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1 REVISE & RESPONDA CONTEÚDO + ORIENTADASFILOSOFIA 2. ANTIGA 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS Como vimos anteriormente, algumas cidades- Estados gregas, como por exemplo, Mileto, gradativamente foram se constituindo como regiões cosmopolitas, pois eram marcadas por um pluralismo cultural, uma vez que, recebiam pessoas de diferentes regiões. Esse pluralismo contribuiu para a relativização dos mitos, fato este, que transformou essas regiões em campos férteis para o surgimento da fi losofi a. Isto porque, em uma sociedade dedicada às práticas comerciais e aos interesses pragmáticos, as tradições míticas e religiosas perdem progressivamente sua importância. Introdução OS PRÉ-SOCRATICOS V ID EO A U LA A fi losofi a pré-socrática, surgiu na Grécia por volta do século VI a.C. O grego foi o primeiro a tentar explicar o mundo sem recorrer a formulações míticas, em outras palavras, a Grécia é o berço do pensamento Ocidental, pois foi lá que os indivíduos souberam encarar a natureza - a physis - pela primeira vez como objeto em si. A fi losofi a grega parece iniciar-se com uma noção desarmônica, a saber, com a proposição de que a água seria o primórdio e o ventre materno de todas as coisas: é realmente necessário deter-se neste ponto e proceder com seriedade? Sim, e por três motivos: primeiramente, porque a sentença profere algo acerca do primórdio das coisas, em segundo lugar porque ela faz sem imagem ou fabulação e, fi nalmente, porque, nela, ainda que apenas em forma embrionária, obteve-se o pensamento: tudo é um. NIETZSCHE, Friedrich. A fi losofi a na era trágica dos gregos. Conforme visto em Nietzsche, a natureza foi o primeiro objeto de contemplação dos pré-socráticos, uma vez que eles buscavam nela a explicação para os fenômenos naturais. Provavelmente por isso esses pensadores foram chamados por Aristóteles de fi siólogos, ou seja, estudiosos da physis (natureza). Vale ressaltar que o modelo de explicação adotado por eles era baseado na causalidade, pois, segundo eles, os fenômenos naturais estariam interligados uns aos outros em termos de causa e efeito. Esse modelo de explicação causal colocou os fi lósofos naturalistas frente a um limite crucial: Qual elemento teria originado todas as coisas? Buscando responder a essas indagações, os primeiros fi lósofos formularam a noção de arché, ou seja, a causa primeira, o princípio básico de tudo, matéria primordial. Cosmogonia: explicação mitológica acerca da origem do universo. Cosmologia: explicação racional acerca da origem do universo. Os primeiros fi lósofos, ao se voltarem para a physis, procuraram explicar os fenômenos da natureza puramente por suas causas naturais e essa nova postura contribuiu para que o discurso pautado em elementos mágico ou religioso (cosmogonia) fosse substituído pela noção do logos, termo grego cujo sentido remete à ideia de análise racional da natureza (cosmologia). A fi losofi a pré-socrática se desenvolveu inicialmente nas cidades da Jônia, Magna Grécia e Abdera. Nestas cidades surgiram escolas que se notabilizaram pelas perspectivas cosmológicas dos seus pensadores. A explicação causal possui, entretanto, um caráter regressivo. Ou seja, explicamos sempre uma coisa por outra e há assim a possibilidade de se ir buscando uma causa anterior, mais básica, até o infi nito. [...]. Isso, contudo, invalidaria o próprio sentido da explicação, pois, mais uma vez, a explicação levaria ao inexplicável, a um mistério, portanto, tal como no pensamento mítico. [...]. Para evitar que isso aconteça, surge a necessidade de se estabelecer uma causa primeira, um princípio, ou conjunto de princípios, que sirva de ponto de partida para todo o processo racional. É aí que encontramos a noção de arqué. MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da fi losofi a: dos pré- socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. p. 25. AS PRINCIPAIS ESCOLAS PRÉ-SOCRÁTICAS FORAM: 1. Escola Jônica: caracterizada pelo interesse pela physis. Escola representada por Tales de Mileto, Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto e Heráclito de Éfeso. 2. Escola Italiana: caracterizada pelo interesse pelo abstrato. Escola representada por Pitágoras de Samos. 3. Escola Eleática: assim como a italiana, essa escola é caracterizada pelo pensamento abstrato, representada por Parmênides de Eleia. 4. Escola Pluralista: caracterizada pela combinação de elementos de diferentes escolas e defesa do mundo como algo múltiplo e dinâmico, representada por Demócrito de Abdera. 2 2. ANTIGA | 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS Anaxímenes identifi cou a ar como sendo a matéria primordial, ou seja, a arché da physis. Entretanto, vale ressaltar que o "ar" enquanto physis, não é o ar que vemos, mas o princípio do qual o ar de nossa vida e de nossa experiência provem. Para ele, respirar seria o primeiro ato de um ser vivo e também o último antes de morrer, por isso o ar é o princípio vital. Outrossim, ele defendia que o mundo era um ser vivo que respirava e, portanto, que recebia do sopro originário a unidade que o manteria. Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam- se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras. BURNET, J. A aurora da fi losofi a grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 • Heráclito de Éfeso: fogo Fonte: Domínio Público Heráclito fi cou conhecido como "o obscuro" devido à difi culdade de interpretar seus pensamentos. Ele foi um importante "mobilista", isto é, acreditava que a realidade natural se caracteriza pelo movimento. Segundo ele, "não podemos entrar duas vezes no mesmo rio: suas águas não são nunca as mesmas e nós não somos nunca os mesmos". Heráclito defendia o fogo como matéria primordial, pelo menos enquanto chama, energia que queima e ao queimar transforma todas as coisas. Essa analogia reforça o caráter dinâmico da realidade presente no pensamento deste fi lósofo. ESCOLA ITALIANA • Pitágoras de Samos: número Fonte: Domínio Público ESCOLA JÔNICA • Tales de Mileto: água Fonte: Domínio Público Tales foi considerado o primeiro fi lósofo da história, pois foi o primeiro a formular uma explicação da realidade natural a partir dela mesma, ou seja, sem nenhuma referência mítica. A teoria de Tales aponta a água como matéria primordial, pois, segundo ele, a água apresenta-se sob as mais variadas formas e em todos os estados em que vemos os corpos da natureza: líquido, sólido e gasoso, ela passa de um estado a outro, mas mantém sua identidade consigo mesma. Para Tales, a água é "a alma motora do cosmos", ou seja, do Universo. • Anaximandro de Mileto: ápeiron Fonte: Domínio Público Anaximandro foi discípulo de Tales de Mileto, entretanto, divergindo do seu mestre, ele propõe que a physis seria o ápeiron, ou seja, a physis é o ilimitado, indefi nido e indeterminado, o que não sendo nenhuma das coisas (úmido, seco, quente, frio) dá origem a todas elas. Aventurando-se no campo da astronomia, ele propôs que a Terra permanece imóvel, ocupando o centro do Universo e por equilíbrio interno de suas partes seria impossibilitada de mover-se. • Anaxímenes de Mileto: ar Fonte: Domínio Público 3 2. ANTIGA | 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS Pitágoras fundou uma escola fi losófi ca de caráter semirreligioso. Para este pensador, o número seria a matéria primordial, ou seja, a arché da physis. Pitágoras chegou a essa conclusão ao comparar o Universo harmonizado com uma música e sua proporcionalidade. Dessa forma, para ele, a natureza numérica do cosmos (Universo Ordenado) está presente em todas as coisas. Pitágoras também defendia a metempsicose, isto é, a imortalidade da alma, sendo a matemáticafundamental para o aperfeiçoamento e elevação espiritual do indivíduo. "[...] é muito provável que Pitágoras tivesse percebido que os sons produzidos pela lira obedeciam a princípios e regras para formar os acordes e para criara a concordância entre os sons discordantes, isto é, os sons da lira seguem regras de harmonia que se traduzem em expressões numéricas (as proporções). Ora, se o som é, na verdade, número, por que toda a realidade - enquanto harmonia ou concordância dos discordantes como o seco e úmido, o quente e o frio, o bom e o mau, o justo e o injusto, o masculino e o feminino - não seria um sistema ordenado de proporções e, portanto, número?" CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da fi losofi a. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 68-69. ESCOLA ELIÁTICA • Parmênides de Eleia: ser Fonte: Domínio Público Parmênides acreditava que a realidade não tinha nada a ver com o mundo vivenciado por alguém e que somente pela razão, não pelos sentidos, era possível chegar à verdade. Para ele, o movimento não passa de algo aparente, uma ilusão. Por isso, ele defendia a necessidade de buscarmos, por meio do pensamento, examinar aquilo que permanece, ou seja, compreender que "o ser é e o não ser não é", pois aquilo que é não pode não ser. Zenão e o paradoxo de Aquiles O paradoxo de Zenão é conhecido como paradoxo da dicotomia. Ele procura interpretar o movimento de um ponto A a um ponto B como uma sequência infi nita de movimentos: antes de se chegar ao ponto B é preciso chegar ao ponto C tal que AC = CB (fi gura 1) ; mas, antes de se chegar a C, é preciso chegar ao ponto D tal que AD = DC ; e assim por diante, indefi nidamente. Figura 1 A conclusão de Zenão é que o movimento é impossível, pois sequer se iniciará. O paradoxo de Aquiles refere-se a uma corrida entre o rápido Aquiles e a morosa tartaruga que está se posicionando na frente (digamos, no ponto A1 da fi gura 2, enquanto Aquiles se posiciona em A). https://www.shutterstock.com/ O paradoxo está na conclusão de que Aquiles nunca alcançará a tartaruga. De fato, segundo o raciocínio de Zenão, quando Aquiles chegar ao ponto A1, a tartaruga já estará em A2; e quando Aquiles chegar ao ponto A2, a tartaruga já estará em A3; e assim p ESCOLA PLURALISTA • Demócrito de Abdera: átomo Fonte: Domínio Público 4 2. ANTIGA | 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS Demócrito propôs que o átomo seria a matéria primordial da physis. Para ele, todo objeto físico é feito de átomos e no vazio, que se organizavam em diferentes formas a partir de processos de atração e repulsão. Por serem pensadores materialistas, não invocavam nenhuma força externa aos átomos (matéria) para explicar a origem do movimento e do devir. ORIENTADA QUESTÃO 01 RES O LU Ç Ã O (UEL) "Tales foi o iniciador da fi losofi a da physis, pois foi o primeiro a afi rmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água. Essa proposta é importantíssima podendo com boa dose de razão ser qualifi cada como a primeira proposta fi losófi ca daquilo que se costuma chamar civilização ocidental." (REALE, Giovanni. História da fi losofi a: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulus, 1990. p. 29.) A fi losofi a surgiu na Grécia, no século VI a.C. Seus primeiros fi lósofos foram os chamados pré-socráticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado. A A ética, enquanto investigação racional do agir humano. B A estética, enquanto estudo sobre o belo na arte. C A epistemologia, como avaliação dos procedimentos científi cos. D A cosmologia, como investigação acerca da origem e da ordem do mundo. E A fi losofi a política, enquanto análise do Estado e sua legislação. ORIENTADA QUESTÃO 02 RES O LU Ç Ã O (UEL) De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra coisa algum dia. Sofi a entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afi nal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros fi lósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou fl ores multicoloridas. Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofi a. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da fi losofi a, assinale a alternativa correta. A Os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da natureza e porque a vida é como é, tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável as histórias contadas acerca do mundo dos deuses. B Os primeiros fi lósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância básica, uma causa oculta, que estava por trás de todas as transformações na natureza e, a partir da observação, buscavam descobrir leis naturais que fossem eternas. C Os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do século VI a.C. partiram da ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo por sua enorme capacidade de transformação. D A fi losofi a da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o antropomorfi smo do mundo dos deuses em detrimento de uma explicação natural e regular acerca dos primeiros princípios que originam todas as coisas. E Para os pensadores jônicos da natureza, Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um princípio originário único denominado o ilimitado, que é a reprodução da aparência sensível que os olhos humanos podem observar no nascimento e na degeneração das coisas. ORIENTADA QUESTÃO 03 RES O LU Ç Ã O (IFRN) A questão acerca do conhecimento tem sido uma das principais temáticas da fi losofi a ao longo da história. As posições divergentes sobre esse assunto tem demonstrado que os pensadores, de modo geral, admitem discutir o conhecimento a partir das suas próprias perspectivas histórico-sociais. Tendo em vista a pertinência do tema para a fi losofi a, pode-se afi rmar que A o conhecimento advém do interesse dos pensadores pré-socráticos em investigar a realidade. B a fi losofi a moderna corresponde ao período mais favorável para a discussão dos aspectos do conhecimento. C a perspectiva dos sofi stas encerra qualquer pretensão de se conter o conhecimento verdadeiro. D o conhecimento, como desvelamento da verdade, refere- se ao caráter não aberto de certas escolas fi losófi cas antigas. ORIENTADA QUESTÃO 04 RES O LU Ç Ã O (UNESP) Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de "vidência", privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é. (Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.) O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos, A o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória. B a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra. C o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a 5 2. ANTIGA | 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica. D a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica. E oesforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam. ORIENTADA QUESTÃO 05 RES O LU Ç Ã O (UEL) No livro Através do espelho e o que Alice encontrou por lá, a Rainha Vermelha diz uma frase enigmática: "Pois aqui, como vê, você tem de correr o mais que pode para continuar no mesmo lugar.” (CARROL, L. Através do espelho e o que Alice encontrou por lá. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p.186.) Já na Grécia antiga, Zenão de Eleia enunciara uma tese também enigmática, segundo a qual o movimento é ilusório, pois "numa corrida, o corredor mais rápido jamais consegue ultrapassar o mais lento, visto o perseguidor ter de primeiro atingir o ponto de onde partiu o perseguido, de tal forma que o mais lento deve manter sempre a dianteira." (ARISTÓTELES. Física. Z 9, 239 b 14. In: KIRK, G. S.; RAVEN, J. E.; SCHOFIELD, M. Os Pré-socráticos. 4.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p.284.) Com base no problema fi losófi co da ilusão do movimento em Zenão de Eleia, é correto afi rmar que seu argumento A baseia-se na observação da natureza e de suas transformações, resultando, por essa razão, numa explicação naturalista pautada pelos sentidos. B confunde a ordem das coisas materiais (sensível) e a ordem do ser (inteligível), pois avalia o sensível por condições que lhe são estranhas. C ilustra a problematização da crença numa verdadeira existência do mundo sensível, à qual se chegaria pelos sentidos. D mostra que o corredor mais rápido ultrapassará inevitavelmente o corredor mais lento, pois isso nos apontam as evidências dos sentidos. E pressupõe a noção de continuidade entre os instantes, contida no pressuposto da aceleração do movimento entre os corredores. ORIENTADA QUESTÃO 06 RES O LU Ç Ã O (UFU) Considere o seguinte texto do fi lósofo Heráclito (século VI a.C.). “Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a água e da água, a alma" Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofi a. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor. Em relação ao excerto acima, podemos afi rmar que ele ilustra A a concepção heraclitiana que valoriza a importância do movimento na descrição da realidade. B a concepção dialética do pensamento heraclitiano, segundo a qual o movimento é uma ilusão dos sentidos. C a concepção heraclitiana da realidade, segundo a qual a multiplicidade dos fenômenos subjaz uma realidade única. D o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual a morte é a libertação da alma. ORIENTADA QUESTÃO 07 RES O LU Ç Ã O (UFU) Desde Tales de Mileto, as explicações sobre o cosmos são realizadas por meio de argumentos, razões plausíveis para que o processo desencadeado pela physis se comporte de determinada maneira. Tais argumentos são confrontados por outros fi lósofos e, progressivamente, as concepções tornam-se cada vez mais elaboradas. Dessa forma, o pensamento fi losófi co que emerge nesse movimento distancia-se do pensamento mítico, entre outras razões, por que: A Inaugura o primado da transformação permanente pela interferência contínua dos deuses na criação do cosmos; B Busca uma physis arcaica e antropomórfi ca, que une o homem ao cosmo sem sua estabilidade; C Apresenta uma visão de mundo com base racional que pode ser repensada por meio de argumentação e substituída; D Descreve uma cosmogonia inovadora racionalizada por meio de ritos simbólicos criados pela ação do homem; E As narrativas mágico-religiosas são substituídas por outra linguagem mágico-simbólica para representar o sagrado. ORIENTADA QUESTÃO 08 RES O LU Ç Ã O (UNCISAL) O período pré-socrático é o ponto inicial das refl exões fi losófi cas. Suas discussões se prendem a Cosmologia, sendo a determinação da physis (princípio eterno e imutável que se encontra na origem da natureza e de suas transformações) ponto crucial de toda formulação fi losófi ca. Em tal contexto, Leucipo e Demócrito afi rmam ser a realidade percebida pelos sentidos ilusória. Eles defendem que os sentidos apenas capturam uma realidade superfi cial, mutável e transitória que acreditamos ser verdadeira. Mesmo que os sentidos apreendam "as mutações das coisas, no fundo, os elementos primordiais que constituem essa realidade jamais se alteram." Assim, a realidade é uma coisa e o real outra. Para Leucipo e Demócrito a physis é composta A pelas quatro raízes: o úmido, o seco, o quente e o frio. B pela água. C pelo fogo. D pelo ilimitado. E pelos átomos. 6 2. ANTIGA | 2.1 PRÉ-SOCRÁTICOS ORIENTADA QUESTÃO 09 RES O LU Ç Ã O (UEG) A infl uência de Sócrates na fi losofi a grega foi tão marcante que dividiu a sua história em períodos: período pré-socrático, período socrático e período pós-socrático. O período pré-socrático é visto como uma época de formação da fi losofi a grega, na qual predominavam os problemas cosmológicos. Ele se desenvolveu em cidades da Jônia e da Magna Grécia. Grandes escolas fi losófi cas surgem nesse período e muitos pensadores se destacam. Entre eles, um jônico, que fi cou conhecido como pai da fi losofi a. Seu nome é: A Tales de Mileto. B Leucipo de Abdera. C Sócrates de Atenas. D Parmênides de Eléia. ORIENTADA QUESTÃO 10 RES O LU Ç Ã O (UEAP) ...que é e que não é possível que não seja,/ é a vereda da Persuasão (porque acompanha a Verdade); o outro diz que não é e que é preciso que não seja,/ eu te digo que esta é uma vereda em que nada se pode aprender. De fato, não poderias conhecer o que não é, porque tal não é fatível./ nem poderia expressá-lo. (Nicola, Ubaldo. Antologia ilustrada de Filosofi a. Editora Globo, 2005.) O texto anterior expressa o pensamento de qual fi lósofo? A Aristóteles, que estabelecia a distinção entre o mundo sensível e o inteligível. B Heráclito de Éfeso, que afi rmava a unidade entre pensamento e realidade. C Tales de Mileto, que afi rmava ser a água o princípio de todas as coisas. D Parmênides de Eleia, que afi rmava a imutabilidade de todas as coisas e a unidade entre ser e pensar, ser e conhecimento. E Protágoras, que afi rmava que o homem é a medida de todas as coisas, que o ser é e o não ser não é. GABARITO QUESTÕES ORIENTADAS 01 D 02 B 03 A 04 A 05 C 06 A 07 C 08 E 09 A 10 D Acertos Erros Rendimento % TOTAL DE ACERTOS Total Questões 21 Total Acertos Rendimento %