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Roteiro aula 02 Administrativo

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Estado, Governo, Administração Pública, Direito Administrativo.
1. Fontes do direito administrativo: Fonte significa origem, da onde que nasce/surge as regras do direito administrativo. De onde vem os preceitos fundamentais, onde eles se baseiam, isso são as fontes. Quais são: 
2. Lei: A fonte principal, primordial, direta, imediata é a lei (em sentido amplo, entra decretos, portarias, etc).
Ex.: Decreto executivo que veda o nepotismo.
Fonte indireta, informal, secundária são as demais:
3. Doutrina: Teses jurídicas escritas pelos operadores do Direito (Artigos, Livros, que os autores escrevem). A doutrina influencia muito o Direito Administrativo, não só para auxiliar na aplicação de uma lei, mas também para complementar. Influencia a aplicação do direito administrativo no dia a dia.
Ex.: A Lei n. 8.112/1990, por exemplo, determina que será demitido quem praticar ato de insubordinação. Todavia, o conceito de insubordinação é deveras abstrato e cabe à doutrina trazer uma explicação mais detalhada. 
4. Jurisprudência: Decisões reiteradas de um tribunal que vão na mesma direção. Jurisprudência são casos dos tribunais que se repetem e cujas decisões sempre tendem à mesma direção, até se consolidarem. A jurisprudência também pode ser administrativa no caso de decisões administrativas reiteradas.
Ex.: Por exemplo, em concursos, a disposição sobre o fato de que os candidatos que passarem dentro das vagas têm direito à nomeação é uma jurisprudência. Por conta dessa jurisprudência, os editais têm se comprometido em manter um número menor de vagas, abrindo mais espaço para o cadastro reserva. Isso não está em lei federal, foram decisões dos tribunais em algumas situações que aos poucos foram se consolidando.
A jurisprudência pode virar uma súmula. E qualquer tribunal pode fazer súmula, que é para reforçar que aquela decisão está pacificada. Por exemplo, a Súmula n. 377, que determina que candidato portador de visão monocular tem direito a concorrer nas vagas de pessoa com deficiência, advém de uma série de casos reiterados que foram se firmando até que houvesse uma consolidação para formalizar e reforçar o entendimento. 
Agora a Súmula de caráter vinculante é diferente, porque ela vincula. As súmulas emanadas por qualquer Tribunal não é obriga que ela seja aplicada, apenas que a decisão motive a sua não aplicação. Então, a súmula por si só não é obrigatória. A súmula de caráter vinculante, por sua vez, serve para vincular toda a Administração Pública e todo o Poder Judiciário, salvo o STF, que é único o responsável por registrá-la. O STF poderá alterar ou revogar suas súmulas vinculantes. (CF, Art. 103-A.)
Diferenças entre leis e súmulas. Enquanto a lei visa criar obrigações e direitos para o Estado e para as pessoas, a súmula vinculante decorre da resolução de casos concretos para ser aplicada a outros casos que chegam ao STF.
5. Costumes: São práticas reiteradas com consciência de obrigatoriedade.
Então é uma prática reiterada, mas não é só a prática reiterada que vai tornar um costume tecnicamente, você tem que fazer aquilo com a consciência de que é obrigado a se comportar daquela forma. Então tem que ter esses dois elementos reiteração/repetição + uma consciência interna de que tem obrigação de que aquilo já ta enraizado.
Ex.: No caso de uma nomeação para cargo municipal, como não existe Diário Oficial, a divulgação é feita por intermédio dos meios de costume, ou seja, verificar-se-á os meios de costume de uma região para se comportar de maneira adequada. Ex.: No mural da prefeitura, prega no mural o edital e a partir disso foi publicado o ato. Então tem a reiteração e a consciência de que é necessário pregar aquele edital no mural para que o ato seja publicado.
O costume vai ter aplicação também quando não tiver lei. Não tem uma lei que regulamenta, o costume vai ser usado. O costume gera direito para o particular, porque sempre se comportou a administração daquela forma. Então no exemplo que eu citei, vamos supor que sempre publicou o edital no mural da prefeitura, só que foi nomear você pra tomar posse e ao invés de pregar la no mural da prefeitura, publicaram na igreja do município. Então você não viu e perdeu o prazo para posse, para apresentação dos documentos, nem foi lá. Mas o costume era publicar no mural da prefeitura e foi publicado no mural da igreja, isso gerou prejuízo para você, então você pode requerer a anulação.
PRINCÍPIOS
Quando falamos em princípios administrativos, significa analisar quais são os valores fundamentais que regem o Direito Administrativo. E quais seriam esses valores? Respeito à legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, entre outros. Esses são os princípios expressos, mas também existem princípios implícitos, que nós também veremos.
Âmbito de aplicação
Então segundo o art. 37, da CF/88, os princípios que analisaremos são aplicáveis a toda Administração Pública, direta e indireta. Isto inclui os órgãos da administração direta (ministérios e secretarias), autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista (A caixa econômica, a Petrobrás e o banco do brasil, por exemplo, devem seguir os princípios do direito adm.). Todos os órgãos e entes devem seguir os princípios administrativos.
São de observância obrigatória (não é uma faculdade).
Não são absolutos. Não há princípio expresso na CF que seja absoluto. Todos comportam um certo grau de relativização. Ex.: O princípio da impessoalidade pode ser excepcionado, por exemplo, a realização de concurso público é a obediência à impessoalidade, mas existe exceção como no caso de nomeações para cargo em comissão, que é uma nomeação pessoal.
Então vamos analisar agora os princípios expressos ou básicos que estão na nossa CF, que é o famoso LIMPE. 
1. Legalidade: A legalidade para o agente público (só pode fazer aquilo que a lei autoriza ou determina) diverge da legalidade para o cidadão comum (pode fazer tudo o que a lei não proíbe). 
2. Impessoalidade: Veda conduta administrativa para obter benefício próprio ou a terceiros. Não pode o agente público, quando praticar qualquer ato, satisfazer interesse pessoal ou de terceiros. Deve atuar, sim, para satisfazer o interesse da coletividade, essa é sua função como administrador público. Então se eu pratico um ato que é para satisfazer o meu interesse, esse ato é nulo. Por exemplo: Um chefe de uma repartição que remove um funcionário para outra localidade pelo simples fato de não gostar daquela pessoa. Esse ato de remoção viola a impessoalidade, dessa forma ele é nulo, anula-se a remoção e ele volta para onde estava. Também em decorrência da impessoalidade, temos o §1º do art. 37, da CF/88, que veda promoção pessoal com a publicidade governamental. Então fala que não pode constar nome, símbolo ou imagem que possa caracterizar promoção pessoal de agentes públicos. A publicidade tem que acontecer, é um princípio. Mas se a publicação é governamental tem que ser a publicidade do governo e não a promoção de autoridades.
Então, se há promoção pessoal com a publicidade governamental, o princípio violado é o da impessoalidade e não da publicidade. Ocorre violação a publicidade quando eu não divulgo algo que deveria divulgar. Então se um prefeito faz uma obra no seu município e coloca um banner com sua foto e escrito que a obra está sendo realizada por ele, isso é violação à impessoalidade. E a propaganda governamental tem que ser “o governo federal faz isso por você, o governo estadual faz isso por você”. Cuidado que até a utilização de slogans ou de frases utilizadas na campanha eleitoral também caracteriza violação a esse princípio e inclusive caracteriza ato de improbidade.
3. Moralidade: A moralidade administrativa significa atuar de acordo com a ética administrativa, com a boa-fé e honestidade. São padrões éticos definidos pela administração pública.
Pelo princípio da moralidade administrativa, não bastará ao administrador o cumprimento da estrita legalidade, ele deverá respeitar os princípios éticos de razoabilidade e justiça, pois a moralidadeconstitui pressuposto de validade de todo ato administrativo praticado. Isso quer dizer que, ainda que o ato seja legal (esteja previsto em lei), se não for praticado de acordo com a moralidade administrativa ele poderá ser considerado nulo.
Como decorrência da moralidade nós temos a SV 13 que é esse texto um poucos confuso. A súmula fala assim... Então a súmula veda o nepotismo que é a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta (pai, avós, filho), colateral (tio ou primo que colateral de 4º grau) ou por afinidade (cônjuge, cunhado, sogros), até o 3º grau, para os cargos em comissão ou função de confiança.
Só que, vamos supor que um juiz nomeia seu primo para ser seu assessor, que é um cargo em comissão. A súmula veda parente até 3º grau, então ele não ofendeu essa previsão. Porém, esse primo não é formado em direito, nem formação tem. Ou seja, não possui conhecimento técnico para aquele cargo, fica evidente que o ato em questão é imoral, ainda que legal.
No entanto, o STF também entende que a mencionada vedação só se aplica aos cargos e funções de natureza meramente administrativa, não alcançando, portanto, os cargos políticos, como de secretário estadual ou municipal. 
Então, outro exemplo: Um governador nomeia sua filha para ser secretária da saúde. Nesse caso, ele não vai estar infringido a SV que veda o nepotismo. Só que, na mesma situação do exemplo anterior, a filha dele não tem nenhum conhecimento técnico e nenhuma classificação para assumir esse cargo, é evidente que o ato ofende à moralidade, pois é possível dizer que o prefeito não agiu de acordo com a ética e a boa-fé. Então ainda que seja legal aquele ato, poderá ser considerado imoral e, assim, ser considerado ato nulo. 
Por isso, o STF tem afastado nomeações para cargos políticos quando não há demonstração de que a pessoa tem capacidade técnica (a regra é que cargo político não se aplica essa SV). Assim, nessas hipóteses que atinjam ocupantes de cargos políticos, a configuração do nepotismo deve ser analisado caso a caso, a fim de se verificar eventual 'troca de favores' ou fraude a lei. Então a moralidade é uma condição de validade do ato. Se o ato não for moral será invalido.
É um princípio autônomo: Além da legalidade, os atos administrativos devem subordinar-se à moralidade administrativa. Ou seja, não está absorvido pela legalidade.
Ainda sobre a moralidade administrativa, é possível concluir que desse princípio podemos extrair alguns sentidos como: dever de atuação ética (princípio da probidade), inclusive a própria CF dispõe que os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
4. Publicidade
Divulgação oficial dos atos para que produzam efeitos no mundo jurídico (publicação) e demais atos que demonstrem transparência na Administração Pública.

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