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1 
 
 
 
 
 
 
BIANCA DO ESPÍRITO SANTO DA SILVA: MAT 2111557 
ESDRAS RODRIGUES – 2109935 
HENRIQUE TELES MARTINS – 2113108 
LUIZ WAGNER S. DA SILVA - 2110924 
MARCOS VINICIUS C. BATISTA -2111163 
 MARIA INÊS DOS REIS SILVA PEREIRA – 2112014 
 TARCILA CRISTINA - 2111337 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO CURRICULAR 
ARTICULADOR: CONSOLIDAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DUQUE DE CAXIAS - 2023
2 
 
BIANCA DO ESPÍRITO SANTO DA SILVA: MAT 2111557 
ESDRAS RODRIGUES – 2109935 
HENRIQUE TELES MARTINS – 2113108 
LUIZ WAGNER S.DA SILVA - 2110924 
MARCOS VINICIUS C. BATISTA -2111163 
 MARIA INÊS DOS REIS SILVA PEREIRA – 2112014 
 TARCILA CRISTINA - 2111337 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO CURRICULAR 
ARTICULADOR: CONSOLIDAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa 
apresentado à disciplina 
de PCA Consolidação, do 
curso de graduação em 
Ciências Contábeis. 
 
Orientador: Prof. Hugo 
Cardozo 
 
 
 DUQUE DE CAXIAS - 2023 
3 
3 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO..........................................................................................................05 
1 CONSOLIDAÇÃO DAS DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................... 06 
1.1 Conceito e obrigatoriedade ................................................................................. 06 
1.2 Pronunciamentos para consolidações ................................................................ 07 
1.3 Elaboração das Demostrações Consolidadas ..................................................... 08 
2 NOTAS EXPLICATIVAS ....................................................................................... 09 
3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...........................................12 
3.1 Análise Horizontal e Vertical de NOVEMBRO e DEZEMBRO.............................15 
3.2 Análise Índices de NOVEMBRO e DEZEMBRO .................................................18 
3.3 Análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG) .............................................25 
3.4 Análise da Alavancagem Financeira e as diversas taxas ...................................32 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 34 
5 APÊNDICE ............................................................................................................ 36 
Apêndice G1: Papel de trabalho da consolidação ................................................. 36 
Apêndice G2: Legenda das eliminações.................................................................42 
Apêndice G3: Balanço patrimonial e demonstrações de resultados ......................43 
Apêndice G4: Notas explicativas ...........................................................................45 
Apêndice G5: Aplicação da análise Horizontal e Vertical ......................................48 
Apêndice G6: Apresentar relatórios analíticos .......................................................50 
Apêndice G7: Tabela com Índices de endividamento, liquidez e rentabilidade......53 
Apêndice G8: Análises dos índices de endividamento, liquidez e rentabilidade...53 
Apêndice G9: Esquema de Origem da NCG..........................................................55 
4 
4 
 
 
Apêndice G10: Esquema de Financiamento da NCG .........................................56 
Apêndice G11: Elaborar o Sistema Du Pont.........................................................57 
Apendice G12: Apresentar o relatorio ..................................................................60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
 No referido trabalho iremos abordar de forma clara e objetiva a Consolidação das 
Demonstrações Contábeis de forma clara e objetiva de modo ao alcançar entendimento. 
 A consolidação das demonstrações contábeis é um processo essencial na 
contabilidade das empresas que possuem mais de uma entidade. Esse procedimento 
consiste na elaboração de um conjunto de demonstrações financeiras que consolidam as 
informações financeiras de todas as empresas do grupo em um único documento. A 
finalidade é fornecer uma visão geral e precisa da saúde financeira do grupo, 
considerando todas as suas operações em conjunto. 
 A consolidação das demonstrações contábeis é obrigatória para empresas que 
possuem controle societário sobre outras empresas, ou seja, para empresas que possuem 
participações majoritárias em outras entidades. A obrigação de consolidar as 
demonstrações contábeis está prevista em normas contábeis, como a Lei das Sociedades 
por Ações e as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
 Para garantir a uniformidade e a efetividade na consolidação das demonstrações 
contábeis, foram criados pronunciamentos contábeis específicos para orientar as 
empresas em sua elaboração. O principal pronunciamento contábil que trata sobre a 
consolidação das demonstrações contábeis é a NBC TG 36 - Demonstrações 
Consolidadas. 
 A elaboração das demonstrações consolidadas envolve a coleta de informações 
financeiras de todas as empresas do grupo, ajustes e eliminações de transações Inter 
companhias, e a consolidação dos saldos de todas as contas financeiras. Todo o processo 
é realizado com base em critérios contábeis estabelecidos pelas normas contábeis. 
 Em resumo, a consolidação das demonstrações contábeis é um processo 
complexo, porém fundamental para garantir a transparência e a precisão das informações 
financeiras do grupo como um todo. A obrigatoriedade, as normas contábeis e os 
pronunciamentos específicos garantem que as demonstrações consolidadas sejam 
elaboradas com qualidade e atendam aos padrões contábeis internacionais. 
1 CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
6 
6 
 
1.1 Conceito e obrigatoriedade 
 Ao fim de cada exercício social, as empresas em geral deverão elaborar as suas 
demonstrações contábeis, com o objetivo de fornecer informações úteis para os seus 
sócios ou acionistas, governo, investidores, dentre outros usuários. Elas representam de 
forma estruturada a posição patrimonial e financeira da empresa, as mutações ocorridas, 
o resultado econômico e os fluxos de caixa do exercício. 
 Consiste em apresentar o resultado unificado das operações de todas as empresas 
do grupo, como se o grupo econômico fosse uma única unidade. 
 
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS SÃO 
• Balanço Patrimonial; 
• Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
• Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); 
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); 
• Demonstração do Valor Adicionado (DVA); 
• Demonstração do Resultado Abrangente (DRA); 
• Notas Explicativas. 
 A obrigatoriedade de elaborar as demonstrações contábeis está contida na 
legislação do Imposto sobre a Renda no artigo 274 do Decreto nº 3.000/1999 
(RIR/1999), na legislação societária no artigo 176, I a V, da Lei nº 6.404/1976, nas normas 
do Conselho Federal de Contabilidade na Resolução CFC nº 1.185/2009 (NBC TG 26 
R5), alterada pela Resolução CFC nº 1.376/2011, e na Deliberação CVM nº 676/2011. 
 As demonstrações contábeis devem ser complementadas por Notas Explicativas e 
outros quadros analíticos necessários para o esclarecimento da situação patrimonial e do 
resultado do exercício (artigo 176, § 4º, da Lei nº 6404/1976) e as políticas contábeis 
significativas e outras informações elucidativas (NBC TG 26 R5, item 10, letra ‘e’). 
 Muitas empresas apresentam também o relatório da Administração explicando as 
características principais do seu desempenho financeiro, dos riscos e das incertezas que 
enfrentam, juntamente com o Parecer dos Auditores Independentes e do Parecer do 
ConselhoFiscal (caso os tenham). Podendo, ainda, apresentar informações adicionais, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm#art274
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm#art274
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm#art176
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1185.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1185.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1376.pdf
http://www.cvm.gov.br/legislacao/deliberacoes/deli0600/deli676.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm#art176
7 
7 
 
como o Balanço Social, relatórios sobre custos e outros elementos relacionados a 
questões ambientais, particularmente em setores industriais. 
 As demonstrações contábeis consolidadas deverão ser elaboradas pela companhia 
aberta que tiver mais de 30% do valor do seu patrimônio representado por 
investimentos em sociedades controladas (artigo 249, da Lei nº 6404/1976 e Resolução 
CRC nº 1.426/2013 NBC TG 36). 
 As demonstrações contábeis devem ser transcritas no livro Diário, complementando-
se com as assinaturas do titular ou do representante legal da empresa e do profissional 
da contabilidade legalmente habilitado (Resolução CFC nº 1.330/2011 ITG 2000, item 13). 
Igual procedimento deve ser adotado quanto às demonstrações contábeis elaboradas por 
força de disposições legais, contratuais ou estatutárias. 
 Em atendimento a legislação fiscal, o Balanço ou Balancete levantado trimestralmente 
pelas pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real deverá ser transcrito no livro Diário ou, 
opcionalmente, no Livro de Apuração do Lucro Real (artigo 274, § 2º, do Decreto nº 
3.000/1999 - RIR/1999). No caso de Balanço ou Balancete levantado para efeito de 
suspensão ou redução da estimativa a transcrição no livro Diário deverá ser feito até a 
data fixada para pagamento do Imposto de Renda do respectivo mês (artigo 49, § 4º, II, 
da IN RFB nº 1700/2017). 
 A transcrição do Balanço ou Balancete no Lalur será dispensada se a pessoa jurídica 
houver apresentado a Escrituração Contábil Digital (ECD) (artigo 8º, III, IN RFB nº 
1.774/2017). 
1.2 Procedimentos para consolidação 
Conforme o CPC 36, as demonstrações consolidadas devem: 
 
“(a) combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, 
despesas e fluxos de caixa da controladora com os de suas controladas; 
(b) compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em 
cada controlada e a parcela da controladora no patrimônio líquido de cada 
controlada (o Pronunciamento Técnico CPC 15 explica como contabilizar 
qualquer ágio correspondente); 
eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, 
despesas e fluxos de caixa intragrupo relacionados a transações entre 
entidades do grupo (resultados decorrentes de transações intragrupo que 
sejam reconhecidos em ativos, tais como estoques e ativos fixos, são 
eliminados integralmente). Os prejuízos intragrupo podem indicar uma 
redução no valor recuperável de ativos, que exige o seu reconhecimento nas 
demonstrações consolidadas. O Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404consol.htm#art249
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1426.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1426.pdf
http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1330.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm#art274
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm#art274
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81268#art49
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81268#art49
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=88912#art8
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=88912#art8
8 
8 
 
sobre o Lucro se aplica a diferenças temporárias, que surgem da eliminação 
de lucros e prejuízos resultantes de transações intragrupo. temporárias, que 
surgem da eliminação de lucros e prejuízos resultantes de transações 
intragrupo.” 
 
1.3 Elaboração das demonstrações contábeis 
 
 “De acordo com o CPC 36, no item B86 exigem os seguintes procedimentos: 
 - combinar itens similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e 
fluxos de caixa da controladora com os de suas controladas; 
- compensar (eliminar) o valor contábil do investimento da controladora em cada 
controlada e a parcela da controladora no patrimônio líquido de cada controlada (o 
Pronunciamento Técnico CPC 15 explica como contabilizar qualquer ágio 
correspondente); 
- eliminar integralmente ativos e passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos 
de caixa intragrupo relacionados a transações entre entidades do grupo (resultados 
decorrentes de transações intragrupo que sejam reconhecidos em ativos, tais como 
estoques e ativos fixos, são eliminados integralmente). Os prejuízos intragrupo podem 
indicar uma redução no valor recuperável de ativos, que exige o seu reconhecimento nas 
demonstrações consolidadas. O Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o 
Lucro se aplica a diferenças temporárias, que surgem da eliminação de lucros e 
prejuízos resultantes de transações intragrupo. 
 Processo da consolidação: Os procedimentos são de responsabilidade da 
empresa controladora, e que poderá ser feita de modo manual ou eletrônico com os 
registros das movimentações nos livros diários e razão, sem alterar os saldos das 
empresas de origem; ou em papeis de trabalhos adequadamente reservados para o 
processo da consolidação. 
 O processo usual é agrupar na horizontal os saldo das respectivas empresas com 
uma coluna das eliminações, apresentando o saldo consolidado. O software Excel é muito 
utilizado para o agrupamento dos dados, facilitando as eliminações em comuns entre as 
empresas do grupo.” 
 
 O item B86 do CPC 36 estabelece os procedimentos a serem seguidos na 
consolidação das demonstrações financeiras, incluindo a combinação de itens similares, 
a eliminação do investimento e do patrimônio líquido das controladas, a eliminação de 
ativos, passivos, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo, e a aplicação do CPC 
32 - Tributos sobre o Lucro para tratar de diferenças temporárias relacionadas a 
transações intragrupo. Esses procedimentos visam apresentar informações financeiras 
9 
9 
 
consolidadas que reflitam a realidade econômica do grupo como um todo 
 Os procedimentos de consolidação. É verdade que a empresa controladora é 
responsável pelo processo de consolidação e pode optar por realizá-lo de forma manual 
ou eletrônica, utilizando registros nos livros diários e razão ou papeis de trabalho 
específicos para o processo de consolidação. 
 O uso do software Excel pode ser uma ferramenta útil para o agrupamento dos dados 
e facilitar as eliminações de transações internas entre as empresas do grupo. É comum 
utilizar colunas adicionais para as eliminações, a fim de apresentar o saldo consolidado 
após ajustes adequados nos saldos das empresas de origem. 
 É importante que o processo de consolidação seja revisado e auditado por um auditor 
independente para garantir a precisão e conformidade com os padrões contábeis 
aplicáveis. As divulgações adequadas nas notas explicativas das demonstrações 
financeiras consolidadas também são essenciais para fornecer informações relevantes 
aos usuários das demonstrações financeiras. 
 
2. NOTAS EXPLICATIVAS 
A nota explicativa é uma ferramenta de complementação das demonstrações 
financeiras de uma entidade, e mesmo sendo simples, é um instrumento de grande 
utilidade para o leitor interno, mas principalmente para o leitor externo. Por isso a nota 
explicativa deve ser elaborada com uma linguagem de fácil compreensão, para 
possibilitar a leitura de qualquer pessoa. 
A lei 6.404/76, tambémconhecida como lei das sociedades anônimas, a partir 
de seu parágrafo 4º do artigo 176, obriga a apresentação das notas explicativas como 
meio de complementar as demonstrações contábeis da empresa. Tendo o importante 
papel de trazer respostas para os questionamentos que não tem soluções somente 
ao examinar os demonstrativos. 
10 
10 
 
Como um instrumento de muita importância existem pontos a serem cumpridos 
na elaboração das notas explicativas, tais como: 
• Critérios de avaliação dos elementos patrimoniais relacionados a estoques, 
depreciação, amortização, exaustão e provisões; 
• Investimentos em outras empresas; 
 
• Aumento de valores de elementos do ativo gerado por novas avaliações; 
 
• Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a 
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
• Informações pertinentes sobre as obrigações de longo prazo, como os juros 
incidentes e as datas de início e fim; 
• O número, espécies e classes das ações do capital social; 
 
• As maneiras possíveis de compra de ações no exercício; 
 
• Os ajustes dos exercícios anteriores; 
 
• Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, 
ou possam vir a ter, efeitos relevantes à situação financeira e os resultados 
futuros da empresa. 
11 
11 
 
3. ANALISES DAS DEMONSTRAÇOES FINANCEIRAS 
Para MATARAZZO “A Análise de Balanços objetiva extrair informações das 
Demostrações Financeiras para a tomada de decisões “ 
As Demostrações contabeis fornecem uma série de dados sobre a empresa, de 
acordo com regras contábeis. A Análise de Balanços transforma esses dados em 
informações e será tanto mais eficiente quanto melhores informações produzir. 
 Matarazzo (2010) A análise das demonstrações contábeis, elaborada de forma 
mais sistematizada e organizada, originou-se e desenvolveu-se dentro do sistema 
bancário. Cronologicamente, sua origem ocorreu ao final do século XX, quando alguns 
banqueiros americanos passaram a solicitar dados financeiros às empresas que estavam 
pleiteando empréstimos. 
 
Segundo MATARAZZO (2010), as demonstrações financeiras são compostas por: 
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração de Lucros 
ou Prejuízos Acumulados, que poderá ser substituída pela Demonstração das Mutações 
do Patrimônio Líquido e Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
 
A Lei das sociedades por ações (Lei nº. 6.404/76 – modificada pelas Leis nº. 
11.638/07 e 11.941/09) determina a estrutura básica das quatro demonstrações 
financeiras mencionadas anteriormente. A Lei 6404/76, em seu artigo 178 rege que os 
grupos deveriam estar determinados pelo grupo Ativo, dividido em Ativo Circulante, Ativo 
Realizável a Longo Prazo, Ativo Permanente, esse último com subgrupos denominados 
pela lei de Investimentos, Imobilizado e Diferido, e por consequência o grupo Passivo, 
dividido em Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo, Resultados de Exercícios 
Futuros e Patrimônio Líquido dividido em capital social, reservas de capital, reservas de 
reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulado se com critérios contábeis 
regrados aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e diversas normas tributárias. 
 
1. BALANÇO PATRIMONIAL 
 
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa 
e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da 
Entidade. No balanço patrimonial, as contas deverão ser classificadas segundo os 
elementos do patrimônio que registrem eagrupadas de modo a facilitar o conhecimento e 
a análise da situação financeira da empresa. De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 
12 
12 
 
6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos 
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, para fins de 
comparação. O Balanço Patrimonial é a demonstração que apresenta todos os bens e 
direitos da empresa (Ativo) assim como as obrigações (Passivo Exigível), em determinada 
data. A diferença entre Ativo e Passivo é chamado Patrimônio Líquido e representa o 
Capital Investido pelos proprietários da empresa, quer através de recursos trazidos de fora 
da empresa, quer gerados por esta em suas operações e retidos internamente 
(MATARAZZO, 2010). 
 
1.2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
A demonstração do resultado mede o desempenho ao longo de um determinado 
período, geralmente um trimestre ou um ano. A Demonstração de Resultado do Exercício 
é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas 
operações da empresa. As receitas representam aumento do Ativo, através de ingresso 
de novos elementos. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas 
representam redução do Patrimônio Líquido, pode ser por redução do Ativo ou aumento 
do Passivo Exigível. Conforme ressaltado por Matarazzo (2010), a demonstração do 
resultado retrata apenas o fluxo econômico e não o fluxo monetário (fluxo de dinheiro). 
Para a Demonstração do Resultado não importa se uma receita ou despesa tem reflexos 
em dinheiro, basta apenas que aafete o Patrimônio Líquido. 
Como as modificações no Patrimônio Líquido produzidas por receitas e despesas 
afetam a riqueza dos proprietários, elas são retratadas na Demonstração do Resultado 
que é uma peça de caráter eminentemente econômico e não financeiro. (MATARAZZO, 
2010). 
 
1.3 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (DMPL) 
 
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresenta as variações de 
todas as contas do Patrimônio Líquido ocorridas entre dois balanços, independentemente 
da origem da variação, seja ela proveniente de aumento de capital mediante novos aportes 
ou de incorporação de lucros gerados no exercício, ou de simples transferência entre 
contas, dentro do próprio Patrimônio Líquido. Segundo Matarazzo (2010), “a 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido não costuma ser analisado no sentido 
tradicional em que o são o Balanço e a Demonstração do Resultado do Exercício”. 
13 
13 
 
1.4 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (DFC) 
 
A demonstração dos fluxos de caixa mostra as fontes e aplicações verificadas 
durante o exercício e que resultam afinal na variação do saldo de caixa. A DFC passou a 
ser exigida das empresas norte-americanas em 1987, com a emissão do Statement of 
Financial Accounting Standards No. 95 - Statement of Cash Flows1 (SFAS No. 95). Após 
esse momento surgiram alterações introduzidas por meio de instruções subsequentes3 , 
porém restritas à classificação de transações e eventos específicos. Além disso, outros 
países anglo-saxônicos seguiram a iniciativa do Financial Accounting Standards Board 
(FASB) e instituíram também a obrigatoriedade dessa demonstração, como Canadá, 
Reino Unido e Irlanda do Norte, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, cada qual com 
pequenas diferenças relativas. O SFAS No. 95 determinou os procedimentos e critérios 
de exposição da DFC, com a adoção de um formato por atividades. Braga & Marques 
(2001) destacaram os principais aspectos da norma, conforme abaixo: 
 
Para fins de elaboração da demonstração, "caixa" inclui dinheiro em mãos, contas 
bancárias não vinculadas e aplicações financeiras adquiridas até três meses antes do 
vencimento. Títulos mantidos pela empresa quando de trêsmeses do resgate não são 
incluídos, somente os adquiridos até esse prazo limite; 
• O relatório deve ser exposto por fluxos de atividades. As atividades 
operacionais, de financiamento e de investimento foram; 
• O somatório dos fluxos das atividades, adicionado ao saldo inicial de 
caixa mostrado no balanço patrimonial (disponibilidades), deriva seu saldo ao final 
do período; 
• As transações e eventos que não afetam o caixa no momento 
presente, mas que significam atividades de financiamento e investimento, devem 
ser expostos emnotas explicativas de modo a permitir aos usuários avaliações de 
fluxos futuros de caixa. Por exemplo, o arrendamento mercantil de equipamentos 
industriais não afeta o fluxo atual de caixa, todavia certamente implicará em saídas 
futuras de caixa devido aos pagamentos do principal e juros da dívida; 
• Foi encorajada a adoção do método direto para derivação do fluxo 
de caixa das atividades operacionais, sendo, porém permitido o método indireto. 
De acordo com Matarazzo (2010), através da DFC “é possível conhecer como 
fluíram os recursos ao longo de um exercício: quais foram os recursos obtidos, qual a 
participação das transações comerciais no total de recursos gerados, como foram 
14 
14 
 
aplicados os novos recursos, entre outros”. 
A demonstração do Fluxo de Caixa visa permitir a análise do aspecto financeiro da 
empresa, tanto no que diz respeito ao movimento e investimentos e financiamentos quanto 
relativamente à administração da empresa sob o ângulo de obter e aplicar 
compativelmente os recursos (MATARAZZO, 2010). 
Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às 
demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. O relatório de 
fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas: 
I - Atividades Operacionais; 
II - Atividades de Investimento; 
 III - Atividades de Financiamento. 
 
3.1 Analise horizontal e vertical de NOVEMBRO E DEZEMBRO 
 A análise vertical e horizontal são formas de entender a dinâmica das operações 
de um negócio. 
 Em resumo, a análise vertical visa descobrir qual o percentual que cada setor da 
empresa corresponde nos resultados. 
 Por outro lado, a análise horizontal tem como foco a evolução dos resultados da 
companhia ao longo do tempo. 
 Sendo assim, os dois tipos de análises podem ser usados por empresários e 
investidores para analisar uma empresa. 
 Isso porque elas ajudam nas tomadas de decisões, pois possibilitam a compreensão 
de como está a evolução de um negócio. 
 Portanto, elas ajudam nas tomadas de decisões e de investimento. É por isso que 
conhecer e saber fazer os dois tipos de análises é muito importante. 
 Sendo assim, os dois tipos de análises podem ser usados por empresários e 
investidores para analisar uma empresa. 
 Isso porque elas ajudam nas tomadas de decisões, pois possibilitam a compreensão 
de como está a evolução de um negócio. 
 Portanto, elas ajudam nas tomadas de decisões e de investimento. É por isso que 
conhecer e saber fazer os dois tipos de análises é muito importante. 
Como funciona a análise vertical? 
 A análise vertical busca descobrir qual o percentual que cada setor da empresa 
corresponde nos resultados. 
15 
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 Também conhecida como análise de estrutura, ela faz uma análise em um mesmo 
período de tempo. 
 Sendo que ela ocorre de baixo para cima ou de cima para baixo, de forma vertical. 
Portanto, a apresentação dos resultados é em formato de cascata. 
 Em resumo, ela analisa o balanço patrimonial e informa qual é a representatividade de 
cada ativo nos resultados da empresa. 
 Além disso, ela também pode ser usada no demonstrativo de resultados para mostrar a 
participação de cada uma nos lucros e prejuízos do período. 
Na prática 
O cálculo da análise vertical é bem simples. A sua fórmula é: 
AV = ( valor do item / valor da base de cálculo ) x 100 
Sendo que os valores são expressos em porcentagem. Para ficar mais fácil entender a 
fórmula, vamos usar um exemplo. 
Suponhamos que uma empresa tem um total de ativos de R$ 1,45 milhões e quer saber 
qual é a parcela de ativos circulantes dentro desse montante, sendo que eles 
correspondem a R$ 580 mil. 
Desse modo, o cálculo é: 
AV = ( 580.000 / 1.450.000 ) x 100 = 40% 
Portanto, o ativo circulante corresponde a 40% do total de ativos da empresa. Sendo 
assim, se a companhia precisar de dinheiro em caixa rapidamente, ela pode contar com 
uma parcela considerável do total de ativos que tem. 
Como funciona a análise horizontal? 
A análise horizontal tem como foco a evolução dos resultados da companhia ao longo do 
tempo. 
Inclusive, é por isso que ela é chamada de análise horizontal, pois, é feita uma avaliação 
seguindo a “linha do tempo”, comparando os valores atuais com períodos anteriores. 
Ou seja, a ideia é coletar elementos semelhantes, dentro de exercícios diferentes. Com 
isso, é possível verificar a progressão de cada conta, o que possibilita a análise. 
Na prática 
O cálculo da análise horizontal é bem simples. A sua fórmula é: 
AH = [ ( valor atual / valor base ) – 1 ] x 100 
Sendo que os resultados são apresentados em porcentagem. 
16 
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Um detalhe importante é que o valor atual é representado pelo último resultado da 
empresa. Já o valor de base é o valor anterior do mesmo parâmetro. 
Por exemplo, vamos imaginar que o balanço patrimonial de uma empresa no ano de 2018 
foi de R$ 36.519,00 e, em 2019, foi de R$ 32.342,00. Sendo assim, temos: 
AH = [ ( 32.342 / 36.519 ) – 1 ] x 100 = – 11,4% 
Como no exemplo o resultado foi negativo, podemos dizer que ocorreu uma queda de 
11,4% no balanço patrimonial de um ano para o outro. 
Por outro lado, quando os valores são positivos, significa que a empresa atingiu um 
resultado bom, que indica crescimento. 
Quais são as diferenças entre as análises verticais e horizontais? 
Os dois tipos de análise são usados com o intuito de verificar a dinâmica das operações 
de uma empresa. Apesar de terem focos diferentes, as duas são complementares e 
devem ser usadas em conjunto. 
Nesse sentido, a análise vertical serve para verificar o percentual de representatividade 
de cada setor da empresa. 
Com isso, ela ajuda na análise dos resultados de forma separada e a influência deles no 
resultado final. 
Por outro lado, a análise horizontal serve para constatar a evolução dos resultados da 
empresa ao longo de um certo período, que pode ser mensal, semestral ou anual de 
acordo com as necessidades da empresa. 
Na prática, uma empresa pode usar a análise vertical para estudar o desempenho de suas 
unidades em diferentes países, por exemplo. 
Enquanto isso, a análise horizontal possibilita que cada uma dessas unidades tenha o seu 
desempenho avaliado ao longo de um ano. 
Além disso, essas análises podem ser aplicadas em vários demonstrativos financeiros de 
uma empresa como, por exemplo, balanço patrimonial, demonstrativo de resultados do 
exercício e fluxo de caixa. 
Com isso, é possível ter uma ideia mais clara do cenário real da empresa e usar isso como 
base nas decisões de gestão da empresa. 
Quais são as outros tipos além da análise vertical e horizontal? 
Existem várias formas de analisar a evolução de uma empresa ao longo do tempo. Por 
exemplo, existem indicadores que levam em conta fatores como liquidez, rentabilidade, 
lucratividade ou obrigações contábeis. 
Independente da forma usada, o importante para o gestor é manter o controle das 
informações financeiras da empresa. Isso porque elas ajudam no crescimento estruturado 
e ajudam nas tomadas de decisão. 
 
17 
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3.2 Analise através de Índices de NOVEMBRO E DEZEMBRO 
Segundo Athar (2005), trata-se de uma metodo de analise onde dois valores patrimoniais 
são comparados , dividindo um pelo outro . nesta forma é estabelicida uma relação entre 
os dois fatores das demostrações contábeis, que indicam quantas vezes um valor contém 
o outro , ou a proporcionalidade de um em relação ao outro. 
Para obtermos resultados melhores , devemos seguir alguns procedimentos : 
a) Verificar se as demonstrações contábeis estão sendo apresentadas em moedas do 
memso poder aquisitivo; 
b) Reclassificação de algumas contas do balanço patrimonial eda DRE. 
 
Os indices econômicos-financeiros demosntram – se serem de grande auxilio na 
tomada de decisão , pois além de demosntrarem a situação passada , podem 
projetar o futuro, trazendo facilidadepara um bom planejamento e orçamento , 
reflentindo no desempenho das cias . 
 
A análise econômico-financeira utiliza dados e informações contábeis para 
diagnosticar a exata situação em que se encontra a empresa. Já em um segundo 
momento, projeta o futuro, através dos elementos patrimoniais e de resultados 
extraídos das demonstrações financeiras, tornando possível definir decisões a 
serem tomadas sobre questões de curto, médio e longo prazo (ZDANOWICZ, 
2012). 
 
Constata-se que a aplicabilidade da análise econômico-financeira em uma 
organização torna possível identificar se os resultados são os esperados pela 
gestão. Logo, verifica-se a importância da validação periódica dos tipos de análise 
que serão apresentadas a seguir. 
 
A análise econômico-financeira pode ser efetuada através dos índices de liquidez, 
endividamento e rentabilidade. 
 
Indices de liquidez 
 
Os índices de liquidez são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da 
empresa, demonstram se a empresa tem capacidade para saldar seus 
compromissos. Esta capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando 
18 
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longo prazo, curto prazo e prazo imediato. De acordo Zdanowicz (2012, p. 68), 
“liquidez é a capacidade financeira que a empresa tem para pagar os 
compromissos assumidos com terceiros em dia” 
 
A análise de liquidez é realizada através de quocientes. Os índices de liquidez, 
usualmente utilizados são: imediata, seca, corrente e total. Eles relacionam os 
bens e direitos com as obrigações da empresa, por intermédio de uma operação 
de divisão. Afirma-se que os índices de liquidez medem o quanto a organização 
tem para cada unidade monetária que ela deve a terceiros (ZDANOWICZ, 2012, 
p. 70). 
As informações para realizar os cálculos e as análises são extraídos do balanço 
patrimonial. Os indicadores de liquidez têm por objetivo avaliar a capacidade de 
pagamento da empresa no período em análise. 
 A elaboração destes indicadores atenderá os usuários internos e externos, 
denominados stakeholders, em especial aos credores, para avaliação de riscos 
no momento da concessão de empréstimos. Sendo assim, estes indicadores 
tornam-se relevantes para a avaliação e projeção da capacidade financeira da 
empresa no curto e longo prazo 
 
 Liquidez Imediata 
 
O índice de liquidez imediata é utilizado para evidenciar os recursos que estão 
disponíveis para saldar os compromissos de curto prazo da empresa, utilizando 
de suas disponibilidades. 
Esse indicador informa o quanto de dívidas em curto prazo da empresa pode ser 
saldado de imediato, ou seja, utilizando-se somente as suas disponibilidades 
(caixa, bancos e aplicações financeiras de pronto resgate) existente no momento 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Equação de liquidez imediata : 
 
 
 
A liquidez imediata examina a capacidade de pagamento das obrigações da empresa 
a curto prazo, utilizando de suas disponibilidades. Através desta equação, pode-
se dar início à análise dos indicadores da empresa. Vale ressaltar que um índice 
isolado possui poucas informações para tomada de decisão 
 
 Liquidez seca 
 
O índice de liquidez seca tem como objetivo verificar a capacidade de pagamento da 
empresa no curto prazo, sem levar em consideração os valores de estoques, por 
serem elementos menos líquidos do ativo circulante. Nesse sentido, Zdanowicz 
(2012, p. 72) esclarece que a liquidez seca informa a capacidade financeira da 
empresa em pagar suas obrigações de curto prazo, valendo-se dos seus ativos 
mais líquidos no período considerando, ou seja, as disponibilidades e os valores 
a receber líquidos de vendas (os recebíeis). O índice de liquidez seca é calculado 
pela seguinte fórmula: 
 
 
O índice de liquidez seca aponta a capacidade financeira da empresa pagar suas 
obrigações de curto prazo, utilizando dos seus ativos mais líquidos no período. 
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 Liquidez corrente 
 O índice de liquidez corrente é utilizado para evidenciar o quando a empresa possui 
de bens e direitos circulantes de curto prazo (Ativo circulante), para cumprir com 
suas obrigações de curto prazo (Passivo Circulante). 
O índice mais utilizado para avaliar a exposição à dívida representada no balanço 
patrimonial é o índice de liquidez corrente. Ela relaciona os ativos circulantes com 
os passivos circulantes e é uma tentativa de demonstrar a segurança dos direitos 
dos possuidores da dívida atual no caso de inadimplência. 
 
O índice de liquidez corrente (Lc) é calculado pela seguinte fórmula: 
 
 
 
 
A liquidez corrente é a confrontação do ativo circulante com o passivo circulante, 
evidenciando se a organização possui recursos suficientes para fazer frente a 
suas obrigações de curto prazo. Neste sentido, Silva (2012, p. 271) afirma que 
“alguns autores mencionam que o índice tem que ser maior que 1 (um), outros 
consideram que acima de 1,5 (um e meio) já é muito bom”. 
 
 Liquidez total 
 
A liquidez total considera quanto a empresa possui de bens e direito realizáveis no 
curto e longo prazo, para fazer frente a suas obrigações de curto e longo prazo. 
No dizer de Zdanowicz (2012, p. 73): A liquidez total é também denominada por 
liquidez geral. A Liquidez total informa a situação financeiras da empresa de longo 
prazo, ou seja, é a relação entre a totalidade dos capitais circulantes próprios de 
curto e longo prazo da organização (exceto os itens do Ativo Fixo) em relação ao 
21 
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conjunto dos capitais de terceiros captados pela empresa. O cálculo da Liquidez 
total (Lt) é realizado através da seguinte fórmula: 
 
 
 
A liquidez total aponta quanto a empresa tem de recursos financeiros, sem envolver 
seu ativo permanente para saldar suas obrigações com terceiros de curto e longo 
prazo. Este índice é o mais interessante para a empresa avaliar sua situação 
financeira sem envolver os ativos fixos. 
 Índices de Endividamento 
Os índices de endividamento apontam se a empresa é financiada por capitais de 
terceiros ou por capitais próprios. Através destes, analisa-se se a dívida da 
empresa possui seu vencimento no curto ou longo prazo. 
 
 Índice de Participação de Capitais de Terceiros (PCT) 
 
O indicador de garantia de capital de terceiros demonstra a proporção do capital de 
terceiros sobre o capital próprio, informando se a empresa tem dependência ou 
não de recursos de terceiros para viabilizar suas atividades (ZDANOWICZ, 2012). 
Este índice representa o percentual de capital de terceiros sobre o total do 
passivo. Sendo seu cálculo efetuado através da seguinte fórmula: 
 
 
 
 
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O Passivo compreende a origem dos recursos, representado pelas obrigações com 
capitais de terceiros e próprio. Desta forma, este índice procura evidenciar qual o 
valor da Participação de Capitais de Terceiros sobre o valor total do passivo. 
 
 Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros – (GCPCT) 
 
 O índice Garantia do Capital Próprio ao Capital de Terceiros indica o montante do 
Patrimônio Líquido (PL) em relação ao Passivo Exigível. Sendo, seu cálculo 
efetuado através da seguinte fórmula: 
 
 
 
Este indicador vai demonstrar se empresa é dependente ou não de capital de 
terceiros para executar suas atividades. Para Zdanowicz (2012), se o resultado 
for inferior que a unidade, significa que há uma participação maior de capitais de 
terceiros, verificando-se, nesta situação, que a empresa está alavancando seu 
negócio com capitais alheios. 
 
 
Composição do Endividamento (CE) 
 
O indicador de composição de endividamento demonstra quanto da dívida da 
empresa deverá ser pago no curto e longo prazo, analisando sobre o total das 
obrigações da empresa. O cálculo será efetuado através da seguinte equação: 
 
 
23 
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O índice de composição do endividamento mostra as características do 
endividamento da empresa quanto ao vencimento das suas obrigações. Quantomais dívidas para pagar em curto prazo, maior será a necessidade de a empresa 
gerar recursos para honrar seus compromissos. 
 
Índices de Rentabilidade 
 
Os índices de rentabilidade procuram demonstrar o resultado das operações 
realizada pela empresa, evidenciando qual foi a rentabilidade sobre os capitais 
investidos. É um dos principais indicadores de desempenho de um negócio. 
 
 Taxa de Retorno Sobre o investimento - TRI 
 
A Taxa de Retorno sobre o Investimento – TRI – mede a eficácia da administração 
de uma empresa em termos de geração de lucros com os ativos disponíveis 
(GITMAN, 2004). O cálculo da taxa de retorno sobre o investimento ocorre através 
da seguinte fórmula: 
 
 
 
A TRI vai apontar o período que a empresa necessita para obter o retorno de seu 
investimento. É por meio desta taxa que o investidor pode analisar se é viável 
investir ou não em uma empresa. 
 
 Taxa de Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (TRPL) 
 
O índice de rentabilidade do patrimônio líquido tem objetivo de demonstrar para o 
acionista o retorno obtido sobre o capital investimento. O cálculo do retorno sobre 
o patrimônio líquido será efetuado através da seguinte fórmula: 
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Este indicador vai medir a performance da empresa, mostrando se ela está ou não 
gerando rentabilidade aos seus acionistas. Os indicadores de rentabilidade têm a 
função de proporcionar ao acionista a visão da sua empesa diante do mercado 
onde a mesma está inserida e ainda comparar se o retorno está sendo maior que 
outros investimentos existentes no mercado financeiro, como por exemplo: 
poupança, Certificado de Depósito Bancários (CDB), Tesouro Direto, Letra de 
Crédito Imobiliário (LCA) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Através desta 
análise, o acionista pode verificar a viabilidade de seu investimento e tomar a 
decisão se continua ou encerra as suas atividades. 
 
3.3 Análise da Necessidade de Capital de Giro (NCG) de NOVEMBRO E 
DEZEMBRO 
De acordo com Padoveze (2010), este índice mostra a velocidade com que o estoque se 
transforma em produção vendida. Conforme Braga (2008, p. 126), “nas indústrias, o 
prazo médio de estocagem engloba as matérias-primas e outros materiais de produção, 
como também os produtos em elaboração e acabados”. Outra forma de analisar a 
movimentação dos estoques é através do giro dos estoques. Para Gitman (2004, p. 47), 
o giro dos estoques mede a atividade, ou Liquidez, dos estoques da empresa. Esta 
afirmação também é encontrada no estudo de Padoveze (2010), onde aponta que esse 
indicador mostra quantas vezes o estoque girou em um determinado período. É 
calculado como segue: 
 
GIRO DE ESTOQUE = CMV (CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 
 ESTOQUE 
Ao analisar a formula o índice do giro de estoque, seu resultado apurado irá representar 
a quantidade de vezes que o estoque girar. Conforme Iudícibus (2010, p. 110), “este 
25 
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quociente, muito divulgado, procura (mensurado pelo c usto das vendas) 
representar quantas vezes se “renovou” o estoque por causa das vendas”. 
A Necessidade de Capital de Giro (NCG) é o valor mínimo que uma empresa precisa ter 
de dinheiro em seu caixa para garantir que sua operação (compra, produção e venda de 
produtos ou serviços) não pare por falta de recursos. 
Para saber como calcular a necessidade de Capital de Giro (NCG) de uma empresa, o 
primeiro passo é conhecer bem os Prazos Médios de Pagamento e Recebimento: 
• Prazos Médios de Pagamento: é o tempo entre a data da compra e o 
pagamento efetivo ao fornecedor. Por exemplo, se sua empresa compra 
matérias-primas e paga seu fornecedor em duas vezes (1+1), seu prazo 
médio de pagamento vai ser de 50% a vista e 50% em 30 dias; 
• Prazos Médios de Recebimento: é o tempo entre a venda e o efetivo 
recebimento do dinheiro. Por exemplo, se sua empresa vende parcelado em 
3x sem entrada, seu prazo médio de recebimento vai ser de 33% em 30 dias, 
33% em 60 dias e 34% em 90 dias. 
Ou seja, se os Prazos Médios de Pagamento que a empresa tem com seus 
fornecedores for maior que os Prazos Médios de Recebimento que dá a seus clientes, 
provavelmente não terá grande necessidade de Capital de Giro (NCG). É o que 
chamamos de “empresa financiada pelos clientes” ou também Necessidade de Capital 
de Giro Positiva. 
Já se a situação for oposta, com os Prazos Médios de Recebimento maiores que os 
Prazos Médios de Pagamento, então a empresa estará pagando seus fornecedores 
antes de receber de seus clientes, e precisará então de um maior volume de Capital de 
Giro, seja com capital próprio (aportado pelos sócios e investidores) ou de terceiros 
(bancos ou outras fontes de financiamento). 
Outra forma de análise da Necessidade de Capital de Giro é estudar os grupos de Ativo 
e Passivo Circulante no Balanço Patrimonial: 
• Ativo Circulante Operacional: corresponde aos direitos da empresa 
oriundos das atividades operacionais tais como: clientes, estoques, ICMS a 
recuperar, adiantamentos a fornecedores, despesas operacionais 
antecipadas, entre outros. 
• Passivo Circulante Operacional: corresponde as obrigações da empresa 
oriundas das atividades operacionais da empresa, tais como: salários a 
pagar, ICMS a recolher, duplicatas a pagar, provisões para IR, entre outras. 
https://www.treasy.com.br/blog/balanco-patrimonial
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NCG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional 
Existe ainda uma outra maneira de calcular a Necessidade de Capital de Giro, que não 
traz um resultado em termos financeiros, mas em período de tempo, pois mira no ciclo 
de caixa da empresa. 
Nesse caso, você deve subtrair os Prazos Médios de Recebimento (tempo entre a venda 
ao cliente e o efetivo recebimento do dinheiro) pelos Prazos Médios de 
Pagamento (tempo entre a compra e o pagamento ao fornecedor). A fórmula fica assim: 
NCG = Prazos Médios de Recebimento – Prazos Médios de Pagamento 
Mas, antes de pegar a calculadora, você deve fazer um levantamento correto e 
minucioso sobre os números da empresa. Afinal, você precisa saber quais são as 
suas contas, os seus ativos e passivos, os seus prazos, entre outros detalhes que, se 
estiverem errados ou incompletos, não mostrarão a realidade do seu negócio. 
 
Importância da Gestão de Capital de Giro 
E não basta apenas calcular a NCG, é preciso de uma interpretação da necessidade de 
Capital de Giro, levando em consideração não só os resultados, mas também a 
estratégia geral da empresa: 
NCG negativo 
O resultado do cálculo de necessidade de capital de giro negativo só pode significar 
uma coisa: a empresa precisa de entrada de capital financeiro de fora. Esse valor que o 
negócio precisa será para ajustar o financeiro. Dando fôlego para que seja possível 
pagar as contas da empresa e fazer o financeiro voltar a girar. 
NCG positivo 
Quando o cálculo da NCG resultar em um valor positivo, não existe necessidade de 
capital de giro externo. Inclusive, o produto deste cálculo será o quanto sua empresa 
terá para investir. Seja em outros negócios, em novos maquinários ou também melhorias 
na infraestrutura, por exemplo. 
Mesmo que a empresa tenha uma operação rentável, lucrativa e trabalhe com 
boas margens de lucro, a administração eficiente do Capital de Giro é fundamental para 
manter o Fluxo de Caixa da empresa “saudável”. 
Portanto, administrar quanto é preciso de Capital de Giro para sua empresa significa 
avaliar o momento atual da empresa, se falta ou sobra recursos financeiros e os reflexos 
gerados por decisões tomadas em relação a compras, vendas. Isto é fundamental para a 
continuidade e saúde do negócio, principalmente em ramos que trabalham com margens 
mais baixas e não podem “financiar seus clientes”. 
 
 
https://www.treasy.com.br/blog/rentabilidade-x-lucratividade-voce-sabe-a-diferenca
https://www.treasy.com.br/blog/como-calcular-a-margem-de-contribuicao-de-seus-produtoshttps://www.treasy.com.br/blog/projecao-de-fluxo-de-caixa
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27 
 
Qual a importância de medir a necessidade de capital de giro? 
Depois de todos esses cálculos feitos e todas as análises, é possível entender o que sua 
empresa está precisando. 
Sem essa análise, não é possível identificar para onde sua empresa está indo. E sem 
essa informação, não será possível contornar a posição que o negócio se encontra. Seja 
ela uma posição negativa ou estagnada. 
Caso se encontre em uma situação em que o resultado do cálculo de NCG seja 
negativo, será preciso a busca por empréstimos. O que vem com juros altos e longos 
prazos. 
E mesmo que a sua NCG esteja positiva, nem sempre quer dizer algo bom. Sua 
empresa pode não estar no vermelho, mas também pode não estar crescendo o que 
pode crescer. Um resultado positivo no cálculo da NCG abre espaço para novos 
investimentos. Basta identificar em que área será mais rentável e, se ela se encaixa na 
sua área de conhecimento. 
 
RELAÇÃO ENTRE CAPITAL DE GIRO E LIQUIDEZ 
Segundo Berti, (1999, p. 35), “uma das razões para se calcular o capital de giro é a 
necessidade de recursos para saldar as obrigações, e os indicadores de liquidez 
mostram exatamente a capacidade de pagamento”. Como os indicadores de liquidez 
referem-se à solvência da situação financeira global da empresa, ou seja, a facilidade 
com a qual ela pode pagar suas contas, eles tornam-se instrumentos muito utilizados 
para tomada de decisões. 
2.3.1 CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (CGL) O capital de giro líquido (CGL) ou capital 
circulante líquido (CCL) é um importante indicador de liquidez, porém deve ser tratado 
de acordo com as características operacionais de cada empresa. Contabilmente, capital 
de giro líquido é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, conforme a 
fórmula a seguir: 
CGL = AC - PC 
O CDG (ou CGL) também pode ser calculado pela diferença entre passivos não 
circulantes (PNC) e ativos não circulantes (ANC), conforme a fórmula a seguir: 
CDG = PNC - ANC 
A intenção de se calcular o capital de giro através da diferença entre as fontes de longo 
prazo (passivos não circulantes) e as aplicações de longo prazo (ativos não circulantes) 
é a de demonstrar que o CDG representa uma fonte de recursos permanente, usada 
para financiar as necessidades de capital de giro da empresa. 
É importante destacar que o objetivo de se administrar a questão financeira no curto 
prazo é gerenciar cada um dos itens do ativo circulante e do passivo circulante no intuito 
de se chegar a um equilíbrio entre a lucratividade e o risco, contribuindo para que valor 
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da empresa seja maximizado. Caso haja um investimento muito alto em ativos 
circulantes a lucratividade decresce. Em contrapartida, um investimento 
demasiadamente baixo aumenta o risco de a organização não conseguir cumprir com 
suas obrigações nos prazos pré-estabelecidos. Em ambos os casos há redução de valor 
da empresa. 
 
Fundamentação teórica sobre a determinação da NCG, as causas da modificação 
da NCG e as fontes de financiamento da NCG 
A necessidade de capital de giro de acordo com o balanço patrimonial 
O jeito mais simples de calcular a NCG ainda é utilizando o balanço patrimonial, de 
maneira semelhante ao que acontece com o cálculo do capital de giro em si. Nesses 
casos, entretanto, deve-se considerar o valor das contas a receber e das contas a pagar, 
estoque, os valores em caixa e no banco (além de empréstimos, se houver). 
Vale dizer que as contas a receber são os valores que serão pagos pelos clientes 
referentes a compras parceladas; já as contas a pagar dizem respeito às contas que 
serão pagas aos fornecedores, normalmente com prazo menor do que as que serão 
recebidas. 
Estoques, dívidas de terceiros para com a empresa de curto prazo, caixa e depósitos 
bancários, por exemplo, constituem o Ativo Circulante – bens e direitos que podem ser 
convertidos em dinheiro rapidamente. Empréstimos, títulos a pagar, salários de sua 
equipe e impostos, por exemplo, constituem o Passivo Circulante. Dessa forma, a 
necessidade de capital de giro pode ser calculada pela seguinte fórmula: 
NCG = Contas a Receber + Estoque – Contas a pagar 
Se o valor da NCG for negativo, isso não significa que ela não precisa de capital de giro, 
e sim que ela precisa buscar fontes externas, já que as contas a pagar são mais caras 
do que as contas a receber. 
A necessidade de capital de giro de acordo com o ciclo financeiro 
 
Outra análise benéfica para a necessidade de capital de giro diz respeito ao ciclo 
financeiro, ou seja, como ocorrem as vendas por parte da empresa. Isso é 
especialmente importante quando consideramos o fato de que muitas empresas vendem 
a prazo. Ao vender a prazo, a empresa está financiando essa dívida do cliente até 
receber o valor devido. Se, aliado a isso, a empresa tiver que pagar os fornecedores em 
https://facil123.com.br/blog/ncg-necessidade-de-capital-de-giro/#a-necessidade-de-capital-de-giro-de-acordo-com-o-balanco-patrimonial
https://facil123.com.br/blog/ncg-necessidade-de-capital-de-giro/#a-necessidade-de-capital-de-giro-de-acordo-com-o-ciclo-financeiro
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um prazo menor do que aquele que recebe dos clientes, então a NCG é ainda maior 
para que a empresa sustente suas operações. 
Aqui a NCG leva em conta os prazos médios de recebimento e prazos médios de 
pagamentos, tendo como resultado o número de dias que falta para o negócio necessitar 
de mais capital de giro. Assim, a NCG fica calculada da seguinte forma: 
NCG = Prazos Médios de Recebimento – Prazos Médios de Pagamento 
 
Fontes de Financiamentos da NCG 
A NCG pode ser financiada através de: 
- Capital de Terceiros: Exigível de Curto e Longo Prazo, tais como, empréstimos 
bancários, empréstimos de empresas coligadas e controladas; 
- Capital Próprio: Patrimônio Líquido, através do aumento de Capital ou da retenção de 
lucros. 
Essas fontes sempre trazem algum custo para a companhia, sendo que o Capital de 
Terceiros representa um custo direto, através dos juros cobrados e, o Capital Próprio, 
pela remuneração dos acionistas, via lucros distribuídos. 
Mantendo-se o equilíbrio entre ACO e PCO, ou uma relação favorável por um maior 
volume de PCO, não ocorreria a necessidade de obtenção de novas fontes de 
financiamento. 
Em muitas empresas o maior problema pode não ser o aumento das vendas, mas sim 
como financiar o aumento dos ACO relacionados. 
Variações da NCG 
As Variações da NCG, podem ter os seguintes motivos: 
- Variações nos Preços dos Estoques: aumentos ou reduções do valor dos produtos que 
a empresa mantém em seus estoques, afeta a NCG; 
- Variações no "giro" dos Estoques: reduzir ou aumentar o tempo de permanência dos 
estoques para que seja vendido, a empresa estará diminuindo ou reduzindo 
(respectivamente) o ciclo operacional e consequentemente a NCG; 
- Variações nos Níveis da Atividade Econômica: se ocorre uma expansão dos negócios, 
certamente irão aumentar os investimentos nos ACO, e provavelmente aumentará a 
NCG; 
- Variações nos Prazos de Produção: quando se consegue diminuir o tempo de 
produção, traz com consequência positiva a redução da NCG; 
- Variações nos Prazos de Pagamentos dos Fornecedores: uma decisão que via de 
regra não depende da empresa, principalmente nas pequenas e médias, e que afeta 
imediatamente o PCO; 
30 
30 
 
- Variações nos Prazos de Recebimentos dos Clientes: decisão de foro íntimo da 
empresa, mas que está sujeita a pressões do mercado, conceder mais prazos significa 
um aumento do ACO; 
Quaisquer dos motivos acima, sempre que aumentarmos a NCG, aumentará a procura 
por financiamento. 
Variações de Preços 
As variações de preços podem ocorrer de forma a afetar apenas a empresa (variações 
específicas), ou todo o mercado (variações gerais). 
MARTINS (2001:52), explica da seguinte forma a diferença entre variações específicas e 
gerais de preços: 
"...as variações geraise específicas lidam com o comportamento do valor de mercado 
dos bens e serviços. Elas se diferenciam no tocante à abrangência dos itens 
acompanhados, bem como seu impacto. Enquanto a primeira tenta medir o impacto dos 
movimentos dos preços de muitos itens sobre o poder aquisitivo de toda a sociedade, a 
segunda se circunscreve a um item (ou entidade)." 
Enquanto método do Custo Histórico Corrigido (CHC) está vinculado às variações gerais 
de preços, o método do Custo Corrente Corrigido (CCC) reflete as variações específicas. 
A relação entre as variações específicas e gerais de preços podem ocorrer das 
seguintes formas: 
- Ambas podem ser muito próximas: neste caso, o resultado da contabilização pelo CHC 
será também muito próximo do CCC; 
- Variações acima: quando as variações específicas de preços são muito acima das 
gerais, o CHC distorcerá o resultado da companhia (superavaliação do lucro) e, 
consequentemente, as análises dele decorrentes. Para se ter uma ideia melhor deste 
tipo de problema podemos citar o exemplo dos combustíveis no Brasil, que variaram 
137,4% em 1999 e 2000, contra uma inflação de 13,4% (IPC / Fipe) no mesmo período; 
- Variações abaixo: o CHC tenderá a subavaliar o lucro da empresa; 
- Variações opostas: pode acontecer de os preços específicos caírem enquanto existe 
inflação nos índices gerais, ou ainda, os preços específicos subirem em uma deflação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
31 
 
 
3.4 Análise da Alavancagem Financeira e as Diversas Taxas de Retorno de 
NOVEMBRO E DEZEMBRO 
O sistema Du pont é um índice financeiro de grande utilidade, sendo um dos mais 
importantes para a análise do desempenho econômico de uma empresa pois combina. 
Esse sistema é uma técnica que pode ser usada para analisar a rentabilidade de uma 
empresa que utiliza ferramentas tradicionais de gestão de desempenho, económicas e 
operacionais combinando a demonstração de resultados e o saldo da empresa em duas 
medidas de rentabilidade: retorno sobre ativos (ROA) e retorno sobre Capital 
próprio/Património Líquido (ROE). 
 
De acordo com Silva (2006, p. 264), o método Dupont é “uma forma gráfica e analítica de 
demonstrar o retorno sobre o investimento, a partir da integração entre os índices de 
atividade (giro do ativo) e a margem líquida”. Para Gitman (2004, p. 60), “o sistema Dupont 
de análise é utilizado para dissecar as demonstrações financeiras da empresa e avaliar 
sua situação financeira”. 
 
Esse modelo possibilita, ainda, identificar como o retorno do investimento é afetado pela 
mudança em qualquer elemento, seja do balanço, por meio do giro do ativo, ou pela 
demonstração de resultados que pode ser verificada pelos dados operacionais. 
 
Segue abaixo a fórmula do sistema Du Pont: 
 
ROE = margem líquida x giro do ativo x MAF 
 
Sendo: 
Margem Líquida: a margem líquida é a porcentagem remanescente da receita da empresa 
depois de descontados todos os custos que a empresa apresentou em determinado 
período, encontraremos entre eles: despesas operacionais, depreciação, juros, impostos. 
O tamanho desde indicador vai depender do setor em que a empresa está inserida, mas 
no geral, quanto maior ele for, mais eficiente a empresa está sendo com a geração de 
seus lucros. 
Giro do Ativo: este indicador mede qual é o tamanho da receita que uma empresa obtém 
relativo a quantidade de ativos que possui. Ele serve para indicar o quão eficiente uma 
32 
32 
 
empresa está sendo com a utilização dos ativos que possui em seu balanço patrimonial. 
Multiplicador da alavancagem Financeira (MAF): mostra qual é a representatividade das 
dívidas que a empresa possui em sua estrutura de capital. Por via de regra, quanto maior 
for este indicador, mais endividada a empresa estará. Muitas vezes este indicador também 
é chamado de Multiplicador do Patrimônio Líquido (MPL). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
33 
 
REFERÊNCIAS 
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<http://www.gecompany.com.br/educacional/consolidacao-das-demonstracoes-contabeis/> 
acesso em 15/04/2023. 
SEMANA ACADEMIA – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS – Disponível 
em:<https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/consolidacaodasdemonstracoescontab
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BLBBRASIL – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇOES CONTABEIS – Disponível 
em:<https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-36-consolidacao-demonstracoes-contabeis-parte1/> , 
acesso em 15/04/2023. 
TREASY – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS – Disponível 
em:<https://www.treasy.com.br/blog/consolidacao-de-demonstracoes-contabeis/> , acesso em 
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ACCOUNTFY - CONSOLIDAÇÃO CONTABIL 2020. Disponível em: 
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abril. 2023. 
 
BDJUR - 12.5 - Procedimentos de consolidação - Portaria nº 794/2000 de 20-09-2000 - 
BDJUR (almedina.net) – Disponível em 
http://bdjur.almedina.net/item.php?field=item_id&value=340927#:~:text=%2D%20O%20p
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20para%20o%20outro. Acesso em 23 Abr 2023. 
BLBBRASIL – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS – Disponível 
emhttps://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-36-consolidacao-das-demonstracoes-contabeis-
parte2 Acesso: 23 Abr 2023. 
TREASY – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO – Disponível 
em:<https://www.treasy.com.br/blog/necessidade-de-capital-de-giro-ncg/> Acesso maio 2023 
CONTABILIVRE – NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO – Disponível em: < 
https://www.contabilivre.com.br/blog/necessidade-de-capital-de-giro/> Acesso em maio 2023 
SCIELO – JRCFA – Disponível em <https://www.scielo.br/j/rcf/a/FCjhKBZP4xXhfPs4bxSkxpw/> 
Acesso em maio 2023 
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https://www.blbbrasil.com.br/blog/cpc-36-consolidacao-das-demonstracoes-contabeis-parte2
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https://www.treasy.com.br/blog/necessidade-de-capital-de-giro-ncg/
https://www.contabilivre.com.br/blog/necessidade-de-capital-de-giro/
https://www.scielo.br/j/rcf/a/FCjhKBZP4xXhfPs4bxSkxpw/
34 
34 
 
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 7. ed. 
São Paulo: Atlas, 2012. 
 SOARES, Maria Aparecida. Análise de Indicadores para Avaliação de Desempenho Econômico 
Financeiro de Operadoras de Planos de Saúde Brasileiras: Uma Aplicação da Análise Fatorial. 
2006. 122f. Dissertação (Mestrado em Ciência Contábeis) Curso de Mestrado em Ciências 
Contábeis. USP, Universidade de São Paulo, São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 28/05/2023 
BOLETIM CONTABIL – Artigos – Disponível em 
<http://www.boletimcontabil.com.br/r2/Artigos/anal_trad.html> Acesso em 01 jun 2023 
BRASIL ESCOLA – Analise Financeira – Disponível em 
<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/estrutura-analise-
financeiroeconomica-das-demonstracoes-.htm> Acesso em 01 jun 2023 
GRAN CURSO ONLINE – Blog – Disponível em: <https://blog.grancursosonline.com.br/lei-6404/> 
Acesso em: 01 jun 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.boletimcontabil.com.br/r2/Artigos/anal_trad.html
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/estrutura-analise-financeiroeconomica-das-demonstracoes-.htm
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https://blog.grancursosonline.com.br/lei-6404/
35 
35 
 
APÊNDICE G1 
 
 A Consolidação das Demonstrações Contábeis é resultante da agregação das 
demonstrações contábeis, estabelecida pelas Normas Brasileiras de Contabilidade, de 
duas ou mais entidades, das quais uma tem o controle direto ou indireto sobre a(s) 
outra(s). 
 As demonstrações contábeis consolidadas abrangem entidades independentes com 
patrimônios autônomos, não surgindo, pela consolidação, nova entidade, mas tão 
somente uma unidade de natureza econômico-contábil, segundo o que estabelece o 
parágrafo único do artigo 4º da Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993, tendo 
por objetivo apresentar a posição patrimonial e financeira, os resultados das operações e 
as origens e aplicações de recursos do conjunto, sem restringir-se a limitações legais e à 
personalidade jurídica das entidades envolvidas. 
 As demonstrações contábeis que devem ser consolidadas são: Balanço Patrimonial, 
a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e 
Demonstração do Valor Adicionado, os quais devem ser complementados por notas 
explicativas e outros quadros analíticos necessários ao esclarecimento da situação 
patrimonial e dos resultados consolidados. 
 O objetivo da consolidação de demonstrações contábeis é apresentar o resultado das 
operações e a real situação econômica, patrimonial e financeira de todo o grupo de 
empresas sob um único comando, como se fosse uma única empresa e apresentar o 
resultado das operações do grupo de empresas. 
 Consolidação das demonstrações contábeis consiste em unificar as demonstrações 
contábeis tais como: 
• Balanço Patrimonial 
• Demonstração do Resultado 
• Demonstração do Fluxo de caixa 
• Nota explicativas e outros quadros analíticos necessários ao esclarecimento da 
situação patrimonial e dos resultados operacionais. 
 Consiste em apresentar o resultado unificado das operações de todas as empresas 
do grupo, como se o grupo econômico fosse uma única unidade; permitindo assim uma 
visão ampla aos acionistas e credores da atual situação do GRUPO. Eliminando as 
operações em comum entre as empresas do grupo, que não se caracterizaram numa 
operação externa do grupo, na realização efetiva da transferência de posse a terceiros. 
36 
36 
 
 Aspectos legais da aplicação do método da consolidação: Essa exigência é 
requerida por Lei, que anteriormente eram ditadas pela instrução CVM 247/96 e na 
ampliação contida no artigo 249 da Lei 6.404/76 e atualmente as normas são definidas 
pelo pronunciamento técnico CPC 36 em aderência as normas internacionais de 
contabilidade. 
 Alcance da Consolidação de acordo o CPC 36: A entidade que seja controladora 
deve apresentar demonstrações consolidadas. O Pronunciamento se aplica a todas 
essas entidades, com as seguintes exceções: 
 A controladora pode deixar de apresentar as demonstrações consolidadas somente 
se satisfizer todas as condições a seguir, além do permitido legalmente: 
1. a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra 
entidade, a 
qual, em conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a 
voto, 
foram consultados e não fizeram objeção quanto à não apresentação 
das demonstrações consolidadas pela controladora; 
2. seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados publicamente 
(bolsa 
de valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados 
locais e 
regionais); 
3. ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas 
demonstrações contábeis junto a uma Comissão de Valores Mobiliários ou 
outro órgão regulador, visando à distribuição pública de qualquer tipo ou classe 
de instrumento no mercado de capitais; e 
4. a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, 
disponibiliza ao público suas demonstrações em conformidade com 
os Pronunciamentos do CPC, em que as controladas são consolidadas ou 
são mensuradas ao valor justo por meio do resultado de acordo com o CPC 
36; 
Apresentamos abaixo o modelo em papel de trabalho (excel) de 03 empresas com 
operações entre si, suas eliminações e a consolidação final. 
37 
37 
 
BALANÇO PATRIMONIAL
 
 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-41.png
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-42.png
38 
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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (modelo em finanças)
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-43.png
39 
39 
 
 
 
A descrição das operações entre si: 
Esta seção é constituída de um grupo de três empresas de um grupo empresarial 
denominadas empresas Delta que possui 100% de controle da Ômega e a Sigma 
cuja participação no capital social da Delta é de 80% e ocorreram as seguintes 
operações Inter companhias. 
a) Em julho de 2014 a controladora Delta concedeu empréstimo via contrato de 
mútuo para a Ômega no valor de R$ 6.000,00 em dinheiro; 
 
Nota: Refere-se ao empréstimo concedido entre empresas, igualmente gerando 
dinheiro na primeira e uma obrigação na última, que devem ser eliminados na 
consolidação 
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-44.png
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-46.png
40 
40 
 
b) Em setembro de 2014 a Delta efetuou vendas a prazo de mercadorias cujo custo 
de mercadoria era R$ 4.200, por R$ 6.400 para a Ômega, sendo que na data do 
balanço as mercadorias ainda tinham permanecido no estoque da subsidiária; 
 
Nota: Além disso, como se trata de venda entre as companhias do grupo, é necesário 
eliminar a receita de vendas da controladora e o respectivo custo, tanto na 
controladora quanto na controlada. Entretanto, esse ajuste direto ocorreria somente 
se a mercadoria já tivessem sido vendido a terceiros. Como as mercadorias ainda 
estão no estoque da controlada, é necessário ainda eliminar o lucro remanescente 
em seu estoque, no caso, a diferença entre R$ 6.400 e R$ 4.200 (preço de custo) 
c) Em agosto de 2014 a Sigma emprestou, por meio de um contrato de mútuo, para a 
Delta, o valor de R$ 3.800, em dinheiro; 
 
d) Em outubro de 2014 a Sigma vendeu mercadorias a prazo para a Delta, cujo custo 
era de R$ 7.200 por um valor de R$ 14.000 sendo que na data do balanço a 
mercadoria já havia sendo vendida para terceiros. 
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-47.png
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-48.png
41 
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APÊNDICE G2 
 
O que são eliminações e por que elas são importantes? 
Todos os saldos de transações e de participações entre as entidades que 
formam o grupo precisam ser eliminados. Ou seja, eliminações são ajustes que 
devem ser realizados em documentos auxiliares, para evitar o lançamento 
duplo no documento consolidado. Desta forma, todas as movimentações 
realizadas entre a empresa-mãe e suas subsidiárias devem ser segregadas em 
contas específicas, e a soma final deve ser igual a zero. 
De acordo com a norma devem ser eliminados “os valores dosinvestimentos 
da controladora em cada controlada e o correspondente valor no patrimônio 
líquido da controlada”, bem como “os saldos de quaisquer contas decorrentes 
de transações entre as entidades incluídas na consolidação”. Além das 
“parcelas dos resultados do exercício, do patrimônio líquido e do custo de 
ativos de qualquer natureza que corresponderem a resultados ainda não 
realizados de negócios entre as entidades”. 
É importante destacar que todos os saldos de transações e de participações 
entre as entidades que formam o grupo precisam ser eliminados. De modo 
geral, as eliminações se tratam de ajustes que precisam ser feitos em 
documentos auxiliares, com o intuito de evitar o lançamento duplo no 
documento firmado. Assim, todas as movimentações feitas entre a empresa 
controladora e suas suplementares devem ser separadas em contas 
específicas e a soma final deve se igualar a zero. 
Na gestão contábil, essas operações são apresentadas nas demonstrações 
individuais, mas devem ser excluídas das demonstrações consolidadas. Uma 
vez que, só assim, elas passam a refletir a situação real econômico-financeira 
de uma empresa. Portanto, o principal objetivo dessa eliminação é reproduzir o 
verdadeiro valor do estoque adquirido de terceiros, já que o balanço deve 
http://www.gecompany.com.br/gecompany/wp-content/uploads/2020/07/Capturar-49.png
42 
42 
 
apresentar os valores como se elas fossem uma única empresa. 
Segundo a norma, devem ser eliminados os valores dos investimentos da 
controladora em cada controlada e o correspondente valor no patrimônio 
líquido da controlada, assim como os saldos de quaisquer contas decorrentes 
de transações entre as entidades incluídas na consolidação. Além das parcelas 
dos resultados do exercício, do patrimônio líquido e do custo de ativos de 
qualquer natureza que corresponderem a resultados ainda não feitos de 
negócios entre as entidades. No processo de consolidação, podemos apontar 
os lançamentos de Eliminação e Reclassificação, com a finalidade de ajustar 
as demonstrações. Como resultado, é possível emitir as demonstrações 
consolidadas Balanço Patrimonial, DRE, DFC, DVA, DMPL, tanto para análise 
quanto para publicação, além de fazer comparações entre períodos. 
 
APÊNDICE G3 - BALANÇO PATRIMONIAL E DEMOSTRAÇÃO DE RESULTADO 
CONSOLIDADO 
 
 Procuramos trazer um exemplo simples e prático de consolidação das 
demonstrações contábeis. O intuito foi demonstrar a técnica de como é feito o processo 
de consolidação das demonstrações contábeis, pois existem empresas que analisam suas 
demonstrações contábeis individualmente e, desta forma, a análise consolidada das 
mesmas fica prejudicada. 
 Na prática, a consolidação é bem mais complexa, pois pode haver lucro nas vendas 
de mercadorias ou serviços, impostos sobre as vendas etc., ou seja, todas as transações 
que não foram realizadas com terceiros devem ser tratadas e eliminadas no processo de 
consolidação. 
 Vamos imaginar um grupo econômico com 3 empresas (a Controladora Alfa com 
mais duas empresas Controladas: Beta e Gama). Vamos supor ainda que a Controladora 
possua 100% das participações societárias nas empresas Beta e Gama. 
43 
43 
 
 
 Devemos, portanto, somar os saldos contábeis (balanço patrimonial e resultado do 
exercício) dessas 3 empresas e, na sequência, eliminamos (ajustamos) os saldos e as 
transações relacionados às empresas do grupo econômico. 
 
Visualmente temos os seguintes saldos: 
 
 
 
 
 
 
44 
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Demonstração do Resultado de Exercício – DRE: 
 
Legenda dos históricos das eliminações: 
 
a) No exemplo acima, a empresa Beta faturou (a preço de custo) para a empresa Alfa 
o valor de R$ 5 mil. Dado que se trata de um faturamento para o mesmo grupo 
econômico, consequentemente, esse faturamento, os custos das mercadorias 
vendidas e os saldos patrimoniais (contas a receber e contas a pagar) entre as 
empresas do mesmo grupo econômico devem ser eliminados das demonstrações 
contábeis, pois não são transações realizadas junto a terceiros. 
 
b) A empresa (controladora) Alfa obteve R$ 6.500 de resultado de equivalência 
patrimonial, oriundo dos lucros das empresas Beta e Gama e registrou o respectivo 
resultado em sua demonstração de resultado. Dado que o resultado de equivalência está 
registrado na DRE da Alfa, consequentemente, a empresa Alfa deve eliminar os resultados 
de Beta e de Gama na consolidação, a fim de o resultado não ficar duplicado. 
 
APÊNDICE G4: NOTAS EXPLICATIVAS 
 
1) CONTEXTO OPERACIONAL 
A Cosmetic Ltda é uma sociedade empresária limitada, com sede e foro na cidade de 
Niterói/RJ, tendo como objeto social comercialização de produtos de beleza, com início 
de atividades em 01/03/2019. 
2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
45 
45 
 
As demonstrações contábeis foram elaboradas em consonância com os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade e demais práticas emanadas da legislação societária 
brasileira. 
3) PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 
 
3.1) Aplicações Financeiras 
 
Estão registrados ao custo de aplicação, acrescidos dos rendimentos proporcionais até a 
data do balanço; 
3.2) Direitos e obrigações 
 
Estão demonstrados pelos valores históricos, acrescidos das correspondentes variações 
monetárias e encargos financeiros, observando o regime de competência; 
 
3.3) Imobilizado 
 
Demonstrado pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada calculada 
pelo método linear. 
3.4) Ajuste de avaliação patrimonial 
A empresa nunca efetuou ajuste de avaliação patrimonial. 
3.5) Investimentos em empresas coligadas e controladas 
A empresa não participa do capital social de outras sociedades. 
3.6) Impostos Federais 
46 
46 
 
A empresa está no regime do lucro presumido e contabiliza os encargos tributários pelo 
regime de competência. 
 
 
4) EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS 
A empresa conta com um passivo, relacionado à empréstimos e financiamentos, no valor 
de R$ 150.000,00, junto a instituições financeiras nacionais. 
 
5) RESPONSABILIDADES E CONTINGÊNCIAS 
Não há passivo contingente registrado contabilmente, tendo em vista que os 
administradores da empresa, escudados em opinião de seus consultores e advogados, 
não apontam contingências de qualquer natureza. 
 
6) CAPITAL SOCIAL 
O capital social é de R$ 500.000,00, dividido em 5 quotas de R$100.000,00, totalmente 
integralizado, apresentando a seguinte composição: 
Nome do sócio – participação percentual 
 
7) PROPRIEDADE PARA INVESTIMENTO 
Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edificação) mantida pelo 
proprietário para auferir aluguel ou para valorização do imóvel. 
Os imóveis contabilizados como propriedade para investimento importam em R$ 
300.000,00 
 
47 
47 
 
8) EVENTOS SUBSEQUENTES 
Os administradores declaram a inexistência de fatos ocorridos subsequentemente à data 
de encerramento do exercício que venham a ter efeito relevante sobre a situação 
patrimonial ou financeira da empresa ou que possam provocar efeitos sobre seus 
resultados futuros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE G5: APLICAÇÃO DA ANALISE HORIZONTAL E VERTICAL 
 
 
48 
48 
 
 
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO AMBEV 31 de dezembro de 2022 31 de março de 2023 AH AV Δ $
Ativo
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 14926 12214,086 -18,17% 9,02% -2711,914
Aplicações financeiras 454 365,284 -19,54% 0,27% -88,716
Contas a receber 5349 5046,681 -5,65% 3,73% -302,319
Instrumentos financeiros derivativos 272 351,951 29,39% 0,26% 79,951
Estoques 12923 13030,878 0,83% 9,62% 107,878
Imposto de renda e contribuição social a recuperar 1809 1905,477 5,33% 1,41% 96,477
Tributos indiretos a recuperar (i) 1045 1144,166 9,49% 0,84% 99,166
Outros ativos 1038 1320,164 27,18% 0,97% 282,164
Total circulante 37817 35378,687 -6,45% 26,12% -2438,313
Ativo não circulante
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