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Lei 7716 1989 Racismo LEGISLACAO ESPECIAL

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Legislação Especial
Profa Me. Natália Barroca
2022.1
- Estatuto do Torcedor. Lei 10671/2003 (04.03;
11.03)
- Estatuto da criança e do adolescente. ECA, Lei
8069/1990 (18.03; 25.03)
- Lei 7716/1989 – Racismo (01.04)
- Estatuto do índio. Lei 6001/1973 (08.04)
- Feriado Semana Santa: 15.04
- REVISÃO AV1: 22.04
- AV1: 29.04
- Estatuto do Idoso. Lei 10741/2003 (06.05)
- Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei
13146/2015 (13.05)
- Temáticas jurisprudências e doutrinárias
acerca dos direitos de minorias e condutas
relativas à defesa LGBTQIA+(20.05; 27.05)
- AV2: (03.06)
ANÁLISE 
01
ENTENDA O CASO:
O advogado postou um relato no Facebook. Ele conta que pediu
ao motorista Mário José Ferreira que fosse à loja na sexta-feira
(20) à noite comprar bolos de rolo que levaria em uma viagem à
Europa. "Eram 20 bolos. Na hora de pagar, deu mais de R$ 600, e
ele estava apenas com essa quantia. Deixou no caixa e foi buscar
no carro. Quando voltou, começou o pesadelo: fecharam a loja,
não o deixaram entrar e ele foi abordado pela PMPE", escreveu
Gilberto na rede social. O advogado afirma que o procedimento
só teria sido feito porque o motorista é negro.
ANÁLISE 
02
O caso foi denunciado pelo empresário carioca Daniel
Cohen nas redes sociais. Ele conta que estava com um
grupo de amigos na pizzaria por volta das 6h desse
sábado (26/3), quando um dos amigos foi abordado
por Alex, um jovem de 14 anos morador da Rocinha,
que vendia balas na região.
Após supostamente ser informado pela funcionária
de que ele não poderia se sentar à mesa e só poderia
comer caso o pedido fosse embalado para viagem,
Daniel decidiu gravar o ocorrido.
ANÁLISE 
03
São Paulo – Um menino de 10 anos e
sua mãe pretendiam comer um
brigadeiro em uma confeitaria
localizada em um centro comercial
de Perdizes, bairro nobre da zona
oeste de São Paulo. De acordo com a
mãe, os dois foram impedidos por
um ato de racismo. Um segurança
retirou o menino, negro, da loja
alegando que “não pode ter pedinte
no local”.
A mãe, a jornalista Suzana Barelli,
denunciou o caso em suas redes
sociais. “Racismo é crime!!! A
interpretação deste segurança e de
seus chefes é que criança negra =
pedinte que importuna os clientes e
deve ser afastada”, escreveu.
https://www.metropoles.com/tag/sao-paulo
https://www.metropoles.com/tag/racismo
Em entrevista à TV Globo, a
mãe contou que o menino
estava em uma consulta com o
terapeuta e, como de costume,
ela comprou um brigadeiro
para o filho. Ele chegou,
sentou-se ao lado dela, mas
logo foi abordado pelo
segurança.
O garoto disse que não
entendeu porque o homem
tentou tirá-lo do local. “Eu
pensei: ‘eu sou tão ruim assim
para pessoa me tirar?’. Eu me
senti meiomal”, falou.
ANÁLISE 
04
Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/10/13/apos-xingar-guarda-de-negro-babaca-mulher-e-liberada-ao-pagar-
fianca.htm?cmpid=copiaecola
Mulher xinga 
guarda de 
'negro babaca' 
e é liberada ao 
pagar fiança
ANÁLISE 
05
Mulher chama rapaz de
'macaco fedorento' em ônibus
e é presa em flagrante
Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ul
timas-noticias/2021/04/12/mulher-
chama-rapaz-de-macaco-fedorento-em-
onibus-e-e-presa-em-
flagrante.htm?cmpid=copiaecola
ANÁLISE 
06
Supremo decide 
criminalizar a homofobia 
como forma de racismo
Após seis sessões de julgamento, o Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu hoje
(13.06.2019) criminalizar a homofobia como
forma de racismo. Ao finalizar o julgamento
da questão, a Corte declarou a omissão do
Congresso em aprovar a matéria e
determinou que casos de agressões contra o
público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais,
transexuais e travestis) sejam enquadrados
como o crime de racismo até que uma norma
específica seja aprovada pelo Congresso
Nacional.
"A extensão do tipo penal para abarcar
situações não especificamente tipificadas
pela norma penal incriminadora parece-me
atentar contra o princípio da reserva legal,
que constitui uma fundamental garantia dos
cidadãos, que promove a segurança jurídica
de todos", disse Lewandowski.
Gilmar Mendes também seguiu a maioria e
disse que a Constituição obriga a
criminalização de condutas discriminatórias.
Fonte: 
https://agenciabrasil.ebc.com.br
/geral/noticia/2019-
06/supremo-decide-
criminalizar-homofobia-como-
forma-de-racismo
Base 
Constitucional
CRFB/1988, 
art. 5º:
XLII - a prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à
pena de reclusão, nos termos da lei;
Injúria (animus injuriandi)
Art. 140 - Injuriar alguém,
ofendendo-lhe a dignidade ou o
decoro:
Pena - detenção, de um a seis
meses, ou multa.
(....)
§ 3o Se a injúria consiste na
utilização de elementos referentes a
raça, cor, etnia, religião, origem ou a
condição de pessoa idosa ou
portadora de deficiência: (Redação
dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena - reclusão de um a três anos e
multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de
1997)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9459.htm
Sujeito Ativo: qualquer pessoa, salvo
os invioláveis.
Autoinjúria não é crime, salvo os casos
em que ultrapassem os limites da
honra subjetiva própria. Exemplo:
dizer que é filho de criminoso (caso
em que ofende a honra subjetiva do
pai).
Sujeito Passivo: qualquer pessoa
capaz de entender a ofensa que lhe
for direcionada. Se a pessoa não for
capaz de entender, não haverá crime
Bem Jurídico: honra da pessoa
Objeto material: honra subjetiva da
vítima, ou seja, autoestima, dignidade,
decoro.
INJÚRIA QUALIFICADA PELO
PRECONCEITO: §3º (é diferente de
RACISMO – Lei 7.716/98)
Esta injúria qualificada é chamada
de injúria racial, e tem elementos
muito semelhantes ao crime de
racismo previsto na Lei n.
7.716/1989. Entre outros
elementos, constam aqueles
presentes no art. 1º da Lei do
Racismo.
Art. 1º Serão punidos, na forma
desta Lei, os crimes resultantes de
discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.
Nas palavras de Celso
Delmanto,“comete o crime do artigo
140, § 3º do CP, e não o delito do
artigo 20 da Lei nº 7.716/89, o
agente que utiliza palavras
depreciativas referentes a raça, cor,
religião ou origem, com o intuito de
ofender a honra subjetiva da vítima”.
Já o crime de racismo seria
aquele cometido por quem
pratica conduta
discriminatória dirigida a um
determinado grupo ou
coletividade. O crime de
racismo é considerado mais
grave pelo legislador, e, além
de imprescritível e
inafiançável, sua persecução
se dá por meio de ação
penal pública
incondicionada, enquanto,
no caso da injúria racial, a
ação penal é pública
condicionada à
representação do ofendido.
Injúria preconceituosa Racismo
Dolo do agente Injuriar pessoa determinada Discriminar grupo
Prescrição Imprescritível (segundo atual
posicionamento STJ/STF)
Imprescritível (art. 5º, XLIII,
CR/88)
Fiança Inafiançável (STF 28.10.2021) Inafiançável
Ação penal Pública, condicionada à repres. Pública incondicionada
GENOCÍDIO - LEI Nº 2.889, DE 1º DE OUTUBRO DE 1956
CONDUTAS:
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico,
racial ou religioso, como tal: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe
a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
TORTURA - LEI Nº 9.455, DE 7 DE ABRIL DE 1997
TORTURA-PROBATÓRIA, TORTURA-CRIME E TORTURA-DISCRIMINATÓRIA 
Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa; TORTURA-PROBATÓRIA
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; TORTURA-CRIME
c) em razãode discriminação racial ou religiosa; TORTURA-DISCRIMINATÓRIA
NÚCLEO DO TIPO + MEIOS DE EXECUÇÃO:
CONSTRANGER a vítima valendo-se dos meios de
execução
• Violência à pessoa - emprego de força física contra a
vítima, mediante lesão corporal ou vias de fato.
• Grave ameaça – promessa da realização de um mal grave
(relevante, de grandes proporções), iminente (em vias de
ocorrer) e verossímil (possível de ser concretizado).
TORTURA x DISCRIMINAÇÃO RACIAL
A discriminação racial se encontra conceituada no art. 1ª, parágrafo único, I,
da Lei 12.288/2010:
Art. 1°, I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão,
restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem
nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento,
gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou
em qualquer outro campo da vida pública ou privada;
TERRORISMO – LEI Nº 13.260, DE 16 DE MARÇO DE 2016
Art. 2o O terrorismo consiste
na prática por um ou mais
indivíduos dos atos previstos
neste artigo, por razões de
xenofobia, discriminação ou
preconceito de raça, cor,
etnia e religião, quando
cometidos com a finalidade
de provocar terror social ou
generalizado, expondo a
perigo pessoa, patrimônio, a
paz pública ou a
incolumidade pública.
LEI Nº 12.288, DE 20 DE JULHO DE 2010.
Institui o Estatuto da Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro
de 1989, 9.029, de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e
10.778, de 24 de novembro de 2003.
Art. 1o Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial,
destinado a garantir à população negra a efetivação da
igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos
individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação
e às demais formas de intolerância étnica.
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se:
I - discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção,
exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por
objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou
exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos
e liberdades fundamentais nos campos político, econômico,
social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública
ou privada;
II - desigualdade racial: toda situação injustificada de
diferenciação de acesso e fruição de bens, serviços e
oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de
raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica;
Art. 1o
III - desigualdade de gênero e raça: assimetria
existente no âmbito da sociedade que acentua a
distância social entre mulheres negras e os demais
segmentos sociais;
IV - população negra: o conjunto de pessoas que se
autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor
ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), ou que adotam
autodefinição análoga;
V - políticas públicas: as ações, iniciativas e programas
adotados pelo Estado no cumprimento de suas
atribuições institucionais;
VI - ações afirmativas: os programas e medidas
especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa
privada para a correção das desigualdades raciais e
para a promoção da igualdade de oportunidades.
Art. 2o É dever do Estado e da sociedade garantir a
igualdade de oportunidades, reconhecendo a todo
cidadão brasileiro, independentemente da etnia ou da
cor da pele, o direito à participação na comunidade,
especialmente nas atividades políticas, econômicas,
empresariais, educacionais, culturais e esportivas,
defendendo sua dignidade e seus valores religiosos e
culturais.
Art. 3o Além das normas constitucionais relativas aos
princípios fundamentais, aos direitos e garantias
fundamentais e aos direitos sociais, econômicos e
culturais, o Estatuto da Igualdade Racial adota como
diretriz político-jurídica a inclusão das vítimas de
desigualdade étnico-racial, a valorização da igualdade
étnica e o fortalecimento da identidade nacional
brasileira.
Art. 4o A participação da população negra, em condição de
igualdade de oportunidade, na vida econômica, social, política
e cultural do País será promovida, prioritariamente, por meio
de:
I - inclusão nas políticas públicas de desenvolvimento
econômico e social;
II - adoção de medidas, programas e políticas de ação
afirmativa;
III - modificação das estruturas institucionais do Estado para o
adequado enfrentamento e a superação das desigualdades
étnicas decorrentes do preconceito e da discriminação étnica;
IV - promoção de ajustes normativos para aperfeiçoar o
combate à discriminação étnica e às desigualdades étnicas
em todas as suas manifestações individuais, institucionais e
estruturais;
V - eliminação dos obstáculos históricos, socioculturais e
institucionais que impedem a representação da diversidade
étnica nas esferas pública e privada;
Art. 4o
VI - estímulo, apoio e fortalecimento de iniciativas
oriundas da sociedade civil direcionadas à promoção da
igualdade de oportunidades e ao combate às
desigualdades étnicas, inclusive mediante a
implementação de incentivos e critérios de
condicionamento e prioridade no acesso aos recursos
públicos;
VII - implementação de programas de ação afirmativa
destinados ao enfrentamento das desigualdades étnicas
no tocante à educação, cultura, esporte e lazer, saúde,
segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação
de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à
Justiça, e outros.
Parágrafo único. Os programas de ação afirmativa
constituir-se-ão em políticas públicas destinadas a
reparar as distorções e desigualdades sociais e demais
práticas discriminatórias adotadas, nas esferas pública
e privada, durante o processo de formação social do
País.
TÍTULO III
DO SISTEMA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA 
IGUALDADE RACIAL
(SINAPIR)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 47. É instituído o Sistema Nacional de
Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) como
forma de organização e de articulação voltadas à
implementação do conjunto de políticas e serviços
destinados a superar as desigualdades étnicas
existentes no País, prestados pelo poder público
federal.
§ 1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão participar do Sinapir mediante adesão.
§ 2o O poder público federal incentivará a
sociedade e a iniciativa privada a participar do
Sinapir.
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 48. São objetivos do Sinapir:
I - promover a igualdade étnica e o combate às
desigualdades sociais resultantes do racismo,
inclusive mediante adoção de ações afirmativas;
II - formular políticas destinadas a combater os
fatores de marginalização e a promover a
integração social da população negra;
III - descentralizar a implementação de ações
afirmativas pelos governos estaduais, distrital e
municipais;
IV - articular planos, ações e mecanismos voltados
à promoção da igualdade étnica;
V - garantir a eficácia dos meios e dos
instrumentos criados para a implementação das
ações afirmativas e o cumprimento das metas a
serem estabelecidas.
Lei 7716/1989 – Racismo
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes
resultantes de discriminação ou preconceito de
raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
(Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Art. 3º Impedir ou obstar o
acesso de alguém,
devidamente habilitado, a
qualquer cargo da
Administração Direta ou
Indireta, bem como das
concessionárias de serviços
públicos.
Pena: reclusão de dois a cinco
anos.
Parágrafo único. Incorre na
mesma pena quem, por
motivo de discriminação de
raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional, obstar a
promoção funcional. (Incluído
pela Lei nº 12.288, de
2010)
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa
privada.
Pena: reclusão de dois a cinco anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo
de discriminação de raça ou de cor ou práticas
resultantes do preconceito de descendência ou
origem nacional ou étnica: (Incluído pela Lei nº
12.288,de 2010)
I - deixar de conceder os equipamentos
necessários ao empregado em igualdade de
condições com os demais
trabalhadores; (Incluído pela Lei nº 12.288, de
2010)
II - impedir a ascensão funcional do empregado
ou obstar outra forma de benefício
profissional; (Incluído pela Lei nº 12.288, de
2010)
III - proporcionar ao empregado tratamento
diferenciado no ambiente de trabalho,
especialmente quanto ao salário. (Incluído pela
Lei nº 12.288, de 2010)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação de
serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra
forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos
de aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas
atividades não justifiquem essas exigências. (Incluído pela
Lei nº 12.288, de 2010)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art60
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a
estabelecimento comercial,
negando-se a servir, atender ou
receber cliente ou comprador.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a
inscrição ou ingresso de aluno em
estabelecimento de ensino público
ou privado de qualquer grau.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Parágrafo único. Se o crime for
praticado contra menor de dezoito
anos a pena é agravada de 1/3 (um
terço). (correto seria majorada)
Art. 7º Impedir o acesso ou
recusar hospedagem em hotel,
pensão, estalagem, ou qualquer
estabelecimento similar.
Pena: reclusão de três a cinco
anos.
Art. 8º Impedir o acesso ou
recusar atendimento em
restaurantes, bares, confeitarias,
ou locais semelhantes abertos
ao público.
Pena: reclusão de um a três
anos.
Art. 9º Impedir o acesso ou
recusar atendimento em
estabelecimentos esportivos,
casas de diversões, ou clubes
sociais abertos ao público.
Pena: reclusão de um a três
anos.
Art. 10. Impedir o acesso ou
recusar atendimento em salões
de cabeleireiros, barbearias,
termas ou casas de massagem
ou estabelecimento com as
mesmas finalidades.
Pena: reclusão de um a três
anos.
Art. 11. Impedir o acesso às
entradas sociais em edifícios
públicos ou residenciais e
elevadores ou escada de acesso
aos mesmos:
Pena: reclusão de um a três
anos.
Art. 12. Impedir o acesso ou uso
de transportes públicos, como
aviões, navios barcas, barcos,
ônibus, trens, metrô ou qualquer
outro meio de transporte
concedido.
Pena: reclusão de um a três
anos.
Art. 13. Impedir ou obstar o
acesso de alguém ao serviço
em qualquer ramo das Forças
Armadas.
Pena: reclusão de dois a
quatro anos.
Art. 14. Impedir ou obstar, por
qualquer meio ou forma, o
casamento ou convivência
familiar e social.
Pena: reclusão de dois a
quatro anos.
Art. 16. Constitui
efeito da condenação
a perda do cargo ou
função pública, para o
servidor público, e a
suspensão do
funcionamento do
estabelecimento
particular por prazo
não superior a três
meses.
(Vetado).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/VEP-LEI-7716-1989.pdf
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a
discriminação ou preconceito de raça,
cor, etnia, religião ou procedência
nacional. (Redação dada pela Lei nº
9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos e
multa.(Redação dada pela Lei nº 9.459,
de 15/05/97)
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou
veicular símbolos, emblemas,
ornamentos, distintivos ou propaganda
que utilizem a cruz suástica ou gamada,
para fins de divulgação do
nazismo. (Redação dada pela Lei nº
9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de dois a cinco anos e
multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no
caput é cometido por intermédio dos
meios de comunicação social ou
publicação de qualquer
natureza: (Redação dada pela Lei nº
9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de dois a cinco anos e
multa.(Incluído pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
O caso Simone A. Diniz – a falta de acesso à justiça para 
as vítimas dos crimes raciais da Lei Caó
Em 05.03.97, Simone A. Diniz relatou à polícia da capital
paulista que fora vítima de um crime racial. Contou e
denunciou à autoridade policial que Aparecida Gisele Mota da
Silva publicou, na Folha de São Paulo, em 02.03.97, uma oferta
de trabalho de doméstica para a qual só seriam aceitas as
candidatas “preferencialmente da raça (cor) branca”. Segundo
depoimentos colhidos pela polícia, no curso da investigação
dos fatos, ao ligar para o número que constava no anúncio,
Simone foi atendida por “alguém” que, por conta própria ou a
mando da acusada, perguntou: “Você é branca ou negra?”.
Simone respondeu: “Sou negra”. De imediato ouviu que, por
essa razão, não seria aceita para o emprego, já que o seu perfil
(cor e/ou raça) não combinava com a vaga oferecida.
Na verdade, Simone acusou Aparecida Gisele de ter violado o
artigo 20 da Lei Caó, de n. 7.716/89, alterada pela Lei 8081/90,
em cujo texto consta que é crime “praticar, induzir ou incitar,
pelos meios de comunicação social ou por publicação de
qualquer natureza, a discriminação ou preconceito por raça,
religião, etnia ou origem. Pena: reclusão de dois e cinco anos”.
Fonte: https://sociologiajuridica.net/o-caso-
simone-a-diniz-a-falta-de-acesso-a-justica-para-
as-vitimas-dos-crimes-raciais-da-lei-cao/
Flávio Florido/Folha Imagem
https://sociologiajuridica.net/o-caso-simone-a-diniz-a-falta-de-acesso-a-justica-para-as-vitimas-dos-crimes-raciais-da-lei-cao/
O caso Simone A. Diniz – a falta de acesso à justiça para 
as vítimas dos crimes raciais da Lei Caó
A fim de apurar a denúncia, a autoridade policial colheu o
depoimento dos seguintes envolvidos: a) Simone, a vítima;
b) Aparecida Gisele; a acusada de ser a gente racializadora;
c) Jorge Honório da Silva; o marido e testemunha da
acusada; d) os relatos de uma amiga da vítima que,
inquirida em sede policial, confirmou o teor da ligação na
qual Simone foi informada que, por ser negra, não seria
contratada. A acusada e o seu marido confirmaram à
autoridade policial o conteúdo do anúncio do jornal e da
ligação sobre a qual falamos anteriormente. Disseram, sem
meias palavras, que só contratariam mulheres da “raça”
(cor) branca porque as negras batem nas crianças
confiadas a sua guarda. Justificaram essa preferência pela
raça (e cor) por que os seus filhos ficaram traumatizados
com as agressões praticadas por uma ex-empregada negra,
mas não comprovaram juridicamente tal fato.
Fonte: https://sociologiajuridica.net/o-caso-
simone-a-diniz-a-falta-de-acesso-a-justica-para-
as-vitimas-dos-crimes-raciais-da-lei-cao/
Flávio Florido/Folha Imagem
https://sociologiajuridica.net/o-caso-simone-a-diniz-a-falta-de-acesso-a-justica-para-as-vitimas-dos-crimes-raciais-da-lei-cao/
O caso Simone A. Diniz – a falta de acesso à justiça para 
as vítimas dos crimes raciais da Lei Caó
Concluído o inquérito policial, conforme determina a lei processual
brasileira, o delegado remeteu os autos ao parquet. Depois de
estudá-los, em 02.04.1997, o promotor requisitou ao juiz que os
arquivasse por não haver provas que atestassem o dolo da acusada –
a verdadeira intenção de discriminar alguém por causa da cor e/ou
raça. Esse dolo de discriminar é condição subjetiva do agente que,
segundo a doutrina e a jurisprudência dominante, é fundamental
para atestar a consumação dos crimes raciais previstos na Lei Caó.
O promotor de justiça, influenciado pela ideologia da democracia
racial,criada para eufemizar (naturalizar) os efeitos do racismo e dos
crimes raciais, considerou que não havia provas do dolo da agente
porque ela era casada com um homem negro, com o qual tinha
filhos. O nascimento dessa ideologia, cujos mitos transmitem a idéia
de que o Brasil é um país livre de verdadeiros racistas, racismos e
violentos conflitos raciais, é atribuído a publicação de Casa Grande &
Senzala, de Gilberto Freyre (1995). Além disso, para fundamentar a
sua decisão, o promotor destacou que a acusada disse à polícia, em
seu depoimento sobre os fatos, que não desejava discriminar
ninguém por causa da raça.
Fonte: https://sociologiajuridica.net/o-caso-
simone-a-diniz-a-falta-de-acesso-a-justica-para-
as-vitimas-dos-crimes-raciais-da-lei-cao/
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O caso Simone A. Diniz – a falta de acesso à justiça para 
as vítimas dos crimes raciais da Lei Caó
Em 11.04.1997, o juiz deferiu o arquivamento do Caso,
por concordar com a tese do parquet sobre a não
comprovação do dolo (contumaz e contundente) da
acusada. Com base nas considerações da CIDH sobre o
Caso, asseveramos que essa concordância também não é
um ato isolado, mas uma rotina institucional racializadora
do poder judiciário e do ministério público – órgãos
essenciais para a criação das hermenêuticas e,
conseguentes, aplicações dos direitos que dão vida a
distribuição e administração da justiça.
(....)
Em 2006, a CIDH “condenou” o Estado do Brasil porque
ele não assegura às vítimas do racismo e dos crimes raciais
acesso à justiça (e justiça), garantia prevista na CADH. Essa
condenação teve origem numa petição encaminhada à
CIDH, formulada por Simone A. Diniz (a vítima) e outros
peticionários – ONGs que militam em prol da garantia dos
direitos humanos.
Fonte: https://sociologiajuridica.net/o-caso-
simone-a-diniz-a-falta-de-acesso-a-justica-para-
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Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: COMUR de Novo
Hamburgo - RS Provas: FUNDATEC - 2021 - COMUR de Novo
Hamburgo - RS - Agente de Atendimento e Vendas | FUNDATEC
- 2021 - COMUR de Novo Hamburgo - RS - Técnico em
Segurança do Trabalho
Leia a seguinte matéria:
“Ao se candidatar a uma vaga de empregada doméstica
em São Paulo, Simone foi rejeitada por não atender a um
requisito racista: o contratante dava preferência a
pessoas de cor branca, conforme anúncio publicado em
jornal. O caso foi denunciado à Delegacia de
Investigações de Crimes Raciais, onde foi instaurado
Inquérito Policial. Apesar das provas irrefutáveis, o
Ministério Público do Estado de São Paulo requereu o
arquivamento do inquérito sob o argumento que o caso
não configurava crime de racismo. Argumentação
acolhida pelo Poder Judiciário. O caso continua sem
resposta por parte da Justiça brasileira” (Fonte:
https://www.opendemocracy.net/, de 27/07/2020).
Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: COMUR de Novo
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Segurança do Trabalho
O caso Simone André Diniz apresenta um caso
de impunidade, pois, conforme o disposto na
Constituição da República Federativa do Brasil,
a prática do racismo:
A) Não constitui crime.
B) É motivo para banimento e extradição.
C) Constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão.
D) É livre de manifestação de qualquer cidadão.
E) Constitui uma infração leve, sendo
concedido o pagamento de fiança.
Ano: 2021 Banca: FUNDATEC Órgão: COMUR de Novo
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Segurança do Trabalho
O caso Simone André Diniz apresenta um caso
de impunidade, pois, conforme o disposto na
Constituição da República Federativa do Brasil,
a prática do racismo:
A) Não constitui crime.
B) É motivo para banimento e extradição.
C) Constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão.
D) É livre de manifestação de qualquer cidadão.
E) Constitui uma infração leve, sendo
concedido o pagamento de fiança.
3º No caso do parágrafo anterior, o juiz
poderá determinar, ouvido o Ministério
Público ou a pedido deste, ainda antes do
inquérito policial, sob pena de
desobediência: (Redação dada pela Lei nº
9.459, de 15/05/97)
I - o recolhimento imediato ou a busca e
apreensão dos exemplares do material
respectivo;(Incluído pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
II - a cessação das respectivas transmissões
radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da
publicação por qualquer meio; (Redação
dada pela Lei nº 12.735, de 2012)
III - a interdição das respectivas mensagens ou
páginas de informação na rede mundial de
computadores. (Incluído pela Lei nº 12.288, de
2010)
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da
condenação, após o trânsito em julgado da
decisão, a destruição do material
apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12735.htm#art5
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm#art64
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9459.htm#art1
Editor nazista é condenado a quase dois anos de reclusão
10 de setembro de 2004, 11h03
O editor nazista, Siegfried Ellwanger, foi condenado a um ano
e nove meses de reclusão. A sentença do juiz Paulo Roberto
Lessa Franz, da 8ª Vara Criminal de Porto Alegre, Rio Grande
do Sul, foi publicada esta semana. Cabe recurso ao TJ gaúcho.
Na sentença de 47 páginas, o juiz considera que mais do que
a pena privativa da liberdade, “essa condenação, por si só, é
suficiente”. Ele substituiu o confinamento pela prestação de
serviços à comunidade e o pagamento de prestação
pecuniária de 20 salários mínimos em favor da Associação
Beneficente Fraterno Auxílio Cristão da Sagrada Família.
De acordo com a denúncia, os livros vendidos por Siegfried
Ellwanger, a partir de 2 de novembro de 1996, na Feira do
Livro, “trazem mensagens racistas, discriminatórias e
preconceituosas, incitando e induzindo ao ódio e ao desprezo
contra povo de origem judaica.”
Fonte e íntegra da decisão: https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
Editor nazista é condenado a quase dois anos de reclusão
10 de setembro de 2004, 11h03
A defesa do editor sustentou “a inexistência do crime de
racismo na conduta do acusado, que apenas se constitui em
práticas de cunho ideológico, contra o movimento sionista
internacional e não contra os judeus”.
O juiz entendeu que está caracterizada “a conduta do acusado
de desprezo ao povo judeu, ao se dedicar reiteradamente à
edição, publicação e à venda de obras que exprimem
manifestações puramente preconceituosas”.
Segundo o site Espaço Vital, o detalhe interessante é que -- em
função da decisão de 19 de março deste ano, do Supremo
Tribunal Federal, negando o Habeas Corpus do editor contra
sua condenação anterior -- ele já perdeu a primariedade. De
acordo com o site, “esse detalhe, certamente, comportará
discussão sob o prisma processual nas novas etapas desta ação
criminal”.
Fonte e íntegra da decisão: https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
Editor nazista é condenado a quase dois anos de reclusão
10 de setembro de 2004, 11h03
Histórico
1. O Mopar - Movimento Popular Anti Racista é formado pelo
Movimento Judeu (representado por Luis Milman e Mauro
Nadvorny), MovimentoNegro (liderado por Luis Francisco
Barbosa, juiz aposentado, hoje advogado ) e Movimento de Justiça
e Direitos Humanos (na época dos fatos, Jair Krischke era o
presidente).
2. Em 2/11/96, Luis Milman flagrou, na Feira do Livro, o editor
Siegfried Ellwanger divulgando e comercializando os mesmos
livros já proibidos face à condenação anterior por racismo.
Milman foi até a Área Judiciária da Polícia e registrou queixa.
Registrada a ocorrência, integrantes do Mopar foram ao juiz de
plantão, Ícaro Carvalho de Bem Osório, que ligou para o relator do
processo-crime que gerou a primeira condenação de Siegrfeid
Ellwanger.
Fonte e íntegra da decisão: https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
Editor nazista é condenado a quase dois anos de reclusão
10 de setembro de 2004, 11h03
3. O desembargador Fernando Mottola confirmou a informação
sobre a precedente condenação de Ellwanger e o juiz plantonista
proferiu a decisão que mandou apreender os exemplares do livro
"A História Secreta do Brasil", da Editora Revisão. A apreensão
foi feita.
4. Em 12/11/96, o advogado Luiz Francisco Barbosa comprou
outro exemplar do mesmo livro, na editora de Siegfried Ellwanger
e peticionou ao juiz plantonista.
5. Em 2/2/98. o promotor Rui Nazário de Oliveira apresentou
denúncia. O Mopar se habilitou como assistente da acusação,
tendo como seu representante processual o advogado Carlos Josias
Menna de Oliveira.
6. Em 8/8/02, foram apresentadas as alegações finais.
7. A sentença condenatória foi proferida em 26 de agosto. O
resumo foi disponibilizado, no site do TJ-RS.
Fonte e íntegra da decisão: https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
https://www.conjur.com.br/2004-set-10/editor_nazista_condenado_dois_anos_reclusao
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (Renumerado pela Lei
nº 8.081, de 21.9.1990)
Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. (Renumerado pela Lei nº 8.081,
de 21.9.1990)
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e 101º da República.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8081.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8081.htm

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