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TROMBOEMBOLISMO PULMONAR TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV) Termo utilizado para abranger todo o espectro da doença, desde a trombose venosa profunda (TVP) até a sua forma mais grave, a TEP. Tromboembolismo Venoso (TEV) Trombose Venosa Profunda (TVP) Tromboembolismo Pulmonar (TEP) Fatores de risco TRÍADE DE VIRCHOW Hipercoagulabilidade Hereditários: Trombobilias Fator V de Leiden – trombofilia mais comum do mundo! Mutante do gene da protrombina. Adquiridos: Pós-operatório (principal: ortopedia) Medicamentos (ACO) Neoplasia maligna Imbolização Lesão Endotelial Estase Sanguínea TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) Quadro Clínico Maioria: Assintomática. Edema, dor à palpação, empastamento, sinal de Homans (dor com a dorsiflexão do pé – pouco sensível e específico) Diagnóstico Eco-doppler: perda da compressibilidade (lúmen não colaba com transdutor). Venografia É muito invasivo, não deve ser primeira opção no diagnóstico! Complicações Flegmasia Albans: Isquemia Flegmasia Cerulans TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) Definição Obstrução aguda da circulação arterial pulmonar por coágulos sanguíneos, geralmente provenientes da circulação venosa sistêmica, levando à interrupção total ou parcial do fluxo sanguíneo pulmonar da área afetada. Fatores de Risco Tríade de Virchow: Hipercoagulabilidade + Estase sanguínea + Lesão endotelial. Fisiopatologia Quadro Clínico Evento cardiorrespiratório súbito! Taquipneia - principal sinal/achado clínico. Dispneia - principal sintoma. Dor torácica (pleurítica – ventilatório dependente). Hemoptise. Sibilância. Exame físico respiratório Inocente. Se Grave (TEP MACIÇO): Hipotensão (choque obstrutivo) Cor pulmonale (Insuficiência de ventrículo direito por alteração pulmonar) Exames Complementares Gasometria Hipoxemia/Hipocapnia Alcalose respiratória. ECG Taquicardia sinusal. Atenção: Padrão S1Q3T3 alterações no plano frontal (D1 e D3) – Não é sensível. Rx de Tórax Sinal de Westermark: oligoemia localizada. Corcova de Hampton: Hipotransparência triangular periférica. Ecocardiograma Disfunção de VD = Prognóstico ruim. Marcadores BNP/Troponina = Prognóstico ruim. D-Dímero - valor preditivo negativo elevado, ou seja, se negativo exclui TEP. Não é específico. Os dois principais mecanismos de morte por TEP são: Oclusão abrupta da artéria pulmonar e Efeito isquêmico no sistema de condução de His- Purkinje. Com maior carga de coágulos e consequente obstrução, a pressão arterial pulmonar e a resistência vascular pulmonar aumentam, levando a dilatação ventricular direita, redução da pré-carga para o ventrículo esquerdo e lesão miocárdica, causando a liberação de troponina e peptídeo natriurético tipo B. A dilatação ou lesão do ventrículo direito, evidenciada na TC de tórax ou no ecocardiograma, ou sugerida pela elevação da troponina ou do peptídeo natriurético tipo B, indica insuficiência cardíaca direita e aumento do risco de choque circulatório e de morte; o aumento de troponina é associado com aumento de risco de morte. Arteriografia Padrão ouro, mas não é o primeiro exame. Diagnóstico Primeiro passo – determinar probabilidade clínica pré-teste de o paciente apresentar realmente TEP. ESCORE DE WELLS Clínica de TVP 3 pontos Sem outro diagnóstico + provável 3 pontos FC > 100 bpm 1,5 pontos Imobilização ou cirurgia recente 1,5 pontos Hemoptise 1 ponto Malignidade 1 ponto BAIXA PROBABILIDADE ≤ 4 ALTA PROBABILIDADE > 4 D-Dímero < 500: sem TEP > 500: imagem Imagem AngioTC Cintilografia – gestante Doppler MMII Arteriografia – padrão-ouro *Iniciar tratamento na suspeita! Tratamento Anticoagulação por pelo menos 3 meses *O anticoagulante não dissolve o trombo (o próprio organismo o faz), apenas evita o aumento do trombo! TEP Não Grave Heparina + Warfarin 5mg/dia (começam juntos) suspende Heparina 2 INRs entre 2-3. Heparina por 5 dias Dabigatrana 150mg 2x/dia. Rivaroxabana 15 mg 2x/dia. Filtro de Veia Cava Inferior (se contraindicação/ falha da anticoagulação). TEP Maciço – Instabilidade Trombólise (Alteplase) (rtPA, estreptoquinase) até 14 dias. Embolectomia (se contraindicação/ falha da trombólise). Conduta 1º avaliar probabilidade pré-teste (ou clínica) de TEP com escores de Wells ou Genebra; 2º escolher o teste diagnóstico apropriado conforme essa probabilidade; 3º imagem (ecocardiograma e/ou angiotomografia de tórax) e biomarcadores (troponinia e NT-proBNP); 4º tratamento conforme categoria de risco do paciente. E – episódio prévio M – malignidade B – batata inchada O – outro diagnóstico L – lung bleeding I – imobilização A – alta FC Fluxograma de Diagnóstico e Tratamento de TEP
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