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Sistema de esgotamento sanitário - Saneamento Básico

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APRESENTAÇÃO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TECNOLOGIA – CCET 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO – CET 0284 
 
LORENA DE AGUIAR ANTUNES (2018001914) 
RAFAELLA FARIAS DE SOUZA (2018001997) 
ROGÉRIO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR (2018002009) 
 
DATA DE ENTREGA: 11/07/2022 
 
ISLUSTRAÇÃO DA CAPA: 
Ligação de esgoto para casas abaixo do nível da rua ou encostas. 
[s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: <https://www.cesan.com.br/wp-
content/uploads/2018/06/ligacao_casa_abaixo_rua_encosta.pdf>. 
Acesso em: 11 jul. 2022. 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE I I 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO 
SANITÁRIO 
 
 
1 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO E 
ESGOTO SANITÁRIO 
 
PASSO A PASSO PARA O DIMENSIONAMENTO DA REDE 
COLETORA 
 
 DEFINIÇÃO 
 
21 
TRATAMENTO DE EFLUENTES: PRELIMINAR, 
PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO 
2 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
INDIVIDUAL E COLETIVO 
 PRINCIPAIS OBJETIVOS 
 DISPOSITIVOS UTILIZADOS 
 SISTEMA INDIVIDUAL ALTERNATIVO PERCENTUAL DE REMOÇÃO DE POLUENTES 
 VIA SECA E VIA UMIDA OPÇÕES DE TRATAMENTO 
 SISTEMA UNITARIO SISTEMA ADOTADO NA ETE DE BARREIRAS 
 SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO SISTEMA ADOTADO NA ETE DE (MUNICIPIO) 
 
 
4 EFLUENTES SANITÁRIOS 
 
 
 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS 
 AUTODEPURAÇÃO 
 
IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DE EFLUENTES 
SANITÁRIOS 
 
 
 
8 
COMPONENTES DO SISTEMA DE 
ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
 
 
 ÓRGÃOS ACESSÓRIOS 
 SIFÃO INVERTIDO 
 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA 
 
 
13 
ESTUDOS DE CONCEPÇÃO DE ESGOTAMENTO 
SANITÁRIO 
 
 
 ESTIMATIVA DE VAZÕES 
 TAXA DE CONTRIBUIÇÃO LINEAR 
 CARACTERIZAÇÃO DAS VAZÕES DE PROJETO 
 VARIÁVEIS CONSIDERADAS E CONDIÇÕES TÉCNICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 1 
 
 
 
 
Definição: 
De acordo com a lei 14.026/2020 o esgotamento sanitário é constituído: 
 
“[...] pelas atividades e pela disponibilização e manutenção de 
infraestruturas e instalações operacionais necessárias à coleta, ao transporte, ao 
tratamento e à disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as 
ligações prediais até sua destinação final para produção de água de reúso ou seu 
lançamento de forma adequada no meio ambiente;” 
 
Ou seja, o esgotamento sanitário é a união de serviços, maquinários e 
infraestrutura que buscam realizar a coleta, transporte, tratamento e destinação 
final adequada dos esgotos sanitários, evitando assim maiores impactos 
ambientais e proliferação de doenças. 
 
Segundo a NBR 9648/1986, esgoto sanitário se classifica como sendo: 
 
“Despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de 
infiltração e a contribuição pluvial parasitária.” 
 
Ou seja, são dejetos provenientes de edifícios residenciais, água utilizada 
para higiene e necessidades fisiológicas; de industrias, resultantes dos processos 
industriais; água de infiltração, água advinda do subsolo que penetra nas 
canalizações; e contribuição das águas das chuvas que são absorvidas pela rede 
coletora de esgoto (NBR 9648/1986). 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO E 
ESGOTO SANITÁRIO 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 2 
 
 
 
 
O Sistema de esgotamento sanitário é formado pelas unidades coleta, 
elevação, tratamento e destino final, podendo ser coletivo ou individual, de 
acordo com as características da comunidade. 
O sistema individual é caracterizado pela coleta e/ou tratamento de 
pequena contribuição de esgoto sanitário de imóveis domiciliares, comerciais e 
públicos em locais desprovidos de rede coletora de esgoto. Normalmente, esse 
sistema é utilizado como alternativa de afastamento do esgoto do local da 
geração, tendo menor eficiência de remoção de poluentes e de contaminantes do 
que a observada nos sistemas coletivos. 
 O sistema coletivo pode ser unitário (junto com as águas pluviais), 
separador parcial ou separador absoluto, este último pode ser ainda convencional 
e condominial. No Brasil, as tubulações de esgoto são separadas das tubulações 
de águas pluviais, ou seja, é um sistema separador absoluto. Como as chuvas não 
são constantes ou bem distribuídas durante todo o ano, é inviável unir às duas 
tubulações, pois podem ocorrer problemas como odores na época seca e exceder 
a capacidade na época chuvosa, por exemplo. Essas tubulações estão instaladas 
no subterrâneo, assim como a tubulação de abastecimento de água e fiações em 
algumas localidades. 
 No sistema separador absoluto, a rede é projetada e construída para 
transportar exclusivamente despejos industriais e esgoto doméstico. As águas 
pluviais são coletadas e transportadas por outro sistema, totalmente 
independente. 
Seus componentes são ilustrados abaixo: 
Imagem 01: Sistema de esgotamento unitário (ou combinado). 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
INDIVIDUAL E COLETIVO 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 3 
 
 
 
 
Fonte: MENDES, Paulo Ricardo Amador. 
A maior desvantagem, no entanto, reside no fato de que as águas pluviais 
não podem ser tratadas e as águas provenientes de primeiras chuvas poluem 
cursos d' água, por vezes, mais que o esgoto doméstico e despejos industriais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 4 
 
 
 
 
Características físicas dos esgotos domésticos: 
 
Parâmetro Descrição 
Temperatura 
- influência na atividade microbiana 
- influência na solubilidade dos gases 
- influência na viscosidade do líquido 
Cor 
- esgoto fresco: ligeiramente cinza 
- esgoto séptico: cinza escuro ou 
preto 
Odor 
- esgoto fresco: odor oleoso 
- esgoto séptico: odor fétido 
- despejos industriais: odores 
característicos. 
Turbidez 
- grande variedade de sólidos em 
suspensão 
- esgotos frescos ou concentrados: 
maior turbidez 
 
 Características químicas dos esgotos domésticos: 
 
Parâmetro Descrição 
Sólidos Totais 
- suspensão 
- dissolvidos 
orgânicos e inorgânicos; 
suspensos e dissolvidos; 
sedimentáveis 
 
EFLUENTES SANITÁRIOS 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 5 
 
 
 
Matéria 
orgânica 
* Determinação 
indireta 
- DBO 
- DQO 
- DBO último 
 
 
* Determinação 
direta 
- COT 
Principais componentes: 
proteínas, carboidratos e lipídios 
 
 
 
 
- Carbono orgânico total 
- Medida direta da M.O 
Nitrogênio total 
- nitrogênio 
orgânico 
- amônia 
- nitrito 
- nitrato 
 
Nutriente indispensável para o 
desenvolvimento dos 
microrganismos no tratamento 
biológico 
Fósforo 
- fósforo 
orgânico 
- fósforo 
inorgânico 
- Nutriente indispensável para o 
tratamento biológico 
- Fósf. Orgânico: combinado à 
matéria orgânica 
pH 
Indicador características ácidas ou 
básicas 
Alcalinidade 
Indicador da capacidade tampão 
no meio 
Cloretos 
- Água abastecimento e dejetos 
humanos 
Óleos e graxas - Fração M.O solúvel em hexanos 
 
 Características biológica dos esgotos domésticos: 
 
Parâmetro Descrição 
Bactérias 
- protistas unicelulares 
- estabilização matéria orgânica 
- algumas são patogênicas, causando 
doenças 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 6 
 
 
 
Fungos 
- aeróbios, multicelulares, não 
fotossintéticos, heterotr. 
- decomposição matéria orgânica 
- podem crescer em condições de 
baixo pH 
Protozoários 
- unicelulares sem parede celular 
- aeróbia ou facultativa 
- manutenção de equilíbrio no 
tratamento biológico 
- alguns são patogênicos 
Vírus 
parasitas: material genético + 
carapaça de proteína - causam 
doenças 
- difícil remoção no tratamento de 
água ou de esgoto 
Helmintos 
animais superiores 
- ovos de helmintos, podem causar 
doenças 
 
 
Podemos definir a autodepuração como um processo natural, no qual 
cargas poluidoras, de origem orgânica, lançadas em um corpo d’água são 
neutralizadas. 
Durante o processo de autodepuração, é possível identificar, ao longo do 
trecho, 4 zonas no qual as concentrações de DBO e oxigênio dissolvido (OD)variam 
consideravelmente, além de outras substâncias, como nitrogênio e fósforo. 
Zona de águas limpas 
A primeira zona identificada, é a de águas limpas, zona a montante do 
ponto de lançamento do efluente no corpo receptor. Nesta zona, o efluente irá se 
misturar com a água do corpo receptor, e com isso teremos uma nova 
concentração no ponto, denominada: concentração de mistura. 
Em rios considerados limpos ou relativamente limpos, as concentrações de 
DBO e OD se aproxima de algo em torno de 3,0 a 4,0 mg/L em termos de DBO, e 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 7 
 
 
 
cerca de 7,0 a 9,5 mg/L de oxigênio dissolvido (depende da altitude e 
temperatura). 
Zona de degradação 
Após percorrer um determinado trecho no corpo receptor após o seu 
lançamento, o efluente passa a se dispersar no meio aquático de forma mais 
significante, diminuindo o consumo de oxigênio dissolvido e aumentando a 
concentração de DBO. 
Embora a diversidade bacteriana se diminua, em função da diminuição do 
consumo de oxigênio, há resistência de alguns deles aos poluentes. 
Zona de decomposição ativa 
Na zona de decomposição ativa, os microrganismos decompositores 
começam a predominar no ambiente, e o ecossistema começa a se organizar. 
Nesta zona, a qualidade da água está em seu estado mais deteriorado. 
Normalmente, as zonas de degradação apresentam alterações nas cores 
de suas águas (mais escuras). Há também, o depósito de lodo no fundo do corpo 
receptor, havendo a diminuição de bactérias e aumento de protozoários. 
Zona de recuperação 
Nesta zona, a concentração de oxigênio dissolvido na água começa a se 
recuperar, se elevando a níveis próximos a zona de águas limpas, isto porque, o 
oxigênio utilizado pelas bactérias é recomposto através da reparação. Além disso, 
há processos físicos que ocorrem ao longo do trecho que pode fazer com que a 
concentração de OD se eleve ainda mais, como por exemplo, as turbulências e as 
velocidades causadas pela morfologia do rio ou córrego. Como consequência, há 
uma diminuição significativa na concentração de DBO na água. 
Após o lançamento de efluentes orgânicos, notadamente despejos 
domésticos, profundas alterações físicas ocorrem nos corpos d’água, permitindo 
inclusive a criação e utilização de modelos matemáticos que podem prever em 
quais locais os rios possuirão características próprias ou impróprias para uso. O 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 8 
 
 
 
processo de autodepuração é muito semelhante aos processos de recuperação 
florestal, especialmente se analisados os parâmetros de diversidade de 
organismos nas diferentes fases do processo. 
Os modelos de autodepuração são fundamentais para a definição dos 
parâmetros de lançamento do efluente tratado em uma ETE. É a partir deles e dos 
parâmetros de qualidade de efluente que são determinados os níveis de 
tratamento e os processos necessários para atingi-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 9 
 
 
 
 
O ideal é que as zonas urbanas sejam dotadas de todas as unidades 
componentes do sistema de esgotamento sanitário, no caso as unidades de coleta, 
elevação, tratamento e destino final, conforme representado na imagem 02. 
Imagem 02: Esquema de SES convencional. 
 
Fonte: Pereira e Soares (2006). 
A unidade de coleta recebe e transportar o esgoto sanitário. É formada por 
ramais prediais, tubos coletores e órgãos acessórios. Sempre que possível, deve 
ser instalada para possibilitar o escoamento por gravidade, o que evita o 
bombeamento do esgoto sanitário e, naturalmente, os gastos com obras civis e 
com energia elétrica. 
 Contudo, existem situações em que a grande profundidade dos coletores 
requer a utilização de equipamentos eletromecânicos (conjuntos moto-bombas), 
para transferir o esgoto sanitário de cota baixa para cota mais alta ou para locais 
mais distantes. 
Todo esgoto sanitário coletado deve ser encaminhado até a unidade de 
tratamento, para remoção dos materiais e compostos poluentes/contaminantes. 
Essa unidade é baseada em operações físicas combinadas com processos químicos 
e/ou biológicos, sendo o efluente líquido tratado retornado ao meio ambiente, na 
maioria das vezes é lançado em corpo d’água próximo da estação de tratamento. 
 
COMPONENTES DO SISTEMA DE 
ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 10 
 
 
 
Os órgãos acessórios são colocados no início e final de cada trecho do 
coletor. São dispositivos fixos e não mecanizados destinados facilitar a inspeção e 
limpeza dos coletores e são colocados nos pontos de mudança de derivação e/ ou 
mudança de declividade, material e cota. 
Os principais são: 
•Poço de Visita (PV): câmara visitável através de abertura existente em sua 
parte superior, destinada à execução de trabalhos de manutenção; 
•Terminal de limpeza (TL): dispositivo que permite a introdução de 
equipamentos de limpeza, localizado na cabeceira de qualquer coletor; 
•Caixa de passagem (CP): tem como funções receber o lançamento dos 
efluentes das várias casas ao ramal, permitir o acesso dos agentes de limpeza e 
desobstrução e tornar viável os ângulos no percurso do ramal, que o flexibiliza 
para a recepção de contribuições e o desvio de obstáculos; 
•Tubo de inspeção e limpeza (TIL): dispositivo não visitável que permite 
inspeção e introdução de equipamentos de limpeza. 
 
Os condutores e os órgãos acessórios utilizados nas redes coletoras são 
produzidos em diversos materiais, sendo os principais: PVC, PEAD, aço, cerâmica, 
concreto e ferro fundido. 
A escolha dos materiais a serem utilizados depende do tipo de esgoto, dos 
métodos utilizados na construção, dos esforços a que estará sujeita a tubulação, 
dos diâmetros disponíveis no mercado e dos custos de material, transporte e 
assentamento. 
Na elaboração de um projeto de esgotamento sanitário para uma bacia, a 
necessidade de se transpor obstáculos tais como rios, galerias de águas pluviais, 
adutoras, córregos, linhas de metrô, cabos de comunicação, etc. é frequente. 
A transposição desses obstáculos pode ser dada por cima, utilizando-se de 
uma estação elevatória de esgotos, com auxílio de uma bomba centrífuga. Para 
transpor o obstáculo por baixo, pode-se simplesmente utilizar-se da inclinação das 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 11 
 
 
 
tubulações até que a rede fique abaixo do obstáculo, em conduto livre, ou utilizar 
um sifão invertido. A dinâmica do sifão invertido ou falso sifão consiste em 
aprofundar a tubulação e, após transpor o obstáculo, a tubulação é elevada até 
uma cota ligeiramente menor que a da tubulação antes do aprofundamento. 
Assim, essa tubulação passa a trabalhar em seção cheia (conduto forçado). 
O sifão invertido é composto por tubulações localizadas entre duas 
câmaras e, em perfil, apresentam a forma aproximada de um trapézio, com a base 
menor virada para baixo. Uma câmara, localizada antes do obstáculo, tem a 
função de encaminhar o fluxo para o sifão e na saída, uma outra câmara tem a 
função de direcionar o fluxo efluente para a tubulação à jusante. Nas tubulações 
do sifão o escoamento é dado por conduto forçado, uma vez que a seção do tubo 
está 100% preenchida por fluido. Para que o sifão funcione é necessário que o 
nível de fluido na câmara de entrada seja superior ao nível de fluido na câmara de 
saída. Assim, são aplicados conceitos hidráulicos de condutos forçados ao 
dimensionamento do sifão. 
Já as estações elevatórias são destinadas a transferir os esgotos de um 
ponto (de cota normalmente mais baixa) a outro (de cota normalmente mais 
elevada), em diversas partes do SES: 
• Na fase de coleta; 
• Na fase de transporte; 
• No processo de tratamento de esgoto; 
• Na disposição final. 
 Utilizadas sempre que não for possível ou viável, por razões técnicas ou 
econômicas, o escoamento de esgoto por gravidade. 
As elevatórias justificam-se, nos seguintescasos: 
• Terrenos planos e extensos, evitando-se que as canalizações atinjam 
profundidades excessivas; 
• Áreas novas situadas em cotas inferiores às existentes; 
• Reversão de esgotos de uma bacia para a outra; 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 12 
 
 
 
Descarga de interceptores ou emissários de ETE ou corpos receptores, quando 
não for possível fazer por gravidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 13 
 
 
 
 
Buscando sempre atender um horizonte de projeto, o sistema de 
esgotamento sanitário de ser dimensionado prevendo algo entorno de 20 anos. 
Após ter conhecimento da população, deve-se estimar a vazão per capita 
(qpc) em função do consumo de água da população, lembrando sempre de 
considerar as variações, utilizando os respectivos coeficientes, que ocorrem 
dependendo do dia (k1= 1,2) e do horário (k2= 1,5). Por fim, estima o coeficiente 
de retorno (c), sendo aproximadamente 80 % águas consumida que se é 
descartada na rede de esgotamento. 
A vazão de esgoto é compreendida pela união de três esgotos distintos: o 
doméstico, industrial e a água de infiltração e contribuição pluvial. 
 
Qtotal,média = Qdoméstico + Qindustrial + Qinfiltração 
 
Onde: 
 
Vasão doméstica; 
 
Qd= (c * popul. * qpc)/86.400 
Qd,i= Qd * k2 
Qd,f= Qd * k1 * k2 
 
Vasão de infiltração; 
 
Quando não há valores comprovado, adota-se: 
 
ESTUDOS DE CONCEPÇÃO DE ESGOTAMENTO 
SANITÁRIO 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 14 
 
 
 
Txinf= 0,05 a 1 l/s*km 
Qinf= Txinf * LT 
Sendo LT a extensão da rede coletora. 
 
Vasão industrial; 
Imagem 03: Vasão industrial. 
 
Fonte: Von Sperling (2005). 
 
Assim, temos a caracterização da vazão de projeto: 
 
Vazão inicial= Qi = Qdi + (Tinf * LT) + Qci 
 
Vazão final= Qf = Qdf + (Tinf * LT) + Qcf 
 
Taxa de contribuição linear: 
 
Txi= (Qdi/LT) + Tinf 
 
Txf= (Qdf/LT) + Tinf 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 15 
 
 
 
Sendo, LT= li * a 
li= comprimento médio dos tubos; 
a= área 
 
Caracterização das vazões de projeto 
 
Sempre é de fundamental importância reunir diversos estudos antes de se 
iniciar um projeto, a fim de se determinar parâmetros importantes e suficientes 
para uma boa caraterização do mesmo. 
As principais caracterização das vazões de projeto são: 
• O dimensionamento do SES deve prever um horizonte de 20 anos, 
recomendação; 
• Após conhecimento da população, estima-se a qpc; 
• Após determinar a qpc, determina o coeficiente de retorno, 80% da 
água consumida que se transforma em esgoto; 
• Deve se considerar as variações que a vazão de esgoto sofre. Pra isso 
adota-se constantes para cada variação, diária (k1=1,2) e horaria (k2=1,5). 
 
Variáveis para o cálculo da rede coletora 
 
As variáveis que devem ser consideradas para o cálculo da rede coletora 
são as seguintes (NBR 9649/1986): 
• A cada trecho da rede, necessita de uma definição precisa da vazão de 
início e de final de plano, a declividade, velocidade crítica e tensão trativa. 
• A vazão de menor valor, em qualquer trecho, não deve ser inferior a 1,5 
l/s; 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 16 
 
 
 
• As tubulações devem ser comerciais, não inferior a DN 100; 
• relação máxima relação y/D de 0,75. assim, as lâminas d’água devem ter 
o valor máximo, para vazão final (Qf), igual ou inferior a 75 % do diâmetro do 
coletor. 
• Devem conter poços de visita (PV) em todos os pontos singulares da 
rede coletora, no início de coletores, nas mudanças de direção, de declividade, de 
diâmetro e de material, na reunião de coletores e onde há degraus; 
• Apresentando um bom acesso de equipamento para limpeza do trecho 
a jusante, pode se preferir uma caixa de passagem (CP) a um poço de visita (PV), 
nas mudanças de direção, declividade, material e diâmetro, quando possível a 
supressão de degrau; 
• Terminal de limpeza (TL) pode substituir poço de visita (PV) no início de 
coletores; 
• Tubo de inspeção e limpeza (TIL) pode substituir poço de visita (PV), nas 
• mudanças de direção, declividade, material e diâmetro, quando possível 
a supressão de degrau; 
• A distância entre PV, TIL ou TL deve ser condicionado a depender do 
alcance dos equipamentos de desobstrução. 
 
Condições técnicas a serem satisfeitas pelos coletores 
 
Segundo a NBR 9649/1986 
“5.1.1 Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial 
e final (Qi e Qf). 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 17 
 
 
 
5.1.1.1 Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade 
estatística, recomenda-se como o menor valor de vazão 1,5 1/s em qualquer 
trecho. 
 
5.1.2 Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e 
especificações brasileiras relativas aos diversos materiais, o menor não sendo 
inferior a DN 100. 
 
5.1.3 A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à 
mínima admissível calculada de acordo com 5.1.4 e nem superior à máxima 
calculada segundo o 
critério de 5.1.5. 
 
5.1.4 Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média 
de valor mínimo σt = 1,0 Pa, calcula-da para vazão inicial (Qi), para coeficiente de 
Manning n = 0,013. A declividade mínima que satisfaz essa condição pode ser 
determinada pela expressão aproximada: 
Iomín. = 0,0055 Qi-0,47 
sendo Iomín. em m/m e Qi em l/s 
 
5.1.4.1 Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de 
tensão trativa média e declividade mínima a adotar devem ser justificados. 
 
5.1.5 A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha vf = 5 
m/s. 
5.1.5.1 Quando a velocidade final vf 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 18 
 
 
 
 é superior a velocidade crítica vc, a maior lâmina admissível deve ser 50 % 
do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade crítica 
é definida por: 
vc = 6 (g RH)1/2 onde g = aceleração da gravidade 
 
5.1.6 As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o 
escoamento em regime uniforme e permanente, sendo o seu valor máximo, para 
vazão final (Qf), igual ou 
inferior a 75 % do diâmetro do coletor. 
 
5.1.7 Condição de controle de remanso. Sempre que a cota do nível d’água 
na saída de qualquer PV ou TIL está acima de qualquer das cotas dos níveis d’água 
de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de montante.” 
 
Passo a passo para o dimensionamento da rede coletora 
 
Seguindo o formulário desenvolvido pelo professor Renato de Oliveira 
Fernandes, da Universidade Regional do Cariri – URCA, temos as seguintes etapas 
para o dimensionamento da rede coletora de esgoto: 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 19 
 
 
 
Imagens 04, 05 e 06: Etapas para o dimensionamento da rede coletora de esgoto. 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 20 
 
 
 
 
 
Fonte: FERNANDES, Renato de Oliveira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 21 
 
 
 
 
Para que o líquido possa ser devolvido à natureza ou reaproveitado para 
fins menos nobres a partir do reuso, a gestão adequada pode levar até quatro 
etapas, sendo elas o tratamento preliminar, o tratamento primário, o tratamento 
secundário e o terciário avançado. 
O objetivo principal de todas essas etapas da primeira fase é separar o 
líquido dos materiais que ficam flutuando, uma vez que estes, na maioria das 
vezes, acabam não sendo passíveis de tratamento biológico devido à sua natureza 
inerte. 
O tratamento preliminar deve remover apenas sólidos grosseiros, 
flutuantes e matéria mineral sedimentável, seguindo os processos de: 
- Gradeamento: são retirados os sólidos em suspensão que ficam nos efluentes, 
como detritos e outros objetos, por meio de grades colocadas em locais 
estratégicos para reter o material que deve ser removido. 
- Peneiramento: uso de peneiras para remoção dos sólidos muito finos ou fibrososque não foram retidos na fase anterior. 
Dependendo da natureza do resíduo, essa etapa pode substituir o sistema de 
gradeamento. Ou seja, em casos onde o efluente possui sólidos pequenos, o 
gradeamento não se faz necessário, podendo já iniciar o processo com o 
peneiramento. 
- Desarenadores: etapa onde ocorre a remoção de misturas formadas por sólidos 
em líquidos. Trata-se de uma técnica física de separação por sedimentação do 
material, que pode ser areia, pedrisco, cascalho ou outros do tipo, os quais vão 
para o fundo do recipiente por conta da diferença de densidade e da ação da 
gravidade. Enquanto a parte líquida permanece em cima, os sólidos são 
acumulados na parte inferior, facilitando sua remoção. 
- Separação de óleo: efluentes e águas contaminadas com óleos e graxas de áreas 
de manutenção, lavagem de veículos ou máquinas em oficinas mecânicas, devem 
 
TRATAMENTO DE EFLUENTES: PRELIMINAR, 
PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 22 
 
 
 
passar por esse processo de separação onde são utilizados dispositivos com a 
função de empregar métodos físicos e atuar também por densidade, mas nesse 
caso fazendo com que o óleo flutue sobre a água. 
No tratamento primário remove-se outros sólidos inorgânicos e a matéria 
orgânica em suspensão. Nesse caso, a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) 
também é removida parcialmente e os sólidos suspensos são quase que 
completamente eliminados. Esse nível de tratamento pode envolver os seguintes 
processos: 
- Decantação primária ou simples: por meio de decantadores implantados em 
tanques, os sólidos em suspensão de maior densidade contidos nos efluentes, 
sedimentam-se e depositam-se ao fundo constituindo o lodo primário que 
posteriormente é removido para outro tipo de tratamento. 
- Flotação: fase de separação de líquidos dos sólidos ainda restantes. No entanto, 
a flotação acontece através de nuvens de microbolhas de ar que tem o objetivo 
de arrastar as impurezas para a superfície, facilitando a remoção. 
- Neutralização: regularização do pH dos resíduos ácidos e resíduos básicos (ou 
alcalinos) quando houver necessidade. Se o resíduo apresentar pH entre 6 e 9 será 
caracterizado como neutro, não sendo necessário modificações; porém se o 
percentual for menor que 5 ou maior que 10, aplica-se essa fase de neutralização. 
- Precipitação química: também não sendo necessária a todos os tipos de resíduos, 
a precipitação costuma ser aplicada no tratamento de águas residuais que 
contenham altas concentrações de metais ou sulfatos. Quando aplicado, o 
processo ocorre a partir de um determinado produto químico reagindo com íons 
de metal pesado, formando um sólido denominado “precipitado” que também é 
removido posteriormente. 
Para o Tratamento Secundário há a intensificação do processo natural de 
biodegradação e na retirada desses materiais biodegradáveis. As principais fases 
costumam ser: 
- Processos de lodos ativados: como o nome já diz, esse é um processo biológico 
que consiste na formação do lodo. Através de um tanque de aeração que tem por 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 23 
 
 
 
finalidade proporcionar oxigênio aos microrganismos e evitar a deposição dos 
flocos bacterianos, também se mistura homogeneamente o lodo e o efluente. 
- Lagoas de estabilização: essa fase objetiva estabilizar a matéria orgânica pela 
oxidação bacteriológica e/ou redução fotossintética das algas, proporcionando 
uma alta eficiência de remoção de DBO e coliformes. 
- Lagoas aeradas: essas são bem similares às lagoas de estabilização, tendo como 
principal diferença o fato de que o oxigênio, ao invés de ser produzido por 
fotossíntese ou oxidação, é fornecido por aeradores mecânicos. 
- Filtros biológicos: os filtros são utilizados para remover a matéria orgânica do 
líquido onde o processo ocorre através do crescimento microbiano na superfície 
do local sobre o qual o esgoto é despejado e percolando a matéria até a parte mais 
baixa do filtro. 
Reatores anaeróbios e a precipitação química através da elevação do pH de metais 
como cobre, níquel, zinco entre outros, também podem ser considerados como 
processos secundários. 
No Tratamento Terciário avançado é utilizado para obter um efluente de 
alta qualidade com a remoção de outras substâncias contidas nas águas 
residuárias. Ou seja, nesta etapa remove-se do material em solução tudo que não 
foi tratado nos tratamentos anteriores, como metais pesados, compostos 
orgânicos, entre outras substâncias. 
Podem fazer parte do tratamento terciário: 
- Osmose reversa: essa é uma alternativa que tem como finalidade 
remover as demais impurezas da água por meio da retenção de moléculas. A 
presença de membranas semipermeáveis garante que as partículas menores que 
foram perdidas em estágios anteriores sejam retidas, especialmente os sólidos 
totais dissolvidos (TDS). A osmose reversa faz com que a água passe por uma 
pressão maior, de modo com que a membrana retenha o soluto e permita a 
passagem da água pura. 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 24 
 
 
 
- Filtros de areia: assim como na osmose reversa, os filtros de areia 
também têm o objetivo de reter os sólidos, no entanto, eles têm potencial para 
filtrar apenas sólidos em suspensão de 5 até 25 micra. 
- Remoção de nutrientes: caso o efluente tratado ainda apresente alto teor 
de nutrientes em sua composição é necessário fazer a remoção dos mesmos para 
descarte. Isso porque esses nutrientes tendem a consumir mais oxigênio do corpo 
hídrico e podem tornar o ambiente impróprio para sobrevivência de peixes. Esses 
nutrientes podem ser removidos através de algumas técnicas, sendo uma das 
principais a adsorção, onde ocorre a transferência da água em fase líquida para 
um adsorvente sólido, como materiais com alto teor de carbono (plantas, animais, 
resíduos de frutas, casca de arroz, algas e outros) que absorvem esses nutrientes. 
Essas etapas do tratamento de efluentes são fundamentais para que 
poluentes específicos sejam removidos de maneira adequada, deixando assim os 
resíduos de acordo com os parâmetros exigidos pelos órgãos ambientais antes de 
serem devolvidos ao meio ambiente ou reaproveitados de outro modo. 
A depender do efluente, nem todas as etapas serão necessárias até atingir 
o parâmetro adequado para descarte. Por isso, é de suma importância realizar 
uma análise especializada para tal definição. 
O croqui do sistema adotado das ETEs em Barreiras Bahia está 
representado no anexo I. Em relação a descrição dos sistemas, temos que: 
Imagens 07, 08 e 09: População atendida e carga de esgoto 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 25 
 
 
 
 
 
Fonte: SNIRH, 2013 
 
Já o croqui do sistema adotado de ETEs em Santa Maria da Vitória – Bahia 
está representado no anexo II. Em relação a descrição dos sistemas, temos que: 
Imagens 10, 11 e 12: População atendida e carga de esgoto. 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 26 
 
 
 
 
 
Fonte: SNIRH, 2013 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATLAS ESGOTOS : DESPOLUIÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS – SISTEMA EXISTENTE
SEM COLETA
E SEM TRATAMENTO
SES 1
SES 3
SES 2
Município: Barreiras
Estado: Bahia
Operador: EMBASA
Data: Maio/2015
Bairro/Distrito/
Povoado
Até 5.000 
De 5.000 
a 50.000 
De 50.000 
a 250.000 
De 250.000 
a 1.000.000 
Mais de 
1.000.000 %
Esgoto 
Remanescente
Sistema 
Existente
Sistema 
Planejado
ETE / Sistema 
Desativado
Reator Aeróbio
Terras Úmidas 
Fluxo
Subsuperficial
ETEs de Pequeno
Porte 
Valo de Oxidação
Lagoas de
Estabilização 
Fossa-Filtro
MBBR
Físico-Químico
Leito de Secagem
de Lodo
Decantador
Secundário
Reator 
Anaeróbio / UASB
Fossa Séptica
Decantador Primário
Estação de
Bombeamento
de Esgoto
Emissário
Submarino 
Corpo Receptor
(Lago)
Corpo Receptor 
(Rio)
Córrego
Desaguamento
(filtro-prensa/
centrífuga)
Qaf = vazão afluente
Qef = vazão efluente
Qproj = vazão de projeto
Qeb = vazão de esgoto bruto
Qref = vazãode referência
Efad = eficiência adotada (projeto, operação ou literatura)
= parcela do esgoto total produzido
ETE = estação de tratamento de esgoto
DBO = demanda bioquímica de oxigênio
População urbana: fonte SNIS 2013
Sol. individual: remoção adotada = 60%
SISTEMA BARREIRASSITUAÇÃONOTASSISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOPOPULAÇÃO URBANA (hab)
Filtro Aeróbio
Filtro Anaeróbio
Filtro Aerado 
Submerso
Obs.: Tratamento preliminar já considerado nas ETE´s 
RIO GRANDE
Qaf = 20,6 L/s
Carga DBO = 943,3 kg/dia
Qef = 20,6 L/s
Carga DBO = 160,4 kg/dia
ETE 1 
EFad = 83%
Qproj = S/I 
ETE 2
EFad = 83%
Qproj = S/I 
ETE 3
EFad = 83%
Qproj = S/I 
Qef = 5,2 L/s
Carga DBO = 40,2 kg/dia
Qaf = 1,9 L/s
Carga DBO = 85,8 kg/dia
Qaf = 5,2 L/s
Carga DBO = 236,6 kg/diaQef = 34,0 L/s
Carga DBO = 620,7 kg/dia
SOLUÇÃO
INDIVIDUAL
3,2%
61,6%
21,2%
1,2%
12,9
Barreiras
135,869 hab
(População Urbana)
Carga Total DBO = 7.336,9 Kg/dia
RIO DA BOA SORTE
RIO DE ONDAS
Qref = 5.206,6 L/s
Qref = 11.456,6 L/s
Qref = 50.596,3 L/s
Lagoa Anaeróbia
Lagoa Aeróbia
Lagoa Facultativa Lagoa Anaeróbia
Lagoa Aeróbia
Lagoa Facultativa
Lagoa Anaeróbia
Lagoa Aeróbia
Lagoa Facultativa
Qef = 1,9 L/s
Carga DBO = 14,6 kg/dia
Qeb = 73,8 L/s
Carga DBO = 3.368,5 kg/dia
Qeb = 18,5 L/s
Carga DBO = 844,7 kg/dia
Qeb = 6,7 L/s
Carga DBO = 306,2 kg/dia
ATLAS ESGOTOS : DESPOLUIÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS – SISTEMA EXISTENTE
Santa Maria da Vitória
24.711 hab
(População Urbana)
Carga Total DBO = 1.334,4 kg/dia
SE
M
 C
O
LE
TA
E 
SE
M
 T
R
A
TA
M
EN
TO
SE
S 
M
O
R
R
O
 D
O
 
C
H
AP
ÉU
 
ETE SANTA MARIA DA VITÓRIA
Efad= 80 %
Qproj = S/I
Lagoa Facultativa Lagoa de Maturação
SOLUÇÃO
INDIVIDUAL
Município: Santa Maria da Vitória
Estado: Bahia
Operador: SAAE
Bairro/Distrito/
Povoado
Até 5.000 
De 5.000 
a 50.000 
De 50.000 
a 250.000 
De 250.000 
a 1.000.000 
Mais de 
1.000.000 %
Esgoto 
Remanescente
Sistema 
Existente
Sistema 
Planejado
ETE / Sistema 
Desativado
Reator Aeróbio
Terras Úmidas 
Fluxo
Subsuperficial
ETEs de Pequeno
Porte 
Valo de Oxidação
Lagoas de
Estabilização 
Fossa-Filtro
MBBR
Físico-Químico
Leito de Secagem
de Lodo
Decantador
Secundário
Reator 
Anaeróbio / UASB
Fossa Séptica
Decantador Primário
Estação de
Bombeamento
de Esgoto
Emissário
Submarino 
Corpo Receptor
(Lago)
Corpo Receptor 
(Rio)
Córrego
Desaguamento
(filtro-prensa/
centrífuga)
Qaf = vazão afluente
Qef = vazão efluente
Qproj = vazão de projeto
Qeb = vazão de esgoto bruto
Qref = vazão de referência
Efad = eficiência adotada (projeto, operação ou literatura)
= parcela do esgoto total produzido
ETE = estação de tratamento de esgoto
DBO = demanda bioquímica de oxigênio
População urbana: fonte SNIS 2013
Sol. individual: remoção adotada = 60%
SISTEMA SANTA MARIA DA VITÓRIASITUAÇÃONOTASSISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIOPOPULAÇÃO URBANA (hab)
Filtro Aeróbio
Filtro Anaeróbio
Filtro Aerado 
Submerso
Obs.: Tratamento preliminar já considerado nas ETE´s 
Data: Junho/2016
83,6%
10,4%
Qeb = 27,7 L/s
Carga DBO = 1.117,8 kg/dia
Qeb = 3,5 L/s
Carga DBO = 55,7 kg/dia
Qaf = 3,3 L/s*
Carga DBO = 77,4 kg/dia
6,0%
Lagoa Anaeróbia
Qef = 3,3 L/s
Carga DBO = 15,5 kg/dia
RIO CORRENTE
Qref = 71.249,0 L/s
* Valor Estimado
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 27 
 
 
 
 
Água e Esgoto. Snirh.gov.br. Disponível em: <https://www.snirh.gov.br/agua-
esgoto/esgoto-visao-municipio?codigo_ibge=2903201&sigla=BA>. Acesso em: 11 
jul. 2022. 
ANNE, Lucy; JOSÉ, Gutierrez ; PEREIRA, Almir. SISTEMA DE ESGOTO SANITÁRIO. 
[s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: 
<https://aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php/367249/mod_resource/content/1/ES
GOTAMENTO%20SANIT.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2022. 
FERNANDES, Renato de Oliveira; FORMULÁRIO, Para; DIMENSIONAMENTO, D; et 
al. Universidade Regional do Cariri -URCA Disciplina: Saneamento Básico 
Professor: Renato de. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: 
<http://wiki.urca.br/dcc/lib/exe/fetch.php?media=formulario_dimensionamento
_rede_esgoto.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2022. 
 
L14026. Planalto.gov.br. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l14026.htm>. 
Acesso em: 9 jul. 2022. 
 
NBR 9648 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário. StuDocu. 
Disponível em: <https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-
federal-de-santa-catarina/hidraulica/nbr-9648-estudo-de-concepcao-de-
sistemas-de-esgoto-sanitario/17149466>. Acesso em: 9 jul. 2022. 
 
NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário. Disponível em: 
<http://licenciadorambiental.com.br/wp-content/uploads/2015/01/NBR-9.649-
Projeto-de-Redes-de-Esgoto.pdf>. Acesso em: 9 jul. 2022. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 28 
 
 
 
MENDES, Paulo Ricardo Amador. Moodle USP: e-Disciplinas. edisciplinas.usp.br. 
Disponível em: 
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4103430/mod_resource/content/0/A
ula%203%20-%20Sistemas%20de%20Esgotamento%20Sanit%C3%A1rio%20-
%20Parte%201.pdf>. 
Redes de esgotamento sanitário. Canteiro de Engenharia. Disponível em: 
<https://canteirodeengenharia.com.br/2020/12/16/redes-de-esgotamento-
sanitario/>. Acesso em: 10 jul. 2022. 
RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO EMBASA BARREIRAS. AGERSA. Disponível em: 
<http://www.agersa.ba.gov.br/wp-content/uploads/2012/11/relatorio-
barreiras.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2022. 
Tratamento de esgoto | SAAE - Cerquilho. Saaec.com.br. Disponível em: 
<https://www.saaec.com.br/esgoto/tratamento-de-esogoto/>. Acesso em: 11 jul. 
2022. 
ZAMBOM, R. C.; CONTRERA, R. C.; SOUZA, T. S. O. Estações Elevatórias de Esgoto. 
PHA3412 – Saneamento, Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, 
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, 2017. 
 
ZAMBOM, R. C.; CONTRERA, R. C.; SOUZA, T. S. O. Sifões invertidos. PHA3412 – 
Saneamento, Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental, Escola 
Politécnica, Universidade de São Paulo, 2017. 
 
 
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