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ACEEPTEA - Material Bônus

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COMPORTAMENTO SOCIOEMOCIONAL NO TEA 
Apesar de cada indivíduo ser único, existem alguns fatores comuns que impactam muitas pessoas com 
autismo. 
Inúmeros são os problemas que envolvem o desenvolvimento das pessoas TEA. Dentre eles podemos citar as 
dificuldades em expressar os próprios sentimentos de forma que os outros possam compreendê-los e aceitá-
los. 
Outro problema refere-se à inadequação ou falta do uso da imaginação. A ausência de habilidade em perceber 
e compreender expressões emocionais em outras pessoas parece relacionar-se com a limitação, ou mesmo, 
falta de capacidade para imaginar qualquer coisa. Falar e compreender, e logos sentir, e extremamente 
delicado se tratando de uma criança TEA. 
O TEA tem como principal característica a presença de déficits sociocomunicativos e comportamentos 
repetitivos e restritos, podendo variar significativamente o grau de comprometimento dessas áreas. Conforme 
os critérios diagnósticos presentes no DSM-V, as alterações na dimensão sociocomunicativa, por exemplo, são 
encontradas na característica socioemocional, em comportamentos comunicativos verbais e não verbais e na 
criação de relacionamentos. 
Já se tratando de padrões de comportamentos repetitivos e restritos, pode caracterizar-se como estereotipias e 
a demasiada repetição dos movimentos, no apego e uso aos objetos e na fala, além de interesses restritos, 
gostos excessivos e vícios de rotina rígida, e hipersensibilidade a inputs sensoriais. 
Também podemos avaliar a comunicação. Sendo ela uma comunicação limitada ou inexistente, no caso dos 
não-verbais, e importante fator que afeta as relações dos indivíduos TEA. Pessoas não-verbais ou verbais, mas 
com dificuldade de organizar sua linguagem, podem apresentar comportamentos inadequados para indicar as 
suas necessidades ou desejos. 
Outros fatores que podem afetar a criança TEA são os sentidos, visão, tato, audição, paladar, olfato, assim 
como os estímulos proprioceptivo e vestibular. Muitos dos indivíduos com a autismo apresentam problemas 
de integração social por estes sentidos. 
 
 
 
Já as características sociais e emocionais do aluno TEA, incluem muitas questões como ansiedade, irritabilidade, 
baixa tolerância à frustração, medos excessivos, ataques de pânico e interação social limitada. 
Os ataques de pânico e ansiedade podem fazer com que o aluno fique mais restrito, isolando-se dos demais e 
mesmo que corra para longe das pessoas saindo em disparada. Baixa tolerância à frustração pode resultar 
em extrema raiva que acaba levando a pessoa a uma escalada de agressão física ou verbal. 
Dificuldades de manter a atenção, impulsividade, distração, hiperatividade torna difícil de se concentrar em 
tarefas o que resulta em situações problemáticas. 
Comportamentos Sensoriais 
Todos nós seres humanos necessitamos de estímulos para que o nosso corpo reaja a fim de organizar 
estímulos simples em informações complexas ou percepções. A maior parte destes estímulos vem do sistema 
vestibular, proprioceptivo e tátil, e em uma medida menor, do sistema auditivo. 
Não é de estranhar, portanto, que muitos dos comportamentos exibidos por crianças no espectro autista, 
como girar, balançar o corpo, mover-se em busca de ritmo e pular estão relacionados a esses sistemas, que 
são as principais fontes de entrada. Isso, porque, estes comportamentos são a tentativa da criança para se 
sentir mais organizada e calma. 
Cuidar diariamente de crianças com autismo pode exigir muito fisicamente. Os pais podem desenvolver 
uma falta de confiança em suas habilidades porque os métodos e técnicas que leram e ouviram talvez não 
esteja funcionando tanto ou a todo tempo. 
Professores também podem sentir frustração aos e depararem com situações onde não previam, e o que 
aprenderam não se encaixa. Além de pais poderem se isolar de suas rotinas sociais e familiares, pois não se 
sentem constrangidos com a reação das pessoas. 
As emoções como impulso do comportamento 
Todo nosso comportamento está ligado a emoção, geralmente e através de um sentimento que uma atitude é 
tomada, e assim também com as crianças TEA. Só que diferente de quem não possui o transtorno, eles têm 
muita dificuldade em expressá-las o que torna seus comportamentos abstratos para que está próximo. Uma 
 
 
 
das formas mais eficaz de ajudar qualquer um a aprender a navegar suas emoções é validá-las. As emoções não 
são comportamentos. São sentimentos. 
Aprender a validar e normalizar as emoções é uma maneira poderosa de deixar as crianças à vontade. É 
importante limitar o papel que as emoções têm em determinar se uma atividade deveria ou não ocorrer. No 
entanto, devemos permitir que as respostas emocionais dos nossos alunos influenciem como agimos em uma 
situação como uma crise por exemplo, ou algo que anteceda ela. 
Atividade para desenvolvimento sensorial em sala de aula 
Atividade: O sapo comedor de bolhas 
Bolhas de sabão, movimentos corporais amplos, onomatopeias, efeitos sonoros, expressões faciais exageradas, 
suspense, animais. 
Objetivo: 
Comunicação verbal. Contato visual. Desenvolver período de atenção compartilhada de 5min ou mais. 
Ação motivadora: 
Fazer bolhas de sabão e, com suspense e animação, manusear o fantoche do sapo para que ele “coma” as 
bolhas 
Solicitar a criança: 
Falar a palavra “Bolha”. 
Como fazer: 
Traga um potinho de fazer bolhas de sabão e um fantoche de sapo para o quarto. Se o fantoche for daqueles 
que abrem a boca, fica mais interessante ainda! 
 
 
 
 
Estrutura da atividade: 
Apresente o potinho de bolhas e comece a soprar bolhas para a criança. Se ela se interessar, faça mais bolhas. 
Diga a ela que a palavra com a qual a criança poderá pedir por mais bolhas de sabão, seja “muitas”. E aí quando 
ela interagir dizendo “MUITAS”, você sopra mais e o sapo come as bolhas. 
É importante que cada atividade seja elaborada levando-se em conta as necessidades, os interesses e o estágio 
de desenvolvimento de cada indivíduo, de forma que a atividade seja motivadora, acessível e que promova com 
eficácia o desenvolvimento de habilidades específicas. 
Uma mesma atividade pode ser adaptada alterando-se: a meta educacional; o grau do desafio relacionado a 
uma mesma meta; a ação motivadora; o personagem ou a temática

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