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ABA – aula 7 WWW.DRAJESSICACAVALCANTE.COM.BR Condicionamento de estímulos reforçadores O objetivo é ensinar a criança a prestar atenção, passar a se interessar por e naturalmente se orientar por estímulos relevantes.. Isso é importante para atenção na escola, aos pais e ao professor. O procedimento descrito abaixo é genérico e pode (e deve) ser utilizado para condicionar novos reforçadores (faces, livros, vozes, brinquedos, etc). 1. Inicie com tentativas de treino e teste (20 de cada). Tentativa de treino: tem que ser bem sucedida; então, é preciso repeti-la até o sucesso. Inicialmente, deve-se exigir 5s de resposta adequada. Deve-se intercalar uma tentativa com dois pareamentos e uma com três pareamentos. Tentativa de teste: após cada tentativa de treino, inicia-se uma tentativa de teste (elas são divididas arbitrariamente, por tempo). Inicialmente, 5s. Caso a criança responda adequadamente por 5s (não se deve reforçar), ela recebe um +. Caso não, recebe -. Após a tentativa de teste, inicia-se outra tentativa de treino. O critério é atentar para o estímulo em 90% das tentativas de teste em 2 sessões consecutivas. Caso isso, aconteça, vá para a brincadeira livre. 3. Na brincadeira livre, não é dado reforçador. A sessão dura 5 minutos. O critério é alcançado caso a criança atente para o reforçador condicionado em 90% dos intervalos em duas sessões consecutivas. 4. Caso não cumpra o critério na brincadeira livre, volte para o treino, mas agora com 10s nas tentativas de treino e teste. Depois, 15s. Aumente 5s a cada vez. Se aos 40s a criança ainda não cumprir o critério, algo está sendo feito errado, ou a criança não tem pré-requisitos. 5. Um relógio ou aparelho pode ser usado para dar dicas ao professor (treino/teste) Este protocolo produz uma série de vantagens: 1. O estudante passa a realmente gostar do estímulo condicionado como reforçador. Ou seja, ele terá prazer em olhar para o professor, ouvir o professor, brincar com certos brinquedos, manusear livros, etc; 2. Após o condicionamento de vozes e faces como reforçadores, todas as outras tarefas de ensino são aprendidas mais rapidamente (o estudante, além de sentir prazer em estar com o professor, vai prestar mais atenção em tudo que lhe é dito); 3. As estereotipias tendem a diminuir, pois tendo prazer em fazer atividades diversas, o estudante não sentirá necessidade de se auto-estimular o tempo todo: ele terá alternativas prazerosas; 4. Recentemente, Greer afirmou que o estudante aprende melhor e mais permanentemente se responde bem a reforçadores sociais PEI 1. Avaliação minuciosa das habilidades e necessidades dos alunos especiais; 2. Desenvolvimento de um plano educacional; 3. Produção de material adaptado; 4. Execução diária e intensiva do plano formulado; 5. Verificação constante do desempenho do aluno e eficiência do plano; 6. Remodelação do plano individualizado quando necessário. Avaliação de desempenho Alguns exemplos de identificação de habilidades básicas e pré-requisitos: Sabe escrever o próprio nome sem ajuda? Sabe escrever o próprio nome com pontilhados? Sabe utilizar pontilhados? Sabe fazer retas e curvas? Tem força com o lápis? Sabe subtrair? Sabe somar? Pareia quantidades com algarismos? Conhece as quantidades? Conhece os algarismos Lancha sem ajuda? Arruma a mesa para lanchar? Estende a toalha? Abre o tupperware? Abre a lancheira? Leva a comida à boca apropriadamente? Executa movimentos de pinça? Brinca de corrida de carrinhos com os amigos? Brinca trocando turnos? Aceita a presença dos amigos? Sabe empurrar o carrinho? Brinca com o carrinho quando sozinho? PEI Definição de metas e métodos para atingi-las a partir da avaliação do comportamento; Metas claras, mensuráveis e públicas; Atenção aos pré-requisitos; O Plano Educacional Individualizado deve... Conter metas pedagógicas e sociais; Ser conhecido por toda a Instituição; Ser o mais próximo possível ao currículo regular da escola. Semelhante ao dos colegas; Relacionado com o resultado da avaliação; Simples e direto; Poucas habilidades são trabalhadas em cada material; Pouca informação em cada material. Muitos, todos os dias. Execução do plano formulado Professores treinados pelo profissional de inclusão; Toda a escola executa o plano; Colegas que vão ajudar sabem o que devem fazer; Utilizar algumas ferramentas da Terapia ABA. Exemplos: Reforçador; Hierarquia de dicas; Modelagem; Repetição; Exigência de domínio para avançar; Registro constante. REGISTRO CONSTANTE: Permite identificar pontos fracos e fortes no trabalho realizado; Permite que o professor se auto-avalie; Fornece ferramentas para modificações precisas no trabalho; Facilita a continuidade do trabalho por outros profissionais. Remodelação do plano Nenhum plano educacional jamais será perfeito; O plano deve ser flexível, adaptando-se às necessidades do aluno e mudando junto com ele; Procure deixar o plano prazeroso para o aluno; Quando for possível, deixe o aluno tomar decisões sobre como prefere aprender Rotina Visual; Quadro que mostra, com fotos, todas as atividades que o aluno vai realizar no dia. Duas faixas de velcro. Ela deve preencher o quadro todos os dias quando chega à escola ou em casa (adicionando as fotos na primeira faixa de velcro); Antes de cada atividade, o aluno deve pegar outra foto da atividade e colocá-la na segunda faixa de velcro. Adapte a escola Rotina móvel (Histórias sociais); Caminho Divertido; Passarelas de E.V.A. com figuras preferidas do aluno para levá-lo a ambientes dos quais ele não gosta muito; Indicações visuais pela escola (banheiro, quadra, cantina, diferentes objetos na sala de aula, etc); Tudo é social: Montar quebra-cabeça: uma vez de cada, passando a peça um para o outro. Piscina de bolinha: procurar pelo colega, passar bolinhas. Pintar: escolher uma cor para o amigo, ajudar em um pedaço do desenho. Aluno especial entrega o caderno dos colegas. O aluno especial começa a interagir com um colega por vez, depois dois, três... (em uma sala separada, inicialmente); Entradas e despedidas são um bom momento para interagir. O limite é a criatividade. Torne o aluno o centro da sala Se possível, peça para os pais do aluno especial trazerem lanches para todos (uma vez por mês, que seja). Peça para a TURMA TODA fazer uma atividade que o aluno especial faz muito bem e a ajude a demonstrar como deve ser feito. Peça para o aluno especial (ajude-o, se preciso) a escolher a próxima atividade (desenho, um livro de história, etc). O ajudante É comum que, em escolas regulares, algumas crianças mostrem interesse especial em brincar com as crianças com autismo. Recrute-as, e a outras crianças, para brincarem com, chamarem por, pegarem na mão de, sentarem ao lado do aluno que necessita de ajuda. Isso é divertido para os ajudantes e muito funcional para o aluno especial. Um Ajudante por dia! Ensinar como incluir. Aluno não fica parado Geralmente, quando o aluno não aceita ficar parado, sentado, dentro de sala, a solução inadequada da escola é deixá-lo sair sempre que quiser. O ideal é criar um sistema de comunicação que permita ao estudante pedir para sair adequadamente. Gradativamente, reduz-se as oportunidades para sair da sala (sinalização visual apontando quantas vezes pode sair). Paralelamente, o tempo em sala deve ser bem aproveitado e gradualmente estendido. Colegas podem ajudar e incentivar a participação birras É comum que a escola ceda a birras. O choro ou grito incomoda os colegas. Idealmente, deve-se fazer um levantamento dos momentos e motivos das birras (análise funcional). Com base nisso, é possível prevê-las e evitá-las. Quando acontecem, é preciso um sistema de comunicação que permita ao aluno pedir o que deseja adequadamente. Ceder à birra NUNCA é uma opção. Alunos violentos não se integram bem e atrapalham o andamento da aula. A análise funcional permite conhecer as situações geradoras de violência e evitá-las. Um sistema de comunicação deve sercriado imediatamente. É primordial que haja um facilitador controlando o comportamento do aluno. Estar engajado em atividades adequadas geralmente faz a estereotipia diminuir. A estereotipia deve ser bloqueada sem que haja qualquer atenção social a ela e o aluno deve ser direcionado a uma tarefa apropriada. Essa reclamação não é justa. O papel da escola é criar um Plano Educacional Individualizado. É tarefa da escola incluir pedagogicamente. É tarefa da escola incluir socialmente
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