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Unidade 3 - Aula 2

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Aula 2
Grupo x Equipe: estrutura e processos
(Estágio de desenvolvimento do grupo. Fonte: Robbins, Judge e Sobral, 2010, p. 264)
Segundo o dicionário Michaelis, a definição de grupo é a seguinte: 1 Certo número de pessoas reunidas. 2 Social: Conjunto de
pessoas que têm os mesmos sentimentos, representações e juízos de valor e apresentam os mesmos tipos de comportamento. 3
Pequena associação.
Robbins, Judge e Sobral (2010, p.262) definem grupo como sendo “dois ou mais indivíduos interdependentes e interativos que se
reúnem visando a atingir um determinado objetivo”.
Nesse sentido, percebemos que não estamos falando apenas de uma pessoa, seja ela o líder ou o liderado, o chefe ou o
subordinado. Quando falamos do grupo, vale o todo e não o indivíduo.
E os grupos podem ser divididos em formais ou informais, como vemos abaixo:
Grupos formais são definidos pela organização e têm atribuições específicas para realização de um trabalho. Grupos informais são
formações naturais que surgem pela necessidade de interação social. Independente do tipo de grupo, a interação afeta
profundamente o comportamento e o desempenho dos indivíduos.
O estudo do grupo e do papel dos indivíduos no grupo é importante para a organização, pois é comprovado que as
pessoas apresentam reações emocionais de acordo com o grupo ao qual pertencem e a situação do mesmo. É o que
acontece, por exemplo, com os torcedores de um time de futebol: se sentem campeões quando seu time é campeão,
ou derrotados quando seu time perde o jogo.
A teoria que estuda essa relação é a Teoria da Identidade Social que afirma ainda que a autoestima pessoal está atrelada ao
desempenho do grupo. Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p.263-264) nós desenvolvemos várias identidades sociais ao longo
da vida e esta identidade nos ajuda a entender quem somos e como nos encaixamos na relação com os outros.
Os grupos também passam por diferentes estágios de desenvolvimento, como podemos observar no modelo a seguir:
+
Os grupos considerados permanentes desenvolvem-se até o Estágio IV. Veja as características de cada um deles traçadas abaixo:
Estágio I – Formação – caracteriza-se por incertezas acerca do grupo, sua estrutura e liderança.
Estágio II – Tormenta – caracteriza-se por conflitos dentro do grupo. Os integrantes já aceitam o grupo, mas resistem aos limites à
individualidade até que se defina uma liderança.
Estágio III – Normatização – caracteriza-se por desenvolver os relacionamentos dentro do grupo e este já encontra uma coesão. Este
estágio dura até que o grupo se solidifique.
Estágio IV – Desempenho – a estrutura já é funcional e aceita e o grupo se dedica a realizar as tarefas. Para o grupo permanente, esta é
a última etapa.
Estágio V – Interrupção - este estágio é para comissões ou grupos temporários, pois estes se preparam para a dissolução uma vez
findada a tarefa a ser cumprida.
Os grupos, como dito anteriormente, possuem uma estrutura organizada e esta estrutura tem algumas variáveis comuns a
qualquer tipo de grupo:
Papéis Normas Status Tamanho Coesão
Grupo e equipes de trabalho
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(Comparação entre grupos de trabalho e equipes de trabalho. Fonte: ROBBINS, JUDGE E
SOBRAL, 2010, p.300)
(Os quatro tipos de equipe. Fonte: ROBBINS, JUDGE E SOBRAL, 2010)
Em muitas organizações os grupos vem sendo responsáveis pela tomada de decisões que até algum tempo atrás era de
responsabilidade de um indivíduo. Mas será que é mais fácil e mais eficaz decidir em grupo do que decidir sozinho? Veja abaixo
uma lista de pontos fortes e pontos fracos da tomada de decisão em grupo, segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p.279-281):
Pontos fortes
Geram informações e conhecimentos mais amplos;
Oferecem uma maior diversidade de pontos de vista, maior
heterogeneidade de ideias;
Aumentam a aceitação de uma solução
Pontos fracos
Consomem muito tempo para se chegar a uma solução
Existe pressão para a conformidade
Discussões podem ser dominadas por um indivíduo ou
pequeno sub-grupo
Sofrem pela ambiguidade da responsabilidade, pois a
responsabilidade de um indivíduo é diluida na
responsabilidade do grupo.
Algumas técnicas são adotadas para a tomada de decisão em grupos e podem ser entendidas pelo quadro abaixo:
Cada uma das técnicas apresentadas tem vantagens e desvantagens e a escolha da melhor opção vai depender do propósito de
cada decisão a ser tomada.
Estamos falando de grupo e seu papel no comportamento organizacional, mas precisamos também falar de equipe. Grupo é
diferente de equipe. Vamos entender a sutil diferença?
Grupo é reunião de dois ou mais indivíduos “que interagem para compartilhar informações e tomar decisões pra ajudar cada
membro em suas áreas de responsabilidade.” E Equipe é um grupo “em que os esforços individuais resultam em um nível de
desempenho maior do que a soma de suas contribuições individuais” (ROBBINS, JUDGE E SOBRAL, 2010, p. 299).
A partir destas definições podemos entender porque muitas organizações estão apostando em equipes de trabalho ao invés de
grupos apenas. As equipes apresentam um potencial maior de sucesso para a organização.
Os autores supracitados fazem uma comparação entre grupo e equipe apresentada no quadro abaixo:
Grupos de interação que podem trabalhar linguagem verbal ou não verbal.1.
Brainstorming: finalidade de produzir ideias sem permitir críticas às ideias apresentadas que podem impedir o
compartilhamento destas e é indicado para produtos e situações simples.
2.
Técnica de grupo nominal: permite reunião formal sem restringir as ideias individuais, superam o desempenho obtido nos
brainstormings.
3.
Reunião eletrônica: mescla reunião formal com tecnologia e permite ideias e votações individuais e anônimas. Processo rápido,
porém reduz a eficácia do grupo, exige mais tempo e diminui a satisfação do grupo em comparação com a reunião formal.
4.
As equipes podem ser de diferentes tipos e características. As mais comuns são apresentadas no quadro abaixo que mostra as
características da forma de trabalho das equipes.
A escolha de trabalhar em equipe tem que ser bem pensada e organizada. Para transformar pessoas em membros de equipe é
preciso trabalhar questões como cooperação, compartilhamento e confronto de diferenças. Equipes eficazes normalmente
possuem menos de 10 membros comprometidos com o propósito comum que possuem especializações técnicas e habilidades para
tomada de decisões, contam com recursos adequados e uma liderança eficaz.
Atividade
Quais as três principais teorias sobre liderança que foram desenvolvidas ao longo dos anos e quais as principais características
de cada uma?
Digite a sua resposta no espaço abaixo e, quando terminar, clique em Conferir.
conferir
Expectativa de resposta:
Até os anos 40 era aplicada a Teoria dos traços que se baseia nos traços pessoais: sociais, físicos, intelectuais, de personalidade. Esses
traços diferenciam líderes de não líderes. Existem limitações para essa teoria, pois se comprova que não existem traços universais que se
encaixem em qualquer situação de liderança, os traços baseiam-se mais em fraquezas do que forças, evidências fracas para separar causa
e efeito, não são suficientes para diferenciar líderes de não líderes.
Entre os anos 40 e 60 prevalecia a Teoria comportamental que busca descobrir o comportamento de um líder. Essa teoria analisa o foco
nas pessoas x foco na produção e desenvolve um grid gerencial que apresenta 81 estilos de liderança diferentes. Existem limitações para
essa teoria a dependerdo tipo de pessoa que se está lidando e do ambiente de trabalho.
A partir dos anos 60 a Teoria da contingência, que propõe que o desempenho do grupo depende da adequação do estilo do líder e do grau
de controle da situação passa prevalecer. É importante definir o estilo do líder e isso é feito com base no questionário do colega menos
preferido (LPC), baseado no modelo de Fiedler, idealizador da teoria.
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Grupo e equipes de trabalho
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