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e-Book 1 Telson Vieira Alves ANÁLISE E MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIOS Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 A ORGANIZAÇÃO ������������������������������������������� 4 GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO ������������������������������������������������������10 MODELAGEM DE PROCESSOS ��������������������22 ANÁLISE DE PROCESSOS ����������������������������31 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������42 3 INTRODUÇÃO Quando falamos sobre Negócio ou Empresa, logo nos vem à mente uma empresa multinacional de marca reconhecida, com milhares de clientes e grandes volumes de produtos ou serviços, grandes lucros, muitas pessoas envolvidas e o tradicional terno e gravata. Pensou nisso? Se sim, não se preocupe, é normal. Agora, se não pensou, você deve ter percebido que o conceito de negócio vai muito além desse rótulo. Neste módulo, vamos abordar os principais bene- fícios do Business Process Model (BPM) para as organizações, principalmente em mudanças de paradigmas antigos e com foco centrado, o que traz valor para os clientes. 44 A ORGANIZAÇÃO Vamos imaginar como funcionam todas as empre- sas do mundo. Sim, eu disse todas as empresas do mundo. Mas, antes, é preciso entender o conceito de processo, que é algo bem simples. Processo é uma forma de transformar ou criar algo de forma contínua e por um tempo determinado, trazendo a ideia de sequenciamento de atividades. Todas as empresas do planeta Terra (ou até de outros planetas, imagino eu) funcionam baseadas em processos. Para que seja possível transformar ou criar produtos ou serviços é necessário que haja uma cadeia insumos ou matérias-primas – a que chamamos de entradas. Tendo as entradas certas, partimos para o processo, que é a parte de transformar os insumos em produto ou serviço, gerando uma saída – que normalmente é o produto ou serviço final oferecido para o cliente. Simples, objetivo e fácil de entender, você concorda? Essa simplicidade vai ganhando ares de complexidade quando começamos a perceber que a estruturação de um Negócio não passa apenas e tão somente pelos estágios acima. Vamos imaginar o processo necessário para a transformação do refrigerante que você consome na hora de intervalo do seu al- moço. Quantos insumos ele precisa ter? Por quais transformações ele passa? Como ele chega até 55 você? Uma estruturação de negócios complexa é necessária para tornar tudo isso possível. Um Negócio consiste em pessoas que interagem para entregar algo e trazer retorno às partes interessadas. O Processo refere-se a atividades e/ou comporta- mentos sequenciados, executados por pessoas ou máquinas para atingir objetivo. Uma definição sobre o Processos de Negócios é como as organizações executam o trabalho para entregar valor para seus clientes. O conceito de valor para o cliente é subjetivo, porém, fundamental para o negócio e, quando é bem praticado ou explorado é a catapulta, para o sucesso da organização. Falando um pouco mais sobre catapultar o negó- cio, uma série de conceitos são importantes para serem entendidos e, juntos, serão a base teórica para a complexidade que é o processo de negó- cios. Não se preocupe, tenho certeza de que, com direcionamento, dedicação, interações, e um pouco de boa vontade iremos transformar todos esses conceitos em situações reais e que estarão bem próximas à sua realidade. Entendemos basicamente como funcionam todas as empresas do universo. E por que elas são tão difíceis de ser construídas ou gerenciadas? 66 A minha primeira resposta está atrelada à constru- ção sólida de um objetivo, porém, para termos um objetivo, teremos de construir um planejamento estratégico, que dará um rumo para o negócio. A complexidade da sua gestão também passa pela criação de um modelo de negócios eficiente. E você deve estar se perguntando: O que é um modelo de negócios? O que é planejamento estratégico? Quais suas relações com o BPM? Vou começar trazendo uma definição minha sobre modelo de negócios. Esse conceito traz consigo todas as informações importantes para o negócio: quem são seus clientes, quais valores você entregará para eles, como você entregará o que prometeu, quais os seus principais custos e receitas, quem são as partes interessadas do negócio. Pensando como um processo, é mais simples pensar o que é um modelo de negócios, e esses três aspectos são atividades-chave de qualquer modelo de negócio: criação, entrega e captura de valor. Criar valor é o que eu entrego para meu cliente. A entrega de valor está relacionada à experiência de valor que meu cliente tem com o produto ou ser- viço. Por fim, a captura de valor refere-se a como eu recebo essa experiência e transformo ela em mais negócios. 77 Se você é empreendedor, importante procurar ferramen- tas que ajudem na criação do seu negócio. O modelo Canvas de Negócio é uma ferramenta simples e que poderá ajudar a direcionar o seu negócio. Quando falamos em estratégia, pensamos em competitividade, vitória, ou em vencer algo. E é bem por essa linha que o conceito de planejamento estratégico passa. O planejamento estratégico do negócio busca fazer com que a organização traga vantagens competitivas sobre os concorrentes e diferencia- ção no mercado em que atua, ou seja, serviços ou produtos diferentes de seus concorrentes – ou serviços e produtos semelhantes, mas feitos de maneiras diferentes. Partindo desses dois conceitos, podemos começar a abordar o porquê de o BPM ser tão importante hoje para as organizações, pois sua excelência ope- racional deve ser pensada no modelo de negócios e planejada estrategicamente, como diferencial do negócio. Importante, ainda, é você entender que os con- ceitos evoluem e a forma como as organizações pensam e traçam seus negócios e planejamentos SAIBA MAIS 88 também evoluem. Se me permite dar uma dica a você, faça planejamento de tudo, pois isso trará rumo e mais segurança às suas ações; porém, você deve replanejar, na medida em que a evolução do tempo, os conceitos e as medições mostrem que é o momento de mudar. A evolução das organizações é constante e os avan- ços no gerenciamento de processos são muitos. Posso garantir que os processos também estão sofrendo alterações: os processos padronizados e eficientes estão passando por mais flexibilizações e tendo de se adaptar a um ambiente de negócio mais diversificado e com mais desafios. Você deve perceber que a evolução e os processos mudam de acordo com os desafios, mas, quando vamos para o dia a dia das organizações, obser- vamos como é difícil lidar com essas mudanças, e que os processos não foram pensados para sofrerem mudanças – isso passa por um fator relevante e crítico para o sucesso do negócio: a cultura organizacional. E o que é cultura organizacional? São os conjuntos de hábitos, normas, valores e crenças que os componentes da empresa prati- cam em seu dia a dia. Nesse sentido, são também as relações entre as lideranças e os liderados, formando uma linha de pensamento que conduz 99 ao atingimento dos resultados planejados. Esse conjunto de coisas deve passar pelo modelo de negócio, e a implantação desse alinhamento deve partir da liderança. Note como a concepção de uma organização é complexa. Por quantos conceitos, processos, e análises ela passa. E eu garanto a você que, na prática, é ainda mais desafiador. 10 GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO Gerenciar e compreender todo o trabalho executa- do é necessário para se entregar o que tem valor, seja um produto ou serviço. Importante destacar que não estamos abordando áreas, setores, ou locais nos quais são feitos os produtos, e sim sua entrega de valor. Segundo a ABPMP (2013), podemos classificar os processos de negócio em três tipos: y Processos Primários y Processos de Suporte y Processos de Gerenciamento Processosprimários: têm como característica a sua interfuncionalidade ponta a ponta, ou seja, ele cruza as fronteiras funcionais ou de áreas, produzindo um resultado voltado para o cliente, ou como entrada para outro processo de negócio. São considerados a essência de uma organização, por estarem associados à experiência de consumo. Importante entender que ele pode ser um processo entre organizações, desde que tenha a perspectiva de criação de valor. 11 Lembra-se de quando falamos do processo para que o refrigerante chegue até você? Então, temos ali o exemplo de um processo primário. Observe: y Passo 1 – Desenvolver a visão e a estratégia do negócio e engajamento do cliente. No caso, quando e como desenvolver a produção do refrigerante. y Passo 2 – Desenhar e desenvolver o produto ou serviço, ou seja, produzir aquilo que foi desen- volvido e pensado para o refrigerante. y Passo 3 – Marketing e seu processo de venda, ou como fazer o negócio. Nesse caso, divulgar e vender o refrigerante. y Passo 4 – Entregar o que foi produzido e en- tender a expectativa do cliente – onde, como, e de que forma o cliente recebeu o produto. y Passo 5 – Entender e gerir o processo. Nesse caso, verificar como o todo foi realizado e colher o máximo de experiências vividas pelos clientes e aplicar isso na melhoria dos passos anteriores. Por serem altamente ligados à experiência com o cliente, em sua natureza, são nesses processos que falhas ou problemas podem ser mais facilmente identificáveis – claro, se você tiver uma estrutura voltada para essa relação com o cliente, pois ele será a chave de sucesso do seu processo. 12 Processos de suporte: como o próprio nome já indica, eles proveem suporte para os processos primários ou demais processos da organização. Esse tipo de processo trabalha ou existe para en- tregar valor para outro processo, e não diretamente para o cliente. A sua importância, contudo, não deve ser negligenciada pelos gestores ou líderes, pois na maioria das organizações eles são a base para o abastecimento da capacidade do processo primário da organização. Voltando ao exemplo do refrigerante. Você conse- gue imaginar o que pode acontecer se a empresa que produz o açúcar ou as latas não entrega seu produto para a organização que produz refrigeran- te? Teremos impacto em nosso processo primário, certo? Sim, um grande e profundo impacto na produção de refrigerantes. Assim, é fundamental que esse processo de suporte seja bem conduzido com o fornecedor, para que não ocorra problemas em seu processo primário de produção. Processos de gerenciamento: é preciso gerir todos os processos do negócio. Mesmo que sem valor para o cliente, isso é fundamental para o negócio, pois assim podemos medir, monitorar, e controlar as atividades e verificar como elas estão sendo executadas. Sem essa medição não seria possível evidenciar se estamos no caminho certo ou onde poderíamos melhorar nossos processos. 13 Controlar a qualidade do refrigerante é um exemplo clássico de processo de gerenciamento, pois nele medimos se as características do produto estão sendo atendidas e, a partir disso, tomamos ações necessárias para mudanças nos demais processos, se for o caso. Perceba que cada processo realizado em sua empresa se enquadra em um dos três tipos cita- dos. É fundamental identificá-los e classificá-los. Todo processo possui oportunidade de melhoria na geração de valor a ser explorada. Outro conceito importante é a instância de processo – que ocorre cada vez que determinado processo é executado. Por exemplo, no processo de compra de latas de refrigerante, cada vez que eu executo o processo e a lata chega para minha produção, entende-se que isso é uma instância do processo. Quando nos referimos a grupos de atividades com suas respectivas competências, falamos do conceito Função de Negócio. Uma forma fácil de entendermos esse conceito é olharmos as organizações como departamentos e gerenciando um determinado tipo de recurso. Vamos lá! O departamento de finanças de uma organização gerencia qual tipo de recurso? Ob- viamente que é o dinheiro. No entanto, a relação 14 de especialização para determinadas funções na organização é excelente para o aumento de produtividade, mas pode ter impacto negativo, quando falamos de processo, pois pode dificultar o entendimento de todo o negócio. Isso se dá no modo como os processos se relacio- nam dentro de uma organização, como as relações interfuncionais são feitas, e como a liderança conduz essa relação. Vamos pensar. Existem dois sentidos de fluxos em uma organização: o fluxo vertical, que são as relações entre gestores e su- bordinados no processo das áreas funcionais; e o fluxo horizontal que retrata as relações entre os setores da empresa. Essas relações são definidas ou baseadas no que falamos anteriormente – a cultura organizacional definida por um conjunto de valores, crenças e liderança que operam e guiam o comportamento de todos, definindo o sucesso ou o fracasso das ações ou iniciativas das práticas de BPM. Uma dica valiosa para quem está implementando ou trabalhando com processos em sua organização: Para que as práticas de BPM funcionem, é funda- mental o comprometimento significativo de todos, principalmente de cima para baixo, pois a maioria das organizações trabalha de maneira centrada em funções de negócio, ou seja, com setores definidos 15 e uma forte centralização de seu fluxo, porém, o gerenciamento de processos de negócio muda esse paradigma e cruza as fronteiras entre os setores, fazendo uma gestão ponta a ponta do processo. Temos de entender que essa mudança traz novos papéis dentro da organização e novas relações surgirão. Se não houver um amadurecimento das pessoas, é pouco provável que as práticas e be- nefícios ocorram da forma esperada. Mas como devemos agir quando isso acontece? Todas as vezes que tive a oportunidade de implantar ou modificar a gestão por processos da organização, eu segui uma estratégia aparentemente simples, porém difícil de implementar: Passo 1 – Engajamento dos tomadores de decisão para entendimento e participação no processo de mudança, ou seja, convencer quem realmente decide da importância e dos ganhos que teríamos para essa mudança. Desenvolver uma mensagem clara que evidencie a todos a necessidade de mudanças; Passo 2 – Uma vez que a diretoria aprovou, par- timos para a criação de workshops, reuniões e encontros com os gestores de nível intermediário, ou seja, gerentes e líderes de cada área funcional. A aprovação da diretoria facilita o acesso (trazen- do um engajamento maior), porém, nessa etapa, 16 temos de trabalhar muito bem os reais benefícios da Gestão por Processos, pois esses gestores participam de decisões e precisamos entrar for- talecidos nas equipes operacionais, uma vez que elas são responsáveis pela execução da maioria das atividades. É imprescindível apresentar o plano de mudanças de forma que as pessoas interpretem corretamente o que será feito; Passo 3 – Com o aval da diretoria e da gerência, o caminho está aberto para começarmos a mo- delar o que existe, revisar os processos e propor melhorias. É fundamental trazer os usuários-chave dos processos para esse passo, pois são eles que, na maioria das vezes, trazem as soluções dos problemas de processo. Suas vivências diárias e total entendimento dos procedimentos os torna uma espécie de fonte de saber e conhecimento a ser explorada. É preciso balancear otimismo com realismo para envolver a equipe de funcionários, fazendo com que todos se importem com as mu- danças propostas e mantenham-se focados no que deve ser feito; Passo 4 – Medir e controlar para garantir que a equipe de funcionários pratique os novos compor- tamentos desejáveis e, caso necessário, critique comportamentos não desejáveis. Nesse momen- to, é o feedback constante das equipes que trará melhoria às ações indesejadas. 17 Espero que você tenhacompreendido que o ge- renciamento de processos de negócio integra estratégias e objetivos organizacionais com as reais necessidades dos clientes. E que o BPM engloba estratégias, objetivos, cultura, estrutu- ras organizacionais, papéis, políticas, métodos e tecnologias para analisar, desenhar, implementar, gerenciar desempenho, transformar e estabelecer a governança de processos. Estamos falando de uma disciplina gerencial, ou seja, um corpo de conhecimento composto das melhores práticas e princípios para guiar a orga- nização em seu objetivo, buscando processos mais eficientes e eficazes, sempre orientando as organizações no desenvolvimento de princípios e práticas para a gestão de recursos, sejam eles pessoas ou tecnologias. Já que o assunto é pessoas e tecnologias, é impor- tante trazer alguns papéis (lembrando que podem existir mais papéis) específicos que devem estar dentro da disciplina BPM: Donos de Processos – são os executores do pro- cesso e pautam suas ações sempre para a entrega de valor para o cliente. 18 Gerentes de Processos – resolvem conflitos, monitoram a execução no dia a dia, e tratam com os donos dos processos todas as situações per- tinentes ao processo. Arquitetos de Processos – são os que desenvolvem e entendem como os processos se inter-relacionam com os demais processos. Analista de Processos – são os que vão modelar o estado atual do processo, também conhecido como “AS-IS”. Designers de Processos – são os que vão modelar o estado futuro do processo, sendo o “TO-BE”. Então, vamos fazer algumas conexões importantes sobre os conteúdos. O motivo de as organizações existirem é a entrega de valor por meio de seus produtos e/ou serviços aos clientes; portanto, os objetivos organizacionais têm de estar conectados com a entrega de valor para os clientes. Com isso, os meios de criação e entrega desses produtos/serviços são os pro- cessos de negócio – seu gerenciamento observa como são executados e transformados. Igualmente importante é entender que cliente é quem se beneficia do valor criado – podendo ou não pagar por isso. Normalmente, temos uma visão 19 de que é cliente somente quem paga pelo produto e não necessariamente é esse o conceito. Um processo de negócio bem elaborado e feito de maneira correta abordará: que trabalho é feito, onde ele é feito, quando será feito, por que precisa ser feito, como é feito, e quem é o responsável por fazê-lo. Isso deve ser acompanhado de um diagrama raia de piscina – que é visual e apenas um primeiro acompanhamento do processo que ainda precisa de muitas informações a serem abastecidas. Os processos de negócio devem ser gerenciados de forma contínua, como se fosse um ciclo, para manter sua integridade inicial e ser passível de transformação. Esse ciclo contínuo assegura que os processos estejam alinhados com a estratégia da organização e de acordo com o foco do cliente. As etapas deste ciclo de vida BPM são: 1) Planejamento – definir as atividades de BPM que irão contribuir para o alcance das metas organizacionais. 2) Análise – entender a organização e seus pro- cessos, realizando um diagnóstico da organização. 20 3) Desenho – modelar a situação atual dos pro- cessos e propor melhorias a serem documentadas no desenho da situação futura dos processos. 4) Implementação – implantar e executar os pro- cessos melhorados, especificados na fase anterior. 5) Monitoramento e controle – quando os indi- cadores de desempenho são definidos e medidos para se controlar os processos. 6) Refinamento – proporcionar informações para a alimentação de mais um ciclo de melhoria. O sucesso depende da fase de planejar, pois o planejamento garantirá que o modelo de processo está suportando à visão organizacional. Posso garantir a você que as organizações que não pla- nejam adequadamente seus processos têm em- bates políticos constantes, são sempre pautadas por urgências, e não há sinergia entre a gestão e as equipes operacionais. A grande maioria das organizações são gerencia- das de maneira funcional e quando falamos em interfuncional ponta a ponta, trazemos novos pa- péis e novas responsabilidades. Também há novas ineficiências e rupturas entre as áreas funcionais, ou o vácuo de gerenciamento, ao qual damos o nome de handoffs. 21 É importante ressaltar que a Tecnologia da Infor- mação é um facilitador do BPM, e não o líder do BPM. É crucial entender que o investimento em tecnologia deve ser tomado nas necessidades reais do negócio e deve ter seu papel claramente definido na fase de planejamento. Não é sempre que devemos realizar todas as fases descritas acima, pois cada processo, cada unidade de negócio, e cada atividade executada pode estar em estágios distintos de maturidade. Enquanto partes da organização precisarão ter processos plenamente modelados, outras não terão essa necessidade. 2222 MODELAGEM DE PROCESSOS Segundo a ABPMP (2013), a modelagem de pro- cessos conecta a estratégia traçada com a execu- ção em tempo real, visando a melhorar a resposta dos processos. Ela pode ser considerada como o conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de processos de negócio, existentes ou propostos, para prover uma perspectiva ponta a ponta, ou uma porção dos processos primários, de suporte ou de gerenciamento. Criar uma repre- sentação completa e precisa do funcionamento do processo é o seu principal propósito e deve ser feita de maneira colaborativa, principalmente com o envolvimento dos usuários-chave do processo. Com o avanço das tecnologias, as equipes deve- rão, cada vez mais, colaborar e se conectar com o ambiente estratégico da organização e as pessoas que lá estão, pois, progressivamente, a experiên- cia do cliente e suas transformações deverão ser tratadas estrategicamente e com maior apoio de especialistas em tecnologia. Equipes integradas devem possuir especialistas em gerenciamento de mudanças, para que esses impactos sejam minimizados e se aumente a chance de duração das mudanças propostas. 2323 Os processos de negócio podem e devem ser ex- pressos por meio de uma modelagem em vários níveis de detalhamentos, partindo de uma visão contextual abstrata, ou simplificada, até uma visão detalhada ou complexa. Um modelo de processos de negócio completo deve representar as mais diversas perspectivas, e ser utilizado de acordo com cada propósito específico. Para que o entendimento da modelagem seja maior, são usados símbolos ou ícones para re- presentação de atividades, eventos, decisões, condições e outros elementos que fazem parte do processo. O propósito da modelagem é criar uma representação do processo de maneira completa e precisa sobre seu funcionamento. Um modelo é uma representação simplificada de uma coisa, um conceito ou uma atividade. Uma conceituação importante é o entendimento da diferença entre diagrama, mapa e modelo de processo, pois esses, muitas vezes, são confun- didos e até aplicados de maneira errada. O diagrama traz uma visão macro do fluxo, esbo- çando apenas uma ideia de caminho e de quem executa cada atividade, deixando vago alguns entendimentos das relações de trabalho; porém, ajuda muito a entender quais são as atividades do processo. 2424 Um mapa traz uma visão mais ampla dos compo- nentes do processo e maior precisão – por exem- plo, a ideia de como os atores agem nos eventos e seus eventuais resultados. O modelo já apresenta uma representação mais complexa e detalhada do processo, trazendo infor- mações, como: os recursos envolvidos, informações e seus fluxos, pessoas, automação e finanças. Importante ressaltar que as ligações verticais e horizontais são apresentadas e reveladas nos modelos de processo. Quando falamos em modelagem de processos, temos dois conceitos que precisam ser entendi- dos, a respeito dos envolvimentos de pessoas na modelagem. São eles: o arquiteto de processos e o arquiteto de negócio. O arquiteto de negócios cria a modelagemdo negócio, ou seja, o que é o negócio. O arquiteto de processos cria mais deta- lhadamente como o negócio funcionará, quais serão suas entregas, bem como o nível de capacidade de realização delas. Esses dois conceitos não são iguais e não têm o intuito de competirem entre si. Ambos têm o seu papel e espaço, e tentam trazer melhorias para o processo – cada um em sua área e função. Agora, vamos tratar de uma parte mais prática e que tem grande valia no dia a dia das organizações, 2525 o entendimento das notações de modelagem de processo. Notação é a padronização de símbolos e regras para criar significado na simbologia uti- lizada. Abordaremos as notações mais comuns no mercado. BPMN (Business Process Model and Notation) – é a busca por padronização por intermédio da repre- sentação gráfica dos processos, utilizando notação de modo simples ou complexo. Com isso, de acordo com o nível de detalhamento, há um conjunto de regras e símbolos permitindo modelagens diferen- tes para cada fluxo de processos. Essa notação apresenta um vasto conjunto de símbolos e tem se tornado referência de mercado, no que se refere à modelagem de processos. Nessa notação, os papéis desempenhados pelos atores são divididos por raias em paralelo, em que o trabalho se move de atividade em atividade, passando de raia em raia, de acordo com quem o executa. Entre as suas principais caraterísticas, estão a organização descritiva dos símbolos e a indicação de eventos de início, meio e fim, as movimentações de mensagens, a comunicação e a colaboração entre os diversos negócios. Sua utilização deve ocorrer quando houver inter-relação entre pro- cessos, e será a base para a automatização dos processos. Por ser difundido, versátil e ser suporte 2626 para a automatização, o BPMN é muito vantajoso nas organizações, atualmente. Fluxograma – muito utilizado, porém, sua simplici- dade, limitação e falta de padronização de símbolos faz com que seja usado para visualizações mais simples – mas é de fácil entendimento e não deve ser desprezado. Símbolos de início e fim, setas que indicam co- municação, procedimentos representados por retângulos e status de condição representados por losangos são as simbologias mais utilizadas pelo fluxograma. O fluxograma é usado quando se quer, rapidamente, compartilhar um fluxo de processo sem nenhum tipo de detalhamento, com a vantagem de ser facilmente entendido, criando uma ideia de consenso e de fácil aprendizado. UML (Unified Modeling Language) – é um padrão de notações técnicas para diagramação orienta- da a uma especificação de requisitos voltados a sistemas de informação e tecnologias. Entre as suas principais características estão as técnicas de diagramação e relacionamentos laterais e de pai-filho. Deve ser utilizado em desenvolvimento de casos de uso para sistemas de informação, para captura ou desenho de estrutura de dados. Sua ampla bibliografia e alta disponibilidade são suas vantagens. 2727 VSM (Value Stream Mapping) – é utilizado para mapeamento de fluxo de valor dos processos, pois foca a utilização de recursos e tempo, sendo útil para verificação do andamento do processo e base para suas melhorias. Importante não confundir com a notação da cadeia de valor. Seu fluxo expressa o ambiente existente, bem como a movimentação de matérias e produ- tos pelo processo. Sua utilização ajuda a guiar os executores para oportunidades de otimização de processos e verificação de seus custos e tempo. É relevante entender que há vários tipos de mo- delagem e que a sua escolha trará impacto a seu trabalho de criação ou de melhoria de processos. Uma dica para você é que, quando escolher uma notação, continue com ela o máximo possível, pois a notação trará a padronização de comunicação e evitará retrabalhos no futuro. As abordagens tratadas agora são utilizadas como iniciativas de modelagem ou voltadas para melhoria de processos. Ambas proporcionam uma análise organizacional. Você já ouviu falar sobre Cadeia de Valor? O objetivo da cadeia de valor é garantir a qualidade e o valor do produto entregue ao cliente, criando 2828 ainda uma vantagem competitiva para a empresa e melhorando a experiência com seu cliente. Sua demonstração é simples, e sempre se dá co- meçando da esquerda para a direita, descrevendo os processos ou subprocessos que diretamente contribuem para a criação de valor. É importante que as organizações tenham mapeadas as suas cadeias de valor, pois assim terão ou saberão como agir em situações de mudanças ou de mobilidade entre os mercados em que atua. A cadeia de valor é composta por um conjunto de atividades primárias e de apoio, margem de valor acrescentado, e a re- lação das atividades entre si, na cadeia de valores. Você já utilizou o SIPOC? Quando falamos em documentação de processos ou levantamento de atividades de processo, a ferramenta SIPOC (Supplier, Input, Process, Output, Customer), que é oriunda do Lean Six Sigma, deve ser utilizada, pois traz consenso sobre quais as- pectos do processo devem ser estudados. Quando pensamos em análise de entradas, me- lhoria de processos e escopo de modelagem de processos, o SIPOC deve ser utilizado, pois é rápido, simples e utiliza apenas uma planilha. Os desenvolvimentos dos modelos passam por abordagens diferentes de modelagem, que podem 2929 ser de cima para baixo (top-down), do meio para fora (middle-out), ou de baixo para cima (bottom-up). A chave é determinar o propósito do esforço de modelagem e, então, aplicar a melhor abordagem para esse propósito. Uma vez que a abordagem tenha sido selecionada, pode-se considerar o uso de uma abordagem alternada para cruzar resultados. Qual ferramenta para modelagem utilizar? A resposta para esse questionamento é difícil, mas busque sempre um consenso de enquadramento com o que sua equipe pensa e a organização preci- sa. No mercado, há uma infinidade de ferramentas de modelagem, que passam por simples quadros brancos, as famosas notas autoadesivas, ou mes- mo o flipchart, porém, há também as ferramentas mais sofisticadas e próprias para BPM, que além de uma simples modelagem, buscam também armazenamento de dados e criação de modelos de processos. As ferramentas visuais são as mais utilizadas e causam maior colaboração entre as equipes, trazendo assim maior engajamento. O principal propósito da modelagem de processos é trazer à tona os conhecimentos dos processos e torná-los explícitos. Devemos ficar atentos às formas de comunicação; perceber se todos en- tenderam os objetivos da modelagem, não trocar de notação durante o processo, gerir de perto as 3030 expectativas das partes interessadas, entender como os processos se comunicam, perceber que cada atividade precisa ser entendida e organizada – e, acima de tudo, que detalhamento demais gera muito trabalho e informação demais gera confusão. 31 ANÁLISE DE PROCESSOS Quando falamos ou buscamos compreender sobre a análise de processos, estamos evidenciando a visão real do atual estado do processo, também conhecida como “AS-IS” (que em português sig- nifica “como é”), sempre focada em retratar, da maneira mais realista e fiel possível, o cenário existente. Essa visualização permitirá entender os gaps e o fluxo do processo e, consequentemente, permitirá uma análise mais assertiva em relação ao processo traçado. Essa análise pode ser realizada de várias maneiras, com técnicas de entrevistas, modelagem ou simu- lações. Essa análise será a base para o desenho do novo processo. O benefício mais latente ao se analisar o estado atual do processo é o entendimento de como o trabalho é realmente feito, trazendo informações sobre como as pessoas compreendem a estratégia, metas e objetivos da organização; por que existe o processo, como ele interage interfuncionalmente, suas entradas e saídas, quem são os clientes, for- necedores, papéis de cada área, compreensão de regras do negócio, métricas, e asoportunidades que podem aumentar a eficiência e a eficácia. 32 Devemos efetuar uma análise do processo sempre que os indicadores apresentarem alterações em seu desempenho ou por eventos externos. Quando houver uma clara mudança de estratégia organi- zacional, ou mudança brusca de mercado, será necessário também uma revisão dos processos, principalmente dos processos primários. Os avanços tecnológicos também são fatores impactantes nos desempenhos dos processos, podendo atuar positivamente ou negativamente. Uma tecnologia entrante no mercado pode alterar a forma de atuação, gerando melhorias significativas de produção ou fluxo de processos na organização; portanto, deve-se gerar um projeto de melhoria de processos. Quando se inicia uma análise de processos, po- demos nos deparar com situações em que vários processos precisam de melhoria e, com isso, tere- mos de estabelecer critérios de priorização – em qual ordem eles devem ser analisados. Deve-se pensar e pontuar com graus – de 1 a 10, sendo 10 o mais importante – os critérios que serão usados para essa seleção. Uma sugestão é entender quais são os processos primários e como eles interagem com o cliente, seus impactos quan- to à rentabilidade das operações, seu impacto na 33 mudança interfuncional e na estratégia do negócio, deixando claro seus custos, prazos e qualidade. Outra forma de se classificar é criar uma matriz importância x urgência, em que temos as relações entre importância (baixa e alta) e urgência (baixa e alta), na qual os participantes da análise criam índices para os processos e os colocam nessa matriz e, de acordo com a sua posição, o processo será analisado primeiro. Para saber mais sobre matrizes para utilização em ges- tão por processos, acesse: https://www.treasy.com.br/ blog/metodos-de-priorizacao. Para avaliarmos o ambiente de negócio, existem várias técnicas. Algumas delas são: Benchmarking – essa técnica traz um comparativo, baseado em pesquisa dos processos existentes, e serve de base para o aprendizado de construção e análise comparativa do processo em questão. Matriz SWOT – a análise ou matriz SWOT – sigla para Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunities (oportunidades) e Threats SAIBA MAIS 34 (ameaças) – é uma estrutura de trabalho para identificar processos-chave em análise competitiva. Uma das primeiras ações que as equipes de pro- cessos devem estabelecer é o escopo de análise, pois esse escopo delimitará até que ponto a aná- lise avançará e quais funções de negócios serão envolvidas. Após essa determinação, deve-se en- tender qual a profundidade da análise, pois, quanto mais funções de negócio forem abordadas, mais complicada e demorada ficará a análise. A mesma equipe deve definir a abordagem analítica e quais métodos utilizará para as análises. Uma forma para basear sua análise pode ser a utilização do ciclo PDCA – Plan – Do – Ckeck – Act. Definir como serão as coletas de informações também é função da equipe de processos, uma vez que padrões de coleta de informação devem ser definidos para determinar quais informações serão coletadas, por quem, a forma como será validada, a maneira como será armazenada e organizada, a forma como será atualizada, e como será utilizada. Não ter essa padronização poderá trazer análises incorretas e imprecisas para a modelagem. É FIQUE ATENTO 35 fundamental garantir a segurança, o acesso e a consistência das informações colhidas. Definir a equipe de processo é o primeiro passo para o sucesso do projeto, pois você precisará de equipes com profissionais de várias disciplinas para realização das entrevistas e workshops com as partes interessadas. A análise de processos pode ser realizada por um único indivíduo, mas isso pode resultar em uma análise enviesada da realidade. Reunir o máximo de informações para análise é fator preponderante para o sucesso da análise. Alguns tipos de informação devem sempre estar presentes nesse levantamento, por exemplo: mer- cados em que a organização atua, informações estratégicas, ameaças e oportunidades de mercado, desempenho em comparação aos concorrentes, quem solicitou a análise do processo e por que, pessoas envolvidas na análise – isso voltado para a compreensão da existência do processo e por qual motivo ele existe. E quais são os principais métodos de levantamento de informações? Os principais são: pesquisa, en- trevista, workshop, observação direta e simulação de atividade. Importante destacar atenção ao momento de in- teração entre o processo e o cliente. Geralmente, 36 os clientes não gostam de muitas interações, pois isso demanda esforço e consome recursos precio- sos. Já pensou se cada vez que você comprasse um produto ou serviço tivesse de preencher uma extensa pesquisa de satisfação para sinalizar algo para a empresa que fornece o produto ou serviço? Certamente, você ficaria chateado e pensaria duas vezes antes de comprar aquele produto ou serviço novamente. Entender onde estão os problemas de desempenho ou as lacunas de processos deve ser algo facilmente identificado por métricas bem definidas, que trarão onde e como o processo deve ser ajustado. Igualmente relevante é atentar-se aos handoffs, ou seja, o ponto de um processo em que o trabalho ou a informação passa de uma função para outra. Outro conceito fundamental são as regras de ne- gócio: são elas que trazem restrições e direcionam decisões que impactam o processo e seu desem- penho, trazendo também a ideia de capacidade dos processos, seus limites, gargalos, variação e custos. Enfim, na análise de processos, você deve questio- nar tudo, nada pode ser deixado de fora. Pode-se dizer que fazendo isso talvez você encontre muitas barreiras, pois as questões políticas das organi- zações têm grande influência em suas decisões. 37 Se já estão em andamento a coleta de informações, a modelagem dos processos “AS-IS” e os fluxos de trabalho, pode-se dar início à atividade de análise. Essa atividade deve buscar os problemas e as oportunidades em tudo o que já foi apresentado ou construído. Com isso, a dica é propor melhorias baseadas em mais eficiência e flexibilidade de mudanças rápidas dos processos. Essas técnicas de análise são, geralmente, utili- zadas para extrair informações importantes de um processo. A equipe de análise deve empregar técnicas que melhor explicam o tipo de dado de- sejado para o processo. Devem ser analisados: os custos do processo, o ciclo de tempo total e parcial, seus padrões relacionados a sistemas, ter uma causa-raiz para identificação do resultado gerado, análise de sensibilidade do processo, os riscos nele envolvidos, os locais de trabalho e seus layouts, onde os recursos estão alocados, suas motivações, qualidade, valor para o cliente, conformidades legais e suas conectividades. Com as tecnologias e o avanço das coletas de dados, as equipes de análise deverão organizar e tratar um grande número de dados. Por esse motivo, é preciso entender como os dados são coletados, manipulados e em que nível de detalhamento esse 38 dado influencia a gestão; onde ele será mantido, recuperado e consumido pelas equipes. Crucial é documentar tudo. Registrar o que está sendo feito e seus resultados servirá não só de base para novos membros, como para apresen- tação dos resultados às partes interessadas. Lembrando que nesse documento deve existir: a visão geral do ambiente de negócio atual, por que ele existe, subprocessos e suas interações, o fluxo de trabalho funcional, medições de desempenho, métricas, gaps, redundâncias, regras de negócio, tecnologias da informação utilizadas, sistemas de coletas de dados, políticas internas e requisitos para auditorias, riscos, e oportunidades de melhorias. Alguns fatores são preponderantes para o sucesso da análise e destaco alguns para que você siga e aplique sempre que for analisar um processo. y Conquiste o suporte e o encorajamentodireto das lideranças executivas da organização; y Entenda a maturidade em que a organização se encontra, em relação a seus processos; y Evite desenhar soluções na fase de análise, pois você perderá o foco e poderá perder uma análise correta, em detrimento de uma solução que surgiu; y Não analise demais – esse é um problema que pode causar paralisia nos processos de análise; y Certifique-se de que haverá tempo suficiente para analisar os processos; 39 y Mantenha o foco sempre no cliente; y Entenda a cultura da organização – isso trará benefícios de organização e tempo para as análises ocorrerem em bom nível. Mantenha-se informado! Neste canal do Youtube, há vídeos interessantes sobre as principais áreas do BPM e suas aplicações. Youtube SAIBA MAIS https://www.youtube.com/channel/UCpmuw9RoXAcpYIGwQxvFTzw 4040 CONSIDERAÇÕES FINAIS É importante entender que o BPM trata o trabalho de ponta a ponta, e evidencia: o que, onde, quando, como, por que e por quem o trabalho é realizado. A implementação do BPM é uma decisão estratégica e requer apoio das lideranças executivas, envol- vendo suporte tecnológico, melhoria e inovação para o alcance dos objetivos. Quando pensamos nas atividades de negócio e seus meios de comunicação entre os diferentes processos de negócios, a melhor forma de repre- sentatividade que encontramos são os modelos de processos. Eles são utilizados para documentar, analisar ou desenhar os processos de negócios, em seus mais diversos escopos de projeto. A análise de processos serve para criar um en- tendimento comum do estado atual do processo e verificar se ele está atendendo aos objetivos da organização, dentro do ambiente atual de negócio. Não se deve limitar a gerar documentos meramente ilustrativos, mas a entregar um diagnóstico dos processos para prover suporte a futuras transforma- ções e justificar investimentos em transformação de processos. Pensar nos fatores que trarão sucesso para a análise de processos e a tornarão bem-sucedida 4141 é fundamental e passa obrigatoriamente pela con- sideração das seguintes métricas: uma liderança executiva que apoia, benchmarking de processos, as características culturais da organização e, prin- cipalmente, as interações com e para o cliente. Enfim, objetivando entender os benefícios para a organização da utilização do Business Process Model (BPM), trouxemos seus conceitos principais e destacamos como utilizar, de forma eficiente, essa notação, analisando como entender e modelar os processos de negócios. Referências Bibliográficas & Consultadas ABPMP. Association of Business Process Management Professionals – Brasil. BPM CBOK. Guia para o gerenciamento de processos de negócio: corpo comum de conhecimento, 2013. CAVALCANTI, R. Modelagem de processos de negócios: roteiro para realização de projetos de modelagem de processos de negócios. Rio de Janeiro: Brasport, 2017. [Biblioteca Virtual] CRUZ, T. Manual para gerenciamento de processos de negócio: metodologia DOMP™: (documentação, organização e melhoria de processos). São Paulo: Atlas, 2015. [Minha Biblioteca] MEREDITH, J. R.; MANTEL, S. J. Administração de projetos: uma abordagem gerencial. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003. [Minha Biblioteca] MUNHOZ, A. S. Fundamentos de tecnologia da informação e análise de sistemas para não analistas. Curitiba: Intersaberes, 2017. [Biblioteca Virtual] REZENDE, D. A.; ABREU, A. F. Tecnologia da Informação aplicada a sistemas de informação empresariais: o papel estratégico da informação nas empresas. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2013. [Minha Biblioteca] TACHIZAWA, T.; SCAICO, O. 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