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RESUMO PLANEJAMENTO PREVIDENCIÁRIO

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1 
 
 
 
→ INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO 
PREVIDENCIÁRIO 
 
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO: em linhas gerais, 
salário de contribuição é o que se considera como 
remuneração do segurado naquele mês. 
 É o salário que a pessoa recebeu em mês X. 
Corresponde ao salário do trabalhador, desde 
que respeite os limites máximos e mínimos. 
 
LIMITE MÍNIMO: piso salarial, legal ou 
normativo da categoria. Inexistindo este, o 
valor do salário-mínimo. 
 
Lei 8.213/91 - Art. 135. Os salários-de-contribuição 
utilizados no cálculo do valor de benefício serão 
considerados respeitando-se os limites mínimos e 
máximos vigentes nos meses a que se referirem. 
Usamos para: 
1. Descobrir qual o valor da contribuição 
mensal para o INSS. 
2. Calcular a média (SB) 
 
Como saber qual o limite mínimo? 
1º PASSO: verificar se existe acordo ou 
convenção coletiva que fixe um piso salarial. 
2º PASSO: verificar se o Estado respectivo 
possui um piso diferente do nacional (lei 
complementar 103/2000) 
3º PASSO: caso não se aplique nenhuma das 
opções anteriores, será considerado o salário-
mínimo nacional. 
E o limite máximo? 
É o teto do INSS. 
 
 
 
✓ EXEMPLO 
Mês X – hipotético 
Teto do INSS: R$8.000,00 
Salário-mínimo nacional: R$1.500,00 
 
1. HENRIQUE: contribuinte individual 
(remuneração R$2.500,00) o salário de 
contribuição de Henrique será R$2.500,00 
 
2. MARINA: empregada (salário R$10.760,00) o 
salário está acima do teto, assim, ela vai pagar 
sobre os R$8.000,00 pois o que ela recebe está 
acima do limite máximo. 
 
 
- E o segurado facultativo (que não exerce atividade 
remunerada): pode escolher o valor que desejar, 
observados os limites legais. 
 O salário de contribuição é utilizado para 
descobrir o valor da contribuição de cada mês, 
ou seja, o valor que o segurado deverá pagar ao 
INSS naquele mês específico. 
- Basta multiplicar o salário de contribuição pela 
alíquota de contribuição, que é dada pela lei. 
 
Valor da contribuição mensal = SL x alíquota 
 
✓ EXEMPLO: 
- HENRIQUE 
Teto R$8.000,00 
Mínimo R$1.500,00 
Salário de Henrique R$2.500,00 
 
Valor da contribuição: 
Plano normal? 20% de 2.500 = R$500,00 
Plano simplificado? 11% de 2.500 = R$275,00 (tem 
direitos reduzidos – por exemplo, não pode 
aposentar por tempo de contribuição) 
 
SALÁRIO DE BENEFÍCIO: serve para calcular a 
renda mensal inicial (RMI) 
- Fórmula atual: média aritmética simples de todos os 
salários de contribuição recebidos pelo segurado a 
partir de julho de 1994. 
Cálculos e Planejamento Previdenciário 
 
2 
 
SB = média de todos os SC após julho de 1994 
Em regra, somamos os SC e dividimos pelo número de 
meses para encontrar o salário de benefício. Mas 
existem pontos a observar nesse cálculo. 
Ex. após a emenda 103/19 pode excluir alguns salários 
menores que reduzem a média, mas tem regras para 
essa exclusão. 
- TODOS os benefícios usam o SB como base, exceto o 
salário-família e o salário-maternidade. 
- Deve respeitar limites mínimos (salário-mínimo) e 
máximos (limite máximo do salário de contribuição – 
Teto do INSS) 
 Lei 8.213/91 - § 2º O valor do salário-de-benefício 
não será inferior ao de um salário-mínimo, nem 
superior ao do limite máximo do salário-de-
contribuição na data de início do benefício. 
 
RENDA MENSAL INICIAL: é o valor do primeiro 
benefício a ser recebido pelo segurado. Possui uma 
fórmula básica que é: 
RMI = SB x coeficiente do benefício. 
O coeficiente é definido por lei e pode variar de acordo 
com a situação do segurado. 
✓ EXEMPLOS 
BENEFÍCIO COEFICIENTE 
Auxílio-acidente 50% 
Aposentadorias (regra 
geral) 
60% + 2% a cada ano que 
exceder o mínimo 
Aposentadoria pela regra 
do pedágio 100% 
100% 
Aposentadoria pela regra 
de transição do pedágio 
de 50% 
Fator previdenciário 
Aposentadoria por tempo 
de contribuição da pessoa 
com deficiência 
100% 
Pensão por morte (regra 
geral) 
50% + 10% por 
dependente 
Auxílio por incapacidade 
temporária 
91% limitado à média dos 
últimos 12 salários de 
contribuição 
 
CF, art. 102, § 2º - Nenhum benefício que 
substitua o salário de contribuição ou o 
rendimento do trabalho do segurado terá valor 
mensal inferior ao salário-mínimo. 
Lei 8213/91 Art. 33 - A renda mensal do 
benefício de prestação continuada que 
substituir o salário-de-contribuição ou o 
rendimento do trabalho do segurado não terá 
valor inferior ao do salário-mínimo, nem 
superior ao do limite máximo do salário-de-
contribuição, ressalvado o disposto no art. 45 
desta Lei. 
 3 BENEFÍCIOS QUE PODEM TER VALOR INFERIOR A 
UM SALÁRIO-MÍNIMO: 
 
1) Auxílio-acidente e o salário-família (não 
substituem o rendimento do trabalho) 
2) Benefícios por totalização: concedidos com 
base nos acordos internacionais previdenciários 
celebrados pelo Brasil. 
3) Auxílio por incapacidade temporária: somente 
na hipótese em que o segurado exercer 
atividades concomitantes. (se a incapacidade 
for para apenas uma das atividades, o valor 
poderá ser inferior ao salário-mínimo, desde 
que somado às demais remunerações recebidas 
pelo segurado, totalize um valor superior ao 
mínimo). 
 
 2 BENEFÍCIOS QUE PODEM TER O VALOR 
SUPERIOR AO TETO DO SALÁRIO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
 
1) Acréscimo de 25% sobre a RMI do benefício na 
aposentadoria por incapacidade permanente: o 
valor adicional pode superar o teto (art. 45, lei 
8.213/91) 
2) Salário-maternidade das seguradas 
empregadas e trabalhadoras avulsas, desde 
que não ultrapasse o teto do funcionalismo 
público, que é a remuneração dos Ministros do 
STF (art. 248, CF). 
 
→ REGIMES DE PREVIDENCIÁRIA SOCIAL 
3 
 
REGIME PREVIDENCIÁRIO é aquele que abarca, 
mediante normas disciplinadoras da relação jurídica 
previdenciária, uma coletividade de indivíduos que tem 
vinculação entre si em virtude da relação de trabalho 
ou categoria profissional a que está submetida, 
garantindo a esta coletividade, no mínimo, os 
benefícios essencialmente observados em todo sistema 
de seguro social – aposentadoria e pensão por 
falecimento do segurado. 
1. Regime geral de previdência social 
2. Regime de previdência de agentes públicos 
ocupantes de cargos efetivos 
3. Regime previdenciário complementar 
4. Regime dos militares das forças armadas 
 
 
 
 
 
1. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
(RGPS): 
Abrange obrigatoriamente todos os trabalhadores da 
iniciativa privada, ou seja, os trabalhadores que 
possuem relação de emprego regida pela CLT, os 
empregados domésticos, os trabalhadores autônomos, 
os empresários, pequenos produtores rurais e 
pescadores artesanais trabalhando em regime de 
economia familiar, e outras categorias de 
trabalhadores, como garimpeiros, empregados de 
organismos internacionais, etc. 
- É regido pela Lei 8.213/91 – Plano de 
benefícios da Previdência Social. 
 
- É de filiação compulsória e automática para 
os segurados obrigatórios, permitindo ainda, 
que pessoas que não estejam enquadradas 
como obrigatórias e não tenham regime 
próprio de previdência se inscrevam como 
segurados facultativos, passando também a 
ser filiado ao RGPS. 
 
- Único sistema brasileiro que permite a 
adesão de segurados facultativos – Princípio da 
Universalidade do Atendimento (art. 194, I, CF) 
 
2. REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
Agentes públicos ocupantes de cargos efetivos da 
União, dos Estados, do DF e os Municípios, bem como 
das autarquias e fundações públicas. 
 
Autonomia político-administrativa de cada um dos 
Entes da Federação, cada Ente possui um regime 
próprio. 
 
- União – servidores públicos federais. 
- Estados membros – servidores públicos 
estaduais ou distritais. 
- Município – servidores públicos municipais. 
 
O servidor ocupante de cargo efetivo que exerce 
atividade paralela na atividade privada terá filiação em 
dois regimes de Previdência Social em relação a cada 
uma das atividades desempenhadas. 
 
3. REGIME PREVIDENCIÁRIOCOMPLEMENTAR 
Regime Geral da OS e os Regimes próprios de agentes 
públicos: são regimes públicos e obrigatórios, geridos 
pelo Poder Público, cobrem a perda da capacidade de 
gerar meios para a subsistência até um valor-teto. 
 
Regime previdenciário complementar é privado e 
facultativo, gerido por entidades de previdência 
fiscalizadas pelo Poder público. 
 
CF, art. 202. O regime de previdência privada, de 
caráter complementar e organizado de forma 
autônoma em relação ao regime geral de 
previdência social, será facultativo, baseado na 
constituição de reservas que garantam o benefício 
contratado, e regulado por lei complementar. 
 
4. REGIME DOS MILITARES DAS FORÇAS 
ARMADAS 
Os militares não são considerados servidores públicos 
e possuem tratamento diferenciado em vários 
aspectos. 
 
Em 2019, foi aprovada a Lei 13.954/19, que alterou as 
regras de previdência para as forças armadas, policiais 
militares e bombeiros estaduais. 
 
Tempo mínimo de serviço para que o militar 
passe para a inatividade subiu de 30 para 35 
anos; 
Não terão idade mínima para se aposentar 
(reserva remunerada). 
 
 
→ SEGURADOS DO RGPS 
É segurado da Previdência Social, nos termos do art. 9º 
e seus parágrafos do Decreto 3.048/99, de forma 
RGPS 
RM 
RPC 
 
RPPS RPPS 
RPPS 
RPPS 
RPPS RPPS 
RPPS 
4 
 
compulsória, a pessoa física que exerce atividade 
remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana 
ou rural, lícita, com ou sem vínculo de emprego, a título 
precário ou não, bem como aquele que a lei define 
como tal, observadas, quando for o caso, as exceções 
previstas no texto legal, ou exerceu alguma atividade 
das mencionadas acima, no período imediatamente 
anterior ao chamado “período de graça”. 
- Também é segurado aquele que se filia facultativa e 
espontaneamente à previdência social, contribuindo 
para o custeio das prestações sem estar vinculado 
obrigatoriamente ao RGPS ou a qualquer outro regime 
previdenciário qualquer. 
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS: devem contribuir 
COMPULSORIAMENTE para a Seguridade Social, tendo 
direito aos benefícios pecuniários previstos para sua 
categoria (aposentadorias, auxílios, pensões, salário-
família e salário-maternidade) e aos serviços 
(reabilitação profissional e serviço social). 
Empregado 
Empregado doméstico 
Contribuinte individual (inclui 
empresário e autônomo) 
Trabalhador avulso 
Segurado especial 
1. EMPREGADO 
Lei 8.212 - Art. 12. São segurados obrigatórios da 
Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
I - como empregado: 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou 
rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua 
subordinação e mediante remuneração, inclusive 
como diretor empregado; 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho 
temporário, definida em legislação específica, 
presta serviço para atender a necessidade 
transitória de substituição de pessoal regular e 
permanente ou a acréscimo extraordinário de 
serviços de outras empresas; 
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e 
contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em sucursal ou agência de empresa 
nacional no exterior; 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão 
diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a 
membros dessas missões e repartições, excluídos 
o não-brasileiro sem residência permanente no 
Brasil e o brasileiro amparado pela legislação 
previdenciária do país da respectiva missão 
diplomática ou repartição consular; 
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no 
exterior, em organismos oficiais brasileiros ou 
internacionais dos quais o Brasil seja membro 
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, 
salvo se segurado na forma da legislação vigente 
do país do domicílio; 
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e 
contratado no Brasil para trabalhar como 
empregado em empresa domiciliada no exterior, 
cuja maioria do capital votante pertença a 
empresa brasileira de capital nacional; 
g) o servidor público ocupante de cargo em 
comissão, sem vínculo efetivo com a União, 
Autarquias, inclusive em regime especial, e 
Fundações Públicas Federais; 
i) o empregado de organismo oficial internacional ou 
estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando 
coberto por regime próprio de previdência social; 
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não vinculado a regime próprio de 
previdência social; 
 
Também são empregados (art. 9º, inc. I, decreto 
3.048/99) 
- O bolsista e o estagiário que prestam serviços 
a empresa, em desacordo com a Lei 11.788, de 
25 de setembro de 2008; 
- O escrevente e o auxiliar contratados por 
titular de serviços notariais e de registro a partir 
de 21 de novembro de 1994, bem como aquele 
que optou pelo RGPS, em conformidade com a 
lei 8935/94. 
- Os que, embora estrangeiros, são contratados 
para trabalhar no Brasil, exceto se tiverem 
regime previdenciário próprio. 
 
2. EMPREGADO DOMÉSTICO 
Lei 8.212 – art. 12, II - como empregado doméstico: 
aquele que presta serviço de natureza contínua a 
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em 
atividades sem fins lucrativos; 
5 
 
 
3. TRABALHADOR AVULSO 
Quem presta, a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, serviços de natureza urbana ou rural 
definidos no regulamento, com a intermediação 
obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos 
da lei 8630/93 ou do sindicato da categoria. 
 
4. SEGURADO ESPECIAL 
Pessoa física residente no imóvel rural ou em 
aglomerado urbano ou rural próximo, considera-se 
próximo no mesmo município ou contíguo (p. 20) que, 
individualmente ou em regime de economia familiar, 
ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na 
condição de: 
- Produtor, 
- Pescador artesanal ou a este assemelhado 
- Cônjuge ou companheiro, bem como filho 
maior de dezesseis anos de idade ou a este 
equiparado, do segurado de que tratam as 
alíneas “a” e “b” desde inciso, que, 
comprovadamente, tenham participação ativa 
nas atividades rurais ou pesqueiras artesanais, 
respectivamente, do grupo familiar. 
Entende-se como regime de economia familiar: 
atividade em que o trabalho dos membros da família é 
indispensável à própria subsistência e ao 
desenvolvimento socioeconômico do núcleo familiar e é 
exercido em condições de mútua dependência e 
colaboração, sem a utilização de empregados 
permanentes. 
- Regra geral: não pode ter outra fonte de renda que 
não seja da atividade rural 
Exceções (rendas permitidas): benefício 
(pensão, auxílio-acidente ou reclusão) que não 
supere o salário-mínimo; exercício de atividade 
remunerada por 120 dias no ano civil; benefício 
previdenciário decorrente de previdência 
complementar. 
 
5. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
Lei 8.212/1991 
Art. 12, V, 
a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade agropecuária, a qualquer título, em 
caráter permanente ou temporário, em área 
superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, 
quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) 
módulos fiscais ou atividade pesqueira, com 
auxílio de empregados ou por intermédio de 
prepostos; ou 
QUANDO POR QUALQUER RAZÃO DEIXAR DE SER 
SEGURADO ESPECIAL Se um é empregador todos os 
membros do grupo familiar perdem a qualidade de 
segurado especial. 
 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade de extração mineral - garimpo -, em 
caráter permanente ou temporário, 
diretamente ou por intermédio de prepostos, 
com ou sem o auxílio de empregados, utilizados 
a qualquer título, ainda que de forma não 
contínua; 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de 
instituto de vida consagrada, de congregação 
ou de ordem religiosa; 
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para 
organismo oficial internacional do qual o Brasil 
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e 
contratado, salvo quando cobertopor regime 
próprio de previdência social; 
VÍNCULO DE EMPREGO. ATIVIDADE RELIGIOSA. O 
exercício de atividade religiosa diretamente vinculada 
aos fins da Igreja não dá ensejo ao reconhecimento de 
vínculo de emprego, nos termos do artigo 3º da CLT. 
Recurso do reclamante a que se nega provimento. ” 
(RO 01139-2004-101-04-00-5 – TRT 4a Região – Relator 
Juiz João Alfredo B. A. De Miranda – Publicado no 
DORGS em 02/06/2006) 
 
VÍNCULO EMPREGATÍCIO – CARACTERIZAÇÃO – 
PASTOR EVANGÉLICO. Em princípio, a função de 
pastor evangélico é incompatível com a relação de 
emprego, pois visa a atividades de natureza espiritual e 
não profissional. Porém, quando desvirtuada passa a 
6 
 
submeter-se à tipificação legal. Provado o trabalho do 
reclamante de forma pessoa, continua, subordinada e 
mediante retribuição pecuniária, tem-se por 
caracterizado o relacionamento empregatício nos 
moldes do art. 3º da CLT. ” (RO – 27889/2002-002-11-
00 – TRT 11ª Região – Relator Juiz Eduardo Barbosa 
Penna Ribeiro – Publicado no DJAM em 10/12/2003) 
 
e) o titular de firma individual urbana ou rural, o 
diretor não empregado e o membro de 
conselho de administração de sociedade 
anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, 
o sócio gerente e o sócio cotista que recebam 
remuneração decorrente de seu trabalho em 
empresa urbana ou rural, e o associado eleito 
para cargo de direção em cooperativa, 
associação ou entidade de qualquer natureza 
ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer atividade de 
direção condominial, desde que recebam 
remuneração; 
g) quem presta serviço de natureza urbana ou 
rural, em caráter eventual, a uma ou mais 
empresas, sem relação de emprego; Ex.: 
diarista urbano ou rural 
 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, 
atividade econômica de natureza urbana, com 
fins lucrativos ou não; Ex: advogados, médicos, 
dentistas, psicólogos, enfim os profissionais 
liberais. 
 
p) o Micro Empreendedor Individual - MEI de 
que tratam os arts. 18-A e 18-C da Lei 
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 
2006, que opte pelo recolhimento dos impostos 
e contribuições abrangidos pelo Simples 
Nacional em valores fixos mensais; 
 
SEGURADO FACULTATIVO 
É aquele que se filiar por vontade própria – 
característica principal. 
Junto com a intenção – para se concluir o ingresso na 
Previdência Social, é necessário efetuar a primeira 
contribuição. 
Relação jurídica previdenciária decorre do primeiro 
pagamento. 
Assim, é segurado facultativo aquele que não exerce 
atividade remunerada (profissional ou econômica) que 
o vincule obrigatoriamente ao RGPS e que quer 
ingressar na P. S. demonstrando essa vontade mediante 
uma primeira contribuição (Wladimir Novaes Martinez) 
 
- Decreto 3.048/99: 
Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis 
anos de idade que se filiar ao Regime Geral de 
Previdência Social, mediante contribuição, na forma do 
art. 199, desde que não esteja exercendo atividade 
remunerada que o enquadre como segurado 
obrigatório da previdência social. 
- Leis 8.212 e 8.213 constam 14 anos. Nunca foram 
atualizadas após a EC 20/1998. 
- Art. 7. º XXXIII – Proibição de trabalho noturno, 
perigoso ou insalubre a menores de 18 e de QUALQUER 
TRABALHO A MENORES DE 16 ANOS, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de 14 anos; 
EXEMPLOS: 
dona de casa, síndico de condomínio, quando não 
remunerado, estudante, brasileiro que acompanha 
cônjuge que presta serviço no exterior, aquele que 
deixou de ser segurado obrigatório, estagiário. 
 
 
→ FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO 
FILIAÇÃO: vínculo entre a previdência e as pessoas 
que contribuem. Gera direitos (benefícios) e deveres 
(custeio) 
A previdência é um sistema contributivo, você precisa 
contribuir para receber benefícios. 
• INÍCIO DA FILIAÇÃO 
- SEGURADOS OBRIGATÓRIOS: basta o 
exercício de atividade remunerada para 
estabelecer a filiação. 
7 
 
Por isso, mesmo depois de anos de atividade, o 
segurado tem o direito de computar o tempo, 
desde que sejam feitas as contribuições em 
atraso devidas. 
Comprovação da data da filiação: procurar na 
documentação a data do início da primeira 
atividade laborativa, pode estar na CTPS, nas 
GPS, no contrato de trabalho, no contrato social 
da empresa, no próprio CNIS. 
- SEGURADOS FACULTATIVOS: é necessária a 
inscrição e o pagamento da primeira 
contribuição. 
A filiação só se confirma com o pagamento da 
primeira contribuição em DIA. 
Se for recolhida fora do prazo, a filiação será 
convalidada no mês da efetivação do 
pagamento, ou seja, não retroage. 
Comprovação da data da filiação: A data da 
filiação é a data do efetivo pagamento da 1ª 
contribuição. Nesse caso, a filiação será 
posterior à inscrição (cadastro). Por isso pode 
verificar no CNIS a data do pagamento. 
 
 IN 128/2022: art. 10 – a partir de 31 de 
dezembro de 2008, data da publicação do 
Decreto nº6.722, os dados constantes do CNIS 
relativos à atividade, vínculos, remunerações e 
contribuições valem, a qualquer tempo, como 
prova de filiação à Previdência Social, tempo de 
contribuição e salários de contribuição. 
 
 trabalho do menor de 16 anos. CF proíbe o 
trabalho do menor de 16 anos, exceto a partir 
dos 14 anos como aprendiz. 
Mas e se houve trabalho, houve filiação? A 
filiação pode existir mesmo quando o trabalho 
infringiu a CF? 
STJ: SIM, ainda que ilegalmente contratado, vez 
que – realizado o trabalho – a filiação é 
automática. No caso do rural, ainda que com 
idade inferior aos 14 anos de idade. 
TNU (turma nacional de uniformização): tema 
219: é possível o computo do tempo de serviço 
rural exercido por pessoa com idade inferior a 
12 anos na época da prestação do labor 
campesino. 
 
INSCRIÇÃO: ato formal, administrativo; mero 
registro em que o segurado ou dependente são 
cadastrados no Cadastro Nacional de Informações 
Sociais (CNIS) 
A pessoa física é identificada no CNIS pelo NIT (número 
de identificação do Trabalhador): 
NIT Previdência, NIT PIS/PASEP/SUS ou pelo NIS 
(número de identificação social), emitido pela 
CEF. – (se tem uma dessas inscrições, não 
precisa se inscrever novamente. 
 Existem situações em que a pessoa tem mais de um 
NIT, por fazer dois cadastros e isso pode ser 
prejudicial, nesse caso precisa fazer um 
requerimento de unificação no INSS. 
Segurados obrigatórios primeiro vem a filiação depois a 
inscrição. 
Segurados facultativos primeiro a inscrição depois a 
filiação. 
✓ EXEMPLO DIDÁTICO: 
 
SEGURADO OBRIGATÓRIO: filho biológico 
“FILIAÇÃO” do bebê biológico é automática. Mesmo 
antes do registro na certidão de nascimento, ele já é 
filho dos seus pais. 
“INSCRIÇÃO” vem depois, quando é feito o registro na 
certidão de nascimento. 
 
SEGURADO FACULTATIVO: filho adotivo 
“FILIAÇÃO” do bebê adotivo para com seus pais 
adotivos não é automática. É preciso primeiro passar 
pelo processo de adoção e haver o registro de que ele 
é filho dos pais adotivos. 
“INSCRIÇÃO” vem antes e é necessária para que ocorra 
a filiação. 
 
 
8 
 
• Quem é responsável pela inscrição do 
trabalhador: art. 18 do Decreto 3.048/99, 
redação do Decreto 10.410/2020. 
DEPENDE da categoria de segurado. 
 
-Empregado: empresa. 
 
-Trabalhador avulso: órgão gestor da mão de 
obra ou sindicato. 
 
-Empregado doméstico: empregador 
doméstico. 
 
-Contribuinte individual: depende 
Se trabalha por contra própria: ato próprio 
Se trabalha para pessoa jurídica: empresa 
 
- Segurado especial: ato próprio. 
 
- Dependente: ato próprio. 
 
- Facultativo: ato próprio. 
 
 INSCRIÇÃO DO DEPENDENTE: ocorre no momento 
do requerimento administrativo do benefício 
previdenciário, quando serão apresentados os 
documentos devidos. (não pode ser feita 
previamente desde 2002) 
 
 INSCRIÇÃO POST MORTEM: a lei é explícita 
somente sobre a possibilidade de inscrição post 
mortem do seguradoespecial (se presentes os 
pressupostos da filiação). 
✓ EXEMPLO 
1. Gervásio sempre trabalhou na 
agricultura em regime de economia 
familiar. 
Nunca fez sua inscrição no INSS. 
Mesmo assim, ele é segurado especial do RGPS. 
Sua filiação ocorreu com o início da atividade 
laboral. 
 
Sua viúva poderá solicitar a inscrição post 
mortem como segurado especial para que 
possa receber pensão por morte. 
 
2. Empregado, empregado doméstico, 
trabalhador avulso ou contribuinte 
individual que presta serviço para 
pessoa jurídica. 
Responsabilidade pela inscrição é da empresa. 
Comprovando a filiação automática, pode ser 
feita a inscrição após o óbito para assegurar a 
pensão por morte a seus dependentes. 
 
Lindomar era empregado de uma empresa. 
A empresa nunca declarou à União a existência 
do segurado nem realizou sua inscrição no 
RGPS para sonegar o pagamento das 
contribuições. 
Como foram preenchidos os pressupostos para 
filiação de Lindomar, é plenamente possível sua 
inscrição post mortem, devendo ser paga a 
pensão por morte aos seus dependentes. 
 
3. Contribuinte individual que trabalha 
por conta própria e segurado 
facultativo. 
A responsabilidade pela inscrição é dele 
mesmo. 
 
Filiação condicionada ao pagamento em dia da 
contribuição previdenciária. 
 
SÚMULA 52 DA TNU: para fins de concessão de 
pensão por morte, é incabível a regularização 
do recolhimento de contribuições de segurado 
contribuinte individual posteriormente a seu 
óbito, exceto quando as contribuições devam 
ser arrecadadas por empresa tomadora de 
serviços. 
Não vai ser feita a inscrição post mortem. 
 
 INSCRIÇÃO EM MAIS DE UMA CATEGORIA DE 
SEGURADO 
É POSSÍVEL. 
✓ EXEMPLO 
1) Vínculo empregatício durante o dia 
(empregado) 
2) Aulas particulares à noite (contribuinte 
individual) 
 
Hipóteses proibidas de inscrição concomitante: 
1. Facultativo e obrigatório; 
Nessa situação pode pedir a restituição das 
contribuições indevidas. 
2. Contribuinte individual MEI e empregado 
doméstico; (art. 24, p. único. da lei 8.212/91) 
3. Segurado especial (rural) e outra categoria de 
segurado obrigatório 
9 
 
Exceção: casos autorizados pelo art. 11, §9º da 
lei 8.213/91) 
 
OBS: obrigatório pode virar facultativo? SIM, o 
segurado obrigatório que deixar de exercer atividade 
remunerada pode se filiar como facultativo a partir da 
competência seguinte à da cessação da atividade de 
filiação obrigatória. 
OBS²: serviço voluntário gera filiação obrigatória? Não. 
Serviço voluntário NÃO gera filiação obrigatória ao 
RGPS (art. 20, §3º do decreto 10.410/2020). 
OBS³: o cliente estava inscrito como obrigatório de 
forma indevida? O INSS pode converter eventual 
inscrição indevida na categoria de segurado obrigatório, 
realizada após a vigência da lei 8.213/91 em filiação 
como facultativo no RGPS. 
 
→ CÁLCULO DAS RENDAS MENSAIS 
INICIAIS 
 
• TIPOS DE CÁLCULOS PREVIDENCIÁRIOS 
1. Cálculo do tempo de contribuição 
2. Cálculo das rendas mensais iniciais 
3. Cálculos de reajuste 
4. Cálculos judiciais 
5. Cálculo das contribuições em atraso 
 
CÁLCULO DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
O cálculo do tempo de contribuição serve para 
sabermos quanto tempo o segurado tem, quais regras 
ele já cumpriu os requisitos e, se ainda não tiver 
cumprido, conseguimos simular quando ele as 
cumprirá. 
• QUANDO UTILIZAR? 
- Verificação do direito às aposentadorias 
- Planejamento previdenciário 
- Possibilidades de revisão 
 
• OBSERVAÇÕES? 
- Reflexões na RMI 
- Formato: AA MM DD (anos, meses e dias) 
- Diferença entre datas de início e datas de fim 
 
✓ EXEMPLO 
1. EMPRESA DE SEGUANÇA S/A 
 
Empregado PPP 
Início: 06/10/2000 
Fim: 06/11/2000 
Tipo: especial 25 
Fator: 1,40 
 
Anos: 0 
Meses: 1 
Dias: 13 
2. EMPRESA SEGURANÇA LTDA 
 
Empregado 
Início: 14/12/200 
Fim: 13/01/2001 
Tipo: especial 25 
Fator: 1,40 
 
Anos: 0 
Meses: 1 
Dias 12 
3. EMPRESA LTDA ADMINISTRAÇÃO, SERVIÇOS E 
OBRAS ´ 
 
Empregado 
Início: 05/03/2001 
Fim: 18/05/2001 
Tipo: normal 
Fator: 1,00 
 
Anos: 0 
Meses: 2 
Dias: 14 
 
4. SEGURANÇA LTDA 
 
Empregado PPP 
Início: 02/10/2001 
Fim: 31/05/2017 
Tipo: especial 25 
Fator: 1,40 
 
Anos: 21 
Meses: 11 
Dias: 5 
 
 
10 
 
CÁLCULO DAS RENDAS MENSAIS INICIAIS 
Renda mensal inicial (RMI) é o valor inicial do benefício, 
ou seja, o valor referente à primeira prestação que será 
paga. 
É o valor da DIB (data de início do benefício) que 
geralmente é a mesma que a DER (data de entrada do 
requerimento) 
- RMI e DIB andam juntas! 
 REAFIRMAÇÃO DA DER: é interessante pedir a 
reafirmação, é pedir ao INSS que se a pessoa 
não tiver o direito à aposentadoria na data do 
requerimento, mas cumprir ao decorrer do PA, 
o INSS conceder mesmo assim. 
 OBS: 
Renda mensal atual (RMA) 
Qual regra estava vigente na data da 
aposentadoria? 
 As regras anteriores continuam 
valendo. 
 
• PARA CALCULAR, É NECESSÁRIO VERIFICAR: 
- Salários de contribuição; 
- A DIB (data de início do benefício); 
- A espécie do benefício (auxílio-doença? Pensão por 
morte? Aposentadoria?) 
- Tempo de contribuição (se for necessário) 
• NA PRÁTICA: 
- Simular as possibilidades de benefício e comparar os 
valores, caso seja um trabalho prévio; 
- Analisar benefícios já concedidos, conferir se está tudo 
ok e verificar possibilidades de revisões. 
 
CÁLCULO DE REAJUSTE 
Os benefícios pagos pelo INSS são reajustados 
anualmente. Esse reajuste possui regras próprias que 
envolvem a aplicação de um índice fixado a cada ano 
pelo legislador. 
ATENÇÃO: esse índice não está relacionado ao reajuste 
do salário-mínimo. 
• Serve para analisar se o valor recebido 
atualmente pelo segurado está correto, por 
meio da verificação dos reajustes – REVISÃO NO 
REAJUSTE. 
• Nos cálculos judiciais de valores atrasados, ou 
seja, quando a pessoa ganha uma ação judicial 
e faz-se o cálculo do valor total, é necessário 
observar esses reajustes. 
 
CÁLCULOS JUDICIAIS 
Cálculos específicos que são utilizados na via judicial, 
como, por exemplo, cálculo do valor da causa, valores 
de liquidação de sentença e atualização de pagamentos 
judiciais. 
Dentro dos processos judiciais, também utilizamos os 
cálculos do tempo de contribuição, renda mensal inicial 
e reajustes para chegar aos resultados finais. 
• VALOR DA CAUSA 
Art. 292, CPC – o valor da causa constará da petição 
inicial ou da reconvenção e será: 
(...) §1º quando se pedirem prestações vencidas e 
vincendas, considerar-se-á o valor de umas e outras. 
§2º o valor das prestações vincendas será igual a uma 
prestação anual, se a obrigação for por tempo 
indeterminado ou por tempo superior a 1 ano, e se por 
tempo inferior, será igual à soma das prestações. 
Como calcular: 
Vencidas + vincendas = valor da causa. 
 
 
 
Vencidas: 
1) Calcular a RMI e definir a DIB 
2) Reajustar o valor da RMI para cada ano 
3) Verificar a ocorrência de prescrição 
11 
 
 
Lei 8.213/91, art. 103, P.U – prescreve em cinco 
anos, a contar da data em que deveriam ter 
sido pagas, toda e qualquer ação para haver 
prestações vencidas ou quaisquer restituições 
ou diferenças devidas pela Previdência Social, 
salvo direito dos menores, incapazes e 
ausentes, na forma do CC. 
 
4) Corrigir monetariamente cada parcela 
5) Somar todas as parcelas 
 
Vincendas: 
1) Multiplicar o valor atual do benefício que o 
cliente deveria estar recebendo por 12. 
 
• LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 
Incidência de correção monetária dos valores devidos 
(IPCA-E, INPC, etc) e juros de mora 0,5%, 1% am). 
✓ EXEMPLO 
Nome do cálculo Liquidação 
Data do ajuizamento 03/09/2010 
Data de início dos jurus 
(termo inicial) 
18/10/2010 
Taxa de jurus ao mês 0.5% até 01/2003; 
1% até 07/2009; 
0,5% após 07/2009 
Tem honorários 
sucumbenciais? 
Sim 
Data da decisão para 
honorários sucumbenciais 
26/05/2017 
Percentual dos honorários 
sucumbenciais 
10%Como fazer com os 
benefícios recebidos no 
cálculo dos honorários 
sucumbenciais? 
Sem descontar os valores 
recebidos por tutela 
antecipada 
Data base do cálculo 
(termo final) 
09/08/2019 
Índice de correção 
monetária das parcelas 
Manual de cálculos (IGPDI 
até 2006, INPC depois) 
 
CÁLCULO DE CONTRIBUIÇÕES EM ATRASO 
É o cálculo aplicado para verificar o valor das 
contribuições a serem pagas em atraso, quando o 
contribuinte individual não efetuou a contribuição no 
período correto, mas deseja que esse tempo seja 
contabilizado para fins de benefício. 
Regras específicas no que se refere à necessidade de 
comprovação. 
 
 
→ ENTENDENDO O CNIS 
O CNIS é o cadastro nacional de informações é um 
banco de dados informatizado do INSS com todos os 
vínculos trabalhistas e previdenciários do trabalhador. 
Também é chamado de extrato previdenciário. Foi 
criado em 1989 por meio do Decreto 97.936/89. 
Contém informações como os vínculos de trabalho, 
nome do empregador, período trabalhado, 
remuneração recebida, contribuições realizadas em 
Guia da Previdência Social (GPS), entre outros. 
 
• FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
1. Decreto 97.936/89 
2. Lei 8.212/91 
3. Decreto 3.048/99 
4. Lei complementar 128/08 
5. Decreto 6.722/08 
6. Instrução normativa 77/2015 
7. Decreto n. 10.047/19 
 
• DADOS CONSTANTES NO CNIS 
Nome | NIT |CPF | nome da mãe | data de nascimento 
| categoria | tipo de filiação | vínculos empregatícios | 
salários de contribuição | recolhimentos | pedido ou 
recebimento de benefício | indicadores | pendências a 
serem corrigidas. 
 
 
• ESPÉCIES DE CNIS 
12 
 
 
1. CNIS somente vínculos: não tem salário de 
contribuição e remuneração. 
 
2. CNIS com vínculos e remunerações: possui 
mais informações. Possuem 3 colunas, cuja 
leitura é feita na horizontal. 
 
3. CNIS com relação de salários de contribuição: 
contribuições para o contribuinte individual. 
São apenas 2 colunas também lidas 
horizontalmente. 
 
Lei 8.213/91 
Art. 29 – A. O INSS utilizará as informações 
constantes no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais – CNIS sobre os vínculos e 
as remunerações dos segurados, para fins de 
cálculo do salário-de-benefício, comprovação 
de filiação ao Regime Geral de Previdência 
Social, tempo de contribuição e relação de 
emprego. 
Decreto 3.048 
Art. 19. Os dados constantes do Cadastro 
Nacional de Informações Sociais – CNIS relativos 
a vínculos, remunerações e contribuições valem 
como prova de filiação à previdência social, 
tempo de contribuição e salários-de-
contribuição. 
IN 77/15 
Art. 58. A partir de 31 de dezembro de 2008, 
data da publicação do Decreto n. 6722, de 30 de 
dezembro de 2008, os dados constantes do 
CNIS relativos a atividade, vínculos, 
remunerações e contribuições valem, a 
qualquer tempo, como prova de filiação à 
Previdência Social, tempo de contribuição e 
salários de contribuição. 
 
 
 IN 77/15 
Art. 58, §1º - não constando do CNIS informações 
relativas a atividade, vínculos, remunerações e 
contribuições, ou havendo dúvida sobre a regularidade 
desses dados, essas informações somente serão 
incluídas, alteradas, ratificadas ou excluídas mediante a 
apresentação, pelo filiado, da documentação 
comprobatória solicitada pelo INSS, conforme o 
disposto nesta IN. 
Art. 170 – serão utilizadas, a qualquer tempo, as 
remunerações ou as contribuições constantes no CNIS 
para fins de formação do PBC e de apuração do salário 
de benefício. 
 
• CNIS INCOMPLETO 
É essencial analisar o CNIS para identificar possíveis 
lacunas e informações incompletas, uma vez que os 
dados do CNIS serão utilizados para fins de Cálculos. 
Nos meses em que não constar o salário de 
contribuição, será considerado um salário-mínimo. 
IN 77/2015. Art. 170. §1º 
§ 1º Não constando no CNIS as informações 
sobre contribuições ou remunerações, ao ser 
formado o PBC, deverá ser observado: 
I- para o segurado empregado e trabalhador 
avulso, nos meses correspondentes ao PBC em 
que existir vínculo e não existir remuneração, 
será considerado o valor do salário-mínimo, 
podendo solicitar revisão do valor do benefício 
com a comprovação do valor das remunerações 
faltantes, observado o prazo decadencial; 
III - para os demais segurados, os salários de 
contribuição referentes aos meses de 
contribuições efetivamente recolhidas. 
 
• CNIS COM INDICADORES 
Tem o propósito de informar peculiaridades dos 
períodos de contribuição que normalmente precisam 
de alguma informação. 
EX. PRPPS (período de regime próprio) 
 ERROS NO CNIS 
13 
 
Art. 681. Os dados constantes do CNIS relativos a 
vínculos, remunerações e contribuições valem 
como prova de filiação à Previdência Social, tempo 
de contribuição e salários de contribuição, salvo 
comprovação de erro ou fraude. 
Art. 682. A comprovação dos dados divergentes, 
extemporâneos ou não constantes no CNIS cabe ao 
requerente. 
Ônus da prova 
- Erro: segurado ou dependente 
- Fraude: INSS 
Apresentar documentos para esclarecer e 
eliminar a divergência. 
 
COMO RETIRAR O CNIS 
Site: meu.inss.gov.br 
Para fazer o cadastro coloque o e-mail e o celular do 
escritório. 
Exemplo de senha: 
Cliente: João Maria José 
Senha: Jmj-1965 
 
→ ANÁLISE DO CNIS 
O que ter em mãos 
• CNIS 
• Ficha de atendimento (informações básicas, 
nome, CPF, data de nascimento, nome da mãe) 
• Todas as CTPS (deve estar válida, sem rasuras, 
prestar atenção na data de emissão) 
• Todos os carnês de pagamento 
• PPP 
• Extrato analítico do FGTS 
• Outros documentos 
 
• COMO OBTER O EXTRATO DO FGTS 
Pelo aplicativo “FGTS” 
Em uma agência da Caixa Econômica Federal 
- Para a análise, podemos usar o extrato do aplicativo. 
Porém, no momento do requerimento, é necessário 
apresentar o extrato ANALÍTICO (obtido na CEF) 
assinado e carimbado pelo funcionário da caixa. 
• MICROFICHAS 
As contribuições anteriores a janeiro de 1985 podem 
não estar no CNIS. Estão registradas nas microfichas. 
São relatórios de extratos de recolhimento de 
contribuições vertidas por contribuintes individuais à 
época do extinto INPS, documentos estes que passaram 
a constar, em imagem, da inscrição do segurado no 
CNIS e são pertinentes a um período global de diversos 
contribuintes. 
Será necessário requerer ao INSS, porque o segurado 
não possui as microfichas. 
 
 COMO FAZER A ANÁLISE DO CNIS 
 
1) VERIFICAR AS INFORMAÇÕES DE CADASTRO 
- Data de nascimento 
- Nome da Mãe 
- CPF 
- Número no NIT 
 
2) VERIFICAR OS VÍNCULOS 
- Nome da Empresa 
- Data de início 
- Data de fim 
 
3) CONFERIR TODAS AS CONTRIBUIÇÕES 
- Meses sem remuneração? 
- Verificação de 3 em 3 
 
4) VERIFICAR OS INDICADORES CONSTANTES NO 
CNIS 
- O significado de cada indicador está no final 
 
 
14 
 
• DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS 
Art. 10. Observado o disposto no art. 58, a 
comprovação do vínculo e das remunerações do 
empregado urbano ou rural, far-se-á por um dos 
seguintes documentos: 
I - da comprovação do vínculo empregatício: 
a) Carteira Profissional - CP ou Carteira de Trabalho e 
Previdência Social - CTPS; 
b) original ou cópia autenticada da Ficha de Registro de 
Empregados ou do Livro de Registro de Empregados, 
onde conste o referido registro do trabalhador 
acompanhada de declaração fornecida pela empresa, 
devidamente assinada e identificada por seu 
responsável; 
c)contrato individual de trabalho; 
d) acordo coletivo de trabalho, desde que caracterize o 
trabalhador como signatário e comprove seu registro na 
respectiva Delegacia Regional do Trabalho - DRT; 
e) termo de rescisão contratual ou comprovante de 
recebimento do Fundo de Garantia de Tempo de 
Serviço - FGTS; 
f) extrato analítico de conta vinculada do FGTS, 
carimbado e assinado por empregado da Caixa, desde 
que constem dados do empregador, data de admissão, 
data de rescisão, datas dos depósitos e atualizações 
monetárias do saldo,ou seja, dados que remetam ao 
período em que se quer comprovar; 
g) recibos de pagamento contemporâneos ao fato 
alegado, com a necessária identificação do empregador 
e do empregado; 
h) declaração fornecida pela empresa, devidamente 
assinada e identificada por seu responsável 
acompanhada de cópia autenticada do cartão, livro ou 
folha de ponto; ou 
i) outros documentos contemporâneos que possam vir 
a comprovar o exercício de atividade junto à empresa; 
II - da comprovação das remunerações: 
a) contracheque ou recibo de pagamento 
contemporâneo ao período que se pretende 
comprovar, com a identificação do empregador e do 
empregado; 
b) ficha financeira; 
c) anotações contemporâneas acerca das alterações de 
remuneração constantes da CP ou da CTPS com 
anuência do filiado;ou 
d) original ou cópia autenticada da folha do Livro de 
Registro de Empregados ou da Ficha de Registro de 
Empregados, onde conste a anotação do nome do 
respectivo filiado, bem como das anotações de 
remunerações, com a anuência do filiado e 
acompanhada de declaração fornecida pela empresa, 
devidamente assinada e identificada por seu 
responsável. 
 
 ACERTO DO CNIS 
 
DECRETO 348 – ART. 19, §1º. 
 
PORTARIA 123/2020 
 
Art. 3º Os requerimentos dos serviços abaixo foram 
alterados para possibilitar a solicitação via Central 135 e 
via APS. 
 
I. SOLICITAR CÁLCULO DE PERÍODO 
DECADENTE; 
II. SOLICITAR CÁLCULO DE 
COMPLEMENTAÇÃO; 
III. SOLICITAR RETROAÇÃO DA DATA DO INÍCIO 
DA CONTRIBUIÇÃO – DIC 
IV. SOLICITAR ALTERAÇÃO DE CÓDIGO DE 
PAGAMENTO 
V. ATUALIZAR VÍNCULOS E REMUNERAÇÕES E 
VI. SOLICITAR ALTA A PEDIDO. 
 
 
1º PASSO: 
Ligar no 135, falar com o servidor que vai abrir o 
protocolo, aí aparece no MEU INSS. 
 
2º PASSO: 
Entrar no MEU INSS do cliente, escrever 
“AGENDAMENTOS” no campo de busca do meu 
INSS. 
 
3º PASSO: 
Encontrar o protocolo criado pelo atendente 
 
 
4º PASSO: 
Anexar a documentação devida 
 
DOCUMENTAÇÃO 
 
Carteira da OAB 
Termo de representação 
Procuração 
 
Documento pessoal do cliente 
Comprovante de residência 
Documentos comprobatórios do pedido 
Requerimento administrativo 
 
FORMULÁRIO RAC 
 
 
O acerto pode ser feito a qualquer tempo. 
 
15 
 
Se não conseguir com a ligação que o servidor abra o 
protocolo, abra reclamação na ouvidoria. 
 
 
→ REFORMA DA PREVIDÊNCIA E O 
DIREITO ADQUIRIDO NA EX 
103/2019 
No direito previdenciário rege o “tempus regit actum” 
aplica-se a lei vigente na DATA DA OCORRÊNCIA do fato 
ensejador da cobertura pela Seguridade Social. 
- As leis antigas não morreram. 
 
• VIGÊNCIA DA EC 103/2019, DIREITO 
ADQUIRIDO E EXPECTATIVA DE DIREITO 
Promulgação: 12/11/2019 
Vigência: 13/11/2019 
Exceções: incisos I e II do art. 36. 
Art. 3º A concessão de aposentadoria ao 
servidor público federal vinculado a regime 
próprio de previdência social e ao segurado do 
Regime Geral de Previdência Social e de pensão 
por morte aos respectivos dependentes será 
assegurada, a qualquer tempo, desde que 
tenham sido cumpridos os requisitos para 
obtenção desses benefícios até a data de 
entrada em vigor desta Emenda 
Constitucional, observados os critérios da 
legislação vigente na data em que foram 
atendidos os requisitos para a concessão da 
aposentadoria ou da pensão por morte. 
§ 2º Os proventos de aposentadoria devidos ao 
segurado a que se refere o caput e as pensões 
por morte devidas aos seus dependentes serão 
apurados de acordo com a legislação em vigor à 
época em que foram atendidos os requisitos 
nela estabelecidos para a concessão desses 
benefícios. 
 As garantias previdenciárias são incorporadas ao 
patrimônio jurídico da pessoa aos poucos – 
natureza gradual 
Cada contribuição, o segurado está mais perto de 
obter o direito a aposentadoria, por exemplo. 
 
Por isso, o segurado não tem direito adquirido às 
regras atuais logo que se filia ao sistema. 
Somente conquista direito adquirido quando 
cumprir todos os requisitos do benefício. 
DIREITO ADQUIRIDO EXPECTATIVA DE 
DIREITO 
É aquele que já foi 
incorporado ao 
patrimônio jurídico da 
pessoa e está protegido 
pelo art. 5º da CF. 
 
XXXVI – a lei não 
prejudicará o direito 
adquirido, o ato jurídico 
perfeito e a coisa julgada. 
 
Ainda não foi consumado. 
 
Seu titular está protegido 
de futuras mudanças 
legislativas que regulem a 
matéria em questão, 
porque tal direito já se 
encontra incorporado ao 
patrimônio jurídico. 
 
Logo, o segurado que já 
tiver cumprido os 
requisitos para se 
aposentar pelas regras 
anteriores à EC 
13/11/2019 tem direito 
adquirido aos benefícios 
pelas regras antigas. 
Significa que um direito 
que está próximo de se 
concretizar, porém ainda 
não existe porque não 
foram cumpridos todos os 
requisitos exigidos pela 
lei. 
 
As chamadas expectativas 
de direito seriam 
situações em que não há 
direito algum, já que 
pendentes de 
consumação os requisitos 
básicos à sua existência. 
 
A expectativa, por mais 
legítima que possa ser, 
não tem garantia contra a 
lei nova. 
 
✓ EXEMPLO 
Antes da EC 103/2019, era garantida a aposentadoria 
por tempo de contribuição após 35 anos. O Sr. Carlos 
tinha 56 anos na data da promulgação da reforma, já 
havia trabalhado 36 anos e ainda não tinha se 
aposentado. Ele tem direito adquirido? SIM. 
Antes da EC 103/2019, era garantida a aposentadoria 
por tempo de contribuição após 35 anos. O Sr. Paulo 
havia trabalhado apenas 34 anos da data da publicação 
da EC, que estipulou uma nova regra na qual a 
16 
 
concessão da aposentadoria só ocorrerá aos 65 anos de 
idade e 20 anos de contribuição. Ele tem direito 
adquirido? NÃO, ele só tinha expectativa de direito e 
não cumpriu os requisitos. 
 
 DIREITO ADQUIRIDO X DER 
A data relevante é a data do cumprimento de todas as 
condições para o benefício previdenciário, ou do óbito, 
no caso da pensão por morte. 
Não importa a DER (data de entrada do requerimento) 
Não importa a data da comprovação que o direito 
existe. 
Data do direito adquirido é diferente da DER que é 
diferente da DIP. 
- Se a pessoa requereu o benefício 01/03/2020 (DER) e 
já tinha cumprido os requisitos em 13/11/2019, 
receberá a partir de 01/03/2020. 
 É vedado o aproveitamento de regras de um 
regime combinadas com regras de outros. Nos 
casos em que a nova regra for mais VANTAJOSA, 
é possível renunciar o direito adquirido. 
 
→ HISTÓRIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E 
ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS 
No Brasil, o Seguro Social hoje é administrado pelo 
Estado, mas surgiu graças à iniciativa dos trabalhadores. 
Nas primeiras décadas do século XX, empregados de 
uma mesma empresa, sem a participação do Poder 
Público, instituíram fundos de auxílio mútuo. 
- 1ª ingerência do Estado no Sistema Previdenciário: 
Decreto 4.682/1923, conhecido como Lei Eloy Chaves. 
A lei instituiu a Caixa de Aposentadorias e Pensões para 
empregados de empresas ferroviárias, em 1923. 
As caixas de aposentadorias e pensões expandiram-se 
para outras categorias funcionais assalariadas, 
chegando a serem instaladas cerca de 180 caixas de 
aposentadorias no Brasil. 
- Em 1960 foi promulgada a Lei Orgânica da Previdência 
Social (LOPS) lei 3.800/1960, instituindo um sistema 
previdenciário único para todos os trabalhadores do 
setor privado, por meio da unificação da legislação que 
regia os IAPs e da eliminação das disparidades quanto 
ao valor e tipos de benefícios existentes entre eles. 
Posteriormente, o decreto lei 72/196, consolidou a 
unificação do sistema previdenciário, com a criação do 
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS. 
- Nos anos 70, foram instituídos novos tipos de 
benefícios previdenciários, como o salário-família e o 
salário-maternidade criado um benefício de natureza 
assistencial, e incluída no sistema categorias que antes 
não tinham nenhuma cobertura, como jogadores de 
futebol, autônomos e temporários, domésticos e 
trabalhadores rurais. 
- Em 1988,tivemos a promulgação da nova CF, que 
integram a previdência, a saúde e a assistência. 
- INSS foi criado em 27 de julho de 1990. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Regras dos Benefícios 
Previdenciários 
 APOSENTADORIAS PROGRAMÁVEIS 
São as aposentadorias voluntárias: a aposentadoria por 
idade, aposentadoria por tempo de contribuição 
(extinta pela EC 103/2019), aposentadoria especial e a 
aposentadoria destinada aos segurados com 
deficiência. 
- Garantia constitucional: art. 201 da CF. 
De acordo com o art. 181-B do Decreto 3.048/99, as 
aposentadorias por idade, tempo de contribuição e 
especial são irreversíveis e irrenunciáveis. 
 
• APOSENTADORIA E TRABALHO 
A aposentadoria NÃO impede o exercício da 
atividade. 
O aposentado continuará recebendo a 
aposentadoria integralmente. 
 
- Exceções: incapacidade permanente 
 
- No caso da aposentadoria especial, o segurado 
é impedido de exercer atividades que o 
sujeitem aos agentes nocivos, sob pena de 
cancelamento automático do benefício (art. 57, 
§8º da Lei 8213/91) 
 
- O aposentado pelo RGPS que permanecer em 
atividade sujeita a este Regime ou a ele 
retornar, não fará jus a mais nenhuma 
prestação da Previdência Social em decorrência 
dessa atividade, com exceção do salário-família, 
reabilitação profissional, quando empregado, e 
salário-maternidade (art. 18, §2º, da Lei 
8213/91 e art. 103 do Decreto 3048/99). 
 
 
 
 
 
 
→ APOSENTADORIA POR IDADE 
(CÓDIGO INSS: B-41) 
 
CARÊNCIA: 
20 anos de contribuição (homens) 
15 anos de contribuição (mulheres) 
 Antes da EC 103/2019, eram exigidas 180 
contribuições para homens e mulheres, regra 
que foi mantida para quem já era filiado ao 
sistema da data da publicação da Emenda. 
 
 Segurados inscritos antes de 24/07/1991: tabela 
progressiva do art. 142 da Lei 8.213/91 
 
 CARÊNCIA CONGELADA: para efeito de 
aposentadoria urbana por idade, a tabela 
progressiva prevista no art. 142 da Lei 8.213/91 
deve ser aplicada em função do ano em que o 
segurado completa a idade mínima para 
concessão do benefício, ainda que o período de 
carência só seja preenchido posteriormente. 
 
- EXEMPLO: Osvaldo completou 65 anos em 2008. 
Em dezembro de 2008 tinha 150 meses de carência. 
Quantos meses deverá cumprir? Exemplo a 
carência é 168 em 2008. Ainda falta 12, mesmo que 
passe para o ano de 2009, ele só precisará das 12 
mesmo assim. 
 
 Benefício por incapacidade, desde que 
intercalado com períodos de contribuição, pode 
ser utilizado como carência para fins de 
aposentadoria por idade (Súmula 73 da TNU) 
 O tempo mínimo de contribuição da 
aposentadoria por idade não faz parte das regras 
permanentes da constituição e pode ser 
alterado a qualquer momento por lei ordinária 
ou até por medida provisória. 
 
 
 
18 
 
REQUISITOS: 
HOMENS 
ATUALMENTE ANTES DA EC 103/2019 
 
Idade: 65 anos 
 
 
idade: 65 anos 
 
Tempo de contribuição: 
15 anos para quem era 
afiliado até a EC 
103/2019; 
 
20 anos para novos 
segurados. 
 
Tempo de contribuição: 
15 anos de tempo de 
contribuição. 
 
MULHERES 
ATUALMENTE ANTES DA EC 103/2019 
 
Idade: 62 anos 
 
 
idade: 60 anos 
 
Tempo de contribuição: 
15 anos de tempo de 
contribuição. 
 
Tempo de contribuição: 
15 anos de tempo de 
contribuição. 
 
TRABALHADORES RURAIS 
 
Idade: 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres) 
 
 
Tempo de contribuição de atividade rural: 15 anos. 
 
É exigida também a comprovação do exercício de 
atividade rural. A comprovação é feita pela 
apresentação dos documentos previstos no art. 106 
da Lei de Benefícios. 
 
 
 QUALIDADE DE SEGURADO 
A perda da qualidade de segurado NÃO SERÁ 
CONSIDERADA PARA A CONCESSÃO DESSE BENEFÍCIO, 
desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo 
de contribuição correspondente ao exigido para efeito 
de carência na data do requerimento do benefício (art. 
3º da Lei 10.666/03). 
✓ EXEMPLO: Fátima contribuiu de 1995 a 2010 e 
depois não contribuiu mais. Em 2020, ela 
completou 62 anos. Poderá se aposentar pela nova 
regra? Sim. Tem 15 anos de tempo mínimo de 
carência e completou a idade. 
Essa regra só vale para o trabalhador urbano. NÃO se 
aplica ao segurado especial, pois a aposentadoria rural 
tem requisito adicional específico: o efetivo exercício da 
atividade rural em período logo antecedente ao 
requerimento administrativo (arts. 39, I: 48, §2º; e 143, 
todos da lei 8213/91) 
- Exceção: casos de direito adquirido, em que o 
segurado preencheu de forma concomitante os 
requisitos de carência e idade, embora não 
tenha requerido sua aposentadoria por idade 
rural (Tema 642/STJ) 
 
• APOSENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA 
Modalidade em que é somado o tempo rural e urbano 
para o cumprimento da carência. 
- REGRA APLICADA: regra geral (idade: 65 homens e 62 
mulheres), inclusive quanto à carência (20 anos homens 
e 15 anos mulheres) 
Tanto os trabalhadores rurais que queiram utilizar o 
tempo urbano como os trabalhadores urbanos que 
queiram usar o tempo rural tem direito à aposentadoria 
híbrida, já que o requisito etário para ambos será o 
mesmo nesse caso. (tema 1007/STJ) princípio da 
uniformidade e equivalência dos benefícios às 
populações urbanas e rurais. 
 
 APOSENTADORIA COMPULSÓRIA 
Pode ser requerida pela empresa, desde que o 
segurado tenha cumprido a carência. 
70 anos de idade para homens 
65 anos de idade para mulheres 
Será garantida ao empregado a indenização prevista na 
legislação trabalhista, considerada como data da 
19 
 
rescisão do contrato de trabalho a imediatamente 
anterior à do início da aposentadoria. 
- Os empregados dos consórcios públicos, das empresas 
públicas, das sociedades de economia mista e das suas 
subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, 
observado o cumprimento do tempo mínimo de 
contribuição ao atingir a idade máxima de 75 anos. 
E se o segurado não tiver cumprido a 
carência? Vai ser encerrado o vínculo e 
vai ficar sem carência. 
 
• DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO 
Para o segurado empregado, inclusive o doméstico: 
a) A partir da data do desligamento do emprego, 
quando requerida até essa data ou até noventa 
dias depois; 
b) Da data do requerimento, quando não houver 
desligamento do emprego ou quando requerida 
após 90 dias. 
Para os demais segurados: a partir da data de entrada 
do requerimento. 
 
• DURAÇÃO E DESISTÊNCIA 
A duração é indeterminada. Cessa com a morte do 
segurado, transformando-se em pensão por morte, 
caso tenha dependentes. 
Desistência: depois que receber o primeiro pagamento, 
ou sacar o PIS e/ou o FGTS (o que ocorrer primeiro), o 
segurado não poderá desistir do benefício (art. 191-b, 
Decreto 3048/99) 
 As regras gerais da aposentadoria por idade 
encontram-se no art. 201 da CF (com redação 
conferida pela EX 103/2019), nos arts. 48 a 51 
da Lei 8213/91 e nos arts. 51 a 55 do Decreto 
3048/99 
 
 
 
 
→ APOSENTADORIA POR TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO (CÓDIGO INSS: B-
42) 
A aposentadoria por tempo de contribuição (sem 
exigência de idade mínima) foi extinta pela EC 
103/2019, mas possui previsão nas regras de transição. 
Argumento de déficit do sistema, pois a média das 
aposentadorias estava em 54 anos. 
 
REQUISITOS: 
Até a entrada em vigor da EC 103/2019 
HOMEM: 35 anos de contribuição + carência de 180 
meses; 
MULHER: 30 anos de contribuição + carência de 180 
meses; 
PROFESSORES: (na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio): 5 anos a menos no período de 
contribuição. 
30 anos para homens e mulheres 25 anos. 
 
• APOSENTADORIA PROPORCIONAL 
Existia uma regra de transição opcional pela EC 
20/1988, a aposentadoria proporcional, que foi 
revogada pela EC 103/2019. 
O segurado que em 16/12/1998 não havia completado 
o tempo mínimo exigido para aposentadoria por tempo 
de contribuição, tinha direito a aposentadoria 
proporcional, desdeque cumprida a carência e os 
seguintes requisitos de forma cumulativa: 
IDADE: 53 anos para homens e 48 
mulheres. 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO: 30 anos 
para homens e 25 mulheres. 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL: 
equivalente a 40% do tempo que, em 
16/12/1998, faltava para atingir o limite 
de contribuição. 
20 
 
Quando mais vantajoso, os segurados 
podiam optar pelas regras permanentes 
alteradas pela EC 20/1998, quais sejam: 
HOMEM: 35 anos de tempo de 
contribuição. 
MULHER: 30 anos de tempo de 
contribuição. 
Ambos sem idade mínima (art. 90 da EC 
20/1998) 
 
• BENEFICIÁRIOS 
Todos os segurados do RGPS. 
- EXCEÇÕES: segurado especial, contribuintes 
individuais e segurados facultativos com contribuição 
reduzida, microempreendedor individual (MEI) 
O segurado especial faria jus se optar por efetuar 
contribuições mensais, de forma voluntária. 
O contribuinte individual, o microempreendedor 
individual e o segurado facultativo (inclusive a dona de 
casa de baixa renda) que optassem pela contribuição 
reduzida não faziam jus à aposentadoria por tempo de 
contribuição, salvo se complementassem as 
contribuições feitas em alíquota menor que a regra 
geral. 
 
• CARÊNCIA 
180 contribuições mensais para os segurados inscritos 
após 24/07/1991; 
- Tabela progressiva do art. 142 da Lei n. 8213/91: para 
os segurados inscritos antes de 24/07/1991. 
 
• QUALIDADE DE SEGURADO 
A perda da qualidade de segurado na data do 
requerimento não era considerada, desde que já 
implementados todos os requisitos para a concessão do 
benefício. 
• DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO 
- Segurado empregado: 
a) a partir da data do desligamento do emprego, 
quando requerida até esta data; 
b) da data do requerimento, quando não houver 
desligamento do emprego ou quando requerida após 
90 dias. 
- Para os demais segurados: a partir da data da entrada 
do requerimento. 
 
• DESISTÊNCIA 
É irreversível e irrenunciável. 
- Depois que receber o primeiro pagamento, ou sacar o 
PIS e/ou FGTS (o que ocorrer primeiro), o segurado não 
poderá desistir do benefício (art. 181-B Decreto 
3048/99) 
- O STF, ao julgar a repercussão geral que tratou da 
desaposentação, fixou a tese de que por ausência de 
norma legal não é possível a renúncia da aposentadoria 
para a concessão de outra mais vantajosa, sendo 
constitucional a regra do art. 18, p. 20 da lei 8213/91. 
(Tema 503 – RE 661.256/SC) 
 
• DURAÇÃO 
Indeterminada. Cessa com a morte do segurado, 
quando o benefício é transformado em pensão por 
morte, caso existam dependentes previdenciários. 
 
• REGRA DO MELHOR BENEFÍCIO 
 Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à 
aposentadoria, nas condições legalmente previstas 
na data do cumprimento de todos os requisitos 
necessários à obtenção do benefício, ao segurado 
que, tendo completado trinta e cinco anos de 
serviço, se homem, ou trinta anos, se mulher, optou 
por permanecer em atividade (art. 122 da lei 
8213/1991) 
 
21 
 
Enunciado nº 5 do CRPS “a Previdência Social deve 
conceder o melhor benefício a que o segurado fizer 
jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse sentido”. 
 As regras gerais da aposentadoria por tempo 
de contribuição encontram-se no art. 201 da 
CF, na EC 20/1998, nos arts. 52 a 56 da Lei 
8213/91 e nos arts. 56 a 63 do Decreto 
3048/99 
 
 
→ REGRAS DE TRANSIÇÃO DA EC 
103/2019 
A EC 103/2019 trouxe 5 regras de transição, são elas: 
1. Sistema de pontos; 
2. Tempo de contribuição + idade mínima; 
3. Pedágio de 50% + fator previdenciário; 
4. Idade e tempo de contribuição; 
5. Pedágio de 100%. 
1. SISTEMA DE PONTOS 
 
Prevista no art. 15 da EC 103/2019, essa regra de 
transição assegura o direito a aposentadoria quando 
preenchidos, cumulativamente, os seguintes 
requisitos: 
 
I. 30 (trinta) anos de contribuição se mulher, 
e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, 
se homem; e 
II. Somatório da idade e do tempo de 
contribuição, incluídas as frações, 
equivalente a 86 (oitenta e seis) pontos, se 
mulher e 96 (noventa e seis) pontos, se 
homem. 
 
A partir de janeiro de 2020, a pontuação que em 2019 
era 86/96 passou a ser 87/97 e será acrescida de um 
ponto a cada ano para homem e para a mulher, até 
atingir o limite de 100 pontos no caso das mulheres (o 
que acontecerá em 2033) e de 105 pontos para os 
homens (o que acontecerá em 2028). 
 
2. TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + IDADE MÍNIMA 
 
Prevista no art. 16 da EC 103/2019, essa regra de 
transição assegura o direito a aposentadoria quando 
preenchidos, cumulativamente, os requisitos: 
 
I. 30 (trinta) anos de contribuição se mulher, 
e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, 
se homem; e 
II. Idade de 56 (cinqüenta e seis) anos, se 
mulher, e 61 (sessenta e um) anos, se 
homem. 
 
Em janeiro de 2020, a idade foi acrescida de seis 
meses, e assim será a cada ano, até atingir 62 anos de 
idade, se mulher (o que ocorrerá em 2031), e 65 anos 
de idade, se homem (o que ocorrerá em 2027). Ou 
seja, em 12 anos acabará a transição para as mulheres, 
e em 8 anos para os homens. 
 
3. PEDÁGIO DE 50% + FATOR PREVIDENCIÁRIO 
 
Previsto no art. 17 da EC 103/2019, essa regra de 
transição assegura o direito a aposentadoria quando 
preenchidos, cumulativamente, os requisitos: 
 
I. 30 (trinta) anos de contribuição se mulher, 
e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, 
se homem; e 
II. Cumprimento do período adicional 
correspondente a 50% (cinquenta por 
cento) do tempo que, na data de entrada 
em vigor da EC 103/2019, faltava para 
atingir 30 (trinta) anos de contribuição, se 
mulher, e 35 (trinta e cinco) anos de 
contribuição, se homem. 
 
 SÓ PODE SER ENQUADRADO NESTA REGRA, 
QUEM NA DATA DA PROMULGAÇÃO DA 
EMENDA FALTAVA 2 ANOS PARA SE 
APOSENTAR. 
 
EX. faltava um ano para uma pessoa aposentar, então 
ela cumpre esse um ano + 6 meses de pedágio. 
 
HOMEM 
Tempo de 
contribuição 
até a 
reforma 
Tempo de 
contribuição 
faltante 
Pedágio 
50% 
Tempo 
total 
33 anos 2 anos 1 ano 36 anos 
34 anos 1 ano 6 meses 35 anos e 
6 meses 
 
MULHER 
Tempo de 
contribuição 
até a 
reforma 
Tempo de 
contribuição 
faltante 
Pedágio 
50% 
Tempo 
total 
28 anos 2 anos 1 ano 31 anos 
29 anos 1 ano 6 meses 30 anos e 
6 meses 
22 
 
 
O problema dessa regra de transição é o cálculo, 
porque ao contrário das demais regras de transição, 
nessa incidirá o fator previdenciário, o que pode 
acabar resultando em perda significativa para os 
segurados que estavam perto de preencher os 
requisitos da aposentadoria. Isso será tratado no 
Módulo de Cálculo da Renda Mensal Inicial. 
4. IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
Prevista no art. 18 da EC 103/2019, essa regra de 
transição assegura o direito a aposentadoria quando 
preenchidos, cumulativamente, os seguintes 
requisitos: 
I. 60 (sessenta) anos de idade, se mulher, e 
65 (sessenta e cinco) anos de idade, se 
homem; e 
II. 15 (quinze) anos de contribuição, para 
ambos os sexos. 
A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade de 60 anos 
da mulher foi acrescida em seis meses, o que 
acontecerá a cada ano, até atingir 62 anos de idade (o 
que ocorrerá em 2023). Para os homens, a idade 
mínima continua a mesma de antes da Reforma, que é 
de 65 anos. 
O tempo mínimo de contribuição foi mantido para 
ambos os sexos em 15 anos. 
5. PEDÁGIO DE 100% 
Prevista no art. 20 da EC 103/2019, essa regra de 
transição assegura o direito a aposentadoria quando 
preenchidos, cumulativamente, os seguintes 
requisitos: 
I. 57 (cinquenta e sete) anos de idade, se 
mulher, e 60(sessenta) anos de idade, se 
homem; e 
II. 30 (trinta) anos de contribuição se mulher, 
e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição, 
se homem; e 
III. Período adicional de contribuição 
correspondente ao tempo que, na data de 
entrada em vigor da EC 103/2019, faltava 
para atingir o tempo mínimo de 
contribuição referido no inciso II (pedágio 
de 100% do tempo faltante). 
A vantagem dessa regra é a regrade cálculo desse 
benefício, que será 100% do salário de benefício, o que 
não ocorre nas demais hipóteses. 
Nos casos em que puder ser aplicada, principalmente 
para os segurados que não faltam muito tempo para se 
aposentar, geralmente acaba sendo mais benéfica. 
 
 IDADE 
MÍNIMA 
TEMPO DE 
CONTRI 
PEDÁGIO 
100% 
HOMEM 60 anos 35 anos Ex. 30 anos 
de TC + 5 
anos 
(faltante) + 
5 anos 
(pedágio) 
Tempo: 40 
anos. 
MULHER 57 anos 30 anos 27 anos de 
TC + 3 anos 
faltante + 
3 anos 
pedágio. 
Tempo: 33 
anos. 
 
 
✓ EXEMPLO – REGRA 1 (PONTOS) 
LUCIANA 
Em 2019: (86 pontos) 
56 anos de idade + 29 anos de TC = 85 pontos 
Em 2020: (87 pontos) 
57 anos de idade + 30 anos de TC = 87 pontos 
- EM 2020 ELA PODE SE ENQUADRAR 
NA REGRA DE PONTOS. 
 
✓ EXEMPLO – REGRA 2 (IDADE MÍNIMA) 
LUCIANA 
Em 2019: (56 anos + 30 TC) 
56 anos de idade + 29 anos de TC 
Em 2020: (56,5 anos + 30 TC) 
57 nos de idade + 30 de TC 
- EM 2020 ELA PODE SE ENQUADRAR 
NA REGRA DE PONTOS. 
23 
 
 
✓ EXEMPLO – REGRA 3 (PEDÁGIO DE 50%) 
LUCIANA 
Em 2019: (pedágio 50%) idade irrelevante 
29 anos de TC 
Faltava 1 ano na data da EC 103/2019 
Terá que cumprir 1 ano + 6 meses (50%) 
- APOSENTATÁ COM 30 ANOS E 6 
MESES DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. 
 
✓ EXEMPLO – REGRA 4 (IDADE E TC) 
LUCIANA 
Em 2019: (60 ANOS + 15 TC) 
56 anos de idade + 29 de TC 
- NÃO SE ENQUADRA NESSA REGRA, 
POIS NÃO COMPLETARÁ 62 ANOS ATÉ 
2023, EMBORA JÁ TENHA O TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO MÍNIMO. 
 
✓ EXEMPLO – REGRA 5 (PEDÁGIO 100%) 
LUCIANA 
Em 2019: (57 anos + 30 TC + pedágio 100%) 
56 anos de idade + 29 anos de TC 
Faltava 1 ano na data da EC 103/2019 
- TERÁ QUE CUMPRIR 2 ANOS (100%) 
 
Em 2020: (57 anos + 30 TC + pedágio 100%) 
- FALTA CUMPRIR O PEDÁGIO 
Em 2021: (57 anos + 30 TC + pedágio 100%) 
- CUMPRIRÁ O PEDÁGIO E PODERÁ SE 
APOSENTAR POR ESSA REGRA. 
 
 
→ APOSENTADORIA DO PROFESSOR 
Tem direito à aposentadoria do professor aqueles que 
comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação infantil e nos 
ensinos fundamental e médio. 
30 anos ao professor; 
25 anos à professora. 
Professores universitários estão excluídos e seguem a 
regra geral de 30 e 35 anos de contribuição. 
FUNÇÕES DE MAGISTÉRIO: “São 
consideradas funções de magistério as 
exercidas por professores e especialistas em 
educação no desempenho de atividades 
educativas, quando exercidas em 
estabelecimento de educação básica em seus 
diversos níveis e modalidades, incluídas, além 
do exercício da docência, as de direção de 
unidade escolar e as de coordenação e 
assessoramento pedagógico”. (Lei 11.301/2006) 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE MANEJADA 
CONTRA O ART. 1º DA LEI FEDERAL 11.301/2006, QUE 
ACRESCENTOU O § 2º AO ART. 67 DA LEI 9.394/1996. 
CARREIRA DE MAGISTÉRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL 
PARA OS EXERCENTES DE FUNÇÕES DE DIREÇÃO, 
COORDENAÇÃO E ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO. 
ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 40, § 5º , E 201, § 8º , DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AÇÃO JULGADA 
PARCIALMENTE PROCEDENTE, COM INTERPRETAÇÃO 
CONFORME. I - A função de magistério não se circunscreve 
apenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a 
preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento 
aos pais e alunos, a coordenação e o assessoramento 
pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar. II - As 
funções de direção, coordenação e assessoramento 
pedagógico integram a carreira do magistério, desde que 
exercidos, em estabelecimentos de ensino básico, por 
professores de carreira, excluídos os especialistas em 
educação, fazendo jus aqueles que as desempenham ao 
regime especial de aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 
5º , e 201, § 8º , da Constituição Federal. III - Ação direta 
julgada parcialmente procedente, com interpretação 
conforme, nos termos supra. (ADI 3.772-2) 
24 
 
 
 Para a concessão da aposentadoria especial de 
que trata o art. 40, § 5º , da Constituição, conta-
se o tempo de efetivo exercício, pelo professor, 
da docência e das atividades de direção de 
unidade escolar e de coordenação e 
assessoramento pedagógico, desde que em 
estabelecimentos de educação infantil ou de 
ensino fundamental e médio. (Tema 965/STF) 
 
• REQUISITOS DA EC 103/2019 
IDADE: redução de 5 anos da regra geral. 
60 anos homem; 
57 anos mulher. 
 
MAGISTÉRIO: 25 aos na função de magistério, tanto 
para homens, como para mulheres. 
Primeira vez que é exigida idade mínima. 
 IDADE MÍNIMA TEMPO DE 
MAGISTÉRIO 
HOMEM 60 anos 25 anos 
MULHER 57 anos 25 anos 
 
• CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL 
EM COMUM 
Tema 72/STF Tese fixada: “É vedada a conversão 
de tempo de serviço especial em tempo comum na 
função de magistério após a EC 18/1981” (ARE 
703.550) 
Ex. se tiver 20 anos de magistério e 10 normal, não 
pode aposentar especial, só se tiver os 25 anos. 
 
Art. 273, III da IN 77/2015 “Professor: a partir da 
EC 18/1981,não é permitida a conversão do tempo 
de exercício de magistério para qualquer espécie 
de benefício, exceto se o segurado implementou 
todas as condições até 29/06/1981, considerando 
que a EC retirou esta categoria profissional do 
quadro anexo ao Decreto 53.831/1964, para incluí-
la em legislação especial e específica, que passou a 
ser regida por legislação própria” . 
 
• REGRAS DE TRANSIÇÃO 
Só vale para quem começou a exercer o magistério até 
a EC. 
A EC 103/2019 trouxe 3 regras de transição para a 
aposentadoria dos professores, são elas: 
1. SISTEMA DE PONTOS; 
2. TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + IDADE 
MÍNIMA 
3. PEDÁGIO DE 100% 
 
SISTEMA DE PONTOS 
 
Prevista no art. 15 §3º da EC 103/2019, tendo por 
destinatários os professores em efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio na data de entrada em vigor da 
EC, quando preenchidos, cumulativamente, os 
seguintes requisitos: 
 
I. 25 (vinte e cinco) anos de contribuição se 
mulher, e 30 (trinta) anos de contribuição, 
se homem (em efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e médio); e 
II. Somatório da idade e do tempo de 
contribuição, incluídas as frações, 
equivalente a 81 (oitenta e um) pontos, se 
mulher, e 91 (noventa e um) pontos, se 
homem. 
 
A partir de janeiro de 2020, a pontuação que em 2019 
era 81/91 passou a ser 82/92 e será acrescida de um 
ponto a cada ano para o homem e para a mulher, até 
atingir o limite de 92 pontos no caso das mulheres (o 
que acontecerá em 2030) e de 100 pontos para os 
homens (o que acontecerá em 2028). 
 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO + IDADE MÍNIMA 
 
Prevista no art. 16 §2º da EC 103/2019, tendo por 
destinatários os professores em efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio na data de entrada em vigor da 
EC, quando preenchidos, cumulativamente, os 
25 
 
seguintes requisitos: 
 
I. 25 (vinte e cinco) anos de contribuição se 
mulher, e 30 (trinta) anos de contribuição, 
se homem (em efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil 
e no ensino fundamental e médio); II 
II. Idade de 51 (cinquenta e um) anos, se 
mulher, e 56 (cinquenta eseis) anos, se 
homem. 
 
Em janeiro de 2020, a idade foi acrescida de seis 
meses, e assim será a cada ano, até atingir 57 anos de 
idade, se mulher (o que ocorrerá em 2031), e 60 anos 
de idade, se homem (o que ocorrerá em 2027). Ou 
seja, em 12 anos acabará a transição para as mulheres, 
e em 8 anos para os homens. 
 
PEDÁGIO 100% 
 
Prevista no art. 20 §1º da EC 103/2019, tendo por 
destinatários os professores em efetivo exercício das 
funções de magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio na data de entrada em vigor da 
EC, quando preenchidos, cumulativamente, os 
seguintes requisitos: 
 
I. 52 (cinquenta e dois) anos de idade, se 
mulher, e 55 (cinquenta e cinco) anos de 
idade, se homem; e 
II. 25 (vinte e cinco)anos de contribuição se 
mulher, e 30 (trinta) anos de contribuição, 
se homem; 
III. Período adicional de contribuição 
correspondente ao tempo que, na data de 
entrada em vigor da EC 103/2019, faltava 
para atingir o tempo mínimo de 
contribuição referido no inciso II (pedágio 
de 100% do tempo de magistério faltante). 
 
A vantagem dessa regra é a regra de cálculo desse 
benefício, que será 100% do salário de benefício, o que 
não ocorre nas demais hipóteses. 
 
Nos casos em que puder ser aplicada, principalmente 
para os segurados que não faltam muito tempo para se 
aposentar, geralmente acaba sendo mais benéfica. 
 
 
 
 
 
 
→ APOSENTADORIA DA PESSOA COM 
DEFICIÊNCIA (LEI COMPLEMENTAR 
142/2013) 
Surgiu com a EC 47/2005, que deu nova redação ao art. 
201, §1º da CF e estabeleceu a necessidade de lei 
complementar para regular os critérios de concessão. 
Com o advento da EC 103/2019, foi mantida a 
possibilidade de lei complementar definir os critérios de 
idade e tempo de contribuição diferencia dos para 
aqueles que são portadores de alguma deficiência, 
porém a novidade é a necessidade de submissão à 
avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar. 
Art. 201. § 1º É vedada a adoção de 
requisitos ou critérios diferenciados 
para concessão de benefícios, 
ressalvada, nos termos de lei 
complementar, a possibilidade de 
previsão de idade e tempo de 
contribuição distintos da regra geral 
para concessão de aposentadoria 
exclusivamente em favor dos 
segurados: 
I - com deficiência, previamente 
submetidos a avaliação biopsicossocial 
realizada por equipe multiprofissional e 
interdisciplinar; 
Enquanto a nova lei complementar não for aprovada, a 
aposentadoria da pessoa com deficiência será 
concedida na forma da Lei Complementar 142/2013, 
inclusive quanto aos critérios de cálculo dos benefícios 
(art. 22 da EC 103/2019. 
A Lei Complementar 142/2013 definiu como pessoa 
com deficiência aquela que tem impedimentos de longo 
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial 
que podem impedir sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de condições com as demais 
pessoas (art. 2º). 
No mesmo sentido, a Lei 13.146/2015 (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência). 
26 
 
 
• REQUISITOS 
 
a) APOSENTADORIA POR TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
DEFICIÊNCIA GRAVE: 
HOMEM: 25 anos de tempo de contribuição. 
MULHER: 20 anos de tempo de contribuição. 
 
DEFICIÊNCIA MODERADA: 
HOMEM: 29 anos de tempo de contribuição. 
MULHER: 24 anos de tempo de contribuição. 
 
DEFICIÊNCIA LEVE: 
HOMEM: 33 anos de tempo de contribuição. 
MULHER: 28 anos de tempo de contribuição. 
 
b) APOSENTADORIA POR IDADE 
HOMEM: 60 anos de idade 
MULHER: 55 anos de idade 
 
Concedida independentemente do grau de deficiência, 
desde que cumprido o tempo mínimo de contribuição 
(15 ANOS) e comprovada a existência de deficiência 
durante igual período. 
 
CARÊNCIA HOM MUL EXISTÊNCIA 
DA 
DOENÇA 
GRAU 
15 anos 60 
idade 
55 
idade 
15 anos Não tem 
diferenciação 
 
• BENEFICIÁRIOS 
 
a) APOSENTADORIA POR TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO 
SEGURADO ESPECIAL: só é devida caso contribua 
mensalmente na alíquota de 20% sobre o salário de 
contribuição. 
SEGURADOS COM CONTRIBUIÇÃO REDUZIDA 
(contribuinte individual, MEI, dona de casa de baixa 
renda): somente é devida em caso de complementação 
das contribuições pagas para atingir os 20% sobre o 
salário de contribuição. 
b) APOSENTADORIA POR IDADE 
Todos os segurados do RGPS são beneficiários. 
 
• CARÊNCIA 
180 contribuições mensais. 
 
• QUALIDADE DE SEGURADO 
A perda da qualidade de segurado não será 
considerada, desde que, na data do requerimento, 
tenham sido preenchidos todos os requisitos para a 
concessão do benefício (art. 3º da Lei nº 10.666/2003) 
 
• COMPROVAÇÃO DA DEFICIÊNCIA 
Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem 
impedimentos de longo prazo de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação 
com diversas barreiras, podem obstruir sua participação 
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições 
com as demais pessoas. 
O grau de deficiência será atestado por perícia médica e 
funcional, mediante instrumentos desenvolvidos para 
esse fim. 
 
• AFERIÇÃO DA DEFICIÊNCIA 
Para a TNU, a aferição de deficiência deve ser feita de 
acordo com os critérios de avaliação médica e funcional 
da Classificação Internacional de Funcionalidade, 
Incapacidade e Saúde. 
Para identificação do grau de deficiência, o segurado 
deve se submeter à perícia própria do INSS, desde logo 
ou no momento do requerimento do benefício. 
Essa avaliação engloba perícia médica e o serviço social, 
tendo como objetivo examinar o segurado e fixar a data 
GRAU HOMEM MULHER 
LEVE 33 anos 28 anos 
MODERADA 29 anos 24 anos 
GRAVE 25 ANOS 20 ANOS 
27 
 
provável do início da deficiência e o respectivo grau, 
assim como identificar a ocorrência de variação no grau 
de deficiência e indicar os respectivos períodos em cada 
grau. 
A avaliação biopsicossocial, realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar, considerará: os 
impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; 
os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; a 
limitação no desempenho de atividades; e a restrição 
de participação. 
 
• DEFICIÊNCIA ANTERIOR 
A existência de deficiência anterior à data da vigência 
da LC nº 142/2013 deverá ser certificada, inclusive 
quanto ao grau, por ocasião da primeira avaliação, 
sendo obrigatória a fixação da data provável do início 
da deficiência. 
A comprovação de tempo de contribuição na condição 
de segurado com deficiência em período anterior à 
entrada em vigor da LC nº 142/2013 não será admitida 
por meio de prova exclusivamente testemunhal. 
Dessa forma, será perfeitamente possível ao segurado 
utilizar o tempo de contribuição com deficiência 
anterior a novembro de 2013 e somar com períodos 
posteriores a essa data para postular a concessão do 
benefício pretendido. 
 Por exemplo, Viviane é segurada portadora de 
deficiência moderada que foi contratada em 
10/11/2000 com base na cota para deficientes 
do art. 93 da Lei 8.213/1991. Ela poderá, 
portanto, requerer a aposentadoria para 
portadores de deficiência em 10/11/2024. 
 
 
• DEFICIÊNCIA SUPERVENIENTE E 
ALTERAÇÃO NO GRAU DA 
DEFICIÊNCIA 
Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa 
com deficiência, ou tiver seu grau de deficiência 
alterado, os parâmetros mencionados para concessão 
da aposentadoria serão proporcionalmente ajustados, 
considerando-se o número de anos em que o segurado 
exerceu atividade laboral sem deficiência e com 
deficiência, observado o grau de deficiência 
correspondente, nos termos do regulamento. 
 
✓ EXEMPLO João contribuiu 17 anos para o RGPS e foi 
acometido por uma deficiência moderada. Depois 
disso, trabalhou por mais 15 anos. Certamente ele 
não poderá se aposentar com 32 anos de 
contribuição, pois trabalhou apenas 15 anos com 
deficiência moderada e a redução de 6 anos é para 
aquele segurado que laborou 29anos integrais com 
tal deficiência. Qual a solução? 
 
De acordo com o Decreto 8.145/2013, será possível 
converter o tempo trabalhado de duas formas: 
 
1) Conversão do tempo exercido como deficiente 
para tempo comum, com o fator de conversão 
positivo de 1,21 (acréscimo de 3anos). 
 
Nesse caso, João passa a ter 17 anos comuns + 
15 anos como portador de deficiência + 3 anos 
(conversão do tempo como deficiente em 
tempo comum), totalizando 35 anos de tempo 
comum. 
 
2) Conversão do tempo comum em tempo como 
portador de deficiência, com fator de conversão 
negativo de 0,83 (redução de 2,89 anos) 
 
Nesse caso, João passa a ter 14,11 anos de 
tempo como portador de deficiência (tempo 
convertido) + 15 anos de tempo como portador 
de deficiência, totalizando 29,11 anos de tempo 
qualificado.

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