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Engenharia Biomédica: Princípios e Objetivos

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O ENGENHEIRO BIOMÉDICO E 
A PROFISSÃO 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Ditzel Patriota 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula, vamos conhecer quem é o profissional de engenharia, quais 
as suas áreas de atuação e quais os conhecimentos que você adquirirá no curso 
para superar os desafios do trabalho. Nossa aula está dividida em 5 temas que 
farão você sair do completo desconhecimento sobre a profissão e chegar ao bom 
entendimento das atribuições de um profissional formado em engenharia. 
Nossa aula abordará os seguintes temas: 
• Tema 1 – Princípios e objetivos; 
• Tema 2 – Papel do engenheiro na sociedade; 
• Tema 3 – Perfil profissional; 
• Tema 4 – Habilidades e competências; e 
• Tema 5 – Campo de atuação. 
O conteúdo foi pensado para que você acompanhe do início ao fim de 
forma linear. 
TEMA 1 – PRINCÍPIOS E OBJETIVOS 
1.1 O que é engenharia? 
Definir engenharia não é uma tarefa simples. Segundo Freitas (2020), 
organizador do livro Introdução à engenharia, a engenharia é o resultado de um 
longo processo evolutivo das faculdades humanas que se iniciou antes mesmo 
da existência da escrita moderna. É a união do conhecimento científico e 
humano para a resolução de problemas práticos e complexos. 
A união de conhecimentos em física, matemática, ciências, filosofia e 
artes culminam na criação da engenharia moderna que temos hoje. Física e 
matemática são os conhecimentos mais básicos e necessários para um 
engenheiro desempenhar bem o seu papel, mas é nas ciências aplicadas em 
conjunto com as artes que um engenheiro modela um novo equipamento em 3D 
ou cria uma aplicação de materiais para solução de algum problema (Cocican, 
2017). 
É na aplicação prática dos conhecimentos científicos que mora a real 
razão da existência dos engenheiros. Para Krick (1979), iniciou-se durante o 
Renascentismo, nos séculos XV e XVI, uma união entre os conhecimentos 
 
 
3 
científicos e os especialistas que resolviam problemas com a criação de 
ferramentas, procedimentos e construções que surgiram ao longo de séculos 
anteriores. Famosos inventores como Galileu Galilei, mostrado na Figura 2, 
responsável por descobertas com uso de telescópios recriados por ele, por 
estudos avançados de parábolas, pelo experimento da torre inclinada de Pisa, 
representado pela Figura 3, que demonstrou que objetos de massas diferentes 
caiam com a mesma aceleração e Leonardo Da Vinci, responsável por inúmeros 
estudos de máquinas, como o da Figura 1, e em biologia humana com uso de 
cálculos matemáticos, são vistos até hoje como precursores do que hoje 
chamamos de engenharia clássica (Mendes, 2021). 
Figura 1 – Desenho de engenharia de Leonardo Da Vinci, de 1503 
 
Crédito: Janaka Dharmasena/Shutterstock. 
 
 
4 
Figura 2 – Imagem de Galileu Galilei retirada de seu livro Il Saggiatore ou O 
Ensaiador, de 1623 
 
Crédito: Everett Collection/Shutterstock. 
Figura 3 – Representação do experimento da torre inclinada de Pisa, conduzido 
por Galileu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito: Nasky/Shutterstock. 
Mesmo durante a primeira revolução industrial, no século XVIII, marcada 
pela criação da máquina a vapor, o processo de união entre inventores e a 
 
 
5 
aplicação do conhecimento científico foi visivelmente marcada por pequenas 
experiências e diversas invenções de inventores que não possuíam o 
conhecimento científico necessário para que suas máquinas funcionassem de 
forma segura e precisa. Apenas com a inclusão dos conhecimentos científicos a 
humanidade pôde evoluir da baixa eficiência do motor a vapor para os motores 
e tantas outras tecnologias que temos hoje (Krick, 1979). 
Hoje existem diversas formações, também chamadas de modalidades, 
em engenharia, como engenharia mecânica, engenharia civil, engenharia 
elétrica, engenharia biomédica, engenharia de produção, engenharia química, 
engenharia de alimentos e muito mais. 
1.2 Quais as características necessárias de um engenheiro? 
Conhecendo a história da criação da engenharia no que temos hoje, fica 
claro que, no mínimo, todo engenheiro deve possuir algumas habilidades em 
comum. 
Um excelente conhecimento das Ciências Exatas e grande inventividade 
em aplicar estes conhecimentos para criação de soluções de problemas reais do 
dia a dia são imprescindíveis, porém não as únicas características necessárias. 
O engenheiro assume um importante papel social de responsabilidade 
sob suas criações. Sendo assim, o profissional de engenharia deve possuir a 
capacidade de assumir grande quantidade de responsabilidades sem esmorecer 
nem se abalar diante de desafios que, muitas vezes, envolvam a segurança e 
vidas humanas (Freitas, 2020). 
Essa grande responsabilidade culmina em enormes pressões na rotina do 
profissional, que deve saber trabalhar sob pressão e com prazos apertados. 
Saber solucionar os problemas em pauta, da melhor forma possível, com o 
menor custo e no menor tempo fazem parte do mantra do engenheiro: “fazer 
mais, melhor e com menos” (Ohno, 1988). 
Detalhista e minucioso, o profissional de engenharia, sempre com seu 
mantra em mente, soluciona os problemas mais complexos com eficácia, sem 
perder de vista seus prazos, mantendo assim sua eficiência. Entretanto, sem a 
devida coleta das necessidades e posterior explicação de utilização da sua 
criação, apenas resolver o problema não é suficiente (Cocican, 2017). 
Sendo assim, a pessoa que se dedica à carreira de engenharia deve 
possuir bons atributos de relacionamento interpessoal e de comunicação, além 
 
 
6 
de habilmente interpretar a situação atual tanto econômica quanto social, para 
que suas soluções sejam as mais abrangentes e duradouras possíveis. 
Ainda, sem conhecimento interdisciplinar nem capacidade de liderar 
grupos interdisciplinares, o engenheiro não seria capaz de solucionar problemas 
em áreas como saúde, como faz o engenheiro biomédico, ou meio ambiente, 
como no caso do engenheiro florestal (Freitas, 2020). 
Por fim, saber aplicar seus conhecimentos nas diversas ciências como 
matemática, física, química e biologia entre outras, em conjunto com o 
pensamento lógico, resume bem as capacidades básicas de um profissional de 
engenharia (Mendes, 2021). 
1.3 Qual é a formação necessária? 
Segundo o Parecer CNE/CES 1.362/2001 (Brasil, 2002), aprovado na 
Resolução CNE/CES 02/2019 (Brasil, 2019), todo bacharel de engenharia, 
independente da especialidade, deverá receber formação em três núcleos de 
conteúdos distintos ao longo de no mínimo 4 anos de estudos: 
• Núcleo de conteúdos básicos; 
• Núcleo de conteúdos profissionalizantes; e 
• Núcleo de conteúdos específicos. 
Nos conteúdos básicos estão conhecimentos científicos primários como 
física, matemática, economia, administração, química, humanidades, 
comunicação, ciências sociais, ciências do ambiente, cidadania, entre outras. 
Com esses conhecimentos, o estudante recebe a base para que seu 
pensamento crítico e inventivo seja norteado de forma científica e socialmente 
útil, mantendo a atenção ao respeito ambiental e sustentabilidade. 
Com os conteúdos profissionalizantes, o futuro engenheiro se 
aprofundará nos conhecimentos científicos de sua modalidade e iniciará sua 
construção de modelo mental para uso dos conhecimentos adquiridos na 
solução de problemas reais. É neste núcleo de conteúdos que o engenheiro 
biomédico ou engenheiro químico ou demais modalidades receberá os 
conhecimentos científicos da área da química, ou da saúde, ou de alimentos, ou 
outras áreas, necessários para seu desenvolvimento como criador de soluções 
para sua modalidade, aprendendo sobre química, ciência dos materiais, 
 
 
7 
eletrônica, anatomia, biologia molecular, bioquímica, fisiologia, entre outros 
assuntos. 
Por fim, no núcleo de conteúdos específicos você aprenderá e exercitará 
seu pensamento de engenharia para aplicação dos conhecimentos científicos nasolução de problemas na sua área de atuação. Matérias como Projetos de 
circuitos digitais, Cálculo Estrutural, Imagenologia, Desenvolvimento Web e 
Móvel para Telemedicina, Equipamentos Médicos Hospitalares, Big Data em 
Saúde, Robótica, Processamento de Imagens, entre outras, o guiarão no 
pensamento de engenharia da sua modalidade. 
Saiba que durante todo o curso você receberá diversos conhecimentos 
que juntos criarão suas ferramentas para sua vida profissional. Com as matérias 
eletivas, que você poderá escolher qual cursar, você criará seu próprio caminho 
e seu diferencial pessoal perante o mercado. 
Por fim, a curiosidade e a vontade de aprender cada vez mais, sem parar, 
farão de você um excelente profissional. Busque sempre novas leituras sobre os 
assuntos que você mais se identifica e aprenda o máximo que você puder 
durante o curso. Dessa forma, você sentirá maior confiança em assumir grandes 
responsabilidades em sua atuação como engenheiro. 
1.4 Principais atividades 
Para a profissão de engenharia, dois documentos regulatórios são usados 
para definir suas principais atividades. 
O primeiro é a Lei n. 5.194/66 (Brasil, 1966b), art. 7º, que habilita 
engenheiros a exercerem as atividades mostradas na Figura 4 a seguir. 
 
 
8 
Figura 4 – Principais atividades de um engenheiro segundo o art. 7º da Lei n. 
5.194 de 1966 
 
Fonte: Brasil, 1966b. 
O segundo é a Resolução n. 1.073/16 do Confea, art. 5º, parágrafo 
primeiro (Confea, 2016), que adiciona mais algumas atividades, sendo elas 
apresentadas na Figura 5. 
 
 
 
 
Gestor com 
responsabilidade 
técnica nas áreas de 
eletricidade, eletrônica, 
equipamentos médicos 
e estruturas prediais em 
saúde.
Planejar e projetar 
equipamentos, 
processos e estruturas 
físicas médico-
hospitalares.
Gerenciamento do 
parque tecnológico de 
instituições de 
atendimento à saúde 
humana e animal
Realizar e emitir laudos, 
projetos, perícias, 
estudos, análises, 
vistorias, pareceres, 
avaliações e divulgação 
técnica de processos, 
equipamentos e 
estruturas voltadas à 
saúde humana e 
animal.
Ensinar, realizar 
experimentações, 
ensaios, estudos de 
metrologia e pesquisas 
em sua área de 
formação.
Laudar e fiscalizar: 
obras, desenvolvimento 
de novas tecnologias, 
procedimentos de 
fabricação e serviços 
técnicos 
Gerenciar e dirigir 
obras, serviços técnicos 
e pesquisas / 
desenvolvimentos de 
novas tecnologias.
Executar serviços 
técnicos e obras na 
área de formação.
Realizar produção 
técnica especializada 
ou industrial.
 
 
9 
Figura 5 – Adições nas atribuições de um engenheiro dadas pela Resolução n. 
1.073/16 do Confea, art. 5º, parágrafo primeiro 
 
Fonte: Confea, 2016. 
Você deve conhecer estas resoluções e leis, para que seu desempenho 
como profissional seja realizado dentro das leis e sem prejuízo à sociedade. 
Desempenho e 
execução de cargo ou 
função técnica.
Supervisão, 
coordenação e 
orientação técnica.
Coleta de dados, 
anteprojeto, 
detalhamento, 
dimensionamento e 
especificação.
Estudo de viabilidade 
ambiental e técnico-
econômica.
Consultoria, assessoria 
e assistência.
Realização de 
auditorias, inspeções, 
monitoramentos e 
arbitragens técnicas.
Treinamento, 
desenvolvimento, 
análise, divulgação 
técnica e extensão.
Elaboração de 
orçamento.
Padronização, 
mensuração, controle 
de qualidade.
Condução de serviço 
técnico.
Condução de equipes 
e/ou execução de 
fabricação, produção, 
montagem, instalação, 
operação, restauração, 
reparo, reforma ou 
manutenção.
Operação, instalação e 
manutenção de 
equipamentos médico-
hospitalares ou não.
 
 
10 
1.5 Áreas de atuação e especialidades 
Um profissional pode escolher diversos caminhos dentro da engenharia. 
Veremos mais à frente como é feito o registro de um engenheiro para que 
ele possa exercer sua profissão e quais são as atribuições como engenheiro, 
mas neste momento vamos apresentar aqui as principais áreas de atuação dos 
engenheiros no Brasil. 
No Brasil, para a atuação de um engenheiro, são definidas 8 áreas 
distintas: 
1.5.1 Construção civil e atividades conexas 
Nesta área de atuação, o engenheiro poderá se especializar como 
responsável técnico de obras, cálculos estruturais, estimativas de aumento no 
uso de estradas e muito mais. 
1.5.2 Aplicação, uso, geração e demais atividades relacionadas à 
eletricidade 
Nesta área de atuação, o profissional de engenharia poderá se 
especializar em projetos equipamentos, criar plantas de geração de energia 
elétrica, projetos sistemas de distribuição elétrica, trabalhar com a interação da 
eletricidade e biologia, entre outras. 
1.5.3 Química 
Dentro da área de química, o profissional de engenharia poderá obter 
especializações para atuação em processos produtivos com plásticos, petróleo, 
alimentos, indústria têxtil e até manipulação de produtos radioativos. 
1.5.4 Mecânica e metalurgia 
Já na área de mecânica e metalurgia, o profissional poderá se especializar 
em atividades voltadas para a indústria automotiva, aeronáutica, militar, 
siderurgia, metalurgia, refrigeração e tantas outras indústrias e atividades 
correlatas. 
 
 
11 
1.5.5 Geologia e minas 
Já em geologia e minas, os engenheiros especializados nessas áreas 
poderão atuar em análise de solo, exploração de minérios e petróleo, estudo de 
novos compostos, desenvolvimento e aplicação de novos materiais e tantas 
outras atividades. 
1.5.6 Agrimensura 
Agrimensura é a sexta área de possível especialização de um engenheiro. 
Nela, o profissional poderá atuar em cartografia, medições topográficas e áreas 
correlatas. 
1.5.7 Agronomia 
Como especialista na área agrônoma, o engenheiro aplicará todos os 
conhecimentos científicos aprendidos para resolução de problemas nas áreas 
de produção agrícola, melhoria de processos de criação de animais, atuar na 
indústria de alimentos e muito mais. 
1.5.8 Engenharia de segurança do trabalho 
Por fim, muitos engenheiros se especializam para atuar como engenheiro 
de segurança do trabalho. Como essa é uma especialização extremamente 
abrangente, englobando indústrias de todas as especializações, o profissional 
pode buscar esta especialização em paralelo com qualquer outra mencionada 
anteriormente. Sua atuação é de suma importância para garantir a segurança 
dos demais profissionais no desempenho de suas funções. 
1.6 Mercado de trabalho 
Como vimos no tópico anterior, sobre áreas de atuação, o mercado de 
trabalho para as áreas de engenharia clínica, manutenção predial e engenheiro 
de aplicação são as que mais apresentam demanda. 
Nos dois primeiros isto ocorre pois existem mais hospitais, clínicas, 
hospitais veterinários, serviços de imagenologia e consultórios odontológicos do 
que o número de profissionais habilitados para execução das atividades. 
 
 
12 
Como vimos, se o número de hospitais no país é maior que 6.500 
unidades, ao somarmos os demais já citados, como consultórios odontológicos 
e serviços de veterinária, a demanda se multiplica, enquanto a oferta de mão de 
obra cresce à uma taxa inferior ao necessário (SBEB, 2017). 
Estima-se que exista uma demanda de mais de 50 oportunidades de 
emprego para cada profissional atuando na área, mesmo após os ocorridos de 
2020 e 2021, que aumentou o número de profissionais na área por conta das 
divulgações da necessidade na mídia televisiva (CREA-PA, 2020). 
Já para a área de engenheiros de aplicação, como estes são, muitas 
vezes, responsáveis pela venda e treinamento das equipes de atendimento à 
saúde na utilização dos equipamentos, o mercado de trabalho é tão grande 
quanto para os citados anteriormente. 
Como esses profissionais são requisitados toda vez que alguma empresa 
ou profissional precisa adquirir um equipamento médico-hospitalar ou insumo, a 
crescente demanda dos equipamentos causou um aumento expressivo nas 
vagas disponíveis. 
Nesse cenário, no início de 2020, a AssociaçãoBrasileira de Engenharia 
Clínica emitiu diversas circulares, entre as quais uma que tratava justamente de 
um apelo à comunidade de profissionais da área de vendas e aplicações. A 
solicitação focava no aumento da sinergia no fornecimento de insumos e 
equipamentos para unidades básicas de saúde (Abeclin, 2020). 
Para além das atividades mencionadas anteriormente, ainda temos as 
certificadoras e acreditadoras na área de saúde, como a ONA [S.d.]. 
A atuação dos profissionais de engenharia biomédica em serviços como 
este vão desde fiscalização, avaliação, auditoria e inspeção a até consultorias 
para melhoramento dos serviços e gestão do parque tecnológico da instituição 
para obtenção da acreditação. 
Como para um hospital a acreditação é de grande importância social, essa 
demanda também é proporcional à quantidade de instituições de saúde. 
TEMA 2 – PAPEL DO ENGENHEIRO NA SOCIEDADE 
Até este momento, vimos o que é ser um engenheiro de forma geral e 
quais os papéis que você poderá desempenhar profissionalmente. 
 
 
13 
Entretanto, ainda não expusemos qual será o seu papel social e por quais 
motivos um engenheiro possui tanta credibilidade perante a sociedade, a ponto 
de receber a confiança de vidas humanas em suas mãos. 
Para entendermos isso, primeiramente, é necessário conhecermos as 
entidades que garantem nossa qualidade profissional. 
2.1 Garantia de qualidade profissional 
A qualidade de um profissional pode ser medida de muitas formas, porém 
a garantia dessa qualidade só pode ser feita por meio de padrões e regras bem 
definidos e leis que forcem o cumprimento destes. 
Analisando nossas instituições de ensino, percebemos que todas estão 
sujeitas às leis e padrões do ministério da educação de nosso país. Dessa forma, 
é garantida uma padronização nos conhecimentos mínimos necessários para 
cada tipo de profissional, e na engenharia biomédica não é diferente, como vimos 
nas diversas leis citadas até o momento. 
Porém, para que a atuação profissional seja realizada também dentro de 
padrões e regras, é necessária alguma instituição pública de controle e 
fiscalização. 
Para que a sociedade tenha essa garantia com relação aos engenheiros, 
existem o Confea e o CREA. 
2.1.1 CREA/Confea 
No Brasil, em 1966, a Lei n. 5.194/66 regulamentou as profissões de 
engenheiro, arquiteto e agrônomo, criou os Conselhos Regionais de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia (CREAs) e determinou que as entidades de classe 
nacionais implantassem um código de ética, que foi criado e implantado pelo 
Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia), em 1971 (Confea, 
2020). 
Essa ação aumentou tanto a importância dos profissionais de engenharia 
quanto suas responsabilidades, garantindo que projetos executados sob a 
responsabilidade de um engenheiro fossem reconhecidamente seguros, sob 
pena de sanções administrativas e financeiras ao profissional, caso o projeto se 
provasse inseguro social ou ambientalmente. Hoje nos referimos a esses dois 
conselhos, nacional e regionais, por Sistema Confea/CREA (Confea, 2020). 
 
 
14 
É importante observarmos que os profissionais de arquitetura deixaram 
de integrar o Sistema Confea/CREA em 2011, com a criação do Conselho de 
Arquitetura e Urbanismo (CAU) (Brasil, 2010). 
Hierarquicamente falando, o Confea é responsável pela fiscalização 
nacional e padronização das regulamentações referentes à atuação dos 
profissionais registrados em cada conselho regional. Por sua vez, os conselhos 
regionais (CREA) são responsáveis pela fiscalização da atuação dos 
profissionais de engenharia e agronomia dentro de cada estado (Confea, 2020). 
O Código de ética profissional (2020), em sua décima terceira edição, é o 
principal documento regido pelo Confea e fiscalizado pelos CREAs de cada 
estado. Nele consta as associações e entidades de classe signatárias do código 
de ética, os endereços eletrônicos de todos os CREAs e os 14 artigos do código 
de ética de nossa profissão, incluindo princípios éticos, deveres, condutas 
vedadas, direitos, infração ética e regras e punições para processo ético 
disciplinar. 
Saiba mais 
A leitura do Código de ética do Confea é obrigatória para todo engenheiro. 
Acesse o link a seguir para conhecê-lo: 
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Código de 
ética profissional da engenharia, da agronomia, da geologia, da geografia 
e da meteorologia. 13. ed. Brasília: Confea, 2020. Disponível em: 
<https://www.confea.org.br/midias/uploads-
imce/Cod_Etica_13ed_com_capas_para_site.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2022. 
Dois pontos são muito importantes a serem observados com relação à 
atuação do sistema Confea/CREA. 
1. A fiscalização exercida pelos conselhos regionais são para garantir que o 
profissional esteja exercendo sua profissão em acordo com as normas e 
código de ética vigentes e não para garantir direitos trabalhistas aos 
profissionais. Para o segundo caso existem as entidades e associações 
de classe, bem como sindicatos de cada categoria. 
2. Não é o sistema Confea/CREA o responsável pela determinação nem 
fiscalização do piso salarial profissional. Esta determinação é dada pela 
Lei n. 4.950-A, de 1966, e é o mesmo até hoje. 
 
 
15 
2.1.2 CREA e direitos trabalhistas dos engenheiros 
A saber, o referido piso salarial para engenheiros em regime CLT 
(Consolidação das Leis Trabalhistas) é calculado com base no salário mínimo 
nacional, sendo um salário mínimo por hora diurna trabalhada por dia, até a 6ª 
hora no dia. Para horas diurnas excedentes a isso, somam-se ao salário mínimo 
mais 25% por hora. Caso o profissional trabalhe em período noturno, 
acrescentam-se 25% em todos os valores dados anteriormente (Brasil, 1966). 
Como exemplo, a Tabela 1 apresenta o cálculo de piso salarial para um 
engenheiro contratado como engenheiro responsável em um determinado 
projeto em regime CLT tiver contrato de trabalho de 6 horas diárias em período 
diurno: 
Tabela 1 – Tabela de cálculo de piso salarial para um engenheiro com carga 
horária de 6 horas de trabalho em horário diurno, considerado entre 6h e 22h 
Descrição Cálculo Valor Total 
Salário mínimo em 2021 R$1.100,00 
Horas diárias 6 horas 
Valor mensal bruto 6 x 1.100 = R$6.600,00 
Na Tabela 2, temos um exemplo de cálculo de piso salarial para um 
profissional trabalhando 8 horas diárias com as mesmas condições do exemplo 
anteriores: 
Tabela 2 – Cálculo de piso salarial para profissional de engenharia com carga 
horária de 8 horas diárias em período diurno 
Descrição Cálculo Valor Total 
Salário mínimo em 2021 R$1.100,00 
Horas diárias 6 + 2 8 horas 
Mínimo mais 25%: 1,25 x 1.100 R$ 1.375,00 
Valor mensal bruto 6 x 1.100 + 2 x 1.375 R$9.350,00 
Por fim, na Tabela 3 temos um exemplo de cálculo para um profissional 
trabalhando 8 horas diárias em horário noturno, em contrato CLT: 
 
 
16 
Tabela 3 – Cálculo de piso salarial para um engenheiro com carga horária de 8 
horas em período noturno 
Descrição Cálculo Valor Total 
Salário mínimo em 
2021 
 R$1.100,00 
Horas diárias noturnas 6 + 2 8 horas 
Mínimo mais noturno 1,25 x 1.100 R$ 1.375,00 
Noturno mais 25%: 1,25 x 1.375 R$ 1.718,75 
Valor mensal bruto 6 x 1.375 + 2 x 1.718,75 R$11.687,50 
2.1.3 Importância do registro no CREA E ART 
Todas essas regras, leis, entidades de classe e conselhos de fiscalização 
e normatização norteiam as atividades desempenhadas pelos profissionais de 
engenharia, o que garante à sociedade a qualidade profissional. 
Para que o profissional de engenharia e a sociedade sejam respaldados 
por esse arcabouço regulatório, é necessário que o profissional esteja registrado 
no CREA da região na qual o serviço, obra ou equipamento esteja sendo 
executado, sem limite de registros estaduais diferentes que um profissional 
possa ter. A atuação profissional de um engenheiro em estado federativo, 
diferente de seu registro, é considerada exercício ilegal da profissão,passível de 
multa e punições mais graves. 
A execução de atividade de engenharia sem anotação de 
responsabilidade técnica (ART) oficializada no CREA do estado também é 
considerada um exercício ilegal da profissão e tanto o profissional de engenharia 
quanto o contratante podem sofrer sansões legais. Dessa forma, o sistema 
Confea/CREA garante para a sociedade o controle e a qualidade dos serviços 
de engenharia e dos profissionais no país. 
TEMA 3 – PERFIL PROFISSIONAL 
Vimos anteriormente as atribuições de um engenheiro, definidas por lei, 
porém nenhuma das descrições deixa claro qual o perfil profissional específico 
de um engenheiro, pois são apenas descrições de papéis que podem ser 
desempenhados de forma genérica. 
 
 
17 
Para entendermos o perfil de um profissional de engenharia, faz-se 
necessário analisarmos o mercado e as novas tecnologias emergentes. 
O engenheiro é um profissional capaz de projetar, implementar, calibrar e 
executar ensaios e em equipamentos e dispositivos voltados para diversas 
áreas, como civil, eletrônica, robótica, saúde humana ou saúde animal, além de 
coordenar e supervisionar equipes de trabalho em pesquisas científicas e 
tecnológicas ou de estudos de viabilidade técnico-econômica para equipamentos 
e serviços em sua área de atuação. 
O foco na modalidade específica é justamente o que faz do engenheiro o 
profissional ideal para criação de equipamentos, estruturas e processos 
tecnológicos dos quais vidas humanas estejam dependentes, como pontes, 
prédios, robôs de montagem, robôs de cirurgia, processos químicos, processos 
alimentares e muitos outros. 
Em sua atuação, o engenheiro poderá desenvolver novos processos e 
novas metodologias para prestação de serviços que tragam maior eficiência aos 
diversos processos existentes tanto para um único indivíduo quanto para toda 
uma comunidade, sempre primando pelos princípios éticos e de segurança. 
Sendo assim, é necessária uma boa capacidade de criação e inventividade. 
Independentemente de sua área de atuação profissional, o perfil de um 
engenheiro deve ser o de primar pela segurança dos seres humanos que 
utilizarão o resultado de sua atividade, buscando sempre realizar o máximo 
possível, no menor tempo possível e com o menor custo sem prejudicar a 
segurança (Confea, 2020). 
3.1 Perfil do egresso 
O Parecer CNE/CES 1.362/2001 descreve o perfil do egresso de todos os 
cursos de graduação em engenharia da seguinte maneira: 
O perfil dos egressos de um curso de engenharia compreenderá uma 
sólida formação técnico científica e profissional geral que o capacite a 
absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação 
crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, 
considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais 
e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às 
demandas da sociedade. (Brasil, 2002) 
Neste curto trecho do Parecer do Ministério da Educação, redigido em 
2002, podemos perceber que o profissional de engenharia não apenas deve 
estar apto a criar tecnologias como também deve ser capaz de aprender a utilizar 
 
 
18 
novas tecnologias, o que demonstra a necessidade de atualização contínua de 
seus conhecimentos. 
Outro ponto importante dessa descrição de perfil de egresso dos cursos 
de engenharia é o foco principal que um engenheiro deve ter, por exemplo, de 
sempre utilizar seus conhecimentos e criatividade para resolução de problemas. 
Não apenas uma resolução simples e sem cuidados às interfaces, mas 
com um cuidado na resolução de problemas que deverá ir além da causa e 
deverá repercutir através de toda uma atenção aos impactos ambientais, sociais, 
políticos, econômicos e culturais que a solução pode causar. 
Fica clara aqui a necessidade de atenção em fazer mais, melhor e por 
menos, onde fazer mais é dado pela necessidade de atenção em diversos 
aspectos que interagem com o problema, fazer melhor é explicitado na atenção 
que o profissional deverá despender na análise dos impactos não apenas 
sociais, mas ambientais, políticos e culturais. Por fim, fazer com menos é o 
reflexo da responsabilidade social e necessidade da atenção ao impacto 
econômico que a solução terá, buscando sempre reduzir este impacto. 
3.2 Cargos no mercado profissional 
A constante e rápida evolução tecnológica mundial faz do profissional de 
engenharia uma mão de obra mais do que necessária. 
Vimos, no início desta aula, que a primeira Revolução Industrial foi movida 
pelos chamados engenheiros clássicos e marcada pela criação da máquina a 
vapor. 
Já entre 1850 e 1870 um grande movimento se deu em direção ao 
aumento de eficiência da indústria, com a criação de técnicas de produção em 
massa e linhas de produção. O surgimento de máquinas mais eficientes para 
produção acabou por introduzir outras formas de fabricação, principalmente na 
mecanização de produções antes manuais. O uso de eletricidade em conjunto 
com o petróleo e as técnicas de fabricação em massa foram os elementos que 
marcaram esta revolução industrial. 
Com a evolução tecnológica, passamos da máquina a vapor para 
máquinas elétricas e, logo em seguida, apenas cerca de 70 anos após o início 
da segunda revolução industrial, o mundo testemunha a criação do silício e, com 
ele, do computador. Surge assim a Terceira Revolução Industrial. 
 
 
19 
Entre 1950 e a década de 1990 assistiu-se a muitos avanços na área de 
eletrônica e computação, o que elevou a indústria a novos patamares. De 
fábricas mecanizadas, passamos a ver fábricas altamente automatizadas e 
robotizadas. Esses processos eram antes realizados por grandes equipes, mas 
agora podiam ser gerenciados por um pequeno grupo e executado por braços 
robóticos e outras automações. O uso de computadores fez com que tarefas 
complexas passassem a ser rapidamente executadas e na criação de projetos 
de produtos e peças, vimos os softwares de CAD (desenho assistido por 
computador) e CAM (manufatura assistida por computador) se tornarem cada 
vez mais acessíveis e de conhecimento obrigatório para engenheiros. 
Com o alvorecer da internet, na década de 90, vimos um mundo de 
possibilidades crescer exponencialmente à nossa frente. Ainda na década de 
2000 o mundo não tinha um grande conhecimento sobre o que significaria a 
internet para a indústria e para a engenharia, mas podíamos perceber o rápido 
crescimento das tecnologias digitais. 
A popularização do Wi-Fi, internet móvel, celulares com grande 
capacidade de processamento inteligências artificiais foram destaques nesta 
década de 2000 e ainda são a base que permitiu o surgimento da quarta 
revolução industrial, a indústria 4.0. 
Da década de 2010 até hoje, presenciamos o surgimento e popularização 
de novos meios de produção, como as impressoras 3D, meios de transporte de 
produção autônomos, como drones e robôs, criação de uma virtualização e 
abstração de recursos antes extremamente caros, como servidores agora 
transformados em serviços ofertados no que chamamos de nuvem, introdução 
de máquinas e equipamentos comuns como geladeiras, televisores, lâmpadas, 
entre outros com ligação à internet, o que chamamos de IoT (Internet of Things 
ou internet das coisas). 
São justamente estas tecnologias que estão marcando a indústria 4.0. 
Com o rápido avanço no uso de inteligências artificiais para controle de 
produção, tomadas de decisão e análise de dados, ainda teremos muitos 
avanços pela frente, e você, como engenheiro, será parte dessa evolução. 
Pensando nesse contexto, podemos listar alguns dos tipos mais comuns 
de empresas e instituições que trazem as maiores oportunidades de cargos, 
salários e crescimento profissional. 
 
 
20 
Sendo o mercado de trabalho brasileiro muito diversificado e multicultural, 
temos aqui empresas familiares, startups, multinacionais, grandes empresas 
nacionais, empresas sem fins lucrativos, ONGs, estatais e muitomais. Vamos 
ver algumas delas. 
3.2.1 Startups 
Startups são entidades que ainda não se tornaram uma empresa formal, 
ou estão em processo de formalização, mas não possuem estruturas clássicas 
de empresa, como setores bem definidos, serviços internos de recursos 
humanos ou mapeamento e documentações internas de funcionamento. 
Normalmente são empresas com um único produto ou serviço, ainda em 
processo de desenvolvimento e é aí que um engenheiro pode encontrar seu 
desafio para desempenho de função. 
Nesses locais, você normalmente será chamado para compor uma equipe 
de pequena e sem contratos formais de trabalhos, mas com participação em 
sociedades ou recebimento por papéis da empresa, como ações ou 
participações em vendas. Cargos de desenvolvimento de produtos é o tipo mais 
comum, porém gestão também figuram entre as atividades desempenhadas por 
engenheiros. 
O engenheiro encontrará aqui um dos lugares mais informais para 
trabalho, porém com a maior demanda de atividades, normalmente. Desafios 
para criação de grandes inovações são normalmente feitas neste tipo de 
organização. 
3.2.2 Micro e pequenas empresas ou familiares 
São caracterizadas por poucos funcionários (até 49 funcionários para 
agropecuária, comércio e serviços e até 99 pessoas para indústria e construção) 
e acúmulos de funções com salários mais modestos. Nesse tipo de empresas, o 
engenheiro poderá desempenhar cargos de responsável técnico de algum 
serviço ou fabricação de produto, ou de responsável técnico por estrutura de 
comunicações ou de rede de computadores. Poderá ainda exercer cargo de 
gestão ou de desenvolvimento de solução ou ainda todas essas atribuições 
juntas. 
 
 
21 
Pequenas empresas são um ótimo ponto de início ou de mudança de 
área. 
3.2.3 Empresas de porte médio 
São aquelas que possuem de 50 a 99 funcionários em caso de empresa 
da área de agropecuária, comércio ou serviços e de 100 a 499 funcionários para 
os setores de indústria e construção (Sebrae, 2020). 
Nesse tipo de empresas, o profissional de engenharia encontrará salários 
bem variados, porém com cargos não necessariamente de engenharia. Cargos 
com nomes como analista, técnico, supervisor, gestor são usados para não 
caracterizar o cargo de engenheiro. Dessa forma, o profissional de engenharia 
raramente receberá um salário igual ou superior ao piso da categoria. Os 
mesmos cargos desempenhados em uma empresa de pequeno porte podem ser 
encontrados aqui, porém com maiores responsabilidades, na maioria dos casos. 
3.2.4 Empresas de grande porte 
São as que possuem 100 ou mais funcionários para os setores de 
serviços, comércio e agropecuária, ou de 500 ou mais funcionários para os 
setores de indústria e construção. 
Não é raro encontrar uma equipe composta apenas por engenheiros 
nesse tipo de empresa. Neste cenário, o engenheiro poderá ser o detentor da 
responsabilidade técnica perante as atividades gerais ou compor quadro de uma 
equipe de engenheiros e ser responsável técnico por projetos individualmente. 
Nesse cenário enquadram-se também as multinacionais, que propiciarão 
ao profissional de engenharia grandes oportunidades de crescimento, de 
viagens e até imigração para outros países. 
Para que você alcance grandes colocações dentro da organização, saber 
uma língua além do português é imprescindível nesse tipo de empresa, em que, 
além disso, os salários são normalmente equiparados ao piso da categoria ou 
maiores, chegando a cifras bem expressivas, por conta de recebimentos em 
moedas estrangeiras. 
 
 
22 
3.2.5 Empresas estatais ou públicas 
São aquelas empresas geridas e mantidas por governos nacionais, 
podendo ser brasileiras ou até de outros países. Para as empresas estatais 
brasileiras, os famosos concursos públicos são processos de contratação 
obrigatórios para exercermos cargo de engenharia. Aqui encontramos bons 
salários, normalmente maiores do que o piso da categoria, mas inferiores aos 
das multinacionais. 
Nessas empresas, os desafios são bem diversos e não raramente é 
necessário se manter atualizado com cursos de pós-graduações, mestrados e 
doutorados para que você seja elegível às promoções anuais de cargos internos. 
Cargos como engenheiro de inspeção, perito, engenheiro e outros são 
comuns e raramente existirão cargos de desenvolvimento de produtos ou 
serviços, mas sim fiscalizações e manutenções. 
Como você pôde observar, o engenheiro possui uma infinidade de 
atividades que pode desempenhar e em inúmeros tipos de locais de trabalho. 
É importante destacar que muitos profissionais optam por abrir sua própria 
empresa e prestar serviços de engenharia para empresas estatais e empresas 
privadas sob contratos de terceirização ou de licitações. Esse modelo também é 
muito rentável, porém o profissional deve ficar atento com relação à não 
existência de décimo terceiro pagamento, ausência de férias remuneradas e a 
obrigações trabalhistas e de impostos, para não ter problemas financeiros 
desnecessários. 
TEMA 4 – HABILIDADES E COMPETÊNCIAS 
Algumas das principais competências e habilidades que todo engenheiro 
deverá adquirir até sua colação de grau são normalizadas também pela 
Resolução CNE/CES 2/2019 (Brasil, 2019), do Ministério da Educação. De forma 
resumida, o Parecer CNE/CES 1.362/2001 (Brasil, 2002) afirma que essas 
competências são: 
a. aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e 
instrumentais à engenharia; 
b. projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; 
c. conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; 
d. planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de 
engenharia; 
e. identificar, formular e resolver problemas de engenharia; 
f. desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; 
 
 
23 
g. supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; 
h. avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; 
i. comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; 
j. atuar em equipes multidisciplinares; 
k. compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; 
l. avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e 
ambiental; 
m. avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; 
n. assumir a postura de permanente busca de atualização profissional. 
(Brasil, 2002) 
Entretanto, essas não são as únicas competências necessárias para se 
exercer uma profissão em engenharia. Conhecer os principais frameworks de 
trabalho (regras padronizadas e boas práticas em se executar algo) também é 
necessário. 
O principal exemplo de framework que habilmente um engenheiro deve 
conhecer e saber aplicar é o PMBOK (framework para gestão de projetos). Outra 
demanda também crescente é conhecer metodologias ágeis (vários frameworks 
para gestão de projetos de forma mais rápida e menos burocrática que o PMBOK 
e focada em geração de sistemas computacionais, como o SCRUM). 
Para que o engenheiro possa garantir sua eficiência, saber usar 
metodologias de lean manufacturing, six sigma e método kaizen (técnicas de 
aumento de produtividade com base no modelo de gestão criado pela Toyota 
que visa a redução de erros a níveis extremamente baixos ou quase inexistentes) 
é um grande diferencial e muitas vezes cobrado na indústria por meio de 
certificações como green belt ou black belt do lean six sigma. 
A busca por especializações em gestão também é sempre bem-vista pelo 
mercado, sendo os MBAs os tipos mais comuns e que permitem ao engenheiro 
alçar voos mais altos em sua carreira quando voltada para a gestão de empresas 
de engenharia. 
Queremos também enfatizar aqui que existe uma habilidade que está em 
crescente alta de demanda no mercado, não apenas para profissionais de 
engenharia, mas para muitas outras áreas, que é conhecer e saber aplicar 
alguma linguagem de programação de alto nível em conjunto com técnicas 
avançadas em programação voltadas para análisede grandes quantidades de 
dados e inteligência artificial. 
Percebemos, até aqui, que o engenheiro receberá uma grande 
quantidade de conhecimentos ao longo de sua formação, mas que, por conta da 
rápida evolução tecnológica da humanidade, você como profissional deverá 
encarar esses conhecimentos recebidos como uma base para que seu 
 
 
24 
aprendizado nunca pare, a fim de se manter sempre relevante e atual em relação 
às novas técnicas e formas de solução de problemas. 
Sendo assim, muitas outras habilidades e competências ainda serão 
demandadas dada essa rápida evolução humana, porém você não deve perder 
de vista sua base de formação e suas habilidades básicas: capacidade de utilizar 
ciência para solução de problemas complexos, comunicação eficiente, ética 
profissional e permanente curiosidade em busca de atualização profissional. 
TEMA 5 – CAMPO DE ATUAÇÃO 
O campo da engenharia é amplo e multidisciplinar. Nele um engenheiro 
pode atuar como responsável em uma obra industrial e ser habilitado como 
engenheiro civil ou ainda, ser um engenheiro de produção e atuar em melhorias 
de processos em uma montadora de carros. 
Todos os títulos profissionais possíveis para a formação de engenharia 
registrados pelo sistema Confea/CREA são dados pela Tabela de Títulos 
Profissionais, instituída pela Resolução 473/02 (Confea, 2002) e atualizada para 
abranger as novas modalidades de profissionais que surgiram após sua criação. 
Essa tabela agrupa os títulos profissionais em grupos, modalidades e 
nível de formação (Confea, 2020). 
Na Erro! Fonte de referência não encontrada., vemos os grupos 
existentes na tabela do Confea: 
 
 
25 
Figura 6 – Grupos de classificação dos títulos profissionais estipulados pelo 
Confea 
 
Fonte: Confea, 2020. 
Observe que o grupo 2 não faz mais parte do sistema Confea/CREA e, 
portanto, deixou de constar na tabela. O grupo 4 contém as modalidades 
especiais, ou seja, aquelas que não puderam ser encaixadas nas demais 
modalidades por serem multidisciplinares e por poderem ser desempenhadas 
por mais de uma modalidade de engenharia. 
Neste grupo 4, especiais, temos as seguintes engenharias: 
• Engenheiro de Saúde e Segurança; e 
• Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
Esses dois títulos podem ser adquiridos perante o sistema Confea/CREA 
quando da comprovação de formação em curso de especialização ou de 
matérias de graduação que componham as exigências para tal. 
CONFEA
GRUPOS
Grupo 1
Engenharia
Grupo 2
Arquitetura
Grupo 3
Agronomia
Grupo 4
Especiais
 
 
26 
Já para o grupo 1, temos as modalidades de engenharia que são 
organizados conforme mostra a Erro! Fonte de referência não encontrada.. 
Figura 7 – Modalidade profissionais do grupo 1: Engenharias da tabela de títulos 
profissionais do Confea 
 
Fonte: Confea, 2020. 
Cada modalidade de engenharia contém os títulos profissionais que 
podem ser solicitados após a graduação em um curso de engenharia. O 
profissional deverá comprovar seus conhecimentos mediante apresentação de 
histórico escolar. 
Baseado em seu histórico, o sistema Confea/CREA lhe classificará em um 
ou mais dos títulos existentes e que são organizados da seguinte forma (Confea, 
2020): 
 
5.1 Modalidade 1 – Civil
Grupo 1
Engenharia
Modalidade 1
Civil
Modalidade 2
Eletricista
Modalidade 3
Mecânica e 
Metalúrgica
Modalidade 4
Química
Modalidade 5
Geologia e 
Minas
Modalidade 6
Agrimensura
 
 
• Eng. Ambiental; 
• Eng. Civil; 
• Eng. de Fortificação e Construção; 
• Eng. de Operação – Construção Civil; 
• Eng. de Operação – Construção de Estradas; 
• Eng. de Operação – Edificações; 
• Eng. de Operação – Estradas; 
• Eng. Industrial – Civil; 
• Eng. Militar; 
• Eng. Sanitarista; 
• Eng. Sanitarista e Ambiental; 
• Eng. de Infra-Estrutura Aeronáutica; 
• Eng. de Produção – Civil; 
• Eng. Hídrico; 
• Urbanista; e 
• Eng. de Transportes.
5.2 Modalidade 2 – Eletricista 
• Eng. de Computação; 
• Eng. de Comunicações; 
• Eng. de Controle e Automação; 
• Eng. de Operação – Eletrônica; 
• Eng. de Operação – Eletrotécnica; 
• Eng. de Operação – Telecomunicações; 
• Eng. de Produção – Eletricista; 
• Eng. de Telecomunicações; 
• Eng. de Transmissão; 
• Eng. Eletricista; 
• Eng. Eletricista – Eletrônica; 
• Eng. Eletricista – Eletrotécnica; 
• Eng. em Eletrônica; 
• Eng. em Eletrotécnica; 
• Eng. Industrial – Elétrica; 
• Eng. Industrial – Eletrônica; 
 
 
28 
• Eng. Industrial – Eletrotécnica; 
• Eng. Industrial – Telecomunicações; 
• Eng. Biomédico; 
• Eng. de Energia; e 
• Eng. de Software.
5.3 Modalidade 3 – Mecânica e metalurgia 
• Eng. Aeronáutico; 
• Eng. Mecânico e de Armamento; 
• Eng. de Operação – Aeronáutica; 
• Eng. de Operação – Fabricação Mecânica; 
• Eng. de Operação – Indústria da Madeira; 
• Eng. de Operação – Máquinas e Motores; 
• Eng. de Operação – Mecânica; 
• Eng. de Operação – Mecânica Automobilística; 
• Eng. de Operação – Mecânica de Manutenção; 
• Eng. de Operação – Mecânica de Máquinas e Ferramentas; 
• Eng. de Operação – Metalurgista; 
• Eng. de Operação – Processo de Fabricação Mecânica; 
• Eng. de Operação – Produção; 
• Eng. de Operação – Refrigeração e Ar Condicionado; 
• Eng. de Operação – Siderurgia; 
• Eng. de Produção; 
• Eng. de Produção – Mecânica; 
• Eng. de Produção – Metalurgista; 
• Eng. de Produção – Agroindústria; 
• Eng. Industrial – Madeira; 
• Eng. Industrial – Mecânica; 
• Eng. Industrial – Metalurgia; 
• Eng. Mecânico; 
• Eng. Mecânico – Automação e Sistemas; 
• Eng. Metalurgista; 
• Eng. Naval; 
 
 
29 
• Eng. Mecânico Eletricista; 
• Eng. Acústico; 
• Eng. Automotivo; e 
• Eng. Aeroespacial.
5.4 Modalidade 4 – Química 
• Eng. de Alimentos; 
• Eng. de Materiais; 
• Eng. de Operação – Petroquímica; 
• Eng. de Operação – Química; 
• Eng. de Operação – Têxtil; 
• Eng. de Produção – Materiais; 
• Eng. de Produção – Química; 
• Eng. de Produção – Têxtil; 
• Eng. Industrial – Química; 
• Eng. Químico; 
• Eng. Têxtil; 
• Eng. de Petróleo; 
• Eng. de Plástico; 
• Eng. Bioquímico; 
• Eng. Nuclear; 
• Eng. de Bioprocessos e Biotecnologia.
5.5 Modalidade 5 – Geologia e minas 
• Eng. de Minas; 
• Eng. Geólogo; 
• Geólogo; e 
• Eng. de Exploração e Produção de Petróleo. 
5.6 Modalidade 6 – Agrimensura 
• Agrimensor; 
• Eng. Agrimensor; 
• Eng. Cartógrafo; 
 
 
30 
• Eng. de Geodésia; 
• Eng. em Topografia Rural; 
• Eng. Geógrafo; 
• Eng. Topógrafo; 
• Geógrafo; e 
• Eng. Agrimensor e Cartógrafo.
5.7 Modalidade 1 – Agronomia 
No Grupo 3, temos agronomia, que também engloba os seguintes títulos 
profissionais de engenharia: 
• Eng. Agrícola; 
• Eng. Agrônomo; 
• Eng. de Pesca; 
• Eng. Florestal; 
• Meteorologista; e 
• Eng. de Aquicultura.
Após conhecermos todas essas modalidades, percebemos que o campo 
de atuação da engenharia é extremamente abrangente e vai de agricultura, 
pesca e geologia até às clássicas mecânica, elétrica e civil, passando por 
bioquímica, química, biotecnologia e biomédica. 
Praticamente todas as áreas do conhecimento humano se beneficiam da 
forma de solucionar problemas da engenharia e certamente muitas outras 
modalidades serão acrescidas à tabela do Confea/CREA nas próximas décadas. 
FINALIZANDO 
O engenheiro é percebido pela sociedade como um profissional capaz de 
usar todas as ferramentas e conhecimentos de engenharia em conjunto com as 
ciências agrárias, mecânicas, elétricas, químicas, biológicas e outras, para 
solucionar problemas antes impossíveis de serem resolvidos sem uma equipe 
multidisciplinar grande e com pouca sinergia. 
Vimos nesta aula que o engenheiro possui status de profissional habilitado 
e de qualidade garantida por normas, leis e fiscalização de entidades públicas 
 
 
31 
que o elevam ao patamar de detentor de razão técnica e credibilidade perante a 
sociedade. 
Também pudemos conhecer o código de ética e conduta que deverá 
nortear todas assuas ações e tomadas de decisão enquanto profissional de 
engenharia. É nesse código de conduta que reside o motivo de os engenheiros 
de todo o país exercerem suas atribuições de forma padronizada e com alta 
qualidade e é também por ele que a sociedade pode se apoiar e se defender 
quando do exercício ilegal ou de conduta incompatível com o esperado de um 
engenheiro. 
Conhecemos aqui os conselhos de classe, CREAs, e seu papel em 
fiscalizar a atuação dos engenheiros, bem como manter nosso acervo técnico, 
as ARTs. 
Entendemos que não são os CREAs nem o Confea que garantem nosso 
piso salarial, mas sim as entidades de classe e sindicatos de categorias, 
baseados em lei redigida e aprovada em 1966 e, até o momento, sem alteração 
das proporções do piso salarial, mas com evolução em conjunto com o salário 
mínimo nacional. 
Descobrimos a importância do registro no CREA do estado em que 
faremos nossa atuação profissional e que a emissão de ART é de suma 
importância para o registro, oficialização e garantia social do serviço que iremos 
executar, sendo que uma ART é parte do nosso acervo pessoal e pode ser usada 
como comprovação de projetos realizados em currículo profissional ou portfólio. 
Apresentamos o perfil do egresso esperado de um profissional de 
engenharia e quais as nuances contidas no texto oficial do Ministério da 
Educação brasileiro referentes às capacidades que o profissional deve 
demonstrar perante a sociedade em sua atuação. 
Por fim, fizemos a exposição do mercado de trabalho, das possibilidades 
de atuação profissional e como profissionais de engenharias foram 
imprescindíveis durante uma emergência de saúde mundial. 
Agora é com você. Desejamos um excelente caminho de estudos e 
conhecimentos para que seu desenvolvimento como engenheiro seja uma 
experiência única, inesquecível e de grande valor profissional para seu futuro e 
para a sociedade. 
 
 
32 
REFERÊNCIAS 
ABECLIN – Associação Brasileira de Engenharia Clínica. Circular 2020/03 - 
Atitudes para cooperarcom as unidades de saúde. ABEClin, Rio de Janeiro, p. 
2, 2020. 
BRASIL. Lei n. 4.950-A, de 22 de abril de 1966. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, 29 abr. 1966a. 
_____. Lei n. 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, 24 dez.1966b. 
_____. Lei n. 12.378, de 31 de dezembro de 2010. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, 31 dez. 2010. 
BRASIL, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer 
CNE/CES n. 1.362/2001, de 12 de dezembro de 2001. Diário Oficial da União, 
Poder Legislativo, Brasília, 25 fev. 2002. 
_____. Resolução CNE/CES n. 2, de 24 de abril de 2019. Diário Oficial da 
União, Poder Legislativo, Brasília, 24 abr. 2019. 
COCICAN, L. F. E. Introdução à engenharia. Porto Alegre: Bookman, 2017. 
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Resolução n. 473, de 
26 de novembro de 2002. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
12 dez. 2002. 
_____. Resolução n. 1.073/2016. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, 22 abr. 2016. 
_____. Código de ética profissional da engenharia, da agronomia, da 
geologia, da geografia e da meteorologia. 13. ed. Brasília: Gerência de 
Comunicação do Confea – GCO, 2020. 
_____. Tabela de Títulos Profissionais Resolução 473, de 26 de novembro de 
2002. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 27 nov. 2002. 
ENGENHEIROS clínicos na linha de frente contra o Covid-19. CREA-PA, 28 
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<http://www.creapa.com.br/site/index.php/blog/noticias/4219-engenheiros-
clinicos-na-linha-de-frente-contra-o-covid-19>. Acesso em: 20 jan. 2022. 
FREITAS, C. A. (org.). Introdução à engenharia. São Paulo: Pearson, 2020. 
 
 
33 
KRICK, E. V. Introdução à engenharia. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979. 
MENDES, D. Engenharia de produção: do paradigma inicial à sociedade 5.0. 
Curitiba: InterSaberes, 2021. 
OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. 
Porto Alegre: Bookman, 1988. 
ONA – Organização Nacional de Acreditação. Disponível em: 
<https://www.ona.org.br/>. Acesso em: 20 jan. 2022. 
SBEB – Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica. Onde e como estão 
nossos engenheiros biomédicos. Rio de Janeiro: SBEB, 2017. 
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Anuário 
do trabalho nos pequenos negócios 2018. Brasília: Sebrae, 2020.

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