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Ordem Spirochetales 1 Ordem Spirochetales Bactérias Gram negativas agrupamento com base na morfologia estrutura delgada Treponema Gênero leptospira treponema pallidum agente etiológico da sífilis formato delgado e altamente espiralado não crescem em cultura de células Sífilis: infecto-contagiosa, IST, episódios de doença ativa intercalados por períodos de latência 3 estágios de doença: 1ª: úlcera indolor única na genitália 2ª: febre, linfadenomegalia, exantema cutâneo 3ª: necrose gomosa, acometimento cardiovascular e neurológico sífilis congênita: má qualidade de serviço pré-natal transmissão: vias: sexual, mãe-filho, hemotransfusão 33 a 50% dos contatos sexuais de enfermos com sífilis tornam-se infectados período de incubação: 21 dias (10 a 90 dias) 57 bactérias podem ser suficientes para desencadear a doença história natural Ordem Spirochetales 2 1ª (cancro duro / lesão ulcerada na genitália, lesão única)→ 2ª → latente (sorologia reativa e não tem clínica)→ 3ª → cardiovascular, neurossífilis para um pequeno grupo de pacientes vai ter cancro junto a febre e exantema (a 2ª começa antes da 1ª terminar) Resposta imune e patogênese: sífilis primária incubação: 3-4 semanas interação perivascular por linfócitos T CD 4 e TDC8+ presença de plasmócitos e macrófagos na infiltração perivascular percil de citocinas: Th1 fagocitose por macrófago ativados: remissão do cancro (4-6 sem) obliteração de pequenos vasos sanguíneos desaparece sozinho sífilis secundária lesões cutâneas com infiltração perivascular por linfócitos T CD4+ e TCD8+ além de plasmócitos e macrófagos muito treponema sífilis terciária pouca quantidade de treponema processo inflamatório crônico goma, necrose gomosa anticorpos detectáveis no sangue acometimento dos vasa vasorum da aorta: aneurismas sífilis congênita transmissão em qualquer momento da gravidez lesões iniciam após 16ª semana: surgimento da RI fetal Ordem Spirochetales 3 tratamento da mãe antes da 16ª semana previne a doença risco de transmissão de 75 a 95% (sífilis materna precoce) tratar a gestante no 1º trimestre e evitar que o feto tenha lesão Co-infecção T. pallidum / HIV fator de risco para aquisição e transmissão de HIV, aumenta a quantidade de fluido o HIV faz lesões, primárias, secundárias e terciárias ao mesmo tempo Sífilis primária Cancro primário típico pápula indolor solitária que sofre erosão lesão ulcerada: borda nítida, endurecida e com fundo limpo locais das lesões: genitália, ânus, cavidade oral e outras regiões lesões múltiplas: homens com infecção por HIV lesões atípicas podem ocorrer duração média: 4-6 semanas (2-12 semanas) desaparecem espontaneamente Diagnósticos diferenciais: herpes genital simples (lesões múltiplas, doem), trauma sexual, cancroide (cancro mole), infecção fúngica, linfogranuloma venéreo, donovanose (g. inguinal, lesão ulcerada) Sífilis secundária: lesões mucocutâneas e linfadenopatia indolor lesões mucocutâneas difusas: palmas e plantas 15% dos enfermos ainda tem cancro (em cicatrização) sifilides: maculares, maculopapulosas, papuloescamosas e pustulosas não pruriginosas condiloma plano: lesões branco-acizentadas, no escroto, na vulva e na região perianal Ordem Spirochetales 4 manifestações gerais: febre, faringite, emagrecimento, anorexia, cefaleia meningite (1 a 2%), hepatite, nefropatias Diagnóstico diferencial: hanseníase, leishmaniose Sífilis latente: ausência de manifestações clínicas sorologia reativa para sífilis precoce: até um ano de evolução tardia: mais do que um ano de evolução Sífilis terciária: Neurossífilis neurossífilis assintomática sem manifestações clínicas alterações liquóricas presentes 20% evoluem para formas sintomáticas em 10 anos mantém sorologia por muito tempo penicilina IV sífilis meníngea líquor contém mononucleares pode surgir um ano sífilis meningovascular surge habitualmente 5 a 10 anos após infecção por T. pallidum síndrome meníngea comprometimento de vasos: pequeno, médio e grande calibre AVE de artéria cerebral média após cefaleia Ordem Spirochetales 5 sífillis parenquimatosa: paresia geral e tabes dorsalis 20 anos após a infecção personalidade, afeto, paresia, reflexo, olho, (pupila de Argyll Robertson), sensório (delírios e alucinações), intelecto, fala (speech) tabes dorsalis: surge habitualmente de 25 a 30 anos após a infecção patogênese: desmielinização das colunas posteriores da medula marcha atáxica (bate o pé com força, não tem controle adequado) parestesias distúrbios vesicais e impotância perda da propriocepção (padrão ascendente) e dificuldade na percepção álgica, articulação de Charcot, alteração óssea produzida pela macha atáxica), pupila de Argyll Robertson perguntar se é vegetariano ou vegano, deficiência de B12 Sífilis cardiovascular emergem 10 a 40 anos após a infecção patogênese: endartrite obliterante dos vasa vasorum aortite, insuficiência aórtica e aneurismas calcificação linear da aorta;. suspeita de aortite sifilitica assintomática vasa vasorum e vasa nervorum e ? múltiplo Goma sifilítica lesões inflamatórias granulomatosas poucos treponemas Sífilis congênita lesão fetal ocorrerá após 16 semanas mulheres não tratadas: 40% de perda fetal Ordem Spirochetales 6 manifestações precoces (2 anos de vida): semelhante a sífilis secundária no adulto manifestações tardias (> 2 anos): surdez, articulações de Clutton (derrame articular do joelho, bilateral) manifestações estigmas: dentes de Hutchison (chanfradura) Exames: presquisa de Treponema pallidum pesquisa sorológica: não-treponêmicos: VDRL (veneral disease research laboratory), RPR (rapid plasma reagin) treponêmicos: FTAAds (teste de anticorpos treponêmicos fluorescentes com absorção, se tem ou já teve vai ser sempre positivo) gestantes: oferecer VDRL no 1 e no 3 trimestre (pode se contaminar depois), se positivo tem que tratar (mesmo que tenha falso positivo) em gestantes alérgicas a penicilina cristalina internar e fazer a dessensibilização Prevenção uso de preservativos, pré-natal Gênero leptospira Leptospirose: doença infecciosa febril aguda associado a presença de roedores (Reservatório), mais de 150 espécies de mamiferos podem ser infectados doença sazonal podem contaminar pele íntegra Transmissão; contato direto com urina, sangue ou tecido de animais contaminados Patogênese Ordem Spirochetales 7 penetração na pele incubação 2 a 30 dias vasculite e hemorragia nefrite intersticial e necrose tubular no fígado: colestase* pulmão: hemorragias produção de anticorpos: fase imune eliminação de Leptospira: exceto olhos, rins, cérebro bifásico: muitas leptospiras, depois fase imune com leptospira nos olhos, rins e snc Aspectos clínicos: semelhante a influenza dor muscular, mormente nas panturrilhas, hemoptise, hiperemia conjuntival, meningite asséptica, uveite (olhos) Forma ictérica: síndrome de Weil tríade: icterícia, hemorragia, insuficiência renal evolução: 3 a 8 dias após início da moléstia icterícia rubínica IRA oligúrgica ou poliúrica distúrbios hemorrágicos: conjuntivas, digestivas, pulmonar e SNC rabdomiólise colestase obstrui o fluxo da bile, vai para a corrente sanguínea e da icterícia laboratório: pesquisa do agente: visualização ou cultura (meio fletcher) sorologia microaglutinação (padrão ouro)* e macroaglutinação Tratamento: Ordem Spirochetales 8 penicilina doxilina ceftriaxona (alternativa) Prevenção: quimioprofilaxia com doxiciclina, medidas de controle Gênero borrelia menos importante
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