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ENTENDENDO REGRAS PRINCIPAIS NA TEMÁTICA DE LIMITES E CONFRONTAÇÕES DE IMÓVEIS RURAIS David Salomão Pinto Castanho Bizarro Matrícula 1148652 Pós-Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais RESPOSTAS À ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA: Um pais continental como o Brasil que possui histórico de grilagem de terras, em especial na região da Amazônia, a obrigatoriedade em legislação da prática de georeferenciamento em parcelas territoriais demonstra-se fundamental para melhorar a gestão da malha fundiária e para promoção do ordenamento dessa estrutura com devida precisão (imóveis certificados com limites em normas específicas e apoiados em marcos geodésicos), ou seja, essa ferramenta impossibilita sobreposições de imóveis, inibe materializações fraudulentas, e ainda possibilita a veracidade de conhecimento do ordenamento territorial. Para execução desses serviços de georreferenciamento de imóveis rurais um conjunto de normas estão estabelecidas a partir de manuais do INCRA, cujos exigem, por exemplo, descrição de limites, características e confrontações do imóvel por meio de memorial descritivo realizado por profissional habilitado, importante ainda como observação a adopção do conceito de imóvel contido na Lei de Registros Públicos, Lei nº 6.015/1973, para aproximar os procedimentos de certificação e o registro de imóveis. Relativamente à estrutura do manual técnico de limites e confrontações, os primeiros capítulos elucidam definições para entendimento adequado quanto à aplicação das orientações técnicas, depois seguem-se capítulos fornecendo orientações quanto à identificação e descrição dos limites dos imóveis, e às confrontações com outros imóveis (não assumindo confrontante o proprietário), posteriormente elucidam procedimentos para alteração de parcela certificada, por fim, em último capítulo seguem-se recomendações de arquivar o material que subsidiou a elaboração do georreferenciamento do imóvel rural. Deste modo, começando pelas definições algumas observações podem ser relevantes, tais como: a)Linha Ideal definina como linha imaginária, sem estar diretamente associada com elemento físico (apenas idealizada); b)Elemento Físico estabelecido como objeto que caracteriza em campo limite entre imóveis, podendo ser limite artifical (constituído por ação antrópica) ou natural (estabelecido pelo meio ambiente); c)Limite de Respeito correspondendo à linha divisória entre imóveis, estando em consonância com proprietários ou simples ocupantes (sem título de domínio); d)Imóvel Rural para aquele imóvel envolvido nos serviços de georreferenciamento como objeto de título de domínio ou ainda aquele passível de titulação, sendo atribuída certificação que será descrita em matrícula própria no registro de imóveis. Prosseguindo, quanto às circunstâncias de imóvel rural em documento formalizando a aquisição de titularidade podem ser identificadas duas hipóteses: a) área inscrita no cartório de registro de imóveis, podendo existir num mesmo ato registral anterior à Lei nº 6.015/1973 a transcrição das transmissões (área transcrita), e após atingido o período de vacância dessa lei adoção de ato registral num sistema de matrículas correspondendo um único imóvel para cada matrícula (área matriculada); b) área descrita e documento ainda não registrado, mas suscetível de registro com efeito translativo de domínio ou constitutivo da propriedade formal (escritura de compra e venda). Outrossim, admitem-se duas situações de imóveis rurais passíveis de titulação que correspondem: a) área pública ocupada por particular com ação de regularização fundiária promovida por órgão público competente; b) área particular ocupada por terceiro com exercício de posse podendo ser adquirida por usucapião; em qualquer dos casos, o imóvel somente será certificado após titulação por órgão público, sentença judicial transitada em julgado, ou reconhecimento extrajudicial de usucapião emitido pelo Oficial de Registro. No que refere às possíveis alterações de imóveis certificados estão previstas quatro providências como possíveis de serem adotadas, nomeadamente: a)Desmembramento enquanto ação de fracionar um imóvel com registro informado, podendo existir ou não confrontante com imóvel certificado, inclusive a necessidade de inclusão de vértice entre alinhamentos certificados com emissão de Documento de Responsabilidade Técnica, em especial, quando ocorrer necessidade de alteração entre imóveis confrontantes, consequentemente afetando a certificação e o registro de cartório; b)Remembramento considerada ação de fundir vários imóveis contíguos certificados em títulos distintos, inclusive com ou sem registro informado, ressaltando que num conjunto de imóveis passíveis de titulação a alternativa será georreferenciar diretamente o perímetro externo correspondente para certificação e registro de cartório; c)Atualização correspondendo à ação de ratificação de informações do imóvel, tais como, codificação e altitude de vértices certificados, ou procedimentos de inclusão de novos vértices em limites existentes, em qualquer situação sem alteração ao código da certificação do imóvel; d)Alteração na Certificação derivada por motivos de ações de atualização ou desmembramento, sendo necessária inclusão de novos vértices num imóvel certificado, cuja tolerância admitida entre vértice e alinhamento existente será pendente de análise para divergências superiores a 0,50 até ao limite de aceitação de 9 metros. Concluindo, este manual específico do INCRA começa na introdução pela importância da adotação do conceito de imóvel rural em observância à Lei 6.015/1973, seguindo-se a apresentação de definições e a orientação sobre o que medir e onde medir, esclarecendo ainda diferenças entre imóveis rurais objetos de título de domínio e aqueles passíveis de titulação, bem como possíveis situações na prática envolvendo imóveis certificados, tais como: desmembramento, remembramento, atualização e alteração na certificação, inclusive o que possivelmente alguns profissionais ainda “não entenderam”, o desmembramento só deve ocorrer após a certificação do perímetro, e o remembramento somente depois da certificação dos imóveis envolvidos (imóveis certificados com outros não certificados). REFERÊNCIAS: MTLC/2013. Manual Técnico de Limites e Confrontações: georreferenciamento de imóveis rurais. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Disponível em: <https://sigef.incra.gov.br/static/documentos/manual_tecnico_limites _confrontacoes_1ed.pdf>. Acesso em 21 de Novembro de 2022. DA SILVA, MÁRCIO F.; Legislação Aplicada ao Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Pós-Graduação em Georreferenciamento de Imóveis Rurais, Faculdade UnyLeya, Brasília, 2022. MTGIR/2022. Manual Técnico para Georreferenciamento de Imóveis Rurais. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Disponível em: <https://sigef.incra.gov.br/static/documentos/manual_geo_imoveis.pdf>. Acesso em 21 de Novembro de 2022. OLIVEIRA, MARGARETE M. J.; O SIGEF. Portal MundoGEO. Disponível em: <https://mundogeo.com/2013/09/15/o-sigef/>. Acesso em 01 de Maio de 2023. GIOVANNI, ADENILSON; Manual Técnico de Limites e Confrontações? Disponível em: <https://adenilsongiovanini.com.br/blog/manual-tecnico-de-limites-e-confrontacoes />. Acesso em 01 de Maio de 2023. GIOVANNI, ADENILSON; Desmembramento de imóvel certificado no SIGEF? Disponível em: <https://adenilsongiovanini.com.br/blog/desmembra mento-de-imovel- certificado/>. Acesso em 01 de Maio de 2023. https://adenilsongiovanini.com.br/posicionamento-pelo-gnss-aplicado-ao-geo/ https://adenilsongiovanini.com.br/posicionamento-pelo-gnss-aplicado-ao-geo/ https://adenilsongiovanini.com.br/posicionamento-pelo-gnss-aplicado-ao-geo/ Um pais continental como o Brasil que possui histó Para execução desses serviços de georreferenciamen Relativamente à estrutura do manual técnico de lim MTLC/2013. Manual Técnico de Limites e Confrontaçõ DA SILVA, MÁRCIO F.; LegislaçãoAplicada ao Georre MTGIR/2022. Manual Técnico para Georreferenciament
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