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MINISTERIO PUBLICO - QUESTOES DISCURSIVAS - VOLUME 1

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ÍNDICE 
DIREITO CIVIL- 5 
 Atos, Fatos e Negócios Jurídicos-5  Bens-6  Conceito-6  Contratos-6  Direito das Sucessões-8  Direitos da Personalidade-8  Direitos das Sucessões-9  Direitos de Família-14  Direitos Reais-25  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)-27  LINDB-27  Obrigações-27  Pessoa Jurídica-28  Pessoa Natural-29  Prescrição e Decadência-31  Responsabilidade Civil-31 
DIREITO PENAL-32 
 Aplicação da Lei Penal-32  Aplicação da Pena-41  Crimes-42  Crimes Cibernéticos-61  Crimes contra a Administração Pública-61  Crimes contra a Fé Pública-61  Crimes contra a Ordem Tributária-62  Criminologia-63  Culpabilidade-64  Direito Constitucional Penal-64  Direitos Humanos-66  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)-66  Improbidade Administrativa-75  Imputabilidade-75  Integração e Interpretação-75  Lei de Drogas-75  Lei Maria da Penha-77  Penas-78  Prescrição e Decadência-78  Princípios do Direito Penal-78  Prisão-78  Processo e Procedimento-78  Punibilidade-79  Transação Penal-79 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL-79 
 Ação Civil Pública-80  Ação e Jurisdição-84  Ação Popular-84  Ação Rescisória-86  Execução-87  Inquérito Civil-89  Litisconsórcio-89  Mandado de Segurança-90  Ministério Público-92  Pedidos-93  Prazos-93  Princípios do Processo Civil-93  Processo e Procedimento-93  Provas-99  Recursos-100  Sentença-103  Tutela Antecipada-104 
DIREITO PROCESSUAL PENAL –104 
 Ação Penal-104  Competência-104  Delação Premiada-104  Denúncia-104  Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)-110  Execução Penal-110  Inquérito Policial-113  Juizado Especial Criminal (JECRIM)-115  Liberdade Provisória-115  Ministério Público-115  Penas-117  Prescrição e Decadência-117  Princípios do Processo Penal-120  Prisão-121  Processo e Procedimento-122  Provas-128  Recursos-131  Sentença-140  Suspensão do Processo-142  Tribunal do Júri-142 
 
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 5 
DIREITO CIVIL 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - 
Diferencie as teorias dos atos anormais, do risco 
proveito e do risco criado, esclarecendo qual(is) 
dela(s) foi (ou foram) adotada(s) no parágrafo 
único, do artigo 927, do Código Civil. RESPOSTA 
JUSTIFICADA. 
Ministério Público da União - MPF - Ano: 2011 - 
Banca: MPF - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Simulação. 
Conceito, requisitos e espécies. Ação de 
simulação e ação pauliana: distinção. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2009 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Fatos, Atos e Negócios Jurídicos - Há 
diferença entre estado de perigo e estado de 
necessidade? Justifique e dê exemplos. 
Ministério Público Estadual - MPE-BA - Ano: 
2012 - Banca: MPE-BA - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Atos, Fatos e Negócios Jurídicos - 
Decerto a previsão legal da invalidade dos atos 
jurídicos apresenta-se como uma ferramenta que 
visa, inclusive, assegurar o poder estatal, eis que, 
em regra, finda por privar de efeitos aquilo que é 
adverso ao ordenamento jurídico. Entrementes, o 
novo Código Civil, atendendo a uma demanda 
doutrinária e jurisprudencial, incorporou a figura 
da Conversão do Negócio Jurídico. Nessa esteira, 
proceda a uma explanação sobre o referido 
instituto, abordando, necessariamente, os 
seguintes aspectos: conceito, natureza jurídica, 
requisitos, incidência, tipos e fundamentos. 
- Resposta: O candidato deveria abordar no 
introito os seguintes aspectos: I. Função 
instrumental do negócio jurídico; ( o negócio 
jurídico como dínamo da atividade econômica) 
II. Escada Ponteana – Planos de existência, 
validade e eficácia do negócio Jurídico; III. 
Conceito e Graus de Invalidade do Negócio 
Jurídico (Nulidade e Anulabilidade); Em relação 
a conceito de invalidade o candidato deveria ter 
registrado que a invalidade é a consequência 
jurídica pela inobservância do preceito 
normativo no processo de formação do negócio 
jurídico., Destarte, o repúdio do ordenamento 
jurídico se dará em maior ou menor grau de 
intensidade , consoante o interesse que se 
pretenda tutelar ( Nulidade como ferramenta de 
proteção do interesse público – Anulabilidade – 
mecanismo de proteção do interesse particular.). 
Outrossim, o candidato deveria ter acentuado a 
diferença entre as figuras aludidas. 1. Em 
relação ao conceito de conversão do negócio 
jurídico o candidato deveria ter registrado que a 
Conversão é uma figura jurídica que permite 
transformar um negócio primitivo inválido, em 
um negócio sucedâneo válido, observados os 
requisitos legais.( art. 170 CC ) 2. Quanto a 
natureza jurídica, o candidato deveria ter 
registrado que trata-se de uma medida de re-
valoração do comportamento negocial, 
porquanto, na situação hipotética, o negócio 
jurídico primitivo, em razão da invalidade, não 
está apto a obter a chancela do ordenamento, 
tal como celebrado. 3. No que diz respeito aos 
requisitos da Conversão , exigiu-se do candidato 
que registrasse, de plano, que para o sucesso da 
manobra de conversão é indispensável a 
presença no negócio primitivo dos elementos 
estruturantes do negócio jurídico ( Sujeito , 
Objeto , Forma , Vontade). 4. Ademais , foi 
cobrado do candidato que fizesse menção ao 
elemento subjetivo : a)- a insciência pelas partes 
, da ineficácia jurídica lato sensu do negócio 
celebrado , b) a semelhança , essencialmente ás 
consequências jurídicas dos dois modelos 
jurídico negociais diversos , c) a irrelevância do 
meio jurídico escolhido pelas partes em 
comparação com o fim prático por elas eleito. 
Nessa esteira, o candidato deveria ter gizado a 
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 6 
compatibilidade com a vontade hipotética dos 
sujeitos. 5. De outra banda, no que tange ao 
elemento objetivo o candidato deveria ter citado 
a indispensabilidade da identidade de objeto 
material (negócio primitivo-negócio convertido). 
Afora isso, o candidato também deveria ter 
salientado que para o êxito da operação de 
Conversão é indispensável que o interprete 
possua pleno domínio do repertório (tipos) 
jurídico consagrado na legislação. 6. Quanto a 
incidência, o candidato haveria de registrar que 
a despeito da previsão expressa do art. 170 do 
Código Civil, a melhor doutrina, entende 
aplicável a Conversão tanto aos negócios 
jurídicos nulos, quanto aos negócios jurídicosanuláveis., bem assim que os negócios jurídicos 
inexistentes são insuscetíveis de serem 
convertidos. 7. No que concerne a aplicação da 
conversão aos negócios jurídicos anuláveis o 
candidato deveria ter sublinhado que o recurso á 
indigitada técnica não pode ficar adstrita á 
vontade real ou conjectural do sujeito 
legitimado a eventual anulação do negócio 
jurídico, a contrário senso, haverá sempre de ser 
considerado o caráter bilateral do negócio 
jurídico. 8. Em relação aos tipos de Conversão 
cumpria ao candidato fazer alusão à Conversão 
Substancial, à Conversão Formal, e a Conversão 
Legal. Exigiu-se também, que apresentasse os 
fundamentos da Conversão, de sorte que o 
candidato, deveria registrar os seguintes 
aspectos: a) fazer referência ao princípio da 
segurança jurídica, b) fazer alusão ao princípio 
da conservação dos negócios jurídicos. c) fazer 
referência aos princípios da confiança e da boa-
fé, d) demonstrar a importância do negócio 
jurídico como uma ferramento de extremo valor 
para o trânsito dos bens jurídicos, e) fazer uma 
reflexão, no que diz respeito ao plano da 
Validade. Nessa senda , o candidato poderia ter 
citado sobre a necessidade da temperança dos 
princípios da segurança jurídica e da justiça 
intersubjetiva. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Bens - Os equipamentos urbanos 
públicos podem ser legalmente alienados? 
Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2009 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Bens - Em que hipóteses o deferimento 
de pedido de medida liminar de indisponibilidade 
de bem de família, em ação de improbidade 
administrativa contra prefeito municipal solteiro, 
seria possível? Justifique e fundamente a 
resposta. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2011 
- Banca: MPDFT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Conceito - Qual o significado e alcance 
daà edžpƌessĆoà ͞CoŶstituĐioŶalizaçĆoà doà Diƌeitoà
Ciǀil͟?à 
Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 
2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Contratos - Em relação ao direito de 
vizinhança, ao direito dos contratos, e 
considerando sua relação com o direito 
constitucional, examine a seguinte situação: Um 
proprietário de imóvel propõe que terceiro o 
represente em negócio jurídico que visa alienar o 
terreno vizinho à sua residência, e que também é 
de sua propriedade. Se esse contrato contiver 
cláusula que proíba o negócio jurídico com 
͞fuŶkeiƌos͟,à aà ĐlĄusulaà pƌopostaà podeà seƌà
considerada válida? Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Contratos - Na nova concepção social 
de contrato abarcada pela Lei n.º 8.078/90, o 
princípio da boa-fé objetiva tem relevantes 
funções, tanto na formação quanto na execução 
das obrigações. Quais são elas? 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
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Assunto: Contratos - Eŵà ϭϮ.Ϭϳ.ϮϬϬϬ,à ͞á͟à eà suaà
ŵulheƌ,à Đeleďƌaƌaŵà Đoŵà ͞C͟,à ĐoŶtƌatoà deà
promessa de compra e venda de terreno, com 
preço a ser pago em 60 prestações mensais e 
ĐoŶseĐutiǀas.à Pagasà ϯϭà paƌĐelas,à ͞á͟à eà s/ŵà
tornaram-seà iŶadiŵpleŶtes,à iŵputaŶdoà ăà ͞C͟à aà
prática de diversas supostas ilegalidades que 
teriam dado causa ao descumprimento do 
contrato. A rescisão do contrato foi motivada em 
razão da inadimplência dos compradores. Pois 
bem, a rescisão de um contrato exige, na medida 
do possível, que se promova o retorno das partes 
ao status quo ante. Tendo em mente essa 
premissa. PERGUNTA-SE: Como deve ser feita a 
iŶdeŶizaçĆoàaà faǀoƌàdoàǀeŶdedoƌà͞C͟,àaàtítuloàdeà
ĐoŵpeŶsaçĆo?à Poƌà outƌoà lado,à ͞C͟à ǀeŶdedoƌ,à
deve devolver aos compradores algum valor, sim 
ou não? Em caso positivo, a quantia a ser 
devolvida e o percentual de retenção 
compreendem apenas o saldo devedor, objeto de 
parcelamento em 60 prestações? Ou, também, 
faria jus os compradores as arras por ocasião do 
fechamento do negócio. Responda de forma 
fundamentada. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Contratos - Em relação jurídica material 
de natureza civil, os contratantes, no intuito de 
verem cumpridas as suas cláusulas, firmaram 
cláusula penal, abono de pontualidade, multa 
penitencial e astreintes. Posteriormente, ajuizado 
processo judicial para discutir o enlace 
contratual, o MP foi instado a se manifestar. Na 
qualidade de promotor(a) de justiça, qual seria 
seu parecer sobre a natureza jurídica, a 
legalidade e a possibilidade de cumulação das 
penas contratadas? Responda de forma 
fundamentada. 
Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 
2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Contratos - Francisco realiza doação de 
imóvel para o município de Curitiba, 
formalizando a doação por escritura pública 
firmada por ele e pelo representante do 
município, devidamente registrada junto ao 
Registro de Imóveis. No contrato de doação foi 
paĐtuadaà aà seguiŶteà ĐlĄusula:à ͞oà iŵſǀelà deǀeƌĄà
ser destinado exclusivamente à construção e 
manutenção de escola de ensino fundamental 
destinadaà aà ĐƌiaŶçasà poƌtadoƌasà deà defiĐiġŶĐia͟.à
Passados dois anos da doação, a escola ainda não 
foi construída. Diante dos fatos narrados, 
responda, fundamentadamente, com expressa 
indicação dos dispositivos legais pertinentes: (a) 
qual elemento acidental do negócio jurídico está 
presente no contrato em tela? (b) o Ministério 
Público tem legitimidade para exigir a construção 
da escola? 
Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 
2010 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Contratos - Conceitue contrato 
coligado, abordando as conseqüências do seu 
inadimplemento. 
- Resposta: Expectativa de resposta: Deveria 
o(a) candidato(a) conceituar o contrato coligado 
e, no caso de inadimplemento de um deles, 
afirmar que não acarretaria, necessariamente, 
na resolução do outro, diferentemente do que 
ocorre nos contratos mistos, e nos contratos 
principais e acessórios. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Contratos - João Carlos adquiriu um 
carro novo de uma revenda autorizada com 
garantia de um ano, pagando o preço à vista. 
Passados seis meses da aquisição, não tendo 
utilizado o carro para qualquer viagem e estando 
com dificuldades financeiras, decide vender o 
automóvel. Pedro realiza uma compra e venda do 
referido veículo. Após um mês da compra e 
venda, Pedro viaja e constata que o carro possui 
um problema de superaquecimento no motor, 
decorrente do uso prolongado em rodovias. 
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Sabedor de que o carro se encontra na garantia, 
Pedro dirige-se diretamente à revenda e postula 
o conserto. Devolvido o carro, permanece o 
problema, o que conduz a novas tentativas de 
conserto. Entre tentativas de conserto e 
devoluções infrutíferas por parte da revenda, 
passam-se mais seis meses. Incomodado com a 
situação, Pedro ingressa com demanda judicial 
para redibir o negócio. Como João Carlos faleceu, 
e o inventário ainda não foi aberto, a ação é 
direcionada contratodos os herdeiros, entre os 
quais se encontram menores. Vindo os autos 
para parecer do MP pela presença de incapazes, 
pede-se que sejam enfocados os seguintes 
pontos: (a) Considerando os prazos para 
ajuizamento da demanda, passado um ano da 
compra e venda, Pedro tem direito à ação de 
redibição do contrato? Justifique. (b) Não tendo 
ação redibitória, poderia ele ter ação 
estimatória? Justifique. (c) Supondo que 
houvesse a possibilidade de demanda redibitória, 
que pedidos ela comportaria? Justifique. (d) Para 
fins de vícios redibitórios, qual o papel que a boa-
fé desempenha? Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPRS - Ano: 2008 - 
Banca: MPRS - Disciplina: Direito Civil - Assunto: 
Contratos - Considerando-se os diferentes tipos 
de cláusula penal passíveis de estipulação 
contratual para casos de inadimplemento, frente 
à hipótese na qual o inadimplemento previsto 
efetivamente ocorra, examine quando a pena 
pode e quando não pode ser exigida 
cumulativamente com a obrigação principal. 
Fundamentar a resposta, com base na legislação, 
na jurisprudência e nas correntes doutrinárias 
relacionadas com a matéria em questão. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direito das Sucessões - Trata-se de ação 
de conhecimento de iniciativa do herdeiro 
visando comprovar deserdação decretada em 
testamento. Figuram como partes na demanda os 
dois únicos filhos e herdeiros da testadora. O 
pedido, formulado por um dos filhos, funda-se 
em testamento firmado em vida por sua genitora, 
onde expressamente deserdou o outro filho, réu 
na ação, sendo a cláusula testamentária 
foƌŵuladaà Ŷosà seguiŶtesà teƌŵos:à ͞Deseƌdoàŵeuà
filho X em razão de injúrias graves e calúnias por 
ele proferidas no decorrer do ano de 2004, que 
me atingiram, causando-ŵeà pƌofuŶdaà doƌ.͟à áà
inicial esclarece em que consistiram as injúrias e 
calúnias proferidas pelo réu em face da 
testadora. A prova produzida no decorrer da 
instrução confirma a inicial. O réu não foi 
processado por crime contra a honra de sua 
genitora. Posicione-se de forma fundamentada 
sobre o mérito da ação. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direito das Sucessões - Trata-se de ação 
declaratória de extinção de usufruto. Relata o 
autor que o seu genitor, já falecido, recebeu no 
ano de 2003 através de doação de seus pais (avós 
do requerente) diversos imóveis, todos descritos 
na inicial, com reserva de usufruto para os 
doadores. O avô do autor faleceu e a avó 
entregou ao nu-proprietário (pai do autor) a 
administração dos imóveis, remunerando-o com 
o total do valor dos alugueres pelo serviço. Com a 
morte do pai do autor, a avó requereu, no seu 
inventário, a notificação dos locatários dos 
imóveis para passarem a pagar a ela os alugueres. 
O autor pretende a procedência da ação 
sustentando que ocorreu a hipótese prevista no 
art. 1410, VIII, do Código Civil. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2012 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos da Personalidade - Dissertação: 
As regras jurídicas que visam proteger os 
direitos inerentes à personalidade do 
consumidor endividado. 
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 9 
Ministério Público Estadual - MPBA - Ano: 2008 - 
Banca: FESMIP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos da Personalidade - A 
personalidade jurídica consiste no rol de 
caracteres conferidos a toda e qualquer pessoa 
humana. Dela defluem direitos e deveres. Trata-
se, em síntese, de um valor jurídico que se 
reconhece nos indivíduos. Mais que em 
qualquer outra seara, a disciplina dos direitos 
da personalidade merece atenção especial, tanto 
no processo de produção legislativa, quanto no 
momento de aplicação da norma à situação 
concreta, mostrando-se eficaz à constante 
evolução tecnológica. Acerca do tema posto 
acima, discorra sobre os direitos da 
personalidade, enfatizando os seguintes 
aspectos: a) características b) técnica legislativa 
e abordagem hermenêutica c) admissibilidade de 
restrição voluntária d) proteção jurídica e) 
direitos da personalidade do nascituro 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Maia, nascido 
no município de Capim Branco (MG), no dia 2 
de mar ço de 1922, filho de Alberto Maia e Maria 
do Carmo Maia, veio a falecer, no município de 
Belo Horizonte (MG), no dia 5 de abril de 2011. 
Era casado com Mariana Silva (casamento 
realizado em 3 de março de 1944), pelo regime 
da comunhão universal de bens, com quem teve 
um único filho, Mauro Silva Maia, falecido em 5 
de outubro de 1947, então com dois anos de 
idade, vítima de um acidente de trânsito. 
Traumatizados, não tiveram mais filhos. Com o 
falecimento de sua esposa (ocorrido no dia 15 de 
outubro de 1952), passou a viver, a partir de 25 
de dezembro de 1953, na casa de Roberto Maia, 
seu irmão mais novo (o casal Alberto Maia e 
Maria do Carmo Maia teve apenas dois filhos 
homens, Marcelo e Roberto). Naquela ocasião, 
Roberto Maia já era viúvo da Sra. Dolores Chaves, 
com quem teve três filhos, Alfredo Chaves Maia, 
Geny Chaves Maia e Dalva Chaves Maia, únicos 
sobrinhos de Marcelo Maia. Alfredo Chaves Maia, 
o sobrinho mais velho, casou-se em 18 de 
dezembro de 1977, pelo regime legal, com Ilma 
Goulart, com quem teve dois filhos, Eduardo 
(nascido em 20/02/1979) e Mônica (nascida em 
02/10/2005). Geny e Dalva não se casaram e não 
tiveram filhos. Alfredo, vítima de um acidente 
aéreo, veio a falecer em 1º de abril de 2008. 
Roberto Maia, quando soube da morte de seu 
filho, veio a falecer, vítima de infarto agudo do 
miocárdio, em 15 de abril de 2008. Em face dos 
óbitos ocorridos na família, Marcelo Maia, em 20 
de abril de 2010, por testamento público, deixou 
10% (dez por cento) de seu patrimônio apurado 
quando de seu óbito para Mônica, filha de 
Alfredo Chaves Maia. É importante ressaltar que, 
na data do falecimento de Marcelo Maia, em 
05/04/2011, este possuía um tio ainda vivo 
(irmão de seu pai), que lhe era muito querido, Sr. 
Aristóteles Cançado Maia, bem como um 
patrimônio composto por um apartamento em 
Belo Horizonte, no valor de R$ 830.000,00 
(oitocentos e trinta mil reais); um automóvel, no 
valor de R$ 145.000,00 (cento e quarenta e cinco 
mil reais); um lote em Nova Lima, no valor de R$ 
325.000,00 (trezentos e vinte e cinco mil reais), e 
aplicações financeiras no valor de R$ 800.000,00 
(oitocentos mil reais). Tinha dívidas no valor de 
R$ 100.000,00 (cem mil reais). Pergunta-se: a) 
como deve ser partilhada a herança deixada pelo 
Sr. Marcelo Maia considerando o grau de 
parentesco e à luz da legislação vigente. 
Justifique e fundamente; b) havendo herdeiro(s), 
legatário(s) ou sucessor, qual é o valor (em reais-
números) que cada herdeiro/legatário/sucessor 
receberá? 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - ͞Maƌia͟,à
ajuizou Ação de Sonegados contra o Espólio de 
͞JoĆo͟,à ƌepƌeseŶtadoà pelaà iŶǀeŶtaƌiaŶte,à
objetivando que bem imóvel doado em vida fosse 
trazido à colação no processo de inventário do 
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genitor em comum. No decorrer do processo, 
͞“eďastiaŶa͟,àheƌdeiƌaàtestaŵeŶtĄƌia,àƌeƋueƌeuàaà
habilitação nos autos. PERGUNTA-SE: 
͞“eďastiaŶa͟,à heƌdeiƌaà testaŵeŶtĄƌiaà teŵà
legitimidade e direito de exigir à colação bem 
soŶegadoàpeloàEspſlioàdeà͞JoĆo͟,àeŵàpƌoĐessoàdeà
inventário? Responda de forma fundamentada. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - ͞B͟,àpoƌàŵeioà
de testamento público (celebrado em 1982), 
dispôs que seus bens, após sua morte, deveriam 
ser divididos em partes iguais entre seus irmãos, 
soďƌiŶhosàeà seuà filhoàdeàĐƌiaçĆoà͞C͞.àOà testador, 
em uma das cláusulas do testamento, deixou 
edžpƌessaà aà ǀoŶtadeà deà adotaƌà ͞C͟.à Coŵà seuà
faleĐiŵeŶto,à oĐoƌƌidoà eŵà ϭϵϵϵ,à ͞C͟,à jĄà Ŷaà
condição de filho do de cujus (sentença judicial 
de adoção proferida em 1991), pediu o 
rompimento do testamento com fulcro no art. 
ϭ.ϳϱϬ/CC/ϭϲ,à ǀeƌďis:à ͞áƌt.à ϭ.ϳϱϬ.à “oďƌeǀiŶdoà
descendente sucessível ao testador, que o não 
tinha, ou não o conhecia, quando testou, rompe-
se o testamento em todas as suas disposições, se 
esseà desĐeŶdeŶteà soďƌeǀiǀeƌà aoà testadoƌ͟.à
PERGUNTA-SE: Na presente situação, pode ser 
apliĐadoàoàaƌt.àϭ.ϳϱϬ/CC/ϭϲ,àjĄàƋue,à͞B͟,àtestadoƌ,à
ao fazer as liberalidades, tinha consciência de que 
iƌiaà foƌŵalizaƌà aà adoçĆoà deà ͞C͟?à ‘espoŶdaà deà
forma fundamentada. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Tramitam no 
Juízo Único da Comarca de Iguaba Grande os 
processos de abertura, registro e cumprimento 
do testamento e o de inventário dos bens 
deixados pelo Sr. Fábio José Biscoito, que faleceu 
no ano de 2010, com 45 anos de idade. No 
momento da abertura da sucessão o de cujus 
deixou o seguinte patrimônio: seis imóveis 
situados no Município de Iguaba Grande, 
avaliados em R$ 100.000,00 (cem mil reais), cada. 
Fábio José foi casado com Júlia Biscoito durante 
26 anos pelo regime da comunhão parcial de 
bens e todo o seu patrimônio foi adquirido 
onerosamente após o enlace matrimonial. Do 
relacionamento conjugal nasceram dois filhos, 
André Pato e Guilherme Ovo, hoje com 25 e 15 
anos de idade, respectivamente. Em razão de 
problemas de comportamento André Pato reside 
com sua avó paterna desde os 18 anos de idade. 
Dois anos antes de falecer, Fábio José havia 
doado um imóvel para a sua esposa Júlia e outro 
para o seu filho Guilherme Ovo (com a devida 
outorga), ambos situados na cidade de Silva 
Jardim, adquiridos onerosamente em 2006 e 
avaliados no momento da liberalidade em R$ 
70.000,00 (setenta mil reais), cada. Além disto, 
no ano de 1999 o de cujus elaborou um 
testamento, na forma pública, incluindo cláusula 
de inalienabilidade em todos os seus imóveis, 
fulcrado no receio da dilapidação patrimonial, 
visto que a locação dos mesmos era a principal 
renda familiar. Estipulou, ainda no citado 
testamento, que a metade do seu patrimônio 
deveria ser dividida entre Júlia e Guilherme Ovo. 
Após tal data, Fábio José nunca mais modificou, 
revogou ou ratificou a cédula testamentária, que 
foi realizada cumprindo todas as formalidades 
exigíveis à época. Nos autos do processo de 
inventário André Pato informa as liberalidades 
feitas em vida por seu pai e requer a colação dos 
valores de mercado dos imóveis à época da 
doação. Júlia e Guilherme Ovo se manifestam no 
processo aduzindo a desnecessidade da colação 
em razão da presunção de que tais disposições 
relacionam-se à parte disponível do patrimônio 
do de cujus e à inexistência de regra expressa 
determinando a colação. Alegam, 
subsidiariamente, não concordar em colacionar 
os valores do momento da liberalidade, mas sim 
os valores de mercado atuais dos bens, que 
efetivamente sofreram desvalorização, ou os 
próprios imóveis. Inconformado com a inclusão 
da cláusula de inalienabilidade, André Pato 
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também intenta ação anulatória do testamento, 
aduzindo a impossibilidade de inserção da 
mesma na parte atinente à legitima e a 
ocorrência de rompimento do testamento. De 
maneira subsidiária, sustenta a necessidade de 
uma interpretação das regras atinentes ao 
testamento conforme a Constituição Federal de 
1988, considerando os princípios constitucionais 
da isonomia constitucional entre os filhos 
(proibição de tratamento discriminatório) e da 
dignidade da pessoa humana. Na ação anulatória 
Júlia e Guilherme Ovo discordam dos 
fundamentos apresentados, alegando que o 
testamento foi elaborado em conformidade com 
a legislação, tanto a que vigorava no momento de 
sua elaboração, como o atual Código Civil. O 
magistrado, após analisar as questões suscitadas 
nos processos acima descritos, determina o 
encaminhamento dos autos ao Ministério Público 
para manifestação. Na qualidade de Promotor de 
Justiça, como você se posicionaria em relação a 
todas as questões suscitadas e aplicáveis ao caso 
em tela? As afirmações devem ser sempre 
fundamentadas, inclusive apontando os 
dispositivos legais incidentes (a questão NÃO é 
para ser respondida em formato de peça 
processual). RESPOSTA JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Discorra sobre 
a admissibilidade da celebração de um contrato 
de doação por morte no direito brasileiro, 
especificando todas as suas eventuais 
consequências. RESPOSTA OBJETIVAMENTE 
JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Antônio e 
Maria, pais de Primus, Secundus e Tertius, 
receberam uma herança (testamento) composta 
de dez apartamentos deixados por Felipe a favor 
dos menores. Dois anos depois, Antônio queria 
permutar dois dos apartamentos por outras 
unidades e firmou contrato. Com base nessa 
situação fática, dissertar sobre direitos, 
disponibilidade, ônus legais e obrigações dos pais 
em relação ao patrimônio dos filhos menores. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Em 12 de 
agosto de 2010, faleceu o Sr. Antônio, casado 
com Dona. Maria, no regime legal, desde 1970. O 
casal, feliz no casamento, teve quatro (4) filhos: 
Primus, Secundus, Tertius (interditado) e Ana 
Rita. Quando Ana Rita casou, seus pais doaram-
lhe o apto. 1.101, à Av. Afonso Pena, 3.456, no 
valor de R$160.000,00 (cento e sessenta mil 
reais). Por testamento público, o Sr. Antônio 
deixou a quantia de R$200.000,00 (duzentos mil 
reais) para a Santa Casa de Misericórdia e, para 
sua querida Maria, 40% (quarenta por cento) do 
que restasse de sua porção disponível. Ocorrido o 
óbito, os filhos investiram contra o testamento, 
alegando que o testador não poderia reduzir as 
legítimas, porque eram herdeiros necessários. O 
patrimônio do casal, na data do óbito, era de 
R$2.000.000,00 (dois milhões de reais). Qual é o 
valor (em reais - números) que cada herdeiro 
receberá? 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Casada com 
Daniel, Luciana teve o filho Alberto, criança muito 
viva. No entanto, poucos meses depois, separou-
se Luciana, constatando infidelidadedo marido. 
Após seis meses (1995), conheceu Humberto 
(R$600.000,00), pai de Regina, portadora de 
síndrome de Down, cuja mãe faleceu no parto. 
Logo, logo a amizade transformou-se em amor, 
resultando na união estável de Luciana e 
Humberto. Desdobrou-se Luciana na educação 
das crianças, ajudando o companheiro na 
administração dos seus negócios. Luciana herdou 
de seu pai (março/2009) uma casa e dois lotes 
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(R$800.000,00); quando sua mãe morreu 
(agosto/2009), herdou Luciana outros bens e 
aplicações em fundos de investimentos 
(R$680.000,00). Luciana permutou a casa e os 
lotes herdados por dois apartamentos 
(R$2.000.000,00), no prédio a ser construído no 
local. Transcorridos poucos meses 
(fevereiro/2010), Humberto veio a falecer, como 
consequência de forte pneumonia. Ainda no 
hospital, pediu à enfermeira uma folha de papel e 
caneta, redigindo seu testamento, deixando toda 
a sua porção disponível para Luciana, nomeando-
a curadora de Regina. Entregou o papel à 
enfermeira, pedindo-lhe que conseguisse dois 
ou três funcionários para assiná-lo como 
testemunhas. Voltando, a enfermeira entregou-
lhe o papel, mas Humberto faleceu minutos 
depois. As quotas das empresas do Humberto 
valem R$2.100.000,00. Pergunta-se: qual o 
direito de cada um? Simples cálculos, poucos 
argumentos. As contas são necessárias. 
Ministério Público Estadual - MPE-SC - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Em 1990, João, 
com 4 anos de idade, passou a ser tutelado pelo 
casal Pedro e Maria. Pedro e Maria, antes de 
receberem a tutela de João, possuíam três filhas, 
Ana, nascida em 1970; Beatriz, nascida em 1972; 
e Cíntia, nascida em 1973, essas filhas biológicas. 
Em 8 de agosto de 2002, Pedro e Maria deram 
início ao processo de adoção de João. Contudo, 
em 10 de setembro de 2003, antes de ser 
prolatada a sentença concessiva da adoção, 
Pedro e Maria faleceram, vítimas de um acidente 
de trânsito. Aberto o inventário no prazo legal, 
Ana, que residia sobre o imóvel escriturado em 
nome dos pais falecidos, com área de 350 
hectares, foi nomeada inventariante e arrolou 
apenas suas irmãs como herdeiras, silenciando 
sobre o processo de adoção que continuava 
tramitando. Em 10 de junho de 2004 foi 
homologada, por sentença, a partilha amigável e, 
em 16 de setembro de 2006, após o trânsito em 
julgado da decisão que concedeu a adoção de 
João aos falecidos Pedro e Maria, ele ingressou 
com ação declaratória de nulidade de partilha 
cumulada com petição de herança em desfavor 
de Ana, Beatriz e Cintia, objetivando buscar o seu 
quinhão hereditário. A ação foi contestada pelas 
demandadas que arguiram, em preliminar, a 
ilegitimidade passiva, ao argumento de que o 
espólio é que deveria figurar no pólo passivo da 
ação. Suscitaram, ainda, que a via eleita pelo 
autor não é adequada para o fim colimado, sendo 
apropriado o manejo da ação rescisória prevista 
no artigo 1.030, III, do CPC. E que, ainda que 
assim não fosse, pretendendo o autor a anulação 
da partilha, tornar-se-ia inarredável o 
reconhecimento da prescrição, em face ao que 
dispõe o artigo 1.029, parágrafo único, inc. III, do 
CPC. O candidato deverá manifestar-se sobre os 
seguintes pontos (não há necessidade de 
elaboração de peça processual): 1) a 
possibilidade da adoção efetuada após a morte 
dos adotantes e os efeitos da sentença que a 
concede; 2) a legitimidade passiva no caso 
proposto; 3) a utilização da ação rescisória para 
rescindir a sentença que homologou a partilha 
amigável; 4) a ação (ações) necessária(s) para o 
autor obter seu quinhão e o prazo prescricional 
para o exercício de sua pretensão. 
- Resposta: A possibilidade da adoção efetuada 
após a morte dos adotantes: o candidato deverá 
responder ser possível a adoção pós-morte, 
desde que presentes as condições do artigo 42, § 
6º, do ECA e/ou 1628 do Código Civil, e os efeitos 
da sentença que a concede retroagem à data do 
óbito, conferindo ao adotado os mesmos direitos 
hereditários. 0,5. Legitimidade passiva é dos 
herdeiros, pois a ação de petição de herança é 
movida contra os herdeiros, a teor do contido no 
artigo 1.824 do CC. 0,5. A utilização da ação 
rescisória para rescindir a sentença que julgou a 
partilha. A rescisória não é cabível neste caso, 
haja vista que a sentença homologou a partilha 
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 13 
amigável. A rescisória do art. 1.030 pressupõe 
que o herdeiro preterido tenha sido parte no 
processo. 0,5. A ação adequada para que o 
herdeiro possa receber sua quota hereditária é a 
ação de petição de herança, movida contra os 
herdeiros, prevista no artigo 1.824 do Código 
Civil, e prescreve em 10 anos, de acordo com o 
artigo 205 do Código Civil. 0,5. PONTOS A 
REDUZIR: Linguagem, redação, clareza de idéias, 
estrutura das frases e coerência 
lógica/argumentativa. - 0,4. Ortografia. - 0,2. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Como se dá a 
participação da companheira ou do companheiro 
na sucessão do outro em se tratando de filiação 
híbrida? 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Dissertação. O 
Sr. Antônio, casado com Dª Maria, no regime de 
comunhão universal, teve com a esposa três 
filhos, Adriana (1969), Daniel (1970) e Luciana 
(1971). Industrial, pôs os filhos para trabalhar na 
indústria, pagando-lhes salários condizentes. 
Anos depois, o Sr. Antônio teve um caso com 
Virgínia, nascendo-lhes Fernando (1998), 
declarada a paternidade no registro civil, nos 
termos do art. 2º da Lei n. 8.560/92. Em data 
posterior, manteve o Sr. Antônio relações com 
outra mulher, gerando Maria Elza, nascida em 
2005, reconhecida por sentença, proferida em 
ação de investigação de paternidade. Dª Maria, 
querendo proteger seus filhos, já diplomados e 
comandando a indústria, convenceu o Sr. Antônio 
a fazer a venda do apto. n. 1.401, à Av. Afonso 
Pena, 2.345 para a filha Adriana, pelo preço de 
R$500.000,00, bem como a venda do apto. n. 
1.402 para pessoa indicada por Daniel, seu 
cunhado, também pelo preço de R$500.000,00, 
cujo imóvel, em 2008, foi-lhe transferido; 
finalmente, o Sr. Antônio e Dª Maria doaram o 
apto. n. 603, do mesmo prédio, do mesmo valor, 
para a filha Luciana, dispensada a colação. O Sr. 
Antônio fez testamento público, em 2007, 
deixando para sua esposa, Dª Maria, sua porção 
disponível, vindo a falecer em dezembro de 2008 
de parada cardíaca, restando-lhe o patrimônio de 
R$800.000,00. Virgínia contrata advogado para 
postular os direitos de Fernando, argüindo os 
negócios jurídicos entre pais e filhos e pondera os 
seguintes tópicos: o problema das doações, a 
inoficiosidade, as colações; a venda de 
ascendentes a descendentes ; a possível venda 
para interposta pessoa; a natureza jurídica do 
vício e os prazos prescricionais. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Antônio e 
Maria casaram no regime de separação 
convencional de bens; tiveram a filha Isabella, 
que veio a bacharelar-se em Direito na UFMG.Antônio, muito trabalhador, ganhou bom 
dinheiro, viajando, comprando e vendendo 
mercadorias. Em uma dessas viagens, conheceu 
Daniela, residente em Ipatinga, com quem teve 
os filhos Carolina e Daniel. O Sr. Antônio pagou os 
estudos desses filhos, durante quatro anos, com 
despesa mensal, em média, de R$600,00. Certa 
feita, Antônio comprou uma casa para Carolina e 
Daniel, no valor de R$80.000,00. A pedido de 
Maria, Antônio adquiriu o apto. n. 1.201, do Ed. 
Príncipe de Galles, no valor de R$480.000,00 para 
sua sogra. Querendo conforto para seus pais, 
Antônio doou-lhes o apto. 401, da Rua Luz, 32, 
no valor de R$270.000,00. Submetido a 
transplante do fígado, não resistiu, vindo Antônio 
a falecer em dezembro de 2008; seu patrimônio 
somou R$3.000.000,00, tendo uma dívida com o 
Banco do Brasil, no valor de R$118.000,00 e 
outra com o Biocor, no valor de R$42.000,00. 
Dividir o monte. (não há necessidade de 
explanações doutrinárias, mas, tão-somente, o 
valor devido para cada herdeiro). 
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 14 
Ministério Público Estadual - MPBA - Ano: 2008 - 
Banca: FESMIP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos das Sucessões - Rodrigo 
Prazeres Malgrado, casado com Fernanda Lulu 
Malgrado, pelo regime de comunhão parcial de 
bens, fazendeiro na cidade de Casaquinha e 
detentor de um patrimônio no valor de R$ 
500.000,00 (quinhentos mil reais), era pai de 
cinco filhos; Daniel, Maria, José, Carlos e 
João, todos oriundos do matrimônio havido 
com Fernanda Lulu Malgrado. Em razão do 
grande vínculo afetivo que seus filhos Daniel e 
João, menores impúberes, mantinham com 02 
(dois) cavalos, avaliados em R$ 50.000,00 
(cinqüenta mil reais) cada, Rodrigo, no dia 
15/09/2007, resolveu doar-lhes os animais, 
informando, no ato da alienação, que esses bens 
foram afetados da parte disponível. Acontece que 
em 11/10/2008 Rodrigo faleceu, sem deixar bens 
particulares e com um patrimônio, construído em 
parceria com sua esposa, equivalente a R$ 
180.000,00 (cento e oitenta mil reais). Com o 
óbito, promoveu-se a abertura do inventário, na 
única Vara da Comarca de Casaquinha. Os três 
filhos menores, Maria, Carlos e José, 
juntamente com a cônjuge sobrevivente, 
Fernanda Lulu Malgrado, verberaram, nos autos 
da dita demanda, que a doação dos cavalos, 
realizada pelo de cujus a Daniel e João, 
configura adiantamento de legítima, razão 
pela qual deve ser trazida à colação. Ad 
argumentandum tantum, na hipótese do Juízo 
não acolher a arguição de adiantamento de 
legítima, aduziram que a doação extrapolou a 
parte disponível, pois, ao tempo da morte, o 
valor dos bens doados ultrapassou a metade 
disponível. Suscitada a controvérsia no processo, 
o juiz, ao despachar a petição, em razão de 
figurar menores no fólio, determinou fosse 
colhida a manifestação do Ministério Público. Em 
seguida, encaminharam-se os autos ao Promotor 
de Justiça de Casaquinha. Na condição de 
Presentante do Parquet na referida Comarca, 
tendo em conta os dados contidos no texto, 
emita parecer, de modo fundamentado, 
ressaltando as questões jurídicas aventadas por 
Fernanda, Maria, Carlos e José, indicando, 
inclusive, que montante caberá a cada herdeiro, 
ao término do inventário. 
Ministério Público Estadual - MPE-BA - Ano: 
2012 - Banca: MPE-BA - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Durante 
atendimento ao público da Comarca de Brejinhos 
dos Anzóis/Ba, o Promotor de Justiça ali atuante 
foi procurado pela ruralista Carazinha Passos, 
grávida de 3 (três) meses, que, na ocasião, 
imputou a paternidade do filho que esperava a 
Cravinhos Mota, o qual, segundo alegou a 
gestante, vinha se esquivando de adimplir com a 
respectiva obrigação alimentar. Notificado o 
suposto pai em derredor dos informes levados ao 
Presentante do Parquet, a tentativa conciliatória 
restou inexitosa. Desse modo, colhidos os dados 
necessários à convicção para ajuizamento da 
adequada medida judicial, o órgão do Ministério 
Público, diante de situação vertente, propôs ação 
de alimentos, patrocinando os interesses do 
nascituro em face do genitor, na suprarreferida 
Comarca, na respectiva Vara de Família, 
pleiteando o pagamento de verbas alimentares, 
no valor mensal de R$ 500,00 (quinhentos reais). 
De acordo com a peça incoativa, o Réu nunca 
envidou qualquer esforço no sentido de prestar 
amparo material à gestante, a despeito de ter 
sido instado a esse mister, uma vez que trabalha. 
Autuado o processo, determinou-se a citação do 
Alimentante, para, querendo, responder à 
pretensão autoral. Manifestando-se, após regular 
cumprimento do ato citatório, o Acionado 
sustentou que os alimentos gravídicos não gozam 
de amparo jurídico pátrio. Além disso, alegou que 
se encontra desempregado há 3 (três) anos, 
realizando serviços sazonais que sequer lhe 
proporcionam o suficiente para custear sua 
alimentação e moradia. No curso da fase 
instrutória, ficou demonstrado que, malgrado a 
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 15 
inexistência de vínculo formal no labor por ele 
desempenhado, o Demandado aufere renda 
mensal capaz de suportar o montante solicitado. 
Concluída a instrução, manifestando-se em 
razões finais, o Membro do Ministério Público, 
que subscreveu a inicial, ressaltou que o pedido 
alimentar se legitima pela necessidade de custear 
as despesas adicionais do período de gravidez, 
que sejam dela decorrentes, da concepção ao 
parto, bem assim aquelas relativas à alimentação 
especial, assistência médica, exames 
complementares e medicamentos, conforme 
previsão legal, acrescentando, em arremate, que 
se provou, a sobejo, a capacidade financeira do 
Acionado. Em manifestação derradeira, o 
Requerido, por seu turno, reconheceu que, 
efetivamente, passou a exercer atividade 
profissional, auferindo renda suficiente capaz de 
atender ao dever alimentar que lhe foi pedido. 
No entanto, insiste na tese de que o filho ainda 
está por nascer, o que indica ser a pretensão 
indevida. Conclusos os autos ao Juiz Substituto, 
foi proferida sentença, tendo o Magistrado 
extinguido o processo sem resolução do mérito, 
asseverando que o Ministério Público não é parte 
legítima a figurar no polo ativo da peleja de 
alimentos, uma vez que refoge às suas 
atribuições o aforamento de ação desse jaez, 
argumentando, ademais, a existência de 
advogados solícitos, na Comarca, à prontidão 
para o exercício do munus de defensor. 
Prosseguindo, os autos foram encaminhados ao 
Presentante do Parquet, para conhecimento do 
decisum. Na qualidade de Promotor(a) de Justiça, 
considerando as premissas fáticas e jurídicas 
apresentadas, adote a providência que reputa 
adequada, elaborando a respectiva peça, capaz 
de ferretear o provimento judicial, ressaltando os 
fundamentos pertinentes. 
- Resposta: A expectativa da Comissão é que o 
candidato observe os seguintes aspectos: 1) 
formalidades que cercam uma apelação, 
sobretudo direcionamento ao Juízo Singular, 
com pedido de remessa ao Tribunal de Justiça, 
relato dos fatos, indicação de error in 
procedendo e error in judicando, com a 
respectiva fundamentação, além do pedido de 
reforma de decisão vergastada; 2) faça menção 
sobre a legitimidadedo Ministério Público para 
ajuizar ação de alimentos, pelas seguintes 
razões: 2.1) atribuição do Parquet na defesa de 
direito individual indisponível, a teor do que 
menciona o art. 127 da Constituição Federal; 
2.2) expressa previsão para atuação em 
demanda de alimentos, conforme se interpreta a 
partir do art. 227 da CF; 2.3) respeito ao 
princípio da proteção integral ou prioridade 
absoluta do nascituro; 2.4) impossibilidade de 
escudar o Parquet na defesa de interesse social 
relevante, sobretudo em se tratando de pessoa 
desprovida de recursos para contratar advogado 
particular; 3) invoque a teoria da causa madura, 
consagrada no art. 515, §3º, do CPC, por se 
tratar a hipótese vertente de extinção do 
processo sem julgamento do mérito (art. 267), 
versando sobre questão exclusivamente de 
direito, que está em condições de imediato 
julgamento. 4) ressalte que a controvérsia reside 
apenas em relação à aventada improcedência 
dos alimentos gravídicos, já que foi reconhecida 
a capacidade de prestá-los, o que implica pedido 
de apreciação direta do mérito. 5) demonstre 
conhecimento acerca do princípio do 
aproveitamento dos atos processuais, celeridade 
e duração razoável do processo. 6) esclareça 
que, ao contrário do que tentou fazer crer o 
Apelado, os alimentos gravídicos gozam de 
largo amparo legal, doutrinário e 
jurisprudencial, estando, portanto, 
contemplados no sistema jurídico pátrio, 
sobretudo pela promulgação da Lei 
11.804/2008, que, em seu art. 2º, garante à 
gestante amparo material para custeio das 
despesas adicionais do período de gravidez, que 
sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, 
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 16 
como também aquelas referentes à alimentação 
especial, assistência médica, exames 
complementares e medicamentos. 7) pontue 
que, embora o entendimento em derredor da 
ilegitimidade ministerial encontrasse respaldo, o 
que não acontece, a providência mais 
consentânea com a situação não seria extinguir-
se o feito sem resolução do mérito, mas 
proceder a intimação da parte autora, para, nos 
termos do art. 13 do CPC, sanar a capacidade 
postulatória, indicando novo patrono, a quem 
incumbiria apenas ratificar os atos processuais 
já praticados. 8) requeira a antecipação da 
tutela recursal, no sentido de que a Relatoria 
acolha, de imediato, o pedido de fixação dos 
alimentos em favor do nascituro. 9) 
prequestione os dispositivos constitucionais e 
infraconstitucionais atinentes à matéria. 10) 
pugne, ao final, pelo provimento do recurso, 
para que a sentença seja anulada, julgando-se 
imediatamente o mérito, deferindo alimentos 
gravídicos em R$ 500,00 (quinhentos reais) por 
mês. Subsidiariamente, na hipótese de ser 
mantida a tese de ilegitimidade, pelo Tribunal 
de Justiça, seja determinada, com supedâneo no 
art. 515, §4o, do CPC, a intimação do 
alimentando para regularizar a capacidade 
postulatória, indicando novo patrono, a quem 
incumbirá a validação de todo o iter processual 
já ocorrido. 
Ministério Público Estadual - MPE-SC - Ano: 2012 
- Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - O Promotor de 
Justiça atende em seu gabinete, durante o 
expediente, Antônio e Maria, brasileiros, casados 
entre si, residentes e domiciliados em município 
de Santa Catarina, apresentando, 
aparentemente, plena capacidade e aptidão para 
exercerem o poder familiar. Manifestam 
interesse em adotar uma criança. Além desse 
fato, narram que Antônio descobriu, através de 
um exame de DNA, que possui um filho, José, de 
onze anos de idade, fruto de um relacionamento 
extraconjugal, registrado apenas em nome da 
mãe biológica, Sara, a qual faleceu. Sara, antes de 
falecer, fez um testamento no qual nomeou 
Pedro tutor para José e manifestou 
expressamente a condição de Antônio, como pai 
biológico de José. Pedro é o atual tutor de José. 
José tem problemas mentais leves. Eles fazem 
uma série de questionamentos, os quais deverão 
ser respondidos pelo candidato 
fundamentadamente, com expressa referência 
aos dispositivos legais e às correntes doutrinárias 
e jurisprudenciais divergentes, caso existentes: a) 
Deve o Promotor de Justiça prestar atendimento 
ao público? Em que dispositivo(s) da Lei Orgânica 
do Ministério Público do Estado de Santa Catarina 
(Lei Complementar Estadual n. 197/2000) há 
embasamento para tal dever? O que é educação 
inclusiva? b) O casal pretende adotar uma 
criança, porém eles não figuram na lista 
(cadastro) de adoção. A lei prevê hipóteses em 
que mesmo que a pessoa não esteja na lista 
(cadastro) possa ser deferida a adoção? Se 
positiva a resposta, quais as hipóteses e o(s) 
respectivo(s) dispositivo(s) legal(is)? O que é 
adoção intuito personae? O que é adoção 
unilateral? c) Por quais formas pode ser feito o 
reconhecimento de paternidade de filhos havidos 
fora do casamento, conforme a legislação 
brasileira? Após efetuado o reconhecimento de 
paternidade por Antônio, cessa a condição de 
tutelado de José? É eficaz cláusula que estabeleça 
como condição para o reconhecimento da 
paternidade que José não pleiteie alimentos 
contra Antônio, na hipótese da guarda 
futuramente ser entregue a terceira pessoa? 
Quais os parâmetros devem ser adotados pelo 
Juiz ao fixar alimentos para criança ou para 
adolescente em desfavor de genitor? O que é ato 
de alienação parental? Comprovada a alienação 
parental, em ação autônoma ou incidental, o Juiz 
poderá aplicar quais medidas previstas em lei? O 
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 17 
que é guarda compartilhada? O que é guarda 
unilateral? 
- Resposta: Sim. Artigo 157, XIV da Lei 
Complementar Estadual n. 197/2000. 0,10 
pontos A.2 - Defesa do direito de todos os 
alunos de estarem juntos, aprendendo e 
participando, sem nenhum tipo de 
discriminação. Artigos 205, 206, I e 208 e incisos 
da CF e artigos 53, I, 54, III e 55 do ECA. 0,20 
pontos - B.1 - Sim, artigo 50, §13 – ͞“oŵeŶteà
poderá ser deferida adoção em favor de 
candidato domiciliado no Brasil não cadastrado 
previamente nos termos desta Lei quando: I - se 
tratar de pedido de adoção unilateral; II - for 
formulada por parente com o qual a criança ou 
adolescente mantenha vínculos de afinidade e 
afetividade; III - oriundo o pedido de quem 
detém a tutela ou guarda legal de criança maior 
de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o 
lapso de tempo de convivência comprove a 
fixação de laços de afinidade e afetividade, e 
não seja constatada a ocorrência de má-fé ou 
qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 
238 desta Lei. B.2 - É a adoção em que os pais da 
criança escolhem a família que a adotará. 0,15 
pontos - B.3 - Se um dos cônjuges ou concubinos 
adota o filho do outro, mantendo-se os vínculos 
de filiação entre o adotado e o cônjuge ou 
concubino do adotante e os respectivos parentes 
(artigo 41, parágrafo 1º do ECA). 0,10 pontos - 
C.1 - Art. 1609 do CC - O reconhecimento dos 
filhos havidos fora do casamento é irrevogável e 
será feito: I - no registro do nascimento; II - por 
escritura pública ou escrito particular, a ser 
arquivado em cartório; III - por testamento, 
ainda que incidentalmente manifestado; IV - 
por manifestação direta e expressa perante o 
juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o 
objeto únicoe principal do ato que o contém. 
0,10 pontos - C.2 - Artigo 1.763, II do CC - Cessa a 
condição de tutelado: I – [...]; II - ao cair o menor 
sob o poder familiar, no caso de 
reconhecimento ou adoção. 0,10 pontos - C.3 - 
Não. Art. 1.613 do CC. São ineficazes a condição 
e o termo apostos ao ato de reconhecimento do 
filho. 0,15 pontos C.4 - Art. 1.694 do CC – 
Podem os parentes, os cônjuges ou 
companheiros pedir uns aos outros os alimentos 
de que necessitem para viver de modo 
compatível com a sua condição social, inclusive 
para atender às necessidades de sua educação. 
§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na 
proporção das necessidades do reclamante e 
dos recursos da pessoa obrigada. 0,15 pontos. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2011 
- Banca: MPDFT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Oà ŵeŶoƌà ͞á͟,à
nascido em 2004, recebe pensão alimentícia de 
seuà geŶitoƌà ͞B͟,à fidžadaà judiĐialŵeŶte.à Coŵà oà
falecimento do Alimentante, poderá a obrigação 
aliŵeŶtaƌà seƌà tƌaŶsŵitidaà aosà heƌdeiƌosà deà ͞B͟,à
bem como lhes ser exigido o pagamento do 
débito alimentar em atraso? Justifique a sua 
resposta segundo o entendimento doutrinário e 
jurisprudencial. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2011 
- Banca: MPDFT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Como o sistema 
jurídico disciplina o problema concreto do 
conflito de valores entre a manutenção do dogma 
da autonomia patrimonial das sociedades 
empresárias e os interesses dos credores diante 
da prática de atos abusivos pela pessoa jurídica? 
1) Indique o objetivo do instituto jurídico em 
apreço e discorra sobre as teorias erigidas a partir 
do disposto no Código de Defesa do Consumidor 
e no Código Civil. 2) É possível a aplicação da 
medida em comento no Direito de Família? 
Esclareça. 
Ministério Público Estadual - MPE-MA - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MA - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - O TSE, nas eleições 
municipais, realizou julgamento em que se 
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 18 
discutia a incidência e alcance da regra do art. 14, 
§ 7º, da Constituição da República de 1988. 
Pergunta-se: 1) o juiz eleitoral de primeira 
instância, ao julgar pedido de registro de 
candidata a prefeita, pode reconhecer a 
inelegibilidade em decorrência de relação 
estável homossexual mantida com a prefeita do 
município? Justifique a reposta. 2) apesar de o 
Direito de Família não reconhecer como entidade 
familiar a união estável e outros institutos 
jurídicos semelhantes - entre pessoas do mesmo 
sexo, pode a Justiça Eleitoral reconhecer a 
repercussão de tal relação na esfera eleitoral? 
Justifique a resposta. 3) em que consiste a regra 
da inelegibilidade reflexa? Quais são duas (2) 
finalidades da proibição, segundo a doutrina e 
jurisprudência? 4) no que diz respeito ao cônjuge, 
a interpretação do dispositivo constitucional 
abrange outras situações não previstas 
expressamente? Cite dois (2) exemplos, se 
houver. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Disserte sobre 
todos os regimes de bens entre cônjuges 
existentes no Direito brasileiro. Além dos 
aspectos jurídicos específicos de cada um dos 
regimes de bens que deverão ser tratados 
individualmente, faça uma análise detalhada dos 
seguintes temas: a) administração e 
disponibilidade dos bens; b) mutabilidade do 
regime de bens; c) pacto antenupcial; d) bens 
incomunicáveis; e) regime de bens aplicável nos 
casamentos, entre estrangeiros domiciliados no 
exterior, realizados no Brasil. A resposta deve ser 
fundamentada, com expressa referência às 
correntes doutrinárias e jurisprudenciais 
divergentes, caso existentes. Transcrição de 
artigos de lei considera-se texto não escrito. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 2011 
- Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Inventário do 
patƌiŵƀŶioàheƌeditĄƌioàdeà͞á͟,àƌeƋueƌidoàpoƌà͞B͟à
eà͞C͟,àsoďƌiŶhosàdoàautoƌàdaàheƌaŶça,àĐujoàſďitoà
ocorreu em 29/07/2005. Declaram que o falecido 
deixou considerável patrimônio, constituído de 
imóveis urbanos, várias propriedades rurais e 
milhares de cabeças de gado a inventariar, e que 
era solteiro, não possuindo ascendentes, 
descendentes, tampouco companheira. 
Sustentam que dentre os sucessores, o 
inventariado deixou 4 irmãs, idosas, que deverão 
concorrer à herança por direito próprio, 
eŶƋuaŶtoàosà͞filhosàdeàduasàheƌdeiƌasàpƌĠ-mortas 
(também irmãs do falecido) a ela concorrerão, 
por direito de representação, nos termos do 
disposto nos artigos 1.851 e seguintes do Código 
Ciǀil,àdeŶtƌeàelesà͞B͟àeà ͞C͟.àPoƌà suaàǀez,à ͞D͟,àŶoà
início do procedimento, buscou por duas vezes 
sua admissão no inventário, para concorrer à 
heƌaŶça,àaoàaƌguŵeŶtoàdeàteƌàĐoŶǀiǀidoàĐoŵà͞á͟,à
em união estável, por mais de 30 anos, alegando 
que na data da abertura da sucessão, ela se 
encontrava na posse e administração dos bens 
deixados pelo falecido. Seus pleitos foram 
encaminhados às vias ordinárias, de modo que 
propôs ação declaratória de união estável com 
pedido de tutela antecipada. PERGUNTA-SE: 
Podeà͞D͞,ààedž-ĐoŵpaŶheiƌaàdeà͞á͟,àƌeƋueƌeƌàsejaà
concedida antecipadamente a posse e a 
administração da metade (50%) dos bens 
adquiridos pelo falecido durante o período da 
união estável, em outras palavras, a sua provável 
meação? Sob que fundamento. De outro modo, o 
desate da lide, na hipótese em julgamento, 
depende das regras sucessórias ou das normas de 
Direito de Família? A meação do companheiro 
sobrevivente integra o direito de herança? 
Responda de forma fundamentada as 
indagações. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - ͞á͟à faleĐeuà eŵà
22/09/2003, deixando bens imóveis a inventariar, 
e dois filhos, seus herdeiros, ambos casados. 
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 19 
Consta dos autos, ainda, certidão de testamento, 
por meio do qual os bens deixados pela testadora 
aà ͞B͟,à uŵà dosà heƌdeiƌosà ŶeĐessĄƌios,à foƌaŵà
gravados de cláusulas de inalienabilidade, 
incomunicabilidade e impenhorabilidade, 
extensivas aos respectivos frutos e 
rendimentos. Ressalta-se que o testamento foi 
elaborado sob a égide do CC/16. PERGUNTA-SE: 
As cláusulas de inalienabilidade, 
impenhorabilidade e incomunicabilidade, 
gravadas no testamento sobre os bens da 
legítiŵaà deidžadosà aà ͞B͟,à uŵà dosà heƌdeiƌosà
necessários, ainda que a testadora não tenha 
declarado a justa causa no prazo de um ano 
fixado no art. 2.042 do CC/02, devem subsistir ou 
não? Responda de forma fundamentada. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Segundo 
entendimento doutrinário e jurisprudencial 
majoritário, principalmente do Superior Tribunal 
de Justiça, a alienação feita por ascendente a 
descendente é, desde o regime originário do 
Código Civil de 1916 (art. 1.132), ato jurídico 
anulável. Tal orientação veio a se consolidar de 
modo expresso no novo Código Civil/02, art. 496. 
Também se consolidou o entendimento de que, 
para a invalidação desses atos de alienaçãoé 
necessário, além da iniciativa da parte 
interessada, outros requisitos. Assim, cite esses 
outros requisitos, de acordo com entendimento 
doutrinário e jurisprudencial. 
Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 
2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Cláudia, casada 
com Danilo pelo regime da comunhão universal 
de bens, faleceu em 10 de janeiro de 2010. 
Cláudia deixou cinco filhos, havidos com Danilo: 
Eliana, com 15 anos de idade; Fábio, com 13 anos 
de idade; Heitor, com 10 anos de idade; Ivete, 
com 8 anos de idade e Joana, com 5 anos de 
idade. Em sentença de inventário proferida na 
data de hoje, atribuiu-se à viúva a meação 
(equivalente, portanto, à metade de todos os 
bens de titularidade do casal) e mais um quinhão 
hereditário equivalente à quarta parte da 
herança deixada pelo de cujus. No cálculo da 
meação foi incluído, entre outros, imóvel 
adquirido por Claudia antes do casamento a 
título de herança deixada por um parente 
colateral. Diante dos fatos narrados, responda: 
(a) a sentença de partilha atendeu integralmente 
às regras pertinentes ao regime de bens e (b) à 
sucessão hereditária? A resposta deve ser dada à 
luz dos fatos constantes do enunciado e com a 
expressa indicação dos dispositivos legais 
pertinentes. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - A União Estável é 
atualmente reconhecida não só em nossa 
Constituição Federal, mas também em diversas 
normas infra-constitucionais. Esse instituto veio a 
dar concretude às unidades familiares ainda não 
protegidas pelas regras que já se aplicavam ao 
casamento. O artigo 226, parágrafo 3º., da 
Constituição Federal, os artigos 1723 a 1727, do 
Código Civil e a Lei 9278/96, na parte não 
revogada pelo Código Civil, disciplinam as 
questões relativas à União Estável, inclusive as de 
cunho patrimonial, sendo, porém, explícitos os 
textos normativos no sentido de reconhecerem a 
União Estável entre homem e mulher. Nossos 
Tribunais Superiores vêm se debruçando sobre a 
interpretação das normas acima mencionadas e o 
pretendido reconhecimento da União Estável 
entre pessoas do mesmo sexo, acolhendo tal 
pretensão. Considerando o exposto, enumere os 
argumentos que justificam o reconhecimento da 
União Estável entre pessoas do mesmo sexo, 
indicando os respectivos fundamentos 
constitucionais e legais. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
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Assunto: Direitos de Família - Eustáquio de 
Oliveira, pai de dois filhos (Antonio e Carlos), já 
separado da mãe dos meninos, Maria dos Santos, 
possui 02 (dois) bens imóveis e 01 (um) veículo 
automotor, adquiridos anteriormente à União 
Estável que atualmente mantém com Josefina de 
Souza; Eustáquio concebeu com Josefina de 
Souza outro filho, Benedito. Dias antes do 
nascimento de Benedito, Eustáquio doou seus 
bens imóveis para Antonio e Carlos, reservando 
para si o usufruto de tais bens e remanescendo 
titular do domínio apenas do veículo automotor. 
Diante de tal situação, responder se a doação 
promovida por Eustáquio poderia ser invalidada, 
justificando e fundamentando; também informar 
se Benedito, que não é titular de qualquer bem 
móvel ou imóvel, faria jus, em caso de invalidade, 
aos bens doados e em qual proporção, indicando 
o fundamento jurídico e legal para tanto. 
Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 
2010 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Mesmo casado 
com Joana no regime de comunhão parcial, é 
casa com Maria no mesmo regime no dia 
05.01.2005. Posteriormente e sucessivamente 
casa também com Juliana no regime da 
comunhão universal no dia 10.01.2005, 
mantendo, assim, relações familiares paralelas. 
Na constância destes casamentos José adquire 
onerosamente na data de 20.03.2005 um 
imóvel no valor de R$ 150.000,00. Ainda na 
constância destes casamentos José, a título de 
herança, recebe um imóvel rural no valor de R$ 
50.000,00. No dia 10.01.2007 o Ministério 
Público propõe ação de nulidade dos 
casamentos. No dia 05.02.2008 transita em 
julgado as sentenças de nulidade dos 
casamentos, reconhecendo, em relação à mulher 
Maria, a putatividade. No dia 10.03.2008 José 
falece, deixando somente quatro filhos do 
primeiro casamento e os bens imóveis suso 
mencionados. Considerando todos estes fatos, 
identifique os direitos dos cônjuges e dos filhos a 
luz da lei, da doutrina e da jurisprudência. 
- Resposta: Expectativa de resposta. Joana e 
Maria terão meação sobre o bem adquirido 
onerosamente na constância dos casamentos, 
em razão da validade do primeiro e 
putatividade do segundo. Em relação a Juliana, 
está não terá direito de meação ou herança em 
razão da sentença que decretou a nulidade, 
produzindo efeito ex tunc. Quanto a herança, só 
terão direitos sucessórios Joana e os filhos, pois 
José faleceu posteriormente a data do trânsito 
em julgado que decretou a nulidade de seu 
casamento. A resposta deverá abordar ainda o 
valor das meações e dos quinhões hereditários. 
Joana fará jus a ¼ da herança sobre os bens 
particulares. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Separação judicial 
causada por algumas das graves infrações dos 
deveres do casamento: a) sevícia e injúria grave 
b) inseminação artificial c) abandono material e 
moral dos filhos d) imputação caluniosa. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Qual a diferença 
entre união estável e concubinato segundo o 
Código Civil? 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Qual é o 
tratamento dispensado no Estatuto do Idoso (Lei 
n. 10.741/2003), em relação à obrigação 
alimentar, quando o alimentando for pessoa com 
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos? 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Como o Estatuto 
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 21 
da Criança e do Adolescente considera a família 
extensa ou ampliada em relação à adoção? 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 
- Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - A respeito do 
união estável, redija um texto dissertativo 
abordando, necessariamente, os seguintes 
aspectos: 1- efeitos jurídicos; 2- direito real de 
habitação. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 
- Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Redija um texto 
dissertativo a respeito da obrigação alimentar 
decorrente do direito de família, abordando 
necessariamente o seguinte: 1- abrangência dos 
alimentos; 2- características do obrigação; 3- 
causas extintivas do obrigação alimentar. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 
- Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - O Promotor de 
Justiça do Ministério Publico do DF e Territóriosde Plantão recebeu uma reprodução fac-símile 
assinada por dois médicos de plantão em um dos 
hospitais públicos do Distrito Federal, relatando a 
seguinte situação: "Relatório: Mãe, menor de 15 
anos de idade, grávido de 27 semanas + 3 dias de 
gestação, geminar (gêmeos) e de muito baixo 
peso. Devido a prematuridade extrema, ha 
grande risco de seqüelas e iminência de morte 
dos crianças. caso o parto ocorra em local sem os 
devidos aparatos - UTI Neonatal. Este hospital 
não dispõe de UTI Neonatal e não ha vaga 
disponível em outro hospital publico. Mãe já 
estão em franco trabalho de parto e o ideal a que 
os recém-nascidos sejam transferidos, ainda no 
i:utero materno, para hospital com UTI Neonatal, 
pois, assim diminui-se os riscos de óbito dos 
crianças ou seqüelas em virtude do transporte 
pos-natal." Promotor de Justiça de Plantão, 
ingressou com AÇÃO CIVIL PUBLICA, com pedido 
de antecipação de tutela, contra a pessoa jurídica 
de direito publico objetivando conseguir 
tratamento e internação em leito de UTI 
Neonatal para os, ate agora, nascituros, seja no 
rede pública de saúde, ou se impossível como 
noticiado pelos médicos, no rede particular de 
saúde, já que teve noticia de existência de vagas 
em hospital particular. Nesse ultimo caso, o réu 
deveria arcar com os custos advindos do 
tratamento e internação dos nascituros e sua 
mãe. O Juiz de plantão deferiu o pedido de 
antecipação do tutela e determinou a internação 
do mãe grávida em hospital do rede publica, ou 
privada. para os procedimentos médicos 
necessários. inclusive para os bebes que estavam 
por nascer, conforme Relatório Medico, devendo 
suportar o réu as despesas decorrentes. Os autos 
foram distribuídos ao juízo competente, que 
determinou a cita Gao do réu. No prazo legal, o 
réu apresentou a contestação, acompanhada de 
documento comprovando o cumprimento do 
decisão judicial que antecipou a tutela, em 
hospital do rede particular de saúde. Na ocasião. 
suscitou preliminares de ilegitimidade ativa do 
Ministério Publico, folio de interesse de agir e de 
impossibilidade jurídica do pedido, requerendo a 
extinção do processo sem resolução de mérito. 
No mérito, postula a improcedência do ação 
porque não houve negativas de tratamento a 
mãe ou as crianças, mesmo dificuldades 
temporárias de atendimento imediato dos 
mesmos; a violação ao principio do separação de 
poderes; a clausula de reserva do possível. Os 
autos foram encaminhados ao Promoter Natural. 
Na condição de Promotor Natural do case, o 
candidate deve elaborar a peca processual 
pertinente, e sustentar, com fundamentos fáticos 
e jurídicos: a inocorrência dos preliminares 
suscitadas, a(s) função (ões) institucional (is) do 
Ministério Publico, o(s) direito(s) fundamental (is) 
envolvidos, a eficácia de tal (is) direito(s), a 
separação de poderes, a procedência do ação, e 
outra(s) questão (ões) constitucional que 
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 22 
considere a importância neste momento 
processual. 
Ministério Público Estadual - MPE-MA - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MA - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Em 10 de janeiro 
de 1990, A.A., representada por sua genitora 
P.A., ajuizou ação de investigação de paternidade 
em face de J.K. O demandado contestou a ação, 
negando a paternidade. Após o saneamento, P.A. 
e J.K. firmaram um acordo comum, pela qual a 
autora desistia da ação, em troca do 
recebimento de um imóvel. Tal acordo teve a 
anuência do Ministério Público e foi 
homologado judicialmente. Em abril de 1991, 
nova ação de investigação de paternidade, 
idêntica à primeira, foi ajuizada. O réu 
contestou, argüindo, preliminarmente, que tal 
demanda não poderia ser proposta, enquanto a 
transação não fosse invalidada. Logo após, o réu 
veio a falecer. O juiz recebeu a inicial e 
determinou, para o prosseguimento da ação, a 
intimação do espólio, que foi representado 
judicialmente pelo inventariante. A autora 
requereu a realização de exame de DNA. O 
juiz deferiu a prova pericial. No entanto, os 
pais do falecido se recusaram a fazê-lo, alegando 
que a mãe da criança era mulher de programas e 
que o falecido era estéril. O juiz, após o parecer 
do Ministério Público, julgou procedente o 
pedido, presumindo-se a paternidade com base 
na recusa da submissão ao exame de DNA, 
bem como fixou, de ofício, alimentos, a partir 
do trânsito em julgado. Responda as seguintes 
perguntas: a) o acordo, realizado pela genitora 
e o investigado, acerca do direito da criança, 
possui validade e eficácia jurídicas em relação ao 
incapaz?; b) pode o Ministério Público alegar 
vício daquele acordo e argüir isto, na segunda 
ação de investigação de paternidade, com 
fundamento no Direito Civil, mesmo tendo 
consentido com o acordo anterior que fora 
homologado judicialmente?; c) com a morte do 
investigado, poderia o espólio figurar no pólo 
passivo da relação processual?; d) a recusa 
injustificada dos ascendentes do falecido em 
realizar o exame de DNA deve implicar a 
presunção da paternidade?; e) havendo o 
reconhecimento da paternidade e a 
necessidade de alimentos, pode o juiz, 
independentemente de ação própria e de 
ofício, fixar pensão alimentícia, a partir do 
trânsito em julgado? Justifique e fundamente as 
respectivas respostas. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Analise as 
transcrições extraídas de acórdãos: 2.1 Uma vez 
estipulada a GUARDA COMPARTILHADA, resta 
presumível o mútuo dever de assistência ao filho 
por seus genitores, tornando-se incompatível a 
obrigação de prestar alimentos, pois, como 
disposto expressamente no art. 1º da Lei 
11.698/2008, a GUARDA COMPARTILHADA 
pressupõe "a responsabilização conjunta e o 
exercício de direitos e deveres" pelo pai e pela 
mãe; (TJMG) .2 Compulsando detidamente o 
processado, também chego à idêntica conclusão 
emanada pelo digno Julgador monocrático e do 
próprio representante do Ministério Público (fls. 
64/65-TJ), no sentido de que, tanto o Estudo 
Social realizado (fls. 14/16TJ), quanto as provas 
testemunhais de fls. 66/69-TJ, demonstram que 
ambos os genitores estão aptos a exercer a 
GUARDA do menor, G. P. G., que, infelizmente, é 
objeto de disputa parental. (TJMG) Considerando 
as transcrições, discorra sobre: a - redirecionando 
o conceito de guarda; b - guarda unilateral e 
guarda compartilhada; c - a guarda 
compartilhada como preferencial. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Tratando-se de 
casamento sob o regime comunhão parcial de 
bens, pode um dos cônjuges fazer doações de 
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 23 
bens móveis sem a autorização do outro? 
Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Civil - 
Assunto: Direitos de Família - Discorra sobre as 
diferenças entre a doação e a compra e venda de 
ascendentes a descendentes e de descendentes a 
ascendentes no ordenamento pátrio, abordando, 
também, os efeitos sucessórios porventura 
existentes. 
Ministério

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