, decifraremos algo que alguém já se deu 
o trabalho de codificar. 
Já a escrita em língua estrangeira requer conhecimento de vocabulário, da 
sintaxe e da semântica da língua. É, portanto, um trabalho que se desenvolve aos 
poucos, e deve ser mantido durante todo o processo de aprendizagem da língua. 
No entanto, como ocorre o aprendizado da escrita? A princípio, o 
professor da língua estrangeira deve colocar-se no local do aluno e tentar 
reconhecer as principais dificuldades que poderão ser enfrentadas. Lembramos 
que o aprendizado da escrita em língua estrangeira pode ocorrer em diferentes 
estágios da vida, diferente da escrita na língua materna, que ocorre por volta dos 
seis a sete anos de idade, em média. 
De acordo com Smith (2003), para a criança que está sendo ensinada a 
escrever, o professor, além de possuir os conhecimentos que se referem ao 
processo de alfabetização, também passa aos alunos que cada letra é um grafema 
e é representada por unidades sonoras, chamadas de fonemas.
Isso deve ser feito com muito cuidado quando o aprendizado da escrita 
é em língua materna, mas quando se trata de escrita em língua estrangeira, 
esses conhecimentos já estão internalizados. O que precisa ser de fato levado em 
consideração aqui são as regras da língua. 
A língua estrangeira, no nosso caso a inglesa, possui inúmeras regras 
que precisam ser seguidas para que a escrita seja coerente e que, por vezes, são 
totalmente diferentes das regras da língua portuguesa. Em caso de dúvidas, um 
bom dicionário poderá ajudar (e muito) no aprendizado. 
O alfabetizador, quando ensina a escrever, tem a consciência de que a 
escrita é um processo gradual, e que ela não será aprendida de uma hora para 
outra. Da mesma forma, ocorre a escrita na língua inglesa. O aprendiz, bem como 
o professor, deve ter paciência e compreender que erros ocorrerão. 
Aprender a escrever é um grande desafio para você tanto enquanto 
aprendiz quanto enquanto professor. Por este motivo, a leitura e a atualização 
são muito importantes para o sucesso da sua jornada. 
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3.1 OS PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO: NOÇÕES 
BÁSICAS
Para que possamos compreender a importância de ensinar nossos alunos 
a escreverem em língua inglesa, seja em qual idade for, vamos conhecer agora um 
pouco dos processos cognitivos envolvidos no aprendizado da escrita em nossa 
língua materna. 
Um dos principais processos de integração da criança à sociedade é a 
aquisição da leitura e da escrita. É muito difícil conseguirmos desvincular um 
processo do outro, haja vista a complexidade de ambos. A partir desse momento, 
a criança passa a compreender o mundo que a cerca, por esse motivo podemos 
afirmar que a leitura e a escrita são um divisor de águas na vida social da criança. 
O professor é a peça fundamental para que o aprendizado seja efetivo. 
Tanto a leitura quanto a escrita necessitam de muita prática para serem bem 
desenvolvidas. A mediação do professor é fundamental, pois é ele quem 
estimula a compreensão da criança, e esta compreensão só se dá mediante tarefas 
prazerosas. 
O erro, durante o processo de aprendizagem, é esperado, pois é a partir 
dele que se nota a evolução da criança. A partir dos erros o professor consegue 
perceber quais são as dificuldades dos alunos e intervir. Isso vale tanto para a 
língua materna quanto para a língua estrangeira: não importam os erros, o que 
importa é escrever, pois somente assim é possível avançar. 
Os fatores externos também são muito importantes para que o aprendizado 
da escrita ocorra de maneira efetiva. A sala de aula deve ser um local atrativo, no 
qual o aluno se sinta à vontade e perceba que a escrita é, de fato, interessante. O 
professor poderá ser o grande incentivador para os pequenos escritores. 
O acesso a diferentes estilos de escrita também é de grande importância 
para que a criança desenvolva esta habilidade de maneira plena. A infância é 
permeada pela curiosidade, pelo descobrir o novo. O professor poderá colocar a 
escrita como um grande processo de descoberta para, assim, instigar as crianças 
a quererem aprender. 
Afinal, quando a escrita, de fato, deve ser introduzida na vida da criança? 
Desde muito pequenas elas trabalham com hipóteses. Vivem criando e recriando 
histórias mentalmente e até mesmo verbalizando-as, mas a escrita é uma fase que 
exige da criança mais maturidade. 
De acordo com Ferreiro e Teberowsky (1999), a escrita começa bem antes 
do que a escola acredita, percorrendo caminhos desconhecidos. A criança está em 
pleno contato com as letras, com as palavras e com as frases e, mesmo que não 
saiba escrevê-las, as informações ali contidas percorrem o inconsciente delas.
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Por esse motivo, é de suma importância que a escola, ao introduzir a escrita 
na vida consciente da criança, não utilize textos sem nexo quenada tenham a ver 
com a vida da criança. O conhecimento que a criança já tem ao chegar na escola é 
imenso, sendo ele adquirido durante as brincadeiras, com as histórias que ouve, 
com as atividades nas quais está inserida. 
A brincadeira, o mundo do faz de conta, por vezes compreendida como 
futilidade dentro da escola, é considerada por Vygotsky (1998) uma das mais 
importantes atividades de desenvolvimento da linguagem escrita, pois é no ato 
de brincar que o objeto assume a função de signo.
Assim como no brinquedo, também no desenho o significado surge, 
inicialmente, como um simbolismo de primeira ordem. Como já 
dissemos, os primeiros desenhos surgem como resultados de gestos 
manuais (gestos de mãos adequadamente equipadas com lápis); e o 
gesto, como vimos, constitui a primeira representação do significado. É 
somente mais tarde que, independentemente, a representação gráfica 
começa a designar algum objeto. A natureza dessa relação é que aos 
rabiscos já feitos no papel dá-se um nome apropriado (VYGOTSKY, 
1998, p. 146). 
A criança não é uma tábula rasa, mas sim um ser em constante 
desenvolvimento. De acordo com Brasil (2001, p. 87) afirma que “não basta 
inundá-los de letras escritas”, ou seja, de nada adianta expor a criança a palavras 
e letrinhas soltas, mas sim fazer com que elas compreendam a real importância 
social da escrita. 
De acordo Ferreiro e Teberowsky (1999), a língua escrita é um objeto de 
uso social muito importante, por isso, é necessário desde muito cedo desenvolver 
essa consciência na criança. A escrita não é usada somente na escola, mas também 
na vida familiar, e em todos os demais ambientes nos quais ela é inserida. 
Quando a criança ainda não tem noção desta importância, ela vê a escrita 
simplesmente como uma maneira de desenhar o nome das coisas. Com o passar 
do desenvolvimento da consciência fonológica, ela passa a refletir acerca de como 
se dá o sistema da escrita, bem como sua relação com a sociedade. Ela percebe 
que pode passar a ler o que ela quer. 
Outro ponto que precisa ser mencionado é o contato precoce com 
a literatura infantil, especialmente no momento em que falamos tanto de 
aprendizado da escrita em língua inglesa. Carvalho (2002, p. 22) corrobora esta 
afirmação dizendo que: “Aprender a ler como se a leitura fosse um ato mecânico, 
separado da compreensão, é um desastre que acontece todos os dias. Estudar 
palavras soltas, sílabas isoladas, ler textos idiotas e repetir sem fim exercícios de 
cópia, resulta em desinteresse e rejeição em relação à escrita”. 
Ferreiro e Teberosky (1999), em seus estudos sobre a psicogênese da 
escrita, afirmam que as crianças constroem hipóteses a partir do que a escrita 
representa. Esta etapa é chamada de hipótese pré-silábica. Após, esta etapa evolui 
para uma etapa em que ela representa o que fala a partir das sílabas, chamada 
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de hipótese silábica, e por último, há a correspondência alfabética, que se adequa 
à fala em língua portuguesa. A seguir, reunimos algumas das características de 
cada uma das fases da alfabetização. 
QUADRO 1 – AS FASES DA ALFABETIZAÇÃO
PRÉ-SILÁBICA SILÁBICA
- Escrever e desenhar têm o mesmo significado;
- Não relaciona a escrita com a fala;
- Caracteriza uma palavra como letra inicial;
- Não diferencia letras de números;
- Reproduz traços típicos da escrita de forma 
desordenada;
- Supõe que a palavra representa o objeto e não 
o seu nome;
- Acredita que coisas grandes têm um nome 
grande e coisas pequenas têm um nome 
pequeno (realismo nominal);
- Usa letras do nome para escrever tudo;
- Não aceita que seja possível escrever e ler 
com menos de três letras;
- Leitura global: lê a palavra como um todo.
- Já supõe que a escrita representa a fala;
- Para cada fonema, usa uma letra para 
representá-lo;
- Pode ou não atribuir valor sonoro à letra;
- Pode usar muitas letras para escrever, e ao 
fazer a leitura, aponta uma letra para cada 
fonema;
- Ao escrever frases, pode usar uma letra para 
cada palvra.
SILÁBICA ALFABÉTICA ALFABÉTICA
- Inicia a superação da hipótese silábica;
- Compreende que a escrita representa os sons 
da fala;
- Percebe a necessidade de mais uma letra para 
a maioria das sílabas;
- Pode dar ênfase a escrita dos sons só das 
vogais ou só das consoantes;
- Atribui o valor do fonema em algumas letras 
(KBLO);
- Compreende o uso social da escrita: 
comunicação;
- Conhece o valor sonoro de todas ou quase 
todas as letras;
- Apresenta estabilidade na escrita das 
palavras;
- Compreende que cada letra correponde aos 
menores valores sonoros da sílaba;
- Faz leitura com ou sem imagem;
- Inicia preocupação com as questões 
ortográficas;
- Separa as palavras quando escreve frases;
- Produz texto de forma convencional.
FONTE: Disponível em: <https://www.soescola.com/2017/04/hipoteses-psicogenese-lingua-
escrita-segundo-emilia-ferreiro.html>. Acesso em: 21 maio 2018. 
A aprendizagem da escrita é algo impressionante. Teberosky (2002, p. 
8) afirma que “a criança dispõe de um saber sobre a escrita mesmo antes de 
entrar para a escola”. A partir desta afirmação, podemos refletir acerca dos erros 
cometidos pelos alfabetizadores ao não levarem em consideração o que os alunos 
já sabem. 
Isso se aplica também na escrita da língua estrangeira. Quando falamos 
em alfabetização, pensamos no aprender apenas, e não no que de fato já se sabe. 
Solé (1998) afirma que alfabetização é domínio da linguagem falada, da leitura 
TÓPICO 1 | A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA
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e da escrita. A pessoa alfabetizada precisa ter a capacidade de ler, de escrever e 
de falar também. Isso deve ser em língua materna e também em língua inglesa. 
Ainda, de acordo com a autora, estar alfabetizado é dominar as habilidades 
básicas da língua para assim poder comunicar-se de maneira fluente. De acordo 
com os preceitos de Solé (1998), não basta saber escrever para estar alfabetizado. 
O nome é geralmente o primeiro incentivo para o ensino da escrita. De 
acordo com Seber (2009, p. 101), isso ocorre porque:
É em relação a essa forma de escrita que a criança verifica suas 
hipóteses, atitude essencial para que ela aprenda a voltar sua atenção 
para a própria linguagem. Refletindo mais em profundidade sobre as 
palavras, dentre as quais se destaca o próprio nome, a criança principia 
a compreender melhor as suas composições silábicas. 
Portanto, saber escrever o próprio nome dará às crianças o conhecimento 
de um amplo número de letras que poderão servir como base para a produção de 
outras palavras. Assim, por que não usar o nome também como preceito para o 
ensino da escrita em língua inglesa? 
Agora, veremos algumas das principais diferenças entre escrever na 
língua materna e na língua estrangeira. Let’s go! 
3.2 DIFERENÇA ENTRE ESCREVER NA LÍNGUA MATERNA E 
ESCREVER NA SEGUNDA LÍNGUA 
Escrever em língua materna já pode ser uma atividade de extrema 
dificuldade, dependendo de quanto a pessoa gosta ou não de ler, a escrita é um 
processo que, mesmo após muitos anos como leitores, pode ser considerado um 
pouco desafiador. 
Assim, escrever na língua estrangeira pode ser ainda mais desafiador, 
pois além do conhecimento básico da estrutura da língua, é necessário um 
conhecimento um pouco mais aprofundado também de vocabulário para que 
possamos utilizar as palavras corretas. 
Para os escritores iniciantes, o maior problema pode ser o léxico, já que o 
maior desafio da escrita em língua estrangeira pode ser o uso das palavras. Para 
isso, conforme já mencionamos, um bom dicionário pode ser um grande aliado. 
Como desafio lexical, os false friends ou falsos cognatos podem ser um 
grande problema, pois parecem ser uma coisa e na verdade significam outra. 
Conheça alguns deles. 
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QUADRO 2 – FALSE FRIENDS
False friend O que parece Tradução
cup copo xícara
lunch lanche almoço
parents parentespais
pork porco carne de porco*
pasta pasta massa
dessert deserto sobremesa
customer costume freguês
novel novela romance (gênero literário)
FONTE: Disponível em: <http://inglesrightnow.blogspot.com/2015/02/false-
friends.html>. Acesso em: 22 maio 2018. 
Acadêmico, assim como a leitura é um procedimento desafiador, a escrita 
também o é. Reiteramos que a principal maneira de aprender a escrever na língua 
inglesa é escrevendo. Portanto, estimule seus alunos enquanto professor, e busque 
não os estimular à tradução, mas sim à compreensão do que está sendo escrito. 
Agora, estudaremos um pouco mais acerca de como estimular o 
aprendizado da escrita nos seus alunos. 
Go ahead! 
3.3 COMO ESTIMULAR O APRENDIZADO DA ESCRITA NA 
LÍNGUA INGLESA 
Enquanto alunos, sabemos que não há nada mais desconfortável do que 
sermos forçados a fazer algo que não gostamos ou que não temos segurança, 
correto? 
Assim somos nós enquanto alunos, por isso, devemos evitar esse tipo de 
situação com nossos alunos. A seguir, listamos cinco dicas bem interessantes que 
podem contribuir para despertar em nossos alunos a vontade de escrever. Vamos 
conhecê-las? 
CINCO DICAS PARA ESTIMULAR NOS ALUNOS A VONTADE DE 
ESCREVER
1. CRIE AMBIENTES DE DISCUSSÃO E DE AJUDA
Procure criar ambientes abertos, como fóruns, tópicos ou grupos em 
redes sociais, que permitam a discussão e a troca de informações a respeito da 
escrita. Quando estudantes podem pedir ajudas e opiniões para os seus colegas 
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de classe e professores isso elimina o medo de escrever. Aborde a escrita como 
algo divertido e útil para a vida dos alunos, isso facilita a compreensão.
 
2. DÊ TEMPO PARA A ESCRITA LIVRE
Deixe que seus estudantes tenham um tempo para escrever sobre aquilo 
que eles quiserem no formato que eles desejarem. Essa é uma ótima tarefa se 
os alunos estiverem trabalhando em conteúdos mais específicos, como uma 
redação ou pesquisas. Permitindo que eles escrevam livremente você os ajuda 
a liberar o estresse e, temporariamente, abandonar as estruturas. 
 
3. FOQUE AS ENERGIAS EM CRIATIVIDADE E ESQUEÇA FORMAS PRE-
ESTABELECIDAS
Peça aos seus estudantes que concentrem todas as energias deles 
em escrever suas histórias de maneira criativa, sem se preocupar com 
formas e convenções. Discuta com eles a importância da personagem e do 
desenvolvimento da história, só depois comece a abordar questões como 
forma e estrutura do texto. Quando você dá tarefas de escrita criativa tira dos 
seus estudantes a sobrecarga da preocupação com forma e conteúdo.
 
4. INSPIRE-OS A INCORPORAR ESTILOS JÁ EXISTENTES
Incentive seus estudantes a lerem mais do que já fazem normalmente 
e, mais que isso, peça a eles que se inspirem nesses estilos para criarem o seu 
próprio. Se eles gostam de quadrinhos ou mistérios, por exemplo, estude esses 
estilos e peça aos seus alunos que criem conteúdo inspirando-se no formato 
analisado, incorporando as características principais do gênero em um texto 
próprio.
 
5. MOSTRE A ELES QUE ESCREVER É UMA FORMA DE SE EXPRESSAR
Peça que os seus estudantes se expressem verdadeiramente dentro do 
texto que estão produzindo. Você pode usar questões de liderança ou pedir que 
eles escrevam poesias como uma maneira de liberar emoções e sentimentos. 
Isso ajuda os alunos a se conectarem com a escrita, já que estão falando sobre 
aquilo que conhecem.
FONTE: Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/atualidade/
noticia/2012/07/25/953672/5-dicas-motivar-seus-estudantes-escrever.html>. Acesso em: 21 
maio 2018. 
A escrita, além de ser uma excelente maneira de aprender a língua, 
é também uma das maneiras mais eficazes de expor os sentimentos. Com os 
adolescentes, especialmente, o trabalho com a escrita de textos literários pode ser 
até mais eficaz do que a de textos não literários. 
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Caberá ao professor descobrir o que o aluno de fato deseja e quais são 
as suas maiores qualidades e estimulá-las, lembrando que a escrita é uma das 
quatro habilidades que devem ser desenvolvidas no aluno. 
Para nossa leitura complementar, trouxemos um texto que versa sobre a 
escrita à mão, atividade esta que cada vez mais vem se perdendo com o advento 
das tecnologias. Vamos conhecer um pouco mais dos benefícios desta prática 
para o nosso desenvolvimento cognitivo?
Let’s go ahead!
LEITURA COMPLEMENTAR
Escrever à mão é importante para o cérebro, dizem estudos: especialistas 
questionam se letra cursiva confere habilidades e benefícios especiais, além 
dos fornecidos pela de forma
As crianças que vivem no mundo dos teclados precisam aprender a 
antiquada caligrafia?
Há uma tendência a descartar a escrita à mão como uma habilidade que 
não é mais essencial, mesmo que os pesquisadores já tenham alertado para o fato 
de que aprender a escrever pode ser a chave para, bem, aprender a escrever.
E, além da conexão emocional que os adultos podem sentir com a maneira 
como aprendemos a escrever, existe um crescente número de pesquisas sobre o 
que o cérebro que se desenvolve normalmente aprende ao formar letras no papel, 
sejam de forma ou cursivas. Em um artigo publicado este ano em The Journal of 
Learning Disabilities, pesquisadores estudaram como a linguagem oral e escrita se 
relacionavam com a atenção e com o que é chamado de habilidades de "função 
executiva" (como planejamento) em crianças do quarto ao nono ano, com e sem 
dificuldades de aprendizagem.
Virginia Berninger, professora de Psicologia Educacional da Universidade 
de Washington e principal autora do estudo, contou que a evidência dessa e de 
outras pesquisas sugere que "escrever à mão – formando letras – envolve a mente, 
e isso pode ajudar as crianças a prestar atenção à linguagem escrita".
No ano passado, em um artigo em The Journal of Early Childhood Literacy, 
Laura Dinehart, professora associada de Educação na Primeira Infância da 
Universidade Internacional da Flórida, discutiu várias possibilidades de 
associações entre boa caligrafia e desempenho acadêmico: crianças com boa 
escrita à mão são capazes de conseguir notas melhores porque seu trabalho é 
mais agradável para os professores lerem; as que têm dificuldades com a escrita 
podem achar que uma parte muito grande de sua atenção está sendo consumida 
pela produção de letras, e assim o conteúdo sofre.
TÓPICO 1 | A APRENDIZAGEM DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA
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Podemos realmente estimular o cérebro das crianças ao ajudá-las a formar 
letras com suas mãos? Em uma população de crianças pobres, diz Laura, as que 
possuíam boa coordenação motora fina antes mesmo do jardim da infância se 
deram melhor mais tarde na escola. Ela diz que mais pesquisas são necessárias 
sobre a escrita nos anos pré-escolares e sobre as maneiras para ajudar crianças 
pequenas a desenvolver as habilidades que precisam para realizar "tarefas 
complexas" que requerem coordenação de processos cognitivos, motores e 
neuromusculares.
"Esse mito de que a caligrafia é apenas uma habilidade motora é 
simplesmente errado. Usamos as partes motoras do nosso cérebro, o planejamento 
motor, o controle motor, mas muito mais importante é a região do órgão onde o 
visual e a linguagem se unem, os giros fusiformes, onde os estímulos visuais 
realmente se tornam letras e palavras escritas", afirma Virginia Berninger.
As pessoas precisam ver as letras "nos olhos da mente" para produzi-las 
na página, explica ela. A imagem do cérebro mostra que a ativação dessa região é 
diferente em crianças que têm problemas com a caligrafia.
Escaneamentos cerebrais funcionais de adultos mostram que uma 
rede cerebral característica é ativada quando eles leem, incluindo áreas que 
se relacionam com processos motores. Os cientistas inferiram que o processo 
cognitivo de ler pode estar conectado com o processo motor de formar letras.
Larin James, professora de Ciências Psicológicas e do Cérebro na 
Universidade de Indiana, escaneouo cérebro de crianças que ainda não sabiam 
caligrafia. "Seus cérebros não distinguiam as letras; elas respondiam às letras da 
mesma forma que respondiam a um triângulo", conta ela.
Depois que as crianças aprenderam a escrever à mão, os padrões de 
ativação do cérebro em resposta às letras mostraram mais ativação daquela rede 
de leitura, incluindo os giros fusiformes, junto ao giro inferior frontal e regiões 
parietais posteriores do cérebro, que os adultos usam para processar a linguagem 
escrita – mesmo que as crianças ainda estivessem em um estágio muito inicial na 
caligrafia.
"As letras que elas produzem são muito bagunçadas e variáveis, e isso na 
verdade é bom para o modo como as crianças aprendem as coisas. Esse parece ser 
um dos grandes benefícios da escrita à mão", conta Larin James.
Especialistas em caligrafia vêm lutando com a questão de se a letra cursiva 
confere habilidades e benefícios especiais, além dos fornecidos pela letra de forma. 
Virginia cita um estudo de 2015 que sugere que, começando por volta do quarto 
ano, as habilidades com a letra cursiva ofereciam vantagens tanto na ortografia 
quanto na composição, talvez porque as linhas que conectam as letras ajudem as 
crianças a conectar as letras formando palavras.
UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
22
Para crianças pequenas com desenvolvimento típico, digitar as letras não 
parece gerar a mesma ativação do cérebro. À medida que as pessoas crescem, 
claro, a maioria faz a transição para a escrita em teclados. 
No entanto, como muitos que ensinam na universidade, eu me questiono 
a respeito do uso de laptops em sala de aula, mais porque me preocupo com o fato 
de a atenção dos alunos estar vagando do que com promover a caligrafia. Ainda 
assim, estudos sobre anotações feitas à mão sugerem que "alunos de faculdade 
que escrevem em teclados são menos propensos a lembrar e a saber do conteúdo 
do que se anotassem à mão", conta Laura Dinehart.
Virginia diz que a pesquisa sugere que crianças precisam de um 
treinamento introdutório em letras de forma, depois dois anos de aprendizado e 
prática de letra cursiva, começando na terceira série, e então atenção sistemática 
para a digitação.
Usar um teclado e, especialmente, aprender as posições das letras 
sem olhar para as teclas, diz ela, pode muito bem aproveitar as fibras que se 
intercomunicam no cérebro, já que, ao contrário da caligrafia, as crianças vão usar 
as duas mãos para digitar.
"O que estamos defendendo é ensinar as crianças a serem escritoras 
híbridas. Letra de forma primeiro para a leitura – isso se transfere para o melhor 
reconhecimento das letras –, depois cursiva para a ortografia e a composição. 
Então, no final da escola primária, digitação", afirma Virginia.
Como pediatra, acho que pode ser mais um caso em que deveríamos 
tomar cuidado para que a atração do mundo digital não leve embora experiências 
significativas que podem ter impacto real no desenvolvimento rápido do cérebro 
das crianças. Dominar a caligrafia, mesmo com letras bagunçadas e tudo, é uma 
maneira de se apropriar da escrita de maneira profunda.
"Minha pesquisa global se concentra na maneira como o aprendizado e a 
interação com as palavras feitas com as próprias mãos têm um efeito realmente 
significativo em nossa cognição. E também como a caligrafia muda o funcionamento 
do cérebro e pode alterar seu desenvolvimento", explica Larin James.
FONTE: Disponível em: <https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,pesquisas-mostram-
que-escrever-a-mao-e-importante-para-o-cerebro,10000060886>. Acesso em: 21 maio 2018. 
23
Neste tópico, você aprendeu que: 
• Existem diferentes maneiras de escrever: os textos literários e não literários 
são maneiras diferentes de escrever, e para cada uma delas, há diferentes 
habilidades a serem desenvolvidas. 
• Com o surgimento da escrita, surgiu a oportunidade de armazenamento e 
propagação de informações entre os indivíduos.
• Houve muitas tentativas de evolução no processo de escrita até que chegássemos 
no estágio que conhecemos hoje. 
• A escrita foi um dos passos mais importantes da humanidade, pois a escrita, 
além de nos permitir conhecer como era a sociedade, as pessoas e os sistemas 
naquela época, ainda proporciona ao ser humano interpretar o mundo a sua 
maneira. 
• A escrita foi o marco do fim da pré-história e o início da história do homem.
• Pelo que se tem registros, as primeiras tentativas de escrita ocorreram por volta 
de 4000 a.C.
• Saber exatamente uma data para atribuir ao surgimento da escrita não é 
possível, assim como não há como saber exatamente em qual sociedade ela 
nasceu.
• As civilizações greco-romanas impulsionaram ainda mais a criação dos 
alfabetos contemporâneos. 
• O uso das vogais foi introduzido pelos povos gregos.
• A escrita surgiu com o propósito de controlar a sociedade quando ela começou 
a crescer. Era necessário um controle, assim, os registros passaram a ser 
necessários. 
• As pinturas rupestres serviam para que o povo registrasse suas caças e suas 
criações.
• Até hoje, a escrita permanece em evolução. 
• Dentro das habilidades da língua estrangeira, encontram-se a leitura (reading), 
a escrita (writting), a fala (speaking) e a audição (listening). 
RESUMO DO TÓPICO 1
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• Enquanto a leitura é a decodificação, a escrita é o processo inverso: codificar as 
mensagens. 
• Aprender a escrever em língua inglesa é um processo demorado, pois a língua 
possui inúmeras regras que precisam ser seguidas para que a escrita seja 
coerente. 
• É muito difícil conseguirmos desvincular a leitura da escrita, pois uma depende 
da outra. 
• O erro durante o processo da escrita é esperado, pois é a partir dele que se nota 
a evolução da criança. 
• Deve-se levar em consideração o que a criança já sabe ao chegar na escola. 
Crianças não são tábulas rasas. 
• As fases da alfabetização são: pré-silábica, silábica, silábica alfabética e 
alfabética.
25
1 De acordo com o que foi estudado neste tópico acerca do surgimento da 
escrita, analise as sentenças a seguir e marque V para a(s) verdadeira(s) e F 
para a(s) falsa(s). 
( ) Não existe uma data definida para o surgimento da escrita, mas acredita-se 
que ela tenha surgido por volta de 6000 a.C. 
( ) A escrita foi o divisor de águas entre a pré-história e a história do homem. 
( ) Os primeiros registros de escrita foram encontrados onde hoje é o Iraque. 
( ) Os povos registravam nas paredes das cavernas e pedras as suas caças, as 
suas plantações e suas criações. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta.
a) ( ) F – V – F – V. 
b) ( ) F – V – V – V. 
c) ( ) V – V – F – F. 
d) ( ) V – F – V – F.
2 Quanto aos tipos de alfabeto que conhecemos hoje, os três principais são:
a) ( ) Cuneiforme, hieróglifos e grego.
b) ( ) Latino, grego e mandarim. 
c) ( ) Latino, árabe e ideogramas.
d) ( ) Egípcio, latino e ideogramas. 
 
3 As pinturas rupestres eram registros feitos pelos nossos ancestrais nas 
paredes das cavernas e nas pedras. Analise as sentenças a seguir quanto a 
estas pinturas: 
I- A escrita cuneiforme era pintada nas paredes e chamada de pintura rupestre. 
II- Os hieróglifos foram uma evolução da pintura rupestre: os desenhos foram 
sendo simplificados e passaram a ser símbolos. 
III- A pintura rupestre era usada apenas para registrar animais caçados.
IV- A pintura rupestre nada tem a ver com as letras que conhecemos hoje. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta. 
a) ( ) As sentenças II e III estão corretas. 
b) ( ) Apenas a sentença II está correta. 
c) ( ) As sentenças II e IV estão corretas. 
d) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas. 
AUTOATIVIDADE
26
4 Os suportes nos quais a escrita foi sendo registrada também mudaram muito. 
Com base no que se sabe acerca dos suportes, o que são os pergaminhos? 
a) ( ) Os pergaminhos eram feitos de couro curtido e guardados em rolos. 
Quando era necessário apagar o que estava escrito, os pergaminhos eramlixados. 
b) ( ) Os pergaminhos são o papel que conhecemos hoje, mas guardados em 
forma de rolos. 
c) ( ) Os pergaminhos eram as placas de madeira nas quais os escribas 
entalhavam as letras com as cunhas. 
d) ( ) Os pergaminhos eram as placas de cerâmica nas quais as letras eram 
desenhadas e em seguida postas para secar, formando assim espécies de 
quadros. 
5 Quanto às fases da alfabetização, marque-as de acordo com o código a seguir:
I- Pré-silábica
II- Silábica
III- Silábica alfabética 
IV- Alfabética 
( ) É nesta fase que a criança inicia a superação da fase das hipóteses. Iniciam 
as formações como “KBLO”.
( ) Nesta fase, a criança passa a compreender completamente o sentido das 
palavras e consegue associar os sons à escrita. 
( ) Nesta fase, a criança já supõe que a escrita é a representação da fala e pode 
ou não atribuir valor sonoro à letra. 
( ) Aqui, a criança representa a escrita com desenhos e escreve letras aleatórias. 
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) ( ) I – III – IV – II. 
b) ( ) II – I – III – IV.
c) ( ) IV – II – I – III. 
d) ( ) III – IV – II – I.
27
TÓPICO 2
ESCREVER EM LÍNGUA INGLESA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Conforme já sabemos, a escrita é um processo que ocorre de maneira 
consciente. Não é como a fala, que vamos aprendendo aos poucos e quando nos 
damos conta estamos falando. Com a escrita, é um pouco diferente. Temos que ser 
apresentados ao código alfabético para que, em seguida, possamos compreender 
que cada letra possui um valor sonoro e assim conseguirmos juntar as pecinhas e 
darmos entrada ao universo da escrita. 
Não é mais necessário afirmar que a escrita é um divisor de águas, não é 
mesmo? Assim foi com a humanidade (pré-história  história do homem), assim 
é quando somos crianças e conseguimos escrever nossas primeiras palavras. 
Quando em fase de alfabetização, não nos damos conta da importância 
dessa habilidade, pois a consciência comunicativa vem somente algum tempo 
depois, quando nos tornamos mais fluentes na leitura e, consequentemente, mais 
seguros na escrita. 
Quando aprendemos a escrever na língua inglesa, as coisas são um 
pouco diferentes, mas não menos importantes. Quando já somos alfabetizados 
e já dominamos a leitura na nossa língua materna, a leitura em língua inglesa 
acaba se tornando mais fácil, porém, a escrita é o processo contrário: precisamos 
conhecer o código, o vocabulário e assim sucessivamente. 
Por esse motivo, escrever em língua inglesa é um processo que precisa ser 
desenvolvido paulatinamente. Enquanto professores, devemos dar aos nossos 
alunos segurança e mostrar a eles que é preciso paciência e que os erros são 
absolutamente comuns. 
Lembre-se, acadêmico, você lecionará para crianças, adolescentes e jovens 
adultos. Por vezes, até pessoas idosas. Em alguns casos, seus alunos sequer 
tiveram algum contato com a escrita em língua inglesa. Para cada fase, portanto, 
há diferentes estratégias. 
Vamos conhecer um pouco mais sobre como aprendemos dependendo da 
fase da vida que nos encontramos e como se dão os processos de aprendizagem da 
escrita, especialmente quando em língua inglesa, que é o nosso foco de estudos. 
Are you ok? So, let’s go ahead. 
UNISA 1
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
28
2 A ESCRITA NAS DIFERENTES FASES DA VIDA 
Ensinar um adulto a escrever em língua inglesa é totalmente diferente 
de ensinar uma criança. Assim é com a língua materna, assim é com a língua 
estrangeira. Por este motivo, alguns detalhes importantes devem ser levados em 
consideração. Conheceremos as estratégias a seguir. 
2.1 O APRENDIZADO DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA 
DURANTE A INFÂNCIA 
Aprender a escrever é um dos processos mais mágicos da infância. A 
criança torna-se autônoma e passa a poder então registrar o que sente, o que 
pensa, suas ideias e ideais. Conforme já mencionamos, a leitura e a escrita são 
processos indissociáveis, pois o leitor precisa ser escritor e vice-versa. 
Quando a criança é incentivada a ler, ela desperta o prazer pelo ato, e 
passa a ter um excelente avanço na escrita. Assim também é no processo de 
escrita em língua inglesa. A criança passa a escrever as palavras corretamente e 
sua evolução é constante. Isso fica nítido nas suas produções textuais, pois além 
do amplo vocabulário, as ideias também passam a ter mais organização. 
De acordo com Martins (1994, p. 25), “a leitura seria a ponte para o processo 
educacional eficiente, proporcionando a formação integral do indivíduo”. A partir 
desta afirmação, podemos refletir que é sim papel da escola ensinar a ler, mas é 
papel do professor saber qual leitura indicar, bem como que atividades escolher. 
Lembre-se: o professor pode fazer o aluno se apaixonar ou odiar o idioma. 
Solé (1998) afirma que quanto mais efetivo é o contato da criança com 
a leitura e com a escrita na escola, mais motivação ela terá para desenvolver 
suas próprias criações. Para as crianças, portanto, o contato com palavrinhas, 
brincadeiras com vocabulário e desafios são grandes motivadores para o 
desenvolvimento da escrita em língua inglesa. 
Para uma criança, não é interessante propor, por exemplo, a atividade 
“escreva um parágrafo falando sobre sua família”, mas sim, desenvolver com eles 
uma árvore genealógica divertida, por exemplo, na qual ele precise colar fotos e, 
por fim, escrever o grau de parentesco de cada pessoa. 
O professor precisa ser escritor também. Antunes (2004, p. 60), quando 
fala da maturidade, ressalta que esta habilidade é “uma conquista, uma 
aquisição, isto é, não acontece gratuitamente, por acaso, sem ensino, sem esforço, 
sem persistência. Supõe orientação, vontade, determinação, exercício, prática, 
tentativas”. Assim, o erro deve ser tratado com naturalidade, pois ele faz parte do 
processo de maturação da criança. 
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TÓPICO 2 | ESCREVER EM LÍNGUA INGLESA
29
O professor, ou os pais, ou quem quer que esteja ensinando a criança a 
escrever, deve facilitar, e, especialmente, fazer com que a criança goste do que 
está fazendo. Assim, os resultados serão positivos. 
2.2 O APRENDIZADO DA ESCRITA NA LÍNGUA INGLESA NA 
FASE ADULTA
Quando crescemos, as coisas acabam, naturalmente, por perderem um 
pouco do seu encanto, não é mesmo? Para uma criança, conseguir ler o que está 
escrito em um panfleto é motivo para comemorar. Para um adulto, aquilo já é 
normal e passa despercebido. 
Formar leitores e escritores adultos é um pouco mais desafiador do que 
formar crianças, porque não existe mais uma novidade a ser apresentada. Para 
esta função, a técnica mais indicada é o estímulo ao prazer que a leitura e a escrita 
podem proporcionar. 
Sabemos que muitos adultos que visam aprender o idioma buscam, 
especialmente, novas oportunidades no trabalho, mas isto não é suficiente para 
que aprendam. Formar leitores e escritores é uma ação que precisa de condições 
favoráveis, e uma promoção no emprego não é suficiente. Para que esse prazer 
seja despertado nos adultos é de suma importância que o professor seja um leitor/
escritor assíduo. Desta maneira, ele demostrará para seus alunos a importância da 
prática. Imaginemos: você consegue descrever um processo doloroso de maneira 
feliz? Você pode até tentar, mas sua expressão corporal não o deixará mentir. 
Algo que traz desconforto é ruim, algo que traz prazer é bom. Ponto final. 
Outro fator que precisa ser salientado é que se a criança já não é uma 
tábula rasa, ou seja, ela já traz seu conhecimento à escola, imagine um adulto, 
com todas as suas vivências, experiências, decepções, frustrações... O professor 
deve ser muito cuidadoso ao escolher uma diversidade de livros e de gêneros 
textuais que promovam o interesse do adulto. 
Buscar informar-se acerca dos gostos, dos interesses, do trabalho. Isso 
ajuda (e muito) a reter a atenção do aluno. A condução dessas atividades também 
deve ser cuidadosa, pois devemos lembrar que estudar não é a única atividade do 
adulto: eletrabalha, tem família para cuidar e está, muitas vezes, cansado do dia, 
é diferente da criança que possui apenas esta atividade diária. 
Portanto, a partir do que foi explorado até então, pode-se compreender 
que os estudos acerca da psicogênese da língua escrita auxiliam na compreensão 
do processo que permeia o aprendizado da escrita, bem como o funcionamento 
da língua. As crianças são capazes de escrever mentalmente muito antes de serem 
apresentadas à escrita. 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
30
Para que a escrita chegue à criança de fato, é preciso que ela percorra um 
longo caminho, caminho este por vezes de flores, por vezes de pedras. A elaboração 
de hipóteses está presente desde os primeiros momentos de contato com a escrita. 
As hipóteses, por vezes, podem ser jogadas por terra, por vezes podem ser coerentes. 
O que importa é a maneira como o professor lida com a situação. 
O processo de escrita em língua inglesa é uma das habilidades mais 
desafiadoras a serem desenvolvidas, tanto quando se trata de crianças quanto 
quando se trata de adultos. Cabe ao professor estimular o prazer nesse ato, bem 
como apresentar as melhores maneiras possíveis de aprender. 
Para o adulto, a função social da escrita, bem como os objetivos de 
aprender a língua inglesa, já estão mais definidos do que na criança, o que de certa 
forma pode ajudar a clarear o caminho do professor, porém, o adulto traz mais 
frustrações com relação à escola do que as crianças. Ao professor cabe aprender 
a dosar as quantidades. 
Ler e escrever são atividades que não se separam, por isso, há grandes 
chances de um bom leitor se tornar também um excelente escritor. Isso ocorre 
porque a leitura dá a matéria-prima necessária para a escrita: o domínio da palavra. 
Valorizar o que os alunos trazem de casa (sejam eles adultos ou crianças) é 
de suma importância para despertar o interesse na escrita. Um exemplo negativo 
para essa ação seria pedir para que a criança escreva sobre o mar se ela mora em 
uma fazenda. Se o adulto trabalha com vendas, busque textos relacionados a esta 
área, e não à área de produção. Essas pequenas atitudes fazem toda a diferença. 
Acadêmico, nós, enquanto educadores, precisamos cada vez mais estarmos 
conscientes de que precisamos de uma prática eficaz de ensino. Desenvolver 
leituras variadas, buscar conhecer um pouco do cotidiano dos nossos alunos, 
saber quais são seus objetivos, quais são seus medos são atitudes pequenas que 
contribuem muito para o desenvolvimento cognitivo dos alunos de todas as 
faixas etárias. 
3 A APRENDIZAGEM DA ESCRITA DA SEGUNDA LÍNGUA NA 
ESCOLA 
Para que possamos iniciar nossa conversa sobre a aprendizagem da escrita 
da segunda língua na escola, leia a tirinha do personagem Calvin. 
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TÓPICO 2 | ESCREVER EM LÍNGUA INGLESA
31
FIGURA 12 – CALVIN E A ESCRITA 
FONTE: Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/3621/calvin-e-seus-amigos>. 
Acesso em: 22 maio 2018. 
A tira de Calvin, apesar de ter por objetivo fazer humor, traz-nos uma 
reflexão importante acerca do aprendizado da leitura e da escrita. Aprender a 
escrever, na grande maioria dos casos, é torturante para a criança. Calvin, em sua 
fala, afirma que é muito ruim escrever com alguém “fungando no seu cangote”. 
A escrita é um processo criativo. Todo processo criativo requer um 
preparo neuropsicológico. Não é sob pressão que as coisas acontecem. Mesmo 
sem terem a consciência disso, os professores causam grandes transformações 
nos cérebros de seus alunos. 
A neurociência explica que o estímulo positivo dado em uma aula de 
língua inglesa, por exemplo, faz com que o cérebro force novas conexões entre 
os neurônios. Isso provoca mudanças significativas no padrão de liberação de 
neurotransmissores nas sinapses. Quando essas transformações não ocorrem, 
não acontece a aprendizagem. Além de um processo de estímulo exterior, a 
química age de maneira significativa no nosso cérebro, provocando grandes 
transformações, que podem ser permanentes ou com o tempo desaparecerem. 
Fernando Mazzilli Louzada (2015, s.p.), professor do Departamento 
de Fisiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ajuda-nos com um 
exemplo bastante eficaz: associe a aprendizagem à abertura de trilhas numa 
floresta. Quanto mais vezes se percorre a trilha, mais larga ela fica, mais fácil de 
ser encontrada e, assim, mais rápido o caminho por ela. “Mas se você não usa a 
trilha, ela vai desaparecendo, sendo tomada de novo pela mata”, explica. “Custa 
muito caro para o cérebro, em termos de energia, manter uma trilha aberta. Não 
é possível manter todas. Ficam só as utilizadas”, completa.
Ensinar a escrever em sala de aula não é apenas dar à criança um comando 
e esperar que ela produza. Assim como não somos iguais em aparência física, 
nossos cérebros também não são iguais. As diferenças na forma de aprender algum 
conteúdo devem ser levadas em consideração dentro da escola. Acreditamos 
que isso já esteja sendo bem trabalhado, pois percebemos que cada vez mais o 
processo de ensino-aprendizagem é mais direcionado. 
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UNIDADE 1 | OS PROCESSOS DA ESCRITA
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Cabe salientar que a plasticidade do cérebro diminui com o passar dos 
anos, e isto é uma condição biológica. Estimular as crianças é mais fácil do que 
estimular os adultos, por este motivo, é cientificamente comprovado que as 
crianças têm mais facilidade de aprender do que os adultos. 
Quando, porém, se estuda a aquisição de língua inglesa, é normal 
ouvirmos dizer que a criança aprende mais fácil. Esta vantagem, porém, não deve 
ser levada como uma impossibilidade de aprender enquanto adultos. 
Conforme já mencionamos anteriormente, as maneiras de estimular 
adultos e crianças são diferentes. De nada adianta estimular uma criança a estudar 
tentando convencê-la de que seu futuro profissional será melhor se ela souber um 
segundo idioma. É preciso que cada coisa esteja em seu devido lugar. 
 
Outra prática escolar que a neurociência questiona é o fato de ensinar 
crianças a escrever na pré-escola. De acordo com Ferreiro e Teberowsky (1999), as 
estruturas cerebrais somente se desenvolvem completamente aos sete anos, por 
isso, é normal que antes disso a criança espelhe as letras, por exemplo. 
Outro ponto que a neurociência também traz à tona é o fato de que a 
escrita é ensinada, ou seja, foi inventada. Por isso, diferente da fala, não temos 
uma área cerebral específica para desenvolver a escrita. Aqui, entra em cena a 
plasticidade do cérebro, que reorganiza e usa outros espaços para esta ação. Já a 
fala tem seu dispositivo específico desde o nosso nascimento. 
Para finalizarmos este subtópico, observe o esquema a seguir, publicado na 
revista Educação, que retrata como é o cérebro aprendiz e quais são as principais 
funções envolvidas no processo de ensino e aprendizagem. 
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FIGURA 13 – O CÉREBRO APRENDIZ
FONTE: Disponível em: <http://www.revistaeducacao.com.br/o-cerebro-na-sala-de-aula/>. 
Acesso em: 22 maio 2018. 
Este esquema faz com que possamos compreender porque é tão importante 
o preparo por parte do professor. Não estamos lidando com tábulas rasas, mas 
sim com crianças que já trazem consigo material suficiente para o aprendizado 
da escrita e da leitura. 
Let’s go ahead. 
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3.1 O CONHECIMENTO EM ESPIRAL
Outra temática que vem sendo explorada pela neurociência é o 
conhecimento em espiral. Você já ouviu falar? Se não, vale a pena conhecer. Você 
já parou para pensar em por que os alunos “esquecem” tudo o que foi ensinado 
depois das férias? Isto ocorre porque nosso cérebro economiza energia. 
Guerra (2015), coordenadora do projeto NeuroEduca, afirma que o 
problema não está no aluno. Geralmente, o assunto estudado é cobrado somente 
no dia da prova e nunca mais, por isso, o cérebro entende que pode

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