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Transformações da Tipicidade Penal

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Faculdade de Direito Milton Campos 
Centro de Extensão / Comissão de Pesquisa 
Curso de Graduação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS TRANSFORMAÇÕES DA TIPICIDADE PENAL: 
DA MERA LEGALIDADE À EFETIVAÇÃO DA 
GARANTIA MATERIAL 
 
 
 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado como requisito 
parcial para o desenvolvimento de pesquisa 
vinculada a linha institucional de pesquisa na 
Faculdade de Direito Milton Campos. 
 
 
Linha de Pesquisa: A efetividade dos direitos 
fundamentais no Estado Democrático de Direito 
Projeto Estruturante: Direito e Processo Penal e a 
tutela dos direitos fundamentais 
Projeto Individual de Pesquisa: As transformações da 
tipicidade penal: da mera legalidade à efetivação 
da garantia material. 
Professor Coordenador: Prof. Ms.Vitor Kildare Viana 
Perdigão 
 
 
 
 
 
 
Nova Lima 
2008
 2 
Sumário1 
 
I – Tema, p. 3. 
 
II – Delimitação do problema, p. 3. 
 
III – Objetivos da pesquisa, p. 3. 
 
IV – Hipótese, p. 3. 
 
V – Justificativa, p. 4. 
 
VI – Justificativa do interesse pelo tema e da pertinência do projeto à linha de pesquisa 
proposta pela FDMC, p. 7. 
 
 
VII – Metodologia 
 7.1 Marco Teórico, p. 8. 
 7.2 Setores do conhecimento, p. 9. 
 7.3 Processos de estudo, p. 9. 
 7.4 Natureza dos dados e grau de generalização, p. 10. 
 7.5 Técnicas e Procedimentos de análise de conteúdo, p. 11. 
 
 
VIII – Fases da pesquisa, p. 12. 
 
 
IX – Cronograma físico, p. 14. 
 
X – Sugestão de tema para monografias, p. 15. 
 
Referências deste projeto e bibliografia preliminar da pesquisa, p. 16. 
 
1 O presente projeto utiliza-se de elementos do projeto: “DIREITO PENAL E CONSTITUIÇÃO: A VINCULAÇÃO DA TUTELA 
PUNITIVA AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS”, elaborado pelo Prof. Luciano Santos Lopes, e em especial, no que tange à metodologia. 
 3 
I – Tema 
A transformação do conceito de tipicidade penal desde sua criação até os dias 
atuais, as conseqüências jurídicas de tais transformações, suas funções e objetivos, e em 
especial, os contornos a esta dados pelas ciências jurídicas contemporâneas. 
 
II – Delimitação do problema 
Quais são as funções e os objetivos do tipo penal, contemporaneamente? Por quais 
transformações passou? A quais paradigmas epistemológicos está ligado? Como cumpre sua 
função de garantia? Quais são seus modernos contornos? Como passamos do paradigma da 
tipicidade formal para o da tipicidade conglobante? 
 
III – Objetivos 
O objetivo geral desta linha de pesquisa é demonstrar, através de diversas 
abordagens temáticas, que a tipicidade penal deve cumprir a função de materialização do 
principio da legalidade, em sua faceta clássica, a legalidade formal, e em seu matiz 
constitucional contemporâneo, a tipicidade material, como forma de trazer à análise da 
tipicidade da conduta os princípios da lesividade, insignificância, proporcionalidade e da 
intervenção mínima, expressões de um direito penal minimalista. 
São objetivos específicos2: definir o conceito de tipicidade penal, entender a 
necessidade de transposição do conceito de tipicidade formal, para o modelo de tipicidade 
conglobante, que inclui o conceito da tipicidade material, e estabelecer as funções de tais 
institutos no paradigma de um direito penal minimalista, que visa garantir o indivíduo contra os 
arbítrios do Estado. 
 
 
2 Objetivos específicos “se referem a procedimentos ou operações que deverão ser realizados para que, ao final de seu cumprimento, chegue-
se ao produto da pesquisa, atingindo o objetivo geral e ratificando ou não a hipótese da investigação.” (GUSTIN, Miracy Barbosa de Souza; 
DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica, p. 77). 
 4 
IV – Hipótese 
A hipótese que ora se apresenta é a de que a intervenção punitiva, deve ser limitada 
pelos princípios constitucionais (ofensividade, intervenção mínima, entre outros), e tais 
princípios devem se materializar em cada elemento em compõe a infração penal (tipicidade, 
ilicitude e culpabilidade), assim fazendo-se com que estes cumpram suas funções de política 
criminal orientadas pelo minimalismo penal. 
Quando da análise do fato típico, deve o jurista materializar tais princípios 
constitucionais para que se tenha um direito penal garantidor e constitucionalmente orientado, 
assim legitimando e fundamentando a intervenção Estatal no âmbito do direito penal.. 
 
V – Justificativa 
Conjuntamente com o respeito aos direitos fundamentais3, e propriamente com a 
constitucionalização do Direito Penal, verifica-se um movimento expansionista desta seara 
punitiva, nem sempre respeitoso à sua fundamentação constitucional. 
Houve uma mudança considerável nas premissas sociais que requisitam a 
intervenção punitiva estatal. As proteções a bens jurídicos adquirem novos contornos à medida 
que se constata a existência de uma sociedade de maiores riscos. 
Hoje o Direito Penal encontra uma sociedade de riscos, e por isso ingressa em uma 
globalização desinteressada na preservação do indivíduo.4 O sistema punitivo tradicional 
perdeu espaço para uma intervenção agressiva, prevencionista, com excessiva criação tipos de 
crimes de perigo abstrato. 
Apresenta-se assim um movimento de expansão do direito penal5, que não é em si 
ruim, pois preconiza que devemos positivar tipos penais segundo as exigências das 
transformações sociais pela qual nossa sociedade passa, mas se mal interpretado, pode servir de 
 
3Neste projeto, adotar-se-á a expressão direitos humanos fundamentais, ou simplesmente direitos fundamentais, com o 
significado de positivação constitucional dos direitos humanos. DALLARI, Dalmo de Abreu. Estado de direito e direitos 
fundamentais. In Estado de direito e direitos fundamentais, p. 178/179). 
4GOMES, Luiz Flávio; YACOBUCCI, Guillermo Jorge. As grandes transformações do direito penal tradicional, p. 27 e ss. 
5SANCHEZ, Jesus Maria Silva. A expansão do direito penal, p. 25. 
 5 
fundamento para a negação de limites ao direito penal, limites estes que sem os quais o Estado 
se hipertrofia, e, por conseqüência, viola direitos fundamentais. 
O movimento político-criminal expansionista, inclusive, prega a revogação e a não 
aplicação de tipos penais que não mais encontram seu fundamento em valores sociais, assim se 
efetivando o princípio da adequação social, criado por WELZEL6. 
Ocorre que, em clara oposição a este discurso de expansão desregrada, ainda existe 
a necessidade de uma argumentação de ordem constitucional, sob pena de se transformar a 
intervenção estatal em um império normativo punitivo autoritário.7 É o que se convencionou 
denominar de minimalismo penal, ou garantismo penal. 
Assim, faz-se necessário o estudo da aplicabilidade direta de princípios 
constitucionais de incidência direta no tipo penal como o proposto por ZAFFARONI. 
Tal autor aduz que a tipicidade penal não pode mais ser vista apenas como 
tipicidade formal. A tipicidade penal deverá ser a tipicidade conglobante8, esta resultante da 
soma de princípios penais constitucionais, princípios de hermenêutica em interpretação do 
ordenamento jurídico9 e a tipicidade penal clássica, leia-se, tipicidade formal. 
A tipicidade formal, conceituada como a perfeita adequação da conduta praticada 
pelo agente,à descrição abstrata prevista pelo ordenamento jurídico, deve ser somada à 
tipicidade conglobante. 
A tipicidade conglobante é composta da tipicidade material e da antinormatividade 
da conduta do agente. 
A antinormatividade é a relação de contrariedade de determinada conduta, ao 
disposto em determinada norma. Não se confunde com a antijuridicidade, que se expressa na 
relação de contrariedade da conduta do agente com o ordenamento jurídico, considerado como 
um todo. Consoante tal conceito se extrai que a conduta praticada não pode ser típica se for 
 
6 WELZEL, Hans. O Novo Sistema Jurídico - Penal, p. 60. 
7SALES, Sheila Jorge Selim de. Escritos de direito penal, p. 96-97. 
8 Sobre o conceito de tipicidade conglobante cf. ZAFFARONI, Eugenio Raul; ALAGIA, Alejandro e SLOKAR, Alejandro. Derecho penal: 
parte general, p. 461 e ss. 
9 BOBBIO, Norberto. Teoria Geral do Direito, p. 227 e ss. 
 6 
fomentada ou exigida pelo ordenamento jurídico, em determinada norma. O reconhecimento de 
tal instituto esvazia por completo as causas de justificação do estrito cumprimento de dever 
legal e do exercício regular de direito. 
Por fim, tipicidade material é a criação, pela conduta humana voluntária, de efetiva 
lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal incriminadora, ou seja, é a 
aplicação do princípio da lesividade à análise da tipicidade penal. A conseqüência de tal 
aplicação é que condutas, ainda que formalmente típicas, se não lesam ou expõem a concreto 
perigo de lesão bem jurídico-penal algum, carece de tipicidade. De tal se extrai que condutas 
que geram uma ínfima lesão a bens jurídicos, carecem de tipicidade, assim trazendo-se a 
aplicação do princípio da insignificância à aferição da tipicidade de determinada conduta. Por 
fim, se o direito penal somente vai se ocupar de lesões sérias a bens jurídico-penais, vemos 
materializar-se o princípio da intervenção mínima, que preconiza que o direito penal é a ultima 
ratio de atuação do Estado nas relações sociais. 
Podemos ver também a efetiva aplicação do princípio da proporcionalidade, visto 
que se a conduta é insignificante, qualquer pena imposta pelo Estado será desproporcional, 
devido ao fato de o direito penal se o instrumental normativo de intervenção mais gravoso dos 
Estados contemporâneos. 
Assim, tal resultante, denominada de tipicidade conglobante, seria o modelo mais 
adequado de tipicidade penal aos moldes constitucionais do Estado democrático de direito. 
O que se busca com tal teoria é a maximização da efetividade da atuação do sistema 
penal, com a minimização da violência empregada pelo Estado e da existente no seio da 
sociedade. Ferrajoli assevera que: 
 
Um projeto de democracia social é, portanto, formado por todos aqueles elementos 
com os quais se faz um Estado social de direito: este consistente na expansão dos 
 7 
direitos dos cidadãos e correlativamente dos deveres do Estado, ou, se se preferir, na 
maximização da liberdade e das expectativas e na minimização dos poderes. 10 
 
Para que tal equação aconteça, a racionalidade e a efetividade de direitos 
fundamentais devem sempre permear todo o ordenamento jurídico-penal. Assim se obedecerá 
aos ditames constitucionais de legitimação da atividade do sistema penal. 
Assim, a promoção do bem comum e a efetivação dos objetivos mais elevados do 
Estado Democrático de Direito serão, se não alcançados, ao menos buscados. 
Finalizando, a determinação dos limites constitucionais da intervenção penal, no 
âmbito da tipicidade ficará nítida e aperfeiçoada. O que se propõe neste projeto é, agora, 
investigar com clareza como a tutela penal se fundamenta exatamente na proteção dos direitos e 
garantias fundamentais, ainda na análise da tipicidade penal. Parece necessário entender que a 
Constituição limita positivamente a intervenção punitiva. 
 
VI – Justificativa do interesse pelo tema e da pertinência do projeto à linha de pesquisa 
proposta pela FDMC 
A legitimação constitucional de uma tutela punitiva é estrutura conceitual fundante 
de qualquer teoria geral do delito que se almeje construir em um ordenamento jurídico de um 
Estado Democrático de Direito. Aqui se nota a importância do projeto, conectado à linha de 
pesquisa correspondente. 
Há um paradigma inevitável na moderna ciência penal: a sua constitucionalização. 
A elaboração de uma dogmática jurídico-penal baseada nesta premissa autoriza que se construa 
uma teoria geral do delito em sintonia com a perspectiva democrática de intervenção punitiva. 
Atualmente, verifica-se uma preocupação muito grande com a perfeita conceituação e aplicação 
dos princípios constitucional-penais. 
 
10FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão: Teoria do Garantismo Penal, p 798-799. 
 8 
A ligação entre a dogmática penal e a constitucionalização do Direito Penal fica 
ainda mais evidente ao se analisar a questão do bem jurídico. Ponto central da atual teoria da 
tipicidade, é igualmente norteadora das investigações penal-constitucionais. 
Todavia, pensa-se, não basta apenas afirmar que o Direito Penal tem que ser 
constitucionalmente orientado. Isto é insuficiente. Tem-se que pesquisar adiante, localizando 
qual hermenêutica constitucional deve ser aplicada à ordem jurídico-penal, assim, por exemplo, 
buscando-se a efetividade dos valores constitucionais em cada elemento da infração penal. 
Após esta construção constitucional da tutela penal é que se concebe analisar as 
categorias analíticas do delito e da punição: ação, tipicidade, ilicitude, culpabilidade, 
punibilidade, pena, etc. É a teoria constitucional do fato punível, sustentada por GOMES.11 
A pesquisa acerca da relação existente entre os direitos fundamentais e o Direito 
Penal define, em resumo, limites e fundamentos do estudo da Teoria Geral do Delito. 
Esta é a contribuição do presente projeto individual de pesquisa oferecido: 
determinar em que termos os princípios constitucionais tem aplicabilidade na dogmática 
jurídico-penal, e especificamente, na análise da tipicidade penal. 
 
VII – Metodologia 
7.1 – Marco Teórico 
De início, importa confirmar a eleição do marco teórico, já anunciado neste 
projeto. A escolha recai no conceito de tipicidade conglobante12 elaborado por ZAFFARONI, 
que informa que a tipicidade adequada ao modelo de Estado democrático de direito deve, não 
mais ser a tipicidade formal clássica, ligada à mera legalidade, mas sim, a tipicidade 
conglobante, modelo que trás à análise do tipo penal princípios constitucionais e de 
hermenêutica jurídica. 
 
11GOMES, Luiz Flávio. Norma e bem jurídico no direito penal, p. 33. 
12 Sobre o conceito de tipicidade conglobante cf. ZAFFARONI, Eugenio Raul; ALAGIA, Alejandro e SLOKAR, Alejandro. Derecho penal: 
parte general, p. 461 e ss. 
 9 
Por fim, são duas as finalidades de tal definição: definir o controle metodológico da 
pesquisa e avaliar a validade dos resultados obtidos. 
 
7.2 Setores do conhecimento 
Tem-se como delimitação do setor de investigação a proposta interdisciplinar de 
pesquisa, com a coordenação de conteúdos pertencentes de disciplinas diversas. 
Esta pesquisa transita entre duas disciplinas da ciência jurídica. Assim, além de 
propor a conceituação e investigação analítica deconceitos específicos da dogmática jurídico-
penal, esta pesquisa pretende adequar tal resultado conceitual a uma moderna estrutura de 
pensamento do Direito Constitucional-Penal. Ressalte-se o acréscimo da política criminal nos 
estudos a serem abordados. 
A partir desta coordenação de disciplinas conexas, surge um conhecimento 
científico plural. O objeto desta pesquisa poderá ser analisado na inteireza de sua manifestação 
no campo jurídico. O marco teórico escolhido pelo pesquisador ratifica esta 
interdisciplinaridade na investigação. 
 
7.3 Processos de estudo 
Primeiramente, define-se que o Sentido Jurisprudencial define a grande linha 
teórico-metodológica desta pesquisa. Há uma revisitação quanto à questão da dialética entre 
sistema e problema, que devem se coordenar e se complementar.13 
Após, afirma-se que a vertente teórico-metodológica a ser utilizada nesta 
investigação será a jurídico-dogmática.14 Serão pesquisados elementos normativos internos à 
dogmática penal e constitucional, havendo uma correlação entre as estruturas pertencentes ao 
ordenamento jurídico. 
Ressalva seja aqui apresentada, no sentido de anunciar que a presente investigação, 
 
13GUSTIN, Miracy Barbosa de S.; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica, p. 21. 
14GUSTIN, Miracy Barbosa de S.; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica, p. 21. 
 10 
mesmo escolhendo tal vertente, não se fechará às verificações externas das normatividades 
jurídicas testadas. Isto não transforma, contudo, a vertente em sociológica pura. Certo é que 
não há hermetismo nestas escolhas. 
O raciocínio a ser desenvolvido na investigação que se propõe a realizar na 
investigação será do tipo lógico-dedutivo. Evidentemente, diante das limitações deste modelo, 
as contribuições dialéticas e hipotético-dedutivas serão necessárias, de forma a fundamentar 
melhor o resultado da pesquisa e para controlar a subjetividade do pesquisador. Assim, mesmo 
não se prevendo a existência de montagem de modelos experimentais, testes de falseamento da 
hipótese deverão ser realizados se houver necessidade. Faz-se tempo, também, de definir o 
tipo genérico de investigação a ser utilizado. 
Alguns modelos serão adotados, de forma complementar e coordenada. Um 
primeiro modelo será o método histórico-jurídico. Há a necessidade de uma intervenção 
historiográfica para a constatação da hipótese que se deseja demonstrar. Todavia, o método 
jurídico-descritivo (jurídico-compreensivo) também será referência no trabalho, com a 
decomposição do problema trazido. Evidentemente, há intenção propositiva nesta pesquisa, por 
se tratar de linha da área das ciências sociais aplicadas. 
 
7.4 Natureza dos dados e grau de generalização 
A produção do conhecimento (natureza dos dados) será determinada pelas fontes 
primárias e secundárias jurídico-formais.15 Aqui, trata-se de apresentar a natureza dos dados a 
serem colhidos e utilizados. 
A fonte primordial desta pesquisa, que revisitará conceitos e teorias, é secundária. 
Faz-se necessária a percepção do pesquisador, diante do material selecionado para a análise de 
conteúdo. A literatura penal e constitucional será fartamente utilizada. 
Todavia, não pode haver investigação apenas com dados secundários. A autonomia 
 
15BITTAR, Eduardo C. B. Metodologia da pesquisa jurídica, p. 139. 
 
 11 
do pesquisador exige a utilização também de bases de dados oriundas de fontes primárias. Por 
isso, existirá a coleta/utilização de material jurisprudencial/legal existente acerca da aplicação 
prática dos conceitos que serão pesquisados. Como este universo de dados é extenso e 
absolutamente variado, far-se-á uma amostragem (aleatória, com suas variáveis) na colheita do 
material.16 
Doutrinas serão investigadas conforme sua importância e novidade na pesquisa, 
evidentemente não se escolhendo apenas entre aquelas que fundamentam a perspectiva do 
pesquisador. Faz-se importante pesquisar, igualmente, fontes contrárias à hipótese sustentada. 
O objetivo da pesquisa passa por determinar se a suspeita inicial suporta as críticas trazidas por 
doutrinas contrárias. 
Nas fontes primárias, far-se-á uma amostragem de jurisprudências/legislações que 
possam comprovar/rechaçar a hipótese sustentada. A escolha do universo da amostragem se 
dará por critérios objetivos e limitadores da subjetividade do pesquisador (localidade e época 
do julgamento, hierarquia do julgador, entre outros medidores). 
 
7.5 Técnicas e Procedimentos de análise de conteúdo 
Trata-se de relacionar as estratégias metodológicas com a vertente teórica antes 
escolhida, analisando a pertinência da hipótese e concretização dos objetivos propostos. 
A técnica (estratégia metodológica) a ser utilizada é a pesquisa teórica17. Conclui- 
se pela conveniência da adoção deste tipo geral de pesquisa, com investigação relacionada à 
revisão de teoria e de conceitos. Entretanto, a pesquisa apresentará um alargamento da 
perspectiva dogmática, com investigação secundária de ordem zetética18. 
O procedimento metodológico compreenderá a coleta e análise de documentos, de 
 
16GUSTIN, Miracy Barbosa de S.; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica, p. 
17 As pesquisas teóricas priorizam a construção de esquemas conceituais específicos e utilizam-se dos vários processos discursivos e 
argumentativos para o convencimento sobre a validade dos esquemas propostos.“ (GUSTIN, Miracy Barbosa de S.; DIAS, Maria Tereza 
Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica, p. 112). 
18Trata-se de uma linha de pesquisa que visa a desenvolver a consciência histórica, social, filosófica e cultural das práticas jurídicas. (...) Dessa 
forma, capacita-se o raciocínio para a crítica e a reflexão em torno de direito.“ (BITTAR, Eduardo C. B. Metodologia da pesquisa jurídica, p. 
154). 
 12 
leis e de jurisprudências; o levantamento bibliográfico (com listagem, formação e cruzamento 
de dados e elaboração de análises críticas); definição de conceitos e teorias que serão usadas 
como categorias na investigação, para formulação da análise do conteúdo.19 
 
VIII - Fases da pesquisa 
Fase 1 - Conhecimento do objeto da pesquisa e redefinição da investigação 
- Re-elaboração do projeto inicial, aprimorando o objeto da pesquisa 
(redefinição metodológica) e delimitando a problematização definitiva; 
levantamento bibliográfico; coleta de jurisprudências, legislações e outras 
fontes de dados primários; análise da literatura que verse sobre os conceitos e 
teorias elencados na pesquisa; discussão com o orientador. 
 
Fase 2 - Análise do material colhido (investigação, interpretação e qualificação do marco 
teórico do estudo correlacionado com o objeto da pesquisa) 
- Organização, tabulação e agrupamento dos dados e bibliografias colhidas; 
verificação dos marcos teóricos, para controle metodológico da subjetividade; 
interpretação e crítica das informações científicas colhidas, a partir da 
redefinição metodológica da pesquisa; far-se-á, também, a qualificação teórica 
do material obtido; momento de se verificar a pertinência da hipótese 
(ratificando-a ou retificando-a preliminarmente), resolvendo-se os problemas 
apresentados no projeto de pesquisa; discussão com o orientador. 
 
Fase 3 - Discussão e revisão de conteúdo e de textos 
- Há o aprofundamento dos elementos colhidos nas fases anteriores;revisão de 
conteúdo e a verificação das propostas iniciais; elaboração preliminar do texto 
 
19É de se ressaltar que a análise de conteúdo pode ser considerada uma técnica ou um procedimento, sendo que nas pesquisas teóricas 
prevalece esta segunda opção (GUSTIN, Miracy Barbosa de S.; DIAS, Maria Tereza Fonseca. (Re)pensando a pesquisa jurídica, p. 101). 
 13 
conclusivo para análise de sua viabilidade; discussão do texto preliminar da 
tese, com o orientador. 
 
Fase 4 - Elaboração definitiva do relatório da monografia e divulgação dos resultados 
- Redação final d a monografia; revisão do texto e edição final, de acordo com 
as regras técnicas; divulgação de resultados: banca examinadora, em sessão 
pública de defesa. 
 
 14 
IX - Cronograma físico 
 
 1º semestre 2º semestre 3º semestre 
Fase 1 - Conhecimento do objeto/redefinição da 
investigação 
 -Levantamento bibliográfico 
- Coleta de jurisprudências, leis e outras 
fontes de dados - Re-elaboração do projeto inicial 
- Análise da literatura que verse sobre os conceitos e 
teorias elencados nos objetivos 
- Elaboração de relatório parcial para o orientador. 
 
 
X 
X 
 
X 
 
X 
 
 
 
Fase 2 - Análise do material colhido 
- Organização, tabulação e agrupamento 
dos dados e bibliografias colhidas anteriormente 
- Verificação da viabil. do marco teórico 
- Interpretação e crítica das informações 
científicas colhidas 
- Qualificação teórica do material obtido; 
- Verificação da pertinência da hipótese 
- Elaboração de relatório parcial para o 
orientador. 
 
 
X 
 
X 
X 
 
X 
X 
X 
 
Fase 3 - Discussão e revisão de conteúdo e de textos 
- Aprofundamento dos elementos 
colhidos nas fases anteriores; 
- Revisão de conteúdo 
- Verificação das propostas iniciais 
- Elaboração preliminar do texto conclusivo 
- Discussão do texto preliminar da tese, 
com o orientador. 
 
 
 
 
X 
 
X 
X 
X 
X 
Fase 4 - Elaboração definitiva do relatório de 
pesquisa e divulgação dos resultados 
- Elaboração do relatório final (monografia) 
- Defesa perante banca 
 
 
 
X 
X 
 
 15 
X – Sugestão de tema para monografias 
 
 
1 – Tipicidade Penal e Sociedade de Risco. 
2 – Tipicidade Conglobante. 
3 – Evolução Histórica da Teoria do Tipo. 
4 – Princípios Constitucionais Aplicados ao Tipo Penal. 
5 – Limitação Constitucional aos Elementos Normativos do Tipo. 
6 – Ratio Essendi, Ratio Cognoscendi e Teoria dos Elementos Negativos do Tipo. 
7 – Tipicidade Penal e Imputação Objetiva. 
8 – O Tipo Penal e as Funções de Garantia do Princípio da Taxatividade. 
9 – Política Criminal, Minimalismo Penal e Tipicidade. 
10 – Limites Constitucionais à Criação de Tipos Penais. 
 16 
Referências deste projeto e bibliografia preliminar da pesquisa 
 
 
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