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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPIII A 12023 Disciplina/Matéria: DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO CPC 2015 Sessão: 16 - Dia 07/02/2023 - 08:00 às 09:50 Professor: GUILHERME KRONEMBERG HARTMANN 16 Tema: Mandado de Segurança Individual. 1ª QUESTÃO: Arlindo, militar inativo, impetrou mandado de segurança tendo em vista que teve reduzido o seu auxílio invalidez. Fundamentou seu pedido no princípio da irredutibilidade de vencimentos e por isso ocorreu a violação de direito líquido e certo. A segurança foi concedida, porém, a União recorreu da decisão. Antes de ser julgado o recurso Arlindo falece, deixando herdeiros. Os herdeiros pretendem a habilitação na demanda. Pergunta-se: é possível os herdeiros sucederem Arlindo no mandado de segurança? Resposta fundamentada. RESPOSTA: EDcl no MANDADO DE SEGURANÇA Nº 11.581 - DF ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO MANDADO DE SEGURANÇA. ÓBITO DO IMPETRANTE. HABILITAÇÃO DOS HERDEIROS. IMPOSSIBILIDADE. 1. O Superior Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que, ante o caráter mandamental e a natureza personalíssima da ação, não é possível a sucessão de partes no mandado de segurança, ficando ressalvada aos herdeiros a possibilidade de acesso às vias ordinárias. 2. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para denegar a segurança sem resolução do mérito 2ª QUESTÃO: Pedro impetrou mandado de segurança contra ato do presidente da Petrobras para impugnar ato que o desclassificou de concurso público. O juiz da Vara da Fazenda Pública, considerando que o presidente de sociedade de economia mista controlada pela União deve ser considerado uma autoridade federal, declinou da competência para a Justiça Federal. Decidiu corretamente o juiz? Resposta fundamentada. RESPOSTA: GABARITO: o aluno deverá saber que embora o réu seja uma sociedade de economia mista, a competência é da Justiça Federal (Constituição, art. 109, VIII e Lei do Mandado de Segurança, art. 2o). 0039055-26.2018.8.19.0000 Agravo de Instrumento em Mandado de Segurança. Demanda agitada contra ato praticado por Diretor da Petrobrás. Sociedade de economia mistafederal. Indeferimento do pedido de liminar. Inconformismo. Incompetência absoluta da Justiça Estadual. Compete à Justiça Federal comum processar e julgar Mandados de Segurança impetrados contra autoridade coatora federal. Aplicação do entendimento firmado pelo E. STF (tema nº. 722). Competência definida em razão da função ou da categoria funcional da autoridade indicada como coatora (ratione auctoritatis). Reconhecimento da incompetência absoluta deste Tribunal de Justiça. Recurso prejudicado. 07/02/2023 - Página 1 de 2DIREITO PROCESSUAL CIVIL - CP07 - 16 - CPIII - 1º PERÍODO 2023 ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Turma: CPIII A 12023 Disciplina/Matéria: DIREITO PROCESSUAL CIVIL PROCEDIMENTOS ESPECIAIS NO CPC 2015 Sessão: 17 - Dia 07/02/2023 - 10:10 às 12:00 Professor: GUILHERME KRONEMBERG HARTMANN 17 Tema: Arbitragem 1ª QUESTÃO: Vaz Empreendimentos S.A. e Contente Enterprise S.A. celebraram contrato de empreitada para a construção de pequena central hidrelétrica no Estado do Rio de Janeiro . O contrato previa que a apuração fosse efetuada em procedimento arbitral. Em 23/06/2014, a barragem construída por Contente Enterprise S.A. teria se rompido, causando significativos prejuízos. Vaz Empreendimentos S.A acionou o juízo arbitral escolhido por ambas as partes em cláusula compromissória e requereu a apuração dos fatos ocorridos. O juiz arbitral deferiu o pedido de oitiva do Presidente da Contente Enterprise S.A como testemunha. Tendo em vista o não comparecimento do Presidente da empresa Contente Enterprise S.A, pergunta- se. O que deve o Juiz arbitral fazer para conduzir coercitivamente a testemunha à próxima sessão? Resposta fundamentada. RESPOSTA: O juiz arbitral deverá utilizar a Carta Arbitral, ou seja, requerer a cooperação do juiz estatal, conforme dispões o artigo 237, IV, NCPC e art. 22,§2º Lei 9.307/96. A carta arbitral deverá preencher os requisitos do art. 260,§3º, NCPC O aluno deve mencionar que a Carta Arbitral é um instrumento de cooperação entre a jurisdição arbitral e a jurisdição estatal para conferir efetividade às decisões proferidas pelo juízo arbitral. 2ª QUESTÃO: Em determinada demanda proposta por Hakme do Brasil S.A., em curso na 2ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, a parte ré, Queen Forest S. A., alegou existência de convenção de arbitragem firmada entre as partes, de tal forma que o presente conflito deveria ser solucionado pelo Tribunal Arbitral do Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil - Canadá. O contrato firmado previa que qualquer desavença seria apurada por meio de procedimento arbitral. Contudo, a empresa Hakme do Brasil S.A., em lugar de fazê-lo, ajuizou demanda na Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro, mesmo sabendo que o Juízo Arbitral já havia reconhecido sua competência anteriormente. Decida a questão de forma fundamentada. RESPOSTA: O aluno deverá mencionar o artigo 485, VII, CPC. Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência 07/02/2023 - Página 2 de 2DIREITO PROCESSUAL CIVIL - CP07 - 16 - CPIII - 1º PERÍODO 2023
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