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Cuidado Integral à saúde do Adulto 2 AULA 1 – O CUIDAR EM ENFERMAGEM PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM Foco da enfermagem: ser humano • Biologia • Social • Psicológica Função do enfermeiro • Cuidado de enfermagem PROCESSO SAÚDE X DOENÇA CUIDADO: • Promoção da saúde • Prevenção • Proteção • Recuperação • Manutenção • Paciente, família e coletividade • Visão holística do paciente Representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população, que se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade. FUNÇÕES BÁSICAS DO ENFERMEIRO • Determinação do diagnóstico de enfermagem • Elaboração dos planos de cuidados. • Liderança de equipe de enfermagem • Colaboração com outros profissionais para atendimento das necessidades globais do paciente. Instrumentos básicos do cuidar: são um conjunto de conhecimentos e habilidades fundamentais para o exercício de todas as atividades profissionais • Comunicação, planejamento, avaliação, método científico, observação, trabalho em equipe, destreza manual, criatividade. Ato ou efeito de comunicar, fazer saber, torna comum, participar. A mensagem transmitida pela fonte deve ser compreendida pelo recebedor. A interação enfermeiro -paciente é constituída essencialmente de comunicação. Estes conhecimentos são aplicados nas entrevistas especificas para contato com a equipe de enfermagem e de saúde, entrevistas com pacientes para histórico de enfermagem, com clientes em visitas domiciliares e no atendimento em centros de saúde. O atendimento de enfermagem em qualidade e quantidade só é adequado quando resultante de um planejamento eficiente. Basicamente, a avaliação se divide em: • Auto-avaliação • Avaliação propriamente dita (dos outros) Para poder avaliar bem é necessário, inicialmente, que o individuo possa se auto avaliar, objetivamente. CUIDAR ATRAVÉS DA CRIATIVIDADE A criatividade, outro instrumento básico do cuidado em enfermagem, é a capacidade humana que estimula o crescimento individual e coletivo, que impele as pessoas rumo a novas descobertas, concede ao ser humano a capacidade de associar ideias que estimulem seu ajustamento ao seu contexto, promovendo o aperfeiçoamento e a autorrealização do indivíduo. Ela é mais uma importante ferramenta a ser utilizada pelo enfermeiro para prestar um cuidado de enfermagem com qualidade. Soluções criativas são encontradas quando se pretende prestar uma boa assistência. É uma questão de o enfermeiro acreditar na sua capacidade criativa e ter a intenção de utilizá-la AULA 1.2 – OBESIDADE “A obesidade pode ser compreendida como um agravo de caráter multifatorial decorrente de balanço energético positivo que favorece o acúmulo de gordura, associado a riscos para a saúde devido à sua relação com complicações metabólicas, como aumento da pressão arterial, dos níveis de colesterol e triglicerídeos sanguíneos e resistência à insulina. Entre suas causas, estão relacionados fatores biológicos, históricos, ecológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos (OMS, 2000).” CLASSIFICAÇÃO Essa classificação tem diferentes pontos de corte que variam de acordo com a idade e sexo (menores de 19 anos de idade); de acordo com a idade gestacional (em mulheres grávidas) e entre idosos. INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL • Equipamentos antropométricos: balança pediátrica e de plataforma. • Calculadora, planilha ou disco para identificação do índice de massa corporal (IMC) • Cartões e cadernetas de acompanhamento do estado de saúde, por fase da vida. PROCEDIMENTOS INICIAIS PARA AVALIAR PERFIL ALIMENTAR E NUTRICIONAL 1. Pesar e medir o adulto 2. Realizar a aferição da medida da cintura 3. Calcular o IMC e classificar o seu estado nutricional Calcular o IMC e classificar o seu estado nutricional. • Classificação PESO x ALTURA² do indivíduo. • Indicador de risco. 𝐈𝐌𝐂 = 𝐩𝐞𝐬𝐨 𝐤𝐠 𝐚𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚𝟐(𝒎) 4. Avaliar os hábitos alimentares • Recordatório de 24hrs: É o questionário ao paciente, sua ingestão alimentar do dia anterior. • Frequência alimentar: fornecer dados qualitativos, ou seja, de como está a qualidade da dieta do paciente. 5. Avaliar o nível de atividade física. 6. Avaliar exames bioquímicos INDICAÇÕES PARA CIRURGIA BARIÁTRICA • Indivíduos que apresentem IMC ≥50 kg/m² • Indivíduos que apresentem IMC ≥40 kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado, na Atenção Básica e/ou na Atenção Ambulatorial Especializada, por, no mínimo, dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos; • Indivíduos com IMC >35 kg/m2 e com comorbidades, como pessoas com alto risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por, no mínimo, dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos; AULA 2 – DIABETES O Diabetes mellitus é uma doença crônica causada pela falta absoluta ou relativa da insulina no organismo. Quando a insulina produzida pelas células beta pancreáticas torna-se insuficiente, a glicose é impedida de ser absorvida pelas células, o que ocasiona elevação dela na corrente sanguínea. Os níveis glicêmicos ideais em jejum, variam de 70 a 99 mg por 100ml de sangue. O pâncreas é o órgão responsável pela produção da insulina. Quantidade de insulina produzida vai depender da quantidade de açúcar que se come. • Quanto mais açúcar a gente come mais o pâncreas tem que trabalhar. CLASSIFICAÇÃO DO DM DIABETES MELLITUS TIPO 1 • Destruição da célula beta, leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina. • O traço clínico que mais define o tipo 1 é a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose. o TIPO 1A – Autoimune o TIPO 1B – idiopática. Controle glicêmico: • Tratamento não medicamentoso • Tratamento medicamentoso No tratamento do DM1, além da terapia não farmacológica, a administração de insulina deve ser prescrita e dividida em basal e prandial. Insulinas basais fazem efeito o tempo todo, são importantes, pois não deixam o fígado produzir glicose sem parar. A insulina PRANDIAL é a insulina que vai cobrir um aporte aumentado de glicose, ou seja, uma refeição. Diabetes Mellitus tipo 1: • Falta de insulina • O pâncreas não produz insulina ou a produz em quantidade muito baixa • Com a falta de insulina, a glicose não entra nas células, permanecendo na circulação sanguínea em grandes quantidades. • A diabetes mellitus tipo 1 também é caracterizada pela produção de anticorpos à insulina (doença autoimune). É muito recorrente em pessoas jovens, e a presenta sintomatologia definida, onde os enfermos perdem peso. DIABETES MELLITUS TIPO 1 A Causa: • Autoimune (DM tipo 1 A) – 5 a 10% dos casos de DM – desnutrição imunomediada de células beta pancreáticas • Na maioria das vezes, diagnosticada pela presença de auto-anticorpos circulantes (anti-célula B, anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD) • Esses anticorpos podem ser verificados meses ou anos antes do diagnóstico clínico, ou seja, na fase pré-clínica da doença, e em até 90% dos indivíduos quando se detecta hiperglicemia. Destruição das células beta das ilhotas e deficiência de insulina. DIABETES MELLITUS TIPO 1B Causa: • Idiopático – minoria dos casos de DM1. Caracteriza-se pela ausência de marcadores de autoimunidade contra as células beta.• Os indivíduos com esse tipo de DM podem desenvolver cetoacidose e apresentam graus variáveis de deficiência de insulina • avaliação dos auto anticorpos não se encontra disponível em todos os centros, a classificação DM1 nas subcategorias autoimune e idiopática pode não ser sempre possível, DIABETES MELLITUS TIPO 2 Em adultos com longa história de excesso de peso e hereditariedade, de início insidioso e sintomas mais brandos. Deficiência relativa da insulina, menos intenso do que o observado no DM tipo 1 Após o diagnóstico, o DM tipo 2 pode evoluir por muitos anos antes de requerer insulina para controle. • Mal funcionamento ou diminuição dos receptores das células. • A produção de insulina está normal. • Como os receptores (portas) não estão funcionando direito ou estão em pequenas quantidades, a insulina não consegue promover a entrada de glicose necessária para dentro das células, aumentando também as concentrações da glicose na corrente Resulta em dois defeitos fisiopatológicos: • Resistencia a insulina e redução da sua utilização periférica E • Comprometimento da função secretora • 90% a 95% dos casos; • Defeitos na ação e na secreção de insulina; • Acomete principalmente adultos- 40 anos; • Acomete pessoas com sobrepeso ou obesidade DIAGNÓSTICO • Sintomas de poliúria, polifagia polidipsia e perda ponderal acrescidos de glicemia causal ≥200mg/dL • Glicemia de jejum ≥126mg/dL • HbA1c ≥ 6,5% a ser confirmado em outra coleta. • Glicemia de 2h pós-sobrecarga de 75g de glicose (teste de tolerância oral) ≥ 200mg/dL COMPLICAÇÕES São decorrentes principalmente do controle inadequado do tempo de evolução e de fatores genéticos da doença. • Microvasculares • Macro vasculares • Olhos: retinopatia • cérebro: acidente vascular (derrame) • coração: doença arterial coronariana e risco de infarto do miocárdio • Rins: nefropatia • Intestino: diarreia e constipação intestinal • Pênis: disfunção erétil • Nervos periféricos: neuropatia • Pé diabéticos: úlceras e risco de amputação • Membros inferiores: doença vascular periférica Retinopatia Diabética: É a primeira causa de cegueira adquirida após a puberdade. Embora a cegueira seja um evento raro (aproximadamente 20/100.000/ano) em pacientes com diabetes (GENZ et al., 2010), a perda de acuidade visual é comum após dez anos de diagnóstico, acontecendo em 0% a 40% dos pacientes mais idosos (MOSS; KLEIN; KLEIN, 1994). Nefropatia diabética: É uma complicação microvascular do diabetes associada com morte prematura por uremia ou problemas cardiovasculares. É a principal causa de doença renal crônica em pacientes que ingressam em serviços de diálise (BRUNO; GROSS, 2000). Neuropatia Diabética: Apresenta três estágios: inicial, sintomático e grave. O estágio inicial é, em geral, assintomático, mas pode haver diminuição de sensibilidade. O período sintomático é caracterizado por perda de sensibilidade, dormência e, muitas vezes, parestesias e/ou dor. O estágio grave apresenta envolvimento motor com limitação funcional e com potencial para ulceração nos membros inferiores. • As úlceras de pés (também conhecido como pé diabético) e a amputação de extremidade são as mais graves e de maior impacto socioeconômico. • Achado mais importante é a diminuição da sensibilidade. Cetoacidose diabética – relacionada com tipo1 Falta de insulina: nível de açúcar aumenta, células sofrem com a falta de energia. • Para que as células parem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura, so que também produzem cetonas. Principais sintomas são: polidipsia; poliúria; enurese; hálito cetônico; fadiga, visão turva; náuseas; dor abdominal, além de vomito e desidratação; Síndrome hiperosmolares hiperglicêmico não cetótica – falta de cetose: Quando ocorre a hiperglicemia e está persistente, a diurese osmótica acontece e, em consequência, aumenta a perda de água e eletrólitos. Para se manter o equilíbrio osmótico, ocorre o deslocamento da água do espaço intracelular (dentro da célula) para o extracelular (fora da célula). Com a glicosúria e a desidratação, ocorre a osmolaridade. TRATAMENTO Controle metabólico Medicações + insulina CONSULTA DE ENFERMAGEM PARA ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS COM DM • Aplicação da SAE; • Educação em saúde que auxilie o indivíduo a conviver melhor com sua condição crônica; • Reforce sua percepção de riscos à saúde; • Desenvolva habilidades para superar os problemas, mantendo a maior autonomia possível; • identificar vulnerabilidades, prevenir complicações e conquistar um bom controle metabólico que, em geral, depende de alimentação regular e de exercícios físicos. • A prevenção, por meio do exame frequente dos pés é de vital importância para a redução das complicações. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Risco de infecção relacionado à exposição ambiental a patógenos aumentada • Risco de infecção relacionado a uso de cateter venoso periférico • Risco de glicemia instável relacionado à falta de controle da diabetes • Risco de glicemia instável relacionado ao ganho de peso excessivo • Risco de síndrome do desequilíbrio metabólico relacionado com glicemia instável • Medo relacionado a novo estilo de vida, evidenciado por relatos verbais • Nutrição desequilibrada menos do que as necessidades corporais relacionada à incapacidade de absorver nutrientes, evidenciado por perda de peso com ingestão adequada de comida CUIDADOS DE ENFERMAGEM Quanto à terapêutica medicamentosa: • Identificação correta do tipo de insulina, seringa, agulha, ação, dosagem e via de administração. • Utilização de técnica asséptica • Rodízio dos locais de aplicação: face anterior da coxa, face externa/posterior do braço, nádegas e abdômen. • Observação da conservação correta • Alimentar o paciente depois da insulinoterapia • Avaliar e ensinar autoaplicação – incluir cuidados no preparo, conservação, tipo agulha e seringa • Orientar uso de hipoglicemiantes orais: tipo, ação, dosagem, frequência; Locais de aplicação de insulina 1. Abdômen 2. Braços 3. Coxa 4. Glúteo Quanto a hipoglicemia: • Orientar sinais e sintomas e para portar fonte de glicose • Conhecer e observar sintomas de hipoglicemia (tremores, sudorese, palidez, fome, visão turva, cefaleia, distúrbios de comportamento, perda de consciência, coma.) • Paciente em hipoglicemia: consciente – colher amostra de sangue para glicemia; oferecer carboidrato de ação rápida (suco, açúcar); paciente inconsciente – nada por via oral; infusão de glicose hipertônica (a 50%) via endovenosa. • Realizar glicoteste (glicemia capilar) e controle de diurese. • Manter as vias aéreas livres (aspiração s/n) e oxigenar s/n) • Avaliar nível de consciência • Assim que possível alimentar VO Quanto à hiperglicemia: • Conhecer, observar e orientar sinais e sintomas (visão turva, poliúria, polidipsia, fraqueza, dor abdominal, sonolência, náuseas, vômitos, perda de consciência, coma) reforçar importância do tratamento correto. • Caso ocorra, manter vias aéreas livres e oxigenar s/n • Coletar sangue para glicemia e dosagem de Na (sódio) e K (potássio) • Administrar insulina conforme prescrição, respeitando rodízio e local. • Controle rigoroso de SV e perfusão periférica; • Infundir reposição hidroeletrolítica (SF, potássio, bicarbonato) • Monitorizar e avaliar nível de consciência. • Controlar diurese. • Observar sinais de hipoglicemia durante tratamento. AULA 3 – SÍNDROME DE CUSHING A síndrome de Cushing ou Hipercortisolismo é um termo aplicado ao quadro clínico que resulta da exposição prolongada e inapropriada a níveisexcessivos de glicocorticoides livres circulantes, especialmente o cortisol. O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais que estão localizadas acima dos rins A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter ADRENALINA (neurotransmissor, liberado quando a estresse físico e mental. Faz contrário da glicose) E NORADRENALINA (acelera os batimentos cardíacos e controla a pressão) CORTISOL: Estimula a formação de carboidratos a partir de proteínas e outras substâncias; ALASTERONA: Auxilia na retenção de sódio, agindo no equilíbrio dos líquidos. A glândula suprarrenal da direita possui formato triangular, enquanto a da esquerda tem forma de meia-lua. Existem duas regiões nas glândulas suprarrenais. O córtex suprarrenal externo (cerca de 85% da glândula) e a medula suprarrenal (interna). Estas glândulas, no córtex suprarrenal, fabricam hormônios esteroides que regulam a concentração de água e sais no corpo. São responsáveis também pela produção de hormônios que atuam na transformação de gordura em glicose pelo fígado. Um exemplo deste hormônio é o glicocorticoide conhecido como cortisol, que também atua na degradação dos triglicerídeos. Estas funções também são desempenhadas pela região do córtex suprarrenal. As glândulas suprarrenais também produzem, na medula suprarrenal, dois outros importantes hormônios: adrenalina (também conhecido como GLÂNDULAS SUPRARRENAIS CORTEX SUPRA RENAL MEDULA SUPRARRENAL epinefrina) e noradrenalina (também conhecido como norepinefrina). Estes dois hormônios atuam em reações psíquicas e físicas geradas por situações emocionais fortes (principalmente relacionadas ao estresse emocional). DEFINIÇÃO E FUNÇÃO DO CORTISOL O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins. Função do cortisol: controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial. Os níveis de cortisol no sangue variam durante o dia porque estão relacionados com a atividade diária e a serotonina, que é responsável pela sensação de prazer e de bem-estar. Assim, os níveis de cortisol basal no sangue, geralmente, são maiores de manhã ao acordar, de 8,7 a 22 µg/dL, e depois vão diminuindo ao longo do dia para valores menores que 10 µg/dL. O cortisol alto no sangue pode originar sintomas como perda de massa muscular, aumento de peso ou diminuição de testosterona ou ser indicativo de problemas, como a Síndrome de Cushing, por exemplo Já o cortisol baixo pode originar sintomas de depressão, cansaço ou fraqueza CORTISOL ALTO O cortisol alto pode originar sinais e sintomas como: • Perda de massa muscular; • • • Aumento do peso; • Aumento das chances de osteoporose; • Dificuldade na aprendizagem; • Baixo crescimento; • Diminuição da testosterona; • Lapsos de memória; • Aumento da sede e da frequência em urinar; • Diminuição do apetite sexual; • Menstruação irregular CORTISOL BAIXO O cortisol baixo pode causar sinais e sintomas como: • Depressão; • Fadiga; • Cansaço; • Fraqueza; • Desejo repentino de comer doces. ETIOLOGIA Possíveis causas da síndrome de Cushing Causas endógenas: produção excessiva de cortisol (um glicocorticoide) causado por: • Tumor da hipófise (doença de Cushing) 70% dos casos endógenos • Tumor supra-renal, 15% dos casos endógenos • Causas desconhecidas ou outras causas, 15% dos casos endógenos. Causas exógenas: tomar medicamentos que contêm glicocorticoides, tais como hidrocortisona. Resposta do corpo ao estresse: O hormônio liberador de corticotrofina (CRH) é um hormônio sintetizado no hipotálamo, que tem como função a liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também denominado corticotrofina, pela adeno-hipófise Cushing: sinais cutâneos clássicos • Fáscies “luacheia”, “cushingóide”, “moon face” • Pletora facial, rubicundez • Hirsutismo • Fossas supravasclaviculares cheias • Fragilidade cutânea: estrias violáceas Ao longo do tempo, níveis elevados de corticoides aumentam a pressão arterial, enfraquecem os ossos (osteoporose) e diminuem a resistência às infecções. O risco de desenvolver cálculos renais e diabetes aumenta, e podem ocorrer transtornos mentais, incluindo depressão e alucinações. DIAGNÓSTICO Nenhum exame laboratorial é capaz de indicar com 100% de certeza se uma pessoa tem síndrome de Cushing ou não. Por isso, mais de um teste pode ser necessário. Os exames mais utilizados para realizar o diagnóstico são: • Exame de urina de 24 horas para verificar os níveis de cortisol (avalia o cortisol livre) • Cortisol a meia noite: sérico ou salivar • Teste de supressão com baixas doses de dexametasona • Dosagem de ACTH (adrenocorticotropico) no sangue. TRATAMENTO Se a causa da doença for o uso de medicamentos à base de corticosteroide - suspender gradualmente seu uso até encontrar outra forma de tratar a doença que necessitava do medicamento. Tumor na glândula suprarrenal ou pituitária- cirurgia de retirada pode resolver definitivamente o problema. Caso o tumor não possa ser retirado, o tratamento visará a diminuição dos sintomas e o controle dos níveis de cortisol. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Risco de glicemia instável relacionado a doença física e estresse, evidenciado por nível glicêmico instável e relato verbal de preocupação com o prognóstico. Ansiedade relacionada ao estado de saúde evidenciado por agitação e dificuldade de iniciar o sono. PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM Orientar e esclarecer dúvidas sobre a doença visando a redução do estresse e da agitação; Estimular a leitura relaxante visando facilitação dos ciclos de acordar e dormir de forma regular. RESULTADOS ESPERADOS. Considerando que a paciente apresentava variações de humor, a assistência de enfermagem foi centrada no restabelecimento do sono e redução da ansiedade, a fim de diminuir o estresse. O diálogo e a implementação da leitura relaxante proporcionam períodos de tranquilidade e de maior confiança da paciente em relação ao tratamento. AULA 4 – HIPOTIREOIDISMO E HIPERTIREOIDISMO A fisiologia da tireoide é fundamental para o organismo. Esta glândula endócrina secreta dois hormônios determinantes para a saúde: a tiroxina, ou T4, e o tri- iodotironina, ou T3. Ambos atuam na regulação do crescimento e desenvolvimento. Também intervêm no metabolismo celular e na termogênese, ou geração de calor pelo corpo. Da mesma forma, os hormônios da tireoide incidem sobre o sistema cardiovascular, o sistema nervoso central e os órgãos reprodutores. O excesso ou deficiência dos hormônios da tireoide no corpo causam diferentes efeitos adversos sobre o organismo. A partir dos processos que fazem parte da fisiologia da tireoide, são sintetizados ou liberados os hormônios T3 e T4. Toda essa atividade é controlada pelo hipotálamo, que produz um hormônio chamado TRH (hormônio liberador da tireotrofina) que atua sobre a hipófise e estimula a tireoide. A hipófise, por sua vez, origina o hormônio TSH, que induz a tireoide a secretar os hormônios no sangue. Função: • Coordena muitas funções que incluem no metabolismo corporal. • Produz e secreta hormônios no sangue que aumentam o metabolismo. • Controla a taxa de iodo. REGULADA PELO EIXO: HIPÓTALAMO – HIPOFISE – TIREÓIDETRH: Hormônio liberador de tireotrofina TSH: Hormônio estimulante da tireoide HORMÔNIO DA TIREOIDE • TETRAIODOTIRONINA T4 • TRIIODOTIRONINA T3 • CALCITONINA aumenta síntese proteica e enzimática. Aumenta o número e tamanho das mitocôndrias nas células. Promove captação rápida da glicose. Aumenta glicólise e glicogênese. CALCITONINA • Função: promove a deposição de Ca²+; diminuição de Ca2+ no líquido extracelular. • Consequências da disfunção: distúrbio de cálcio. • Hipofunção: desmineralização óssea (raquitismo e osteomalácia) • Hiperfunção: deformações ósseas pelo acúmulo de cálcio. T3 E T4 Para elaboração dos hormônios da tireoide é necessário a presença do iodo ou grupamento de iodeto. O QUE É PARATIREÓIDE? São quatro pequenas glândulas, localizadas na parte de trás da tireoide. Elas produzem o paratormônio, que regula a quantidade de cálcio no sangue. Carência de iodo na dieta, comum nas regiões geográficas em que há deficiência desse elemento (bócio endêmico); Doenças autoimunes, que interferem na produção dos hormônios da tireoide, Proliferação dos folículos da glândula (bócio coloide); Tumores benignos e malignos; Infecções e o uso de certos medicamentos (bócio esporádico). Ingestão de iodo • Absorção no intestino o Maior parte é excretada pelos rins ▪ Captação pelas células da tireoide • Formação dos hormônios T3 e T4 HIPOTIREOIDISMO É um distúrbio ocasionado pela produção reduzida dos níveis séricos normais dos hormônios tireoidianos, por qualquer alteração estrutural ou funcional; TRH TSH T3 e T4 Essa deficiência pode resultar de um defeito em qualquer parte do eixo hipotalâmico-hipofisário- tireoidiano; • Primário: disfunção da própria glândula tireóide; • Secundário: se a causa consistir exclusivamente em um distúrbio hipofisário; - Tumores- (destruição dos tireotrófos hipofisários) • Terciário: distúrbio do hipotálamo resultando em secreção inadequada de TRH; • Central: falência da hipófise, do hipotálamo ou de ambos; O hipotireoidismo primário decorre de doença na tireoide; o TSH é elevado. A causa mais comum é autoimune. Habitualmente resulta de tireoidite de Hashimoto Hashimoto/; o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4. O hipotireoidismo secundário ocorre quando o hipotálamo produz TRH insuficiente ou hipófise produz TSH insuficiente. Às vezes, a secreção deficiente de TSH decorrente da deficiência de TRH é denominada hipotireoidismo terciário. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Bradicardia • Alopecia • Ganho de peso • Diminuição da sudorese • Palidez da pele • Letargia • Unhas quebradiças • Rouquidão • Pele seca e grossa • Dormência • Perda da libido • Distúrbios menstruais • Fadiga extrema • Hipotermia moderada. CRETINISMO Hipotireoidismo congênito • Deficiência mental • Baixa estatura • Identificação: teste do pezinho. DIAGNÓSTICO Exame de sangue, como: • Dosagem de hormônios tireoidianos, T3 e T4 • Dosagem de hormônios que regula a tireoide, o TSH. • Níveis elevados de TSH (0,5 a 4,5 UI/L) • Eletrocardiograma • Elevação dos anticorpos antitireoidianos (antiperoxidase) para causa autoimune. TRATAMENTO • Levotiroxina (T4) – oral • Liotironina (T3) Fadiga relacionado com o estado da doença caracterizado por astenia, sonolência, adinamia. Avaliar o nível de tolerância a atividade bem como o grau de fadiga, letargia e mal-estar, manter o paciente no leito quando fadigado ou quando ocorrer dor ou desconforto abdominal. (enfermeiro) Fazer mudança de decúbito a cada duas horas durante a IH (tec. De enfermagem) Débito cardíaco diminuído relacionado a frequência cardíaca caracterizado por bradicardia: monitorar os SSVV (FP, PA, FC) a cada 30 minutos ate normalizar os valores, após normalizar executar a monitorização a cada duas horas (tec. De enfermagem) contatar o enfermeiro plantonista quando necessário. Risco de intolerância a atividade relacionado com fadiga, astenia, sonolência, adinamia: realizar atividades no leito (flexão e extensão de MMII e MMSS, rotação de extremidades) de acordo a tolerância do paciente, uma vez ao dia, durante a IH (tec. De enfermagem) contatar o enfermeiro plantonista quando necessário. HIPERTIREOIDISMO O hipertireoidismo consiste no aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianos pela glândula tireoide, assim aumentando os níveis circulantes de T3 e T4 livres CAUSAS: • Doença de Graves, é mais comum. • Bócio multinodular. • Ingestão excessiva de iodo • Funcionamento acelerado da tireoide. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Nervosismo • Sudorese excessiva • Intolerância ao calor • Palpitação • Fadiga • Perda de peso • Bócio • Tremor • Exoftalmia • Edemas de membros inferiores • Anorexia • Fraqueza • Aumento do apetite • Dispneia • Fibrilação atrial DIAGNÓSTICO É baseado na anamnese, exame físico e avaliação laboratorial. Exame físico: • Aferição do peso, PA e FC • Inspeção da parte anterior do pescoço • Palpação da tireoide (determinação do tamanho, consistência e presença de modularidade) • Exame neuromuscular • Exame ocular (na busca de exoftalmia outros sinais de oftalmopatia) • Exame dermatológico • Exame cardiovascular. Exames laboratoriais: • Dosagem de TSH (<0,1 mIU/L) • T4 livre • T3 livre • Dosagem do anticorpo anti-receptor do TSH (TRAb) – diagnóstico etiológico • Captação de iodo radioativo (l131) – diagnostico e cálculo da dose terapêutica) Doença de GRAVES • Causa mais comum de Hipertireoidismo • Maior incidência entre 30 e 60 anos • Afeta aproximadamente 2% das mulheres e 0,2% dos homens. Nódulo de tireóide • Os nódulos são áreas de crescimento exagerado, formando “caroços”, que se diferenciam do restante da tireoide e podem ser de vários tamanhos, uni ou multinodulares e benignos ou malignos. • É geralmente assintomático • Sintomas locais: disfagia, dispneia, rouquidão, compressa da artéria carótida e dos vasos da base e dor. • Associados ao hipo e hipertireoidismo. • Benignos: múltiplos e estão associados a disfunção da tireoide. • Malignos: sexo masculino; idade <20 ou >70 anos; presença de sintomas locais; história de radioterapia externa no pescoço; presença de linfadenopatia cervical. • Usa-se: anamnese, exame físico, exame laboratorial (TSH, T4 e total, anticorpos específicos), exames complementares (USG + Doppler, PAAF, RX, TC, RM) CÂNCER DE TIREÓIDE Embora a grande prevalência de nódulos de tireoide, o carcinoma de tireoide representa 1% de todas as neoplasias malignas. • É a neoplasia endócrina mais comum • É 3-4 vezes mais comum em mulheres • A mortalidade é baia e a sobrevida é grande • Nos carcinomas diferenciados o crescimento é lento. TRATAMENTO O tratamento depende das causas, da idade do paciente e das complicações da doença. Pode consistir em agentes antitireoidianos, radioterapia ou cirurgia. Tem como meta normalizar a taxa metabólica. • Tioamidas – propiltiouracila (PTU), metimazol (Tapazole) • Propranolol (inderal) • Glicocorticoides • Iodo radiativo • Cirurgia Débito cardíaco diminuído relacionado com a frequência cardíaca alterada evidenciada por taquicardia, dispneia e arritmias: monitorar os SSVV (FC, PA, T) a cada 30 minutos ate normalizar os valores, após normalizar, executar a monitorização a cada 2 horas. Monitorar continuamente a frequência e a profundidade respiratória. Realizar oxigenioterapia CPM até o paciente apresentar melhorada dispneia (tec. De enfermagem) contatar o enfermeiro plantonista quando necessário. Os hormônios da tireoide são decisivos para o bum funcionamento do organismo. Eles atuam de muitas maneiras, dentre as quais se destacam as seguintes: • Aumentam o porte de oxigênio aos tecidos¸ contribuindo assim para regular o bom funcionamento do sistema cardiovascular. • Aumenta a absorção de proteínas e carboidratos no tubo digestivo. • Intervêm no desenvolvimento feral e no crescimento durante a infância. Facilitam a capacidade do organismo para transportar o oxigênio. Regulam a tensão arterial e a temperatura do corpo. Favorecem o crescimento normal dos neurônios. Facilitam a síntese de proteínas e de glicogênio. Favorecem a absorção de gordura. Em síntese, os hormônios da tireoide têm uma participação fundamental no metabolismo. Basicamente, regulam os processos energéticos e os otimizam, sobretudo nas fases de mudança pelas quais o corpo passa ao longo da vida, sendo fundamentais para o nosso bem-estar. AULA 5 – SISTEMA HEMATOPOIETICO As células do sangue são temporárias, o que implica em produção e destruição constante destas mantendo o número de células circulantes estável e inalterado. Vários órgãos estão envolvidos no processo de produção, denominado hematopoese, e destruição, denominado hemólise. Em conjunto, estes órgãos compõem o sistema hematopoiético-lítico, composto por: medula óssea, baço, linfonodos, timo, fígado, tubo digestivo e rins. SANGUE E COMPONENTES: • Volume em adulto: aproximadamente 8% do peso corporal (5,5L) • Local de produção: medula óssea vermelha • Principais funções: transporte, defesa, hemostasia. ALGUMAS FUNÇÕES E ELEMENTOS DO SANGUE. • Hemácias (glóbulos vermelhos): transporte de oxigênio e gás carbônico. • Hemoglobina: proteína existente nas hemácias, rica em ferro e que dá a coloração vermelha ao sangue. • Leucócitos (glóbulos brancos): defesa do nosso corpo • Plaquetas: responsável por interromper a perda de sangue quando nos machucamos. • Plasma: transporta as substâncias dissolvidas, como nutrientes, medicamentos e produtos tóxicos. HEMOGRAMA: SÉRIE VERMELHA O hemograma é o nome que define o exame realizado para avaliar as células sanguíneas, permitindo a elucidação de várias patologias, quer sejam hematológicas ou que gerem alterações nesse tecido O Hemograma pode ser didaticamente dividi em três partes, a saber: série vermelha, série branca. Na série vermelha obtemos o estuda dos glóbulos vermelhos, sua contagem, morfologia e que eventualmente possam estar presentes. Nessa avaliação temos as seguintes contagens: contagem de eritrócitos, dosagem de hemoglobina (Hb), hematócrito (Ht), volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) HEMOGRAMA: é o exame que avalia quantitativamente e qualitativamente os elementos celulares do sangue. • Eritrograma • Leucograma • Plaquetograma ERITROGRAMA É a primeira parte do hemograma, é o estudo dos glóbulos vermelhos, ou seja, das hemácias, também chamadas de eritrócitos. • Número de eritrócitos (células vermelhas) • Dosagem de hemoglobina e hematócrito • Índice de hematimétricos (contagem) os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em conjunto. Quando estão reduzidos, indicam ANEMIA, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no sangue. Quando estão elevados indicam POLICITEMIA, que é o excesso de hemácias circulantes. Hemácias: são as células que transportam oxigênio do pulmão aos tecidos e do gás carbônico dos tecidos ao pulmão. Para se fixar nas hemácias, o oxigênio liga-se à hemoglobina. VR: homens adultos de 4,5 a 6,1 milhões por microlitro (M/uL); mulheres de 4,0 a 7,4 M/uL; crianças de cinco anos de 4,1 a 5,1 M/uL idosos acima de 70 anos de 3,9 a 5,3 M/uL. Alterações • OLIGOCITEMIA – Redução do número de hemácias o Anemia – Redução do número de eritrócitos circulantes, de quantidade de hemoglobina e/ou volume das células (Ht) • POLICITEMIA – Aumento do número de hemácias, Hb, Ht; o Ex: eritrocitose primária, distúrbio proliferativa, altitude elevada etc. Hemoglobina é a proteína existente no interior das hemácias, no plasma e em certas plantas e cuja principal função é o transporte de oxigênio. • Na pratica, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma anemia. Hemoglobina glicada → Hemoglobina Glicada, também abreviada como Hb A1c, é uma forma de hemoglobina presente naturalmente nos eritrócitos humanos que é útil na identificação de altos níveis de glicemia durante períodos prolongados. Este tipo de hemoglobina é formado a partir de reações não enzimáticas entre a hemoglobina e a glicose HEMATÓCRITOS é a percentagem de células vermelhas (glóbulos vermelhos ou hemácias) no volume total de sangue, em outras palavras é o volume de massa eritróide de uma amostra de sangue, expresso em porcentagem (%) ou fração decimal; Correlaciona-se a contagem de eritrócito e a viscosidade sanguínea; Usado para avaliar alterações volêmicas (Ex. Choque, dengue hemorrágica, gravidez) O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das hemácias (o tamanho revela o volume ocupado por um único eritrócito) →NORMOCÍTICO; Capaz de diferenciar os vários tipos de anemia; Um VCM elevado indica HEMÁCIAS MACROCÍTICAS--> hemácias grandes (e. carência de ácido fólico) VCM reduzidos indicam HEMÁCIAS MICROCÍTICAS, → hemácias reduzidas (ex. anemias por falta de ferro); Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia. O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia; O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da hemoglobina dentro das hemácias; Os dois valores indicam basicamente a mesma coisa, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as hemácias têm pouca hemoglobina, elas são ditas HIPOCRÔMICAS. Quando têm muita, são HIPERCRÔMICAS. CAPAZES de diferenciar os vários tipos de anemia! O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entra as hemácias; quando elevado → hemácias de tamanhos diferentes circulando (alt morfologia); • Ex. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro, onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma hemácia de tamanho reduzido. Anisocitose→ variação do tamanho das hemácias: média do índice VCM- volume corpuscular médio e RDW). LEUCOGRAMA Avalia os leucócitos (glóbulos brancos) → células de defesa; Os leucócitos são, na verdade, um grupo de diferentes células, com diferentes funções no sistema imune; Existem cinco tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades. LEUCOCITOSE → aumento do número de leucócitos; (quadro infeccioso bacteriano); LEUCOPENIA→queda do número de leucócitos; anemia; HIV- SISTEMA IMUNE BAIXO O neutrófilo são 45% a 75% dos leucócitos circulantes; • São especializados no combate a bactérias; Tempo de vida de neutrófilos 24-48 horas; NEUTROFILIA = aumento neutrófilos; • NEUTROPENIA = redução do número de neutrófilos. A neutropenia febril é definida pela presença de febre, com temperatura oral > 38,3°C (ou temperatura axilar maior que 37,8°C), ou persistência de temperatura entre 38 e 38,3°C por mais de 1 hora. Já a neutropenia é definida por contagem de neutrófilos < 500/mm3 ou entre 500 e 1.000/mm3 e com tendência à queda. MIELÓCITOS E METAMIELÓCITOS:são células de defesa imaturas, o que significa que a medula óssea está liberando-as antes do tempo. Elas NÃO devem ser encontradas em hemogramas saudáveis, podendo indicar leucemia, juntamente com a presença de outras células imaturas, como os blastos (encontrados somente na medula óssea, normalmente). • Valor de Referência: ZERO em hemogramas saudáveis. SEGMENTADOS OU BASTÕES são os neutrófilos jovens; Na infecção, os neutrófilos jovens recém- produzidos são lançados na corrente sanguínea Normalmente → (4 a 5% são bastões, se maior há infecção); EOSINÓFILOS (1-5%): em infecções parasitárias (verminose) ou reações alérgicas, o organismo produz mais eosinófilos na medula óssea. Algumas doenças de pele também aumentam sua produção. VR: 0 a 500 por uL • EOSINOFILIA: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos • EOSINOPENIA = é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos BASÓFILOS (0- 2%): sua quantidade tende a ser constante, independentemente de exercícios e hora do dia. Portanto, quando há um aumento anormal, comumente está associado a processos alérgicos e inflamação crônica (colite ulcerativa, sinusite crônica) e infecções virais como varíola e varicela, ou ainda nos casos de leucemia mieloide crônica. VR: 0 a 200 por uL LINFÓCITOS (15-45%): em crianças, sua contagem tende a ser maior que nos adultos. Quando a quantidade destas células aumenta entre os jovens e adultos, indica infecções virais agudas, como a mononucleose infeccioso (ex. dengue). VR: mil a 4,5 mil por uL • LINFOCITOSE: aumento do número de linfócitos • LINFOPENIA: redução do número de linfócitos; Linfócitos T do tipo CD4+ (glicoproteína de membrana) → alvo do HIV Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de tumores; São responsáveis pela produção dos anticorpos; Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes, ultrapassando o número de neutrófilos Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo de ativação do sistema imune. São eles que iniciam o processo de rejeição nos transplantes de órgãos→ imunossupressores; Obs: linfócitos atípicos → infecções por vírus (mononucleose, gripe, dengue, varicela), algumas drogas e doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide) MONÓCITOS (3-10%): seu aumento no organismo é raro, mas pode ocorrer em casos de doenças virais, e bacterianos, como de tuberculose, endocardite bacteriana subaguda, tifo e infecções por ricketsias (bactérias carregadas como parasitas em carrapatos, pulgas e piolhos). VR: 100 a mil por uL • Monócito se transforma em macrófago (fagocitose). PLAQUETOGRAMA As plaquetas são as células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Elas se agrupam e formam um trombo (rolha ou tampão) → que imediatamente estanca o sangramento. VR: 150.000 a 450.000 por microlitro (uL); TROMBOCITOPENIA ou PLAQUETOPENIA → redução TROMBOCITOSE → é o aumento Quando os valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte uma vez que pode haver sangramentos espontâneos; A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias e para avaliar quadro de sangramentos sem causa definida. ANEMIA A anemia é uma doença caracterizada pela diminuição de hemoglobina na corrente sanguínea, o que pode ter diversas causas, desde uma alteração genética até a má alimentação. Para identificar e confirmar o diagnóstico de anemia, o médico geralmente pede uma análise de sangue para avaliar a quantidade de hemoglobina, sendo considerado anemia quando o valor é menor que 12 g/dL em mulheres ou 13 g/dL em homens. A avaliação inicial do paciente com anemia inclui anamnese e exame físico minuciosos, além de exames laboratoriais. • Os sintomas relacionados à anemia dependem da idade, da capacidade física, do grau de anemia e do tempo de evolução. • Pacientes com evolução aguda apresentam sintomas com valores mais altos de hemoglobina, enquanto os de evolução crônica exibem valores mais baixos. • Os sintomas usuais incluem astenia, cansaço, fraqueza, falta de ar e palpitações. • No exame físico o achado mais característico é a palidez muco cutânea. A investigação laboratorial inicial consiste na realização dos seguintes exames: • Hematócrito, hemoglobina e contagem de eritrócitos para avaliar o grau de anemia. • Índices hematimétricos (VCM, HCM e CHCM) para determinar se os eritrócitos são, em média, normocíticos, microcíticos (VCM > 100) ou microcíticos (VCM < 80) e se são hipocrômicos- ( diminuição do diâmetro das hemácias) • O aumento da amplitude de distribuição do volume dos eritrócitos (RDW) é uma medida de Anisocitose. • Contagem de reticulócitos para estimar se a resposta medular sugere incapacidade da produção- ou hemólise-ou perda sanguínea recente. • Exame microscópico da distensão sanguínea (lâmina de sangue periférico) para avaliar o aspecto dos eritrócitos e as alterações concomitantes dos leucócitos e das plaquetas. ANEMIA FERROPRIVA – MICROCÍTICA Anemia ferropriva é o tipo de anemia decorrente da privação, deficiência, de ferro dentro do organismo levando à uma diminuição da produção, tamanho e teor de hemoglobina dos glóbulos vermelhos, hemácias. O ferro é essencial para a produção dos glóbulos vermelhos e seus níveis baixos no sangue comprometem toda cascata de produção das hemácias. Dentro dos glóbulos vermelhos existe uma proteína chamada hemoglobina que tem na sua estrutura bioquímica a presença de moléculas de ferro e de cobalto (o cobalto está presente na vitamina B12). A hemoglobina é a responsável pelo transporte do oxigênio que respiramos até todas as células do corpo humano. Na diminuição desta (hemoglobina) o transporte de oxigênio fica comprometido e várias consequências danosas serão desencadeadas. Estima-se que 90% das anemias sejam causadas por deficiência de ferro. CAUSAS • Existem diversas causas para a anemia ferropriva, são elas: • Falta de ferro na alimentação: Continua sendo ainda a causa mais frequente de anemia ferropriva no mundo, principalmente em crianças abaixo de 2 anos e mulheres gestantes. • No Brasil, estima-se que atinja 25 % das crianças até os 2 anos de idade e 21% até os 5 anos de idade. • Alguns estudos no Brasil chegaram a apontar uma prevalência de anemia em 50% ou mais em crianças até os 5 anos de idade, que frequentavam escolas ou creches e Unidades Básicas de Saúde. Diminuição da absorção do ferro pela mucosa intestinal: • Cirurgias que retiram partes do estômago e/ou intestino que afetam a absorção do ferro como gastrectomias por úlceras no estômago e cirurgia bariátrica • Parasitoses (verminoses) intestinais, que “roubam” o ferro dos alimentos antes destes ser absorvido pelo intestino • Trânsito intestinal acelerado, como nos casos de diarreias frequentes dificultando a absorção do ferro • Doença Celíaca (enteropatia pelo glúten) que leva à diminuição da absorção do ferro causada pela inflamação crônica da mucosa intestinal e diarreias frequentes. Perda de sangue recorrente causada por: • Fluxo sanguíneo menstrual de grande volume • Sangramento crônico do tubo digestivo causado por úlceras gástricas ou duodenais, câncer gastrointestinal, hemorroidas, doenças inflamatórias intestinais em fase aguda como doença de Crohn e Retocolite ulcerativa, varizes esofágicas e parasitoses intestinais. • Sangramentos constantes pelo nariz (epistaxe) ou pela urina (hematúria) FATORES DE RISCO • O fator de risco mais importante para a anemia ferropriva é a dieta deficiente em ferro.• Crianças e adolescentes, gestantes e idosos são os públicos mais vulneráveis. • Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica para redução do peso também correm maior risco de deficiência de ferro. • Pessoas que dependem de terceiros para se alimentarem como idosos em asilos ou incapacitados fisicamente também podem ter anemia ferropriva. • Pacientes com hipotireoidismo podem desencadear anemia como manifestação secundaria. • Vegetarianos mal orientados são também grupo de risco. SINTOMAS • Fadiga crônica e desânimo • Cansaço aos esforços • Pele e mucosas pálidas (descoradas) • tonturas e sensação de desmaio • Dores de cabeça e dores nas pernas • Geofagia (vontade incontrolável de comer terra) • Queda de cabelo e unhas fracas e quebradiças • Falta de apetite • Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos) • Dificuldade de concentração e lapsos de memória • Diminuição do desejo sexual. DIAGNÓSTICO • Os exames mais apropriados são: • Hemograma (série vermelha): detecta se a taxa de hemoglobina está baixa e se o formato dos glóbulos vermelhos está alterado. Glóbulos vermelhos muito pequenos (microcitose) e de coloração mais descorada (hipocromia) são dados que confirmam ser a deficiência de ferro a principal causa • Ferritina: avalia as reservas de ferro dentro do organismo, que geralmente estão baixas na anemia ferropriva Quando não parece ser a falta de ferro na alimentação causas secundárias devem ser investigadas exigindo exames como: • Endoscopia Digesta Alta • Colonoscopia • Exame Parasitológico de Fezes • Esfregaço da Medula Óssea • Urina Tipo 1 • Pesquisa de sangue oculto nas fezes. TRATAMENTO O tratamento à princípio é repor a necessidade imediata de ferro do organismo, por meio da prescrição de doses medicamentosas deste nutriente. As doses de sais de ferro podem chegar a 200 ou 300 mg tomadas em doses diárias por no mínimo 2 a 3 semanas, variando conforme cada caso e grau de anemia. As causas secundárias como má absorção intestinal, perdas sanguíneas crônicas e parasitoses intestinais devem ser tratadas conforme cada caso PREVENÇÃO A prevenção primária começa evitando uma alimentação pobre em ferro. Os alimentos mais ricos em ferro são: • Carne vermelha • Gema de ovo • Melaço da cana • Folhas verde escuras (rúcula, agrião, couve, espinafre etc.) • Leguminosas como feijão, ervilha, grão-de- bico, soja, lentilhas • Fígado, miúdos de peru e frango Como o ferro de origem vegetal tem uma baixa absorção intestinal recomenda-se acrescentar na mesma refeição alimentos fontes de vitamina C como frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi, acerola), pois esta vitamina aumenta a absorção do ferro vegetal na mucosa intestinal. De maneira contrária o cálcio pode diminuir a absorção de ferro de origem animal e alimentos como leite e derivados (queijos, iogurtes) não devem estar na mesma refeição contendo carne vermelha, principalmente quem está tratando de anemia ou corre maior risco de tê-la como as situações citadas nos grupos de risco. TALASSEMIA – MICROCÍTICA A talassemia é uma desordem hereditária que pode causar anemia. Não é contagiosa, e sim provocada por uma falha genética, a qual leva a uma malformação da hemoglobina. A hemoglobina é a proteína encontrada nas hemácias (ou células vermelhas) do sangue, sendo a responsável pelo transporte do oxigênio a todas as células, tecidos e órgãos do corpo humano. Cada hemácia circulante possui cerca de 300 milhões de moléculas de hemoglobina. Cada uma destas moléculas, em seu estado normal, é formada por dois tipos de proteína: as alfa-globinas e beta-globinas. A hemoglobina é feita de duas cadeias alfa conectadas a duas cadeias beta. Existem dois tipos principais de talassemia: alfa e beta, sendo que a segunda é mais comum. Talassemia beta Dois genes estão envolvidos na formação da talassemia beta: um é herdado da mãe, e outro do pai. A talassemia beta ocorre quando um ou ambos desses genes herdados não funcionam ou funcionam apenas parcialmente. A doença tem diferentes graus, a depender de sua herança genética: A beta talassemia ou talassemia beta, se dá a partir de um defeito genético no cromossomo 11, que afeta a produção das cadeias beta da hemoglobina. Talassemia beta menor: Conhecida também como traço talassêmico, a talassemia beta menor ocorre quando a pessoa recebe um gene normal de um genitor e um gene da talassemia do outro. Pessoas com talassemia beta menor podem ter anemia leve e provavelmente não vão precisar de tratamento Talassemia Beta intermediaria: Em alguns casos, estes pacientes apresentam uma anemia discreta, mas, diferentemente de pacientes com o traço talassêmico, podem requerer terapia transfusional. A talassemia intermédia é causada por uma mutação que pode ter sido herdada apenas do pai ou da mãe - não de ambos. No entanto, diferente da talassemia menor, esse paciente irá precisar de tratamento para ter uma vida saudável, ainda que este não envolva transfusões de sangue. Talassemia beta maior: Pode ser chamada de anemia de Cooley ou anemia mediterrânea. A talassemia beta major ocorre quando ambos os genes são danificados. Isso significa que você tem um gene de talassemia de cada genitor. A pessoa com talassemia beta maior tem o tipo mais grave da doença e normalmente precisa fazer transfusões de sangue Talassemia Alfa Pessoas com alfa talassemia apresentam uma ou mais mutações no cromossomo 16. O fato de existirem duas cadeias de alfa-globina envolvidas na produção da hemoglobina indica que são quatro genes envolvidos na formação talassemia alfa. Se um gene está faltando ou danificado: suas células vermelhas do sangue podem ser menores que o normal. Você não terá nenhum sintoma e você não vai precisar de tratamento. Mas você é um portador silencioso. Isto significa que você não tem a doença, mas pode passar o gene defeituoso para o seu filho. Se três genes estão faltando (doença hemoglobina): você terá anemia ligeira a moderadamente grave. Isso às vezes é chamado de doença da hemoglobina H. As cadeias betas continuam a ser produzidas de maneira normal, e as moléculas excedentes começam a se combinar entre si, originando um novo tipo de hemoglobina: a hemoglobina H. Esta tem uma função semelhante à da hemoglobina normal. Entretanto, por ser mais instável e ter uma vida menor, as células vermelhas que contém esta hemoglobina terão menor duração no organismo, o que resultará em uma anemia de moderada a severa Se todos os quatro genes estão faltando (HIDROPSIA FETAL): há casos em que a mutação no cromossomo 16 leva à completa incapacidade do organismo em produzir as cadeias alfa, e a produção de hemoglobina normal torna-se impossível. Este estado produz uma doença conhecida como Hydropsis fetalis, que leva ao óbito do feto ainda no útero. Felizmente este tipo de acontecimento é muito raro. Geralmente o feto será natimorto, ou a criança vai morrer logo após o nascimento. Se dois genes estão em falta ou danificados: você terá anemia muito suave, que normalmente não precisa de tratamento. Isso é chamado de alfa talassemia menor. Sintomas da TALASSEMIA: • Falta de apetite • Palidez • Irritabilidade • Sistema imune fraco • Atraso no crescimento • Sonolência FATORES DE RISCO Os fatores que aumentam o risco de talassemia incluem: • Histórico familiar de talassemia: a doença é passada dos pais para filhos por meio de genes de hemoglobina mutantes. Se você tem um histórico familiar de talassemia, você pode ter um risco aumentado da doença • Ascendência:a talassemia ocorre mais frequentemente em pessoas com ascendência italiana, grega, do Oriente Médio, asiática e africana. SINTOMAS Talassemia leve geralmente não causa nenhum sintoma. Já a doença moderada ou grave pode causar sintomas de anemia, como fraqueza e falta de ar. As crianças com talassemia grave podem crescer lentamente (déficit de crescimento), ter ossos do crânio que não se formam adequadamente e ter problemas com a alimentação, febres frequentes e diarreia Outros sintomas de talassemia incluem: • Aparência pálida • Icterícia • Deformidades ósseas faciais • Ascite • Urina escura DIAGNÓSTICO • Hemograma completo • Teste genético para identificar possíveis genes que causam a talassemia • Níveis de ferro no sangue • Um exame de sangue que mede a quantidade de diferentes tipos de hemoglobina, para ajudar a descobrir que tipo de talassemia você ou seu filho tem. TRATAMENTO • Para as talassemias do tipo menor, a forma mais comum, o tratamento não é necessário. • Talassemia intermédia e grave pode ser tratada com transfusões de sangue e suplementos de ácido fólico, pois é uma vitamina que seu corpo precisa para produzir células vermelhas do sangue. • Se você ou seu filho fez transfusões de sangue repetidamente, é possível que haja excesso de ferro. Isso pode danificar os órgãos, especialmente o fígado. • Certifique-se de evitar suplementos vitamínicos que contenham ferro e evitar o excesso de vitamina C, que pode aumentar a quantidade de ferro que você absorve dos alimentos. ANEMIA HEMILÍTICA - NORMOCÍTICA A anemia hemolítica autoimune, também conhecida pela sigla AHAI, é uma doença caracterizada pela produção de anticorpos que reagem contra as hemácias, destruindo-as e produzindo a anemia Este tipo de anemia pode afetar qualquer pessoa, sendo mais comum em adultos jovens. Apesar de nem sempre a sua causa ser esclarecida, pode surgir pela desregulação do sistema imune após uma infecção, presença de outra doença autoimune, uso de certos medicamentos ou, até, pelo câncer. Nem sempre tem cura, no entanto, possui tratamento que é feito principalmente com o uso de medicamentos para regularizar o sistema imune, como corticoides e imunossupressores Em alguns casos, pode ser indicada a retirada do baço (faz a produção de anticorpos), também chamada de esplenectomia PRINCIPAIS SINTOMAS: • Fraqueza • Sensação de desmaio • Palidez • Falta de apetite • Tontura • Cansaço • Sono • Indisposição • Dor de cabeça • Unhas fracas • Pele seca • Queda de cabelo • Falta de ar • Palidez nas mucosas dos olhos e boca. • Falhas na memoria • Dificuldade na concentração CAUSAS: Nem sempre a causa da anemia hemolítica autoimune é identificada. • Pode ser secundaria a presença de outras doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, câncer, como linfomas ou leucemia. • Reação a medicamentos, como levodopa (Parkinson), metildopa (anti-hipertensivo) anti-inflamatório e certos antibióticos. • Também pode surgir após infecção, como as provocadas por vírus como Epsten-Barr (Herpes) ou parvovírus B19- que infecta células precursoras), ou por bactérias como Mycobacterium pneumoniae ouTreponema pallidum quando provoca sífilis terciária, por exemplo. DIAGNÓSTICO • Hemograma, para identificar a anemia e observar a sua gravidade; • Testes imunológicos, como o teste de Coombs direto, que evidencia a presença de anticorpos ligados à superfície das hemácias. • Testes que comprovam hemólise, como aumento de reticulócitos no sangue, que são hemácias imaturas que surgem na corrente sanguínea em excesso em caso de hemólise; • Dosagem da bilirrubina indireta, que aumenta em casos de hemólise grave. TRATAMENTO Não se pode dizer que há uma cura para anemia hemolítica autoimune, pois é comum que os pacientes com esta doença vivam períodos de surtos e de melhora do quadro. • Tratamento medicamentoso: medicamentos que regularizam o sistema imune, que incluem corticoides, como Prednisona, imunossupressores, como Ciclofosfamida, imunomoduladores, como imunoglobulina- anticorpos que ajudam neutralizar- humana, que ajuda a retirar o excesso de anticorpos da corrente sanguínea, nos casos graves. • Remoção cirúrgica do baço (onde as hemácias são destruídas) ANEMIA MEGALOBLÁSTICA – MACROCÍTICA Anemia megaloblástica é uma doença sanguínea caracterizada por grandes glóbulos vermelhos, imaturos e disfuncionais (megaloblastos). É uma anemia macrocítica (VCM>100). Frequentemente devido à deficiência de vitamina B12 e/ou deficiência de ácido fólico (também chamada de hipovitaminose de folato ou vitamina B9). Quando não causada pela falta de vitaminas (hipovitaminose), a anemia megaloblástica pode ser causada por fármacos que interferem diretamente na produção de DNA, como alguns agentes quimioterápicos ou antibióticos (por exemplo, azatioprina ou trimetoprim) CAUSAS Deficiência de vitamina B12 • Ingestão deficiente de vitamina B12: dieta sem carne, ovos, laticínios e sem suplementos podem desenvolver esta anemia. • Deficiência de fator intrínseco (anemia perniciosa – incapacidade de absorver vitaminaB12 ou gastrectomia) • Má absorção de vitamina B12 • Pancreatite crônica Deficiência de ácido fólico (folato): • Alcoolismo • Ingestão insuficiente de acido fólico: o folato é encontrado em vegetais verdes, muitas frutas, feijão, nozes, fígado e rim. • Aumento das necessidades: gravidez, criança, rápida proliferação celular e cirrose. • Má absorção (congênita e induzida por drogas) • Cirurgia intestinal e jejunal • Deficiência de tiamina e os fatores (enzimas) responsáveis pelo metabolismo do ácido fólico. SINTOMAS • Perda de apetite e de peso; • Fraqueza e cansaço; • Taquicardia; • Dores abdominais, enjoos e diarreia; • Alterações da pele e cabelo; • Boca e língua sensíveis; • Dormência nos dedos (parestesia) A deficiência dessas vitaminas durante a gravidez pode levar ao parto prematuro e/ou à malformação do feto. Nas crianças, o crescimento pode ser prejudicado e a puberdade atrasada. DIAGNÓSTICO Hemograma: diminuição do número de hemácias e contagem de do nível de hemoglobina; aumento do volume corpuscular médio (VCM e >95 fl) hemoglobina corpuscular média (CHM) • Anisocitose (variação de tamanho aumentado RCV) e • Macrocitose (hemácia maior que o normal) presente. Dosagem bioquímica: • Dosagens de níveis séricos de folato e vitamina B12 • Dosagem de ferro: elevado • Dosagem de DHL (lactato desidrogenase): elevado. TRATAMENTO O tratamento vai depender da causa, mas geralmente envolvem mudanças na dieta, suplementos e injeções para reduzir a falta de nutrientes. Se o problema é má absorção deve-se tratar sua causa. Se o problema é um fármaco deve-se trocar a medicação ou usar suplementos durante seu uso. Vitamina B12: Um baixo nível no sangue de B12 normalmente pode ser tratada com injeções, suplementação, dieta ou estilo de vida ou de aconselhamento, mas ela não é um diagnóstico. Hipovitaminose B12 pode ser resultado de uma série de motivos além da dieta, como por exemplo por problemas na absorção por falta do fator intrínseco gástrico. Nesse caso um exame de urina pode indicar altos níveis de B12 não absorvidos. Para veganos, a B12 pode ser encontrada em cereais fortificados e diversos suplementos Ácido fólico Inicialmente pode ser tratada com injeções de suplemento, na dieta cotidiana pode ser encontrado na laranja, amendoim, verduras, lentilha e aspargos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Laranjahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Amendoim https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdura https://pt.wikipedia.org/wiki/Lentilha https://pt.wikipedia.org/wiki/Lentilha https://pt.wikipedia.org/wiki/Aspargo AULA 6 – INJÚRIA RENAL AGUDA É constituído pelos órgãos uropoéticos. • Incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Urina: composta por ácido úrico, ureia, sódio, potássio, bicarbonato etc. Dividido em órgãos secretores (produzem a urina) e órgãos excretores (que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo.) Substância que são eliminadas: creatinina, ácido úrico, ureia, fármacos. Substâncias que são parcialmente reabsorvidas: sódio, cloro, bicarbonato etc. Substancia que são reabsorvidas totalmente: aminoácidos e glicose. INSUFICIENCIA RENAL • Condição na qual o rim perde a capacidade de efetuar suas funções básicas o Insuficiência renal aguda (IRA) o Insuficiência renal crônica (IRC) Definição – IRA “Síndrome caracterizada pela queda abrupta da taxa de filtração glomerular (TFG), ocasionando retenção de escórias do metabolismo nitrogenado e de outros produtos normalmente excretados pelos rins.” • Aumento da creatinina e redução da diurese. Acúmulo de substancias + diminuição da excreção renal -> Distúrbios eletrolíticos ETIOLOGIA As arteríolas eferentes respondem mais ativamente à angiotensina II e contraem-se mais do que as arteríolas aferentes. A pressão nos capilares glomerulares é assim mantida e filtração glomerular permanece adequada AS TRÊS MAIORES CATEGORIAS DE DISTÚRBIOS QUE CAUSAM A IRA SÃO: Pré-renal→ Hipoperfusão renal A IRA Pré-renal ocorre como uma resposta fisiológica do rim à diminuição na perfusão sanguínea renal, seja por hipovolemia absoluta ou hipovolemia relativa • A IRA Pré-renal é a causa mais comum de IRA • Culminam com a redução da FG e consequente IRA Pré-renal → Geralmente reversível Em resposta às alterações na pressão de perfusão renal, ocorre a auto regulação do fluxo sanguíneo renal e da FG mediante mecanismos neuro- humorais que levam à vasodilatação das arteríolas aferentes e vasoconstrição das eferentes. Alterações na perfusão renal que suplantem a auto regulação e/ou o uso de drogas que interfiram nesse mecanismo (como anti- inflamatórios não-hormonais e inibidores de enzima conversora de angiotensina – ECA) culminam com a redução da FG e consequentemente IRA Pré-renal Alterações primária (IRA Pré-renal): • Hipovolemia absoluta: hemorragias, perdas cutâneas (queimaduras e sudorese profunda), perdas gastrointestinais (diarreia e vômitos), perdas renais (uso de diuréticos e descompensação diabética) • Hipovolemia relativa: insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, anafilaxia e sepse. Renal → Lesão Renal; A IRA pode ter origem isquêmica ou nefrótica. A principal causa da IRA renal é a NTA (necrose tubular aguda trata-se de uma condição que envolve a morte de células tubulares que formam os túbulos, as quais transportam a urina para os ureteres enquanto reabsorvem 99% da agua (e concentrando os sais e derivados metabólicos) que, em conjunto com a IRA Pré-renal, é responsável por aproximadamente 75% dos casos de IRA. A sua patogênese envolve alterações do endotélio, com consequente vasoconstrição, e da estrutura e composição bioquímica das células tubulares, resultando em alteração de sua função e morte celular. Todo esse processo está associado a recrutamento e ativação de células inflamatórias. A recuperação da função renal requer a depuração das células tubulares inviáveis de debris, além de regeneração e reparo das células viáveis. IRA RENAL Vascular: • Microvascular: vasculite, micro angiopatia, hipertensão maligna, eclampsia, síndrome hemolítico urêmica, contraste iodado e uso de drogas (anfotericina B, ciclosporina, tacrolimus, a anti-inflamatórios e inibidores da ECA • Macrovascular: oclusão de artérias renais bilateralmente, doença de aorta. Glomerular: glomerulonefrite aguda, associada ou não a doenças sistêmicas. Nefrite intersticial: inflamação túbulo- intersticial causada por drogas (Ex: penicilina, cefalosporinas, ciprofloxacino, rifampicina, alopurinol, diuréticos tiazídicos, furosemida), infecção. NTA: • Isquêmica: hipertensão, sepse, baixo débito cardíaco. • Proteínas endógenas: mioglobinúria (rabdomiólise), hemoglobinúria (reação transfusional, crise falciforme, coagulação intravascular disseminada), rim do mieloma. • Nefrotoxinas: antibióticos (aminoglicosídeos, anfotericina B), cisplatina, ciclosporina, tacrolimus e contrastes iodados. Pós- Renal → Obstrução ao fluxo; A IRA pós-renal (após a formação do filtrado glomerular) é classificada como intra-renal (obstrução do fluxo do fluido tubular) ou extra renal. A precipitação intratubular de cristais insolúveis ou proteínas leva à obstrução intratubular, aumentando assim a pressão intratubular que se opõe à pressão hidrostática glomerular e redução na FG. De forma semelhante, a obstrução das vias urinárias em qualquer nível extra renal (pelve, ureteres, bexiga e uretra) pode levar a IRA pós-renal. Deve-se lembrar que, no caso de obstrução de pelve ou ureter, somente ocorrerá IRA quando a obstrução for bilateral ou quando ocorrer em rim único funcionante. A reversibilidade da IRA pós-renal depende da duração e da intensidade da obstrução, o que aponta para a necessidade de tratar rapidamente. FISIOPATOLOGIA IRA Pré-renal: Diminuição perfusão renal. • Urina hiper concentrada • Oligúria <400ml/dia • Doentes clínicos: hemorragia, diarreia, queimadura. IRA renal: drogas, infecção, sepse. • INTRARENAL • Isquemia prolongada • Ação das toxinas endógenas e exógenas • Urina Diluída IRA pós-renal: Cálculo renal, tumores. • Obstrução ao fluxo do filtrado glomerular • Aumento da pressão hidrostática, diminuição das VU – diminuição TFG ASPECTOS CLÍNICOS Afeta quase todos os sistemas do corpo. • Pele e mucosa secas e desidratadas. • SNC -> sonolência, cefaleia, contração musculares e convulsões Redução do fluxo urinário • Instalação súbita de anúria (<100ml urina/dia) • Oligúria (<400ml urina/dia) Mal estar inespecífico ate quadro urêmico • Náuseas, vômitos, prurido, anorexia, fadiga, sangramento gastrointestinal, pericardite, alterações neurológicas e do nível de consciência. Sobrecarga de volume: • Dispneia, ascite, edema periférico, crepitações. Arritmias Dor ou pressão no peito. ACHADOS DIAGNÓSTICOS Alterações hidroeletrolíticas • Água: perdas de 0,5 -0,6 ml/Kg/hora • Sódio: o Oligúria o Poliúria • Ca/P: o Hipocalcemia o Hiperfosdatemia • Potássio o Hipercalemia (Aumento catabolismo proteico, Dano tissular, sangramento TGI, arritmias) AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA • Exame e cultura de urina. • Densidade específica. • Osmolaridade. • Provas de função renal. • Modalidades de imagem (USG) • Procedimento endoscópicos. • Urológicos. • biopsia. ACHADOS LABORATORIAIS Aumento: • Ureia • Creatinina • Potássio • Fósforo • Magnésio • Ácido úrico Diminuição: • Bicarbonato • Sódio • Cálcio MANEJO CLÍNICO • Correção da volemia • Restabelecimento do equilíbrio eletrolítico • Controle da uremia • Orientação dietética • Diálise (Hemodiálise, Diálise peritoneal, etc PAPEL DO ENFERMEIRO • MONITORAR AS COMPLICAÇÕES • AVALIAR A EVOLUÇÃO E A RESPOSTA DO CLIENTE AO TTO • FORNECER APOIO FÍSICO E EMOCIONAL • MONITORAR OS NÍVEIS SÉRICO DOS ELETRÓLITOS •CONTINUAR O CUIDADO DO DISTÚRBIO PRIMÁRIO • MANTER AFAMÍLIA INFORMADA • MANTER PRECISÃO DO BALANÇO HÍDRICO • ATENTAR PARA APORTE DE LÍQUIDOS, EDEMA, DISPNÉIA • PREPARAR O CLIENTE PARA DIÁLISE, QUANDO INDICADA DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM • Risco de desequilíbrio eletrolítico, relacionado à disfunção renal • Volume de líquido excessivo, relacionado ao mecanismo regulador comprometido, evidenciado por edema e diminuição do débito urinário • Fadiga relacionada ao estado de doença e anemia, evidenciado por aumento das queixas físicas. • Risco de perfusão renal ineficaz, relacionado à doença renal – HAS – Hipovolemia - queimadura. • Ansiedade, relacionada à ameaça ao estado de saúde, evidenciado pela incerteza. • Risco de confusão aguda, relacionado a anormalidades como azotemia, desidratação, ureia e creatinina aumentadas. • Risco de infecção, relacionado à doença crônica e procedimentos invasivos. INJÚRIA RENAL CRÔNICA A Doença Renal Crônica (DRC) é um conjunto de alterações clínicas e laboratoriais causadas por agressão persistente e irreversível ao rim (glomerular, tubular e endócrina). Em sua fase mais avançada (chamada de fase terminal de insuficiência renal crônica-IRC), os rins não conseguem mais manter a normalidade do meio interno do paciente. É uma doença com repercussões globais, que pode ser identificada em sua fase inicial com exames de baixo custo e, assim, possibilitar a prevenção de sua evolução. Os critérios para doença renal crônica são: MARCADORES DE DANO RENAL (UM OU MAIS): a) albuminúria (≥ 30mg/24h ou razão albuminúria/creatininúria ≥ 30mg/g) b) anormalidades do sedimento urinário c) anormalidades eletrolíticas ou outras devido a doenças tubulares d) anormalidades detectadas por histologia e) anormalidades estruturais detectadas por exames de imagem f) história de transplante renal principais fatores de risco: • hipertensão • diabetes • A incidência de DRC em hipertensos é de cerca de 156 casos por milhão, em estudo de 16 anos com 332.500 homens entre 35 e 57 anos. • O risco de desenvolvimento de nefropatia é de cerca de 30% nos diabéticos tipo 1 e de 20% nos diabéticos tipo 2. • No Brasil, dentre 2.467.812 pacientes com hipertensão e/ou diabetes cadastrados no programa HiperDia do Ministério da Saúde em 29 de março de 2004, a frequência de doenças renais foi de 6,63% (175.227 casos). CLASSIFICAÇÃO – 5 ESTÁGIOS FUNCIONAIS FASE 1: os rins ainda funcionam bem, mas aparece já alguns sinais de lesão, como proteína na urina. FASE 2: os rins têm uma leve diminuição no seu funcionamento. Assim como na fase 1, importante ter o diagnóstico de DRC, pois é possível prevenir as fases seguintes com o tratamento adequado. FASE 3: Os rins perdem sua eficiência de maneira moderada e já começam a dar os primeiros sinais de doença. Se ainda não começou este é o momento de iniciar um tratamento com nefrologista. FASE 4: O funcionamento renal já está bastante prejudicado e exige mais atenção e cuidados. FASE 5: Os rins não funcionam mais. É quando deve-se iniciar a terapia renal substitutiva (diálise ou transplante renal) SINTOMATOLOGIA A progressão lenta da doença permite que o organismo se adapte à diminuição da função renal. Por isso, em muitos casos a doença não manifesta sintomas até que haja um comprometimento grave dos rins. Nesses casos, os sinais são: • aumento do volume e alteração na cor da urina; • incômodo ao urinar; • inchaço nos olhos, tornozelos e pés; • dor lombar; • anemia; • fraqueza; • enjoos e vômitos; • alteração na pressão arterial. DIAGNÓSTICO • presença de albumina • presença de cilindros patológicos (leucocitários, hemáticos, epiteliais, granulosos), hematúria e alterações de exame de imagem • exame de imagem (ecografia de vias urinarias) contribuem com a identificação da causa da doença renal crônica. • Lesão renal aguda: SINAL DE GIORDANO TERAPÊUTICA • Encaminhamento precoce ao nefrologista • Manter a alimentação equilibrada com baixa ingestão de sal e açúcar, • Eliminar hábitos como o tabagismo e reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas, • Praticar exercícios físicos, • Terapia de substituição renal. AULA 7 – GLOMERULONEFRITE E PROCEDIMENTOS DIALÍTICOS GLOMERULONEFRITE • É uma inflamação dos capilares glomerulares. • Distúrbio imunológico renal CLASSIFICAÇÃO A glomerulonefrite é dividida em uma série de classificações, as quais podem descrever: • A extensão dos danos (difusos ou locais) • A causa inicial do distúrbio (LES, esclerose sistêmica, infecção estreptocócica) • Extensão das alterações (mínimas e disseminadas) Primárias (iniciadas na estrutura) • Glomerulonefrite proliferativa difusa aguda • Pós-estreptocócica • Glomerulonefrite rapidamente progressiva (crescêntica) • Glomerulopatia membranosa • Glomerulonefrite crônica Secundárias (causadas por outras doenças) • Diabetes • Hepatite • Doenças autoimune (Ex: LES, Síndrome de Goodpasture) • Hereditariedade Agudas • Glomerulonefrite pós-infecciosa: o Pós-infecção estreptocócica; o Infecções com outros tipos de bactérias: estafilococos e pneumococos o Infecções virais: varicela o Infecções parasitárias: malária • Glomerulonefrite não infecciosa: o Glomerulonefrite proliferativa difusa aguda, Glomerulonefrite membranosa, Glomerulonefrite rapidamente progressiva Crônica • Episódios repetidos de glomerulonefrite aguda. • Os rins ficam reduzidos um quinto do seu tamanho normal. • O córtex sofre enrugamento até a camada de 1 a 2 mm de espessura, ou menos. • A superfície do rim é áspera e irregular. • Em muitas pessoas com glomerulonefrite crônica não é possível identificar a causa. FISIOPATOLOGIA – GLOMERULONEFRITE AGUDA Antígeno (estreptococo bete- hemolítico do grupo A) • Produção de anticorpo o Complexo Antígeno- anticorpo ▪ Adere ao glomérulo • Glomerulonefrite aguda DIAGNÓSTICO • História e exame físico • Exames laboratoriais (urina, hemograma, creatinina sérica e albumina) • Biópsia renal (se tiver indicação) GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA DIFUSA AGUDA (GNDA) • Também conhecida como glomerulonefrite pós- estreptocócica (GNPE) • Acomete principalmente crianças entre 6 e 10 anos do sexo masculino, não havendo distinção quanto à cor ou raça. • É caracterizada por proteinúria (excesso de proteínas na urina) e uma queda do ritmo de filtração glomerular. ETIOLOGIA • Sequela de uma infecção estreptocócica. • Outras possíveis causas são: endocardite, abscesso, doença pneumocócica, sepse, hepatites B e C, sarampo, caxumba, varicela, malária, toxoplasmose, esquistossomose, entre outras. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Edema • Hipertensão arterial • Hematúria • Piúria • Proteinúria TRATAMENTO • Repouso • Restrição hídrica e dieta hipossódica • Díurético de alça o Furosemida • Antihipertensivo (se necessário) • Antibioticoterapia o Penicilina benzatina IM (injetável ou intramuscular) ou amoxicilina • VO (via oral). • Diálise GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA (GNM) • “a segunda lesão glomerular primária mais prevalente, atingindo 20,7% da totalidade.” (SANTOS, 2013, p.59) • A doença acomete principalmente homens, entre 30-45 anos. • Consiste em uma lesão na membrana basal glomerular, o que ocasiona uma filtragem inadequada do sangue, levando o paciente a apresentar proteinúria (excesso de proteína na urina) e presença de espuma e sangue na urina. ETIOLOGIA • Doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, cirrose biliar primária, dermatite
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