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atividade 1 - Faculdade UnyLeya - Georreferenciamento - Legislaçao

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Olá, estudantes!
Discorram sobre o arrendamento rural e parceria agrícola, fundamentando e apresentando jurisprudências que abordem o tema.
A participação deve ser realizada no espaço dedicado ao Fórum e deve ter de 300 a 500 palavras, excluídas as referências bibliográficas.
A palavra é de vocês!
Saudações para todos aqueles que lerem esta mensagem,
Uma primeira consideração envolve atender às disposições do Artigo 13 da Lei nº 4.947/1966 que determinam aplicabilidade para quaisquer instrumentos pertinentes ao direito agrário, isto significa que os contratos agrários não são apenas aqueles que estão disciplinados pela Lei nº 4.504/1964, mas todos aqueles que dizem respeito ao uso ou à posse temporária da terra, por exemplo, como comodato. Outrossim, ainda conforme o disposto no Artigo 2º do Decreto nº 59.566/1966, mesmo que o contrato contenha alguma claúsula pela qual o arrendatário ou locatário ceda direitos ou benefícios, essa cláusula será nula e inválida por força de lei por contradizer a legislação agrícola, podendo em ocasião citar-se a ilegalidade de claúsula no entendimento da jurisprudência quanto ao pagamento do arrendamento rural em produtos agrícolas: 
Processo: AgInt no AREsp 1000062 (ACÓRDÃO); Ministro: Ricardo Villas Bôas Cueva; DJe: 04/05/2017; Decisão: 27/04/2017; Ementa: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS. EXECUÇÃO. CONTRATO DE ARRENDAMENTO DE IMÓVEL E CONTRATO DE MAQUINÁRIO AGRÍCOLA. PAGAMENTO ESTIPULADO EM SOJA. ILEGALIDADE DA CLÁUSULA. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE. 1. Não há título executivo nos autos, visto que a execução foi instruída com contrato de arrendamento rural cujo preço restou ajustado em quantidade de produtos agrícolas, o que é expressamente vedado pelo art. 18, parágrafo único, do Decreto nº 59.566/1966. 2. Estando o contrato de arrendamento rural com vício relativo à forma de remuneração do proprietário da terra, resta configurada a ausência de certeza, liquidez e exigibilidade do título. 3. Agravo interno não provido
A possibilidade de cessão onerosa de imóveis rurais com finalidade de exploração de atividades em campo está prevista na Lei Federal nº 4.504/1964 que dispõe sobre o Estatuto da Terra, por exemplo, arrendamento rural ou parceria agrícola, cuja definição pode ser encontrada nos Artigos 3º e 4º, do Decreto nº 59.566/1966, respectivamente, e através desses instrumentos que ocorre a cessão temporária da terra e de benfeitorias para produção mediante contrato celebrado entre as partes, o proprietário e aqueles que exercerem de fato a atividade rural, conforme disposição no Artigo 92, devendo também serem observados os princípios dispostos nos Artigos 95 e 96, respectivamente, enquanto normas contratuais, todos artigos da lei supracitada. Relativamente às parcerias dos contratos agrícolas constam detalhadas no Artigo 5º do Decreto nº 59.566/1966 que específica os objetivos do contrato e os tipos de aplicações, nomeadamente: agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa, mista; e qualquer que seja o tipo de aplicação, os contratos agrícolas têm regras e princípios específicos que variam dos contratos comuns, e cujas indicações devem levar em atenção o disposto no Artigo 12º para contratos escritos. Relativamente ao entendimento da jurisprudência quanto aos limites de partilha dos frutos da parceria agrícola, cujos estão explícitos no Artigo 35, do Decreto nº 59.566/1966, necessário fazer observação quanto à possibilidade de discussão contratual como segue: 
Processo: AgInt nos EDcl no AREsp 412473 (ACÓRDÃO); Ministro: Raul Araújo; DJe: 07/02/2017; Decisão: 15/12/2016; Ementa: AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO DE PARCERIA AGRÍCOLA. CONTRIBUIÇÃO DAS PARTES. REEXAME DE PROVAS. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O Tribunal de origem, com fundamento no contrato firmado entre as partes e conjunto probatório dos autos, limitou a participação dos recorrentes em 10% da produção, nos termos do artigo 96, VI, a, da Lei 4.505/64 (Estatuto da Terra), pois ficou comprovado que o parceiro outorgante limitou-se a contribuir com a terra nua, competindo ao parceiro outorgado a realização do preparo da terra e a construção de benfeitorias necessárias à referida atividade agrícola. 2. A alteração do julgado quanto à qualificação jurídica da parceria agrícola e a efetiva contribuição das partes demandaria interpretação de cláusulas contratuais e o revolvimento do suporte fático-probatório dos autos, o que é inviável em sede de recurso especial, a teor do que dispõem as Súmulas 5 e 7 deste Pretório. 3. O magistrado não está adstrito aos fundamentos jurídicos alegados pelas partes, mas ao pedido formulado, podendo apreciá-lo livremente, embasando sua decisão nos dispositivos legais que entender pertinentes ao caso. Na hipótese, o acórdão recorrido acolheu o pedido nos termos em que postulado. 4. O apelo nobre interposto com fundamento na existência de dissídio pretoriano deve observar o que dispõem os arts. 541, parágrafo único, do CPC/73 e 255, §§ 1º e 2º, do RISTJ. Na hipótese, contudo, a parte recorrente deixou de proceder ao devido cotejo analítico entre os arestos paradigmas trazidos no recurso e o acórdão recorrido, deixando de mencionar as circunstâncias que identificam ou assemelham os acórdãos confrontados, de modo que não ficou evidenciada a alegada divergência pretoriana. 5. Agravo interno a que se nega provimento.
No propósito essas duas opções têm a mesma característica, mas diferenças no enquadramento da modalidade jurídica têm como consequência a aplicação de diferentes regimes de tributação, em razão do que dispõe a Lei nº 8.023/1990, que estabelece tratamento tributário diferenciado para pessoas físicas que exploram atividade rural, em comparação às regras de contabiilidade dispostas na Lei nº 6.404/76 para pessoa juídica por meio de balanços apurados para registro de transações e operações, restando nítida evidência de uma tribução menos onerosa do ponto de vista do custo direto para o produtor rural enquanto pessoa física, inclusive essa circunstância pode ser encontrada em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) conforme segue:
Processo: AgRg no REsp 1556298 (ACÓRDÃO); Ministro: Humberto Martins; DJe: 14/12/2015; Decisão: 03/12/2015; Ementa: PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 182/STJ. PARCERIA AGRÍCOLA. RECONHECIMENTO DE EXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. 1. De início, observa-se que as razões do agravo regimental não impugnam o fundamento da decisão agravada quanto à deficiência recursal na alegação de afronta ao art. 535 do CPC. Incidência da Súmula 182/STJ no ponto. 2. No mérito, observa-se que o Tribunal de origem não firmou, em momento algum, premissa de que "não é necessário contrato escrito para o gozo do benefício em análise", como afirma a agravante. Ao contrário, reconhece que o contribuinte fez prova da parceria agrícola por meio de contrato escrito. 3. O art. 13 da Lei 8.023/90 estabelece que "os arrendatários, os condôminos e os parceiros na exploração da atividade rural, comprovada a situação documentalmente, pagarão o imposto de conformidade com o disposto nesta lei, separadamente, na proporção dos rendimentos que couber a cada um", hipótese que o Tribunal consignou que houve prova documental da parceria, conclusão cuja modificação esbarra no óbice da Súmula 7/STJ.4. Agravo regimental improvido.
Algumas considerações também podem ser feitas quanto à não determinação do prazo do contrato de arrendamento que gera presunção do prazo mínimo de três anos, conforme o Artigo 95, Inciso II, da Lei nº 4.504/1964, podendo ser avençado de maneira diversa em relação ao entendimento em jurisprudência pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), cujos prazos variam na finalidade atribuída à terra conforme atividades de exploração ou espécies de lavouras, podendo tal posicionamento ser demonstrado na forma seguinte: 
Processo: AgInt no REsp1568933 (ACÓRDÃO); Ministro: Antonio Carlos Ferreira; DJe: 01/10/2020; Decisão: 28/09/2020; Ementa: CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE ARRENDAMENTO RURAL. PRAZO MÍNIMO LEGAL. NORMA COGENTE. PRECEDENTES. DECISÃO MANTIDA. 1. Segundo a jurisprudência mais recente desta Corte Superior, "os prazos mínimos de vigência para os contratos agrários constituem norma cogente e de observância obrigatória, não podendo ser derrogado por convenção das partes contratantes" (REsp 1.455.709/SP,Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 5/5/2016, DJe 13/5/2016). 2. Agravo interno a que se nega provimento.
Processo: REsp 1455709 (ACÓRDÃO); Ministro: Ricardo Villas Bôas Cueva; DJe: 13/05/2016; Decisão: 05/05/2016; Ementa: RECURSO ESPECIAL. CONTRATO AGRÁRIO. ARRENDAMENTO RURAL. PECUÁRIA DE GRANDE PORTE. PRAZO MÍNIMO DE VIGÊNCIA. CINCO ANOS. AFASTAMENTO. CONVENÇÃO DAS PARTES. NÃO CABIMENTO. 1. Trata-se de recurso especial interposto em autos de ação de despejo cumulada com perdas e danos na qual se discute a possibilidade de as partes firmarem contrato de arrendamento rural com observância de prazo inferior ao mínimo legal. 2. Os elementos de instabilidade no campo, caracterizados principalmente pela concentração da propriedade rural e pela desigualdade econômica e social em relação aos pequenos produtores, demandaram produção legislativa destinada a mitigar esses entraves e a estimular a utilização produtiva da terra, de forma justa para as partes envolvidas. 3. Em se tratando de contrato agrário, o imperativo de ordem pública determina sua interpretação de acordo com o regramento específico, visando obter uma tutela jurisdicional que se mostre adequada à função social da propriedade. As normas de regência do tema disciplinam interesse de ordem pública, consubstanciado na proteção, em especial, do arrendatário rural, o qual, pelo desenvolvimento do seu trabalho, exerce a relevante função de fornecer alimentos à população. 4. Os prazos mínimos de vigência para os contratos agrários constituem norma cogente e de observância obrigatória, não podendo ser derrogado por convenção das partes contratantes. 5. O contrato de arrendamento rural destinado à pecuária de grande porte deve ter duração mínima de 5 (cinco) anos. Inteligência dos arts. 95, inciso XI, alínea "b", da Lei nº 4.504/1964; 13, incisos II e V, da Lei nº 4.947/1966 e 13, inciso II, alínea "a", do Decreto nº 59.566/1966. 6. Recurso especial provido.
Outra consideração relevante cuida da eventual renovação automática ou direito de preferência à renovação, devendo, por exemplo, no caso de arrendamento rural aplicar-se o disposto no Artigo 95, Incisos IV e V, da Lei nº 4.504/1964, e no caso de parceria rural aplicar-se supletivamente as mesmas normas relativas ao arrendamento rural, conforme disposto no Artigo 96, Inciso VII, da lei supracitada, igualmente existem disposições sobre direito de preferência nos Artigos 22 e 34, do Decreto nº 59.566/1966, aplicável ao contrato de arrendamente ou parceria, respectivamente. Na análise das últimas decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) verifica-se uma possibilidade renovação automático do contrato de parceria em razão da ausência de notificação dentro do prazo legal, estando expressamente prevista de forma igual para o arrendamento rural:
Processo: AgInt nos EDcl no AREsp 1786844 (ACÓRDÃO); Ministro: Luis Felipe Salomão; DJe: 24/08/2021; Decisão: 16/08/2021; Ementa: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONTRATO DE PARCERIA RURAL. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. ACÓRDÃO EM SINTONIA COM O ENTENDIMENTO FIRMADO NO STJ. EXIGIBILIDADE DO TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL. MATÉRIA QUE DEMANDA REEXAME DE FATOS E PROVAS. SUMULA 7 DO STJ. AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO. 1. Esta Corte possui entendimento no sentido de que: " O Estatuto da Terra prevê a necessidade de notificação do arrendatário seis meses antes do término do prazo ajustado para a extinção do contrato de arrendamento rural, sob pena de renovação automática.".REsp 1277085/AL, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/09/2016, DJe 07/10/2016). Incidência da Súmula 83 do STJ. 2. O reexame dos fundamentos do acórdão recorrido que ensejaram o reconhecimento da liquidez, certeza e exigibilidade dos títulos que embasam a execução, exigiria a análise fático - probatória dos autos, o que é inviável por esta via especial, ante o óbice da Súmula 7 desta Corte, o que impede o conhecimento do recurso por ambas as alíneas do permissivo constitucional. 3. Agravo interno não provido.	Comment by David Salomão Bizarro: Renovação automatica - notificaçao
Processo: REsp 1277085 (ACÓRDÃO); Ministro: Ricardo Villas Bôas Cueva; DJe: 07/10/2016; Decisão: 27/09/2016; Ementa: RECURSO ESPECIAL. DIREITO AGRÁRIO. CONTRATO DE ARRENDAMENTO RURAL. PRAZO DETERMINADO. NOTIFICAÇÃO. ARRENDATÁRIO. SEIS MESES ANTERIORES. AUSÊNCIA. RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA. NORMA COGENTE. ESTATUTO DA TERRA. MODIFICAÇÃO PELAS PARTES. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. O Estatuto da Terra prevê a necessidade de notificação do arrendatário seis meses antes do término do prazo ajustado para a extinção do contrato de arrendamento rural, sob pena de renovação automática. 2. As partes não podem estabelecer forma alternativa de renovação do contrato, diversa daquela prevista no Estatuto da Terra, pois trata-se de condição obrigatória nos contratos de arrendamento rural. 3. Em se tratando de contrato agrário, o imperativo de ordem pública determina sua interpretação de acordo com o regramento específico, visando obter uma tutela jurisdicional que se mostre adequada à função social da propriedade. As normas de regência do tema disciplinam interesse de ordem pública, consubstanciado na proteção, em especial, do arrendatário rural, o qual, pelo desenvolvimento do seu trabalho, exerce a relevante função de fornecer alimentos à população. 4. Não realizada a notificação no prazo legal, tem-se o contrato como renovado. 5. Recurso especial provido.
Referências Bibliográficas:
FREDERICO, GUILHERME B.; Contratos Agrárias. Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharel em Direto, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2019
DA SILVA, MÁRCIO F.; Legislação Aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Pós-Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Faculdade UnyLeya, Brasília, 2022.
FERREIRA, RILDO M.; ET AL.; A importância dos Contratos Agrários para o Agronegócio: Disciplina Legal e Principais Características. Revista Pleiade, Vol. 16, Nº 37, Foz do Iguaçu, 2022
Sem mais para o momento, reforço as saudações a todos aqueles que lerem esta mensagem.

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