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ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO

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ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO
Estas duas figuras não se identificam embora seja
muito próximas. Garantia de emprego é um instituto mais
amplo que a estabilidade. Compreende, além da
estabilidade, outras medidas destinadas a fazer com que o
trabalhador obtenha o primeiro emprego e a manutenção
do emprego conseguido. Relaciona-se com a política de
emprego. São exemplos: o art. 429 da CLT, que impõe
emprego a menores aprendizes; o art. 513 da CLT, que
prioriza a admissão de trabalhadores sindicalizados, etc.
A única estabilidade que realmente atingia o objetivo
de manter o trabalhador no emprego é aquela adquirida
aos dez anos de serviço na mesma empresa, prevista no
art. 492 da CLT. Com a criação do FGTS (Lei 5.107/66) a
estabilidade decenal só atingia aos não-optantes do
sistema do FGTS. A CF/88, por sua vez, tornou o regime
do FGTS obrigatório. Com isso só possuem estabilidade
decenal aqueles que adquiriram 10 anos de serviço até
04.10.88, não sendo optantes do regime do FGTS.
Desta forma a CF de 05.10.88 aboliu o regime da
estabilidade absoluta, com exceção dos servidores
públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, da administração direta autárquica e das
funções públicas, em exercício na data da promulgação da
constituição, há pelo menos cinco anos continuados,
admitidos através de aprovação prévia em concurso
público, na forma do art. 37 da Constituição, são
considerados estáveis no serviço público (art. 19 do
ADCT).
Face ao exposto, alguns autores consideram a
estabilidade decenal e a dos servidores públicos como
absoluta, sendo as demais estabilidades provisórias, termo
este criticado por alguns autores, tendo em vista que o
termo estabilidade é contrário ao termo provisório.
Classificação morfológica mais recente:
a) estabilidade definitiva (absoluta): empregado decenal e
empregado público.
b) estabilidade temporária (provisória): dirigente sindical,
representante dos trabalhadores no CNPS, dirigente de
associação profissional;
c) garantia de emprego (relativa): cipeiro e gestante;
d) garantias especiais (híbridas): acidentado, menor
aprendiz matriculado no SENAI ou no SENAC (DL
8.622/46), Lei 9.029/95 (art. 4) e NR-7, precedentes
nomativos 80 (empregado alistando), 85 (empregado
aposentando), 77 (empregado transferido) e as garantias de
emprego provenientes de Sentenças normativas, acordos
coletivos e convenções coletivas.
Diferença essencial entre estabilidade e garantia de
emprego: o empregado estável só pode ser despedido
quando cometer falta grave devidamente apurada através
de inquérito judicial. O empregado detentor de garantia de
emprego pode ser despedido por justa causa, diretamente.
Ao fazer uma contratação o empregador tem o direito
de encerrar a relação de trabalho a qualquer momento sem
a necessidade de comunicação ao Ministério do Trabalho
ou Sindicato da categoria, porém é importante que sejam
observadas algumas exceções, existem alguns casos que
estão previstos na legislação trabalhista que garantem aos
empregados uma estabilidade provisória no emprego, e
nestes casos o empregador não poderá fazer a dispensa do
empregado, salvo em casos de justa causa, que deverão ser
devidamente comprovados.
Tipos de Estabilidade Provisória
Estabilidade Provisória de CIPA – Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes
Art. 165 da CLT – Os titulares da representação dos
empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida
arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em
motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Parágrafo único – Ocorrendo a despedida, caberá ao
empregador, em caso de reclamação à Justiça do
Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos
mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a
reintegrar o empregado. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977)
Estabilidade Provisória de Gestantes
As gestantes, entre outros direitos, têm estabilidade
provisória prevista no art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias.
• “Art. 10 – Até que seja promulgada a Lei
Complementar a que se refere o artigo 7º, I da
Constituição:
• I – … 
• II – fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa
causa: 
• a) …. 
• b) da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez até cinco meses após o parto.” 
Vale lembrar que, a expressão “desde a confirmação até o
parto” quer dizer que, desde a concepção até o parto e não
a confirmação médica do estado gravídico.
As gestantes possuem a estabilidade mesmo em caso de
contrato de experiencia e contratos por prazo determinado.
• Súmula 244 do TST
• I – O desconhecimento do estado gravídico pelo
empregador não afasta o direito ao pagamento da
indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II,
“b” do ADCT).
• II – A garantia de emprego à gestante só autoriza a
reintegração se esta se der durante o período de
estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se
aos salários e demais direitos correspondentes ao
período de estabilidade.
• III – A empregada gestante tem direito à estabilidade
provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”,
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
mesmo na hipótese de admissão mediante contrato
por tempo determinado.
Dirigente Sindical
O dirigente sindical é aquele empregado que foi eleito
para exercer o cargo de direção e representação de
sindicato profissional, inclusive como suplente.
O direito à estabilidade provisória no emprego a esses
profissionais tem como objetivo proteger o empregado e a
categoria que representa, proporcionando tranquilidade e
independência na defesa dos interesses dos trabalhadores.
Art. 543 da CLT – O empregado eleito para cargo de
administração sindical ou representação profissional,
inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não
poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem
transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne
impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º – Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado
ou associado, a partir do momento do registro de sua
candidatura a cargo de direção ou representação de
entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um)
ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive
como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente
apurada nos termos desta Consolidação. (Redação dada
pela Lei nº 7.543, de 2.10.1986)
Dirigente de Cooperativa
A Lei nº 5.764/71, art. 55, prevê que “os empregados de
empresas que sejam eleitos diretores de sociedades
cooperativas por eles mesmos criadas gozarão das
garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543
da CLT” – ou seja, desde o registro da candidatura até um
ano após o término de seu mandato.
Acidente de Trabalho
De acordo com o artigo 118 da Lei nº 8.213/91, o
segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida,
pelo prazo de 12 (doze) meses, a manutenção de seu
contrato de trabalho na empresa, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independente de percepção de
auxílio-acidente.
Significa dizer que tem garantido o emprego o empregado
que recebeu alta médica, após o retorno do benefício
previdenciário.
Representante dos Empregados
A Reforma Trabalhista trazida pela Lei 13.467/2017
trouxe diversas mudanças, e uma dela é que os
empregados eleitos como representantes dos
trabalhadores, nas empresas com mais de 200 funcionários
não poderão ser dispensados a partir do registro de sua
candidatura até 1 (um) ano após o término do mandato.
Art. 510-D. O mandato dos membros da comissão de
representantes dos empregados será de um ano. 
§ 3o Desde o registro da candidatura até um ano após o
fim do mandato, o membro da comissão de representantes
dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária,
entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
Além das estabilidades mencionadas acimas, alguns
sindicatos determinam emconvenções coletivas ou
acordos coletivos outros tipos de estabilidade, ou
acrescentam um período maior as estabilidades previstas
na Legislação Trabalhista, como no caso da estabilidade
de gestantes.
Podemos citar algumas estabilidades previstas por
sindicatos:
• Garantia do Trabalho em Vias de Aposentadoria;
• Estabilidade de retorno de férias;
• Estabilidade após o retorno da licença maternidade;
• Estabilidades após retorno de afastamento por auxílio
doença;

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