Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TROMBOEMBOLISMO VENOSO O que é O tromboembolismo venoso acontece quando um coágulo se forma na circulação sanguínea, prejudicando o fluxo de sangue nas veias pelo organismo. Essa doença é muito comum e, quando não tratada corretamente, pode se agravar e até levar a morte. Ele atinge uma pessoa a cada mil por ano e é uma das principais causas de óbitos no mundo. Como o TEV se manifesta o Os trombos (coágulos) se formam quando algo retarda ou altera o fluxo sanguíneo. A condição pode se manifestar de duas formas: o Trombose venosa profunda (TVP) - quando o coágulo atinge uma veia profunda, geralmente em membros inferiores, como as pernas. Ali, compromete a circulação sanguínea, bloqueando total ou parcialmente o fluxo; o Tromboembolismo Pulmonar (TEP) - quando o trombo se desprende das paredes do vaso onde se formou e percorre a circulação sanguínea, atingindo o pulmão. Ali, compromete o fluxo de sangue e pode causar a morte. Fatores de risco o O tromboembolismo venoso afeta homens e mulheres de todas as idades. Alguns grupos de pessoas estão mais suscetíveis à formação de coágulos, como: o Idosos; o Obesos ou pessoas com sobrepeso; o Tabagistas; o Pacientes com câncer ou distúrbios autoimunes; o Mulheres grávidas ou no puerpério; o Mulheres em seu período fértil (após a menarca e antes da menopausa) e que usam contraceptivos orais; o Mulheres na menopausa que fazem uso de hormônios via oral; o Pessoas que estão hospitalizadas ou que passaram por cirurgia recente; o Pessoas que tiveram algum tipo de fratura e estão imobilizadas; o Pessoas com histórico familiar de tromboembolismo venoso. o Algumas causas genéticas também podem influenciar. Epidemiologia o Apesar de todos os avanços que têm surgido no âmbito da doença venosa tromboembólica, esta continua a ser uma das mais significativas causas de morte evitável em ambiente hospitalar. Cerca de 2.000.000 de pessoas por ano sofrem de trombose venosa profunda (TVP), dos quais 600.000 poderão sofrer de tromboembolia pulmonar (TEP), fatal em cerca de 200.000. o Apesar de ser um problema que geralmente afeta mais mulheres, homens também podem ter trombose. Em números, quando é avaliada apenas a faixa entre 20 a 40 anos, a incidência de trombose é um pouco maior nas mulheres pela maior exposição a fatores de risco, como anticoncepcionais e gestações. TEV EM PACIENTES CIRURGICOS o Qualquer cirurgia pode aumentar o risco de desenvolver trombose, pois é comum ficar muito tempo parado tanto durante quanto após o procedimento, o que prejudica a circulação. o Por isso, para evitar a trombose depois da cirurgia é recomendado começar a fazer pequenas caminhadas logo após a liberação do médico, usar meias elásticas por cerca de 10 dias ou até quando seja possível voltar a andar normalmente, mexer as pernas e os pés enquanto está deitado e tomar remédios anticoagulantes para impedir a formação de coágulos. o Apesar de poder surgir após qualquer cirurgia, o risco de trombose é maior no pós-operatório de uma cirurgia complexa ou que demora mais de 30 minutos, como cirurgia do tórax, coração ou abdômen, como a bariátrica, por exemplo. Na maioria dos casos, os trombos se formam nas primeiras 48 horas até cerca de 7 dias depois da cirurgia. TEV EM PACIENTES CLÍNICOS o Em pacientes clínicos, a idade avançada, fatores de risco, permanência de muitos períodos deitado/sentado devido a perda da mobilidade, uso de anticoncepcional em mulheres, tabagismo e outros fatores, influenciam a manifestação da trombose nesses pacientes. SINAIS E SINTOMAS TVP o A TVP geralmente atinge as pernas, tanto as coxas quanto panturrilhas, e tende a se manifestar em um lado do corpo de cada vez. A pessoa com TVP pode apresentar: o Dor na perna ou nos braços, dependendo de onde foi atingido pelo coágulo; o Vermelhidão no membro afetado; o Inchaço e endurecimento do tecido na região afetada; o Calor na área atingida. SINAIS E SINTOMAS TEP o Quando o coágulo atinge as artérias pulmonares, alterando o fluxo sanguíneo na região, a pessoa pode sentir: o Falta de ar repentina; o Respiração acelerada; o Dor no peito ou na região das costelas baixas, que piora com a respiração profunda; o Batimentos cardíacos acelerados; o Tontura ou desmaio. Como é feito o diagnóstico o Para confirmar um diagnóstico de tromboembolismo venoso, muitas vezes o exame clínico ou exames laboratoriais (de sangue) é insuficiente. O médico pode solicitar os seguintes exames: o Ultrassonografia (doppler) venosa dos membros inferiores; o Radiografia ou tomografia computadorizada do tórax, a mais usada é a Angiotomografia pulmonar; o Cintilografia de ventilação/perfusão pulmonar, em casos que o paciente não pode receber contraste para realizar uma tomografia devido à alergia ou insuficiência renal. TRATAMENTO o Medicamentos - são usados anticoagulantes, em um período de 3 a 6 meses (ou até por um período maior), sempre com acompanhamento médico. o Trombólise - injeção de uma substância química na circulação sanguínea, na tentativa de dissolver o coágulo. o Filtro na veia cava - é colocado um dispositivo na veia cava inferior para evitar que os coágulos formados nos membros inferiores migrem até o pulmão. O procedimento funciona como uma prevenção da embolia pulmonar. PREVENÇÃO o O tromboembolismo venoso é considerado a maior causa de morte hospitalar evitável. Quando o paciente já está internado, a prevenção é realizada com medicamentos anticoagulantes. o Para pessoas que estão nos grupos de risco para a doença, é indicado: o Prática regular de exercícios físicos; o Hidratação constante; o Dieta balanceada; o Evitar excesso de bebidas alcóolicas; o Evitar o tabagismo; o Cuidados com a circulação sanguínea em viagens longas de carro, ônibus ou avião, tentando sempre movimentar as pernas. Referências ● GUYTON, Arthur Clifton; HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006. ● POTTER, Patricia; PERRY, Anne Griffin; ELKIN, Martha Keene. Procedimentos e intervenções de enfermagem. Elsevier Brasil, 2013. ● SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner & Sudarth- Enfermagem médicocirúrgica. Rio de janeiro (RJ): Guanabara-Koogan, 2002.
Compartilhar