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Doenças Próprias da Gravidez Saúde da Mulher II - Módulo I Discentes ● Caio Pinheiro da Silva ● Emilly Carla de Araújo Silva ● Eunilde Andressa Rodrigues dos Santos ● Isadora Viana Costa ● Janaína Ribeiro da Silva ● Janderson Cordeiro Leão ● Jessica Lima Oliveira ● Milena Carvalho Lima ● Raquel Carneiro da Silva Amorim Doença hemolítica Perinatal ● Fator RH; ● Incompatibilidade; ● Antes da gestação ou depois do nascimento; ● Eritroblastose Fetal; ● Sensibilização. 1. Incompatibilidade sanguínea materno-fetal; 2. Aloimunização materna (produção de anticorpos contra antígenos considerados como não-próprios pelo organismo); 3. Passagem de anticorpos da gestante para o feto (no parto); 4. Ação dos anticorpos maternos no feto (segunda gestação, o organismo já vai produzir anticorpos do tipo IgG, capaz de atravessar a placenta) “ataque” Sequência de 4 eventos ocorra: Complicações ● Anemia; ● Icterícia; ● Deficiência mental; ● Edema generalizado; ● Surdez; ● Hepatoesplenomegalia; ● Aborto; ● Morte fetal. Diagnóstico/ Prevenção permite indicar a presença de anticorpos anti-Rh; - Tipagem saguínea: A patologia pode ser identificada clinicamente com a investigação dos tipos sanguíneos; - Teste de Coombs: *A mulher Rh negativo deve receber a imunoglobulina anti-Rh para evitar a sensibilização; * A administração deve ocorrer entre a 28ª semana ou a 34ª semana de gestação e até em 72 horas após o nascimento do bebê Rh positivo (ENDOVENOSA) Prevenção: *Imunoglobulina: bloqueia o processo que sintetiza anticorpos contra o sangue Rh+ do feto. Diagnóstico de enfermagem ● (Dominio 2, classe 4): Hiperbilirrubinemia neonatal; Hemólise, o que causa anemia leve ou hiperbilirrubinemia. ● (Dominio 8, classe 3): Risco de binômio mãe-feto pertubado; A ameaça ao bem-estar do binômio mãe-feto, no período gesta- cional, surge por várias condições clínicas, obstétricas ou sociais, que podem acarretar complicações maternas e/ou fetais e comprometer o seu desfecho. ● (Dominio 2, classe 5): Volume de liquidos excessivo; Anasarca, ascite. ● (Dominio 2, classe 1): Conforto prejudicado; Inquietação, irritabilidade, lamentação, medo, padrão de sono perturbado. Cuidados de Enfermagem Pré-natal: Solicitar o teste de Coombs indireto ou direto; grupo sanguíneo; fator Rh; pesquisa de anticorpos; Orientar: As Mães Rh - , após o primeiro parto de um concepto Rh+ ou abortamento a administração da Gamaglobulina Rh até 72horas após o parto ou aborto e repetir após os partos seguintes; Controlar os sinais vitais, termorregulação, se atentar a problemas respiratórios/ cardíacos; Pré-natal* EFICIENTE: diagnóstico do problema seja feito precocemente e medidas adequadas sejam tomadas para evitar complicações. Infecção urinária Introdução A infecção do trato urinário (ITU) é uma complicação comum na gestação, em decorrência de modificações fisiológicas da gravidez. ● Baixa (cistite ou bacteriúria assintomática) ● Alta (pielonefrite). Fisiologia Os hormônios da gestação fazem com que todo o sistema urinário fique com uma dilatação maior. ● Progesterona + Pressão do Útero = Hidronefrose ● Acúmulo de urina Colonização bacteriana do trato urinário presença de bactérias na urina. Bacteriúria assintomática Epidemiologia ● ocorre em 2-17% das gestações e não apresenta nenhuma manifestação clínica Diagnóstico O exame indicado para detectar a presença de bactérias na urina é a urocultura. Dizemos que a urocultura é positiva quando há crescimento de um único organismo em quantidade maior ou igual a 100.000 unidades formadoras de colônia por ml de urina (105 UFC/ml). https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura/ Tratamento Cefuroxima 500 mg VO 12/12h por 7 dias Cefalexina 500 mg VO 12/12h por 7 dias Amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 7 dias Nitrofurantoína 100 mg VO 12/12h por 5 dias Definição Infecção que compromete a bexiga Cistite Epidemiologia/Sintomatologia ● Ocorre em 1-2% das gestações; ● Disúria, urgência, frequência, urgeincontinência, hematúria ou desconforto suprapúbico. Diagnóstico O exame indicado para detectar a presença de bactérias na urina é a urocultura. https://www.mdsaude.com/nefrologia/infeccao-urinaria/urocultura/ Tratamento Cefuroxima 500 mg VO 12/12h por 7 dias Amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 7 dias Nitrofurantoína 100mg VO 12/12h por 5 dias Definição É a inflamação dos rins, normalmente causada por uma infecção urinária que subiu pelos ureteres e chegou até aos rins. Pielonefrite Aguda Sintomas de pielonefrite 1. Dor na região lombar e pélvica; 2. Dor abdominal; 3. Dor e ardência ao urinar; 4. Vontade constante de urinar; 5. Urina com mau cheiro; 6. Urina avermelhada ou rosada; 7. Mal-estar; 8. Febre; 9. Calafrios e suor excessivo; 10. Tremor; 11. Náuseas e vômitos; 12. Urina turva. Pielonefrite Aguda EPIDEMIOLOGIA ● Ocorre em 0,5 % das gestantes. São mais comuns à direita (50%); em 25% dos casos são bilaterais, e nos 25% restantes são à esquerda. Diagnóstico ● Clínico ● Urocultura com antibiograma Tratamento Cefepime 1g IV Uma vez ao dia 7 a 14 dias Ceftriaxone 1 mg IV Uma vez ao dia por 7 a 14 dias Aztreonam 1g IV 8/8h 7 a 14 dias ● Gestantes com pielonefrite devem ser internadas para monitoração dos sinais vitais, incluindo o débito urinário, e realização de exames como hemograma, uréia, creatinina e ecografia do aparelho urinário Eliminação Urinária prejudicada ● Oferecer e estimular a ingesta hídrica; ● Auxiliar e administrar analgésicos e monitorar o paciente quanto a redução da dor; ● Avaliar SSVV ● Observar o padrão de micção do paciente, quanto a coloração e demais características da urina. Diagnóstico e Cuidados de Enfermagem Dor Aguda ● Auxiliar e administrar analgésicos e monitorar o paciente quanto a redução da dor; ● Avaliar SSVV. Doença renal crônica Pag 928 Definição A doença renal crônica consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina). Incidência Causas A doença renal crônica não é comum na gravidez, incidindo em 0,03 a 0,12% de todas as gestações (Ramin et al., 2006) Nefropatia diabética, glomerulonefrite crônica, nefropatia hipertensiva, nefrite lúpica, pielonefrite crônica e doença renal policística Classificação Leve creatinina entre 0,9 e 1,4 mg/dℓ Moderada creatinina entre 1,5 a 2,5 mg/dℓe Grave creatinina > 2,5 mg/dℓ Rastreio e acompanhamento Os exames básicos de função renal devem ser solicitados a cada 4 a 6 semanas: creatinina, uréia, eletrólitos, hemoglobina, hematócrito, EAS e cultura de urina Tratamento Uso de metildopa e o nifedipino. O objetivo do tratamento é manter a pressão arterial de 110 a 129/65 a 79 mmHg agendadas a cada 2 semanas até 30 a 32 semanas da gestação, e depois, semanalmente deve ser combatida inicialmente com ferro oral, podendo estar indicados eritropoetina, ferro intravenoso e transfusão de sangue tem indicação na gravidez quando a creatinina excede de 5 a 7 mg/dℓ (ou a ureia atinge ou ultrapassa 60 a 80 mg/dℓ) Anemia DiáliseAcompanhamento Medicamentoso https://docs.google.com/spreadsheets/d/16FnB6syiDr-uMwgwa_mQ6XpRy_pRvLmliFtTZf3qF_I/copy Risco de infecção ● Avaliar locais dos dispositivos invasivos; ● Monitorar sinais vitais; ● Supervisionar a pele, evitando umidade; ● Verificar o local da incisão cirúrgica após cada curativo; ● Utilizar técnicas assépticas. Diagnóstico e Cuidados de Enfermagem Eliminação urinária prejudicada ● Oferecer e estimular a ingesta hídrica; ● Auxiliar e administrar analgésicos e monitorar o paciente quanto a redução da dor; ● Avaliar SSVV ● Observar o padrão de micção do paciente, quanto a coloração e demais características da urina. Anemias Definição ● É definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobinano sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. Valores de Referência Quadro Clínico Diagnóstico ● Clínico e Laboratorial ➢ SOLICITAR CONFORME SUSPEITA ● Hemograma Completo ● Cinética de Ferro ● PCR e VHS ● Vit. B12 e Ácido fólico ● Pesquisa de Sangue oculto nas fezes ● Eletrosferase de HB ● Hepatograma Completo Tipos de Anemia ● FERROPRIVA ● MEGALOBLÁSTICA ● FALCIFORME ● TALASSEMIA ANEMIA POR FALTA DE NUTRIENTES ANEMIA HEREDITÁRIAS ANEMIA POR DOENÇA NA MEDULA ÓSSEA ● APLÁSTICA ● HEMOLITICA ANEMIA POR DOENÇAS CRÔNICAS E IMUNES ● ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE ● RENAIS, CÂNCER, DIABETES ➢ Causas ● Sangramentos Crônicos e Infecções; ● Deficiência Nutricional de Ferro; ● Parasitoses Intestinais; ● Durante a Gravidez, Parto e Amamentação ANEMIA POR FALTA DE NUTRIENTES FERROPRIVA ● Anemia Ferropênica; ● É o tipo mais prevalente de anemia; ● Deficiência de Ferro; ➢ Tratamento VIA ORAL ● Reposição de ferro elementar ● Crianças: 3 a 6mg de ferro por kg/peso ● Adulto: Dose diária de 120mg ● Gestante: MS - Suplementar 60 - 200 mg/dia de ferro elementar associado a 400 mcg/dia de ácido fólico diariamente até o final da gestação e após 90 dias puerpério VIA PARENTERAL ● Reposição de ferro elementar ● Aplicada apenas quando há impossibilidade da via oral ● Ocorre perdas sanguíneas e desordem no trato gastrointestinal ➢ Causas ● Doenças inflamatórias intestinais (como a doença de Crohn e doença celíaca); ● AP- Deficiência de uma proteína secretada no estômago e à qual a vitamina B12 se liga para ser absorvida – denominada de fator intrínseco; ANEMIA POR FALTA DE NUTRIENTES MEGALOBLÁSTICA ● Causada por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico; ● Ocorre por baixa ingesta (deficiência de folato) ou por impacto na absorção; ● Deficiência leva à produção de células maiores do que o normal; ● Tipo particular que é (Anemia Perniciosa -AP) ANEMIA MEGALOBLÁSTICA ANEMIA MEGALOBLÁSTICA *LABORATORIAL ● Através hemograma; ● VCM aumentado (característico da megaloblastose); ● Pancitopenia leve a moderada; ● (Exame Padrão Ouro) - Realização do mielograma - Punção aspirativa da medula óssea; ➢ Tratamento➢ Diagnóstico ● Gestante: PREVENÇÃO -Utilizar 400 mcg/dia de ácido fólico diariamente desde a pré-concepção até o final da gestação e após 90 dias puerpério. ➢ Causa ANEMIA HEREDITÁRIAS FALCIFORME ● Caracterizada pela alteração na conformação da molécula da hemoglobina; ● Como consequência, pela produção de hemácias em formato de foice; http://www.youtube.com/watch?v=FBXcJN1ETa4&t=25 ANEMIA FALCIFORME ● Triagem Neonatal; ● Hemograma: - Hemoglobina entre 6 e 10 g/dL na fase estável; - 4 g/dL em casos graves; ● Eletroforese de hemoglobina; ➢ Tratamento➢ Diagnóstico TRAÇO FALCIFORME ● É uma característica hereditária nos glóbulos vermelhos do sangue, que é herdada do pai ou da mãe; ● Diferente é o tipo de hemoglobina, que é a substância dentro do glóbulo vermelho: - A hemoglobina normal é a hemoglobina “A” - A hemoglobina falciforme (anormal) é a hemoglobina “S”. ● Hemoglobina “A” é dominante (forte); ● Hemoglobina “S” é recessiva (fraca); ● Pessoas com HEMOGLOBINA “AS” NÃO SÃO pessoas doentes. ➢ O Traço Falciforme não é uma doença, é sim uma característica genética e não requer tratamento. ➢ O Traço Falciforme não causa anemia no sangue. ➢ Traço Falciforme é uma coisa e Anemia ou Doença Falciforme é outra. ➢ Tipos Forma minor, ou traço talassêmico: ● Produz um grau de anemia leve, assintomático e que pode passar totalmente despercebido; Forma intermediária: ● A deficiência da síntese de hemoglobina é moderada e as consequências menos graves; Talassemia major, ou anemia de Cooley: ● È uma forma grave da doença, causada pela transmissão de dois genes defeituosos, um do pai e outro da mãe. ● Isso provoca anemia profunda e outras alterações orgânicas importantes, como o aumento do baço, atraso no crescimento e problemas nos ossos. ANEMIA HEREDITÁRIAS A TALASSEMIA ● É doença hereditária resultante de um defeito genético na síntese de uma ou mais cadeias globínicas da hemoglobina; ● Há dois principais tipos de talassemia - -Alfa -Beta ● Se manifestar como minor (ou traço talassêmico), intermédia ou major. ANEMIA HEREDITÁRIAS A ➢ Causa ➢ Sintomas ● Anemia persistente; ● Aparência pálida; ● Aumento do baço; ● Distúrbios cardíacos e endócrinos; ● Infecções recorrentes; ● Hemácias: Mais frágeis e de menor duração, e capacidade reduzida de levar oxigênio por todo o organismo. ANEMIA TALASSEMICA Diagnóstico ● Eletroforese de hemoglobina; ● Cromatografia líquida de alta performance (HPLC); ● Exame genético ( único que consegue identificar o tipo de mutação que o paciente tem); ● Teste do Pezinho, é possível identificar recém-nascidos com risco de desenvolver a doença junto com outras hemoglobinopatias; ● Teste da Bochechinha neonatal que analisa mais de 340 doenças e inclui a beta-talassemia e outras hemoglobinopatias; -Analisa diretamente o DNA do bebê; https://testedabochechinha.com.br/teste-do-pezinho-para-que-serve-e-como-e-feito/ https://testedabochechinha.com.br/o-que-e-o-teste-da-bochechinha/ Tratamento - Talassemia major ● Transplante de medula óssea - O único método de cura para a β talassemia major; ● Transfusões de sangue - (Concentrado de hemácias) a cada 20 dias em média, por toda a vida; - Este processo controla a anemia severa e, caso seja iniciado nos primeiros meses após a descoberta da doença, remove os riscos de complicações que podem afetar o bem-estar e expectativa de vida do indivíduo. ● Quelação de sangue 3 tipos liberados para uso: - desferroxamina de uso parenteral (SC ou EV), preferencialmente ministrada via subcutânea (VS) na dose de 20 a 40 mg/kg de peso; - deferiprona, quelante oral, com uma molécula menor e mais lipofílica. É utilizada na dose de 75 a 100 mg/kg/dia, dividida em três doses; - deferasirox, também oral, na dose de 20 a 40 mg/kg/dia em uma única tomada; DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Nutrição Desequilibrada: Menor do que as necessidade corporais, relacionado a ingestão alimentar insuficiente, evidenciado por queixas sugestivas de anemia (perda de apetite, fraqueza, fadiga, baixo desempenho, sonolência). ● Efetuar interrogatório alimentar; ● Solicitar hemograma completo, dosagem de ferritina; ● Determinar exigências alimentares ricas em minerais, especialmente ferro adequadas às condições socioeconômicas, encaminhando ao nutricionista; ➢ Intervenção Troca de gases prejudicada - Relacionado a diminuição de ferro para o transporte de oxigênio (anemia), evidenciado por exames (dosagem de ferritina), fadiga, aumento da frequência respiratória, dispneia aos esforços, sonolência, síncope. ● Explicar as causas dos sintomas causado pela anemia; ● Investigar as causas da diminuição de ferro no organismo; ● Receitar reposição por sulfato ferroso a 5 mg/kg/dia em dose única ou em duas antes das refeições principais; ● Indicar alimentos ricos em ferro e vitamina C (frutas cítricas) para uma boa absorção: carne vermelha, peixe, vísceras, hortaliças, outras. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Fadiga - Relacionado a estilo de vida não estimulante, evidenciado energia insuficiente, cansaço. Condições associadas: Anemia ● Incentivar o repouso; ● Atentar para queixas de dor e outros sinais e sintomas que provoquem aumento do metabolismo, eliminando ou minimizando estes fatores; ● Manter um ambiente tranquilo e confortável. ➢ Intervenção Polidrâmnio Polidramnia ➔ Definida como volume de líquido amniótico (LA) acima de 2.000 ml ➔ São descritas duas formas clínicas: ● Aguda: representa apenas 1,6% dos casos, é caracterizada por aumento de volume do LA em poucos dias, sendo precoce (antes da 24ª semana) ● Crônica: corresponde à maioria absoluta dos casos, de instalação lentae progressiva, ocorrendo ao fim do 2º trimestre e no 3º trimestre. Etiologia Maternas ● Diabetes mellitus ● Aloimunização ● Hipercalcemia ● Hemodiálise Fetais ● Malformações fetais ● Anomalias cromossômicas ● Arritmias cardíacas ● Infecções ● Anemia ● Hidropsia não imune ● Tumores Placentárias ● Síndrome da transfusão feto-fetal ● Corioangioma Diagnóstico Clínico ★ Observação da altura do fundo uterino acima do esperado para a idade gestacional, da dificuldade na palpação do feto e da ausculta convencional. ★ O agravamento do quadro é acompanhado de hipertonia uterina, dor abdominal e lombar, ruptura prematura das membranas. ★ O trabalho de parto prematuro é extremamente comum, mas somente nas gestações complicadas com diabetes e malformações congênitas o grau de polidramnia irá influenciar o risco dele ocorrer. Diagnóstico Ultrassonografia ● Maior bolsão vertical: mais de 8 cm (MBV) ● Índice do líquido amniótico: superior a 18 cm (ILA) ILA MBV Normal 8 a 18 cm 3 a 7 cm Leve 25 a 29 cm 8 a 11 cm Moderada 30 a 34,9 cm 12 a 15 cm Grave >_ 35 cm >_ 16 cm Amniodrenagem Indometacina Sulindac Tratamento Punção com fina agulha x amniodrenagem sob pressão negativa constante. Diminuição do débito urinário fetal 250 mg a 500 mg de 6/6 h. Inibidor das prostaglandinas Menos efetivo Menos efeitos colaterais Oligodrâmnio Introdução Bom desenvolvimento normal de órgãos internos e MMSS e MMII Permite adequada movimentação fetal Proteção fetal e do cordão umbilical Participação no equilíbrio hidroeletrolítico fetal Responsável pela manutenção da homeostase térmica Sua prevalência é estimada em 1% das gestações abaixo de 24 semanas, entre 1% e 5% no termo e acima de 8% após 40 semanas. 5% 50% 18% 15% Causas Idiopáticas D. do Sistema Urinário Fetal Restrição de Crescimento Fetal Rotura Prematura de Membranas Etiologia Condições associadas: Maternas ● Patologias associadas à insuficiência placentária (hipertensão); ● Medicações: como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, inibidores da prostaglandina sintetase, medicamentos antineoplásicos. Fetais ● Cromossomopatias; ● Anomalias, especialmente do trato urinário; ● Restrição de crescimento fetal; ● Gestação gemelar; ● Óbito fetal; ● Gestação prolongada; ● Rotura prematura de membranas; ● Trombose e infarto placentário. https://docs.google.com/spreadsheets/d/1OcGhRIGSLECqDY0O53mS7iFBvxoKrj8FCTDeG5m4JHk/edit#gid=0 A suspeita clínica de oligoâmnio é feita quando a altura uterina está menor que a esperada para a idade gestacional, há fácil reconhecimento das partes fetais e a mãe pode relatar diminuição da mov. fetal, deve-se fazer uma anamnese e um exame físico materno detalhados para identificar fatores de risco. Diagnóstico Ultrassonografia ● Subjetivo ● Objetivo ● Índice de Líquido Amniótico (ILA) ● Maior Bolsão Vertical (MBV) Ressonância Magnética Tratamento Hidratação Materna Os resultados ainda são conflitantes entre os estudos: há estudos que indicam que a infusão venosa de fluidos e outros estudos indicam a hidratação oral materna Amnioinfusão É pouco utilizado devido a sua disponibilidade limitada, além dos riscos associados ao seu caráter invasivo. Consiste na injeção transabdominal de solução salina no interior da bolsa amniótica Conduta Expectante Manejo conservador da gestação através de vigilância periódica materno-fetal rigorosa em gestações antes do termo, até quando for possível Alguns estudos reforçam a recomendação de que o parto nas situações de oligoâmnio isolado ou não complicado deve ser realizado no chamado pré-termo tardio ou no termo precoce (36 0/7 a 37 6/7 semanas de gestação) ou ao diagnóstico, quando este for feito após esse período. Ruptura prematura de membranas Definição É a ruptura espontânea das membranas (coriônicas e amnióticas) antes de iniciar o trabalho de parto. É também chamada de amniorrexe prematura ou rotura da bolsa das águas. Pode ser denominada de duas formas dependendo do período da gestação que ocorre, RPMPT quando <37 semanas e RPMT >37 semanas. - Período de latência até 18 horas. Incidência - A incidência de RPM espontânea é de 5% - É responsável por ⅓ dos partos prematuros Causas A espontânea é a mais comum e está relacionada a processos bioquímicos que levem a diminuição da concentração de colágeno ou malformação do mesmo. - Sobredistensão uterina (polidrâmnio, macrossomia e gestação múltipla) - Fatores mecânicos (contrações uterinas e movimentação fetal) - Alteração da integridade cervical (incompetência cervical e cerclagem) - Fatores intrínsecos às membranas (Síndrome de Ehlers-Danlos) - Alteração da oxigenação tecidual (tabagismo) - Diminuição da atividade imunológica bactericida do líquido amniótico. Complicações Maternas - Corioamnionite (>18 horas/ 70% dos pré-termos) - Endometrite - Bacteriemia (⅓ das pacientes) - Sepse materna (rara) Neonatais - Hipoplasia pulmonar - Prematuridade - Infecção neonatal - Oligoâmnio (frequente antes de 20 semanas) Anamnese e exame físico Testes laboratoriais Diagnóstico A paciente relata perda de grande quantidade de líquido claro; Ao exame especular: observa-se saída de líquido pelo orifício externo do colo. Cristalização do muco cervical; Determinação do pH vaginal (assume coloração azul, ph > 6,5); Detecção da microglobulina placentária do tipo alfa 1 (PAMG-1). Ultrassonografia Confirma a oligoidramnia, mas não é diagnóstica da ruptura. Tratamento Indução imediata do parto com ocitocina diminui a incidência de infecções maternas, como corioamnionite e endometrite e aumenta o grau de satisfação materna. O melhor tratamento é o expectante com a paciente hospitalizada. A paciente deve manter repouso relativo no leito (evitar atividade física) e pélvico (proibido o coito e o toque vaginal). À semelhança do que ocorre para a gestação a termo, o melhor tratamento para RPM com ≥ 34 semanas é o parto imediato. As pacientes devem ser aconselhadas em relação aos riscos e benefícios do tratamento expectante versus parto imediato. A interrupção pode ser sugerida ou tratamento ambulatorial. ≥ 34 semanas < 24 semanasEntre 24 e 33 semanas ≥ 37 semanas O tratamento da RPM está fundamentalmente calcado na idade gestacional. https://docs.google.com/spreadsheets/d/16FnB6syiDr-uMwgwa_mQ6XpRy_pRvLmliFtTZf3qF_I/copy Risco de infecção ● Administrar antibioticoterapia; ● Monitorizar sinais vitais; ● Avaliar presença de sinais flogisticos. Diagnóstico e Cuidados de Enfermagem Medo ● Avaliar a intensidade do medo e a realidade de ameaça percebida pelo paciente. ● Determinar a percepção do paciente quanto ao que está acontecendo e como isso afeta sua vida. ● Comparar respostas verbais e não verbais para detectar percepções alteradas da situação. Referências ● Rezende obstetrícia / Carlos Antonio Barbosa Montenegro, Jorge de Rezende Filho. - 13. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. ● Portela, Geórgia Pereira, Mariana Miranda Endres, and Matias Costa Vieira. "ITU na gestação." Acta méd.(Porto Alegre) (2012): 6-6. ● MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de gestação de alto risco. Brasília, 2022. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2022/03/manual_g estacao_alto_risco.pdf>. Acesso em: 26 de mai. 2023. ● FEBRASGO. Oligodrâmnio - Protocolos Febrasgo, 2021. Disponível em: <https://www.febrasgo.org.br/images/pec/anticoncepcao/n19---O---Oligoidrmnio. pdf>. Acesso em: 26 de mai. de 2023. OBRIGADO!
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