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Questionario Tributario II GA Buffon
Direito Tributário II (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE DIREITO
JANETE DA SILVEIRA
JÉSSICA BEATRIZ DA SILVA
MÍRIA DENISE DA SILVA
VINÍCIUS BARCELLOS
RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES REFERENTES À DISCIPLINA DE DIREITO
TRIBUTÁRIO II
São Leopoldo
2016
Baixado por Fernanda Flores (fezinhars91@hotmail.com)
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JANETE DA SILVEIRA
JÉSSICA BEATRIZ DA SILVA
MÍRIA DENISE DA SILVA
VINÍCIUS BARCELLOS
RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES REFERENTES À DISCIPLINA DE DIREITO
TRIBUTÁRIO II
Trabalho apresentado à disciplina de
Direito Tributário II do Curso de Direito da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS, sob orientação do professor
Marciano Buffon.
São Leopoldo
2016
Baixado por Fernanda Flores (fezinhars91@hotmail.com)
lOMoARcPSD|8097855
1) Quais os impostos que o Poder Executivo tem a prerrogativa de elevar as
alíquotas, sem a observância do princípio da anterioridade anual e
nonagesimal?
Os impostos que o Poder Executivo tem a prerrogativa de elevar as alíquotas,
sem a observância do princípio da anterioridade anual, são a) impostos de
importação, exportação, IPI e IOF (art. 150 § 1o); b) empréstimo compulsório
instituído para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade, de
guerra externa ou sua iminência (art. 148 I); c) as contribuições sociais (art. 195 I),
as quais estão submetidas à regra prevista no § 6o do art. 195 (noventa dias); d) o
imposto extraordinário de guerra (art. 154, II) e, e) contribuição de intervenção no
domínio econômico – CIDE, relativamente aos combustíveis (art. 177, § 4° I, b).
Quanto à nonagesimal, são: aos impostos de importação, exportação e IOF e
imposto de renda; aos empréstimos compulsórios no caso de calamidade e guerra
externa; à fixação da base de cálculo do IPTU e IPVA, conforme art. 150, §1º, da
CF/88. 
2) Qual é tratamento legalmente dispensado às exportações no que tange a
incidência do IPI e ICMS ? 
 O tratamento legalmente dispensado à exportação de produtos industrializados
(CF/88, artigo 153, § 3º, inciso III) e ao ICMS (CF/1988, artigo 155, § 2º, X, a) é a
imunidade, ou seja, a não incidência de cobrança de tributos. Assim, partir da Lei
Complementar 87/1996 (artigo 3º), a exportação de produtos primários e
semielaborados constituiu hipótese de não-incidência. Desta forma, a partir da
edição desta Lei Complementar, as leis ordinárias estaduais que previam a sua
tributação deixaram de ser aplicadas. Em suma, não são tributáveis as operações,
de que decorra a exportação de produtos: (a) industrializados, em virtude de
imunidade; (b) semielaborados, em virtude de não-incidência; e (c) primários, em
virtude de não-incidência. Admite-se o crédito do ICMS relativo a matérias-primas,
produtos intermediários e material de embalagem adquiridos para emprego na
industrialização de produtos destinados à exportação ou as mercadorias e serviços
que venham ser objeto de operações ou prestações destinadas ao exterior. O
parágrafo único, artigo 3o, da LC 87/1996, dispõe que se equiparam às operações de
exportação as saídas de mercadorias realizadas com o fim específico de exportação
para o exterior, destinada a: a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou
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outro estabelecimento da mesma empresa e; b) armazém alfandegado ou
entreposto aduaneiro. Os créditos acumulados do ICMS decorrentes da exportação,
após exame de sua legitimidade pelo Fisco, poderão ser transferidos para outros
estabelecimentos da mesma empresa e o saldo remanescente poderá ser
repassado para outros contribuintes, dependendo de previsão legal regulamentada
no Regulamento do ICMS de cada unidade da federação.
 Quanto ao IPI, são imunes da incidência do imposto, os produtos
industrializados destinados ao exterior (Constituição, artigo 153, § 3º, inciso III),
contemplando todos os produtos, de origem nacional ou estrangeira. Além disso, o
estabelecimento exportador pode creditar-se do IPI pago na aquisição dos insumos
que industrializou.
3) Quais as possibilidades e os requisitos a serem observados para
instituição de um imposto no uso da competência residual da União?
 A competência residual da União para instituição de um imposto está posta
na CF/88, no art. 154. A União poderá instituir: I – mediante lei complementar,
impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição.
 Assim, a CF prevê uma competência extremamente ampla, permitindo que a
União tribute qualquer outra hipótese relacionada ao contribuinte, desde que a
instituição do imposto pela União não incida sobre fatos geradores ou bases de
cálculos próprios dos impostos previstos na Constituição (vedação da bitributação);
que se dê mediante lei complementar e; não que não seja cumulativo. 
4) Explicar o disposto nos artigos 151 e 152 da CF/88.
 O princípio da uniformidade tributária está presente no artigo 151 da CF/88.
Em relação ao inciso I do referido artigos, podemos afirmar que além de cumprir o
pacto federativo, obedece ao principio da isonomia, pois exige tratamento uniforme
para os entes federados, contudo permite o tratamento distinto para os que se
encontrem em situações desiguais, estabelecendo a plenitude do princípio da
igualdade, eis que o referido artigo prevê a concessão de incentivos fiscais com o
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objetivo de promover o equilíbrio socioeconômico entreas diferentes regiões do
País.
 O mesmo princípio encontra-se esculpido no inciso II do artigo em comento, ao
vedar a União à tributação de renda das obrigações da dívida pública dos Estados,
Municípios e Distrito Federal, em níveis superiores aos fixados para as suas
obrigações, ou seja, quando um particular torna-se credor da União, do Estado,
Municípios ou do Distrito Federal, por ter adquirido títulos da dívida pública, o qual
incide juros e, se estes juros forem tributados pela União, em relação aos juros dos
Estados e Municípios de forma mais gravosa do que os seus, este particular vai
preferir adquirir os títulos da dívida pública da União, portanto não pode haver
privilegio dos títulos da União em relação aos dos Estados, Municípios e do Distrito
Federal.
 Conforme já foi dito, o princípio da uniformidade está presente no artigo 151, II,
segunda parte, quando proíbe a tributação pela União da remuneração e dos
proventos dos agentes públicos dos estados, distrito federal e munícipios, em níveis
superiores ao que fixar para seus agentes. 
 Por fim o inciso III, do artigo 151 da CF/88, veda a União de “instituir isenções
de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios .” O
quê consiste em objetivo e atendimento do princípio do pacto federativo. Tendo em
vista que esta isenção está ligada ao poder de tributar, assim, somente poderá
estabelecer isenções tributárias aqueles que tiveram a competência de instituí-los.
Ou seja, a CF proíbe a União de isentar tributos que não sejam da sua competência,
como por exemplo, isenção de IPTU que é de competência do Município ou de IPVA
que é de competência do Estado, o IR da União. Ressalvadas as hipóteses do art.
155, § 2º, XII, que permite a União, por meio de medida complementar excluir a
incidência do ICMS e produtos destinados a exportação, com a finalidade de
possibilitar ao país maior competitividade de seus produtos e serviços no exterior, a
qual teve sua redação modificada pela EC. Nº 42/2003, que da imunidade as
operações que destinam mercadorias e serviços ao exterior, perdendo, portanto, a
isenção a sua aplicabilidade. Outra isenção está no art. 156, §3º, II da CF/88 que
permite que a União, através de Lei Complementar excluir a incidência de ISS das
exportações de serviços ao exterior, o que foi concretizado por meio da LC nº
116/2003. Outra possibilidade sujeita a apreciação de outra lei e que não está
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prevista na CF, mas admitida pelo STF é a isenção prevista nos tratados
internacionais em relação aos tributos da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios. O entendimento do STF é de que a vedação se dirige à União em
relação às suas relações internas, no exercício de usa autonomia como ente
federativo e, quando a União estiver representando o Brasil, na ordem externa,
estará agindo como representante da República Federativa do Brasil, exercendo sua
soberania. (Supremo Tribunal Federal, Adin n° 1600).
 Quanto ao artigo 152 da CF/88, o qual veda “aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino”, neste caso, o que está sendo
aplicado é o princípio da não diferenciação tributária, o qual estabelece e concretiza
os mandamentos do pacto federativo no sentido de proibir discriminação entre os
entes federativos. Ou seja, a vedação aqui tem como destinatários os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, diferente da União que pode fazer distinções entre
os entes da federação para minimizar as desigualdades socioeconômicas. Assim,
um Estado não pode majorar a alíquota de um produto só porque ele foi produzido
ou em face do produto produzido em determinado Estado ser enviado a outro
Estado.
5) Incide ICMS e IPI na importação realizada por não-contribuinte do
imposto?
O art. 155, §2º, IX, ‘a’, da CF, diz que incidirá ICMS, “sobre a entrada de bem
ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não
seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde
estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem
ou serviço. (alterado pela EC 33-2001)”. Em que pese a Súmula 660 do STF,
determinar a não incidência de “ICMS na importação de bens pro pessoa física ou
jurídica que não seja contribuinte do imposto”, o entendimento do STF, atualmente,
acompanha o determinado pela Constituição Federal: 
 EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com
agravo. Tributário. Artigo 155, § 2º, IX, da CF/88, com a redação
dada pela EC nº 33/01. ICMS. Importação. Pessoa física.
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Contribuinte. Bem importado para uso próprio. Mercadoria.
Alegada violação do princípio da não cumulatividade. Não
ocorrência. Repercussão geral. 1. O Supremo Tribunal Federal,
no RE nº 474.267/RS-RG, fixou a orientação de que a alínea a do
inciso IX do § 2º do art. 155 da Constituição Federal, com a
redação dada pela EC nº 33/01, alcança a pessoa natural
ou física, que, naturalmente, passa a ser contribuinte do imposto,
desde que importe bens do exterior, mesmo que o negócio
jurídico da importação não se destine a atividade comercial ou
industrial. Concluiu, ainda, a Corte que a simples operação de
importação não desclassifica o bem importado como mercadoria e
que inexiste ofensa ao princípio da não cumulatividade. 2. Agravo
regimental não provido. (ARE 750132 AgR / RS - RIO GRANDE DO
SUL . AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI. Julgamento: 05/08/2014 . Órgão
Julgador: Primeira Turma).
 Em relação ao IPI, entende o STF que deve ser aplicado o princípio da não-
cumulatividade, o que torna indevida a tributação sobre produtos industrializados,
quando importados por pessoa física e para uso próprio, conforme decisão proferida
no ano de 2010 pelo STF: 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI.
IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO POR PESSOA FÍSICA PARA USO
PRÓPRIO. NÃO-INCIDÊNCIA. APLICABILIDADE DO
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE. 1. Não incide
o IPI sobre a importação, por pessoa física, de veículo
automotor destinado ao uso próprio. Precedentes: REs
255.682-AgR, da relatoria do ministro Carlos Velloso; 412.045,
da minha relatoria; e 501.773-AgR, da relaria do ministro Eros
Grau. 2. Agravo regimental desprovido (RE 255090 AgR / RS -
RIO GRANDE DO SUL . AG.REG. NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. Relator(a): Min. AYRES BRITTO.
Julgamento: 24/08/2010 Órgão Julgador: Segunda
Turma. Publicação DJe-190 DIVULG 07-10-2010 PUBLIC 08-10-
2010).
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6) No que se fundamenta a progressividade e a seletividade do IPTU com
conotação extrafiscal?
 A progressividade do IPTU está fundamentada na adequada utilização do
solo urbano, uma vez que o art. 182, § 4º, da CF, faculta ao poder público municipal,
mediante lei especifica, para área incluída no plano diretor, exigir do proprietário quepromova o seu adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento ou edificação
compulsória, IPTU progressivo no tempo e até mesmo desapropriação. O referido
imposto poderá, ainda, ser progressivo em razão do valor venal do imóvel, conforme
art. 156, § 1º, I da CF/88. Assim, a progressividade funda-se nos critérios de
localização, valor, uso e função social. Já a seletividade o IPTU está fundamentada
no inciso II do art. 156, da CF que independentemente da progressividade no tempo
imposta pela art. 182, §4º, II, o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana
terá alíquotas diferenciadas de acordo com a localização e o uso do imóvel. 
7) É possível que lei municipal modifique a base de cálculo do ISS prevista
na Lei Complementar 116/2003? 
 Cumpre informar que conforme no art. 7º da LC 116/2003, a “base de cálculo
do imposto é o preço do serviço”. Ademais, disposto no artigo 146, III, “a”, da CF,§
3º, “cabe à lei complementar, (...), estabelecer normas gerais em matéria de
legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas
espécies, bem como em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a
dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes”. Entendimento
do STF: 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ISS. ALTERAÇÃO. BASE DE
CÁLCULO. DECRETO MUNICIPAL. IMPOSSIBILIDADE. O
acórdão recorrido encontra-se em sintonia com o entendimento
desta Corte de que somente por lei o Município pode introduzir
alterações na base de cálculo que importem em majoração do
imposto. Agravo regimental a que se nega provimento. AI 523423
AgR / PR - PARANÁ AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Relator(a): Min. EROS GRAU Julgamento: 
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16/08/2005 Órgão Julgador: Primeira Turma Publicação
DJ 09-09-2005.
8) É possível a incidência de contribuição social sobre receita decorrente de
exportação?
 Não é possível a incidência de contribuição social sobre receita decorrente de
exportação, conforme o art. 149, § 2º, I, da CF, estabelece que as contribuições
sociais e de intervenção no domínio econômico não poderão incidir sobre receitas
decorrentes de exportação.
9) Seria válida a instituição de uma taxa para servir de fonte de receita para
investimentos em segurança pública, cuja base de cálculo correspondesse o
valor a ser pago a título de fornecimento de energia elétrica?
 Segundo o art. 77 do CTN, as taxas cobradas pela União, Estados, Distrito
Federal e Munícipios dentro do âmbito de suas respectivas atribuições, tem como
fato gerador o exercício regular do poder de policia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto
à sua disposição. Em se tratando de segurança pública, o entendimento do STF é
de que o investimento em segurança pública se dê por meio de imposto, e não
através de taxa, pois trata-se de serviço de caráter geral e indivisível, o que
inviabiliza a instituição de taxa para servir de fonte de receita para investimentos em
segurança pública, tendo base de cálculo correspondente ao valor pago a título de
fornecimento de energia elétrica.
Serviço público. Poder de polícia. 2. Recurso extraordinário contra
acórdão proferido em sede de ADI estadual. 3. Código Tributário
do Estado de Goiás (Lei estadual 13.194/97). Itens A6.1.1 e
A6.1.2 do Anexo III. Serviço prestado por órgão de segurança
pública com caráter geral e indivisível (uti universi). 
Impossibilidade de cobrança mediante taxa . 
Inconstitucionalidade. 4. Código Tributário do Estado de Goiás
(Lei estadual 13.194/97). Itens A4.2 e A4.3 do Anexo III. Serviços
públicos específicos e divisíveis (uti singuli). Cobrança por meio
de taxa. Constitucionalidade. Precedente. 5. Modulação de efeitos
da declaração de inconstitucionalidade dos itens A6.1.1 e A6.1.2
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do Anexo III da Lei estadual 13.194/97. Ausência de
demonstração objetiva de qualquer risco à segurança jurídica ou
excepcional interesse social. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento. (RE 535085 AgR, Relator(a): Min. GILMAR
MENDES, Segunda Turma, julgado em 09/04/2013, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-075 DIVULG 22-04-2013 PUBLIC 23-04-
2013)
TAXA DE SEGURANÇA PÚBLICA – SERVIÇO NÃO
DISSOCIADO DE ATIVIDADE GERAL –
INCONSTITUCIONALIDADE – ARTIGO 145, INCISO II, DA
CARTA DA REPÚBLICA. A atividade de segurança pública é
serviço público geral e indivisível, a ser remunerado mediante 
imposto, violando o artigo 145, inciso II, da Carta da República a 
exigência de taxa – Verbete Vinculante nº 41 do Supremo. (RE
739311 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira
Turma, julgado em 22/09/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-
204 DIVULG 09-10-2015 PUBLIC 13-10-2015).
10) Discorrer sobre os seguintes princípios do Procedimento/Processo
Administrativo Fiscal, exemplificando a aplicabilidade destes: a)
inquisitoriedade; b) devido processo legal;
O princípio da inquisitoriedade em matéria tributária possui certa analogia
com o inquérito policial matéria penal, pois em ambos os casos não há direito de
defesa. Assim, em âmbito tributário, tem-se que antes do lançamento não há o
direito de defesa por parte do contribuinte, pois este encontra-se em sede de
investigação (fiscalização), devendo tão somente colaborar com os documentos
solicitados pelo FISCO, dado ao dever de colaboração. Já no chamado devido
processo legal que também encontra respaldo ao processo administrativo (art. 5º,
inciso LV, CF), tem-se reconhecido o devido processo substancial por assegurar
também o contraditório e ampla defesa, legalidade, dentre todas as outras garantias
que são reconhecidas no âmbito judiciário, aplicados após o lançamento do crédito
tributário.
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11) Relacionar as vantagens para o contribuinte de discutir na esfera
administrativa um lançamento fiscal?
 O contribuinte possui certas vantagens em optar em discutir na esfera
administrativa um lançamento fiscal, pois a ele serão dadas as mesmas garantias
constitucionais do processo judicial (art.5º, inciso LV, CF), não necessitando de
capacidade postulatória (advogado) e não havendo coisa julgada em sede
administrativa, bem como custas e sucumbência. Assim, o contribuinte que escolhe
ingressar na esfera administrativa se a “demanda” for julgada a seu favor, o crédito
tributário é extinto e, se não for, não havendo o instituto da coisa julgada, poderá
ingressar no âmbito judiciário e discutir novamente a demanda. 
12) Em relação ao Processo Administrativo Fiscal Federal (Decreto 70.235/72),
questiona-se:
a) Como ocorre a contagem dos prazos e quais são os prazos para
apresentação da impugnação e recurso voluntário?
De acordo com o art. 5º do referido Decreto, os prazos serão contínuos,
excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo o dia do vencimento,
semelhante ao que ocorre com o processo comum. Os prazos só se iniciam ou
vencem, conforme parágrafo único do referido diploma, no dia de expediente normal
no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado. 
A impugnação, nas margens do artigo 15, deverá ser apresentada ao órgão
preparador no prazo de 30 dias, contados da data em que for feita a intimação da
exigência. Já no que diz respeito ao recurso voluntário, o artigo 33 dispõe que o
prazo de 30 dias seguintes à ciência da decisão.b) Quais os requisitos para interposição do recurso voluntário e a quem
tem competência para julgá-lo?
Tem-se que o requisito para a interposição de recurso voluntário é ter o
contribuinte uma decisão desfavorável a ele, tendo em vista que a redação do artigo
33, §2º do Decreto 70.235/72 que exigia o depósito, em arrolamento de bens ou
direitos equivalentes a 30% da exigência fiscal definida na decisão tornou-se
inconstitucional pela ADIN 1976-7 do STF. No que tange à competência de
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julgamento do referido recurso, tem-se sua previsão no artigo 25, inciso II, do
referido Decreto, sendo o órgão o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.
c) É possível a juntada de novas provas quando da interposição do
recurso voluntário?
 É possível a juntada de novas provas após a impugnação, nas margens do
artigo 16, § 5º do referido decreto, devendo ser requerida à autoridade julgadora,
mediante petição em que demonstre, com fundamento, a ocorrência de uma das
condições previstas no § 4º do aludido diploma, quais sejam, que fique demonstrada
a impossibilidade da apresentação da prova documental oportuna, por motivo de
força maior; que refira a fato ou direito superveniente ou que se destine a contrapor
fatos ou razões posteriormente trazidas nos autos.
d) Das decisões das Câmaras do Conselho, cabe algum recurso? Em
que hipóteses?
Segundo o artigo 79, caberá recurso especial à Câmara Superior de
Recursos Fiscais, no prazo de 15 dias da ciência do acórdão ao interessado, de
decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra
câmara, turma de câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de
Recursos Fiscais. Ademais, é cabível recurso especial de divergência, previsto no
caput, contra decisão que der ou negar provimento a recurso de ofício.
 
e) Da decisão definitiva proferida pelo CARF, o Fisco pode interpor
recurso para o Ministro da Fazenda?
Da decisão do CARF definitiva, caberá Recurso Especial a Câmara
Superior de Recurso Fiscal (CSRF), no prazo de 15 dias.
f) É possível afastar a aplicabilidade de lei em face à
inconstitucionalidade?
 No que compete ao artigo 26-A do Decreto, no âmbito do processo
administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou
deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto sob o fundamento de
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inconstitucionalidade. Todavia, tal disposição não se aplica quando tratado, acordo
internacional ou ato normativo que já tenha sido declarado inconstitucional por
decisão definitiva plenária do STF; que fundamente o crédito tributário objeto de
dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador Geral da
Fazenda; Súmula da Advocacia Geral da União, na forma legal; pareceres do
Advogado Geral da União aprovados pelo Presidente da República, na forma legal
(art. 26-A, §6º).
13) Em relação ao Processo Administrativo Fiscal Estadual (Lei Estadual
6.537/73) questiona-se:
a) O que diferencia a multa por infração material da multa formal (citar
exemplos)?
 A infração material está prevista no artigo 1º, parágrafo único, alínea “a” da
Lei Estadual n. 6.537/1973 e ocorre quando a infração determine lesão aos cofres
públicos. Já a infração formal é aquela que independe do resultado, ou seja, que
pela sua natureza não causa dano ao erário, e está prevista na alínea “b”, do
referido artigo. Exemplo desta é a não comunicação do contribuinte ao fisco estadual
de qualquer alteração nos dados cadastrais, tais como a mudança de endereço ou o
encerramento das atividades. Quanto àquela serve de exemplo à emissão de
documento fiscal com numeração paralela.
b) Qual a multa aplicável ao contribuinte que emitir nota fiscal que
consigne valores diferentes daqueles efetivos? É possível que esta
penalidade seja reduzida?
 A multa, neste caso, será de 120% do valor do imposto devido, pois se trata
de infração material qualificada. Tal infração está prevista no artigo 8º, alínea c, item
4, da Lei Estadual n.º 6.537/1973 e a multa no artigo 9º, inciso III, da referida
legislação. Contudo, há a possibilidade de redução da multa, conforme previsto no
artigo 10, inciso I, em que há as seguintes reduções: (a) 50% do valor da multa se
for feito o pagamento a vista no prazo de 30 dias; (b) 40% do valor multa caso o
débito seja parcelado em até 12 meses; (c) 30% do valor da multa se o débito seja
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parcelado de 13 a 24 meses; e, (d) 20% do valor da multa no caso de parcelamento
do débito de 25 a 36 meses.
c) Quais os prazos de impugnação e interposição de recurso
voluntário?
Conforme artigo 28, da Lei Estadual 6.537/1973, o prazo para o
contribuinte apresentar Impugnação é de 30 dias a contar da notificação. Já para a
apresentação de recurso voluntário, o prazo é de 15 dias a contar da intimação da
decisão, conforme artigo 45 da referida lei.
d) É possível que a decisão do TARF seja modificada pelo Secretário da
Fazenda? 
As decisões do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais (TARF),
quando não mais passíveis de recursos, são definitivas na esfera administrativa,
conforme previsto no artigo 65, da lei estadual n.º 6.537/1973. De tal modo, tais
decisões não estão suscetíveis a alterações discricionárias do Secretário Estadual
da Fazenda.
e) Das decisões das Câmaras do TARF, cabe algum recurso? Explicar.
Das decisões das câmaras do TARF cabe os seguintes recursos: (a)
quando a decisão for omissa, contraditória ou obscuras, é cabível o pedido de
Esclarecimentos, dirigido ao relator do processo administrativo, no prazo de 5 dias
(art. 58, da Lei Estadual n.º 6.537/1973); (b) quando a decisão der provimento a
recurso de ofício, é cabível pedido de Reconsideração, no prazo de 10 dias, a ser
interposto pelo sujeito passivo (art. 60, da Lei Estadual n.° 6.537/1973); (c) quando a
decisão da câmara for proferida com voto de desempate do Presidente, sendo esta
decisão contrária a legislação ou a prova dos autos, ou ainda, quando a decisão der
a legislação interpretação diversa daquela dada por outra câmara ou pelo Plenário
do TARF, poderá o sujeito passivo ou o representante do fisco interpor Recurso
Extraordinário, no prazo de 10 dias, dirigido ao plenário do TARF (art. 63, da Lei
Estadual n.º 6.537/1973).
14) A empresa X efetuou a venda de mercadorias, sendo que a nota fiscal
respectiva foi emitida de forma incorreta, pois não constava o n° do CNPJ do
destinatário. A fiscalização do ICMS constatou tal situação e – no trânsito das
mercadorias – lavrou Auto de Infração exigindo o ICMS e a aplicando multa de
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120 %, por entender que a nota fiscal, em face da omissão mencionada, era
inidônea. O valor total das mercadorias transportadas correspondia a R$
500.000,00. Pergunta-se: Está correto o agir do fisco? Se a resposta for
negativa, explique qual penalidade deveria ser imposta?
Não está correto, pois foi aplicada a penalidade máxima da multa atribuída à
infração material qualificada, sendo essa aplicada nos casos que envolver
falsificação, adulteração, utilização dolosade documentos viciados, dentre outras
disposições encontradas no art. 7º da Lei Estadual 6537/73. No caso, houve a
emissão da nota fiscal, mas esta não constava o número do CNPJ do destinatário,
configurando uma infração formal, nas margens do artigo 11, inciso II, alínea “c” do
referido diploma. Com isso, a multa será equivalente a 10% do valor das
mercadorias, não inferior a 5UPF-RS, devendo ser observado o chamado “teto”
previsto no parágrafo terceiro do mesmo artigo.
15) Determinado município publicou, em março, de 2008, lei que amplia as
hipóteses de incidência do imposto de transmissão inter vivos de bens
imóveis e de direitos a eles relativos (ITBI). O último artigo da referida lei
estabelece a entrada em vigor desta na data de sua publicação, com efeitos
produzidos a partir de 1º de janeiro de 2008. Considerando a situação
hipotética apresentada, discorra sobre a incidência da norma, com base na
Constituição Federal.
 O ITBI está previsto no artigo 156, inciso II, da Constituição Federal e respeita,
dentre outras questões, o princípio da legalidade e anterioridade, previstos no artigo
150 da Carta Magna, devendo aderir ainda a anterioridade nonagesimal e não
podendo cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a
lei que os instituiu ou aumentou. Não obstante, não pode retroagir em relação a
fatos ocorridos antes do início da vigência da lei tributária.
 Com isso, percebe-se que na situação hipotética apresentada houve
irregularidade tanto em relação a entrada em vigor quanto da produção dos efeitos
do ITBI, só podendo esse imposto ser cobrado a partir de 01 de janeiro de 2009.
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16) Considere que determinada instituição educacional sem fins lucrativos
tenha sido notificada pelo fisco pela cobrança de imposto de renda sobre as
mensalidades, dado o elevado valor destas. Nessa situação hipotética, a
referida instituição educacional é sujeito passivo do imposto de renda? Que
argumentos ela pode apresentar? Fundamente ambas as respostas.
 Em primeira análise tal cobrança não seria viável, pois as instituições
educacionais sem fins lucrativos contemplam o rol do artigo 150, inciso VI, alínea
“c”, da Constituição Federal que dispõe sobre a limitação do poder de tributar,
estabelecendo a chamada imunidade tributária, dentre outros casos, a “patrimônio,
renda ou serviço [...] das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”.
Todavia, as instituições educacionais e assistência social para adquirirem tal
imunidade, são condicionadas que sejam entidades sem fins lucrativos,
contemplando que, no que diz respeito aos requisitos legais, estes estão contidos no
artigo 14 do CTN.
 Com isso, estando à entidade educacional de acordo com tais disposições
legais, não há o que se falar em cobrança de imposto de renda sobre as
mensalidades, não sendo a referida instituição sujeito passivo do imposto de renda,
tendo em vista que a própria Constituição é clara ao referir que a imunidade se
aplica ao patrimônio, renda ou serviço que tenha relação com a entidade.
17) É possível que a União institua isenção relativamente a tributo de
competência dos Estados e municípios?
 É perfeitamente possível que a União Federal, por meio de tratados
internacionais devidamente referendados pelo congresso Nacional através de
decreto legislativo, artigo 49, Inciso I da CF, estabeleça isenção de tributos
estaduais e municipais.
18) É possível que uma lei federal institua isenção de Imposto de Renda para
empresas estabelecidas nas regiões norte/nordeste?
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 O artigo 176, parágrafo único, do CTN, dispõe que “a isenção pode ser restrita
a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a
ela peculiares”. Todavia, ao confrontarmos tal dispositivo com o artigo 151, inciso I,
da Constituição Federal, tal possibilidade de isenção não é permitida a nível federal,
uma vez que fica vedado a União instituir tributo que não seja uniforme em todo o
território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao
Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro.
 Contudo, o caso apresentado engloba uma exceção que está positivada na
mesma redação do referido diploma, em que se admite, em relação aos tributos
federais “a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do
desenvolvimento sócio-econômico entre diferentes regiões do País”. Deste modo,
tem-se como possível que uma lei federal institua isenção de imposto de renda para
empresas da região norte/nordeste, justamente em razão da grande desigualdade
que tais regiões enfrentam.
19) O Estado do Rio Grande do Sul, mediante lei, poderá exigir ICMS na
entrada de mercadorias provenientes de outras Unidades da Federação?
 Sim, mediante lei. De acordo com a lei 8820/89, artigo 4º, o fator gerador do
imposto, na entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de
outras Unidades da federação, e destinada a consumo ou ativo fixo.
20) A lei poderá conceder isenção de IPI relativamente aquisição bens de
capital (máquinas, por exemplo)?
 De acordo com a constituição, o IPI deve obedecer ao critério da seletividade,
se entende a variação da incidência tributária em função da essencialidade do
produto a ser tributado. Quanto mais essencial o produto menor de ser a carga
tributária de IPI a ela imposta. A seletividade, portanto, revela se como relevante
instrumento em favor da capacidade contributiva, haja vista que impõe ônus
tributário mais reduzido para os produtos consumidos por toda a população. (Bens e
serviços).
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	UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
	UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
	CURSO DE DIREITO

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