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Carboidratos O carboidrato é um macronutriente muito importante para o organismo, pois sua principal função é proporcionar energia para realizarmos as atividades do dia a dia. Portanto, ele funciona como um combustível para o corpo. Os carboidratos são compostos orgânicos, de origem vegetal, definidos quimicamente como poliidroxicetonas (cetoses) ou poliidroxialdeídos (aldoses). Em uma dieta equilibrada os carboidratos devem representar a maior parte da ingestão energética. Devido à proporção mantida entre os elementos hidrogênio e oxigênio, os carboidratos são representados de uma maneira geral como CnH2nOn. Os carboidratos podem ser classificados considerando o seu grau de polimerização (monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos ou polissacarídeos) ou a sua digestibilidade (digeríveis, parcialmente digeríveis ou indigeríveis). Classificação Dos Carboidratos São a principal fonte de energia para o organismo e podem ser classificados de acordo com o grau de polimerização e a digestibilidade. Monossacarídeos Os monossacarídeos são açúcares simples formados por 3 a 7 átomos de carbono sem ligação glicosídica. Os monossacarídeos mais comuns são a glicose, galactose e frutose. Os monossacarídeos também podem ser subclassificados de acordo com a localização da carbonila ou no número de carbonos. Dissacarídeos Os dissacarídeos são formados por dois monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica. Os três principais dissacarídeos são a sacarose, a lactose e a maltose. Dissacarídeos São açúcares simples compostos de dois monossacarídeos ligados. Uma reação de condensação ocorre quando dois monossacarídeos se combinam e então uma molécula de água é liberada. Para que sejam absorvidos é necessário que sejam hidrolisados e transformados em monossacarídeos. 1) Sacarose = glicose + frutose 2) Lactose = glicose + galactose 3) Maltose = glicose + glicose É o açúcar comum de mesa. Provém dos vegetais e é encontrado no açúcar de cana, no açúcar da beterraba, no açúcar da uva e no mel. Sacarose O açúcar invertido é um xarope feito a partir da sacarose, quando submetida ao aquecimento na presença de uma substância ácida (suco de limão ou ácido acético - presente em diversas frutas e no vinagre). A inversão do açúcar provoca a quebra da sacarose em glicose e frutose. Está técnica é utilizada pela indústria alimentícia para a fabricação de balas, doces e sorvetes, para evitar que a açúcar comum cristalize e dê ao produto final uma desagradável consistência arenosa. É o açúcar do leite. Produzido exclusivamente nas glândulas mamárias dos lactentes. É formada pelos mamíferos através da glicose para suprir o componente carboidrato do leite durante a lactação. É o menos doce dos dissacarídeos. O leite humano contém de 6-8% e, o de vaca, de 4-6%. Lactose Maltose É o açúcar do malte. Não é encontrado livre na natureza. É obtido através os processos de digestão por enzimas que quebram as moléculas grandes de amido em fragmentos de dissacarídeos, os quais são convertidos em duas moléculas de glicose para facilitar a absorção. Os oligossacarídeos são carboidratos com grau de polimerização de 3 a 10, podendo ser denominados tri e pentassacarídeos. Dentre eles, temos a maltodextrina, pirodextrinas, fruto e galactoligossacarídeos. Oligossacarídeos Os oligossacarídeos são carboidratos com grau de polimerização de 3 a 10, podendo ser denominados tri e pentassacarídeos. Dentre eles, temos a maltodextrina, pirodextrinas, fruto e galactoligossacarídeos. A inulina e a oligofrutose são frutoligossacarídeos que possuem função prebiótica Oligossacarídeos Os polissacarídeos, também conhecidos por carboidratos complexos, são formados por longas cadeias de monossacarídeos (>20 unidades) reunidos por meio de ligações glicosídicas. Dentre eles, temos o amido, o glicogênio e as fibras alimentares. Polissacarídeos Amido É um polissacarídeo formado por amilose e amilopectina. ... O amido é encontrado em sementes, raízes, tubérculos, bulbos e em alguma porcentagem nos caules e nas folhas dos vegetais. Encontra-se em grandes quantidades na batata, pão, arroz, macarrão e cereais. Glicogênio É um polissacarídio formado por milhares de unidades de glicose. O principal órgão de armazenamento concentrado de glicogênio é o fígado. ... Exemplo dessas substâncias é a glicose, um glicídio monossacarídeo que é fundamental para a produção de energia metabolizada em todas as células. Fibras alimentares As fibras alimentares são partes de alimentos vegetais que compõem carboidratos não digeríveis pelo organismo humano. Elas se dividem em solúveis e não solúveis, podendo proporcionar benefícios como prevenir câncer colorretal e ajudar a emagrecer, dependendo do tipo. Fibras solúveis: Se dissolvem em água, sendo facilmente fermentada no cólon, forma gases e subprodutos fisiologicamente ativos, podendo ser prebiótica e viscosa; Fibras insolúveis: Não se dissolvem em água, é metabolicamente inerte e proporciona volume, pode ser prebiótica e fermentada no intestino grosso. Digestibilidade Depende da presença de enzimas específicas. Nesse sentido, os carboidratos podem ser: Digeríveis - capazes de sofrer degradação pelas ezimas humanas. Ex: amido, sacarose, lactose, maltose e isomaltose. Parcialmente digeríveis - carboidratos potencialmente digeríveis , mas que por uma razão, não sofrem digestão no intestino delgado Ex: amido resistente Indigeríveis - incapazes de sofrer degradação pelas enzimas digestivas humana. Apesar de não serem digeridos, os carboidratos integrante dessa classe podem sofrer o processo de fermentação pelas bactérias intestinais. Ex: polissacarídeos não amido (fibra alimentares), oligossacarídeos e amido resistente. O processo de digestão do amido inicia na boca, por meio de processo mecânico (mastigação) e enzimático (α-amilase salivar ou ptialina). Durante o processo de mastigação, é estimulada a secreção da enzima α-amilase salivar ou ptialina, pelas glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais, digerindo parcialmente a amilose em maltose, e a amilopectina em maltose e dextrina. Processo de digestão A α-amilase continua ativa até a chegada do bolo alimentar ao estômago, uma vez que, ao passo que o bolo alimentar se aproxima da região antral do estômago, as células G estimulam a secreção de gastrina, estimulando a secreção de ácido clorídrico (HCL), o que acarreta em redução do pH gástrico a valores menores que 4, inibindo a α-amilase. Após entrar na célula a glicose pode ser utilizada imediatamente para gerar energia ou pode ser armazenada sob a forma de glicogênio (glicogênese). A formação de glicogênio é estimulada pela insulina3. O fígado e o músculo esquelético representam os principais tecidos responsáveis pelo armazenamento de glicogênio e, de maneira geral, o glicogênio encontrado no fígado exerce a função de armazenamento, manutenção da glicemia, hidrólise e exportação na forma de glicose. Por outro lado, o glicogênio encontrado no musculo esquelético exerce principalmente as funções de armazenamento e utilização. Índice Glicêmico X Carga Glicêmica As diferentes fontes de carboidratos variam quanto às suas taxas de absorção e, consequentemente, os efeitos sob as concentrações plasmáticas de glicose e insulina também são variáveis. As variações na resposta dos carboidratos da dieta podem ser classificadas por meio do índice glicêmico (IG) e da carga glicêmica (CG). Índice glicêmico é um indicador que nos aponta com que velocidade e intensidade um alimento que tem carboidratos disponíveis aumenta a glicose no sangue. Por exemplo, dois alimentos podem ter a mesma quantidade de carboidratos disponíveis, mas um pode ter um índice glicêmico (IG) mais alto do que o outro e aumentar a glicemia mais rapidamente. Trata-se assim de um índiceque indica a qualidade dos carboidratos. Diferente do índice glicêmico, a carga glicêmica não mede a velocidade em que um carboidrato se transforma em açúcar, mas indica a qualidade e a quantidade de carboidratos presentes em uma porção de determinado alimento. Fatores que alteram o índice glicêmico Alimentos com fibras e gorduras tendem a ter um IG mais baixo. Diabetes É uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Em condições rotineiras, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais, chamadas células beta, produzem insulina. Assim, de acordo com as necessidades do organismo no momento, é possível determinar se essa glicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou será armazenada como reserva, em forma de gordura. Pâncreas? O que é Diabetes Tipo 1? Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue. O que é Diabetes Tipo 2? O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose. Diabetes Gestacional Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudan-ças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hor-mônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glico-se pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta. Pré-Diabetes O termo pré-diabetes é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco. É importante destacar que 50% dos pacientes nesse estágio ‘pré’ vão desenvolver a doença. O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações.
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