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CPIIIA TRIBUTARIO GABARITOS TEMA 1

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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Turma: CPIII A 12023
Disciplina/Matéria: DIREITO TRIBUTÁRIO 
Sessão: 01 - Dia 27/03/2023 - 10:10 às 12:00
Professor: CAMILO FERNANDES DA GRACA
01 Tema: Tributos e Impostos Tributos: 1. Conceito; 2. Espécies; 3. Classificação. Natureza jurídica; 
4. Denominação; 5. Características, Impostos: 1. Imposto. Conceito. Espécies; 2. Classificação 
dos impostos: diretos e indiretos, reais e pessoais; 3. Outras classificações. Questões 
controvertidas. Jurisprudência. Doutrina. 
1ª QUESTÃO:
O Poder Executivo Estadual entendeu ser conveniente fixar, através de Decreto, a incidência de 
sobretarifa no serviço de fornecimento de água, a ser cobrada pela Companhia Estadual de Águas e 
Esgotos. Sua finalidade é incentivar o menor consumo durante o período de escassez, posto que, 
ultrapassada a cota previamente estabelecida, mais alto será o valor devido.
Pergunta-se:
a) Qual a natureza da contraprestação pelo fornecimento de água?
b) A sobretarifa tem natureza tributária?
c) Decreto é meio idôneo para se estabelecer a criação ou majoração do referido adicional?
d) Pode ser cobrada tarifa mínima de água?
Respostas fundamentadas.
27/03/2023 - Página 1 de 5DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 03 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
AgInt no REsp 1856080 / Rio de Janeiro, Relator(a) Ministro GURGEL DE FARIA
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento 05/10/2020
Data da Publicação/Fonte DJe 16/10/2020
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. FUNDAMENTAÇÃO 
DEFICIENTE. SÚMULA 284 DO STF. INCIDÊNCIA. CONDOMÍNIO. TARIFA DE ÁGUA. 
COBRANÇA PELO CONSUMO REAL. CABIMENTO. PRAZO PRESCRICIONAL DECENAL. 
APLICAÇÃO. TESES FIRMADAS EM RECURSOS REPETITIVOS. MULTA. APLICAÇÃO.
1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, "aos recursos interpostos com fundamento no 
CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os 
requisitos de admissibilidade recursal na forma nele prevista (Enunciado Administrativo n. 3).
2. Não se conhece do recurso especial quando o dispositivo apontado como violado não contém 
comando normativo para sustentar a tese defendida, em face do óbice contido na Súmula 284 do STF.
3. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do RESP 1.117.903/RS e do REsp 1.166.561/RJ, sob 
o rito do art. 543-C do CPC/1973, consolidou o entendimento de que: a) a contraprestação cobrada 
por concessionária de serviço público a título de fornecimento de água potável encanada ostenta 
natureza jurídica de tarifa ou preço público, submetendo-se à prescrição decenal (art. 205 do CC de 
2002) ou vintenária (art. 177 do CC de 1916) quando for aplicável a regra de transição prevista no art. 
2.028 do novo diploma e b) não é lícita a cobrança de tarifa de água no valor do consumo mínimo 
multiplicado pelo número de economias existentes no imóvel quando houver único hidrômetro no 
local.
4. A Primeira Turma tem reconhecido o caráter manifestamente inadmissível ou improcedente do 
agravo interno, a ensejar a aplicação de sanção prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015, quando a 
decisão agravada está fundamentada em precedente julgado sob o regime da repercussão geral ou sob 
o rito dos recursos repetitivos (AgInt no REsp 1.730.427/SP, Rel. Ministra REGINA HELENA 
COSTA, Primeira Turma, julgado em 04/09/2018, DJe 10/09/2018).
5. Agravo interno desprovido com aplicação de multa.
AgInt no AgInt no REsp 1841266 / Rio de Janeiro, Relator(a) Ministro GURGEL DE FARIA
Órgão Julgador T1 - PRIMEIRA TURMA
Data do Julgamento 01/03/2021; Data da Publicação/Fonte DJe 11/03/2021
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CONDOMÍNIO. TARIFA DE ÁGUA. 
COBRANÇA DE FORMA HÍBRIDA. DESCABIMENTO. INOVAÇÃO RECURSAL. 
PRECLUSÃO.
1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, aos recursos interpostos com fundamento no 
CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os 
requisitos de admissibilidade recursal na forma nele prevista (Enunciado Administrativo n. 3).
27/03/2023 - Página 2 de 5DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 03 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
2. É defeso à parte inovar em sede de agravo interno, apresentando argumento não esboçado nas 
contrarrazões ao apelo especial, dada a preclusão consumativa. Precedentes.
3. A Primeira Seção desta Corte, no julgamento do RESP 1.166.561/RJ, sob o rito do art. 543-C do 
CPC/1973, consolidou o entendimento de que não é lícita a cobrança de tarifa de água no valor do 
consumo mínimo multiplicado pelo número de economias existentes 
27/03/2023 - Página 3 de 5DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 03 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
noimóvel quando houver único hidrômetro no local.
4. A ilicitude da cobrança da tarifa mínima multiplicada pelo número de economias existentes no 
imóvel, por outro lado, não confere amparo legal para a cobrança de forma híbrida, ou seja, mediante 
"a divisão da tarifa de água por cada condômino com base no consumo real averiguado no único 
hidrômetro existente, e, ao mesmo tempo, enquadrá-los nos patamares iniciais da tabela progressiva 
(AgInt no REsp 1745659/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 05/09/2019, DJe 16/09/2019).
5. Agravo interno desprovido.
TJRJ - 0039791-90.2008.8.19.0001 - APELAÇÃO
Ementa sem formatação
1ª Ementa
Des(a). CEZAR AUGUSTO RODRIGUES COSTA - Julgamento: 21/05/2019 - OITAVA CÂMARA 
CÍVEL
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO ORDINÁRIA. APLICAÇÃO DO 
DECRETO 25.997/00. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA AO PRESIDENTE DA CEDAE 
SOBRE MODIFICAÇÕES DE TARIFAS SOBRE SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO. 
ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA. SENTENÇA DE 
IMPROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO DO AUTOR. O caso versa sobre cobrança de tarifa pública e 
não de taxa, conforme jurisprudência pacífica das Cortes Superiores e deste Tribunal, afastando o 
caráter tributário à questão, por isso não cabe a aplicação do artigo 175, parágrafo único, III da 
Constituição Federal, estando, pelo que dispensada a necessidade de lei que anteceda a cobrança. O 
Decreto 25.997/00, que delegou competência ao presidente da CEDAE para promover as 
modificações que se fizerem necessárias na tarifa que incide sobre os serviços de água e esgoto não 
padece do alegado vício de inconstitucionalidade. Ademais, toda a legislação aplicável, seja a Lei 
8.987/95 ou a Lei 11.445/07, preveem expressamente o reajuste das tarifas cobradas, exigindo-se tão 
somente que se tome por base as condições consignadas no edital e no contrato de
er calculado de modo a assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, possibilitando a 
prestação de um serviço adequado, mas, sem perder de vista os princípios da modicidade tarifária e 
justa remuneração. A recorrida demonstrou que o aumento tarifário foi precedido dos indispensáveis 
estudos técnicos, que comprovaram a necessidade do reajuste em decorrência dos custos relacionados 
ao serviço e os investimentos realizados, especialmente no que se refere à expansão e manutenção da 
rede. Deste modo, não se pode atrelar o aumento tão somente ao aspecto das perdas inflacionárias, ou 
a qualquer índice, como alega o recorrente. Recurso CONHECIDO e DESPROVIDO.
2ª QUESTÃO:
Determinado Estado da Federação, ao promulgar a sua Constituição, cria o Fundo de 
Desenvolvimento Econômico, voltado para o apoio e estímulo de projetos de investimentos 
industriais prioritários do Estado. A esse fundo serão destinados recursos de, no mínimo, 10% (dez 
por cento) do total anualmente transferido para o Estado, proveniente do Fundo de Participação dos 
Estados, previsto no artigo 159, inciso I, letra 'a', da Constituição da República, dos quais 20% (vinte 
por cento) se destinarão a projetos de microempresas e de empresas de pequeno porte.
Analise, fundamentadamente, em no máximo 15 (quinze) linhas, a constitucionalidade material da 
criação desse Fundo.
27/03/2023 - Página 4 de 5DIREITO TRIBUTÁRIO- CP06 - 03 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 
ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESPOSTA:
DIREITO CONSTITUCIONAL - CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
ADI e vinculação de receitas de impostos
São inconstitucionais as normas que estabelecem vinculação de parcelas das receitas tributárias a 
órgãos, fundos ou despesas, por desrespeitarem a vedação contida no art. 167, IV (1), da Constituição 
Federal (CF).
Com esse entendimento, o Plenário julgou procedente pedido formulado em ação direta para declarar 
a inconstitucionalidade do art. 226, § 1º (2) (renumeração do art. 223), da Constituição do Estado do 
Rio de Janeiro, que cria o Fundo de Desenvolvimento Econômico e a ele destina recursos 
provenientes do Fundo de Participação dos Estados.
O Colegiado julgou, ainda, prejudicada a ação quanto ao art. 56 (3) do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias da Constituição estadual por se tratar de norma cuja eficácia se exauriu 
há dezoito anos.
(1) CF: "Art. 167. São vedados: (¿) IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 
158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 
4º deste artigo."
(2) Constituição do Estado do Rio de Janeiro: "Art. 226 - Fica criado o Fundo de Desenvolvimento 
Econômico, voltado para o apoio e estímulo de projetos de investimentos industriais prioritários do 
Estado. § 1º - Ao Fundo de Desenvolvimento Econômico serão destinados recursos de, no mínimo, 
10% (dez por cento) do total anualmente transferido para o Estado, proveniente do Fundo de 
Participação dos Estados, previsto no artigo 159, inciso I, letra 'a', da Constituição da República, dos 
quais 20% (vinte por cento) se destinarão a projetos de microempresas e de empresas de pequeno 
porte."
(3) Ato das Disposições Constitucionais Transitórias do Estado do Rio de Janeiro: "Art. 56 - Durante 
dez anos o Estado aplicará, no mínimo, 10% (dez por cento) dos recursos do Fundo para o 
Desenvolvimento de que trata o artigo 226 nos projetos de infra-estrutura para industrialização, 
assegurando o desenvolvimento econômico das regiões norte e noroeste fluminenses, de acordo com 
os planos municipais e regionais de desenvolvimento, ficando assegurada aos Municípios do noroeste 
fluminense a metade dos recursos destinados às regiões."
ADI 553/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 13.6.2018. (ADI-553)
27/03/2023 - Página 5 de 5DIREITO TRIBUTÁRIO - CP06 - 03 - CPIII - 1º PERÍODO 2023

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