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Shadia El Khatib – T9 B 1. Carbono ...................................................................................... 2 1.1. Propriedades Químicas........................................................ 2 1.2. Química da vida: Grupos Funcionais................................... 2 1.3. As Moléculas da Vida ........................................................... 3 2. Carboidratos .............................................................................. 4 2.1. Monossacarídeos ................................................................. 4 2.2. Oligossacarídeos.................................................................. 5 2.3. Polissacarídeos .................................................................... 5 3. Lipídios e Membranas Celulares ............................................. 7 3.1. Ácidos Graxos ...................................................................... 7 3.2. Fosfolipídios ......................................................................... 9 3.3. Triacilgliceróis ..................................................................... 10 3.4. Colesterol ........................................................................... 10 3.5. Membranas biológicas ....................................................... 11 4. Nucleotídeos e Ácidos Nucléicos.......................................... 12 4.1. Ácidos Nucléicos ................................................................ 12 4.2. Cromossomos eucarióticos ................................................ 14 4.3. Questões Slides ................................................................. 15 5. Dogma Central da Biologia Molecular .................................. 17 5.1. Replicação do DNA ............................................................ 17 5.2. Questões de replicação ..................................................... 20 5.3. RNA .................................................................................... 20 5.4. Transcrição ......................................................................... 21 5.5. Questões de transcrição .................................................... 25 5.6. Ribossomo.......................................................................... 26 5.7. Tradução ............................................................................ 26 5.8. Questões de tradução ........................................................ 28 5.9. Questões do slide .............................................................. 28 6. Bibliografia ............................................................................... 31 Shadia El Khatib – T9 B 1. Carbono Conceito de Organismos vivos: São compostos a partir de moléculas destituídas de vida. Apresentam alto grau de complexidade química e de organização. Têm capacidade para extrair, transformar e usar energia que encontram no meio ambiente. Organismos vivos diferentes (aparência e função) -> compartilham características químicas semelhantes. Elementos base do nosso corpo: Nitrogênio (3%), Hidrogênio (10%), Carbono (18%), Oxigênio (65%), Outros (4%). O carbono é o esqueleto das moléculas biológicas. Ele é único em sua capacidade de formar moléculas grandes, complexas e diversas. Proteínas, lipídios, ácidos nucléicos, carboidrato, e outras moléculas que distinguem a matéria viva são todos compostos de carbono, também conhecido como moléculas orgânicas. O que torna o Carbono tão especial em relação à vida? “O carbono é o elemento químico ideal à vida por ser estável o suficiente para construir as moléculas biológicas e os compostos químicos que têm a ver com a vida, mas também instável o suficiente para permitir a quebra destas moléculas sem o custo de alta energia”1. 1 Pamela Conrad, PhD, Astrobiologist, NASA. 2 Poder de combinação que um átomo tem, ou seja, à quantidade de ligações que ele deve realizar para ficar estável. O que determina a valência de um elemento químico representativo é a quantidade de A seleção do Carbono como elemento vital se deve ao seu exclusivo conjunto de propriedades químicas. 1.1. Propriedades Químicas #1 – Pode estabelecer quatro valências2 diferentes, com ele próprio, ou com outros elementos, tais como o oxigênio, o nitrogênio, o enxofre e o hidrogênio. Essa propriedade química também confere ao carbono a capacidade de formar compostos ramificados. #2 – As valências entre o carbono e os vários outros átomos, embora estáveis nas temperaturas terrestres, possuem energia de ligação não muito altas. Isso significa que é possível romper as ligações com energias que são facilmente obtidas na célula viva. #3 – As valências entre o carbono e outros átomos e radicais possuem flexibilidade tal que as estruturas tridimensionais podem apresentar muitas formas diferentes. Isso significa que as valências do carbono sofrem torções que tornam possíveis a aproximação de muitos grupos reativos. OBS: Essa é a base da reação enzimática e da ligação entre ligantes e receptores. Esta combinação ideal de estabilidade e reatividade faz com que o carbono constitua o esqueleto de todos os sistemas vivos. 1.2. Química da vida: Grupos Funcionais Grupos funcionais ligados ao esqueleto de carbono conferem propriedades distintas às moléculas orgânicas. São os componentes da molécula que mais frequentemente se envolvem em reações químicas. elétrons que ele já possui na sua última camada eletrônica. É inclusivo por isso que essa camada mais externa é chamada de camada ou nível de valência. Shadia El Khatib – T9 B O número de grupos funcionais e seu arranjo conferem à cada molécula propriedades únicas. Os 7 grupos funcionais mais importantes na Química da Vida: hidroxila, carbonila, carboxila, amina, sulfidrila, fosfato e metil. 1.3. As Moléculas da Vida Muitas moléculas com esqueleto carbônico são constituídas de várias subunidades pequenas ligadas. Monômeros são as subunidades (individualmente) Polímeros são feitos de muitos monômeros. As moléculas da vida são: carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos nucléicos. a. Carboidratos: São feitos de C, H e O. Os monômeros são açucares simples (monossacarídeo) e os polímeros são unidades de açúcar simples ligadas (polissacarídeo). A principal função é o fornecimento de energia. b. Lipídios: Moléculas insolúveis em água. Geralmente constituídos de longas cadeias de hidrocarbonetos. c. Ácidos nucléicos: DNA consiste de 2 cadeias de polinucleotídeos ligados por pontes de H (bases: A, T, C, G). Açúcar: desoxirribose. d. Proteínas: São as macromoléculas mais abundantes nos seres vivos e apresentam a maior diversidade estrutural e funcional. São constituídas por cadeias de aminoácidos (monômeros) ligados entre si. Shadia El Khatib – T9 B 2. Carboidratos Os carboidratos e seus derivados são as moléculas orgânicas mais abundantes na Terra e possuem uma grande variação de funções de teor energética, informativo e estrutural. Carboidratos são poli-hidroxialdeídos (várias hidroxilas e uma carbonila aldeídica) ou poli-hidroxicetonas (várias hidroxilas e uma carbonila cetônica), ou substancias que geram esses compostos quando hidrolisadas. A fórmula empírica para a maioria dos carboidratos mais simples é (CH2O)n, sendo n>3 (maior), alguns também contêm nitrogênio, fósforo ou enxofre. As funções dos carboidratos são: a. Produção de energia; b. Composição dos ácidos nucleicos; c. Proteção; d. Adesão intercelular; e. Elementos estruturais e de proteção nas paredes celulares bacterianas e vegetais e nos tecidos conjuntivos de animais; f. Lubrificantes das articulações esqueléticas; g. Glicoconjugados: ligados a proteínas ou lipídeos, agem como sinais que determinam sua localização ou destino metabólico; reconhecimento e da coesão entreas células. Podem ser classificados em quatro grupos: monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. 2.1. Monossacarídeos Os monossacarídeos, açúcares simples, constituem o tipo mais simples de carboidratos, sendo chamados de aldoses ou cetoses, segundo o grupo funcional que apresentam aldeído ou cetona. 3 Isômeros são moléculas de substâncias orgânicas que apresentam a mesma fórmula molecular, mas possuem propriedades e características estruturais diferentes. Mundo Educação. Link: https://url.gratis/8Dpxl 4 O “D” significa que o grupo hidroxilo está localizado no lado direito do carbono quiral. O “L” significa que o grupo hidroxilo está localizado no lado esquerdo do carbono quiral São glicídios simples, não ramificados, não hidrolisáveis, hidrossolúveis e constituídos apenas por ligações simples entre carbonos. De acordo com seu número de átomos de carbono, podem ser designados: trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses. As trioses são as mais simples: o gliceraldeído, uma aldotriose, e a diidroxiacetona, uma cetotriose. O gliceraldeído apresenta um carbono (C2) assimétrico, dando origem a dois isômeros3: D e L4. Os outros monossacarídeos são teoricamente derivados destas trioses; os que são biologicamente importantes apresentam, sempre, configuração D. Os monossacarídeos mais comuns na natureza são: aldo-hexose D- glicose (glicose) e a ceto-hexose D-frutose (frutose). 2.1.1. Isomeria Todos os monossacarídeos com exceção das cetotrioses, contêm um ou mais carbonos quirais5 e, portanto, ocorrem formas isoméricas opticamente ativos, os enantiômeros6. No caso do gliceraldeído, que contém um centro quiral, apresenta dois enantiômeros, um designado isômero D, e o outro é isômero L. 5 Carbono quiral é o carbono de uma cadeia que apresenta quatro ligantes diferentes. 6 Enantiômeros são moléculas orgânicas que são chamadas assim em razão da sua forma, pois para cada enantiômero existe um de forma idêntica, porém invertida, como se esta estivesse em frente a um espelho. Info Escola. Link: https://url.gratis/uCBSl. https://url.gratis/8Dpxl https://url.gratis/uCBSl Shadia El Khatib – T9 B 2.2. Oligossacarídeos São carboidratos constituídos por um pequeno número de moléculas de monossacarídeos unidas por ligações glicosídicas. Estas ligações são, teoricamente, formadas entre duas hidroxilas de duas moléculas de monossacarídeos, pela exclusão de uma molécula de água. 2.3. Dissacarídeos Consistem em dois monossacarídeos unidos covalentemente por uma ligação glicosídica na qual um grupo hidroxila de uma molécula de açúcar, reage com a hidroxila do carbono anomérico7 de outro açúcar, havendo liberação de uma molécula de água. Entre os dissacarídeos, os mais comuns são: sacarose (glicose + frutose), a lactose (glicose + galactose) e a maltose (glicose + glicose). a. Sacarose: Formanda pela união entre glicose e frutose. É o glicídio nacionalmente denominado de açúcar. b. Maltose: Resultante da hidrólise do amido. 7 Anômeros são dois açúcares que diferem somente em suas configurações no c. Lactose: Predominante no leite, formada pela união entre a galactose e a glicose. 2.4. Polissacarídeos São polímeros constituídos de centenas ou milhares de resíduos de monossacarídeos, geralmente glicose, formando cadeias lineares, como na celulose, ou cadeias ramificadas, como no glicogênio e no amido. Os polissacarídeos diferem uns dos outros na identidade das unidades de monossacarídeos repetidas, no comprimento das cadeias, nos tipos de ligação unindo as unidades e no grau de ramificação. De acordo com a identidade das unidades, temos a seguinte classificação: a. Homopolissacarídeos: Contêm uma única espécie monomérica em toda a molécula. Ocorrem intracelularmente como grandes agregados ou grânulos. Altamente hidratados — muitos grupos hidroxila expostos — ligação de hidrogênio com a água. Ex.: amido, glicogênio, celulose, insulina e quitina. b. Heteropolissacarídeos: Contêm dois ou mais tipos diferentes de monossacarídeos. Componentes da matriz extracelular — material gelificado que mantém as células de um tecido unidas e fornece via de difusão de nutrientes e oxigênio. Ex.: glicosaminoglicanos, ácido hialurônico. carbono que continha o grupo carbonílico na cadeia aberta. Shadia El Khatib – T9 B Dentre os principais polissacarídeos encontrados na natureza, temos: a. Amido: é um polímero de glicose, que funciona como reserva energética pelas plantas e por alguns animais como fonte de alimento. b. Glicogênio: É um polímero de subunidades de glicose, assim como o amido, porém é mais ramificado e mais compacto. Constitui o principal polissacarídeo de armazenamento das células animais, encontrado no retículo endoplasmático liso das células hepáticas e musculares. c. Celulose: Caracterizado como um homopolissacarídeo linear e não ramificado, constituído por 10.000 a 15.000 unidades de D- glicose. É uma substância fibrosa, flexível e insolúvel em água, encontrada na parede celular das plantas, particularmente no caule, no tronco e em toda a porção de madeira da planta. d. Quitina: É uma substância de sustentação para alguns animais, sendo o principal componente dos exoesqueletos duros de aproximadamente 1 milhão de espécies de artrópodes. É um polímero linear com ligações β entre as unidades de N-acetil glicosamina. Shadia El Khatib – T9 B 3. Lipídios e Membranas Celulares Os lipídios constituem uma classe de compostos caracterizados por sua alta solubilidade em solventes orgânicos, como o éter ou a acetona, e por serem praticamente insolúveis em água. Muitos lipídios são compostos antipáticos, ou seja, apresentam na molécula uma porção polar8, e uma porção apolar9. As principais funções dos lipídios são: armazenamento de energia; composição de membranas biológicas; isolamento térmico, elétrico e mecânico; moléculas mensageiras (hormônios e vitaminas). Os lipídios são formados por números variados de átomos de carbono e hidrogênio, por vezes conjugados com outras moléculas, mas formando uma unidade monomérica. A forma mais simples de lipídios, encontrada principalmente no plasma, é a dos ácidos graxos. 3.1. Ácidos Graxos São ácidos carboxílicos com cadeias hidrocarbonadas variando de 4 a 35 carbonos, sendo que o grupo carboxila, RCOOH (onde o R representa a cadeira de hidrocarboneto) constitui parte polar e a cadeia carbônica constitui a parte apolar. Ácidos graxos livres são pouco encontrados nos organismos; mais frequentemente estão ligados a um álcool, que pode ser glicerol ou a esfingosina. Os lipídios resultantes no primeiro caso, são os triacilgliceróis e os glicerofosfolipídios; no segundo caso, são os esfingolipídios. 3.1.1. Classificação por Tamanho da Cadeia Curta - 4 a 6; Média - 8 a 12; Longa - 14 a 20; Muito Longa - acima de 20. 8 Solúvel em água. Hidrofílica. 3.1.2. Classificação quanto à Saturação a. Saturados: São flexíveis e distendidas, podendo associar-se extensamente umas com as outras por meio de interações hidrofóbicas. Não tem ligações duplas entre dois carbonos na cauda de hidrocarbonetos. b. Monoinsaturados ou Insaturados: Presença de apenas uma ligação dupla entre carbonos; a organização espacial da molécula é alterada e apresente uma “dobra”. As cadeias são mais rígidas, o que determina a formação de agregados menos compactos, e, portanto, menos estáveis. c. Poli-insaturados: Presença de mais de uma ligação dupla entre carbonos. 3.1.3. Indicação da Saturação/Insaturação 9 Não é solúvel em água. Hidrofóbica. Shadia El Khatib – T9 B Quando o ácido graxo apresenta insaturação, sua abreviação é feita indicando o número de carbonos e o número de ligações duplas, separadospor dois pontos (:), seguidos pelo carbono em que a insaturação ocorre. A numeração inicia-se o grupo carboxila e aumenta em direção à extremidade oposta. Por exemplo, o símbolo 18:0, denota um ácido graxo de 18 carbonos saturados (sem ligações duplas), enquanto 18:2 significa que existem duas ligações duplas na cadeia. A posição da dupla ligação é representa pelo símbolo ∆ (delta) seguido por um ou mais números em sobrescrito. Por exemplo, ∆9 significa que existe uma dupla ligação entre os carbonos 9 e 10. A contagem dos carbonos se inicia na exterminada carboxila e todas as duplas ligações do ácido graxo são identificadas. Quando aparece o Ω/ω (ômega) significa que a contagem de carbono começou no último carbono da cadeia. Em relação a imagem anterior, temos a seguinte legenda: Ácido palmitoleico: C - carbono 16 - Número de carbonos totais 1 - Número de insaturações (dupla ligação) ∆ - início (ácido carboxílico) 9 - Número do carbono c/ insaturação C - Carbono 16 - Número de carbonos totais 1 - Número de insaturações (dupla ligação) Ω/ω - Final (último carbono) 7 - Número do carbono c/ insaturação Ácido Linolênico: C - Carbono 18 - Número de carbonos totais 3 - Número de insaturações (dupla ligação) ∆ - início (ácido carboxílico) 9, 12, 15 - Número do carbono c/ insaturação C - Carbono 18 - Número de carbonos totais 3 - Número de insaturações (dupla ligação) Ω/ω - final (último carbono) 3, 6, 9 - Número do carbono c/ insaturação 3.1.4. Propriedades As propriedades dos ácidos graxos são determinadas em grande parte pelo comprimento e pelo grau de insaturação da cadeia hidrocarbonada. a. Baixa solubilidade em água: quanto mais longa a cadeia e quanto menos insaturações, menor é a solubilidade em água. b. Ponto de fusão: quanto mais insaturações e quanto mais curta a cadeia, menor é o ponto de fusão. c. Estado físico: os ácidos graxos com menores pontos de fusão tendem a estar líquidos e, aqueles com pontos de fusão mais elevador, tendem a estar sólidos. As principais classes de lipídios que contêm ácido graxos são: a. Lipídios de armazenamento; b. Lipídios de membranas; Shadia El Khatib – T9 B 3.2. Fosfolipídios Os fosfolipídios contêm apenas ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol. O terceiro grupo hidroxila de glicerol se esterifica10 a ácido fosfórico em lugar de fazê-lo a ácido graxo. São lipídios estruturais de membranas biológicas: dupla camada lipídica — barreira à passagem de moléculas polares e íons. São anfipáticos com regiões hidrofóbicas e hidrofílicas. São dois tipos: glicerofosfolipídios e esfingolipídios. 3.2.1. Glicerofosfolipídios Os glicerofosfolipídios são derivados do glicerol que contêm fosfato na sua estrutura. São lipídios polares de membrana nos quais 2 ácidos graxos estão unidos por ligação éster ao 1º e 2º carbono do glicerol e um grupo fortemente polar está unido por ligação fosfodiéster no 3º carbono. 10 Quando um ácido carboxílico reage com um álcool produzindo éster e água. Se não existisse glicerofosfolipídios não existiram células. 3.2.2. Esfingolipídios De forma semelhante aos glicerofosfolipídios, também têm um grupo cabeça polar e duas caudas apolares; contudo não contêm glicerol. Shadia El Khatib – T9 B São compostos por uma molécula de aminoálcool (esfingosina) de cadeia longa ou um de seus derivados. Quando um ácido graxo é unido em ligação amida ao NH2 no 2º carbono, o composto resultante é uma ceramida, o precursor estrutural de todos os esfingolipídios. 3.3. Triacilgliceróis São os mais simples compostos de ácidos graxos, também chamado de triglicerídeos, gorduras ou gorduras neutras. São compostos por 3 ácidos graxos, cada um em ligação éster11 com uma molécula de glicerol. Os triacilgliceróis são moléculas hidrofóbicas e não polares. Na maioria das células eucarióticas, os triacilgliceróis formam gotículas microscópicas de óleo no citosol, servindo como depósitos de combustível metabólico. Em vertebrados, os adipócitos armazenam grandes quantidades de triacilgliceróis em gotículas de gordura que quase preenchem a célula. Em resposta aos sinais hormonais, essas gotículas são degradas por lipases, liberando glicerol e ácidos graxos no plasma para o metabolismo em outros tecidos, principalmente no músculo e no fígado. As gorduras animais e os óleos vegetais são misturas de triacilgliceróis, que diferem na sua composição em ácidos graxos e, consequentemente, no seu ponto de fusão. Os triacilgliceróis das gorduras animais são ricos em ácidos graxos saturados, o que atribui a esses lipídios uma consistência sólida à temperatura ambiente; os de origem vegetal, ricos em ácidos graxos insaturados, são líquidos. 11 É a ligação que liga o oxigênio de um ácido carboxílico a um outro radical. Os triacilgliceróis são compostos essencialmente apolares, pois as regiões polares de seus precursores desaparecem na formação das ligações de éster. O seu caráter fortemente hidrofóbico permite o armazenamento nas células sob forma praticamente anidra, ou seja, sem moléculas de água absorvidas, as quais aumentariam muito o peso da reserva de energia. Os triacilgliceróis constituem a maneira mais eficiente de armazenar energia nos seres vivos. Como são compostos altamente reduzidos, sua oxidação libera muito mais energia que a oxidação de quantidades equivalentes de carboidratos ou proteínas. Nos vertebrados, os triacilgliceróis são depositados no tecido adiposo, de localização subcutânea e visceral, que atua também como isolante térmico, na proteção contra choques mecânicos e na sustentação de órgãos. 3.3.1. Classificação a. Simples: ácidos graxos do mesmo tipo; b. Misto: dois ou três tipos diferentes de ácidos graxos. 3.4. Colesterol Principal esteroide nos tecidos animais (exclusivamente) que serve como precursor à síntese de todos os outros esteroides, que incluem hormônios, sais biliares e vitamina D. É um lipídeo anfipático caracterizado Shadia El Khatib – T9 B por uma molécula hidrofóbica (núcleo esteroide + cadeia lateral hidrocarbonada) rígida, plana, com um grupo polar hidroxila no carbono 3. O colesterol é encontrado em todas as membranas biológicas e age como um modulador da fluidez da membrana. Em temperaturas mais baixas ele interfere com as associações entre as cadeias de ácidos graxos e aumenta a fluidez, e em temperaturas mais altas tende a limitar a desordem e diminuir a fluidez. Assim, as misturas colesterol-fosfolipídio têm as propriedades intermediárias entre os estados de gel e de líquido cristalino dos fosfolipídios puros; eles formam estruturas de membrana estáveis, porém flexíveis. 3.5. Membranas biológicas A membrana plasmática é o elemento mediador da comunicação entre a célula e o seu meio externo. Constitui uma barreira altamente seletiva, que determina a criação de um compartimento interno com composição química própria, diferente do meio externo. Os lipídios anfipáticos, quando adicionados a um meio aquoso, tendem-se a se agrupar, organizando-se espontaneamente em estruturas plurimoleculares. Estas estruturas maximizam as interações hidrofóbicas entre as cadeiras carbônicas, isolando-as da água, e deixam os grupos polares em contato com o solvente, com o qual podem interagir. Tais arranjos moleculares resultam na presença de duas regiões com solubilidade diferente na mesma molécula. O tipo de estrutura formada é determinado pela geometria da molécula do lipídio anfipático. Lipídios e seus derivados com uma única cadeia carbônica, devido à forma cônica e afilada de suas moléculas, constituem, preferencialmente, micelas. Nestas estruturas esféricas, as cadeias de hidrocarboneto dispõem-se no interior, separadas da água, e os grupos polares posicionam- se na superfícieexterna, interagindo com o solvente. A formação de micelas é uma etapa importante na digestão de lipídios da dieta. Moléculas como glicerofosfolipídios e esfingolipídios têm uma forma cilíndrica, devido à presença de duas cadeias apolares. Tal estrutura favorece sua agregação mais estável e uma camada dupla de moléculas, a bicamada lipídica. As moléculas de lipídio alinham-se lado a lado formando duas monocamadas; as cadeias carbônicas das monocamadas agrupam- se frente a frente, de modo a criar um domínio hidrofóbico no meio da bicamada; os grupos hidrofílicos dispõem-se na superfície das duas faces da bicamada, interagindo com a água. As bicamadas lipídicas tendem a converter-se em estruturas fechadas, mais estáveis, por não apresentarem caudas hidrofóbicas expostas ao solvente, essas vesículas esféricas são denominadas lipossomos sintéticos constituídos por uma bicamada lipídica contínua, delimitando uma cavidade interna preenchida por solvente. A bicamada lipídica isola o conteúdo do lipossomo do liquido externo. Apesar disto, os mais diversos compostos, desde que estejam presentes no meio utilizado para a formação das vesículas, podem ser englobados no seu compartimento interno. A presença de colesterol estabiliza a disposição linear dos ácidos graxos saturados por interações fracas. Shadia El Khatib – T9 B 4. Nucleotídeos e Ácidos Nucléicos A estrutura primária do DNA consiste em uma cadeia de nucleotídeos unidos por meio de ligações fosfodiéster. O DNA é uma molécula muito longa, chamada de macromolécula. Apesar do seu tamanho, o DNA tem uma estrutura muito simples: é um polímero, ou seja, uma cadeia feita com muitas unidades repetidas unidas. As unidades repetidas do DNA são os nucleotídeos, cada um composto por três partes: um açúcar, um fosfato e uma base com nitrogênio. Os açúcares do DNA e do RNA apresentam estrutura um pouco diferente. O açúcar do RNA, chamado ribose, tem um grupo hidroxila (— OH) preso ao átomo do carbono 2’, enquanto o açúcar do DNA, ou desoxirribose, tem um átomo de hidrogênio (—H) nessa posição e, portanto, um átomo de oxigênio a menos. 4.1. Ácidos Nucléicos A estrutura química dos ácidos nucleicos é simples e não varia entre os diversos organismos. São constituídos de sequências de nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por: a. Uma base nitrogenada, que pode ser uma purina (adenina ou guanina) ou uma pirimidina (timina ou citosina, no DNA; uracila ou citosina, no RNA); b. Um açúcar. Pentose: desoxirribose, no DNA. Ribose: no RNA; c. Um grupo fosfato (PO4). 12 QUESTÃO: As moléculas de DNA são colocadas em um gel, uma corrente elétrica é aplicada ao gel e as moléculas de DNA migram no sentido do polo positivo (+) da corrente. Qual aspecto de sua estrutura faz uma molécula de DNA migrar no sentido do polo positivo? O esqueleto de O conjunto de base + açúcares, denomina-se nucleosídeo. O conjunto de base + açúcar + fosfato, chama-se nucleotídeo. A base nitrogenada pode ser uma purina ou uma pirimidina. O DNA e o RNA têm as duas purinas, adenina e guanina (A e G). Existem três pirimidinas: citosina (C), timina (T) e uracila (U). A citosina é encontrada no DNA e no RNA, entretanto, a timina está restrita ao DNA, e a uracila é encontrada apenas no RNA. O grupo fosfato consiste em um átomo de fósforo ligado a quatro átomos de oxigênio. Os grupos de fosfato são encontrados em todos os nucleotídeos e têm carga elétrica negativa, tornando o DNA ácido12. O grupo fosfato está sempre ligado ao átomo 5’ de carbono do açúcar em um nucleotídeo. fosfato das moléculas de DNA carrega uma carga negativa, tornando as moléculas de DNA atraentes para o polo positivo da corrente. DNA RNA Shadia El Khatib – T9 B O DNA encontra-se principalmente nos cromossomos, que está dentro do núcleo das células eucariontes; o RNA é encontrado no nucléolo (estrutura nuclear) e no citoplasma, havendo muito poucos nos cromossomos. O DNA é constituido por muitos nucleotídeos conectados por ligações covaletes, que se unem ao grupo 5’-fosfatEno de um nucleotídeo com o 3’- hidroxila do próximo nucleotídeo. Chamadas ligações de fosfodiéster, elas são ligações covalentes fortes; vários nucleotídes ligados dessa forma constituem uma cadeia polinucleotídeos. Uma importante característica da cadeia de polinucleotídeos é sua direção, ou polaridade. Na extremindade da cadeira, um grupo fosfato livre (ou seja, que não está ligado em um dos lados) está preso ao átomo 5’- carbono do açúcar no nucleotídeo. Essa extremidade da cadeia é chamada extremidade 5’. A outra extremidade da cadeia, a extremidade 3’, tem um grupo OH livre preso ao átomo 3’ de carbono do açúcar. Os nucleotídeos do RNA também estão conectados a ligações fosfodiéster para formar cadeias de polinucleotídeos 5’ e 3’ semelhantes. Uma característica fundamental da estrutural do DNA é que ele tem duas cadeias de polinucleotídeos enroladas uma sobre a outra — é uma dupla-hélice. As ligações açúcar-fosfato estão no lado externo da hélice, e as bases estão empilhadas no interior da molécula. As duas cadeias de polinucleotídeos seguem em direções opostas — são antiparalelas; isso significa que a extremidade 5’ de uma cadeia está oposta à extremidade 3’ da outra. As cadeias são mantidas unidas por dois tipos de forças moleculares. As pontes de hidrogênios ligam as bases nas cadeias opostas. Essas ligações são relativamente fracas se comparadas com as ligações covalentes fosfodiéster que conectam o açúcar e os grupos de fosfato dos nucleotídes vizinhos na mesma cadeia. A natureza da ponte de hidrogênio impõe uma limitação nos tipos de base que podem parear. Normalmente a adenina pareia apenas com a timina com duas pontes de hidrogênio e a citosita pareia apenas com a guanina com três pontes de hidrogênio. Como se formam três pontes de hidrogênio entre C e G e apenas duas entre A e T, o pareamento C-G é mais forte que o A-T. A especificidade do pareamento das bases significa que onde quer que exista uma A em uma cadeia, deve existir uma T na posição correspondente na outra cadeia, e onde quer que exista uma G em uma cadeira, deve existir uma C no outro. As duas fitas de polinucleotídeos de uma molécula de DNA, portanto, não são idênticas, mas sim fitas complementares do DNA. Shadia El Khatib – T9 B 4.2. Cromossomos eucarióticos Cada cromossomo eucariótico tem uma única molécula de DNA extremamente longa. Para que esse DNA se encaixa no núcleo, é necessário um enorme esforço de condensação e dobra. No curso do ciclo celular, o nível de condensação do DNA muda: os cromossomos progridem de um estado altamente condensado para um estado de extrema condensação, necessário para o movimento dos cromossomos na mitose e meiose. A condensação do DNA também muda localmente na replicação e transcrição, quando as duas fitas de nucleotídeos devem abrir e as sequencias de bases em questão estão expostas. Assim, a condensação do DNA eucariótico não é estática — ela muda regularmente em resposta aos processos celulares. 13 Região onde as duas cromátides se juntam. 14 A ponta das cromátides. 4.2.1. Cromatina O DNA eucariótico na célula está intimamente associado às proteínas. Essa combinação de DNA e proteínas é chamada de cromatina. Os dois tipos básicos de cromatina são a eucromatina, que sofre o processo normal de condensação e descondensação, e a heterocromatina, que permanece em um estado altamente condensado durante todo o ciclo celular. A eucromatina constitui a maior parte do material cromossômico e é onde grande parte da transcrição ocorre. Todos os cromossomos têm heterocromatina permanente nos centrômeros13 e telômeros14. As proteínas mais abundantes na cromatina são as histonas, pequenas proteínas com carga elétricapositiva, com cinco tipos principais: H1, H2A, H2B, H3 e H4. Todas as histonas apresentam elevada porcentagem de arginina e lisina, aminoácidos com carga positiva que conferem às histonas uma carga elétrica efetiva positiva. Shadia El Khatib – T9 B 4.2.2. Nucleossomo A cromatina tem uma estrutura muito complexa com vários níveis de organização. O nível mais simples é a estrutura de dupla-hélice do DNA. Em um nível mais complexo, a molécula de DNA está associada a proteínas e está muito dobrada para produzir um cromossomo. Quando a cromatina é isolada do núcleo de uma célula e visualizada com um microscópio eletrônico, ela aparece como um colar de pérolas. O nucleossomo é uma partícula do DNA dobrado cerca de duas vezes ao redor de um octâmero de oito proteínas histona (duas cópias de H2A, H2B, H3 e H4), muito semelhante a um fio enrolado ao redor de um carretel. Cada uma das proteínas histonas que compõe a partícula do nucleossomo tem uma “cauda” flexível, contendo de 11 a 37 aminoácidos, que se estende para fora do nucleossomo. Os aminoácidos com carga positiva encontrados nas caudas das histonas interagem com as cargas negativas dos fosfatos do DNA, mantendo o DNA e as histonas intimamente associadas. As caudas de um nucleossomo também podem interagir com os nucleossomos vizinhos, o que facilita a compactação destes. 4.3. Questões Slides Questão 1. Partindo do princípio que todas as pessoas herdam o DNA dos genitores, o que explica a diferença observada na sequência de DNA de dois indivíduos irmãos? (Resposta Hércules) O que explica as sequências de DNA diferentes entre dois irmãos é a variabilidade genética que ocorre na reprodução sexuada, já que os gametas na hora de sua formação, passam por meiose e por crossing over15, garantindo uma variedade dos genes neles. 15 O crossing over ocorre na prófase I, na qual os cromossomos homólogos trocam informações genéticas. Ele é responsável pela variação genética e é essencial para o alinhamento e separação adequados dos cromossomos homólogos. Os centrômeros dos cromossomos pareados se separam no Questão 2. De que forma o DNA de um indivíduo se relaciona com o processo de transplante de órgãos? (Resposta Hércules) O DNA de um indivíduo deve ser compatível com aquele órgão, se por qualquer motivo o DNA do indivíduo rejeitar qualquer aspecto do órgão transplantado, o transplante acaba sendo incompatível. Por isso, sempre se prioriza transplante de pessoas da família, geneticamente próximas, como irmãos, filhos ou pais. Questão 3. Explique de forma sucinta, qual o papel desenvolvido pelos ácidos nucleicos (DNA e RNA) na manutenção da vida de um indivíduo. (Resposta do Hercules) O DNA é o nosso material genético e o que garante a hereditariedade e a variabilidade genética, que ajuda muito em processos de seleção natural, por exemplo, além de promover a divisão celular e a síntese proteica. Já o RNA é responsável direto pela síntese proteica, e a leitura e decodificação do DNA. Questão 4. Com base na estrutura química, qual dos ácidos nucleicos é mais instável? Por que? (Resposta da Shadia) O RNA é mais instável, pois ele possui uma estrutura mais simples e fácil de ser quebrada, é formado por uma fita simples. Questão 5. Na estrutura da molécula de DNA, o que de fato caracteriza as particularidades genéticas de um indivíduo? (Resposta do Hércules) A parte codificadora da molécula. Questão 6. Qual a razão pela qual, o organismo desenvolveu o processo de desnaturação do DNA? (Resposta do Hércules) A desnaturação ocorre para que as fitas de DNA se abram e assim seja possível a replicação, e também a transcrição, que são essenciais para a síntese de aminoácidos. diplóteno; os dois homólogos permanecem presos no mesmo quiasma, que é o resultado do crossing over. Shadia El Khatib – T9 B Questão 7. Descreva o papel desempenhado pelos seguintes tipos de RNA: (Resposta do Hércules) a) RNAt (transportador): Transporta os aminoácidos para a síntese proteica. b) RNAm (mensageiro): É responsável por codificar as proteínas, tem seus códons lidos no momento da tradução. c) RNAr (ribossômico): Interpreta as informações do RNAm. Ele constitui o ribossomo, assim que são sintetizados, os RNAr acumulam-se, formando regiões como nucléolos. d) RNAi (interferência): É um mecanismo exercido por umas pequenas moléculas de RNA complementares a RNAs mensageiros, o que inibe a expressão gênica na fase de tradução ou dificulta a transcrição de genes específicos. Questão 8. O que acontece com o DNA das células que morrem em um organismo? (Resposta Hércules) Ele é fragmentado e armazenado em caso de apoptose, e depois serve de alimento para os fagossomos. Questão 9. Qual a importância das moléculas de pentose (açúcares) e fosfato na molécula de DNA? (Resposta Hércules) Elas garantem a estrutura da molécula de DNA e formam uma ligação forte, fosfodiéster, que garante a estabilidade das fitas do DNA. Questão 10. Explique de que maneira a descoberta de Watson e Crick revolucionou no passado e continuará a revolucionar a medicina? (Resposta Hércules) Ao descobrirem a relação do DNA com a genética, algo ainda não esclarecido por Mendel, os dois cientistas conseguiram abrir caminho para a medicina personalizada, em que é possível indicar tratamentos diferentes de acordo com a genética de cada paciente, com efeito melhorado e individualizado. Shadia El Khatib – T9 B 5. Dogma Central da Biologia Molecular 5.1. Replicação do DNA Vídeo aula: https://www.youtube.com/watch?v=BkQXUSmi0Wk Vamos imaginar que a dupla-hélice do DNA é um zíper que se abre, com início em uma extremidade. Podemos observar que a abertura dos dois filamentos exporá bases únicas em cada filamento. Cada base exposta apresenta o potencial de parear nucleotídeos livres em uma solução. Tendo em vista que a estrutura do DNA impõe estritas exigências de pareamento, cada base exposta irá parear apenas com a sua base complementar. Portanto, cada um dos dois filamentos únicos atuará como um molde para direcionar a montagem das bases complementares para formar novamente uma dupla-hélice idêntica à original. Presume-se que os nucleotídeos recentemente adicionados advenham de um conjunto de nucleotídeos livres que deve estar presente na célula. Cada molécula-filha deve conter uma cadeia de nucleotídeos parental e uma cadeia de nucleotídeos recentemente sintetizada. Na replicação semiconservativa, a dupla-hélice de cada molécula-filha de DNA contém um filamento da molécula de DNA original e um filamento recém- sintetizado. Forquilha de replicação é o local no qual a dupla-hélice é desenrolada para produzir os dois filamentos únicos que atuam como moldes para a cópia. A DNA polimerase adiciona desoxirribonucleotídeos na extremidade 3’ de uma cadeia de nucleotídeos em crescimento, utilizando como molde um filamento único de DNA que foi exposto pela deselicoidização localizada na dupla-hélice. Atualmente sabe-se que existem cinco DNA polimerase, a polimerase I (pol. I) apresenta três atividades, que aparentam estar localizadas em diferentes partes da molécula: — Uma atividade de polimerase, que catalisa o crescimento da cadeia no sentido 5’ para 3’; — Uma atividade de exonuclease 3’ para 5’, que remove bases incorretamente pareadas; — Uma atividade de exonuclease 5’ para 3’, que degrada filamentos únicos de DNA ou RNA. Embora a pol. I atue na replicação do DNA, sabe-se que ela é muito lenta e muito abundante, além de se dissociar do DNA após a incorporação de apenas 20 a 50 nucleotídeos. Concluiu-se então que outra DNA polimerase, atualmente denominada de pol. III, catalisa a síntese de DNA na forquilha de replicação. https://www.youtube.com/watch?v=BkQXUSmi0Wk Shadia El Khatib – T9B Na medida em que a DNA pol. III avança, a dupla-hélice é continuamente desenrolada à frente da enzima para expor comprimentos adicionais de filamentos de DNA simples que atuarão como moldes. A DNA pol. III atua como a forquilha de replicação, a zona na qual a dupla-hélice está desenrolando. Entretanto, tendo em vista que a DNA polimerase sempre adiciona nucleotídeos na extremidade 3’ em crescimento, apenas um dos dois filamentos antiparalelos pode atuar como molde, para a replicação na direção da forquilha de replicação. Em relação a esse filamento, a síntese pode ocorrer de modo contínuo e suave na direção da forquilha; o novo filamento no sentido líder, é denominado filamento contínuo. A síntese do outro filamento também ocorre na extremidade em crescimento 3’, mas essa síntese ocorre no sentido “errado”, tendo em vista que, em relação a esse filamento, o sentido 5’ para 3’ da síntese está longe da forquilha de replicação. A síntese que se afasta da forquilha de crescimento não pode prosseguir por muito tempo. Ela tem de ocorrer em segmentos curtos: a polimerase sintetiza um segmento, em seguida se movimento de volta para a extremidade 5’ do segmento, onde a forquilha em crescimento expôs o novo molde e inicia o processo novamente. Esses trechos curtos de DNA recém-sintetizados são denominados fragmentos de Okazaki. Outro problema na replicação do DNA surge em virtude de a DNA polimerase conseguir estender uma cadeia, mas não iniciar uma cadeia. Portanto, a síntese do filamento contínuo e de cada fragmento de Okazaki tem de ser iniciada por um primer, ou uma cadeia curta de nucleotídeos, que se liga ao filamento-molde para formar um segmento de ácido nucleico dúplex. Os primers são sintetizados por um conjunto de proteínas denominado primossomo, do qual um componente central é uma enzima denomina primase, um tipo de RNA polimerase. A primase sintetiza um trecho curto de RNA complementar a uma região específica de cromossomo. No filamento contínuo, é necessário apenas um primer inicial, tendo em vista que, após a ação do primer inicial, o filamento de DNA em crescimento atua como primer para a adição contínua. Entretanto, no filamento descontínuo, cada fragmento de Okazaki necessita de seu próprio primer. A cadeira de RNA que compõe o primer em seguida é estendida como uma cadeira de DNA pela DNA pol. III. Uma DNA polimerase diferente, pol. I, remove os primers de RNA com sua atividade de exonuclease 5’ para 3’ e preenche as lacunas com atividade de polimerase 3’ para 5’. Outra enzima, a DNA ligase, une a extremidade 3’ do DNA que preencheu a lacuna à extremidade 5’ do fragmento de Okazaki. O novo filamento assim formado é denominado filamento descontínuo. A DNA ligase une os fragmentos do DNA ao catalisar a formação de uma ligação fosfodiéster entre a extremidade 5’-fosfato de um fragmento e o grupo 3’- OH adjacente de outro fragmento. Shadia El Khatib – T9 B Um marco da replicação do DNA é a sua precisão, também denominada fidelidade: em geral, é inserido menos de um erro por 1010 nucleotídeos. Parte do motivo da precisão da replicação do DNA é que ambas a DNA pol. I e a DNA pol. III possuem atividade de exonuclease 3’ para 5’, que atua como uma função de “revisão” por meio da excisão de bases incorretamente inseridas. As helicases são enzimas que rompem as ligações de hidrogênio que mantêm os dois filamentos da dupla-hélice juntos. Assim como a proteína grampo, a helicases se adéqua como uma rosquinha ao redor do DNA; a partir dessa posição, ela rapidamente desenrola a dupla-hélice à frente da síntese do DNA. O DNA desenrolado é estabilizado por meio de proteínas de ligação a filamento simples (SSB, do inglês, single-strand-binding), que se ligam ao DNA unifilamentar e evitam a reestruturação do dúplex. O DNA circular pode ser torcido e espiralado, de modo muito semelhante às espirais extras que podem ser introduzidas em um elástico torcido. O desenrolar da forquilha de replicação pelas helicases causa torção extra em outras regiões e são formadas superespirais para liberar a tensão da torção extra. Tanto as torções quanto as superespirais têm de ser removidas para possibilitar que a replicação continue. Essa super- helicoidização pode ser criada ou relaxada por enzimas denominadas topoisomerases, das quais um exemplo é a DNA girasse. As topoisomerases relaxam o DNA super-helicoidizado por meio da quebra de um único filamento de DNA ou de ambos os filamentos, o que possibilita que o DNA gire tornando-se uma molécula relaxada. As topoisomerases encerram reunindo os filamentos da molécula de DNA agora relaxada. A replicação tem início a partir de uma origem fixa e em seguida prossegue em ambas as direções até que as forquilhas se fundam. A primeira etapa é a ligação de uma proteína denominada DNAa a uma sequência de 13 pares de bases (pb) específicas (denominada “DNAa box”), que é repetida cinco vezes. Em resposta à ligação da DNAa, a origem é deselicoidizada em um grupo de nucleotídeo A e T. Shadia El Khatib – T9 B Após o início da deselicoidização, proteínas DNAa adicionais se ligam às regiões de filamentos simples recém-deselicoidizadas. Com a DNAa revestindo a origem, duas helicases agora se ligam e deslizam de 5’ para 3’ a fim de iniciar a abertura da hélice na forquilha de replicação. A primase e a DNA pol. III são recrutadas para a forquilha de replicação por meio de interações proteína-proteína e a síntese do DNA tem início. 5.2. Questões de replicação Questões que eu tirei do livro. Capítulo 7. Questão 1. Descreva os tipos de ligações químicas na dupla-hélice do DNA. A dupla-hélice do DNA é mantida unida por meio de dois tipos de ligações: covalente e de hidrogênio. As ligações covalentes são observadas dentro de cada filamento linear e ligam fortemente as bases, os açúcares e os grupos fosfato (dentro de cada componente e entre os componentes). As ligações de hidrogênio são observadas entre os dois filamentos; uma ligação de hidrogênio é formada entre uma base em um filamento e uma base no outro filamento em pareamento complementar. Essas ligações de hidrogênio são individualmente fracas, mas, coletivamente, são consideravelmente fortes. Questão 2. O que são helicases e topoisomerases? Helicases são enzimas que rompem as ligações de hidrogênio que mantêm os dois filamentos de DNA unidos em uma dupla-hélice. Essa quebra é necessária para síntese de RNA e de DNA. Topoisomerases são enzimas que criam e relaxam a super-helicoidização na dupla-hélice de DNA. A própria super-helicoidização é um resultado da torção da dupla- hélice de DNA quando os dois filamentos se separam. Questão 3. O que aconteceria se, durante a replicação, as topoisomerases fossem incapazes de reconectar os fragmentos de DNA de cada filamento após a deselicoidização (relaxamento) da molécula de DNA? O cromossomo se tornaria irremediavelmente fragmentado. Questão 4. É essencial que os primers de RNA nas extremidades dos fragmentos de Okazaki sejam removidos e substituídos por DNA, porque, de outro modo, qual dos eventos a seguir resultaria? a. O RNA interferiria com a função da topoisomerase. b. O RNA apresentaria maior probabilidade de conter erros, tendo em vista que a primase não apresenta uma função de revisão. c. O grampo β do dímero da DNA pol. II liberaria o DNA e a replicação seria interrompida. d. Os primers de RNA provavelmente formariam ligações de hidrogênio entre si, originando estruturas complexas que podem interferir com a formação adequada da hélice de DNA. Questão 5. As DNA polimerases são posicionadas ao longo do segmento de DNA a seguir (que é parte de uma molécula muito maior) e se movimentam da direita para a esquerda. Se presumirmos que um fragmento de Okazaki é produzido a partir desse segmento, qualserá a sequência do fragmento? Rotule suas extremidades 5′ e 3′. 5′....CCTTAAGACTAACATCTTACTGGGATC....3′ 3′....GGAATTCTGATTGATGAATGACCCTAG....5′ 5′....CCTTAAGACTAACTACTTACTGGGATC....3′ 5.3. RNA Características gerais do RNA: a. O RNA apresenta o açúcar ribose em seus nucleotídeos. O açúcar do RNA contém um grupo hidroxila (OH) ligado ao átomo de carbono 2’. b. O RNA normalmente é uma cadeia unifilamentar de nucleotídeos não uma dupla-hélice como o DNA. Uma consequência é que o RNA é mais flexível e consegue formar uma variedade muito maior de formas moleculares tridimensionais complexas. Um filamento de RNA pode dobrar-se de tal modo que algumas de suas próprias bases pareiam entre si. O referido pareamento Shadia El Khatib – T9 B de bases intramolecular é um determinante importante da forma do RNA. Uma cadeia de RNA apresentará uma extremidade 5’ e uma extremidade 3’. c. Os nucleotídeos do RNA contêm as bases adenina, guanina e citosina, mas a base pirimidínica uracila (U) está presente no lugar da timina. d. O RNA — assim como as proteínas, mas contrariamente ao DNA — pode catalisar reações biológicas. A denominação ribozima foi cunhada para as moléculas de RNA que atuam como enzimas proteicas. Os RNA podem ser agrupados em duas classes gerais. Uma classe de RNA codifica a informação para produzir cadeias polipeptídicas (proteínas). Fazemos referência a essa classe como RNA mensageiro (RNAm), tendo em vista que esses RNA, assim como um mensageiro, atuam como o intermediário que transmite a informação do DNA para a proteína. Fazemos referência à outra classe como RNA funcional, tendo em vista que o RNA não codifica informação para produzir proteínas. Em vez disso, o próprio RNA é o produto funcional final. RNA mensageiro. As etapas por meio das quais um gene influencia o fenótipo são denominadas expressão gênica. Em relação à vasta maioria dos genes, o transcrito de RNA é apenas um intermediário necessário para a síntese de uma proteína, que é o produto funcional final que influencia o fenótipo. RNA funcional. Na medida em que mais é aprendido a respeito dos detalhes íntimos da expressão e da regulação gênica, torna-se aparente que os RNA funcionais pertencem a uma diversidade de classes e que desempenham papéis diversos. Novamente, é importante enfatizar que os RNA funcionais são ativos como RNA; eles nunca são traduzidos em polipeptídios. As principais classes de RNA funcionais contribuem para as diversas etapas na transferência da informação do DNA para a proteína, no processamento de outros RNA e na regulação do RNA e dos níveis de proteínas na célula. Duas dessas referidas classes de RNA funcionais são observadas em procariotos e em eucariotos: RNA transportador e RNA ribossômicos: — As moléculas de RNA transportador (RNAt) são responsáveis por transportar o aminoácido correto até o RNAm no processo de tradução. — As moléculas de RNA ribossômico (RNAr) são os principais componentes dos ribossomos, que são grandes máquinas macromoleculares que guiam a montagem da cadeia de aminoácidos pelos RNAm e RNAt. A coleção inteira de RNAt e RNAr é codificada por um pequeno número de genes. Entretanto, embora os genes que os codifiquem sejam em pequeno número, os RNAs são responsáveis por uma porcentagem muito grande do RNA na célula, tendo em vista que são estáveis e transcritos em muitas cópias. Outra classe de RNA funcionais participa no processamento do RNA e é específica de eucariotos: — Os pequenos RNA nucleares (RNAsn) são parte de um sistema que processa adicionalmente os transcritos de RNA nas células eucariotas. Alguns RNAsn se unem a diversas subunidades proteicas para formar o complexo ribonucleoproteico de processamento (o spliceossomo) que remove os íntrons dos RNAm eucariótico. Tendo em vista que a síntese proteica e o processamento de RNAm ocorrem durante todo o período da vida da maior parte das células, RNAt, RNAr e RNAsn são sempre necessários. Como tal, esses RNA são sintetizados continuamente (diz-se que a sua transcrição é constitutiva). 5.4. Transcrição A primeira etapa na transferência da informação do gene para a proteína é produzir um filamento de RNA cuja sequência de bases seja complementar à sequência de bases de um segmento do DNA, por vezes seguida por uma modificação daquele RNA para prepara-lo para os seus papéis celulares específicos. Portando, o RNA é produzido por meio de um processo que copia a sequência de nucleotídeos do DNA. Tendo em vista que esse processo é reminiscente da transcrição (cópia) de palavras escritas, a síntese do RNA é denominada transcrição. Diz-se que o DNA é transcrito em RNA, e o RNA é denominado transcrito. Shadia El Khatib – T9 B Os eucariotos dividem o trabalho da transcrição em três polimerases diferentes: a. A RNA polimerase I transcreve os genes de RNAr; b. A RNA polimerase II transcreve todos os genes codificadores de proteínas, em relação aos quais o transcrito final é o RNAm, e transcreve alguns RNAsn; c. A RNA polimerase III transcreve os pequenos genes de RNA funcional. Os eucariotos necessitam da montagem de muitas proteínas em um promotor antes que a RNA polimerase II possa começar a sintetizar o RNA. Algumas dessas proteínas, denominadas fatores gerais de transcrição (GTF) ligam-se antes da ligação da RNA polimerase II, enquanto outras se ligam posteriormente. Antes que o RNA deixe o núcleo, ele deve ser modificado de diversos modos. Essas modificações são coletivamente denominadas processamento do RNA. Para distinguir o RNA antes e após o processamento, o RNA recém-sintetizado é denominado transcrito primário ou pré-mRNA, e o termo RNAm é reservado para o transcrito totalmente processado que pode ser exportado para fora do núcleo. A extremidade 5’ do RNA é submetida ao processamento enquanto a extremidade 3’ ainda está sendo sintetizada. Portanto, a RNA polimerase II deve sintetizar o RNA enquanto coordena simultaneamente um arranjo diverso de eventos de processamento. 5.4.1. Iniciação da transcrição A transcrição tem início quando a subunidade δ (delta) da holoenzima RNA polimerase reconhece as regiões —10 e —35 no promotor de um gene. Após o início da transcrição, a subunidade δ se dissocia e o cerne da polimerase continua a sintetizar o RNA dentro de uma bolha de transcrição que se movimenta ao longo do DNA. O cerne da RNA polimerase II também não consegue reconhecer sequências promotoras por si próprio. Entretanto, nas quais o fator δ é uma parte integrante da holoenzima polimerase, os eucariotos necessitam de GTF para se ligar às regiões no promotor antes da ligação do cerne da enzima. O GTF que não participa da síntese de RNA, reconhece e se liga às sequências no promotor ou a outros GTF e atuam para atrair o cerne da RNA polimerase II e posicioná-lo no sítio correto a fim de iniciar a transcrição. Os GTF e o cerne da RNA polimerase II constituem o complexo de pré-iniciação (PIC). Esse complexo é consideravelmente grande: ele contém seis GTF, cada um dos quais é um complexo multiproteico, mais o cerne da RNA polimerase II, que é composto por uma dúzia ou mais de subunidades proteicas. Os promotores eucarióticos estão localizados no lado 5’ do sítio de início da transcrição. Quando regiões promotoras eucarióticas de diferentes espécies são alinhadas, com frequência pode-se observar que a sequência TATA está localizada a aproximadamente 30 pares de bases (—30 pb) do lado de início da transcrição. Essa sequência, denominada TATA boxe, é o sítio do primeiro evento na transcrição: a ligação da proteína de ligação a TATA (TBP). Quando ligada ao TATA box, a TBP atrai outros GRF e o cerne da RNA polimerase II para o promotor, formando, assim, o PIC. Após o início da transcrição, a RNA polimerase II se dissociada maior parte dos GTF para alongar o transcrito primário de RNA. Alguns dos GTF permanecem no promotor para atrair o próximo cerne de RNA polimerase. Assim, diversas enzimas RNA polimerase II pode sintetizar simultaneamente transcritos de um único gene. O CTD (domínio carboxi-terminal) está estrategicamente localizado próximo ao sítio no qual o RNA nascente surgirá a partir da polimerase. A fase de iniciação termina e a fase de alongamento tem início. Shadia El Khatib – T9 B 5.4.2. Alongamento, término e processamento O alongamento ocorre dentro da bolha de transcrição essencialmente. O RNA dos eucariotos deve ser submetido a um processamento adicional antes que ele possa ser traduzido. Esse processamento inclui (1) a adição de um revestimento (cap) na extremidade 5’, (2) a recomposição (splicing) para eliminar os íntrons e (3) a adição de uma cauda de nucleotídeos adenina (poliadenilação) em 3′. Assim como a replicação do DNA, a síntese e o processamento do pré-mRNA em mRNA requerem que muitas etapas sejam realizadas rapidamente e com precisão. Primeiramente, acreditava-se que a maior parte do processamento do pré- mRNA eucariótico ocorresse após a conclusão da síntese do RNA. O processamento após a conclusão da síntese do RNA é denominado pós- transcricional. Entretanto, atualmente evidências experimentais indicam que o processamento realmente ocorre durante a síntese de RNA; ele é cotranscricional. Portanto, o RNA parcialmente sintetizado (nascente) está sendo submetido a reações de processamento na medida em que emerge do complexo da RNA polimerase II. 5.4.3. Processamento das extremidades 5’ e 3’ Quando o RNA nascente emerge pela primeira vez a partir da RNA polimerase II, uma estrutura especial, denominada cap (revestimento), é adicionada à extremidade 5’ por diversas proteínas que interagem com o CTD. O cap consiste tem um resíduo 7- metilguanosina ligado ao transcrito por três grupos fosfato. O cap apresenta duas funções. Primeiramente, ele protege o RNA da degradação em sua longa jornada até o local da tradução, em segundo lugar, o cap é necessário para a tradução do RNAm. O alongamento do RNA continua até que a sequência conservada AAUAAA ou AUUAAA seja alcançada, marcando a extremidade 3’ do transcrito. Uma enzima reconhece aquela sequência e corta a extremidade do RNA a aproximadamente 20 bases adiante. A essa extremidade cortada, é adicionado um trecho de 150 a 200 nucleotídeos adenina denominado cauda poli(A). Portanto, a sequência AAUAAA do RNAm de genes codificadores de proteínas é denominada sinal de poliadenilação. 5.4.4. Recomposição do RNA, a remoção de íntrons A informação codificada pelos genes eucarióticos pode ser fragmentada em segmentos de dois tipos: éxons e íntrons. Shadia El Khatib – T9 B Os segmentos que codificam partes das proteínas são os éxons e os segmentos que separam os éxons são os íntrons. Os íntrons estão presentes não apenas em genes codificadores de proteínas, mas também em alguns RNAr e até mesmo em genes de RNAt. Os íntrons são removidos do transcrito primário enquanto o RNA ainda está sendo transcrito e após o cap ter sido adicionado, mas antes de o transcrito ser transportado para o citoplasma. A remoção dos íntrons e a união dos éxons é denominada recomposição (splicing). A recomposição une as regiões codificadoras, ou éxons, de modo que o RNAm agora contém uma sequência codificadora que é completamente colinear à proteína que ela codifica. O fato de as proteínas superarem tanto o número de genes indica que um gene pode codificar múltiplas proteínas é por meio de um processo denominado recomposição alternativa (splicing alternativo). Nesse processo, diferentes RNAm e, subsequentemente, diferentes proteínas são produzidas a partir do mesmo transcrito primário por meio da recomposição de diferentes combinações de éxons. Muitas mutações com consequências sérias para o organismo ocorrem em virtude de defeitos na recomposição. 5.4.5. Resumo da Transcrição Sabemos que a informação não é transferida diretamente do DNA para a proteína, tendo em vista que, em uma célula eucariótica, o DNA está no núcleo, enquanto a proteína é sintetizada no citoplasma. A transferência da informação do DNA para a proteína necessita de um intermediário. O intermediário é o RNA. Embora o DNA e o RNA sejam ácidos nucleicos, o RNA difere do DNA no sentido em que (1) normalmente é um filamento único, em vez de uma dupla-hélice, (2) seus nucleotídeos contêm o açúcar ribose em vez de desoxirribose, (3) ele apresenta a base pirimidínica uracila, em vez de timina, e (4) pode atuar como um catalisador biológico. A semelhança do RNA com o DNA sugere que o fluxo de informação do DNA para o RNA depende da complementaridade das bases, o que também é a chave para a replicação do DNA. Um filamento-molde de DNA é copiado, ou transcrito, em um RNA funcional (tal como RNA transportador ou RNA ribossômico), que nunca é traduzido em polipeptídios, ou em um RNA mensageiro, a partir do qual as proteínas são sintetizadas. Em eucariotos, existem três RNA polimerases diferentes; apenas a RNA polimerase II transcreve mRNA. Em geral, as fases de Shadia El Khatib – T9 B iniciação, alongamento e término da síntese de RNA em eucariotos se assemelham às dos procariotos. Entretanto, existem diferenças importantes. A RNA polimerase II não se liga diretamente ao promotor no DNA, mas, em vez disso, aos GTF, um dos quais reconhece a sequência TATA na maior parte dos promotores eucarióticos. A RNA polimerase II é uma molécula muito maior que a sua correspondente procariótica. Ela contém diversas subunidades que atuam não apenas para alongar o transcrito primário de RNA, mas também para coordenar os eventos de processamento extensivos que são necessários para produzir o mRNA maduro. Esses eventos de processamento são a adição do cap em 5′, a remoção de íntrons e a união de éxons pelos spliceossomos, e a clivagem em 3′ seguida por poliadenilação. Parte do centro da RNA polimerase II, o domínio carboxi-terminal (CTD), é posicionado idealmente para interagir com o RNA nascente na medida em que ele surge a partir da polimerase. Por meio do CTD, a RNA polimerase II coordena os diversos eventos de síntese e de processamento do RNA. As descobertas dos últimos 20 anos revelaram a importância de novas classes de RNA funcionais. O RNA, o qual se chegou a acreditar que fosse um mensageiro modesto, atualmente é reconhecido como um participante versátil e dinâmico em muitos processos celulares. A descoberta de íntrons autor removíveis demonstrou que o RNA pode atuar como um catalisador, de modo muito semelhante às proteínas. Desde a descoberta dessas ribozimas, a comunidade científica começou a prestar mais atenção ao RNA. Pequenos RNA nucleares, os RNA não codificadores no spliceossomo, atualmente são reconhecidos como promotores da atividade catalítica para remover íntrons e unir os éxons. O século 20 terminou com a descoberta de que duas outras classes de RNA funcional, miRNA e siRNA, associam-se aos complexos de silenciamento induzidos por RNA (RISC) e têm por alvo o mRNA celular complementar para a repressão (no caso do miRNA) ou para a destruição (no caso do siRNA). 5.5. Questões de transcrição Questões que eu tirei do livro. Capítulo 8. Questão 1. Em eucariotos, descreva o que mais está ocorrendo com o RNA enquanto a RNA polimerase está sintetizando um transcrito a partir do molde de DNA. Em eucariotos, o processamento (revestimento, recomposição) está ocorrendo na extremidade 5′ enquanto a extremidade 3′ ainda está sendo sintetizada. Questão 2. Existem semelhanças entre as bolhas de replicação do DNA e as bolhas de transcrição observadas em eucariotos? Explique. Sim. Tantoa replicação quanto a transcrição são realizadas por máquinas moleculares grandes e multissubunidades (o replissomo e a RNA polimerase II, respectivamente), e ambas necessitam da atividade de helicase na forquilha da bolha. Entretanto, a transcrição procede em apenas um sentido e apenas um filamento de DNA é copiado. Questão 3. O que são íntrons de autorremoção e por que sua existência ampara a teoria de que o RNA surgiu antes da proteína? Íntrons autorremovíveis não são capazes de excisar a si próprios de um transcrito primário, sem a necessidade de enzimas adicionais ou de uma fonte de energia. Eles são um de muitos exemplos de moléculas de RNA que são catalíticas e, em virtude dessa propriedade, também são conhecidos como ribozimas. Com essa função adicional, o RNA é a única molécula biológica conhecida que codifica informação genética e catalisa reações biológicas. Em termos mais simples, a vida possivelmente teve início com uma molécula ou um grupo de moléculas de RNA, que desenvolveram a capacidade de se autorreplicar. Shadia El Khatib – T9 B 5.6. Ribossomo A síntese proteica ocorre quando moléculas de tRNA e mRNA se associam aos ribossomos. A tarefa dos tRNA e do ribossomo é traduzir a sequência de códons de nucleotídeos no mRNA na sequência de aminoácidos na proteína. Em todos os organismos, o ribossomo é composto por uma subunidade pequena e uma grande, cada uma composta por RNA (denominado RNA ribossômico ou rRNA) e proteínas. Cada subunidade é composta por um a três tipos de rRNA e até 50 proteínas. Embora os ribossomos eucarióticos sejam maiores em virtude de seus componentes maiores e mais numerosos, os componentes e as etapas na síntese proteica são, em geral, semelhantes. As semelhanças indicam claramente que a tradução é um processo antigo, que teve origem em um ancestral comum dos eucariotos e procariotos. O ribossomo reúne os outros importantes participantes na síntese proteica — as moléculas de tRNA e mRNA — para traduzir a sequência de nucleotídeos de um mRNA na sequência de aminoácidos de uma proteína. As moléculas de tRNA e mRNA estão posicionadas no ribossomo de modo que o códon do mRNA consegue interagir com o anticódon do tRNA. O sítio de ligação ao mRNA está completamente dentro da subunidade menor. Existem três sítios de ligação em relação às moléculas de tRNA. Cada tRNA ligado une as subunidades 30S e 50S, posicionado com sua extremidade do anticódon na primeira e sua extremidade aminoacil (que carreia o aminoácido) na última. O sítio A (de aminoacil) liga um aminoacil-tRNA que chega cujo anticódon corresponde ao códon no sítio A da subunidade 30S. Na medida em que prosseguimos na direção de 5′ no mRNA, o próximo códon interage com o anticódon do tRNA no sítio P (de peptidil) da subunidade 30S. O tRNA no sítio P liga-se à cadeia de peptídeos em crescimento, parte da qual se encaixa em uma estrutura semelhante a um túnel na subunidade 50S. O sítio E (de saída) contém um tRNA desacilado (que deixa de carrear um aminoácido) que está pronto para ser liberado do ribossomo. Não está claro se as interações códon-anticódon também ocorrem entre o mRNA e o tRNA no sítio E. Duas regiões adicionais no ribossomo são críticas para a síntese proteica. O centro decodificador na subunidade 30S assegura que apenas os tRNA que carreiam anticódons que correspondem ao códon (denominados tRNA cognatos) serão aceitos no sítio A. O centro peptidiltransferase na subunidade 50S é o sítio no qual a formação da ligação peptídica é catalisada. 5.7. Tradução A estrutura do RNA mantém o segredo da especificidade entre um códon de mRNA e o aminoácido que ele designa. A molécula de tRNA unifilamentar apresenta uma forma de folha de trevo, composto por quatro hastes de dupla-hélice e três alças unifilamentares. A alça intermediária de cada tRNA é denominada alça do anticódon, tendo em vista que ela Shadia El Khatib – T9 B transporta uma trinca de nucleotídeos denominada anticódon. Essa sequência é complementar ao códon para o aminoácido transportado pelo tRNA. O anticódon no tRNA e o códon no mRNA se ligam por pareamento específico de bases entre os RNA. Tendo em vista que os códons no mRNA são lidos na direção 5′→ 3′, os anticódons estão orientados e escritos na direção 3′→ 5′. Os aminoácidos são unidos aos tRNA por meio de enzimas denominadas aminoacil-tRNA sintetases. Existem 20 dessas enzimas na célula, uma para cada um dos 20 aminoácidos. Cada aminoácido apresenta uma sintetase específica, que o liga apenas àqueles tRNA que reconhecem os códons em relação àquele aminoácido em particular. Para catalisar essa reação, as sintetases apresentam dois sítios de ligação, um para o aminoácido e o outro para o seu tRNA cognato. Um aminoácido é ligado à extremidade 3′ livre de seu tRNA, diz-se que o tRNA com um aminoácido ligado está carregado. Embora os tRNA difiram em sua sequência primária de nucleotídios, todos os tRNA se dobram virtualmente na mesma conformação em forma de L, com exceção de diferenças na alça do anticódon e na extremidade aminoacil. 5.7.1. Resumo de Tradução Nossas proteínas, mais do que qualquer outra macromolécula, determinam quem e o que somos. Elas são as enzimas responsáveis pelo metabolismo celular, incluindo a síntese de DNA e RNA, e são os fatores reguladores necessários para a expressão do programa genético. A versatilidade das proteínas como moléculas biológicas é manifestada na diversidade de formas que elas podem assumir. Além disso, até mesmo após a sua síntese, elas podem ser modificadas em uma diversidade de modos por meio da adição de moléculas que conseguem alterar a sua função. Tendo em vista o papel central das proteínas na vida, não é surpresa que ambos o código genético e o maquinário para a tradução desse código em proteínas tenham sido altamente conservados desde as bactérias até os seres humanos. Os principais componentes da tradução são três classes de RNA: tRNA, mRNA e rRNA. A precisão da tradução depende da ligação enzimática de um aminoácido com seu tRNA cognato, gerando uma molécula de tRNA carregada. Como adaptadores, os tRNA são as moléculas-chave na tradução. Contrariamente, o ribossomo é a fábrica na qual mRNA, tRNA carregados e outros fatores proteicos se unem para a síntese proteica. A decisão-chave na tradução é onde iniciar a tradução. Em procariotos, o complexo de iniciação é montado no mRNA na sequência de Shine-Dalgarno, logo upstream do códon de início AUG. O complexo de iniciação em eucariotos é montado na estrutura cap 5′ do mRNA e se movimenta na direção 3′ até que o códon de início seja reconhecido. A fase mais longa da tradução é o ciclo de alongamento; nessa fase, o ribossomo se movimenta ao longo do mRNA, revelando o próximo códon que irá interagir com seu tRNA carregado cognato, de modo que os tRNA carregados com aminoácidos possam ser adicionados à cadeia de polipeptídios em crescimento. Esse ciclo continua até que um códon de parada seja encontrado. Os fatores de liberação facilitam o término da tradução. Nos últimos anos, novas técnicas de imagem revelaram interações ribossômicas no nível atômico. Com esses novos “olhos”, atualmente podemos ver que o ribossomo é uma máquina incrivelmente dinâmica, que altera sua forma em resposta aos Shadia El Khatib – T9 B contatos realizados com tRNA e com proteínas. Além disso, as imagens em resolução atômica revelaram que os RNA ribossômicos, não as proteínas ribossômicas, estão intimamente associados aos centros funcionais do ribossomo. O proteoma é o conjunto completo de proteínas que pode ser expresso pelo material genético de um organismo. Enquanto um eucarioto multicelular típico apresenta aproximadamente 20.000 genes, o proteoma típico provavelmente é 10 a 50 vezes maior. Essa diferença em parteé o resultado de modificações pós-tradução, tais como fosforilação e ubiquitinação, que influenciam a atividade e a estabilidade proteica. 5.8. Questões de tradução Questão 1. Considere o segmento de DNA a seguir: 5′ GCTTCCCAA 3′ 3′ CGAAGGGTT 5′ Presuma que o filamento superior seja o filamento-molde utilizado pela RNA polimerase. a. Desenhe o RNA transcrito. 5′ UUG GGA AGC 3′ b. Desenhe a cadeia de aminoácidos correspondente. Com a presunção de que a matriz de leitura inicia na primeira base: NH3 – Leu – Gly – Ser – COOH Em relação ao filamento inferior, o mRNA é 5′ GCU UCC CAA 3′ e, com a presunção de que a matriz de leitura inicia na primeira base, a cadeia de aminoácidos correspondente é: NH3 – Ala – Ser – Gln – COOH 5.9. Questões do slide Todas as respostas são do Hércules, com exceção da 11. Questão 1. Ordene os seguintes termos de acordo com a sua relação hierárquica: genes, cromossomos, éxons, códons, nucleotídeos, genoma. Genome, cromossomos, genes, éxons. E depois, códons e nucleotídeos, tudo em ordem decrescente. Questão 2. Defina as razões (biológicas e cite circunstâncias clínicas) para a ocorrência de cada um dos processos do DOGMA CENTRAL: Replicação: para a duplicação do DNA, a fim de que ocorram as divisões celulares. Clinicamente é para o crescimento (mitos) e gametogênese (meiose). Transcrição: ocorre para formar o RNA. Tradução: Essencial para a síntese proteica, nutriente essencial para o corpo. Questão 3. Qual a sequência em que sempre é produzida as novas fitas de DNA e de RNA, ao longo da Replicação e Transcrição? Qual fita é utilizada como “molde" nestes processos? No sentido 5'-> 3'a fita molde é a fita 3'->5', ou fita descontínua no processo de transcrição. Questão 4. Qual o papel exercido pelos EXONS e pelos ÍNTRONS no DNA? As sequências codificantes chamadas de éxons, e as não codificantes, chamadas de íntrons, são muito importantes para a expressão gênica no DNA. Questão 5. Qual a razão pela qual ocorre Splicing? Qual a função do Splicing alternativo? O Splicing ocorre para manter apenas a região codificante (éxons) no RNA e maturar o RNAm. O Splicing alternativo tem a função de gerar diferentes aminoácidos/proteínas, a partir de uma mesma sequência de RNAm não maduro, transcrito do DNA. Questão 6. Diferencie a função executada pelos diferentes tipos de RNA: RNAm, RNAr e RNAt. Shadia El Khatib – T9 B RNAt (transportador): transporta-los aminoácidos para a síntese proteica. RNAm (mensageiro): :transfere as informações do DNA para o citoplasma (mais especificamente onde há ribossomos). RNAr (ribossômico): interpreta as informações do RNAm. Questão 7. Qual a importância das ENZIMAS nos processos de Transcrição e Tradução? Cite-as e descreva suas funções. Na replicação A enzima helicase é responsável pela abertura das fitas e por desenrolar o DNA, a topoisomerase alivia a tensão de torção gerada pela abertura da dupla fita, o SSB mantém a fita simples de DNA, a primase sintetiza os primers de DNA, a polimerase III polimeriza o DNA, a ligase une os Fragmentos de Okazaki da fita descontínua e a polimerase I e II degradam os primers e raparam o DNA. Já na transcrição a RNA polimerase é responsável pela desnaturação, polimerização e Splicing. Questão 8. Qual a necessidade da ocorrência de DESNATURAÇÃO do DNA nos processos do DOGMA? Para que ocorra a replicação e transcrição as fitas do DNA deve estar aberta. Questão 9. Qual a função das dNTPs nos processos de replicação e transcrição? Os dinucleotídeos perdidos, tanto no Splicing, quanto por correção de erros, são reaproveitados, assim a célula não desperdiça bases nitrogenadas e não gasta energia desnecessária para isso. Questão 10. O que significa dizer que a replicação é SEMICONSERVATIVA? Qual a sua importância? Significa que ela conserva a sequência dos nucleotídeos, porém de forma pareada, ou seja, Adenina forma Timina, e Citosina Guanina. É importante para manter as ligações do DNA equilibradas, uma púrica com uma pirimídica, e também a constância na produção dos aminoácidos. Questão 11. Qual o papel desempenhado pelas EXONUCLEASES? Qual a importância biológica/médica destas moléculas? (Resposta da Shadia) Exonuclease é a capacidade de retirar um nucleotídeo de um DNA errado e colocar um correto = atividade enzimática. Quem faz isso é o DNA polimerase tipo I, II e III. A importância biologia é para evitar a maioria das mutações. Questão 12. Qual a importância dos aminoácidos para a TRADUÇÃO? Os aminoácidos posteriormente formam cadeias polipeptídicas, ou seja, proteínas, nutriente essencial para o ser humano. Questão 13. O que são CÓDONS? Qual é o CODON sinalizador do início da TRADUÇÃO PROTEÍCA? Qual aa ele sinaliza? Códon é a sequência de três bases nitrogenadas(letrinhas) que forma um aminoácido. O códon AUG é o inicializador, que sintetiza a Metionina. Questão 14. Considere a seguinte sequência de DNA de cadeia dupla: 5ʹ-CAG AAG AAA ATT AAC ATG TAA-3ʹ 3ʹ-GTC TTC TTT TAA TTG TAC ATT-5ʹ Se a cadeia acima serve como molde, qual é a sequência do mRNA produzida pela transcrição dessa sequência de DNA? Qual é a sequência de aminoácidos produzida pela tradução da sequência do mRNA? Pegar a fita molde 3ʹ-GTC TTC TTT TAA TTG TAC ATT-5ʹ. No RNA fica: 5'CAG AAG AAA AUU AAC AUG UAA. Metionina Parada Questão 15. Menos de 5% do DNA humano codifica proteínas. Além disso, em um determinado tipo celular, apenas 10% do DNA codificador codifica proteínas ativamente. Explique essas afirmativas. Nem todas as partes do DNA são codificadoras, e entre os aminoácidos codificados nem todos são proteicos, para ser proteico é necessário ter o grupamento amina ligado à esquerda do carbono alfa. Shadia El Khatib – T9 B 6. Aminoácidos e Peptídeos Shadia El Khatib – T9 B 7. Bibliografia 7.1. Carbono MARZZOCO, Anita. Bioquímica Básica. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 7.2. Carboidratos MARZZOCO, Anita. Bioquímica Básica. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 7.3. Lipídios e Membranas Biológicas MARZZOCO, Anita. Bioquímica Básica. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 7.4. Nucleotídeos e Ácidos Nucléicos PIERCE, Benjamin A. Genética: Um enfoque conceitual. 5ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 7.5. Dogma Central da Biologia Molecular GRIFFITHS, Anthony J. F. Introdução à genética. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
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