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MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA

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MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA
Profª Esp Gilcivania Pinheiro
Introdução
A microbiologia é uma ciência que deriva da biologia. Ela vem se desenvolvendo nos últimos tempos, devido à contribuição dos profissionais da área e demais estudiosos que se dedicam a conhecer um mundo invisível.
A microbiologia tem como fim estudar os aspectos relativos ao mundo microbiano, constituído por bactérias, fungos, protozoários, vírus e algas microscópicas.
Introdução
Micro-organismos estudados pela microbiologia
Bactérias
Archaea
Fungos
Vírus
Algas
Protozoários
História da Microbiologia
A ciência da Microbiologia iniciou há algumas centenas de anos. A recente descoberta de DNA de Mycobacterium tuberculosis em múmias egípcias de 3.000 anos de idade chama a atenção para a presença desses microrganismos por muito mais tempo ao nosso redor. 
História da Microbiologia
Início com os relatos de Robert Hooke e Antony van Leeuwenhoek, que desenvolveram microscópios que possibilitaram as primeiras observações de bactérias e outros microrganismos, além de diversos espécimes biológicos. 
Apesar de van Leeuwenhoek ser considerado o "pai" da microbiologia, os relatos de Hooke, descrevendo a estrutura de um bolor, foram publicados anteriormente aos de Leeuwenhoek. Na verdade, estes dois pesquisadores devem ser considerados como pioneiros nesta ciência.
História da Microbiologia
Apesar de muitos estudos acerca do tema, é sabido que a compreensão da natureza e importância destes microrganismos progrediu lentamente. Somente no século XIX, com a disseminação e melhoria dos microscópios e a evolução de técnicas laboratoriais, a microbiologia ganhou o reconhecimento.
O químico francês Louis Pasteur (1822-1895) buscou soluções para eliminar os micro-organismos existentes no suco de uva, que seria usado para a produção do vinho. Ele desenvolveu, então, um método de aquecimento e resfriamento, chamado de pasteurização, amplamente empregado na indústria alimentícia hoje em dia.
História da Microbiologia
O médico alemão Robert Koch (1843 - 1910) tentava encontrar a causa do carbúnculo, ou antraz, doença que estava dizimando o gado na Europa. 
Para muitos cientistas da época, era inconcebível que as doenças fossem causadas por seres invisíveis, mas alguns, incluindo Pasteur e Koch, acreditavam com convicção que muitas doenças fossem causadas por micro-organismos. 
Koch, então, descobriu que o agente causador do carbúnculo era uma bactéria em forma de bastão. Assim, pôde constatar que bactérias específicas causam doenças distintas.
História da Microbiologia
Koch é também aclamado pela descoberta do micro-organismo responsável pela tuberculose, doença que durante o século 19 foi responsável por um sétimo das mortes. 
Utilizando-se das melhorias da microscopia e de técnicas de coloração, visto que muitos micro-organismos são incolores, juntamente com suas técnicas de inoculações e cultivo em meio de cultura, Koch conseguiu isolar a bactéria que causava a doença, vindo a receber o Prêmio Nobel, em 1905, por esta descoberta. 
História da Microbiologia
O século XIX e o início do século XX foram conhecidos como a era de ouro da microbiologia. Além de Pasteur e Koch, muitos outros cientistas contribuíram para a compreensão do universo dos micro-organismos e as consequentes aplicações na pesquisa, indústria e nos avanços na medicina. 
Outro nome importante foi o do microbiologista escocês Alexander Fleming (1881-1955), que pela sua quase acidental descoberta abriu novas fronteiras para a produção de drogas que combatessem os micro-organismos. A contaminação por bolor (como eram mais conhecidos os fungos) em algumas placas, nas quais ele cultivava bactérias, chamou sua atenção, posto que nelas, ao redor do fungo, as colônias de bactérias não cresciam. 
História da Microbiologia
Este estranho fenômeno levou-o a descobrir que o fungo ali instalado, o Penicillium notatum, liberava uma substância que inibia o crescimento dos outros micro-organismos. Surgia, então, a penicilina. 
pois a produção da penicilina tornou-se rapidamente viável a partir de um organismo simples, como um tipo de bolor. Muitas doenças de origem bacteriana puderam ser combatidas eficientemente com a nova substância.
Importância da Microbiologia
A microbiologia abrange várias áreas de estudo, tais como:
Odontologia: estudo de microrganismos associados à placa dental, cárie dental e doenças periodontais. Estudos com abordagem preventiva;
 
Medicina e enfermagem: doenças infecciosas e infecções hospitalares; 
Nutrição: doenças transmitidas por alimentos, controle de qualidade de alimentos, produção de alimentos (queijos, bebidas); 
Importância da Microbiologia
A microbiologia abrange várias áreas de estudo, tais como:
Biologia: aspectos básicos e biotecnológicos. Produção de antibióticos, hormônios (insulina, GH), enzimas (lipases, celulases), insumos (ácidos, álcool), despoluição (herbicidas - Pseudomonas, Petróleo), bio-filme (Acinetobacter), etc.; 
Biotecnologia: uso de microrganismos com finalidades industriais, como agentes de biodegradação, de limpeza ambiental, etc.
Importância da Microbiologia
Alguns exemplos dos efeitos das doenças microbianas no desenvolvimento de diferentes civilizações:
O declínio do Império Romano, com Justiniano (565 AC), acelerado por epidemias de peste bubônica e varíola;
Durante a Idade Média várias novas epidemias se sucederam, sendo algumas amplamente disseminadas pelos diferentes continentes e outras mais localizadas, tais como: Tifo, varíola, sífilis, cólera e peste;
Importância da Microbiologia
A seguir alguns exemplos dos efeitos das doenças microbianas no desenvolvimento de diferentes civilizações:
Em 1346, houve uma grande epidemia da peste, que se disseminou pela “rota da seda” (a principal rota mercante para a China), provocando um grande número de mortes na Ásia e posteriormente espalhando-se pela Europa, resultando em um total de cerca de 25 milhões de pessoas mortas, em poucos anos;
Nos séculos XVI e XVII ocorreram novas epidemias de peste. Em 1566, Maximiliano II da Alemanha reuniu um exército de 80.000 homens para enfrentar o Sultão Soliman da Hungria. Devido a uma epidemia de tifo, o exército alemão foi profundamente dizimado, sendo necessária a dispersão dos sobreviventes;
Importância da Microbiologia
Vale ressaltar a importância das diferentes epidemias de gripe 
que assolaram o mundo e que continuam a manifestar-se de forma bastante intensa até hoje, como a H1N1, e o Ebola, que vem fazendo vítimas a cada dia nos países do continente africano.
Há, ainda, o problema mundial envolvendo a Aids, o retorno da tuberculose (17 milhões de casos no Brasil, até o ano de 2008) 
e do aumento progressivo dos níveis de resistência aos agentes antimicrobianos que vários grupos de bactérias vêm 
apresentando atualmente.
Reprodução Bacteriana
As bactérias se reproduzem com grande rapidez, dando origem a um número muito grande de descendentes em apenas algumas horas. A maioria delas reproduz-se assexuadamente, por cissiparidade, também chamada de divisão simples ou bipartição, como ilustra a Figura 4 abaixo. Aqui, cada bactéria divide-se em duas outras bactérias geneticamente iguais, supondo-se que não ocorram
mutações, ou seja, alterações 
em seu material genético.
Reprodução assexuada por bipartição
Esporulação
De acordo com os estudos publicados no Portal Só Biologia (s/d), algumas espécies de bactérias, em determinadas condições ambientais, originam estruturas resistentes denominadas esporos. A célula que origina o esporo se desidrata, formando uma parede grossa, cuja atividade metabólica torna-se muito reduzida. 
Alguns esporos são capazes de se manter em estado de dormência por dezenas de anos, e, ao encontrar um ambiente adequado, este se reidrata e origina uma bactéria ativa, que passaa se reproduzir por divisão binária. Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição.
Reprodução sexuada
Bactérias consideram reprodução sexuada qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula para outra. Uma vez transferido, o DNA da bactéria doadora se recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas de genes. 
Tais cromossomos recombinados serão transmitidos às células-filhas quando a bactéria se dividir. A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer transformação, transdução ou por conjugação (PORTAL SÓ BIOLOGIA, s/d).
Microbiota Normal Humana
A microbiota normal humana desenvolve-se desde o nascimento até as diversas fases da vida adulta, resultando em comunidades bacterianas estáveis. 
Há fatores que controlam a composição da microbiota em uma dada região do corpo. Estes estão relacionados à natureza do ambiente local, tais como temperatura, pH, água, oxigenação, nutrientes e fatores mais complexos como a ação de componentes do sistema imunológico.
Microbiota Normal Humana
Estima-se que o corpo humano, que contém cerca de 10 trilhões de células, seja rotineiramente portador de aproximadamente 100 trilhões de bactérias. 
A microbiota humana desempenha funções importantes na saúde e na doença.
Microbiota Normal Humana
Os microrganismos membros da microbiota humana podem existir como:
Mutualistas: nos casos em que protegem o hospedeiro competindo por microambientes de forma mais eficiente que patógenos comuns (resistência à colonização), produzindo nutrientes importantes e contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico;
Comensais: quando mantêm associações aparentemente neutras sem benefícios ou malefícios detectáveis; 
Microbiota Normal Humana
Oportunistas: nos casos em que causam doenças em indivíduos imunocomprometidos devido a diversas condições, tais como: infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, terapia imunossupressora de transplantados, radioterapia, quimioterapia anticâncer, queimaduras extensas ou perfurações das mucosas.
Microbiota Normal Humana
Constitui um dos mecanismos de defesa contra a patogênese bacteriana, porém, ainda que a maioria dos componentes da microbiota normal seja inofensiva a indivíduos sadios, esta pode constituir um reservatório de bactérias potencialmente patogênicas - Staphylococcus, Streptococcus.
Muitas bactérias da microbiota normal agem como oportunistas e nestas condições, a microbiota residente pode ser incapaz de suprimir patógenos transitórios ou alguns membros da microbiota podem invadir os tecidos do hospedeiro e causar graves doenças.
Microbiota da Boca e das Vias 
Aéreas Superiores
Ao nascer as mucosas da boca e da faringe quase sempre são estéreis, e podem ser contaminadas durante a passagem pelo canal de parto.
Nas primeiras 4 a 12 horas de vida, os Streptococcus viridans colonizam, e se tornam os membros mais importantes da microbiota residente, permanecendo por toda vida. No início da vida, aparecem também os estafilococos aeróbios e anaeróbios, os diplococos e lactobacilos.
Microbiota Normal do Trato Intestinal
Ao nascimento o intestino é estéril. Os microrganismos são, então, introduzidos a partir dos alimentos. Nos lactentes amamentados ao seio, o intestino é repleto de microrganismos aeróbios e anaeróbios, e também gram positivos, com destaque para os estreptococos e lactobacilos, que são produtores de ácido láctico.
No estômago, o nível de microrganismos se mantém mínimo devido à acidez gástrica. O pH ácido do estômago protege o indivíduo de infecções por alguns patógenos entéricos. À medida que o pH do conteúdo intestinal se torna alcalino, a microbiota residente aumenta gradualmente.
Microbiota do Trato Geniturinário
Na uretra, de ambos os sexos, contém pequeno número de microrganismos provenientes da pele. Estes aparecem regularmente na urina normal eliminada. A microbiota normal da vagina funciona da seguinte forma: após o nascimento, aparecem lactobacilos aeróbios que persistem enquanto o pH estiver ácido (várias semanas). 
Quando, então, o pH se torna neutro (até a puberdade), aparece uma flora mista composta de cocos e bacilos. Na puberdade, os lactobacilos aeróbios e anaeróbios reaparecem em grande quantidade, contribuindo, assim, para a manutenção do pH ácido – mito da necessidade de um sabonete íntimo.
Microbiota do Trato Geniturinário
Quando os lactobacilos são suprimidos por algum agente antimicrobiano, as leveduras ou bactérias aumentam em número, causando inflamação e irritação local. Após a menopausa, os lactobacilos diminuem em número, e reaparece uma flora mista.
As bactérias que compõem a microbiota normal ajudam a defender o organismo das bactérias causadoras de doenças.
Microbiota do Trato Geniturinário
No desequilíbrio da flora bacteriana ou quando estas são levadas a outros sítios corporais pode haver o desenvolvimento de doenças em sítios localizados. 
O desenvolvimento de infecção urinária por bactérias intestinais, que chegaram às vias urinárias por conta de higiene inadequada.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Tuberculose
A tuberculose é causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, uma homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista Robert Koch. A forma mais frequente e generalizada da doença é a tuberculose pulmonar. 
Entretanto, nao é raro que o bacilo da tuberculose afete tambem outras areas do organismo, tais como a laringe, os ossos, as articulacoes, a pele, os glânglios linfáticos, o intestino, além dos rins e do sistema nervoso.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Tuberculose
A tuberculose miliar consiste num alastramento da infeção a diversas partes do organismo, por via sanguínea. Este é um tipo de tuberculose pode atingir as meninges, causando infecções graves denominadas de "meningite tuberculosa". 
O seu contágio ocorre principalmente pelo ar, por conta dos aerossóis no ar que são expelidas quando pessoas com tuberculose infecciosa tossem, espirram, falam ou cantam. 
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Tuberculose
Tratamento com duração de seis meses. Nos primeiros meses, já se observa a melhora do paciente e, muitas vezes, este tratamento é interrompido em função disto. Entretanto, a eficácia do tratamento depende que ela seja cumprido até o final, sem interrupções.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Hanseníase (lepra)
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, transmitida pelo bacilo de Hansen. O agente infeccioso da lepra, nome vulgar da hanseníase, é o bacilo Mycobacterium leprae, que se multiplica bem devagar e manifesta-se principalmente na pele, nervos e membranas mucosas. 
A lepra tem uma ampla gama de possíveis manifestações clínicas. Os pacientes podem ser classificados como tendo hanseníase paucibacilar, que é a forma mais leve, caracterizada por uma ou mais manchas na pele, ou multibacilar, associada a lesões em congestão nasal e sangramento pelo nariz – tratamento prolongado.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Tétano:
Causado pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), o tétano é uma doença infecciosa, não transmissível de um indivíduo para outro, que pode ocorrer em pessoas não imunes, aquelas sem níveis adequados de anticorpos protetores (que não foram vacinadas). 
Os anticorpos protetores são induzidos exclusivamente pela aplicação da vacina antitetânica, uma vez que a neurotoxina produzida, Clostridium tetani, em razão de atuar em quantidades extremamente reduzidas, é capaz de produzir a doença, mas não a imunidade.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Tétano:
Os esporos do Clostridium tetani são encontrados habitualmente no solo e, semcausar o tétano, nos intestinos e fezes de animais, como cavalos, bois, carneiros, porcos, galinhas, etc. 
Também podem ser encontrados na pele, no intestino e fezes de seres humanos, sem causar a doença, principalmente em áreas rurais. 
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Tétano:
Quando em condições anaeróbicas (ausência de oxigênio), como no caso dos ferimentos ocorridos em certas condições no ambiente (solo, poeira, esterco, superfície de objetos - principalmente quando metálicos e enferrujados), os esporos germinam para a forma vegetativa do Clostridium tetani, que se multiplica e produz duas exotoxinas, a tetanolisina, cuja ação ainda é desconhecida, e a tetanospasmina, uma neurotoxina, e ambas são disseminadas por meio do sistema circulatório (sanguíneo e linfático). A tetanospasmina, responsável pelas manifestações clínicas do tétano, é uma neurotoxina extremamente potente, capaz de ser letal para seres humanos.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Leptospirose:
A Leptospirose é causada pela Leptospira interrogans. Seu agente causal pertence ao gênero Leptospira, que são bactérias espiraladas, longas, finas, pontiagudas, com ganchos nas extremidades e ativamente móveis.
A ocorrência de leptospirose está vinculada aos fatores ambientais, que podem dar lugar a um foco de infecção, cuja amplitude está na dependência de condições favoráveis.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Leptospirose:
As bactérias que causam a leptospirose podem permanecer viáveis em água limpa por até 152 dias, mas não toleram alta salinidade, dessecação, pH ácido e a competição bacteriana em meios muito contaminados. A água das chuvas é ideal para a sua sobrevivência, por exemplo.
Na zona urbana, principalmente dos grandes centros, durante a época das chuvas, as inundações se constituem no principal fator de risco para a ocorrência de surtos epidêmicos de leptospirose humana. 
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Leptospirose:
Localidades com más condições de saneamento básico são as principalmente acometidas de surtos devido à presença de esgoto a céu aberto e lixões, proximidade com córregos, os quais propiciam o contato direto com as águas contaminadas com urina de roedores (ratos e camundongos) (GENOVEZ, 2009).
https://t1.uc.ltmcdn.com/pt/images/0/5/7/img_quais_os_sintomas_da_leptospirose_21750_600.jpg
Casos leves podem ser tratados com doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, ou amoxicilina 500 mg, VO, 6/6h. Já casos moderados a graves podem ser tratados com penicilina cristalina 1.500.000 UI, IV, 6/6h ou ceftriaxone 1g, IV, 1x/dia.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Gonorreia ou blenorragia:
Uma IST que pode afetar todas as partes do corpo, embora apareça primeiramente nas áreas genitais. 
É causada por uma bactéria, o gonococo (Neisseria gonorrhoeae). Na maioria das vezes, ela é transmitida por meio da relação sexual. Nos homens, a infecção normalmente começa na uretra, que é canal urinário, enquanto que nas mulheres, a bactéria normalmente infecta primeiramente o colo do útero. 
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Gonorreia
Ag causador: Neisseriagonorrhoae
Transmissão
Contato sexual
Vertical
Incidência principal
20-25 anos
Sintomas
Prurido, dor, secreção purulenta, uretrite
Tratamento
Profilaxia com credeização no bebê(colírio de tetraciclina a 1% ou eritromicina a 0,5% ou iodopovidona a 2,5% ou Nitrato de prata a 1%, 1 gota em cada olho e na vulva).
Azitromicina ou Ceftriaxona
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Sífilis
Ag causador: Treponema pallidum
Transmissão
Transplacentária
Contato sexual ou de secreções
Incidência principal
20-25 anos
Período de incubação
20-30 dias
Sintomas
Cancro, lesões dermatológicas e com a evolução da doença ocorrem lesões neurológicas
Tratamento
Penicilina Benzatina
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Sífilis:
A lesão primária apresenta-se como um úlcera, (semelhante a uma afta), não dolorosa nos órgãos genitais, que surge 2 semanas após o contato sexual. 
Nas mulheres pode passar despercebida, visto que é indolor e costuma ficar escondida entre os pelos pubianos e a vulva. Esta úlcera é chamada de cancro duro. Sua particularidade é que, após 3 a 6 semanas, ela desaparece, mesmo se não houver tratamento, causando a falsa impressão de cura espontânea. 
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Meningite meningocócica:
Causada por uma bactéria chamada de meningococo, trata-se de uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. A meningite meningocócica é causada pela bactéria Neisseria meningitidis ou Neisseria intracelullaris.
A transmissão é feita mediante contato direto com secreções da garganta ou do nariz de pessoas portadoras ou convalescentes.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Meningite meningocócica:
Estas pessoas liberam os agentes etiológicos no ar, que podem ser inspirados por outros indivíduos e causar a doença. O período de incubação é dois a dez dias. A doença meningocócica evolui em três etapas: nasofaríngea, septicêmica ou meningococcêmica e meningítica.
Chega a matar em cerca de 10% dos casos e atinge 50% quando a infecção alcança a corrente sanguínea, sendo este um dos motivos da importância do tratamento médico.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Meningite meningocócica:
Os principais sintomas são: febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele (que são inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos, mas rapidamente aumentam de número e de tamanho, sendo indício de que há uma grande quantidade de bactérias circulando pelo sangue).
Início repentino e evolução rápida, podendo levar ao óbito em menos de 24 a 48 horas.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Meningite meningocócica:
Para a confirmação diagnóstica das meningites, retira-se um líquido da espinha, denominado líquido cefalorraquidiano, para identificar se há ou não algum patógeno e, se sim, identificá-lo. 
Em caso de meningite viral, o tratamento é o mesmo feito para as viroses em geral; caso seja meningite bacteriana, será imprescindível o uso de antibióticos específicos para a espécie, administrados via endovenosa.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Cólera:
É uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae, o vibrião colérico. É uma bactéria capaz de produzir uma enterotoxina que causa diarreia. O Vibrio cholerae é transmitido principalmente por meio da ingestão de água ou de alimentos contaminados. 
Se conseguir vencer a acidez do estômago, alcança o intestino delgado, onde o meio é alcalino, multiplicando-se intensamente, principalmente em duodeno e jejuno, e produz a enterotoxina que pode causar diarreia, com evolução rápida (horas) para desidratação grave e diminuição acentuada da pressão sanguínea. 
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Cólera:
Uma pessoa infectada elimina o V. cholerae nas fezes por, em média, 7 a 14 dias. A água e os alimentos podem ser contaminados principalmente por fezes de pessoas infectadas.
As condições deficientes de saneamento básico contribuem essencialmente para a disseminação da doença, sobretudo a falta de água tratada. Mesmo em grandes epidemias, a taxa de ataque da cólera raramente atinge mais do que 2% da população.
Principais Doenças Causadas 
por Bactérias
Cólera:
No entanto, entre os anos de 1817 e 1923, a doença ocasionou seis pandemias, e teve sua sétima delas teve início na Indonésia, em 1961, disseminando-se pela Ásia, Oriente Médio, África e Europa, chegando a América do Sul em 1991, a partir das cidades litorâneas do Peru. 
No ano de 1992 surgiu na Índia um novo sorogrupo produtor de enterotoxina, que rapidamente atingiu países como o Paquistão, Bangladesh e China. NoBrasil, a cólera surgiu na Região Amazônica.
Microrganismos Prejudiciais: 
Como Combatê-Los
De um modo geral, são duas as formas de combate aos micro-organismos: a profilaxia e o tratamento. Entende-se por profilaxia o conjunto de medidas voltadas à prevenção, erradicação ou ao controle de doenças.
Muitas doenças bacterianas e fúngicas podem ser evitadas com medidas simples, como uma boa higiene pessoal e do ambiente, com o cozimento apropriado dos alimentos, bem como com a sua devida conservação em local, com embalagens apropriadas, refrigeradas, na maioria das vezes. 
Microrganismos Prejudiciais: 
Como Combatê-Los
No entanto, alguns micro-organismos exigem cuidados especiais, sobretudo se relacionados a práticas hospitalares e intervenções cirúrgicas. A esterilização de objetos pelo calor, irradiação ou processo químico, e a assepsia corporal, a partir de uma série de compostos químicos especiais, podem garantir ao agente de saúde, bem como ao paciente, maior segurança, minimizando e até eliminando a contaminação. 
A vacinação também é um modo profilático de grande ajuda, dado que diminui as taxas de muitas doenças bacterianas e virais, chegando até a sua erradicação.
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
Calor:
Uma população de bactérias que é submetida ao calor tem suas proteínas desnaturadas. Os lipídios fluidificam na presença de calor úmido. Quando os micro-organismos perdem a sua capacidade de se multiplicar de modo irreversível, eles podem ser considerados mortos. 
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
Calor:
Ao tentar eliminá-los, deve-se escolher um método que elimine as formas mais resistentes. Uma vez submetida ao calor, uma população microbiana tem a redução do número de indivíduos viáveis ocorrendo de forma exponencial. 
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
Em relação ao calor úmido, os mecanismos utilizados são a fervura, a autoclavação e pasteurização.
a) fervura: o mecanismo de ação da fervura é a desnaturação de proteínas. Embora não seja considerado um método de esterilização, após 15 minutos de fervura pode matar uma grande quantidade de micro-organismos. 
Ressalta-se que não é um método eficaz contra endósporos bacterianos e alguns vírus. Normalmente, é um método utilizado em desinfecções caseiras, preparo de alimentos, etc.;
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
b) autoclavação: o mecanismo de ação da autoclavação é a desnaturação de proteínas. Este é o melhor método a ser empregado, caso os materiais a serem submetidos à autoclavação não deformarem pelo calor ou umidade. 
A autoclave é um aparelho que trabalha com temperatura e pressão elevadas. Este processo é utilizado para esterilização de meios de cultura, soluções, utensílios e instrumentos;
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
c) pasteurização: este mecanismo também é a desnaturação de proteínas. Este método foi desenvolvido por Louis Pasteur, em 1846. Consiste em aquecer o produto em uma determinada temperatura, por certo tempo e logo após, resfriá-lo. 
Com este processo reduz-se o número de micro-organismos, mas não se pode assegurar a sua esterilização. É um método bastante utilizado na esterilização de leite, creme de leite, cerveja, vinho, etc.
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
No que diz respeito ao calor seco, os mecanismos utilizados são a flambagem, a incineração e os fornos:
flambagem: trata-se de um método simples, mas de grande eficácia, bastando apenas colocar todo os instrumentos metálicos diretamente sobre o fogo;
b) incineração: é um método igualmente eficaz. Utilizam-no para incinerar vários tipos de materiais, tais como papéis, materiais hospitalares, carcaças de animais, etc. Ele é capaz de oxidar todos os materiais, até que virem cinzas;
c) fornos: este é um método utilizado para esterilizar vidrarias. Exige cuidado, pois se deve ficar atento à relação tempo x temperatura.
Mecanismos de Controle de Crescimento Bacteriano
Radiação:
Pode ser ionizante ou não ionizante, dependendo do comprimento de onda, da intensidade, da duração e da distância da fonte que será esterilizada.
ionizantes: este é um método que utiliza radiações gama, mas tem um custo elevado. Formam radicais superativos e destroem o DNA. É um método comumente utilizado para esterilizar produtos cirúrgicos que podem ser submetidos ao calor.
b) não ionizantes: neste tipo de radiação a mais empregada é a luz ultravioleta, que altera o DNA mediante a formação de dímeros.
Controle do Crescimento de 
Micro-organismos com Antimicrobianos (antibióticos)
Os antimicrobianos são substâncias que matam ou inibem o desenvolvimento de micro-organismos, tais como as bactérias, os fungos, vírus ou protozoários. 
Fazem parte dos antimicrobianos os antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários.
Os antibióticos são substâncias desenvolvidas a partir de fungos, bactérias ou elementos sintéticos (aqueles produzidos em laboratórios farmacêuticos). 
Controle do Crescimento de 
Micro-organismos com Antimicrobianos (antibióticos)
É necessário observar o cuidado quanto ao uso dos antibióticos, que prescinde de orientação e acompanhamento médico, pois do contrário, pode ser prejudicial à saúde.
O uso indiscriminado, além de prejudicar a saúde, pode favorecer o desenvolvimento de micro-organismos resistentes a determinados antibióticos.
Características Gerais das 
Drogas Antimicrobianas
As principais características das drogas antimicrobianas são :
a) Toxidade seletiva: esta é uma característica que toda droga antimicrobiana deveria apresentar, dado que diz respeito à capacidade de atuar de modo seletivo sobre o micro-organismo, não provando danos ao hospedeiro;
Características Gerais das 
Drogas Antimicrobianas
b) Espectro de ação: esta característica diz respeito à diversidade de organismos afetados pelo agente. De modo geral, os antimicrobianos são de pequeno ou amplo espectro. 
Hoje em dia, os laboratórios vêm trabalhando, na tentativa de isolar e purificar antimicrobianos de espectro restrito, de modo que este atue apenas sobre um determinado grupo de organismos. 
Isto evitaria a resistência bacteriana, e aqueles considerados de pequeno espectro atuariam de modo específico sobre um ou um pequeno grupo de micro-organismos;
Características Gerais das 
Drogas Antimicrobianas
c) No que diz respeito à síntese, podem ser de origem microbiana, aquela produzida exclusivamente por micro-organismos, química, por síntese química, e semissintética; 
d) no que diz respeito à ação, as drogas antimicrobianas podem apresentar características microbiostáticas, com ação direta para inibir o crescimento bacteriano ou microbicidas, que são aquelas que atuam inibindo a reprodução bacteriana, porém exigem maior tempo de tratamento.
Micologia
Os fungos possuem tamanhos consideráveis, tais como os cogumelos, e também tamanhos microscópicos, como as leveduras e bolores. 
São formados por hifas, com filamentos longos e ramificados, formando, com conjunto com outras hifas, o talo de um fungo chamado micélio. 
Micologia
Micose é o nome genérico dado a várias infecções causadas por fungos. Existem cerca de 230 mil tipos de fungos, mas apenas 100 tipos aproximadamente que causam infecção.
 
Os fungos estão em toda a parte, é inevitável a exposição a eles. Em condições favoráveis, tais como em ambientes com muita umidade ou aqueles com calor excessivo, os fungos se reproduzem e podem dar origem a um processo infeccioso. 
Micoses superficiais
Nesse tipo de micose, os fungos se localizam na parte externa da pele, ao redor dos pelos ou nas unhas, e se alimentam de uma proteína chamada queratina. 
Dentre as micoses superficiais mais conhecidas está Tinea pedis, popularmente chamada por frieira ou pé-de-atleta. Ela atinge a pele entre os dedos, comumentedos pés. Ela pode vir acompanhada de uma infecção bacteriana.
 
Micoses superficiais
 Em alguns casos a cura pode demorar vários meses, como nas infecções das unhas. A estas dá-se o nome de onicomicose a infecção fúngica da unha, muito frequente na população adulta, em particular as unhas dos pés. 
Uma vez que o fungo não está 
apto a invadir o corpo, as tinea, 
ou frieiras, não são 
consideradas perigosas.
Candidíase
Afeta principalmente as mucosas. A candidíase, especialmente a vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção nos genitais. 
Além do prurido e do ardor, ela também provoca dor durante o ato sexual, e a eliminação do corrimento vaginal em grumos brancos. Frequentemente, a vulva e a vagina encontram-se inchadas e irritadas (avermelhadas). O banho de assento com bicarbonato de sódio ajuda a amenizar os sintomas basificando o meio.
Candidíase
No homem, apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio e, eventualmente, por um leve edema e pequenas lesões puntiformes, avermelhadas e pruriginosas. 
As mulheres grávidas são bastante propensas a esse tipo de infecção, por conta da grande variação hormonal que ocorre durante este período, do mesmo modo que as mulheres na fase antes do período menstrual. 
Pacientes com deficiência do sistema imunológico, como os portadores de AIDS, são bastante sensíveis a essas infecções por não conseguirem combater esses germes naturalmente.
Pitiríase versicolor (pano branco)
A Pitíriase versicolor, cujo nome vulgar é o ‘pano branco’ ou ainda ‘micose de praia’. Trata-se de uma micose causada pela levedura Pityrosporum ovale. 
O fungo causador da doenca habita a pele de todas as pessoas. Em algumas delas é capaz de se desenvolver, provocando manchas brancas ou marrons.
Pitiríase versicolor (pano branco)
As áreas da pela mais atingidas são aquelas mais oleosas, tais como a face, o couro cabeludo, o pescoço e a porção superior do tronco. Formam-se manchas claras acastanhadas ou avermelhadas na pele, que se iniciam pequenas, podendo se agrupar e formar manchas maiores. 
De um modo geral, é uma doença assintomática, mas alguns pacientes podem apresentar coceira. Sendo uma micose superficial, não provoca graves danos, senão os de ordem estética.
Pitiríase versicolor (pano branco)
Formas mais comuns de contágio das micoses superficiais:
a) Contato com animais de estimação;
b) Compartilhamento de chuveiros públicos;
c) Lava-pés de piscinas e saunas;
d) Ao andar descalço em pisos úmidos ou públicos;
e) Uso de toalhas compartilhadas ou mal lavadas;
Pitiríase versicolor (pano branco)
Formas mais comuns de contágio das micoses superficiais:
f) Equipamentos de uso comum (botas, luvas);
g) Uso de roupas e calçados de outras pessoas;
h) Uso de alicates de cutículas, tesouras e lixas não esterilizadas;
i) Contato com material contaminado em geral;
j) Uso de roupas úmidas por tempo prolongado.
Micoses subcutâneas e profundas
As micoses subcutâneas e profundas são aquelas que afetam a profundidade da pele, tais como, Esporotricose e Cromomicose, e aquelas que se instalam em órgãos internos, como Blastomicose e Criptococose.
Na micose profunda, os fungos se espalham pela circulação sanguínea e linfática. Podem infectar a pele e órgãos internos, tais como pulmões, intestinos, ossos e até mesmo o sistema.
Virologia
Os vírus são um “ácido nucléico envolvido por um pacote protéico”, inertes no ambiente extracelular, somente sendo capazes de reprodução dentro da célula hospedeira, por isso são frequentemente classificados como "parasitas intracelulares obrigatórios", podendo causar inúmeras doenças no homem.
As formas de organismos dos vírus são bastante diferentes. Em comum, todos possuem uma cápsula feita de proteína, onde fica o material genético destes seres. 
Virologia
Tal material genético sofre modificações com frequência, levando ao surgimento de variedades (subtipos) de um mesmo vírus, o que dificulta o seu combate e compromete a eficiência de várias vacinas.
Um das características que os vírus têm em comum com os seres vivos é justamente a capacidade de sofrer mutações genéticas. Praticamente, todos os tecidos e órgãos humanos são afetados por alguma infecção viral. 
Virologia
O corpo humano tem defesas naturais, os anticorpos, que são proteínas produzidas por células especiais do sangue, que agem contra os agentes causadores de doenças. A febre, por exemplo, é um mecanismo de combate às infecções, visto que o aumento da temperatura ativa o metabolismo e acelera a reação dos glóbulos brancos. 
De modo geral, as viroses provocam mal-estar, dores e febre, mas cada virose tem seus sintomas próprios e pode ser mais ou menos grave. 
Virologia
Algumas das principais viroses que acometem os seres humanos:
resfriado comum;
Gripe A (H1N1);
caxumba;
raiva;
rubéola;
sarampo;
hepatites;
dengue;
poliomielite;
febre amarela
varicela ou catapora; 
varíola; 
meningite viral;
mononucleose infecciosa;
herpes;
condiloma;
Aids. 
Poliomielite
Caxumba
Virologia
As vacinas para a prevenção de infecções são as formas médicas mais eficientes nestes casos, além das drogas que tratam os sintomas das infecções virais. 
É importante afirmar que o uso de antibiótico não é recomendado, dado que são inúteis contra os vírus, e seu abuso contra infecções virais é uma das causas de resistências antibióticas em bactérias.
Parasitologia
Na natureza, os seres vivos se inter-relacionam desde a colaboração mútua (simbiose) até o predatismo e canibalismo. 
O parasitismo ocorreu, no decorrer da evolução, de uma dessas associações, quando um organismo menor se sentiu beneficiado, quer pela proteção, quer pela obtenção de alimento.
Parasitologia
O parasitismo consiste na associação de organismos de espécies distintas, na qual apenas um organismo é beneficiado. Este é chamado parasita, e associação é obrigatória para sua sobrevivência. Chama-se hospedeiro o organismo que aloja, “hospeda” o parasita. 
A predominância das forças de agressão do parasita tem como consequência o desenvolvimento de sintomas e patologias, podendo levar o hospedeiro à morte. Quando as forças de defesa do hospedeiro são mais eficazes, o agressor é quem morre.
Parasitologia
Vetor é o “veículo” que transmite o parasita entre dois hospedeiros. Pode ser biológico ou mecânico. Em relação ao número de hospedeiros, há duas modalidades: 
Parasitologia
O grau de intensidade da doença parasitária depende de vários fatores, tais como: o número de formas infectantes, sua virulência (severidade e rapidez para provocar infecções), a idade e o estado nutricional do hospedeiro, os órgãos atingidos, a associação de um parasita com outras espécies e o grau de resposta imune ou inflamatória desencadeada.
Protozoários
Os protozoários são organismos microscópicos, unicelulares que podem ser de vida livre ou parasitas na natureza. Eles são capazes de se multiplicar em seres humanos, que contribuem para a sua sobrevivência e permitem também desenvolver infecções graves a partir de apenas um único organismo. 
A transmissão de protozoários que vivem em um intestino humano para outro ser humano normalmente ocorre por meio de uma via fecal-oral (por exemplo, comida ou água contaminada ou contato de pessoa a pessoa). 
Os protozoários que vivem no sangue ou tecidos de seres humanos são transmitidos a outros seres humanos por um vetor artrópode (por exemplo, a partir da picada de um mosquito).
Amebíase
A amebíase é uma doença causada pelo parasita Entamoeba histolytica. Ele pode afetar qualquer pessoa, embora seja mais comum naquelas que vivem em áreas tropicais com condições sanitárias precárias. O diagnóstico pode ser difícil, porque outros parasitas podem parecer muito parecidos quando visto sob um microscópio. 
As pessoasinfectadas nem sempre se tornam doentes (forma assintomática). As formas sintomáticas envolvem infecções intestinais (colite desintérica, colite necrotizante, ameboma, colite não desintérica) e extraintestinais (amebíase hepática, pulmonar, cutânea e outras localizações).
Amebíase
Ciclo de vida da amebíase
Amebíase
Como profilaxia, observa-se o seguinte:
a) tratamento dos casos sintomáticos;
b)detecção e tratamento de portadores assintomáticos (manipuladores de alimentos);
c) identificação das fontes de infecção;
d) educação sanitária (não ingerir alimentos suspeitos, manter sanitários limpos, lavar as mãos antes da refeição e após defecação);
e) saneamento;
f) uso de água filtrada ou fervida.
Giardíase
É uma doença diarreica causada por parasita microscópico Giardia intestinalis, Giardia lamblia ou Giardia duodenalis.
Infecta cerca de 2% dos adultos e 6 a 8% das crianças nos países desenvolvidos. Quase 33% das pessoas nos países em desenvolvimento tiveram giardíase.
Encontrado em superfícies ou em terra, alimentos ou água que foi contaminada com fezes dos seres humanos ou animais infectados.
Os cistos são as formas infectantes, sendo, portanto, responsáveis pela disseminação. São muito resistentes, permanecendo viáveis durante dois meses no meio externo. O tratamento da água com cloro, bem como aquecimento até 60° C, não são suficientes para sua destruição.
Giardíase
A água fervida por cinco minutos é efetiva na inativação dos cistos, higiene pessoal, saneamento básico e combate aos artrópodes(moscas e baratas). A água é o método mais comum de transmissão.
A disseminação está associada, também, a vários fatores, tais como: verduras, legumes, frutas cruas contaminadas pelos cistos; alimentos contaminados por manipuladores parasitados; contato direto pessoa a pessoa, riachos e reservatórios contaminados pela presença de animais parasitados. 
A maioria dos indivíduos infectados é assintomática. Os sintomas, quando presentes, caracterizam-se por: diarreia aguda com cólicas intestinais difusas; constipação intestinal; náuseas e vômitos; gases; falta de apetite; azia; digestão difícil. 
Giardíase
Ciclo de vida da giardíase
Tricomoníase
A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que acomete tanto homens como mulheres, embora os sintomas sejam mais comuns em mulheres. Estima-se que 7,4 milhões de novos casos ocorrem a cada ano em mulheres e homens.
A tricomoníase é causada pelo parasita protozoário unicelular, Trichomonas vaginalis, tendo a vagina como local mais comum de infecção em mulheres, e a uretra (canal da urina), como o local mais comum de infecção para os homens.
Tricomoníase
A inflamação genital causada por T. vaginalis pode aumentar a susceptibilidade da mulher à infecção pelo HIV, se ela for exposta ao vírus. Mulheres grávidas com tricomoníase podem dar à luz um bebê prematuro e com baixo peso ao nascer, ter infertilidade também. 
Pode ser curada com medicamentos prescritos, metronidazol ou tinidazol, administrados por via oral em dose única.
Os sintomas da tricomoníase em homens infectados podem desaparecer dentro de algumas semanas sem tratamento – infecção e reinfecção de parceria.
Evitar sexo até que eles e seus parceiros sexuais recebam o tratamento completo e não apresentem mais os sintomas. O metronidazol pode ser utilizado por mulheres grávidas.
Leishmaniose
A leishmaniose é uma doença transmitida pela picada de inseto, o flebótomo, ou mosquito-palha. Este é o vetor da doença, que é causada por protozoários do gênero Leishmania. A infecção humana é causada por cerca de 21 das 30 espécies que infectam mamíferos. A leishmaniose inclui duas das principais doenças, a leishmaniose cutânea e a leishmaniose visceral.
Muitas espécies de Leishmania infectam animais, assim como os seres humanos. A distribuição é mundial, mas 90% dos casos de leishmaniose visceral ocorrem na Índia, Bangladesh, Nepal, Sudão, Etiópia e Brasil, enquanto 90% dos casos de leishmaniose cutânea ocorrem no Afeganistão, Argélia, Irã, Arábia Saudita, Síria, Brasil, Colômbia, Peru e Bolívia.
Leishmaniose
A forma mais comum de leishmaniose é a cutânea - uma ou mais úlceras indolores. A leishmaniose visceral é uma doença febril, com perda de peso, aumento do baço e do fígado, e diminui a produção de células sanguíneas que podem levar a hemorragias, anemia e infecções com outros microrganismos. 
A leishmaniose tegumentar é uma forma rara da doença que pode ocorrer meses ou anos após a cura de uma úlcera de leishmaniose cutânea. Esta forma da doença pode afetar o septo nasal, o palato e outras partes da nasofaringe.
Leishmaniose
A melhor maneira para os viajantes para evitar a infecção é para se proteger de mordidas de insetos. Para diminuir o risco de ser mordido, devem-se evitar atividades ao ar livre, especialmente desde o anoitecer ao amanhecer, quando flebotomíneos geralmente são os mais ativos. Ao ar livre, deve-se minimizar a quantidade de pele exposta. 
Se aplique repelente na pele exposta. Quando em ambientes fechados, é recomendável manter-se em áreas com telas para evitar a entrada dos insetos.
Tratamento depende do tipo de Leishmaniose – Anfotericina B(antifúngico).
Doença de Chagas
A doença de Chagas foi nomeada pelo médico brasileiro Carlos Chagas, que descobriu a doença em 1909. É causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, transmitida para animais e pessoas por insetos vetores que são encontrados somente nas Américas (principalmente, nas zonas rurais da América Latina, onde a pobreza é generalizada). 
Doença de Chagas (infecção por T. cruzi) é também referida como a tripanossomíase americana.
A infecção é geralmente adquirida por meio do contato com as fezes de triatomíneos infectados (ou "barbeiro"), um inseto sugador de sangue, que se alimenta de humanos e animais.
Doença de Chagas
Ciclo de vida da doença de Chagas
Doença de Chagas
Fase aguda e crônica. Se não for tratada, a infecção ocorre ao longo da vida. A fase aguda ocorre imediatamente após a infecção e pode durar até algumas semanas ou meses, e os parasitas podem ser encontrados no sangue circulante. 
A infecção pode ser leve ou assintomática. Pode haver febre ou inchaço ao redor do local da inoculação (onde o parasita entrou na pele ou mucosas). A infecção aguda pode resultar em uma grave inflamação do músculo do coração ou do cérebro e membranas que envolvem o cérebro.
Doença de Chagas
As complicações da doença de Chagas crônica podem incluir: arritmia cardíaca, que pode levar à morte súbita; um coração dilatado que não bombeia sangue bem; uma dilatação do esôfago ou do cólon, levando à dificuldade de comer ou defecar.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é causada pelo parasita protozoário Toxoplasma gondii, que infecta naturalmente o homem, os animais selvagens e domésticos e também os pássaros. 
Os hospedeiros definitivos são os felídeos, dado que apenas neles ocorre o ciclo sexuado do parasito, com a eliminação de oocistos, que esporulam no ambiente, tornando infectantes. Nos Estados Unidos estima-se que 22,5% da população de 12 anos foram infectadas com toxoplasma. 
Toxoplasmose
É mais frequentemente em áreas que têm climas quentes, úmidos e baixas altitudes.
Ocorrem alguns casos benignos, apresentando febre e discreto aumento ganglionar e também ocorrem os casos graves, comprometendo o sistema nervoso central, alterações oculares, provocando cegueira ou aborto.
Toxoplasmose
A toxoplasmose não é transmitida de pessoa para pessoa, exceto em casos de mãe para filho (congênita). Geralmente, as pessoas são infectadas por três principais vias de transmissão: por alimentos, de animais para humanos (zoonótica), de mãe para filho (congênita).
 
A transmissão por alimentos ocorre por: ingestão de comida mal cozida, de carne contaminada (especialmentecarne de porco e cordeiro), ingestão acidental de carne mal cozida contaminada depois de manuseá-la e não lavar bem as mãos (toxoplasma não pode ser absorvido pela pele intacta), comer o alimento que foi contaminado por facas, utensílios, tábuas de corte, ou outros alimentos que tiveram contato com matérias-primas, de carne contaminada.
Toxoplasmose
Na transmissão de animais para humanos (zoonótica), os gatos têm um papel importante na disseminação da toxoplasmose, quando infectados pela ingestão de roedores infectados, aves ou outros animais pequenos. Os gatos podem lançar milhões de oocistos em suas fezes, durante três semanas após a infecção. 
As pessoas podem ser infectadas por: ingestão acidental de oocistos após tocar ou ingerir qualquer coisa que tenha entrado em contato com fezes de um gato que contêm Toxoplasma; ingestão acidental de oocistos presentes no solo (por exemplo, não lavar as mãos depois de jardinagem ou de comer frutas ou vegetais não lavados de um jardim); 
Toxoplasmose
beber água contaminada com o parasita Toxoplasma.
Na gestação, a mulher pode não ter sintomas, mas pode haver consequências graves para o feto, tais como doenças do sistema nervoso e os olhos.
Ascaridíase
Aproximadamente 1,2 bilhões de pessoas estejam infectadas por Ascaris lumbricoides em todo mundo.
Embora tenham preferência por locais mais quentes e úmidos, se pode dizer que eles têm uma distribuição cosmopolita, encontrando-se dispersos em praticamente todas as partes do globo terrestre.
Ascaridíase
Sintomatologia e patologia da Ascarisíase
a) fase de invasão larvária;
b) tosse, febre, eosinofilia, pneumonia; 
c) fase intestinal;
d) má digestão, dores abdominais, perda de peso, irritabilidade, obstrução intestinal;
e) enovelamento de vermes adultos;
f) migração de vermes adultos para outros locais (apêndice, fígado) – detectável por raios X. 
Ascaridíase
Os vermes adultos podem sair pelo nariz, boca ou ânus. 
A melhor maneira de prevenir a ascaridíase é evitando a ingestão de alimentos que venham de solo que podem estar contaminados com fezes humanas, quando a matéria fecal humana ("esterco") ou de águas residuais é utilizada para fertilizar as plantações; lavar as mãos com água morna e sabão antes de manipular alimentos;
ensinar as crianças a importância de lavar as mãos para evitar infecção; lavar, descascar ou cozinhar todos os vegetais crus e frutas antes de comer, principalmente aquelas que foram cultivadas em solo que foi adubado com esterco.
Malária
A malária é uma doença grave, e por vezes fatal, causada por um parasita que acomete mais comumente um determinado tipo de mosquito que se alimenta de sangue humano. Pessoas que contraem malária apresentam febre alta, calafrios, e síndrome gripal. Embora possa ser uma doença mortal, a malária geralmente pode ser prevenida.
Depende de fatores climáticos como temperatura, umidade e precipitação. A malária é transmitida em áreas tropicais e subtropicais, onde os mosquitos do gênero Anopheles podem sobreviver e se multiplicar. 
Malária
Geralmente, nas regiões mais quentes, mais perto do equador, a transmissão é mais intensa e a malária é transmitida durante todo o ano. A maior transmissão é encontrada na África ao Sul do Saara e em partes da Oceania, como Papua Nova Guiné. Em regiões mais frias, a transmissão é menos intensa e mais sazonal.
Em muitas áreas temperadas, como a Europa Ocidental e os Estados Unidos, o desenvolvimento econômico e de medidas de saúde pública conseguiram eliminar a malária. No entanto, a maioria dessas áreas tem mosquitos Anopheles, que podem transmitir a malária e a reintrodução da doença é um risco constante.
Malária
Após a picada infecciosa pelo mosquito Anopheles, um período de tempo (o "período de incubação") passa antes do aparecimento dos primeiros sintomas. O período de incubação na maioria dos casos varia de 7 a 30 dias.
A forma clássica da malária dura de 6 a 10 horas. É constituída por uma fase fria (sensação de frio, tremores), uma fase quente (febre, dores de cabeça, vômitos, convulsões em crianças pequenas) e, finalmente, uma fase de sudorese (suor, volta à temperatura normal, cansaço).
Malária
Classicamente, mas raramente observada, os ataques ocorrem a cada dois dias com a "febre terçã" parasitas (P. falciparum, P. vivax e P. ovale) e a cada três dias com o "quartã" parasita (P. malariae).
Malária
Na malária grave, ocorrem as infecções complicadas, tais como falência de órgãos ou anomalias graves no sangue do paciente ou no seu metabolismo. As manifestações da malária severa incluem: a malária cerebral, com comportamento anormal, perda da consciência, convulsões, coma, ou outras anormalidades neurológicas; 
A anemia grave devido à hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos); hemoglobinúria (hemoglobina na urina), devido à hemólise; a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), uma reação inflamatória nos pulmões, que inibe a troca de oxigênio, que pode ocorrer mesmo após a contagem de parasitas diminuírem em resposta ao tratamento; 
Malária
Ainda podem surgir anormalidades na coagulação do sangue; pressão arterial baixa, causada por colapso cardiovascular; insuficiência renal aguda; hiperparasitemia, onde mais de 5% das células vermelhas do sangue são infectadas por parasitas da malária; a acidose metabólica (excesso de acidez no sangue e fluidos do tecido), muitas vezes em associação com hipoglicemia; 
A hipoglicemia também pode ocorrer em mulheres grávidas com malária não complicada, ou depois do tratamento com quinino.

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