Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DISCIPLINA DE CINESIOLOGIA E BIOMECÂNICA DOCENTE: KASSIANA DE ARAÚJO PESSÔA Emanoel Privado Mendes Leal Lavígnia das Graças Marinho Nathaniel Gomes Oliveira Raissa Carla Araújo Diniz 1. CONTRAÇÃO MUSCULAR A contração nada mais é do que a contenção ou encurtamento do músculo para gerar a movimentação, isso ocorre devido ao deslizamento da actina sobre o filamento da miosina nas células musculares permitindo a contratilidade. O sistema músculo esquelético é o principal sistema responsável pela contração muscular, são feixes de fibras contráteis organizados em um padrão regular, os músculos esqueléticos variam em suas velocidades de contração, as fibras musculares são organizadas da sua maior estrutura até a sua menor funcionalidade, essas células musculares também são conhecidas como miócitos, elas possuem formatos alongados contendo um ou mais núcleos formando assim o tecido muscular. 2. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Os movimentos do nosso corpo são controlados principalmente pela região do lóbulo frontal. Para que ocorra o processo de contração há uma condução nervosa e um neurônio motor atuando dessa forma existe o que chamamos de junção neuromuscular, é a junção entre a parte terminal de um axônio motor com uma placa motor (sinapse neuromuscular). 2.1. SINAPSE A sinapse é uma região onde há comunicação entre os neurônios, entre neurônios e músculos e entre neurônios e glândulas. Na maioria das sinapses, a transmissão de informação é possível devido à presença de neurotransmissores que são mensageiros químicos. Para que o processo ocorra, há a liberação de um neurotransmissor e o neurotransmissor liberado por esses neurônios é chamado de Acetilcolina (ACH). A membrana plasmática Funda todas as células e é formada por uma dupla camada de lipídios, na qual as proteínas estão inseridas e garantem a separação entre o meio extracelular e intracelular. quando o neurônio motor na junção motora libera a acetilcolina, a ACH irá se conectar ao seu receptor, uma vez que a ACH é conectada ao seu receptor, ela irá estimular as aberturas dos canais de sódio e potássio (íons) fazendo com que o sódio saia do meio extra e vá para o intra (entrando na célula) e fazendo com que o potássio saia do meio intra e vá para o meio extra (entrando na célula). quando ocorre essas trocas chamamos de despolarização da membrana celular. Após a abertura dos canais de cálcio, este cálcio adentra na célula e o retículo sacoplasmático irá se localizar ao lado dos túbulos T, quando ocorrer a despolarização do túbulo T, ele é a estimular o retículo saco plasmático a liberar o conteúdo de cálcio para o citoplasma. O cálcio é um eletrólito muito importante para a contração, quanto maiores quantidades de cálcio, maior a contração muscular, o filamento de cálcio irá se conectar com a troponina no sarcômero localizado no músculo. 2.2. PROTEÍNAS CONTRATEIS A contração se deve principalmente pelas proteínas contráteis, a actina e miosina. As células musculares estriadas apresentam pacotes muito finos de fibras contrateis em seu citoplasma, Conhecido como meu filhos o conjunto das 2 principais proteínas miosina (espessura grossa) e actina (espessura fina). O sarcômero é a menor unidade funcional do músculo, ele é composto pelos filamentos de actina que irão formar as bandas claras (banda I). Os filamentos de miosina irão formar as bandas escuras (banda A), enquanto os filamentos de actina irão formar as bandas claras (banda I). A banda A possui uma faixa mais clara, conhecida como banda H, que pode ser observada com maior facilidade quando os músculos estão relaxados e vai se tornando cada vez menos perceptível a medida que os músculos se contraem. Na banda I é vista uma linha mais escura conhecida como linha Z e cada unidade de repetição desta linha é chamada de sarcômero, Sendo ela a unidade contrátil da célula muscular. Quando ocorre o encurtamento dos sarcômeros, toda a célula muscular se contrai. 3. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES O sistema muscular, ou seja, os músculos são compostos por fibras musculares que são as células do tecido muscular. Existem três tipos de fibras musculares, as fibras I e as fibras II, que são divididas em fibras II A e fibras II B. As fibras I também são conhecidas como fibras vermelhas ou fibras lentas oxidativas, pois dentre as três fibras esta é a mais capilarizada, ou seja, tem mais capilares sanguíneos em contato com ela e por consequência, ela tem mais sangue no seu interior e são lentas oxidativas porque utilizam principalmente a via oxidativa com a produção de energia, isto é, a via aeróbia que utiliza o oxigênio, portanto o oxigênio é a principal fonte energética desse tipo de fibra. Como esta é via é lenta, a produção de força acontece lentamente, então ela não é tão rápida quanto as outras fibras, em compensação, dentre elas, a fibra I tem maior resistência à fadiga, elas são as menores em tamanho, em dimensões. O tamanho da fibra I é menor que as outras fibras, porém é o tipo de fibra que tem maior quantidade de mitocôndrias que é a organela dentro da célula muscular responsável por produzir energia por via aeróbia. A fibra I tem alta atividade enzimática mitocondrial porque tem muitas mitocôndrias, então tem muitas enzimas para fazer com que a atividade seja alta e ela tem uma quantidade baixa de até atpase miofibrilar, que é a enzima responsável por quebrar o atp e produzir energia na miofibrila que é um componente ainda menor dentro da fibra muscular. A fibra II b, também conhecida como fibra branca ou fibra rápida glicolítica, porque ela não é tão capilarizada e tem menos mioglobina, por esse motivo o sangue tem menos influência na cor dela e ela tem um aspecto mais branco. A fibra II b tem uma característica mais anaeróbia, ou seja, ela produz energia utilizando mais as vias energéticas que não utilizam oxigênio que é da glicose e da creatina fosfato, mas ainda assim, a principal fonte energética dela é a glicose, por isso ela é rápida e glicolítica e a contração dela é muito rápida, dentre as fibras, ela é a que consegue produzir contração mais rápida. Portanto, por contrair rapidamente e utilizada em quase toda fonte energética, ela é a fibra que consegue produzir maior quantidade de força no menor tempo possível, então é mais forte e mais rápida e quando comparada às outras fibras, ela é a que tem maior dimensão, ou seja, ela é a maior das três e ela tem uma baixa atividade mitocondrial comparado com as outras fibras, mas ela tem uma alta atividade enzimática glicogênolítica, ou seja, que participa da quebra do glicogênio para conseguir quebrar esse glicogênio em moléculas de glicose e utilizar a glicose como energética. Por ser ter uma grande quantidade de força e velocidade, ela tem uma alta quantidade de aptase miofibrilar, enzima responsável por quebrar o atp e produzir energia. E a terceira fibra, a fibra IIa, é conhecida como fibra rosada ou fibra rápida oxidativa glicolítica. É uma fibra rosada, pois tem uma quantidade média comparada com as outras fibras de mioglobina e capilares sanguíneos, o que dá para ela um aspcto rosado. É uma fibra que tem características oxidativas e glicolíticas, portanto, é um fibra que produz energia, tanto utilizando oxigênio, como não utilizando o oxigênio, ela é uma fibra aeróbia e anaeróbia. Ela tem uma resistência média a fadiga comparada com as outras fibras, mas sua capacidade de contração é rápida em comparação com as outras, seu tamanho é médio e tem alta atividade enzimática glicogênolítica, então ela consegue quebrar o glicogenio rapidamente, mas ela tem uma média atividade enzimática mitocondrial, ela também tem uma alta quantidade de atpase miofibrilar, o que confere a ela uma característica decontração rápida.
Compartilhar