Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carolina R. Dobrotinic APG 25 SOI V Distúrbios visuais Objetivos: 1. Revisar a morfofisiologia da visão (via óptica) 2. Analisar os distúrbios visuais (ametropias, ceratocone, glaucoma, retinoblastoma) Revisão Túnica fibrosa A túnica fibrosa do olho compreende três estruturas: córnea, limbo e esclera. Córnea Por toda a sua circunferência, a córnea mantém relação com a conjuntiva, a episclera, a esclera e as vias de drenagem do humor aquoso. A córnea é um tecido avascular e transparente, que assegura os dois terços do poder de refração do olho. As propriedades ópticas da córnea são: transmissão da luz, refração da luz e reflexão da luz. No que diz respeito à vascularização corneana, o oxigênio é necessário para a vida da córnea. A fonte de oxigênio provém do ar atmosférico, dos vasos conjuntivais e do humor aquoso. A vascularização límbica participa somente da nutrição da periferia coreana. A córnea é o tecido mais ricamente inervado do organismo e a densidade em terminações nervosas diminui do centro em direção à periferia. Existem na córnea três tipos de receptores: nociceptores, mecanoceptores e receptores ao frio. O limbo é uma zona de transição composta de elementos da córnea e da esclera. Esclera A esclera humana, embora relativa e meta- bolicamente inerte, é uma estrutura notável que executa várias funções importantes para a integridade visual do olho. Em princípio, a esclera produz um firme substrato para os delicados conteúdos intraoculares, protegendo-os de lesões. Sua opacidade assegura que a dispersão interna da luz não afete a imagem da retina. A forma do olho é, em parte, mantida pela presença dos conteúdos intraoculares e da pressão intraocular. Entretanto, a esclera tem que ser suficientemente rígida para fornecer condições relativamente constantes, de forma que, quando o olho se move, a pressão intraocular não flutue e afete a visão. A deformação escleral prejudicaria a visão não apenas devido à ondulação da própria retina, mas também pela distorção irregular do diafragma do cristalino/íris. A estabilidade óptica é adquirida através do equilíbrio da pressão intraocular e as curvaturas do invólucro escleral. Túnica vascular A túnica vascular do olho compreende três estruturas: coroide (corioide), corpo ciliar e íris. Coróide A úvea constitui a túnica média do olho, sendo a coroide sua porção posterior. É constituída por um tecido vascular pigmentado, que está relacionado externamente com a lâmina fusca da esclera e internamente com o epitélio pigmentado da retina. Corpo Ciliar O corpo ciliar é um anel assimétrico colocado de tal maneira que olha o equador do cristalino. Camada Conjuntiva Musculovascular O estroma ciliar é constituído por um tecido conjuntivo frouxo e apresenta: fibroblastos, macrófagos, células pigmentadas, fibras colá- genas, fibras elásticas e vasos. O músculo ciliar é um músculo de fibras lisas, localizado no cor- po ciliar Íris A íris é a porção refletida da túnica vascular do olho. É um diafragma importante nos processos visuais, já que regula a quantidade maior ou menor de luz que deve impressionar a retina. Situa-se diante do cristalino, apresentando um orifício central – a pupila – que, à semelhança de um diafragma de máquina fotográfica, regula a entrada de luz no interior do olho e permite o livre trânsito do humor aquoso e a comunicação das câmaras anterior e posterior. Retina A retina, ou túnica interna, constitui o estrato neurossensorial do olho. A parte óptica ou retina propriamente dita é a região que transforma o estímulo luminoso em impulso nervoso, resultando, após o processamento da informação visual, na sensação de visão. Lente e zônula A lente ou cristalino é uma estrutura biconvexa, incolor, transparente e com forma suscetível a modificações, focaliza a luz sobre a retina, de modo preciso, apesar de seu crescimento contínuo. Está situado atrás da íris e na frente do corpo vítreo. A zônula ciliar é um sistema de fibras estendidas que vai do corpo ciliar à lente. Humor vítreo O vítreo é um tecido muito específico e sua composição depende de sua estreita ligação com a retina, com a barreira hematorretiniana e com a relativa ausência de células originárias de tecidos adjacentes que poderiam causar mudanças degenerativas e proliferativas. Sabe-se que o vítreo contém fatores com atividades biológicas, que podem influenciar a função de células e enzimas no vítreo e talvez nos tecidos adjacentes. Seu volume é de cerca de 4 ml, sendo representado por 98% de água O corpo vítreo ajuda a manter a forma do olho e distribuir as forças recebidas pelo olho, servindo como um verdadeiro amortecedor. Humor aquoso O humor aquoso é um líquido que flui livremente, enquanto o humor vítreo, algumas vezes chamado de corpo vítreo, é massa viscosa e gelatinosa que se mantém coesa por uma rede fibrilar fina, composta primariamente de moléculas de proteoglicanos bastante alongadas. Tanto água quanto substâncias dissolvidas podem se difundir lentamente no humor vítreo, mas há pouco fluxo de líquido. O humor aquoso é continuamente formado e reabsorvido. O balanço entre formação e reabsorção do humor aquoso regula o volume total e a pressão do líquido intraocular. O humor aquoso é formado quase inteiramente como uma secreção ativa pelo epitélio dos processos ciliares. Após ser formado pelos processos ciliares, o humor aquoso inicialmente flui para a câmara anterior do olho através da pupila. A partir desse ponto, o líquido flui na direção anterior ao cristalino e entra no ângulo entre a córnea e a íris, seguindo através de malha de trabéculas (espaço de Fontana) para, finalmente, alcançar o canal de Schlemm (seio venoso da esclera), que desemboca nas veias extraoculares. A pressão intraocular normal média gira em torno de 15 mmHg, com uma variação de 12 a 20 mmHg Músculos extrínsecos São seis os músculos extraoculares para cada olho, sendo quatro músculos retos e dois oblíquos. Conforme a localização em relação ao olho, temos: reto superior, reto inferior, reto lateral, reto medial, oblíquo superior e oblíquo inferior Via óptica As fibras do nervo óptico são os axônios das células do estrato ganglionar da retina. Convergem para o disco do nervo óptico e saem do olho, aproximadamente 3 ou 4 mm do lado nasal do seu centro, como o nervo óptico As fibras do nervo óptico são mielinizadas, porém as bainhas são formadas a partir de oligodendrócitos, em vez de células de Schwann, visto que o nervo óptico é comparável a um trato dentro do sistema nervoso central. O nervo óptico deixa a cavidade orbital através do canal óptico e une-se ao nervo óptico do lado oposto para formar o quiasma óptico. No quiasma, as fibras da metade nasal (medial) de cada retina, incluindo a metade nasal da mácula, cruzam a linha mediana e entram no trato óptico do lado oposto, enquanto as fibras da metade temporal (lateral) de cada retina, incluindo a metade temporal da mácula, passam posteriormente no trato óptico do mesmo lado. O trato óptico emerge do quiasma óptico e segue posterolateralmente em torno do pedúnculo cerebral. A maioria das fibras termina fazendo sinapse com células nervosas no corpo geniculado lateral, que é uma pequena projeção da parte posterior do tálamo. Algumas das fibras seguem até o núcleo pré-tectal e até o colículo superior do mesencéfalo, e estão relacionadas com os reflexos fotomotores Os axônios das células nervosas dentro do corpo geniculado o deixam para formar a radiação óptica. O trato segue um trajeto posterior através da parte retrolenticular da cápsula interna e termina no córtex visual (área 17), que ocupa os lábios superior e inferior do sulco calcarino, na face medial do hemisfério cerebral. O córtex de associação visual (áreas 18 e 19) é responsável pelo reconhecimento de objetos e pela percepção das cores. Neurônios da via visual e da visão binocular Os impulsos visuais são conduzidos por quatro neurônios até o córtex visual: (1) bastonetes e cones, que são neurônios receptores especializados na retina; (2)neurônios bipolares, que conectam os bastonetes e os cones com as células ganglionares; (3) células ganglionares, cujos axônios seguem até o corpo geniculado lateral; (4) neurônios do corpo geniculado lateral, cujos axônios seguem para o córtex cerebral. Bastonetes e cones contêm substâncias químicas que se decompõem quando são expostas à luz e, nesse processo, excitam as fibras do nervo óptico. A substância química sensível à luz presente nos bastonetes é chamada rodopsina; nos cones, as substâncias químicas sensíveis à luz, chamadas de pigmentos dos cones ou pigmentos de cores, têm composições apenas um pouco diferentes da composição da rodopsina. O pigmento preto melanina na camada (estrato) pigmentar impede o reflexo da luz por todo o globo ocular, o que é extremamente importante para a visão nítida. No campo visual de cada olho, a metade nasal (hemicampo nasal) é projetada para a hemirretina temporal, enquanto a metade temporal (hemicampo temporal) é projetada na hemirretina nasal. Entretanto, os campos visuais de ambos os olhos se sobrepõem consideravelmente em suas metades nasais, permitindo a visão binocular estereoscópica central. Os neurônios do corpo geniculado lateral projetam todo o campo visual direito no córtex visual do hemisfério esquerdo e o campo visual esquerdo no córtex visual do hemisfério direito. Os quadrantes retinianos inferiores (campo de visão superior) projetam-se na parede inferior do sulco calcarino, enquanto os quadrantes retinianos superiores (campo de visão inferior) projetam-se na parede superior do sulco. Se uma luz incidir em um olho, ocorre normalmente constrição das pupilas dos dois olhos. A constrição da pupila iluminada é denominada reflexo fotomotor direto; a constrição da pupila oposta, mesmo apesar da ausência de luz sobre aquele olho, é denominada reflexo fotomotor consensual As duas pupilas sofrem constrição no reflexo fotomotor consensual, uma vez que o núcleo pré-tectal envia fibras para os núcleos parassimpáticos nos dois lados do mesencéfalo. Reflexo de acomodação Quando os olhos são dirigidos de um objeto distante para outro perto, a contração dos músculos retos mediais do bulbo do olho produz convergência dos eixos oculares; ocorre espessamento da lente para aumentar a sua potência refrativa por meio de contração do músculo ciliar; as pupilas se contraem para restringir as ondas de luz à parte central mais espessa da lente. Emetropia (visão normal) O olho é considerado normal, ou emétrope, se os raios de luz paralelos de objetos distantes estiverem em foco nítido na retina quando os músculos ciliares se encontram completamente relaxados. Isso significa que o olho emétrope pode ver claramente todos os objetos distantes com sua musculatura ciliar relaxada. No entanto, para focalizar os objetos próximos, o olho precisa contrair a musculatura ciliar e, dessa forma, promover um apropriado grau de acomodação. Distúrbios visuais Desordens Oculares Refratárias ● Ametropia É a focalização aberrante dos raios luminosos em outro local diferente do local ótimo da retina (mácula). Opticamente, a córnea, a lente e o comprimento axial do bulbo do olho devem estar em preciso equilíbrio para alcançar um foco nítido na mácula. ➔ Hipermetropia (hiperopia) Geralmente se deve a um globo ocular anatomicamente muito curto ou, eventualmente, a um sistema de lentes muito fraco. Nessa condição, os raios de luz paralelos não são suficientemente curvados pelo sistema de lentes relaxado para chegarem ao foco no momento em que alcançam a retina. Para superar essa anormalidade, o músculo ciliar deve se contrair para aumentar a força da lente. Ao usar o mecanismo de acomodação, uma pessoa hipermetrope é capaz de focalizar objetos distantes na retina. Na idade avançada, quando o cristalino se torna “presbiope”, uma pessoa hipermetrope com frequência não consegue acomodar suficientemente o cristalino para focalizar até mesmo objetos distantes, e muito menos para objetos próximos. ➔ Miopia (vista curta) Na miopia, ou “vista curta,” quando o músculo ciliar está completamente relaxado, os raios de luz provenientes de objetos distantes são focalizados à frente da retina. Essa condição geralmente se deve a um globo ocular anatomicamente muito alongado, mas também pode ocorrer como resultado de uma potência refrativa excessiva no sistema de lentes do olho. Não existe nenhum mecanismo pelo qual o olho consiga reduzir a força de sua lente para um nível inferior ao daquela que existe quando o músculo ciliar se encontra completamente relaxado. Em uma pessoa com miopia não há nenhum mecanismo para focalizar objetos distantes de maneira nítida na retina. No entanto, à medida que um objeto se move para mais próximo do olho da pessoa, ele finalmente chega perto o suficiente para que a imagem consiga ser focalizada. Então, quando o objeto fica ainda mais próximo do olho, a pessoa pode usar o mecanismo de acomodação para manter a imagem claramente focalizada. Uma pessoa míope tem um “ponto distante” de limite definido para uma visão nítida. ➔ Astigmatismo É um erro refrativo do olho que faz com que a imagem visual em um plano seja focalizada em uma distância diferente da do plano em ângulo reto. O astigmatismo geralmente decorre de uma curvatura de córnea muito grande em um plano do olho. Um exemplo de uma lente astigmática seria uma superfície de lente como a de um ovo posicionado lateralmente em relação à luz que chega. O grau de curvatura no plano pelo eixo maior do ovo não é tão grande quanto o grau de curvatura no plano pelo menor eixo. Como a curvatura da lente astigmática ao longo de um plano é menor do que a curvatura ao longo do outro plano, os raios de luz que atingem as porções periféricas da lente em um plano não se curvam tanto quanto os raios que atingem as porções periféricas do outro plano. Dessa forma, os raios de luz que atravessam uma lente astigmática não chegam todos a um ponto focal comum porque os raios que atravessam um plano focalizam bastante à frente daqueles que atravessam o outro plano. ➔ Presbiopia (Perda da acomodação pelo cristalino) À medida que uma pessoa envelhece, o cristalino fica maior e mais denso e se torna muito menos elástico, parcialmente pela progressiva desnaturação de suas proteínas. Portanto, a capacidade do cristalino de alterar seu formato diminui com a idade Ao se alcançar o estado de presbiopia, cada olho permanecerá focalizado permanentemente para uma distância quase constante; essa distância depende das características físicas dos olhos de cada pessoa. Os olhos não conseguem mais acomodar a visão tanto para perto quanto para longe. Para ver claramente, a distância ou de perto, uma pessoa idosa precisa usar óculos bifocais, com o segmento superior focalizado para a visão a distância e o segmento inferior focalizado para perto ➔ Ceratocone É uma alteração central ou paracentral da córnea que sofre progressivo afinamento com consequente prolapso desse local. O paciente pode ter história de uso de lentes de contato, alergias crônicas ou hábito de coçar frequentemente os olhos. Quase todos os casos são bilaterais, sendo que normalmente um olho é mais afetado que o outro. O paciente refere baixa de acuidade visual, que em geral não pode ser corrigida com óculos. Em alguns casos a sensibilidade corneana está reduzida. Nos casos mais avançados, há ruptura da membrana de Descemet, o que pode resultar em um edema corneano agudo (hidropisia). Nesse caso, o paciente refere baixa de visão importante, dor, fotofobia e aumento de lacrimejamento. Em ceratocones avançados, quando o paciente olha para baixo, a córnea produz uma deformidade na pálpebra inferior (sinal de Munson). Nos estágios mais adiantados, pode-se formar cicatrizes na superfície da córnea e haver diminuição da sensibilidade corneana. O aumento da curvatura e da irregularidade da córnea está associado a um aumento da miopia e do astigmatismo. ➔ Glaucoma É atualmente definido como uma neuropatia óptica (uni ou bilateral) associada a alterações anatômicase funcionais características, e que tem a pressão ocular como seu principal fator de risco. Glaucoma é um conjunto de condições oculares caracterizadas por ≥ 2 dos seguintes: ● miopia progressiva ● defeitos da córnea ● defeitos de campo visual ● escavação do disco óptico ● pressão intraocular (PIO) elevada Glaucoma Agudo por Bloqueio Pupilar Isso faz com que o humor aquoso se acumule na câmara posterior, abaulando a íris e ocluindo o seio camerular em pacientes com ângulo iridocorneano estreito. O sintoma mais típico do glaucoma agudo é dor importante no olho afetado. Há também baixa de acuidade visual e visão de halos coloridos (devido ao edema de córnea muitas vezes presente). Edema de córnea, hiperemia com congestão ciliar e pupila em midríase média paralítica são os sinais clássicos. A pressão aumenta significativamente, em geral acima de 40 mmHg. Glaucoma Neovascular É caracterizado por processos patológicos em que geralmente está envolvido algum grau de isquemia retiniana, os quais induzem à liberação de fatores angiogênicos. Esses fatores promovem a formação de uma membrana neovascular na margem pupilar e no seio camerular. Essa membrana por si só já é capaz de aumentar a resistência ao escoamento de humor aquoso e, com o evoluir do processo, ela se contrai e promove ectrópio uveal na margem pupilar e fechamento angular crônico no seio camerular. Glaucoma Pigmentar e Síndrome de Dispersão Pigmentar Em olhos com disposição côncava da íris, há um “roçar” da zônula no epitélio pigmentar da íris, principalmente quando existe um bloqueio pupilar reverso relativo que abaula a íris para trás. Esse roçar constante provoca uma maior dispersão de pigmento, o que, em última análise, aumenta a resistência ao escoamento de aquoso. Quando há apenas os sinais de dispersão pigmentar, sem dano glaucomatoso, a entidade é referida como síndrome de dispersão pigmentar. Síndrome de Pseudo-esfoliação Ocorre quando há produção em quantidade importante de uma proteína anômala. Essa proteína é formada essencialmente de glicosaminoglicanos que obstruem a malha trabecular. O depósito de um material esbranquiçado na superfície anterior do cristalino é a principal característica dessa síndrome. Glaucoma Corticogênico A administração de corticosteróide pode desenvolver hipertensão ocular em indivíduos predispostos. Essa hipertensão pode ser transitória e sem grandes problemas ou persistente e causar dano glaucomatoso grave. Corticosteróides aumentam a PO pelo fato de aumentarem a resistência ao fluxo de aquoso. Eles causam um acúmulo de glicosaminoglicanos na malha trabecular, provavelmente por estabilizar a membrana de lisossomas e inibir a liberação de enzimas catabólicas. Glaucoma Facogênico Pode ser dividido em cinco tipos básicos: 1. Facomórfico: o cristalino intumescido induz fechamento angular, principalmente por bloqueio pupilar. 2. Facotópico: o cristalino subluxado pode induzir bloqueio pupilar e o luxado pode ganhar a câmara anterior e ocluir o ângulo. 3. Facolítico: microfissuras na cápsula anterior do cristalino, quando este apresenta catarata hipermadura. Essas microfissuras liberam material cristaliniano liquefeito e as proteínas desse material são fagocitadas por macrófagos, que obstruem a malha trabecular, levando à hipertensão ocular. 4. Glaucoma por partículas do cristalino: material lenticular oriundo de trauma ou cirurgia, que obstrui a malha trabecular. 5. Facoanafilaxia: sensibilização às proteínas do cristalino que produz inflamação granulomatosa, podendo induzir a glaucoma secundário. Glaucoma por Bloqueio Ciliar Pode ocorrer por desvio de fluxo de humor aquoso ou por efusão ou hemorragia coroidiana. Retinoblastoma Tumor intraocular maligno, originário do tecido neural da retina, congênitas ou de aparecimento nos dois primeiros anos de vida. A doença, que tem início intra-ocular, como um pequeno nódulo tumoral esparso na retina, evolui, comprometendo toda a extensão da retina, semeia-se por flocos tumorais no vítreo, invade o nervo óptico por contigüidade e, através deste, atinge o sistema nervoso central. Pela via hematogênica, dissemina-se na medula óssea e outros órgãos, determinando metástases.
Compartilhar