Buscar

TCC joilma xavier

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DO MÉDIO PARNAÍBA LTDA - 
SESMEP 
FACULDADE DO MÉDIO PARNAÍBA – FAMEP 
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO COMENIUS – ISEC 
BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
JOILMA XAVIER DO MONTE 
 
 
 
A IMPORTANCIA DA VACINA DURANTE O PERIODO DE PRÉ NATAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA/PI 
2023 
 
1 
 JOILMA XAVIER DO MONTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTANCIA DA VACINA DURANTE O PERIODO DE PRÉ NATAL 
 
 
 
Monografia apresentada ao curso de 
Bacharelado em Enfermagem do Médio 
Parnaíba - FAMEP, como pré-requisito para 
obtenção do Título de Bacharel em 
Enfermagem. 
Orientação: Profª .Me Cyana Teresa 
Albuquerque Azevedo 
Linha de Pesquisa: Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERESINA/ PI 
2023 
2 
 JOILMA XAVIER DO MONTE 
 
 
 
A IMPORTANCIA DA VACINA DURANTE O PERIODO DE PRÉ NATAL 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Enfermagem da Faculdade do Médio 
Parnaíba - FAMEP como pré-requisito para 
obtenção do Título de Bacharel em 
Enfermagem. 
 
Orientação: Prof.ª: Me Cyana Teresa 
Albuquerque Azevedo 
Linha de Pesquisa: Enfermagem 
 
 
 
APROVADA EM: ____/______/________ 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA: 
 
______________________________________________________________ 
Professora Orientadora: 
Cyana Teresa Albuquerque Azevedo 
 
 
______________________________________________________________ 
Examinador Externo: Prof.................................................................................... 
 
_______________________________________________________ 
Examinador Interno: 
Prof......................................................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
Buscamos através do presente estudo, mostrar que a principal questão a ser resolvida, resulta da 
problematização no tocante a importância da vacina durante o período de pré-natal, e a melhor maneira 
de como conscientizar as mulheres acerca da importância do cumprimento do calendário vacinal 
durante a o período de pré-natal. Desta forma o objetivo do presente estudo é mostrar a afirmação do 
quanto é importante o seguimento do calendário vacinal durante o pré-natal de acordo com o Programa 
Nacional de Imunização (PNI) para a mulher durante todo seu período gestacional. Dentro deste 
contexto evidencia-se como objetivos específicos: A importância de Implementar já na primeira 
consulta de pré-natal a verificação da carteira de vacinação e acompanhamento; Verificar, através da 
literatura como deve ser realizado o acompanhamento da carteira de vacinação da gestante no Brasil 
e orientar assim todos os profissionais da equipe de saúde, como Agentes Comunitários de Saúde 
(ACS ) e Equipe de Enfermagem sobre como verificar e orientar sobre a carteira de vacinação da 
gestante. Sendo assim o presente estudo realizou-se através de uma pesquisa de artigos científicos 
veiculados nacionalmente na base de dados nacional através da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). O 
conteúdo da cartilha foi baseado nos manuais do Ministério da Saúde. O método utilizado neste estudo 
foi bibliográfico, pois tratou-se de uma pesquisa integrativa da literatura sobre adesão da gestante à 
vacinação e posterior adequação dentro da caderneta de vacina. Acredita-se que o material terá boa 
aceitação pelo público alvo e pela a equipe multiprofissional e que contribuirá na assistência ao pré-
natal, desta forma assim deixamos nossa contribuição a posteriores estudos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Pré natal. Equipe multiprofissional, Vacina, Gestante. 
 
ABSTRACT 
We seek, through the present study, to show that the main issue to be resolved, results from the 
questioning regarding the importance of the vaccine during the prenatal period, and the best way to 
make women aware of the importance of complying with the vaccination schedule during to the prenatal 
period. In this way, the objective of the present study is to show the affirmation of how important it is to 
follow the vaccination schedule during prenatal care according to the National Immunization Program 
(PNI) for women throughout their gestational period. Within this context, the following specific objectives 
are highlighted: The importance of implementing, in the first prenatal consultation, the verification of the 
vaccination card and follow-up; Check, through the literature, how the follow-up of the pregnant woman's 
vaccination card should be carried out in Brazil and thus guide all professionals in the health team, such 
as Community Health Agents (ACS ) and the Nursing Team on how to check and advise on the card of 
vaccination of the pregnant woman. Therefore, the present study was carried out through a search of 
scientific articles published nationally in the national database through the Virtual Health Library (VHL). 
The content of the booklet was based on the manuals of the Ministry of Health. The method used in this 
study was bibliographic, as it was an integrative research of the literature on pregnant women's 
adherence to vaccination and subsequent adaptation within the vaccine booklet. It is believed that the 
material will be well accepted by the target audience and by the multidisciplinary team and that it will 
contribute to prenatal care, so we leave our contribution to further studies. 
KEYWORDS: Pre natal. Multiprofessional team, Vaccine, Pregnant women.. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 "Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de realizar este trabalho 
e pela sabedoria e força que me concedeu durante todo o processo. 
 Aos mestres, pela dedicação e paciência, seus conhecimentos fizeram 
grande diferença no resultado final deste trabalho. 
 Aos meus amigos e familiares, que me apoiaram emocionalmente e 
moralmente, e a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste 
trabalho, agradeço imensamente. 
 À todos, o meu muito obrigado. 
 
5 
DEDICATÓRIA 
 Dedico este trabalho às pessoas mais importantes da minha vida : Ao meu 
esposo Jurandi que ao longo desses anos me deu força incentivo e apoio para vencer 
todas as etapas da vida acadêmica , aos meus filhos ; Isadora e Gabriel , pela 
compreensão e amor incondicional , a minha família, especialmente minha mãe Vilma 
e irmã Jocilma que confiaram no meu potencial para esta conquista. 
 Também dedico este trabalho aos meus amigos e colegas de curso, que 
compartilharam comigo as alegrias e desafios da vida universitária e me motivaram a 
superar os obstáculos que surgiram pelo caminho. 
Por fim, dedico este trabalho aos mestres, que me guiaram com sabedoria e paciência, 
e me ajudaram a desenvolver as habilidades necessárias para a elaboração deste 
trabalho. 
 "A todos eles, minha eterna gratidão." 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la 
como arte, requer uma devoção tão 
exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a 
obra de qualquer pintor ou escultor." 
Florence Nightingale 
7 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------- 8 
2.0 METODOLOGIA DA PESQUISA -------------------------------------------------------- 10 
3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ----------------------------------------------------------- 12 
 3.1 Aceitação pela gravida do calendário Vacinal -------------------------------------- 12 
 3.2 Ações da enfermagem na sala de vacina ------------------------------------------- 16 
CAPITULO 4 ANALISE E DISCUSSÕES --------------------------------------------------- 18 
 4.1 A importância das ações realizadas pelo enfermeiro no pré-natal ------------ 19 
CONSIDERÇÕES FINAIS ----------------------------------------------------------------------- 21 
REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------------------- 238 
1 INTRODUÇÃO 
 As vacinas possibilitam prevenir doenças, hospitalizações e até evitar mortes, 
por isso estão entre os maiores avanços da área de saúde em todos os tempos. Já as 
doenças infecciosas podem causar graves danos, como o aborto, a prematuridade e 
malformações fetais, dessa forma a realização do pré-natal representa papel 
fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como 
fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da 
gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as 
mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de 
experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a 
compreensão do processo de gestação. 
 Dessa forma toda gestante deve realizar o pré-natal, e estar em dia com as 
vacinas é fundamental para reduzir problemas de saúde. É normal que o sistema 
imunológico da mulher fique um pouco mais sensível durante a gestação e, quando 
uma bactéria ou vírus atacam, pode trazer sérias complicações. Além de proteger a 
mãe, a imunização durante a gravidez protege também o bebê. No começo, o 
organismo do recém-nascido se defende de possíveis infecções graças aos 
anticorpos recebidos pelo leite materno ou via placenta. Entre as principais vacinas 
que devem ser realizadas no período pré-natal, estão: Tríplice bacteriana (dTpa – 
Difteria, Tétano e Coqueluche): deve ser tomada pela gestante a partir da 20ª semana 
e repetida sempre que ela engravidar; Gripe: pode ser tomada durante qualquer fase 
da gravidez, mas o recomendado é que seja aplicada o mais cedo possível. Além 
disso, deve ser realizada anualmente. Hepatite B: Para aquelas que não foram 
vacinadas, a vacina de Hepatite B deve ser realizada com três doses antes de 
engravidar. Covid-19: Por conta da baixa imunidade, gestantes e puérperas também 
estão entre os grupos mais suscetíveis a contrair a doença. O Ministério da Saúde 
recomenda que as doses de reforço sejam administradas após um intervalo de 4 
meses. Além disso, os médicos sugerem que o imunizante administrado na grávida 
seja aquele que não possua o vetor viral, como é o caso da Pfizer e da CoronaVac. 
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia 
(Febrasgo), aquelas vacinas que possuem vírus e bactérias vivos não podem ser 
tomadas pelas gestantes, porque existe um risco de desenvolver a doença por conta 
da imunidade alterada. Todas as vacinas são disponibilizadas gratuitamente nas 
Unidades Básicas de Saúde. Lembre-se de se vacinar e cuidar da sua saúde e de seu 
9 
bebê. 
 Com isso, o calendário vacinal da gestante é composto de três vacinas que 
são dT/dTpa, hepatite B e influenza sendo importantes, pois além de fornecer 
proteção a gestante beneficia também o neonato que é imunizado através da via trans 
placentária e também através do leite materno, fornecendo proteção durante os seis 
primeiros meses de vida quando o bebê ainda não pode tomar a vacina contra o vírus 
Influenza (BENTO GONÇALVES, 2015). O Programa Nacional de Imunização tem se 
tornado importante na atenção básica, pois tem salvado vidas e evitados que doenças 
fossem disseminadas; nas gestantes a hepatite B previne a transmissão vertical que 
pode no neonato se tornar crônica, a dTpa visa erradicar o tétano neonatal e a 
influenza protege o neonato até os seis meses de vida enquanto o mesmo ainda não 
pode receber a vacina (LOUZEIRO et al, 2014). 
 A gestante precisa se sentir acolhida em sua unidade de saúde e ser 
acompanhada pela equipe de saúde e ter também incluído em seu pré-natal a família 
para se sentir segura nas ações realizadas pela equipe durante seu pré-natal 
(PACHECO, 2011). 
 
 
10 
2.0 METODOLOGIA DA PESQUISA 
O método utilizado nesta pesquisa foi bibliográfico, desta forma buscou-se 
mostrar através de uma pesquisa integrativa na literatura sobre adesão das gestantes 
à vacinação e posterior adequação dentro da caderneta de vacina. Dentre os métodos 
de pesquisa, a integrativa é a mais amplo e com vantagem, pois permite a inclusão 
de uma coletânea entre pesquisa experimental e quase-experimental proporcionando 
uma compreensão mais completa acerca do tema de interesse. 
Este método também permite a combinação de dados de literatura teórica e 
empírica. Assim, o pesquisador pode elaborar uma pesquisa integrativa com 
diferentes finalidades, ou seja, ela pode ser direcionada para a definição de conceitos, 
a revisão de teorias ou a análise metodológica dos estudos incluídos de um tópico 
particular. A variedade na composição da amostra da revisão integrativa em 
conjunção com a multiplicidade de finalidades deste método proporciona como 
resultado um quadro completo de conceitos complexos, de teorias ou problemas 
relativos ao cuidado na saúde relevantes para a enfermagem (BROOME, 2000). 
Foi feita a identificação do tema e estabelecido o objetivo principal, com a busca 
de definições, de conhecimento teórico prévio e a formulação de uma questão para a 
pesquisa, que apresentasse assim, relevância para a Enfermagem e também para a 
saúde. Com isso, a busca ativa na literatura foi utilizada os descritores: Vacinação, 
Imunização, Gestação, Gestantes e Consulta Pré-Natal. 
Com a revisão integrativa as publicações selecionadas através de busca em 
banco de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) que permite busca simultâneas 
principais fontes nacionais e internacionais: Literatura Latino-Americana e do Caribe 
em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System 
Online (MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e outros onde foram 
contabilizados dentre as publicações (periódicos, dissertações e teses) que se fizeram 
relevantes ao estudo. Onde se encontrou 17 artigos com relevantes referências aos 
tema abordado junto aos dados pesquisados, contudo, deste total de 17, somente 9 
foram de fato utilizados devido preencherem requisitos como: recorte temporal, 
compreendido entre os períodos de 2016 a agosto de 2022 e ainda os parâmetros 
cronológicos das publicações são dos últimos, em que se optou por publicações de 
língua portuguesa, e disponíveis na íntegra. 
O objetivo principal e mais relevante do presente estudo será na afirmação do quanto 
é importante o seguimento do calendário vacinal durante o pré-natal de acordo com o 
11 
Programa Nacional de Imunização (PNI) para a gestante; e com isso evidenciar a 
necessidade de Implementar já na primeira consulta de pré-natal a verificação da 
carteira de vacinação e acompanhamento; Verificar, através da literatura como 
acontece o acompanhamento da carteira de vacinação da gestante no Brasil; Orientar 
todos os profissionais da equipe de saúde, como Agentes Comunitários de Saúde e 
Equipe de Enfermagem sobre como verificar e orientar sobre a carteira de vacinação 
da gestante. 
 Caderneta da Gestante é o documento mais completo e de mais fácil acesso 
que se tem sobre a gestação e é o modelo de justificativa mais especifico para o 
registro de todos os procedimentos e exames realizados, bem como para monitorar a 
evolução da gestação, pois é através da realização do pré-natal que tem como papel 
fundamental a prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como 
fetais, onde sendo bem realizado poderá permitir um desenvolvimento saudável do 
bebê e reduzindo os riscos da gestante, e ainda fará com que através das vacinas 
recebidas, receberam as imunidades tanto a mãe como o bebê. 
No período gestacional, a mulher pode se precaver de várias 
patologias que poderão levar tanto a mãe quanto o recém-nascido ao 
óbito. Muitas dessas doenças são passíveis de imunização prévias e 
evitáveis (PACHECO, 2011). 
O interesse em abordar o presente tema surgiu com a vivência em 
estágio/prática da disciplina Saúde da Mulher, ao observar a vacinação no período da 
gestação, como a principalferramenta para prevenir as doenças imunopreveníveis. 
Foram observadas algumas gestantes iniciando o esquema tardiamente e sem 
referência de vacinação anterior quando eram de segunda ou mais gestações. A não 
importância desse ato que é tão fundamental para o cuidado materno-infantil, fez com 
que houvesse um despertar que atentasse ao tema, e assim, colhesse dados para 
analisar a adesão da gestante à vacinação. 
Acredita-se que o conhecimento da produção científica acerca do tema em 
questão contribui para novas produções e para formação dos profissionais, bem como 
colaborar no aprimoramento das orientações do enfermeiro na consulta de pré-natal, 
com ênfase nos benefícios da vacinação. 
 
12 
3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 
3.1 Aceitação pela gravidas do calendário vacinal 
A gravidez é um evento biologicamente natural marcado por grandes 
transformações fisiológicas, emocionais, interpessoais e sociais que envolvem tanto 
a mulher, o companheiro e a família. E esse momento predispõe o casal a vivenciar 
anseios, dúvidas, temores típicos da gestação, do processo de parturição e do pós-
parto (MELO et al, 2011). 
As doenças imunopreveníveis que acometem as gestantes são consideradas 
problemas de saúde pública mundial e tem sido motivo de investigação no Brasil. 
A mulher no período gravídico não está isenta de infecções que comprometam a 
saúde materno-fetal, sobretudo, aquelas que se apresentam de formas subclínicas e 
assintomáticas. Muitas dessas infecções podem ser de transmissão vertical. O risco 
de transmissão vertical é definido como contágio da mãe para o feto desde a 
concepção até cinco anos de idade (PERIM e PASSOS, 2005). 
As doenças infecciosas durante a gravidez são freqüentes no Brasil, sendo as 
populações menos favorecidas e as mais afetadas. Situações assim geram um 
desafio à saúde pública, para criação de estratégias que contribuam na redução da 
morbimortalidade materno-fetal e a melhora dos indicadores de saúde (FIGUEIRÓ-
FILHO et al, 2007). 
As gestantes quando afetadas por doenças infecciosas, a exemplo da síndrome 
da imunodeficiência humana adquirida (AIDS), doença de chagas, hepatites virais B 
e C, rubéola, sífilis, herpes simples, tétano e toxoplasmose, podem ser transmitidas 
verticalmente, no momento do parto ou durante o aleitamento materno. Sendo assim, 
uma ampla triagem diagnóstica destas infecções durante o período pré-natal 
possibilita condutas precoces para que a transmissão vertical seja evitada, 
minimizando os malefícios à saúde fetal (DUARTE, 2003). 
A assistência no Pré-Natal (PN) compreende um conjunto de cuidados e 
procedimentos que visa preservar a saúde da gestante e do concepto, assegurando 
a profilaxia e a detecção precoce das complicações próprias da gestação e o 
tratamento adequado de doenças maternas pré-existentes. Também deve incluir 
orientações sobre hábitos saudáveis de vida e as modificações resultantes da 
gravidez, bem como o preparo da gestante para o parto e o puerpério (GRANGEIRO; 
et al, 2008). 
Para uma boa assistência e a realização da primeira consulta no pré-natal, deve 
13 
ser feito a anamnese, onde tenha a abordagem dos aspectos epidemiológicos, 
escutando as dúvidas e ansiedades da mulher, além de outros procedimentos, como 
a elaboração do esquema vacinal da gestante que inicia no primeiro trimestre e deve 
ser concluído antes de 40 semanas, de forma a proteger principalmente o feto 
(BRASIL, 2014). 
Para Santos; Albuquerque (2005), os principais objetivos da vacinação na 
gestante, são a proteção da mulher grávida, livrando-a das doenças e complicações 
da gestação, e a proteção do feto, recém-nascido, e/ou lactente, favorecendo a 
formação de anticorpos para que possa resistir às infecções, devido à baixa 
resistência do sistema imunológico. Os clínicos gerais obstetras e enfermeiros estão 
habilitados para rever o estado de imunização e recomendar estratégias de vacinação 
para gestantes não imunizadas ou com atraso vacinal. 
O cuidado precoce é uma ação de extrema importância para a prevenção de 
muitas das doenças que acometem a gestante, sendo a imunização parte fundamental 
e com grande relevância para a saúde materna e do feto. O Programa Nacional de 
Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde recomenda quatro vacinas no período da 
gravidez: a dupla adulta (difteria e tétano - dT); difteria, tétano e coqueluche (dTpa); a 
hepatite B e influenza. 
O tétano neonatal mata 180 mil recém-nascidos a cada ano em 48 países 
pobres do sul da Ásia e da África. Entretanto, essa não é a realidade brasileira, porém 
na década 1970, o tétano neonatal, era um grave problema de saúde pública, que 
atingia principalmente a zona rural e a periferia das cidades (MURAHOVSCHI, 2008). 
Para a prevenção do tétano, a imunização só é alcançada mediante vacinação, já que 
a imunidade não pode ser naturalmente adquirida. O segundo aspecto é que, nesse 
caso, temos duas faixas da população para imunização: as crianças e as mulheres 
em idade fértil (MATTOS et al,. 2008).A vacinação da dT também é administrada em 
duas doses, com o intervalo de 60 dias entre elas (BRASIL, 2014). 
Para resolver esta questão a Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 
1950 na série Rapports Techniques sugeriu que através da vacinação da gestante 
essa doença poderia ser prevenida. Tese comprovada em 1960 quando o médico 
Augusto Gomes de Mattos (apud MURAHOVSCHI, 2008) realizou uma pesquisa com 
200 gestantes em que 134 receberam 3 doses da vacina antitetânica obtendo 
números suficientes para afirmar que os recém-nascidos das mães vacinadas tiveram 
título protetor contra o tétano. 
14 
A vacina antitetânica nas gestantes tem como finalidade a erradicação dos 
casos de tétano neonatal. Contudo, ainda é uma meta a ser alcançada, pois alguns 
municípios brasileiros ainda apresentam risco para esta patologia, uma vez, que a 
imunidade só é adquirida através da vacinação, é de grande relevância a aderência 
desta prática. Para Vieira; et al, 2006, o tétano neonatal se mantém como um 
importante problema de saúde pública na maioria dos países subdesenvolvidos, 
sendo a doença responsável pela metade das mortes neonatais e por 25% da 
mortalidade infantil nos países do continente americanos. 
Segundo a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) 
2015, a dTpa (tríplice bacteriana acelular do adulto) tem o objetivo específico na 
gestação de proteger contra tétano neonatal e coqueluche no recém-nascido. A 
preocupação com a coqueluche é decorrente do aumento dos casos em lactentes 
jovens (em idade pré-vacinação) com alta taxa de letalidade em todo o mundo. No 
Brasil, em 2014, mais de 50 crianças menores de 6 meses de idade morreram por 
coqueluche. Foi constatado que esses recém-nascidos são infectados pelos contatos 
próximos, principalmente pela mãe, em cerca de 40% dos casos. A vacinação da 
gestante deve ser com idade gestacional acima de 20 semanas (preferencialmente 
entre 27 e 36 semanas). 
A hepatite B representa um grave problema de saúde pública mundial, não 
apenas pela elevada prevalência, mas também por ser uma das principais causas de 
doença hepática crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. (PERIM e PASSOS, 
2005). Ela é uma doença infecciosa viral, contagiosa, em que ocorre inflamação do 
fígado. O período de incubação varia de 30 a 180 dias (média de 70 dias). Caracteriza-
se por três fases: a primeira, prodrômica ou pré-ictérica; a segunda, ictérica, não 
ocorre na maioria dos casos; e a terceira fase, de convalescença, na qual a icterícia 
desaparece e, progressivamente, a sensação de bem-estar retorna embora, em 
alguns casos, ocorra a cronificação da doença. (BRASIL, 2008). 
Segundo a portaria Nº 2080/GM - 31 de outubro de 2003 que institui o Programa 
Nacional para a Prevenção e o Controle das Hepatites Virais e entre as doenças de 
notificação compulsória, ocupavam o sexto lugar em número de casos notificadosno 
Brasil, em 2001, sendo superadas apenas pela epidemia de dengue e por antigas 
endemias (malária, tuberculose, leishmaniose e hanseníase) (BRASIL, 2005). A 
hepatite B é a principal causa de insuficiência hepática fulminante (DIEPENBROCK, 
2005). No Brasil, o Ministério da Saúde estima que os casos crônicos de Hepatite B 
15 
devem corresponder a cerca de 1% da população brasileira. A grande maioria das 
pessoas desconhece seu estado de portador o que constitui um elo importante na 
cadeia de transmissão do HBV (BRASIL, 2012). 
A transmissão da hepatite B ocorre principalmente através de exposição 
percutânea ou de mucosas a sangue ou fluidos corpóreos contaminados com o vírus. 
As formas de contágio mais importantes são através das vias vertical, sexual e por 
inoculação percutânea (ALTER, 2003; BROOK, 2002), com o padrão de transmissão 
sendo fortemente associado à prevalência do antígeno de superfície do vírus da 
hepatite B (HBsAg) numa população (ALTER, 2003). 
A vacina contra a hepatite B pode ser administrada em gestante que 
apresentaram sorologia negativa para Antígeno de Superfície da Hepatite B (HBsAg) 
e para o anticorpo Anti-HBs que é marcador de imunização. Vale destacar também, 
que o vírus da Hepatite B (HBV) pode causar a doença hepática crônica em pessoas, 
cujos bebês nasceram de mães contaminadas pelo vírus. (PACHECO, 2011). A 
vacinação ajudará a diminuição do potencial de transmissão vertical da doença e da 
tendência de cronificação (70% a 90%) quando ocorre a contaminação em idade 
precoce. As aplicações são feitas em três doses após o primeiro trimestre (BRASIL, 
2014). 
Com relação a gripe, segundo Carneiro et al. (2011) relatam que a prevenção 
da gripe – pandêmica ou sazonal – é particularmente importante, devido à elevada 
taxa de complicações destas infecções em mulheres grávidas; as vacinas deverão ser 
de vírus inativados. O esquema da vacinação depende do histórico de cada mulher e 
deve ser avaliado pelo profissional de saúde responsável pelo acompanhamento da 
gestação. A vacina de influenza, por exemplo, é aplicada durante a campanha 
nacional ou em qualquer momento da gravidez, dose única e deve fazer parte da rotina 
na Atenção Básica de Saúde para todas as gestantes (BRASIL, 2014). 
Pensar em vacinação de gestante nos remete ao fato de realizar um cuidado 
de enfermagem prevenindo doenças e assumindo o compromisso da execução 
correta preconizada pelo PNI e pelas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), 
com o enfoque da imunização deve estar situado na orientação e o envolvimento do 
profissional nas ações centralizadas nesta assistência (PIMENTEL, 2010). 
Diante do exposto, questiona-se: qual a adesão vacinal das gestantes? 
Se há baixa adesão, quais os motivos que levaram as gestantes a não realizar a 
vacinação? Assim sendo nosso objeto de estudo é adesão da gestante à vacinação. 
16 
3.2 Ações da enfermagem na sala de vacina 
A vacina é um recurso preventivo importante para a população, principalmente 
para as crianças, uma vez que estas estão mais propensas às doenças (TEMPORÃO, 
2003 apud OLIVEIRA, 2010, p. 134). 
OLIVEIRA (2010, p. 134) afirma que a hepatite B e a tuberculose no passado 
levaram milhões de crianças a óbito no mundo e em países desenvolvidos. Contudo, 
mesmo diante de êxitos ainda existem crianças com atraso vacinal decorrente de 
inúmeros fatores, dentre eles, a perda de oportunidade de vacinação gerando prejuízo 
a cobertura vacinal (TERTULIANO; STEIN, 2011, p. 524). 
Ainda segundo Tertuliano e Stein (2008, p. 527 e 528) a perda de oportunidade 
de vacinação está relacionada à procura para receber um imunobiológicos e por 
algum motivo não o recebe, ou ainda por uma prática deficiente dos serviços de saúde. 
Para o funcionamento adequado da sala de vacinas Queiroz (2009, p. 127) refere que 
as atividades devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem treinada para 
o manuseio, conservação e administração dos imunobiológicos. 
Este cuidado exige da profissional orientação quanto ao procedimento a ser 
realizado, quanto às possíveis reações adversas, evitando o afastamento da 
comunidade das vacinações sistemáticas e a queda da cobertura vacinal (BRASIL, 
2001 (g), p. 22). Mas, a cobertura vacinal também não é alcançada quando a 
população não adere à vacinação. Pereira e Barbosa (2007, p.78) dizem ser de 
responsabilidade do enfermeiro a conservação das vacinas, manutenção do estoque, 
administração das vacinas, capacitação do profissional e registro no cartão de 
vacinação. Quanto a administração, MEDEIROS et al (2011, p. 516) enfatizam a 
importância da higiene das mãos e segundo a Fundação Nacional de Saúde 
(FUNASA) (2001 (h), p. 126) a vacina contra tuberculose, BCG, é indicada para 
prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea), em crianças menores 
de cinco anos, mais frequentemente nos menores de um ano. 
Uma dose é administrada a partir do nascimento e uma dose de reforço é 
administrada na idade escolar (dos seis aos dez anos), cada dose é de 0,1 ml, por via 
intradérmica na região do músculo deltoide na face externa superior do braço direito 
(FUNASA, 2001 (h), p, 125 e 126). 
A vacina contra hepatite B é indicada para prevenir a hepatite B nos menores 
de um ano de idade, a partir do nascimento, se possível, nas primeiras doze horas 
após o parto (FUNASA, 2001 (h), p. 161). São três doses, com intervalo de um mês 
17 
entre a primeira e a segunda dose. A terceira dose é administrada seis meses após a 
primeira. Cada dose é de 0,5 ml para neonatos, lactentes, crianças e menores de 20 
anos; a partir desta idade a dose é de 1,0 ml, a administração é intramuscular, na 
região da face externa superior do músculo deltóide, sendo nas crianças menores de 
dois anos na face lateral da coxa. (FUNASA, 2001 (h), p. 162). No ano de 2012 foi 
implementado uma nova conjunção para vacina da hepatite B com o intuito de diminuir 
o número de injeções recebidas pela criança em um mesmo momento. Surgiu então 
a vacina combinada penta valente (DTP/HB/Hib) (BRASIL, 2012(k), p. 04 e 05). 
Seu esquema consiste na aplicação de uma dose da hepatite B monovalente 
até 1 mês de vida e de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir 
de 2 meses de idade, cada dose consiste de 0,5ml por via intramuscular no vasto 
lateral da coxa esquerda (BRASIL, 2012(k), p. 6, 7 e 9). Nestas últimas três décadas 
o PNI alcançou avanços significativos em termos de cobertura vacinal (BRASIL, 
2003). 
Conforme Pereira e Barbosa (2007, p. 80) o PNI objetiva a ampla extensão da 
cobertura vacinal de forma homogênea para que a população possa ser munida de 
adequada proteção imunológica objetivando o controle de doenças evitáveis pela 
vacinação. Para o controle eficaz dessas doenças cabe a enfermagem a busca por 
faltosos, avaliar e acompanhar sistematicamente as coberturas vacinais (PEREIRA; 
BARBOSA, 2007, p. 78 e 80), planejar e sistematizar ações que mantêm sob 
monitoração as doenças imunopreveníveis da infância (LUNA et al, 2001, p. 514). 
Segundo Brasil (2001 (g), p. 257) as atualizações sistemáticas em vacinação são uma 
exigência para se oferecer um serviço eficaz que erradique e controle as doenças 
imunopreveníveis. 
18 
 4.0 ANALISES DISCUSSÕES 
 
 
A elaboração deste projeto surgiu a partir das leituras realizadas sobre o 
acompanhamento de pré-natal de inúmeras grávidas no tocante a etapa de vacinação, 
nos municípios pelo Brasil. Durante este tempo de observação, viu-se que mesmo 
sendo realizado uma consulta com qualidade, fazendo a avaliação, solicitando os 
exames necessários e orientando quanto às mudanças no corpo e problemas comuns 
de acontecerem durante a gestação, sempre ficava uma informação sem ser 
transmitida. 
E, é com este intuito que escrevemos este material pois o que se pretendeu foi 
esclarecer as dúvidas existentes neste período tão importante da vida mulher e da 
suafamília. Martins et al (2012), relata que cabe ao enfermeiro realizar ações 
essenciais na ESF, no que diz respeito ao pré-natal, identificando fatores que possam 
contribuir com a qualidade na assistência e, refere também, que um dos papéis 
principais é referente a orientação repassada pelo enfermeiro. Portanto, o conteúdo 
do suporte CARTILHA DA GESTANTE, foi composto tendo como base as principais 
queixas e dúvidas da gestante durante a consulta de pré-natal, além de ter sido 
realizado uma revisão narrativa e descritiva da literatura garantindo a fundamentação 
científica e a fidedignidade com linguagem simples e acessível. 
Todo o processo de construção da cartilha foi voltado à adequação da 
linguagem transformando os termos técnicos em linguagem popular para facilitar a 
compreensão por suas usuárias. É importante, nos trabalhos relacionados à educação 
e promoção da saúde, utilizar as palavras de uso popular, sobretudo as coloquiais. O 
emprego de termos técnicos deve se restringir ao estritamente necessário e, neste 
caso, os devidos esclarecimentos devem ser feitos mediante a utilização de exemplos. 
(REBERTE, 2008) 
É necessário esclarecer que a cartilha deve ser considerada como recurso 
complementar disponível à gestante. Seu conteúdo ajuda na tomada de decisões 
relacionadas aos cuidados, de acordo com as referências e os valores das próprias 
gestantes. Acima de tudo, com a construção da cartilha busca-se melhorar o 
atendimento prestado a gestante dentro da unidade de saúde, focando na educação 
em saúde que muitas vezes não é realizada de maneira adequada. 
 
19 
4.1 Importância das ações realizadas pelo enfermeiro no pré-natal 
A contribuição de um profissional especializado em comunicação foi essencial 
para a construção da cartilha e contribuiu para a confecção do material, do trabalho 
editorial e de diagramação. 
As gestantes relataram sobre a importância das ações realizadas pelo 
enfermeiro no pré-natal. As participantes reconhecem a importância das orientações, 
das dicas, esclarecimento de dúvidas e apontam o enfermeiro como o profissional que 
estabelece o primeiro contato com a gestante e lhes transfere tranquilidade. Os 
discursos da importância atribuída às ações do enfermeiro estão implicitamente 
direcionados às ações de educação em saúde realizadas por este profissional, 
conforme mostra Souza, Bernardo e Santana (2013) a seguir: 
“O enfermeiro é importante na assistência durante o pré-natal na ESF. Em 
concordância ao autor supracitado, Carvalho (2010) relata que o bom 
desempenho do enfermeiro é fundamental para que a gestante se sinta 
satisfeita e crie elo com o profissional, possibilitando um relacionamento de 
confiança entre ambas as partes (Souza, Bernardo e Santana 2013). 
 
As gestantes consideram fundamental para o desenvolvimento da gestação os 
conselhos, esclarecimento de dúvidas e a tranquilidade transmitida pelos profissionais 
enfermeiros durante as consultas de enfermagem de pré-natal. Neste sentido faz se 
necessário ressaltar que o enfermeiro precisa desempenhar sua função de maneira 
eficaz, para que a gestante reconheça as ações realizadas pelo mesmo. 
Quanto às ações realizadas pelo enfermeiro as gestantes demonstraram 
conhecê-las, e as consideraram relevante, o que torna possível a adesão ao pré-natal 
e possibilita ao profissional de enfermagem prestar uma assistência de qualidade. 
Dessa forma é fundamental a continuidade dessas ações durante as consultas de 
enfermagem para que as gestantes tenham um acompanhamento de qualidade e 
sejam assistidas ao longo de todo período gravídico. 
De acordo Carrara e Oliveira (2013) a satisfação das gestantes se dá por meio 
da qualidade do atendimento realizado pelos enfermeiros. É por meio dos 
esclarecimentos de dúvidas, das orientações dadas que o enfermeiro pode fazer a 
diferença na vida da mulher e que esta pode compreender a importância da 
assistência de enfermagem no pré-natal. 
Para Dias et al. (2015) as gestantes entendem que é importante adquirir 
conhecimentos durante o pré-natal para que seja assegurado uma gestação, parto e 
puerpério sem complicações. Deste modo é fundamental que o enfermeiro seja 
20 
habilitado para prestar uma assistência eficaz e contínua junto à gestante, 
intensificando a implementação de ações educativas, visando garantir uma 
assistência completa e contínua ao longo de todo período gestacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Todo Enfermeiro, precisa estar preparado para receber a gestante fornecendo 
assistência humanizada, de qualidade e completa, fornecendo confiança e adotando 
assim uma educação em saúde, para com que a gestante tenha conhecimento sobre 
o que será abordado e para que servirá os cuidados adotados no período gravídico. 
Com a escassez de estudos atualizados referentes ao tema, aqui fica a incitação para 
que estas lacunas sejam preenchidas com mais pesquisas futuras, no intuito de 
agregar conhecimentos aos profissionais diretamente ligados aos cuidados das 
gestantes. 
Desta forma os estudos analisados aqui nesta pesquisa são quase unânimes 
em afirmar que as taxas de vacinação, não atingem nem a metade preconizada pelo 
Ministério da Saúde, mesmo apresentando índices crescentes e satisfatórios de 
adesão das gestantes às consultas de rotina no pré-natal. É importante salientar que 
se considera que uma população está imunizada contra determinado agravo quanto 
se atinge um mínimo de 70% da população alvo. Vale ainda destacar que entre os 
estudos analisados, apresenta dados relevantes de uma determinada faixa etária que 
chega 70% essa perda de oportunidade. 
O que se verificou, entre os fatores levantados para a não adesão está na 
qualidade de atendimento do profissional, principalmente do enfermeiro que é 
responsável pelo acolhimento na porta de entrada do serviço. Este profissional precisa 
estar engajado e preparado para receber as gestantes transmitindo confiança e 
fornecendo uma assistência humanizada, completa e de qualidade. Outros fatores que 
precisam ser garantidos são os direitos assegurados em lei e transformados em 
políticas públicas. Por isso, é parte fundamental no acolhimento que as mulheres, 
gestantes e familiares conheçam e saibam como exigir esses direitos. 
Uma das alternativas para a captação das gestantes está na realização de 
palestras educativas, preventivas, ações de suporte odontológico, exames de rotinas 
e atendimento quinzenal intercalando o profissional médico e o enfermeiro. 
À partir do conteúdo mostrado nesta pesquisa, observou-se que a equipe 
multidisciplinar que compõe o atendimento da ESF tem na pessoa do enfermeiro um 
dos seus grandes pilares, comprometido com a saúde e a qualidade de vida da 
população em geral e se destaca nos cuidados com a saúde da mulher, realizando a 
assistência nas diferentes fases da vida. As atribuições ao enfermeiro no programa 
22 
de pré-natal, como solicitação de exames de rotina, promoções de ações educativas 
e outras mais, devem ser realizadas de forma consciente e satisfatória pelo 
profissional, visando às variadas transformações resultantes da gravidez. 
Com a realização desta pesquisa, a partir da leitura e comparação entre artigos, 
pode-se dizer que a educação em saúde no pré-natal tem o profissional enfermeiro 
como um instrumento capaz de fazer com que a cliente adquira autonomia no agir, 
aumentando a sua capacidade de enfrentar situações de crise e estresse além de 
compreender melhor as alterações sofridas pelo corpo durante a gravidez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
REFERÊNCIAS 
ALTER, H.J. The unexpected outcomes of medical research: serendipity and the 
Australia antigen.J Hepatol; 39(2): 149-52. 2003. 
BENTO GONÇALVES. Secretária Municipal de Saúde, Serviço de Vigilância 
epidemiológica. Recomendações para Vacinação em Gestantes. Disponívelem: 
http://www.bentogoncalves.rs.gov.br/downloads/Saude/Epidemiologia/Imunizacoes/S
MS-Imunizacoes-Vacinacao- Gestantes-2015.pdf. Acesso em 08 de abril de 2023 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim 
epidemiológico das hepatites virais 2012. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. 
_______ Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Material 
instrucional para capacitação em vigilância epidemiológica das hepatites virais. 
Brasília, DF. Ministério da Saúde; 2008. 116 p. (Série A. Normas e Manuais 
Técnicos). 
_______. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância Epidemiológica. Manual de aconselhamento em hepatites virais. Brasília, 
DF: Ministério da Saúde, 2005. 52p. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). 
_______. Ministério da Saúde [homepage na internet]. Saúde para você: Pré-Natal e 
Parto. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-
crianca/pre-natal-e-parto. Acesso em 08 de abril de 2023. 
BROOME ME. Integrative literature reviews for the development of concepts. In: 
Rodgers BL, Knafl KA, editors. Concept development in nursing: foundations, 
techniques and applications. Philadelphia (USA): W.B Saunders Company; 2000. 
p.231-50. 
CARRARA, G. L. R.; OLIVEIRA, J. P. Atuação do enfermeiro na educação em saúde 
durante o pré-natal: uma revisão bibliográfica. Revista FafibeOn-Line. Ano VI, n. 6, 
p. 96–109, nov. 2013, Disponível em: 
http://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/revistafafibeonline/sumario/28/11
122013185545.pdf. Acesso em 08 de abril de 2023. 
CARNEIRO, A, V. et al. Efetividade clínica e análise econômica da vacinação 
preventiva. Acta Med Port, v. 24, n. 4, p. 565-586. Jan. 2011. Disponível em: 
<www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2011-24/4/565-586.pdf>. Acesso em 08 de 
abril de 2023. 
DIAS, E. G. Percepção das gestantes quanto a importância das ações educativas 
promovida pelo enfermeiro no pré-natal em um unidade básica de saúde. Revista 
Eletrônica Gestão & Saúde. v. 6, n. 3, p. 2695-10. 2015a. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.18673/gs.v6i3.22431. Acesso em 08 de abril de 2023. 
DIEPENBROCK, N. H. Cuidados Intensivos. 2. ed. Rio de Janeiro, Guanabara 
Koogan, 2005. 
DUARTE, G. Diagnóstico e Conduta nas Infecções Ginecológicas e Obstétricas. 1. 
ed. Ribeirão Preto: Funpec Editora, 2003. 
http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-crianca/pre-natal-e-parto
http://portalms.saude.gov.br/saude-para-voce/saude-da-crianca/pre-natal-e-parto
24 
 
FEBRASGO – Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – A importância de 
três vacinas na gestação. Disponível em: 
<http://www.febrasgo.org.br/site/?p=11140>. Acesso em 08 de abril de 2023. 
FIGUEIRÓ-FILHO, E. A. et al . Freqüência das infecções pelo HIV-1, rubéola, sífi lis, 
toxoplasmose, citamegalovírus, herpes simples, hepatite B, hepatite C, doença de 
Chagas e HTLV I/ II em gestantes, do Estado de Mato Grosso do Sul. Rev. 
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40 (2):181-187, mar-abr, 2007. 
FUNASA. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de 
procedimentos de vacinação. 4. ed., Brasília: Ministério da Saúde: Fundação 
Nacional de Saúde; (2001 (h)). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs. 
Acesso em 08 de abril de 2023. 
GRANGEIRO, G. R. et al. Atenção Pré- Natal no município de Quixadá – CE 
segundo indicadores do processo Sisprenatal. Rev. Esc. Enferm USP. Fortaleza, 
v.42, n.01, 2008. Disponível a partir do <http://www.scielo.br/scielo.php>. Acesso em 
08 de abril de 2023. 
LOUZEIRO, E.M; et al. A importância da vacinação em gestantes: uma revisão 
sistemática da literatura no período de 2003 a 2012. Revista Interdisciplinar, v. 7, n. 
1, p. 193-203, jan. fev. mar. 2014. Disponível em: 
http://revistaInter/article/viewFile/241/pdf_110 . Acesso em 08 de abril de 2023. 
MATTOS, L. M. B. B. DE.; CAIAFFA, W. T.; BASTOS, R. R.; TONELLI, E. 
Oportunidades perdidas de imunização antitetânica de gestantes de Juiz de Fora, 
Minas Gerais, Brasil. Rev Panam Salud Publica [online]. 2003, vol.14, n.5, pp.350-
354. ISSN 1680-5348. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1020- 
49892003001000010>. Acesso em 08 de abril de 2023. 
MARTINS, J. S. A.; DANTAS, F. A.; ALMEIDA, T. F.; SANTOS, M. B. R. A 
Assistência de Enfermagem no Pré-Natal: Enfoque na Estratégia da Saúde da 
Família. Revista UNIABEU, Belford Roxo, v. 5, n. 9, jan./abr., p. 278-288, 2012. 
Acesso em 08 de abril de 2023. 
MURAHOVSCHI, J. Tétano dos recém-nascidos: Revisitado. Revista Paulista de 
Pediatria. São Paulo, v. 26 n. 4, p. 312-314, dez. 2008. 
PACHECO, A. J. Vacinação da gestante no pré-natal – revisão integrativa da 
literatura. 2011. 56f. Monografia (Especialização em Atenção Básica em Saúde da 
Família) –Faculdade de Medicina. Núcleo de Educação em Saúde Coletiva. Campo 
Gerais/MG. Disponível em: <http://biblioteca/registro>. Acesso em 08 de abril de 
2023. 
_________, A. J. Vacinação da gestante no pré-natal: Revisão Integrativa da 
literatura. Campos Gerais, Minas Gerais, 2011. Disponível em: 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3300.pdf. Acesso em 08 de 
abril de 2023. 
PEREIRA, A.D; BARBOSA, R. de S. O cuidado de enfermagem na imunização: os 
mitos e a verdade Revista Meio Amb. Saúde,. 2, p. 76-88, 2007.p. 76-88, 2007. 
Disponível em: <http://edu.br/revista/2007/pdfs/RMAS%202%281%29%2076-
25 
 
88.pdf>. Acesso em 08 de abril de 2023. 
PERIM, E. B.; PASSOS, A. D. C. Hepatite B em gestantes atendidas pelo Programa 
do Pré-Natal da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, Brasil: prevalência 
da infecção e cuidados prestados aos recém-nascidos. Revista Brasileira de 
Epidemiologia. São Paulo, v. 8 n. 3, p. 272-281, set. 2005. 
PIMENTEL, M. A. Vacinação Durante a Gravidez. Acta Med Port., v. 23, n. 5, p. 837- 
840, 2010. Disponível em: <http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf>. Acesso em 
08 de abril de 2023. 
QUEIRO. Z. V. Controvérsias em imunizações. São Paulo: Segmento 
Farma, 2009. 
REBERTE L.M. Técnicas corporais em grupos de gestantes: a experiência dos 
participantes. Rev Bras. Enferm. 2006:59 
SOUZA, B. C., BERNARDO, A. R. C., SANTANA, L. S. O Papel do Enfermeiro no 
Pré-Natal Realizado no Programa de Saúde da Família – PSF. Interfaces Científicas 
- Saúde e Ambiente, Aracaju v. 2 n.1 p. 83-94 out. 2013. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.17564/2316-3798.2013v2n1p83-94. Acesso em 08 de abril de 
2023. 
TERTULIANO GC, STEIN AT. Atraso vacinal e seus determinantes: um estudo em 
localidade atendida pela Estratégia Saúde da Família. Cienc Saude Colet. 2011 fev; 
16(2):523-30. Tertuliano GC, Stein AT. Atraso vacinal e seus determinantes: um 
estudo em localidade atendida pela Estratégia Saúde da Família. Cienc Saude 
Colet. 2011 fev; 16(2):523-30.

Continue navegando

Outros materiais