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Balanço energético e o controle do peso

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Balanço energético e o controle do peso
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem, iremos tratar do balanço energético e o controle do peso, onde 
será descrito o gasto energético, os riscos à saúde representados pelo sobrepeso e a obesidade, 
assim como as características de um programa de emagrecimento sensato e saudável. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o balanço energético e o uso da energia pelo corpo;•
Identificar os riscos à saúde representados pelo sobrepeso e a obesidade;•
Elencar as características de um programa de emagrecimento sensato e saudável.•
Desafio
Ler os rótulos dos produtos é fundamental para a escolha adequada dos alimentos. Qual dessas 
sobremesas geladas é a melhor opção, por porção de ½ xícara, para um adulto em dieta de 
emagrecimento? Faça a sua opção e justifique.
 
Infográfico
Observe e analise a imagem abaixo, pois esta sintetiza o que vamos estudar nesta Unidade de 
Aprendizagem, em especial, as principais variáveis que influenciam o equilíbrio energético.
 
Conteúdo do livro
Acompanhe o trecho do livro Nutrição Contemporânea, dos autores Gordan M. Wardlaw e Anne 
M. Smith. Inicie a leitura no título 7.4, Desequilíbrio energético e, na sequência, leia o título 7.5, Por 
que algumas pessoas são obesas: natureza versus criação, importantes temas relacionados aos 
conteúdos desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
CYAN
VS Gráfica VS Gráfica
MAG
VS Gráfica
YEL
VS Gráfica
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NUTRIÇÃO
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a.
Elaborada para reunir os fundamentos necessários para tomada de decisão nutricional na 
prática diária, bem como para esclarecer as dúvidas mais frequentes, Nutrição contemporânea, 
8ª edição, destaca-se pela forma didática como apresenta o tema, sempre complementado 
por ilustrações que também facilitam o entendimento.
As discussões aqui apresentadas partem do importante pressuposto de que os indivíduos não 
são iguais, motivo pelo qual o leitor aprenderá a personalizar as informações nutricionais e a 
fazer escolhas corretas em diferentes contextos.
A maneira como os capítulos foram elaborados é outro destaque, oferecendo uma visão 
completa do assunto abordado, podendo ser utilizados em sala de aula conforme as necessi-
dades de cada curso.
Nutrição contemporânea é um excelente livro-texto de introdução à nutrição... 
Sua leitura é agradável, e as informações são de alta qualidade.”
Karen Schuster, Florida Community College of Jacksonville“
Além de reunir informações diferenciadas, com base em pesquisas, o livro contém 
fotos interessantes, coloridas, tabelas e quadros úteis, tópicos especiais e bons 
estudos de caso para discussão.... Fiquei muito bem-impressionada.”
Linda D. DeTurk, North Platte Community College“
Gordon M. Wardlaw
 Anne M. Smith
A Artmed Editora é parte do Grupo A, 
uma empresa que engloba diversos se-
los editoriais e várias plataformas de dis-
tribuição de conteúdo técnico, científi co 
e profi ssional, disponibilizando-o como, 
onde e quando você precisar. O Grupo A 
publica com exclusividade obras com o 
selo McGraw-Hill em língua portuguesa.
Wardlaw
Smith
Nutrição
Contemporânea 8ª Edição
Gordon M. Wardlaw
Anne M. Smith
Em http://www.mhhe.com/wardlawcont8, estão disponíveis materiais 
complementares do livro (em inglês), que incluem animações, atualizações, 
vídeos e outros recursos.
NUTRIÇÃO 
CLARK, N.
Guia de Nutrição Desportiva: 
Alimentação para uma Vida Ativa, 4.ed.
CORDÁS, T.A.; KACHANI, A. & COLS. 
Nutrição em Psiquiatria
DELGADO FERNÁNDEZ, M.; GUTIÉRREZ SAÍNZ, A.; 
CASTILLO GARZÓN, M.J. 
Treinamento Físico-desportivo e Alimentação: 
Da Infância à Idade Adulta, 2.ed.
SALWAY, J.G. 
Metabolismo Passo a Passo, 3.ed.
WARDLAW, G.M.; SMITH, A.M.
Nutrição Contemporânea, 8.ed.
Nutrição
Contemporânea N
utrição
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42649 Nutricao Contemporanea.indd 142649 Nutricao Contemporanea.indd 1 28/01/2013 11:30:3528/01/2013 11:30:35
Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052
W266n Wardlaw, Gordon M.
 Nutrição contemporânea [recurso eletrônico] / Gordon 
 M. Wardlaw, Anne M. Smith ; tradução: Laís Andrade, 
 Maria Inês Corrêa Nascimento ; revisão técnica: Ana Maria 
 Pandolfo Feoli. – 8. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre 
 : AMGH, 2013.
 Editado também como livro impresso em 2013.
 ISBN 978-85-8055-189-1
 1. Nutrição. I. Smith, Anne M. II. Título. 
CDU 612.39 
276 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith
7.4 Desequilíbrio energético
Se a ingestão calórica for maior do que o gasto de energia, é provável que resul-
te sobrepeso (e muitas vezes obesidade). Com frequência, problemas de saúde se 
seguirão (Tab. 7.1). Conforme já discutido, os valores de IMC podem ser usados 
como uma ferramenta clínica conveniente para estimar o sobrepeso (IMC � 25), 
obesidade (IMC � 30) e obesidade mórbida (IMC � 40) em indivíduos acima de 
20 anos de idade. Entretanto, especialistas médicos recomendam que o diagnóstico 
de obesidade de um indivíduo não seja feito com base apenas no peso corporal, 
mas sim na quantidade total de gordura no corpo, na localização da gordura corpo-
ral e na presença ou ausência de problemas médicos relacionados ao peso.
Estimativa do contéudo de gordura corporal e diagnóstico 
de obesidade
A gordura corporal varia bastante entre as pessoas e pode ir desde 2 a 70% do peso 
corporal. As quantidades desejáveis de gordura corporal ficam entre 8 e 24% para 
homens e 21 a 35% para mulheres. Quanto à gordura corporal, homens com mais 
de 24% e mulheres com mais de 35% são considerados obesos. A faixa maior de 
percentual de gordura corporal para mulheres é necessária em termos fisiológicos 
para manter as funções reprodutoras, incluindo a produção de estrogênio.
Para medir o conteúdo de gordura no corpo corretamente usando métodos 
típicos, é preciso saber tanto o peso quanto o volume corporal da pessoa. É fácil 
medir o peso corporal em uma balança convencional. Dentre os métodos típicos 
usados para estimar o volume corporal, a pesagem hidrostática (submersa) é o 
mais preciso. Essa técnica determina o volume corporal usando a diferença entre 
o peso corporal convencional e o peso corporal embaixo d’água, bem como den-
sidades relativas de tecido gorduroso e tecido magro, e uma fórmula matemática 
específica. Esse procedimento requer que a pessoa fique totalmente submersa em 
um tanque com água, com um técnico treinado orientando o procedimento (Fig. 
7.9). O deslocamento de ar é outro método para determinar o volume corporal. O 
volume corporal é quantificado pela medida do espaço que uma pessoa toma den-
tro de uma câmara de medida, por exemplo, o BodPod® (Fig. 7.10). Um método 
menos preciso de medir o volume corporal é submergir a pessoa em um tanque e 
observar o nível da água antes e depois da submersão. O volume da água deslocado 
é então calculado.
Quando sabemos o volume corporal, esse valor pode ser usado com o peso cor-
poral na seguinte equação para calcular a densidade corporal. Então, usando a den-
sidade corporal, finalmente é possível determinar o conteúdo de gordura corporal.
Densidade corporal = peso corporal
volume corporal
% de gordura corporal = (495 � densidade corporal) – 450
Por exemplo, considere que a pessoa no tanque de pesagem hidrostática na Fi-
gura 7.9 tenha uma densidade corporal de 1,06 g/cm3. Podemos usar a segunda fór-
mula para calcular que ele tem 17% de gordura corporal ([495 � 1,06] – 450 = 17).
A espessura das pregas cutâneas também é um método antropométrico para 
estimar o conteúdo de gordura total do corpo, embora haja algumas limitações 
quanto à sua acurácia. Os médicos usam o adipômetro para medir a camada de 
gordura diretamente sob a pele em vários locais e, então, encaixam esses valores em 
uma fórmula matemática (Fig. 7.11).
A técnica debioimpedância elétrica também é usada para estimar o con-
teúdo de gordura corporal. O instrumento envia uma corrente elétrica de baixa 
voltagem indolor para e do corpo por meio de fios e eletrodos a fim de estimar a 
gordura corporal. Essa estimativa se baseia na concepção de que o tecido adipo-
so resiste ao fluxo elétrico mais do que o tecido magro por ter um conteúdo de 
eletrólitos e água menor do que o tecido magro. Portanto, mais tecido adiposo 
significa proporcionalmente mais resistência elétrica. Em poucos segundos, os 
O custo total atribuível a doenças 
relacionadas ao peso é de aproximadamente 
US$ 90 bilhões anuais nos Estados 
Unidos. Metade desse custo é gerado por 
contribuintes por meio do Medicare e do 
Medicaid (programas de assistência em 
saúde pública nos EUA).
pesagem hidrostática Um método para 
estimar a gordura corporal total pesando o 
indivíduo em uma balança padrão e então 
pesando-o novamente embaixo d’água. A dife-
rença entre os dois pesos é usada para estimar 
o volume corporal total.
deslocamento de ar Um método para esti-
mar a composição corporal que utiliza o vo-
lume de espaço tomado pelo corpo dentro de 
uma pequena câmara.
bioimpedância elétrica O método de esti-
mar a gordura corporal total que utiliza uma 
corrente elétrica de baixa potência. Quanto 
mais depósito de gordura a pessoa tem, mais 
impedância (resistência) ao fluxo elétrico será 
exibida.
� Um IMC alto pode não refletir sobrepeso ou 
gordura. O tecido muscular extra pode resultar 
em um IMC > 25.
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Nutrição Contemporânea 277
analisadores da bioimpedância convertem a resistência elétrica em uma estima-
tiva aproximada da gordura corporal total, desde que o estado de hidratação do 
corpo esteja normal (Fig. 7.12). Monitores da composição corporal, mais conhe-
cidos como calculadores de gordura corporal, que utilizam bioimpedância estão 
hoje disponíveis para uso doméstico. Essas máquinas são semelhantes em forma 
e uso às balanças de banheiro, mas sua finalidade principal é medir a gordura 
corporal. Uma corrente atravessa o enchimento condutor no piso e/ou eletrodos 
portáteis. O ideal seria que esses dispositivos domésticos servissem para estimular 
as pessoas a se preocupar mais em saber se o seu peso vem de gordura ou músculo 
e não com o peso em si.
Uma determinação mais avançada do conteúdo de gordura corporal pode ser 
feita usando absorciometria de raio X de dupla energia (DEXA). A DEXA é consi-
derada a maneira mais precisa de determinar a gordura corporal, mas o equipamen-
to é caro e não se encontra amplamente disponível para uso. Esse sistema de raio 
X permite que o médico separe o peso corporal em três componentes distintos – 
gordura, tecido mole livre de gordura e mineral ósseo. O uso da varredura do corpo 
TABELA 7.1 Problemas de saúde associados ao excesso de gordura corporal
Problema de saúde Parcialmente atribuível a
Risco cirúrgico Mais necessidade de anestesia, bem como risco maior de infecções da ferida (essa última 
ligada a uma depressão da função imune)
Doença pulmonar e transtornos do sono Excesso de peso sobre os pulmões e a faringe
Diabetes tipo 2 Células adiposas aumentadas, que não ligam bem a insulina e respondem mal à mensa-
gem que a insulina envia à célula; menor síntese de fatores que auxiliam a ação da insuli-
na e síntese maior de fatores pelas células adiposas que diminuem a ação da insulina
Hipertensão Mais centimetragem de vasos sanguíneos encontrados no tecido adiposo, aumento do 
volume de sangue e maior resistência ao fluxo sanguíneo relacionada aos hormônios pro-
duzidos pelas células adiposas
Doença cardiovascular (p. ex., doença cardíaca coro-
nariana e AVC)
Aumentos nos valores do colesterol LDL e de triglicerídios, colesterol HDL baixo, menos 
atividade física e aumento da síntese de fatores de coagulação do sangue e inflamatórios 
pelas células adiposas aumentadas. Um risco maior de insuficiência cardíaca também é 
visto, em parte devido ao ritmo cardíaco alterado
Distúrbios ósseos e articulatórios (incluindo gota) Excesso de pressão nos joelhos, tornozelos e articulações do quadril
Cálculos biliares Maior conteúdo de colesterol na bile
Distúrbios cutâneos Retenção de umidade e microrganismos nas pregas cutâneas
Diversos cânceres, como do rim, da vesícula biliar, do 
colo e do reto, do útero (em mulheres) e da próstata 
(em homens)
Produção de estrogênio pelas células adiposas; estudos animais indicam que o excesso 
de ingestão calórica estimula o desenvolvimento de tumores
Baixa estatura (em algumas formas de obesidade) Puberdade precoce
Riscos gestacionais Parto mais difícil, maior número de defeitos congênitos e mais necessidade de anestesia
Agilidade física reduzida e mais risco de acidentes e 
quedas
Excesso de peso que compromete os movimentos
Irregularidades menstruais e infertilidade Hormônios produzidos pelas células adiposas, como estrogênio
Problemas de visão Cataratas e outros distúrbios oculares (com mais frequência)
Morte prematura Uma variedade de fatores de risco para doenças listadas nesta tabela
Infecções Atividade reduzida do sistema imune
Dano hepático e posterior insuficiência Acúmulo excessivo de gordura no fígado 
Disfunção erétil Inflamação de baixo grau causada pela massa de gordura excessiva e função reduzida 
das células que revestem os vasos sanguíneos associadas ao excesso de peso
Quanto maior o grau de obesidade, mais prováveis e mais graves esses problemas de saúde geralmente se tornam. Manifestam-se, com maior probabilidade, em pessoas 
que exibem um padrão de distribuição adiposa central e/ou acima de duas vezes o peso corporal saudável.
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278 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith
FIGURA 7.9 � Pesagem hidrostática. Nessa técnica, a pessoa exala o 
máximo de ar possível e então prende a respiração e flexiona o corpo 
para a frente. Quando a pessoa estiver totalmente embaixo d’água, o 
peso submerso é registrado. Usando esse valor, é possível calcular o 
volume corporal.
FIGURA 7.10 � BodPod®. Esse aparelho determina o volume corporal 
com base no volume de deslocamento de ar, medido enquanto a pes-
soa está sentada em uma câmara hermeticamente fechada por alguns 
minutos.
FIGURA 7.11 � Medidas das pregas cutâneas. 
Usando técnica correta e equipamento calibra-
do, as medidas das pregas cutâneas por todo 
o corpo podem ser usadas para predizer o con-
teúdo de gordura corporal em cerca de 10 min. 
As medidas são obtidas de diversos locais do 
corpo, incluindo as pregas cutâneas tricipitais 
(foto e desenho).
Músculo braquial
tricipital
Pele
Gordura
Adipômetro
Osso
FIGURA 7.12 � A bioimpedância elétrica estima a gordura 
corporal total em menos de 5 min e baseia-se no princípio 
de que a gordura corporal resiste ao fluxo de eletricidade, já 
que é pobre em água e eletrólitos. O grau de resistência ao 
fluxo elétrico é usado para estimar a adiposidade corporal.
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Nutrição Contemporânea 279
total requer cerca de 5 a 20 minutos, e a dose de radiação é inferior a de um raio X 
de tórax. Também é possível fazer uma avaliação da densidade mineral óssea e do 
risco de osteoporose usando esse método (Fig. 7.13).
Outro método para analisar a gordura corporal é medir a condutância elétrica 
corporal total (TOBEC) quando o corpo é colocado em um campo eletromagnéti-
co. Outro método, ainda, conveniente e barato, mas não muito preciso, é a reatân-
cia do infravermelho próximo. Esse método expõe o bíceps a um feixe de luz infra-
vermelha próximo e analisa as interações do feixe de luz com tecidos gordurosos e 
magros na parte superior do braço depois de apenas dois segundos.
Em suma, apesar de a DEXA ser considerada mais precisa, os métodos de pesa-
gem hidrostática e deslocamento de ar para estimar a gordura corporal também são 
acuradosporque o peso corporal e o volume corporal são medidos. A adaptação da 
tecnologia de bioimpedância elétrica para uso doméstico também é uma ferramen-
ta útil, proporcionando informações valiosas a respeito do ganho de peso, ou seja, 
se vem de gordura ou músculo.
Usando a distribuição de gordura corporal para avaliar melhor 
a obesidade
Além da quantidade de gordura que armazenamos, a localização da gordura cor-
poral é um preditor importante de riscos à saúde. Algumas pessoas armazenam 
gordura na parte superior do corpo, enquanto outras armazenam gordura na parte 
inferior. A gordura em excesso em ambas as localizações geralmente prenuncia pro-
blemas, mas cada espaço de armazenamento também tem seus riscos singulares. 
A obesidade central (da parte superior do corpo), caracterizada por um abdome 
protuberante, está com mais frequência relacionada a doenças cardiovasculares, 
hipertensão e diabetes tipo 2. Enquanto outras células adiposas escoam gordura 
para a circulação sanguínea geral, a gordura liberada pelas células adiposas do ab-
dome vai diretamente para o fígado por meio da veia porta. É provável que esse pro-
cesso interfira na capacidade do fígado de usar insulina e afete negativamente o me-
tabolismo hepático das lipoproteínas. Essas células adiposas abdominais também 
produzem substâncias que aumentam a resistência à insulina, 
a coagulação sanguínea, a constrição dos vasos sanguíneos e a 
inflamação no corpo. Essas mudanças podem levar a proble-
mas de saúde a longo prazo.
Níveis elevados de testosterona no sangue (essencial-
mente um hormônio masculino) aparentemente estimulam 
a obesidade central, assim como uma dieta de alta carga gli-
cêmica, ingestão de álcool e tabagismo. Esse padrão mascu-
lino de depósito de gordura característico também é chama-
do de obesidade androide e, em geral, é conhecido como 
o formato de maçã (abdome grande [barriga protuberante] 
e nádegas e coxas pequenas). A obesidade central é avalia-
da pela medida da cintura no seu ponto mais largo pouco 
acima dos quadris quando relaxado. Uma circunferência de 
cintura acima de 102 cm em homens e acima de 88 cm em 
mulheres indica obesidade central (Fig. 7.14). Se além disso 
o IMC for igual ou superior a 25, os riscos à saúde serão 
ainda maiores.
Estrogênio e progesterona (hormônios essencialmente fe-
mininos) estimulam o depósito de gordura na parte inferior 
do corpo e a obesidade periférica ou inferior (ginecoide ou 
ginoide) – o padrão típico feminino. Abdome pequeno e ná-
degas e coxas maiores dão uma aparência de pera. A gordura 
depositada na parte inferior do corpo não se mobiliza tão fa-
cilmente como o outro tipo e com frequência resiste à disper-
são. Depois da menopausa, os níveis sanguíneos de estrogênio 
caem, estimulando a distribuição de gordura na parte superior 
do corpo.
absorciometria de raio X de dupla energia 
(DEXA) Método de alta precisão para medir 
a composição corporal, a massa e a densidade 
óssea utilizando raios X múltiplos de baixa 
energia.
obesidade central Tipo de obesidade na qual 
a gordura se deposita principalmente na área 
abdominal; definida como uma circunferência 
de cintura acima de 102 cm em homens e 88 
cm em mulheres; bastante associada a um alto 
risco de doença cardiovascular, hipertensão e 
diabetes tipo 2. Também conhecida como obe-
sidade androide.
obesidade periférica Tipo de obesidade na 
qual o depósito de gordura está principalmente 
localizado na área das nádegas e das coxas. 
Também conhecida como obesidade ginoide 
ou ginecoide.
FIGURA 7.13 � Absorciometria de raio x de dupla energia (DEXA). 
Esse método mede a gordura corporal passando pequenas doses de 
radiação pelo corpo. A radiação reage de maneiras diferentes com gor-
dura, tecido magro ou osso, permitindo que esses componentes sejam 
quantificados. O braço de varredura move-se da cabeça para os pés e, 
ao fazê-lo, consegue determinar a gordura corporal, bem como a densi-
dade óssea. A DEXA é considerada atualmente o método mais preciso 
de determinar a gordura corporal (desde que a pessoa consiga se encai-
xar embaixo do braço do instrumento). A dose de radiação é mínima.
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280 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith
REVISÃO CONCEITUAL
O sobrepeso e a obesidade estão frequentemente associados ao depósito excessivo de gordura 
corporal. O risco de problemas de saúde relacionados ao estado de sobrepeso aumenta espe-
cialmente sob as seguintes condições:
• A porcentagem de gordura corporal do homem excede a 25%; a da mulher, cerca de 35%
• A gordura em excesso fica praticamente toda armazenada na região superior do corpo
• O índice de massa corporal (IMC) é � 30 (calculado como o peso em kg dividido pela 
altura ao quadrado em metros)
Entretanto, trata-se meramente de diretrizes. Uma conduta de avaliação mais individua-
lizada é necessária desde que a pessoa esteja seguindo um estilo de vida saudável e não tenha 
problemas médicos coexistentes.
O conteúdo de gordura corporal pode ser medido utilizando-se uma variedade de 
métodos, como pesagem hidrostática, deslocamento de ar, espessura das pregas cutâneas, 
bioimpedância elétrica e DEXA. A distribuição da reserva de gordura especifica ainda mais 
um estado obeso como central ou periférica. A obesidade leva a um risco maior de doença 
cardiovascular, alguns tipos de câncer, hipertensão, diabetes tipo 2, alguns distúrbios ósseos e 
articulatórios e alguns distúrbios digestivos. Os riscos de algumas dessas doenças são maiores 
com o depósito de gordura na parte superior do corpo.
7.5 Por que algumas pessoas são obesas – 
natureza versus criação
Tanto fatores genéticos (natureza) quanto ambientais (criação) podem aumentar 
o risco de obesidade (Tab. 7.2). A localização do depósito de gordura é fortemente 
influenciada pela genética. Consideremos a possibilidade de que a obesidade seja 
criação permitindo que a natureza se expresse. Algumas pessoas obesas começam 
a vida com um metabolismo basal mais lento; mantêm um estilo de vida inativo e 
consomem dietas densas em calorias altamente refinadas. Essas pessoas são educa-
das para o ganho de peso, promovendo sua tendência natural à obesidade.
Ainda assim, os genes não controlam totalmente o destino. Com o aumento da 
atividade física e menos consumo alimentar, mesmo aqueles com uma tendência 
genética para obesidade podem conseguir um peso corporal mais saudável.
Como a natureza contribui para a obesidade?
Estudos em pares de gêmeos idênticos dão algumas pistas a respeito da contri-
buição da criação à obesidade. Mesmo quando gêmeos idênticos são criados se-
parados, eles tendem a exibir padrões de ganho de peso similares, tanto no peso 
total quanto na distribuição de gordura corporal. Parece que a criação – hábitos 
alimentares e nutrição, que varia entre gêmeos criados separados – tem menos a ver 
com a obesidade do que a natureza. Na verdade, pesquisas apontam que os genes 
são responsáveis por até 70% das diferenças de peso entre as pessoas. Uma criança 
sem pais obesos tem uma chance de apenas 10% de se tornar obesa. Quando a 
criança tem um dos pais obesos (comum na sociedade norte-americana), esse risco 
sobe para até 40% e, com pai e mãe obesos, dispara até 80%. Nossos genes ajudam 
a determinar a taxa metabólica, o uso de combustível e as diferenças na química 
cerebral – todos fatores que afetam o peso corporal.
Também herdamos tipos de corpo. Pessoas altas e magras parecem ter mais 
facilidade inata de manter o peso corporal saudável, talvez porque o metabolismo 
basal se eleve à medida que a superfície corporal aumenta e, portanto, pessoas mais 
altas usam mais calorias do que as baixas, até mesmo em repouso.
É provável que muitos de nós tenhamos herdado um metabolismo econô-
mico que nos permite armazenar gordura mais prontamente do que o humano 
típico, de maneira que necessitamos de menos calorias para passar o dia. Antiga-
mente, quando as provisões de alimentos eram escassas,um metabolismo frugal 
teria sido uma salvaguarda contra a fome. Atualmente, nos EUA, com a abundân-
gêmeos idênticos (univitelinos) Dois bebês 
que se desenvolvem a partir de um único óvulo 
fecundado por um espermatozoide e que, con-
sequentemente, têm o mesmo código genético.
Distribuição de gordura
periférica (ginoide:
forma de pera)
Distribuição de gordura
central (androide:
forma de maçã)
81 cm
111 cm
FIGURA 7.14 � A gordura depositada princi-
palmente na parte superior do corpo (androide) 
acarreta riscos maiores de doenças associadas 
à obesidade do que a gordura na parte inferior 
(ginoide). A circunferência da cintura da mulher 
de 81 cm e do homem de 111 cm indica que o 
homem tem uma distribuição de gordura cen-
tral, mas a mulher não, com base em um ponto 
de corte de 88 cm para mulheres e 102 cm para 
homens.
� A circunferência da cintura é uma medida im-
portante do risco à saúde relacionado ao peso.
Wardlaw_Cap_7.indd 280Wardlaw_Cap_7.indd 280 04/12/12 14:4404/12/12 14:44
Nutrição Contemporânea 281
cia geral de alimento, pessoas que funcionam nessa marcha lenta necessitam de 
mais atividade física e escolhas alimentares sensatas para evitar a obesidade. Se 
você acha que tem tendência a ganhar peso, provavelmente herdou um metabo-
lismo econômico.
O corpo tem um ponto de ajuste de peso?
A teoria do ponto de ajuste de manutenção do peso propõe que os humanos têm 
um peso corporal ou um conteúdo de gordura corporal geneticamente predeter-
minado, que o corpo regula atentamente. Algumas pesquisas indicam que o hipo-
tálamo monitora a quantidade de gordura corporal nos humanos e tenta manter 
tal quantidade constante ao longo do tempo. Vale lembrar do Capítulo 1, que o 
hormônio leptina forma um elo entre as células adiposas e o cérebro, o que permite 
uma certa regulação do peso.
Várias mudanças fisiológicas que ocorrem durante a redução calórica e a perda 
de peso endossam a teoria do ponto de ajuste. Por exemplo, quando a ingestão 
calórica é reduzida, a concentração sanguínea dos hormônios da tireoide cai, o que 
lentifica o metabolismo basal. Além disso, à medida que se perde peso, o dispêndio 
calórico das atividades que sustentam o peso diminui, de maneira que uma ativi-
dade que queimava 100 kcal antes da perda de peso pode queimar apenas 80 kcal 
ponto de ajuste Geralmente refere-se à re-
gulação justa do peso corporal. Não se sabe 
quais células controlam esse ponto de ajuste 
ou como ele funciona na regulação do peso. 
Entretanto, há indicações de que existem meca-
nismos que ajudam a regular o peso.
TABELA 7.2 O que estimula depósitos de gordura em excesso e obesidade?
Fator Como se deposita a gordura
Idade O excesso de gordura corporal é mais comum em adultos e indivíduos de meia-idade
Menopausa O aumento do depósito de gordura abdominal é típico 
Gênero Mulheres têm mais gordura
Balanço energético positivo Durante um período prolongado, promove o depósito de gordura
Composição da dieta O excesso de calorias na forma de gordura, álcool e alimentos ricos em calorias (açucarados, 
gordurosos) contribui para a obesidade
Atividade física Pouca atividade física (“preguiçoso[a]”) leva a um balanço energético positivo e depósito de 
gordura corporal
Metabolismo basal Uma TMB baixa está ligada ao ganho de peso
Efeito térmico dos alimentos Baixo em alguns casos de obesidade
Mais sensação de fome Algumas pessoas têm problemas em resistir à disponibilidade abundante de alimentos, o que 
provavelmente está ligado à atividade de várias substâncias químicas no cérebro 
Relação gordura-tecido magro Uma relação elevada de massa de gordura para massa corporal magra está correlacionada ao 
ganho de peso
Captação de gordura pelo tecido adiposo É alta em alguns indivíduos obesos e permanece alta (talvez até mesmo aumente) com a perda 
de peso
Variedade de fatores sociais e comportamentais A obesidade está associada à condição socioeconômica às condições familiares; à rede de 
amigos; aos estilos de vida agitados que desestimulam refeições balanceadas; “farras” alimen-
tares; à fácil disponibilidade de alimentos gordurosos “tamanho família” baratos ao padrão 
de atividades de lazer; ao tempo assistindo à televisão; ao parar de fumar; à ingestão alcóolica 
excessiva e ao número de refeições consumidas fora de casa
Características genéticas indeterminadas Essas características afetam o equilíbrio energético, particularmente o gasto energético, o de-
pósito de excedente de energia como tecido adiposo ou tecido magro e a proporção relativa 
de gordura e carboidrato usada pelo corpo
Raça Em alguns grupos étnicos, o peso corporal maior pode ser mais socialmente aceitável
Determinados medicamentos Aumentam a ingestão alimentar
Gravidez A mulher talvez não consiga perder todo o peso ganho na gravidez
Região nacional Diferenças regionais, por exemplo, dietas hiperlipídicas e estilos de vida sedentários em algu-
mas áreas do país, levam a taxas de obesidade geograficamente diferentes
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282 Gordon M. Wardlaw & Anne M. Smith
depois da perda de peso. Ademais, com a perda de peso, o corpo se torna mais efi-
caz em armazenar gordura pelo aumento da atividade da enzima lipoproteína lipase, 
que transfere gordura para as células. Todas essas mudanças protegem o corpo da 
perda de peso.
Se uma pessoa come demais, a curto prazo, o metabolismo basal tende a au-
mentar, causando uma certa resistência ao ganho de peso. Entretanto, a longo pra-
zo, essa resistência fica bem menor do que a resistência à perda de peso. Quando 
uma pessoa ganha peso e permanece assim por um tempo, o corpo tende a estabe-
lecer um novo ponto de ajuste.
Os que se opõem à teoria do ponto de ajuste argumentam que o peso não per-
manece constante durante a fase adulta – a pessoa mediana ganha peso gradativa-
mente, pelo menos até a velhice. Além disso, se um indivíduo é inserido em um am-
biente social, emocional ou físico diferente, o peso pode se alterar e manter-se muito 
alto ou muito baixo. Esses argumentos são indicativos de que os humanos, em vez 
de terem um ponto de ajuste determinado pela genética ou pelo número de células 
adiposas, acomodam-se em um determinado peso estável de acordo com as circuns-
tâncias em que vivem, muitas vezes considerado como um “ponto de acomodação”.
O movimento de aceitação do peso sem dieta, Health at Every Size (Saúde em 
Qualquer Tamanho), refere-se indiretamente a um ponto de ajuste de peso ao de-
finir peso saudável como o peso natural que o corpo adota, considerando-se uma 
dieta saudável e níveis consistentes de atividade física. Em termos gerais, o ponto de 
ajuste é mais fraco em prevenir o ganho de peso do que em prevenir a perda. Mes-
mo com um ponto de ajuste nos ajudando, as chances são favoráveis a 
um eventual ganho de peso a menos que dediquemos esforços para ter 
um estilo de vida saudável.
A criação tem um papel?
Alguns argumentariam que as semelhanças de peso corporal entre 
membros de uma família advêm mais de comportamentos aprendi-
dos do que de semelhanças genéticas. Até mesmo casais, que não têm 
qualquer elo genético, podem se comportar de maneira semelhante 
em relação aos alimentos e, muitas vezes, acabam assumindo graus 
semelhantes de magreza ou gordura. Os defensores da influência da 
criação dizem que fatores ambientais, como dietas ricas em gordura e 
inatividade, literalmente nos dão a forma. Isso parece provável quando 
consideramos que nosso conjunto de genes não mudou muito nos 
últimos 50 anos, enquanto, de acordo com o U.S. Centers for Disease 
Control and Prevention, as categorias de pessoas obesas cresceram em 
proporções epidêmicas nos últimos 10 anos.
� A diferença em termos de gordura corporal 
entre avós e netos advém da natureza, da cria-
ção ou de ambas?
� O peso corporal é influenciado por diversos 
fatores relacionados tanto à natureza quanto à 
criação. Parecemos com nossos pais por causa 
dos genes que herdamos e doestilo de vida, 
incluindo dieta, que aprendemos deles.
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Nutrição Contemporânea 283
A obesidade adulta em mulheres muitas vezes tem suas raízes na obesidade 
infantil. Além disso, a inatividade relativa, os períodos de estresse ou tédio, bem 
como o peso extra ganho durante a gravidez, contribuem para a obesidade femi-
nina. (O Cap. 14 observa que a amamentação contribui para a perda de parte da 
gordura em excesso associada à gravidez.) Esses padrões indicam tanto elos sociais 
quanto genéticos. Entretanto, a obesidade masculina não está tão ligada à obesida-
de infantil e, em vez disso, tende a manifestar-se depois dos 30 anos de idade. Esse 
padrão forte e prevalente mostra um papel primário da criação na obesidade, com 
menos influência genética.
Será que a pobreza está associada à obesidade? Ironicamente, a resposta mui-
tas vezes é afirmativa. Norte-americanos de condição socioeconômica mais baixa, 
especialmente as mulheres, são mais passíveis de ser obesos do que os de grupos 
socioeconômicos mais afluentes. Diversos fatores sociais e comportamentais pro-
movem o depósito de gordura. Esses fatores incluem condição socioeconômica, 
amigos e familiares acima do peso, um grupo cultural/étnico que prefere um peso 
corporal maior, um estilo de vida que desencoraja refeições saudáveis e exercícios 
adequados, fácil disponibilidade de alimentos calóricos baratos, excesso de tempo 
em frente à televisão, cessação do tabagismo, carência de sono adequado, estresse 
emocional e refeições feitas fora de casa com frequência.
7.6 Tratamento do sobrepeso e da obesidade
O tratamento do sobrepeso e da obesidade deve ser prolongado, semelhante ao de 
qualquer doença crônica. Os tratamentos demandam mudanças de estilo de vida 
duradouras, em vez de uma solução aparentemente simples e rápida oferecida por 
muitos livros de dieta populares (também chamadas de dietas da moda). Com 
frequência uma “dieta” é encarada como algo temporário e, após algum tempo, 
podem ser retomados hábitos anteriores (geralmente ruins) depois que resultados 
satisfatórios foram conseguidos. Trata-se da principal razão por que tantas pessoas 
recuperam o peso perdido. Ao contrário disso, uma ênfase em um estilo de vida ati-
vo e saudável com modificações dietéticas aceitáveis promoverá o emagrecimento e 
a posterior manutenção do peso.
O que levar em conta em um plano de emagrecimento sensato
A pessoa que quer emagrecer pode desenvolver um plano de ação com a ajuda de 
um profissional de saúde, por exemplo, um nutricionista. De qualquer forma, um 
programa de emagrecimento sensato (Fig. 7.15) deve incluir especialmente os se-
guintes componentes:
 1. Controle da ingestão calórica. O ideal é diminuir a ingestão calórica em 100 
kcal/dia (e aumentar a atividade física em 100 kcal/dia), o que deverá promo-
ver uma perda de peso lenta e gradativa.
 2. Mais atividade física.
 3. Reconhecimento de que a manutenção de um peso saudável requer mudanças 
nos hábitos para a vida inteira, não só em um período breve de emagrecimento.
Uma abordagem que só enfatize a restrição calórica é um plano de ação pro-
blemático. Em vez disso, acrescentar atividade física e um componente psicológico 
adequado contribuirá para o sucesso da perda de peso e posterior manutenção do 
peso (Fig. 7.16). A partir da seção de controle do peso das Dietary Guidelines for 
Americans de 2005, as principais recomendações para os que precisam emagrecer é 
enfatizar uma perda de peso lenta e gradativa diminuindo a ingestão calórica, man-
tendo uma ingestão nutricional adequada e aumentando a atividade física.
A perda de peso em perspectiva
Esses princípios apontam para a importância de prevenir a obesidade. Esse conceito 
tem recebido amplo apoio porque vencer o transtorno é muito difícil. Estratégias de 
� A vida do estudante é com frequência reple-
ta de atividade física, o que não é necessaria-
mente verdadeiro durante a vida profissional da 
pessoa posteriormente; por isso, o ganho de 
peso é uma forte possibilidade.
Objetivos de controle do peso do Healthy 
People 2010
• Aumentar em 40% a proporção de adultos com 
peso saudável (índice de massa corporal entre 
18,5 e 25).
• Reduzir em 50% a proporção de adultos obesos 
(índice de massa corporal � 30).
• Reduzir em 50% a proporção de crianças e ado-
lescentes com sobrepeso ou obesos.
Quando você ler prospectos, artigos ou 
relatos de pesquisa a respeito de planos 
de dieta específicos, olhe além da perda 
de peso promovida pelo defensor da 
dieta para ver se essa perda relatada foi 
mantida. Se o aspecto de manutenção do 
peso estiver ausente, então o programa 
não obteve sucesso.
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
No vídeo desta Unidade de Aprendizagem, veremos um modelo de balanço energético, além de 
algumas dicas sobre dietas de emagrecimento e demais itens relacionados ao controle do peso.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/a00aad665c8ef3cbac8fa97f6ac09515
Exercícios
1) O peso ideal para que uma pessoa seja considerada saudável pode resultar de uma atenção 
maior ao importante conceito de balanço energético, que representa a relação direta entre o 
consumo e o gasto de energia. Conforme o comportamento alimentar e os hábitos de vida, 
que envolvem desde o consumo de alimentos até a prática de exercícios físicos regulares, o 
peso corporal poderá ser mantido ou alterado, de acordo com os objetivos individuais. Neste 
contexto, qual situação caracteriza o estado de balanço energético positivo? 
A) A ingestão energética é igual à energia gasta. 
B) A ingestão energética é menor do que a energia consumida. 
C) Ocorre redução da taxa metabólica basal e aumento do efeito térmico dos alimentos. 
D) Há um aumento na taxa metabólica basal, com consequente aumento sobre o efeito térmico 
dos alimentos. 
E) A ingestão energética é maior do que a energia despendida. 
2) O conteúdo de gordura corporal é bastante variável entre os indivíduos, podendo atingir de 
2 a 70% do peso do corpo. Também há diferenças entre os sexos, onde as mulheres 
apresentam percentual de gordura maior quando comparadas aos homens, pois os 
requerimentos fisiológicos para manter as funções reprodutoras são maiores, incluindo a 
produção de estrogênio. A quantidade de gordura corporal pode ser medida ou estimada, de 
acordo com o método utilizado, e representa uma das estratégias básicas para a intervenção 
nutricional, visto que o percentual de gordura do corpo relaciona-se com situações clínicas 
de saúde ou de doença. Dentre os diversos métodos, qual dos citados representa alta 
precisão para medir a composição corporal, a massa e a densidade óssea: 
A) Deslocamento de ar. 
B) Pesagem hidrostática. 
C) Bioimpedância elétrica. 
D) Reatância do infravermelho próximo. 
E) Absorciometria de raio X de dupla energia (DEXA). 
3) O Índice de Massa Corporal (IMC) é o padrão preferencial de relação peso-altura, pois 
refere-se à medida clínica mais relacionada ao conteúdo de gordura corporal. Este indicador 
é calculado como o peso corporal (em quilos), divididos pela altura ao quadrado (em metros). 
Conforme a relação peso-altura, pode-se estimar o estado nutricional do indivíduo, 
associando-o a possíveis riscos para desenvolvimento doenças crônicas não transmissíveis 
(DNCT) em decorrência do peso corporal. Das faixas de classificação do IMC para indivíduos 
adultos, qual aquela que representa a condição de sobrepeso? 
A) < 18,5 Kg/m2. 
B) De 18,5 a 24,9 kg/m2. 
C) De 30 a 34,9 kg/m2. 
D) De 35 a 40 kg/m2. 
E) De 25 a 29,9 kg/m2. 
4) O excesso de pesoe de gordura corporal está relacionado ao desenvolvimento de diversas 
doenças, dentre as quais merecem destaque as Doenças Cardiovasculares, o Diabetes tipo 2 
e diversos tipos de cânceres. Sabe-se que quanto maior o grau de obesidade, mais prováveis 
e mais graves podem se tornar os problemas de saúde associados, fazendo com que o 
indivíduo acometido tenha importante comprometimento de sua qualidade de vida. 
Especificamente ao surgimento de Diabetes tipo 2 em indivíduos obesos, uma possível 
explicação para tal relação seria: 
A) Acúmulo excessivo de gordura no fígado. 
B) Maior produção de estrogênio pelas células adiposas. 
C) Aumento no volume de sangue e maior resistência ao fluxo sanguíneo, também relacionado 
aos hormônios produzidos pelas células adiposas. 
D) Aumento nos valores do colesterol LDL e de triglicerídeos, assim como a redução no HDL 
colesterol, menos atividade física e aumento da síntese de fatores de coagulação sanguínea. 
E) Aumento das células adiposas, que não se ligam bem a insulina, ou por diminuírem fatores 
que auxiliam a ação da insulina e aumentarem fatores que diminuem sua ação. 
Comprometer-se com uma dieta e um estilo de vida mais saudável pode ser um desafio para 
muitas pessoas. Contudo, um plano de emagrecimento sensato não exige que a pessoa evite 
5) 
completamente determinados alimentos que lhe são favoritos. Justamente por isso, é 
fundamental que o nutricionista incorpore em seu dia-a-dia uma lista de verificação para 
avaliar um plano alimentar antes de colocá-lo em prática (entregar ao paciente). Um dos 
tópicos deste check list deverá abordar se o plano alimentar inclui alimentos considerados 
comuns, sem promover alimentos “mágicos” ou especiais. Este tópico da lista de verificação 
refere-se à: 
A) Saúde geral. 
B) Flexibilidade. 
C) Velocidade da perda. 
D) Modificação do comportamento. 
E) Ingestão. 
Na prática
O peso saudável geralmente é determinado em um contexto clínico usando um índice de massa 
corporal ou outro padrão da relação peso X altura. A presença de doenças relacionadas ao peso 
deve ser considerada na determinação do peso corporal saudável. A história médica e o estilo de 
vida devem ser as principais considerações ao determinar o peso saudável.
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Relações Familiares e Comportamento Alimentar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v30n1/06.pdf

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