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tde odonto social 2

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Faculdade Florence de Ensino Superior 
Aluna: Sâmia da Silva Pereira 
Curso: Odontologia 
TDE ODONTO SOCIAL II 
No setor da saúde, o planejamento e a programação são elementos fundamentais para 
o desenvolvimento de ações efetivas e eficientes, visando garantir o acesso universal e 
equitativo aos serviços de saúde. No contexto da saúde bucal, esses aspectos 
assumem uma importância ainda maior, uma vez que a saúde oral desempenha um 
papel essencial no bem-estar geral e na qualidade de vida das pessoas. Nesse sentido, 
é necessário compreender os principais aspectos histórico-conceituais do planejamento 
e da programação no setor de saúde bucal, bem como os desafios enfrentados na sua 
implementação. 
O planejamento em saúde bucal tem suas raízes nas políticas de saúde pública, que 
ganharam força a partir do século XX, impulsionadas por avanços científicos e sociais. 
No entanto, foi somente a partir da década de 1970 que se intensificaram os esforços 
para estabelecer uma abordagem sistêmica e estratégica no campo da saúde bucal. 
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, em 1988, e a inclusão da 
saúde bucal como componente essencial, a necessidade de um planejamento e uma 
programação adequados se tornaram evidentes. 
O planejamento em saúde bucal envolve a definição de metas, objetivos e estratégias 
para a promoção, prevenção, tratamento e reabilitação das condições de saúde oral. 
Isso implica a identificação das necessidades da população, a alocação de recursos, a 
organização dos serviços, a capacitação dos profissionais e a avaliação contínua dos 
resultados. A programação, por sua vez, se refere à transformação do planejamento em 
ações concretas, estabelecendo cronogramas, responsabilidades e recursos 
necessários. 
No entanto, a implementação do planejamento e da programação em saúde bucal 
enfrenta diversos desafios. Um dos principais é a desigualdade no acesso aos serviços, 
especialmente em países de grande extensão territorial e com populações dispersas. A 
falta de infraestrutura adequada e de profissionais capacitados nas áreas mais remotas 
dificulta a efetivação das ações programadas, impactando negativamente a saúde bucal 
dessas populações. Outro desafio está relacionado à falta de integração entre os 
diferentes níveis de atenção à saúde bucal. A atenção primária, os serviços 
especializados e as ações de promoção e prevenção muitas vezes funcionam de forma 
fragmentada, o que compromete a eficiência e a continuidade do cuidado. 
Portanto, o planejamento e a programação em saúde bucal desempenham um papel 
crucial na garantia do acesso universal e equitativo aos serviços de saúde oral. No 
entanto, os desafios enfrentados na sua implementação exigem ações efetivas e 
integradas por parte dos gestores, profissionais de saúde e sociedade como um todo. É 
necessário investir na qualificação dos recursos humanos, no fortalecimento da 
infraestrutura, na integração dos serviços e na promoção de políticas públicas 
sustentáveis. Somente assim será possível superar os desafios e promover uma saúde 
bucal de qualidade para todos os indivíduos.

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