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Goiânia 2023 CENTRO UNIVERSITÁRIO ALFREDO NASSER ENFERMAGEM CAMILA MOURA TELES GUNDIM 5º Período - Noturno ARCO DE MAGUEREZ: Ausência de empatia dos profissionais diante dos pacientes DISCIPLINA: ESTAGIO SUPERVISONADO | Preceptora: Renata Aquino Goiânia 2023 • Observação da realidade Durante o estágio pude observar uma baixa qualidade no atendimento prestado pela equipe, falta de sensibilidade, impaciência, falta de empatia e comunicação entre profissionais e usuários, notei que os profissionais realizam suas atividades diárias de forma robotizada, com falta de humanização no serviço prestado. examinei a falta de ventilação em um quarto onde uma paciente havia realizado um enxerto no MIE, notei o desconforto e a fadiga, pois é uma paciente que não consegue se movimentar mesmo restrita ao leito, os profissionais avaliavam apenas o problema é não o paciente como um todo. • Pontos chaves Empatia; comunicação; humanização. • Teorização Desenvolvimento da empatia ser cuidado pela equipe de enfermagem ótimas pessoas sendo ajudadas importância. A empatia também depende tratados com sucesso, porque o mesmo tem efeito terapêutico. Segundo Goleman (1995), a palavra empatia tem a sua origem na linguagem grega – empatheia, que significa tendência para sentir o que se sentiria caso se estivesse na situação e circunstâncias experimentadas, vivenciadas por outra pessoa. Destaca se a existência de três tipos de empatia: Empatia Cognitiva: ou seja, a habilidade de entender o ponto de vista da outra pessoa. Empatia Emocional: isto é, a habilidade de sentir o que o outro sente. Preocupação Empática: a capacidade de sentir o que o outro precisa. Ao falar sobre empatia, precisamos conceituar o processo comunicar. Segundo Stefanelli (1993), comunicação é entendida como um processo de compreender, compartilhar mensagens enviadas e recebidas, sendo que as próprias mensagens e o modo como se dá essa comunicação, exercem influência no comportamento das pessoas nele envolvidas, a curto, médio e longo prazo. Sua finalidade é permitir que os profissionais de saúde e os pacientes planejem as necessidades que precisam ser atendidas, para ajudar os destinatários dos cuidados a se sentirem como seres humanos com dignidade e autonomia sobre seus problemas, e para promover, manter e restaurar sua saúde física e mental. Goiânia 2023 O conhecimento científico e a habilidade técnica do profissional enfermeiro são importantes, mas de pouco adiantarão se este mesmo profissional não apresentar um bom relacionamento interpessoal, ser empático, assertivo. É imperativo que os profissionais de enfermagem encontrem o equilíbrio entre o conhecimento científico e a prática de comportamento humanístico (BOEMER, 1984). Através da empatia o enfermeiro encontra o cliente numa relação “eu-tu”, envolvendo a natureza intelectual e emocional do homem, sendo imprescindível, portanto, que nos coloquemos no lugar do outro (STEFANELLI, 1982). Esta autora alerta, ainda, para o fato de que os enfermeiros estão profundamente comprometidos com o profissionalismo e, portanto, focalizam mais a ciência que a arte de enfermagem, o que resultou na negligência no aspecto humano da profissão. Humanizar, de acordo com Rech (2003), “é tratar as pessoas levando em conta seus valores e vivências como únicos, evitando quaisquer formas de discriminação negativa, de perda de autonomia, enfim, é preservar a dignidade do ser humano”. Antes de entender o paciente/usuário como mero consumidor que busca os serviços de saúde, é necessário compreendê-lo como um indivíduo vulnerável e, portanto, em sua condição física e/ou psicológica, de forma humanitária e moral. No que diz respeito ao acolhimento do profissional e ao respeito a esse usuário, não se esqueça que os gestores devem aplicar os mesmos conceitos aos profissionais que estão em contato direto com o usuário em busca de atendimento. A humanização depende de nossa capacidade de falar, de ouvir e do diálogo com nossos semelhantes (Dias, 2003). Portanto, a tecnologia por si só não é suficiente para atender os clientes. Considerando apenas esses aspectos, estaremos prestando um atendimento desumanizado, pois o processo humanizador não se limita a movimentos técnicos e mecânicos, mas envolve todo o paciente, para o qual toda a equipe se empenha em atender de forma integrada e preparada. Todavia, na rede básica de saúde o modo de assistência da equipe nem sempre favorece a integralidade, devido as várias dificuldades de tais equipes em desenvolver um trabalho mais coeso, que privilegie uma atenção psicossocial, afastando-se do modelo biomédico e na fragmentação dos saberes. • Hipótese de solução Reuniões de equipe para diálogo aberto, avaliações de desempenho e feedback. Melhorar a relação entre profissional e paciente. avaliar o paciente como um todo. Goiânia 2023 Criar e implementar instrumentos/estruturas para a implementação do plano de humanização. Quais são os 04 aspectos essenciais para a relação de cuidado humanizado? Ouvir, compreender, aconselhar e respeitar as opiniões, queixas e necessidades dos pacientes. Realizar a reunião multiprofissional para melhor recuperação. Alertar a unidade sobre a falta de ventilação e equipamentos danificados. • Aplicação à realidade Melhorar a comunicação e relacionamento entre profissionais. Criar e implementar instrumentos/estruturas para a implementação do plano de humanização. Divulgar o plano de Humanização dos Cuidados de Saúde e padrões gerais e específicos. Conversar com a equipe sobre o estado geral da paciente, realizar a troca de leito para melhor recuperação, avisar a assistência técnica sobre a falta de ventilação no quarto. Goiânia 2023 • Referências Cabral, Mariana Pompílio Gomes; Maia Neto, José Pereira; Costa, Juliana Pessoa; Jorge, Maria Salete Bessa; Caminha, Emília C. Carvalho Rocha; Paula, Milena Lima de. Humanização e Acolhimento em Saúde Mental: Percepção dos Usuários.. In: Anais do Congresso Internacional de Humanidades & Humanização em Saúde [= Blucher Medical Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Editora Blucher, 2014. ISSN 2357- 7282 DOI 10.5151/medpro-cihhs-10805 Rech CMF. Humanização hospitalar: o que pensamos tomadores de decisão a respeito? São Paulo 2003. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Santos KMAB. Percepção dos profissionais de saúde sobre a comunicação com os familiares de pacientes em UTIs e análise proxêmica dessas interações [dissertação]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2004. ARTIGONAL. Comunicação na área de enfermagem. Disponível em: http://www.artigonal.com/saude-artigos/comunicacao-na-area-de- enfermagem991668.html. Acesso em Nov 2011