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Direito Constitucional I Direitos individuais: direitos negativos, liberais ou de 1º dimensão - art 5º CF/88) - são direitos que apresentam como principais características terem os indivíduos como titulares e controlar os abusos de poder estatais. Direitos sociais: 2º dimensão, se caracterizam por terem como titulares grupos específicos, como crianças, mulheres, trabalhadores etc. Exigem do Estado um fazer, um animus de proteção efetiva na persecução desses direitosa fim de amenizarem as desigualdades sociais. Direitos coletivos e difusos: 3º dimensão, caracterizam-se por direitos de um agrupamento humano com interesses homogêneos, por exemplo o pleito dos sindicatos. Já os difusos são direitos que pertencem a todos, não sendo possível identificar os seus titulares, exemplo disso, o meio ambiente. DIREITOS FUNDAMENTAIS Segundo José Afonso da Silva "Os direitos fundamentais é a expressão que designa em nível do direito constitucional positivos, àquelas prerroga- tivas e instituições que ele concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas". organização Os direitos fundamentais são cláusulas pétreas - art. 60 §4º, inciso IV CF/88. Novos direitos implicitamente; incorporação de tratados internacionais de direitos humanos. Art. 5º §§2º e 3º da CF/88 1° Direitos civis e políticos, que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais. 2° Direitos econômicos, sociais e culturais, se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas. 3° gera: Surgem direitos ligados à fraternidade. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Direitos da Nacionalidade: 4º dimeensão, ele pode ser de dois tipos, originária, que chamamos de natos, que no Brasil pode ser adquirida pelo critério misto, pelo nascimento em nosso território (ius soli) ou pela consanguinidade (ius sanguinis) de pai ou mãe brasileiros. Ou derivada, que se adquire com um pedido ao governo brasileiro atendendo aos requisitos. Direitos Políticos: 5º dimensão, referem-se à participação ativa e igualitária dos cidadãos nos processos democráticos, garantindo o direito ao voto, o acesso a informações e a liberdade de expressão política. 7 características 1- Universalidade: se destinam a todos os seres humanos. 2- Imprescritibilidade: não se perdem pelo decurso do tempo. 3- Inalienabilidade: não podem ser transferidos. 4- Irrenunciabilidade: não podem ser renunciados. 5- Concorrência: possibilidade de acumular os diretios fundamentais. 6- Relatividade: não são absolutos, pois podem entrar em conflito com outros direitos. 7- Historicidade: conquistados por revoluções políticas e tecnológicas do decorrer da história. Pedro Lanza defende que o direito da nacionalidade é um direito fundamental que garante a pertença a uma comunidade política, conferindo direitos e deveres aos cidadãos. Classificação da constituição escrita, codificada em um documento escrito. Não escrita, definida como um conjunto de leis, constumes e jurisprudências esparsos no tempo, em determinado ordenamento jurídico, como forma de governo, estrutura do Estado, direitos fundamentais etc. quanto à forma Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Promulgada: elaborada através da Assembleia Nacional Constituinte, composta de representantes eleitos pelo povo para esta finalidade. Uma vez concluída a Constituição esta Assembleia se dissolve. elaboração Dogmática: é aquela que se origina de forma escrita e sistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios e ideias incontestáveis existentes no momento de sua elaboração. Histórica: é a que se origina através de uma evolução de ideias no tempo, produtos dos usos e costumes de determinada sociedade, baseada na tradição de um povo. origem Imutáveis: não contém a possibilidade de reforma de suas normas. Superrígidas: alguns doutrinadores dão à Constituição de 1988, visto que possui o art. 60, parágrafo 4, conhecido como cláusulas pétreas, que exigem um processo legislativo ainda mais rígido ou dificultoso para alteração destas normas estabelecidas como pétreas, pois não poderão ser abolidas ou restringidas, podendo somente sofrer alterações para serem ampliadas. estabilidade Outorgada: não há participação do povo em sua elaboração, posto ser ela imposta ao povo, sendo produto exclusivo do Governante que por si só, ou por terceira pessoa, impõe a sociedade um novo ordenamento jurídico e político. No Brasil, as Constituiçõesde 1981, 1934, 1946 e 1988foram promulgadas e, as de1824, 1937 e 1967 foramoutorgadas. Bonapartista: se caracteriza por ser uma Constituição outorgada, na qual o ditador para dar-lhe uma feição legítima convoca um referendo popular para aprová- la. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Rígidas: são as constituições que estabelecem que qualquer alteração de suas normas deverá passar por um processo legislativo mais dificultoso do que o processo legislativo ordinário. Em nossa Constituição esse processo encontra-se no art. 60. Semi-rígidas: são aquelas que estabelecem para alteração de um determinado grupo de suas normas um processo legislativo mais árduo e para reforma de outro grupo de suas normas um processo legislativo ordinário ou simples. Ex: Constituição Imperial de 1924 Flexíveis: são aquelas constituições que estabelecem para alteração de suas normas o mesmo processo legislativo previsto para as leis ordinárias. ideologia Sintéticas: quando possuem poucos artigos que estabelecem princípios e normas gerais da estrutura do Estado. Ex: Constituição Norte- americana de 1787 e a Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1891. Analíticas: aquelas que possuem uma grande quantidade de artigos, que descrevem diversos assuntos extensão Ortodoxas: são aquelas atreladas a uma única ideologia, por exemplo a Constituição da Republica da antiga URSS de 1977, que estabelecia modelos socialista. Heterodoxas ou Ecléticas: são aquelas que estabelecem mais de uma ideologia, como a de 1988 qye possui valores capitalistas como a livre iniciativa e, valores socialistas, como a valorização do trabalho - art. 170 CF/88. finalidade De garantia: ex: as Constituições liberais burguesas que estabelecem liberadas públicas ou os chamados Direitos Fundamentais de 1ª geração como mecanismos de controle de poder estatal, como a Constituição Norte- americana de 1787. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Dirigente: são aquelas que além de estabelecer direitos individuais e sociais que o Estado deveria alcançar, prevêem normas conhecidas como programáticas (tipo de nor mas de eficácia limitada) que procuram fixar metas, programas, políticas públicas, como valores a serem perseguidos pelo ente estatal. Ex: saúde para todos, moradia para todos, Cf de 1988 e Constituição Portuguesa de 1976. poder constituinteDe balanço: Constituição do México de 1917 e a Constituição da República de Weimar de 1919, onde encontramos direitos sociais como também liberdade públicas, ou seja, direitos fundamentais sociais. Elas recebem esse nome porque procuram equilibrar os anseios burgueses e proletariados. A CF/88 é cla ssificada da seguinte forma: fo rmal, escrita, dogm ática, promul gada, super ríg ida, anal ítica, heterodoxa e dirigente; esqeuma geral Segundo Canotilho: “o poder constituinte se revela sempre como uma questão de ‘poder’, de ‘força’ ou de ‘autoridade’ política que está em condições de, numa determinada situação concreta, criar, garantir ou eliminar uma Constituição entendida como lei fundamental da comunidade política”. conceito titularidade Canotilho afirma que “poder constituinte significa, assim, poder constituinte do povo”,co- mo uma pluralidade de forças culturais, sociais e políticas tais como partidos, grupos, igrejas,associações, persona- lidades, influenciadoras da formação de políticas nos momentospreconstituintes e nos procedimentos constituintes”. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito O parágrafo único do art. 1.º da CF/88: “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” poder constituinte originário É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente. O objetivo fundamental do poder constituinte originário, por- tanto, é criar um novo Estado, diverso do que vigorava em decorrência da manifestação do poder constituinte precedente. UMA SUBDIVISÃO Histórico seria o verdadeiro poder constituinte originário, estruturando, pela primeira vez, o Estado. Revolucionário seriam todos os posteriores ao histórico, rompendo por completo com a antiga ordem e instaurando uma nova, um novo Estado. CARACTERÍSTICAS inicial: instaura uma nova ordem jurídica, rompendo, por completo, com a ordem jurídica anterior; autônomo, a estruturação da nova constituição será determinada, autonomamente, por quem exerce o poder constituinte originário; ilimitado juridicamente, no sentido de que não tem de respeitar os limites postos pelo direito anterior. incondicionado e soberano na tomada de suas decisões, porque não tem de submeter-se a qualquer forma prefixada de manifestação; poder de fato e poder político, podendo, uma energia ou força social, tendo natureza pré- jurídica, a nova ordem jurídica começa com a sua manifestação, e não antes dela; f) permanente, já que o poder constituinte originário não se esgota com a edição da nova Constituição, Adrielle Abdon | 2º sem. Direito PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO E MATERIAL formal: é o ato de criação propriamente dito e que atribui a “roupagem” com status constitucional a um “complexo normativo”. material: é o lado substancial do poder constituinte originá- rio, qualificando o direito constitucional formal com o status de norma constitucional. O material diz o que é constitucional; o formal materializa e sedimenta como constituição. O material precede o formal, estando ambos interligados. FORMAS DE EXPRESSÃO outorga: caracteriza-se pela declaração unilateral do agente revolucionário. assembleia nacional constituinte: por seu turno, nasce da deliberação da repre- sentação popular, PODER CONSTITUINTE DERIVADO Como o próprio nome sugere, o poder constituinte derivado é criado e instituído pelo originário. Ao contrário de seu “criador”, que é, do ponto de vista jurídico, ilimitado, incondi- cionado, inicial, o derivado deve obedecer às regras colocadas e impostas pelo originário, sendo, nesse sentido, limitado e condicionado aos parâmetros a ele impostos. O poder constituinte derivado reformador, tem a capacidade de modificar a Constituição Federal, por meio de um procedimento específico, estabelecido pelo originário, sem que haja uma verdadeira revolução. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito O poder constituinte derivado decorrente, é também jurídico e encontra os seus parâmetros de manifestação nas regras estabelecidas pelo originário. Sua missão é estruturar a Constituição dos Estados- Membros ou, em momento seguinte, havendo necessidade de adequação e reformulação, modificá-la. Tal competência decorre da capacidade de auto- organização estabelecida pelo poder constituinte originário. ESPÉCIES DE PODER CONSTITUINTE Ainda que teóricamente só exista um poder constituinte, esta afirmação encontra dificildade de se sustentas, visto que encontramos no exercício deste poder duas manifestações distintas. Uma caracterizada por ser um poder originário (não se funda em outro pode), ilimitado (não encontra limites do direito positivo), incondicionada (sua manifestação não é pre-fixada). A outra caracterizada por ser fruto da rigidez constitucional Em nossa Constituição esse processo e manifestação de poder encontra-se no art. 60, subordinada as limitações circunstaciais, formais e materiais (art 60, §1º,2º e 3º) impostas pelo poder constituinte originário e condicionada a sua manifestação. Este poder é conhecido como poder constituinte derivado ou reformador, Quanto aos mun icípios eles se orga nizam por Le is Orgânicas submetidas às Constituições Estaduais e à Constituição F ederal. hermenêutica constitucional Princípio da unidade: ao interpretar a Constituição devemos levar em conta que ela é um todo coerente e coeso, devendo o intérprete procurar harmonizar todas as suas normas a não estabelecer contradições. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Princípio da supremacia constitucional: o interprete deve levar em conta que a Constituição está no topo do ordenamento jurídico e é o fundamento de validade de todas as outras normas, sendo assim nenhuma lei pode contrariá-la, formal ou materialmente, sob pena de ser considerada inscostitucional. Princípio da máxima efetividade: a Constituição não estabelece normas supérfulas, todo intérprete deve buscar o máximo dos efeitos da Constituição. Princípio da Harmonização: uma vez que todas as normas constitucionais estão no mesmo patamar hierárquico e devem ter máxima efetividade, ao interpretar a Constituição devemos buscar harmonizar antinomias aparentes de forma proporcioanl. Princípio do efeito integrador: a Constituição deve ser interpretada de forma a estabelecer critérios e soluções que reforcem o seu papel de principal norma nas relações sociais. Princípio da força normativa da Constituição: a Constituição deve ser interpretada da maneira mais efetiva e atual possível quando diante de um caso concreto, ou seja, a norma quando aplicada deve solucionar o problema real. Princípio de conteúdo implícito: o intérprete deve atentar que a Constituição estabelece comandos que não estão expressos explicitamente em seu texto, mas sim na coerência interna de seus objetivos e fundamentos. Princípio da conformidade funcional: o intérprete não pode contrariar a distribuição explicita da repartição de funções estatais estabelecidas pelo Constituinte. Princípio da imperatividade das normas constitucionais: uma vez que todas as normas constitucionais emanam da vontade popular e são normas cogentes ou imperativas, o intérprete deve sempre lhe dar a maior extensão possível. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Princípio da simetria: que busca adequar entre os entes os intitutos da Constituição Federal Às Constituições e institutos jurídicos dos Estados-Membros. EX: cabe ao presidente da República a iniciativa de leis para o aumento do efetivo das forças armadas, caberá por simetria ao Governador os projetos de lei para aumento do efetivo da Policia Miliotar, art 61 da CF/88. Princípio da presunção de constitucionalidade das normas infraconstitucionais: o intérprete deve às normas hieraquicamente inferiores à Constituição uma interpretação que as coadune com a Lei Maior, visto que foram fruto de um processo legislativo que, em tese, procurou adequá-las aos comandos constitucionais. No Direito Constitucional, quaisquer conflitos ou colisões entre direitos e bens constitucionalmente protegidos devem ser avaliados pelo/a intérprete por meio da hermenêutica constitucional. Não é correto dizer que as normas constitucionais mantêm hierarquia entre si. Adrielle Abdon | 2º sem. Direito Direito constitucional intertemoporal O direito intertemporal trata do estudo da relação com a ordem jurídica instaurada e com a anterior através de alguns mecanismos, quais sejam: recepçÃO Significa ser "recebida, compa- tível" Se a norma infraconstitucional ANTERIOR for COMPATÍVEL com a NOVA Constituição será esta RECEPCIONADA. Caso seja INCOMPATÍVEL, logicamente, será REVOGADA. recepçÃO É excluir , eliminar, do mundo jurídico. Incompatibilidade torna a norma infraconstitucional revogada, e não incostitucional. A análise da constituciona- lidade de uma norma ocorrequando esta já se encontrava vigente à época da Constituição = Principio da Contemporaneidade. STS não admite a Teoria da Incostitucionalidade Superveniente. REPRiSTINAÇÃO É o fenômeno que ressalta que a lei revogada, pela lei revogadora, voltaria a ter vigência. EM REGRA, de a cordo com o Art. 2º, §3º , LINDB, “Salvo disposi ção em contrár io, a lei revogada NÃO se resta ura p ela lei revog adora ter pedi do a sua vigência ”. •EXCEÇÃO: SALVO, se a nova ordem jurídica EXPRESSAMENTE assim se pronunciar (AGRAG 235.800/RS, Rel. Min. Moreira Alves, DJ de 25.06.1999). Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação. desconstitucionalização Tr ata-se do fenômeno pelo qual as normas da Constituição anterior seriam recepcionadas pela NOVA Constituição com o status de lei infraconstitucional. •NÃO é adotado pelo Brasil, em regra; EXCEÇÃO: SALVO, se a nova ordem jurídica EXPRESSAMENTE e de maneira INEQUÍVOCA assim se manifestar.
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