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Engenharia Biomédica: Evolução dos Equipamentos Médicos

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O ENGENHEIRO BIOMÉDICO E 
A PROFISSÃO 
AULA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Guilherme Ditzel Patriota 
2 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Você já conheceu as possibilidades de atuação de diversas áreas da 
engenharia, descobriu as principais atuações de um engenheiro, reguladas pelo 
sistema Confea/CREA. 
Nesta etapa, veremos uma visão geral dos sistemas biomédicos dividida 
em cinco temas: 
• Tema 1 – Evolução e histórico dos equipamentos médicos; 
• Tema 2 – Interface com a biologia; 
• Tema 3 – Interface com a medicina; 
• Tema 4 – Aplicações das tecnologias em saúde; 
• Tema 5 – Áreas da engenharia biomédica. 
Muito antes do surgimento da engenharia biomédica tal como esta é hoje, 
a medicina já dependia de máquina, ferramentas e geração de imagens que 
ajudavam na análise, diagnóstico e tratamento de pacientes com doenças e 
deficiências diversas. 
TEMA 1 – EVOLUÇÃO E HISTÓRICO DOS EQUIPAMENTOS MÉDICOS 
A evolução dos equipamentos médicos está fortemente ligada à evolução 
da medicina no mundo. 
Equipamentos básicos como balanças, estetoscópios, termômetros e até 
relógios para medirmos pulsação são criações que tiveram seu papel importante 
no desenvolvimento tecnológico médico que temos hoje. 
Na Figura 1 temos uma linha do tempo com as principais tecnologias que 
foram a base para as tecnologias médicas usadas hoje. Algumas foram criações 
empíricas e não mais utilizadas e outras são pautadas na ciência e usadas até 
hoje (Bigotti; Taylor, 2017; A história..., [S.d.]; Febrer, 2011) (Marasciulo, 2020) 
(The Nobel Prize, [S.d.]) (Câmara Filho, 2021) 
Já na , temos as tecnologias mais recentes e importantes, que permitiram o 
rápido desenvolvimento das demais tecnologias em saúde que temos hoje 
(The Nobel Prize, [S.d.]) (Bell, 2021) (U.S. Department of Energy, 2009). 
 
 
 
3 
 
 
 
Figura 1 – Linha do tempo das principais tecnologias usadas em saúde (1) 
Crédito: Sun Image/Shutterstock; Peyker/Shutterstock; Channarong Pherngjanda/Shutterstock; 
M.F.A.M. Museum/Shutterstock; Peerayot/Shutterstock; Ulisses Almeida/Shutterstock; Olesia 
O/Shutterstock; Anneka/Shutterstock; Lena Si/Shutterstock. 
 
Figura 2 – Linha do tempo das principais tecnologias usadas em saúde (2) 
 
Crédito: Bohdan Populov/Shutterstock; Allo4e4ka/Shutterstock; Marko Aliaksandr/Shutterstock; 
Springsky/Shutterstock; Panchenko Vladimir/Shutterstock; Creativity Lover/Shutterstock; 
belekekin/Shutterstock; Mad.Vertise/Shutte
4 
 
 
1.1 Imagens médicas 
Vimos nas linhas do tempo anteriores alguns dos principais equipamentos 
e técnicas de desenvolvidas para geração e diagnose por imagens, como 
aparelhos de raios-x, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética e 
PET/CT. 
Imagens médicas são o conjunto de imagens de um paciente que permitam 
o apoio ao diagnóstico do paciente pelo médico. 
A utilização de imagens que representem algum aspecto da saúde de um 
paciente se inicia com a descoberta dos raios-X, mostrado na Figura 3, que 
permitiram ao médico uma análise das estruturas ósseas e de mais tecidos 
internos do paciente sem a necessidade de excussão de cirurgia para tal (U.S. 
Department of Energy, 2009). 
 
Figura 3 – Aparelho de raio-x de médio porte, que pode ser usado em humanos e 
animais de pequeno e médio porte 
Crédito: Manu Reyes/Shutterstock. 
 
5 
 
 
Mesmo não sendo uma representação direta de uma estrutura do paciente, 
o eletrocardiograma (ECG), inventado logo após a descoberta dos raios-X, também 
é um tipo de imagem médica, como mostrado na Figura 4, pois apresenta em forma 
de apoio visual uma informação da biologia do paciente, mais precisamente, do 
estado de funcionamento elétrico do coração. 
Figura 4 – Exemplo de resultado de exame de imagem de um ECG com 12 vias 
 
Crédito: Christian Cantarelli/Shutterstock. 
6 
 
 
Poucas décadas depois do surgimento dos raios-x, a aplicação de ondas 
de ultrassom, anteriormente usadas apenas para ecolocalização de navios e 
submarinos, passou a ser testada e usada para visualização interna de pacientes, 
assim como os raios-X, porém sem o risco da exposição à radiação, como 
exemplificado pela Figura 5. 
Figura 5 – Aparelho de ultrassonografia simples em utilização 
Crédito: Romanets/Shutterstock. 
 
 
7 
 
 
 
Em busca de melhorias na qualidade e precisão das imagens de raios-x, 
testes com aparelhos de raios-x que rotacionavam em torno do paciente deram 
origem aos tomógrafos, ressonâncias magnéticas e PET/CT. 
Todos esses equipamentos possuem princípios semelhantes e utilizam 
computação e modelos matemáticos para recriar imagens de partes cada vez 
mais precisas e isoladas das demais, internas do corpo dos pacientes. 
Alguns são menos invasivos e com menos exposição à radiação, como a 
ultrassonografia e outros possuem maior carga de radiação, como raios-X e 
tomografias computadorizadas (CT), cuja máquina é mostrada pela Figura 6. 
Figura 6 – Máquina de tomografia computadorizada (CT) 
 
Crédito: Kckate16/Shutterstock. 
Ressonâncias magnéticas (MRI), exemplificadas pela Figura 7, se utilizam 
de campos magnéticos para criação das imagens do paciente e por este motivo, 
não emitem radiação prejudicial. A principal diferença visual entre um CT e uma 
MRI é a saída de exaustão para o teto da sala, vindo da máquina de MRI. Essa 
exaustão existe para liberação em caso de emergência, em forma de gás, do 
nitrogênio ou hélio líquidos que resfriam a máquina (Hochhegger, 2015).
8 
 
 
Figura 7 – Aparelho de MRI (ressonância magnética) com detalhe para duto de 
exaustão no teto 
 
Crédito: Kali Antye/Shutterstock. 
PET/CT é a união da tomografia com técnicas de detecção de pósitrons, 
radiação emitida por elementos radioativos ou químicos de baixa potência 
ingeridos ou injetados no paciente, chamados de contraste ou marcadores, para 
aumentar o contraste da imagem em determinados tecidos. Tanto estrutura 
quanto os equipamentos são muito parecidos com o CT (U.S. Department Of 
Energy, 2009). 
Além dos equipamentos de imagens estáticas, ainda existem os 
aparelhos de ultrassonografia 4D, que recriam um vídeo em três dimensões da 
estrutura interna do paciente. A quarta dimensão é justamente o tempo do vídeo. 
 
9 
 
 
Figura 8 – Gama Câmera para realização de exames de PET/CT, cintilografia e 
tomografia 
 
 
Crédito: Bork/Shutterstock. 
Além dos ultrassons 4D existem os aparelhos de angiografia, também 
chamados de aparelhos de hemodinâmica. Estes são grandes aparelhos que 
ocupam uma sala cirúrgica inteira e normalmente são montados no teto ou em 
trolhos no chão. Na Figura 9 temos a foto de uma sala com esse equipamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Figura 9 – Aparelho de angiografia (arco em C à esquerda da imagem) em uma 
sala de hemodinâmica 
 
 
Crédito: Radiological Imaging/Shutterstock. 
Já na Figura 10 vemos um esquemático do angiógrafo, com o 
posicionamento do paciente e um exemplo de imagem gerada e mostrada nos 
monitores acima da mesa cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Figura 10 – Representação gráfica de uma máquina de angiografia com o 
posicionamento do paciente e imagens das artérias em estudo 
 
Crédito: Rumruay Shutterstock. 
1.2 Manutenção de vida 
Para além dos equipamentos de visualização do paciente, temos 
aparelhos que monitoram e mantêm os sinais ditais dos pacientes. 
A esses equipamentos damos o nome de equipamentos de manutenção 
de vida. 
Alguns exemplos mais comuns são os aparelhos de anestesia, 
ventiladores pulmonares, aparelhos de ECMO (oxigenação por membrana 
extracorpórea), bombas de infusão, monitores de oximetria, desfibriladores, 
cardioversores e monitores multiparamétricos, também chamados de 
multiparâmetros ou de sinais vitais. 
Os monitores multiparamétricos, exemplificados pela Figura 11, 
apresentam em uma única tela diversos sinais vitais do paciente, como 
temperatura, pressão, ECG e oximetria.12 
 
 
Figura 11 – Monitor multiparamétrico 
 
 
 
Crédito:Whyframe/Shutterstock. 
Esses monitores são amplamente usados em diversos setores de 
atendimento à saúde, desde salas de cirurgias, UTIs e leitos de internamento à 
ambulâncias e veículos de transporte de pacientes. 
A combinação das leituras de oxigenação do sangue, batimentos 
cardíacos, eletrocardiograma, temperatura e pressão do paciente em uma única 
tela faz desse aparelho um concentrador de dados sobre as condições do 
paciente e de alarmes coordenados em caso de alteração ou piora do quadro 
clínico. 
Em uma sala cirúrgica, além dos monitores de sinais vitais como o 
multiparâmetros, cardíaco ou de ECG, ainda temos as máquinas que mantêm a 
vida do paciente, como os aparelhos de anestesia e equipamentos de circulação 
extracorpórea (ECMO), mostrados na Figura 12. 
 
13 
 
 
Figura 12 – Aparelho de ECMO à esquerda e de anestesia à direita 
 
Crédito: Kiryl Lis/Shutterstock; Sport08/Shutterstock. 
 
Perceba que, no caso da imagem do aparelho de anestesia, duas telas 
estão acopladas ao mesmo, pois é prática padrão mantermos o monitor 
multiparamétricos junto ao aparelho de anestesia para controle dos sinais vitais 
pelo médico anestesista. 
Muitos outros equipamentos de manutenção à vida poderiam ser 
mostrados aqui, em todas as suas configurações possíveis, porém nosso 
conhecimento será aprofundado durante o curso. Para resumirmos, vamos 
finalizar com o aparelho que mais teve foco nos anos de 2020 e 2021, os 
respiradores ou ventiladores pulmonares. 
Os respiradores são aparelhos que mantêm o fluxo de oxigênio no pulmão 
do paciente mesmo que os músculos do paciente não estejam respondendo aos 
estímulos, garantindo a circulação de oxigênio necessária para manutenção da 
vida do paciente entubado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
A Figura 13 mostra um dos aparelhos que realizam esse tipo de função. 
Perceba que esse aparelho lembra muito um aparelho de anestesia, pois sua 
função é muito parecida, além de também ser utilizado em conjunto com o 
monitor multiparâmetros, não em cirurgias, mas em salas de UTI. 
 
Figura 13 – Aparelho de respiração pulmonar, também chamado de ventilador 
pulmonar ou respirador 
 
Crédito: AlexLMX/Shutterstock. 
 
 
 
 
15 
 
 
TEMA 2 – INTERFACE COM A BIOLOGIA 
A engenharia biomédica se conecta à biologia e a todos os profissionais 
envolvidos na melhora da qualidade de vida e saúde dos pacientes, sejam eles 
pessoas ou animais. É nossa atuação em conjunto com hospitais, farmácias, 
laboratórios, órgãos reguladores e laboratórios que criam a sinergia necessária 
entre biologia e tecnologia para o aumento da eficiência da saúde como um todo. 
Assim como o objetivo de todos os equipamentos médico-hospitalares é 
o de garantir a segurança e a melhoria da saúde dos pacientes, laboratórios de 
análises clínicas e farmácias hospitalares são parte da cadeia de suporte a essas 
atividades. 
Laboratórios de análises clínicas recebem os exames coletados pelas 
equipes de enfermagem e realizam os exames necessários para o melhor 
embasamento clínico no diagnóstico do paciente. 
Esses laboratórios podem ser internos aos hospitais ou serem empresas 
prestadoras de serviços externas, porém com grande agilidade na execução de 
exames, além de fornecerem exames laboratoriais para redes de saúde 
preventiva, como as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento públicas) e postos 
de saúde do Brasil. 
São esses serviços que garantem um diagnóstico precoce e 
acompanhamento preciso da saúde de toda a população, ao executarem exames 
de urina, sangue, análise e sequenciamento de DNA, análise celular, molecular 
e tantos outros. 
Para a execução de tais exames, muitos equipamentos de alta precisão e 
extremamente sensíveis são utilizados, como microscópios, os sequenciadores 
de DNA ou analisadores de sangue para hemograma, como os vistos na Figura 
14. 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Figura 14 – Equipamentos de laboratório de análises clínicas 
 
Crédito: Evgeniy Kalinovskiy/Shutterstock. 
Para que haja a garantia de exatidão na emissão desses exames, 
engenheiros biomédicos são responsáveis pela fabricação, calibração e 
manutenção deles. 
Após o diagnóstico do paciente, o tratamento muitas vezes é realizado 
internamente aos hospitais. Para que haja precisão na medicação dos pacientes, 
os hospitais possuem farmácias internas que manipulam medicamentos, 
unitarizam comprimidos, realizam os controles de dispensação de fármacos e 
muito mais. 
Nessas farmácias, temos os equipamentos de unitarização de 
medicamentos, que separam os medicamentos em cápsulas de suas cartelas e 
os armazenam separadamente, para envio ao paciente nas quantidades exatas. 
Também existem equipamentos chamados de capelas de fluxo laminar, nas 
quais ocorrem manipulação de produtos de alto risco à saúde, como 
quimioterápicos ou elementos tóxicos em grandes quantidades, mas que 
precisam ser manipulados e preparados nas quantidades certas para o 
tratamento dos pacientes. Vemos uma dessas capelas de fluxo laminar em uso. 
 
17 
 
 
 
Figura 15 – Profissional realizando procedimento em equipamento capela de 
fluxo laminar 
 
Crédito: Warut Pothikit/Shutterstock. 
Muitos outros equipamentos são utilizados no apoio ao diagnóstico e no 
tratamento dos pacientes e durante o curso você aprenderá muito sobre diversos 
deles. 
TEMA 3 – INTERFACE COM A MEDICINA 
Para muito além dos equipamentos de laboratório, de manutenção à vida 
ou qualquer outro, a comunicação do profissional de engenharia biomédica com 
as equipes médicas, de enfermagem, fisioterapeutas e administradores é o 
grande diferencial de um bom profissional. 
Sem uma comunicação eficiente e de mesmo nível técnico, o profissional 
de engenharia biomédica não conseguirá desempenhar seus diversos papéis da 
melhor forma possível. 
Conhecer as diversas instituições de saúde e seus objetivos é 
imprescindível para que o profissional de engenharia biomédica entregue um 
trabalho com excelência. 
Hospitais possuem gestão diferente de laboratórios e de fabricantes de 
18 
 
 
equipamentos e buscam sempre um bom equilíbrio entre seus altos custos e os 
procedimentos oferecidos pela instituição. Focar em aumento no tempo de vida 
dos equipamentos e redução de custos com insumos e eletricidade é sempre um 
bom caminho a se seguir. 
Nessas instituições, existe sempre uma dualidade entre gestão de custos 
pelos administradores e gestão de saúde pelo corpo de enfermagem. 
Enquanto os administradores buscam a redução de custos e o aumento 
da eficiência, os enfermeiros visam o aumento do conforto dos pacientes e 
minimização de erros para aumento da segurança e eficiência dos tratamentos. 
Em primeira vista, isso não parece ser dois lados diferentes, porém 
quando percebemos que aumentar a segurança exige investimento em 
equipamentos melhores ou melhoria de infraestruturas que estão em 
funcionamento normal ou que o aumento da qualidade de vida do paciente exige 
gastos em expansão e redução da eficiência financeira, por metro quadrado, da 
instituição, a dualidade se evidencia. 
Ao falarmos com administradores hospitalares, devemos conhecer os 
objetivos da instituição em questão e utilizar termos simples e de fácil 
compreensão. Focar em processos e ferramentas da qualidade é sempre o 
melhor caminho para que nossos esforços em melhorar a segurança do paciente 
seja bem recebida. Ainda, entender que o equilíbrio financeiro também faz parte 
da equação e que sem isso não existe atendimento ao paciente é de fundamental 
importância. 
Já ao falarmos com enfermeiros, fisioterapeutas ou médicos, nosso foco 
geralmente é em busca da melhor opção, dentro das demandas desses 
profissionais, mas que se encaixem com o perfil e padrão da instituição em que 
atuamos. 
Indicar o melhor e mais caro aparelho de raios-x é sempre a opção mais 
seguracom relação à qualidade de vida e segurança do paciente, porém pode 
não condizer com o perfil de atendimento ou capacidade financeira da instituição. 
Muitas vezes possuir um equipamento mais simples e mais barato o quanto 
antes, é melhor e mais adequado ao tratamento dos pacientes do que não 
conseguir comprar o mais caro e aguardar até a oportunidade surgir. 
Isso também é válido para dimensionamento de equipamentos de cirurgia, 
como bisturis eletrônicos, torres de videolaparoscopia ou arcos cirúrgicos. Muitos 
modelos estão disponíveis no mercado e com valores muito diferentes entre si. 
Podemos encontrar facilmente diferenças de mais de 3 vezes entre o valor 
19 
 
 
menor e o maior. Saber quando indicar um ou outro também faz parte de nossa 
interpretação e capacidade em solucionar problemas da forma mais eficiente 
possível. 
Já para o trato com profissionais de fisioterapia, precisamos entender as 
limitações tanto da instituição quanto dos profissionais, que são os responsáveis 
pela instalação e retirada dos equipamentos de ventilação pulmonar nos 
pacientes críticos. De nada adianta conseguirmos verbas suficientes para o 
melhor equipamento e não realizarmos treinamentos de toda a equipe que 
utilizará o maquinário. 
Saber realizar uma comunicação eficiente e corretamente localizada 
financeiramente e tecnicamente faz parte das atribuições de um engenheiro 
biomédico. Sem essa sensibilidade, não é possível o completo entendimento 
entre profissionais médicos e equipe técnica para a criação ou implantação de 
novas tecnologias que solucionarão os problemas em análise. 
TEMA 4 – APLICAÇÕES DAS TECNOLOGIAS EM SAÚDE 
Para muito além da gestão e manutenção dos equipamentos existentes, 
o profissional de engenharia biomédica deve se manter atualizado sobre novas 
tecnologias da área de saúde. 
Dos equipamentos de endoscopia, que permitiram a visualização, por 
câmera de vídeo, de partes internas de pacientes como traqueia, duodeno ou 
intestino para equipamentos de cirurgias minimamente invasivas, chamados de 
torres de vídeo laparoscopia, compostos por câmera de vídeo, insufladores, 
fontes de luz e eletrocautérios (bisturis eletrônicos), todos mostrados na Figura 
16, passamos por uma intensa evolução tecnológica. 
20 
 
 
Figura 16 – Torre de videolaparoscopia em utilização durante procedimento 
cirúrgico. Nesta torre estão presentes, de cima para baixo, o monitor grau médico 
de alta resolução, o insuflador de CO2, o receptor da câmera de vídeo, uma fonte 
de luz com fibra ótica conectada e um bisturi eletrônico (eletrocautério) 
 
Crédito: Roman Zaiets/Shutterstock. 
Hoje, a união dos equipamentos de cirurgias minimamente invasivas ou 
torres de vídeo laparoscopia, com braços robóticos, permitiu o desenvolvimento 
de robôs de cirurgia não autônomos, como o sistema cirúrgico robótico da Vinci 
X, mostrado na Figura 17 (conhecido como robô Da Vinci) (Strattner, 2020). 
21 
 
 
Figura 17 – Representação do robô Da Vinci 
 
 
Crédito: Motionblur Studios/Shutterstock; Mad.Vertise/Shutterstock. 
Com essa inovação, surge a possibilidade de realização de cirurgias à 
distância, com o paciente em um país e o cirurgião em outro, bastando existir 
um equipamento de comando do robô Da Vinci no local do médico e um robô Da 
Vinci em uma sala cirúrgica com o profissional instrumentador e o paciente no 
outro local. 
O avanço das comunicações permitiu essa evolução cirúrgica e deu início 
ao que chamamos de telemedicina, por meio da qual um profissional médico 
pode consultar seus pares em qualquer local do globo em tempo real e discutir 
exames digitais de tomografia, raios-x, ultrassonografias e quaisquer outros 
exames necessários para auxílio ao diagnóstico. 
Com o avanço da telemedicina, possibilidades como consultas à distância 
e atendimentos a comunidades antes isoladas, passa a ser uma opção viável. 
22 
 
 
Em conjunto com essas evoluções descritas acima, a digitalização das 
informações dos pacientes, antes feitas apenas em papel pelos médicos, 
chamadas de prontuário médico, agora passam a ser reconhecidas como 
prontuário do paciente e possuem formato digital e subordinados às leis de 
gestão de dados de pessoas por empresas, a LGPD (Brasil, 2018). 
Alterações conceituais como essa parecem ter pouco ou nenhum efeito 
prático, à primeira vista, porém abrem a possibilidade da implantação de 
prontuário único por pessoa, garantindo sigilo e guarda dos dados pelo próprio 
indivíduo e ainda permite um acompanhamento universal da saúde da pessoa 
sem perda de dados e completa desde o nascimento. 
Evoluções como essa já existem em países como o Canadá, no qual a 
saúde é pública e os dados dos pacientes são pessoais e com local de registro 
único, chamado de prontuário único ou prontuário eletrônico único, ilustrado pela 
Figura 18 (Brandão, 2020). 
Figura 18 – Representação de acesso digital aos dados do paciente, chamado 
de prontuário eletrônico 
 
Crédito: Tero Vesalainen/Shutterstock. 
23 
 
 
Para além da digitalização dos dados, o uso deste em conjunto com 
inteligências artificiais poderiam propiciar um grande aumento na velocidade de 
identificação de problemas na saúde, como exemplificado pelo desenho da 
Figura 19. Um exemplo que temo hoje é o robô Laura, inteligência artificial que 
analisa dados em tempo real dos pacientes internados e retorna alarmes quando 
se identifica uma alteração no quadro clínico do paciente (Laura, [S.d.]). 
Figura 19 – Desenho com representações de algumas áreas da saúde que as 
inteligências artificiais poderão auxiliar no desenvolvimento de novas tecnologias 
 
Crédito: Aurielaki/Shutterstock. 
TEMA 5 – ÁREAS DA ENGENHARIA BIOMÉDICA 
Vimos em conteúdos anteriores o que define um profissional de 
engenharia e quais as áreas específicas de atuação da engenharia biomédica. 
Ao saber que, durante sua formação, você poderá optar por caminhos diferentes, 
fica claro que sua atuação profissional poderá ser bem diversificada. 
Algumas das principais áreas de atuação dos engenheiros biomédicos no 
Brasil são mostradas na Figura 20. 
 
24 
 
 
Figura 20 – Principais áreas da engenharia biomédica 
 
 
A união de conhecimentos em inteligência artificial, big data, robótica, 
entre outros está se mostrando o caminho maios trilhado pelos profissionais da 
área. 
5.1 Mais algumas áreas de atuação e especialidades 
Além de Engenharia Clínica, Desenvolvimento de Equipamentos Médico- 
Hospitalares e Engenharia Hospitalar, já vistas em conteúdos anteriores, 
podemos citar mais algumas: 
 
 
 
Biomecânica 
Processamento 
de Sinais 
Reabilitação 
Robótica 
Engenharia 
Biomédica 
Engenharia 
Clínica 
Biomateriais 
Engenharia 
Hospitalar 
Imagens 
Médicas 
Bioinformática 
25 
 
 
5.1.1 Engenheiro de aplicação e engenheiro de vendas 
Depois das três atuações mais frequentes, apresentadas em conteúdos 
anteriores, temos a área de engenheiro de vendas técnicas e engenheiro de 
aplicação/treinamento pós-venda. Os dois atuam de forma muito parecida e 
muitas vezes são o mesmo profissional dentro de uma empresa. São esses 
profissionais de engenharia biomédica quem farão a análise técnica das 
necessidades dos clientes e criarão o conjunto perfeito de produtos ou serviços 
para cada situação. 
Vender equipamentos médicos exige um grande conhecimento de 
funcionamento tanto do equipamento quanto da biologia humana, pois o cliente 
muitas vezes é um médico ou um enfermeiro que possui um vocabulário 
extremamente técnico em sua área e precisa se comunicar no mesmo nível 
técnico com o vendedor. Sendo assim, essa atuação profissional é de grande 
importância e muito bem remunerada em nosso país, ocupando o lugar mais alto 
em níveis salariais tanto de entrada e de média, quanto de topo. A demanda por 
esses profissionais é menor do que manutenção e engenharia clínica, porém é 
mais alta do que para desenvolvedores, tendoem vista a cultura de terceirização 
do desenvolvimento no país (SBEB, 2017) 
5.1.2 Engenheiro da qualidade e outros 
Para além das atuações descritas anteriormente, ainda existem 
demandas por engenheiros biomédicos para funções de garantia da qualidade 
de processos em hospitais e fabricantes de equipamentos, consultorias de 
especialista em equipamentos médicos para criação ou renovação de registro de 
equipamentos médicos perante a Anvisa, atuação como analista técnico e outros 
cargos públicos na Anvisa e Inmetro, gestor técnico e de estratégias em 
provedores de planos de saúde e muitos outros, tendo em vista que o profissional 
de engenharia biomédica é considerado pelo CREA como uma ramificação do 
profissional de engenharia elétrica (Confea, 2018). 
5.2 Mercado de trabalho 
Como vimos no tópico anterior, sobre áreas de atuação, o mercado de 
trabalho para as áreas de engenharia clínica, manutenção predial e engenheiro 
de aplicação é o que mais apresenta demanda. 
26 
 
 
Nos dois primeiros isso ocorre porque existem mais hospitais, clínicas, 
hospitais veterinários, serviços de imagenologia e consultórios odontológicos do 
que o número de profissionais habilitados para execução das atividades. 
Como vimos, se o número de hospitais no país é maior que 6.500 
unidades, ao somarmos os demais citados acima, como consultórios 
odontológicos e serviços de veterinária, a demanda se multiplica, enquanto a 
oferta de mão de obra cresce a uma taxa inferior ao necessário (SBEB, 2017). 
Estima-se que exista uma demanda de mais de 50 oportunidades de 
emprego para cada profissional atuando na área, mesmo após os ocorridos de 
2020, que aumentou o número de profissionais na área por conta das 
divulgações da necessidade na mídia televisiva (CREA-PA, 2020). 
Já para a área de engenheiros de aplicação, como estes são, muitas 
vezes, responsáveis pela venda e treinamento das equipes de atendimento à 
saúde na utilização dos equipamentos, o mercado de trabalho é tão grande 
quanto para os citados anteriormente. 
Como esses profissionais são requisitados toda vez que alguma empresa 
ou profissional precisa adquirir um equipamento médico-hospitalar ou insumo 
para estes, a crescente demanda dos equipamentos causou um aumento 
expressivo nas vagas disponíveis. 
Nesse cenário, a Associação Brasileira de Engenharia Clínica emitiu, no 
início de 2020, diversas circulares, entre as quais uma que tratava justamente de 
um apelo à comunidade de profissionais da área de vendas e aplicações. A 
solicitação focava no aumento da sinergia no fornecimento de insumos e 
equipamentos para unidades básicas de saúde (Abeclin, 2020). 
Para além das atividades mencionadas anteriormente, ainda temos as 
certificadoras e acreditadoras na área de saúde, como a Organização Nacional 
de Acreditação (ONA, [S.d.]). 
A atuação dos profissionais de engenharia biomédica em serviços como 
este vão desde fiscalização, avaliação, auditoria e inspeção a até consultorias 
para melhoramento dos serviços e gestão do parque tecnológico da instituição 
para obtenção da acreditação. 
Como para um hospital a acreditação é de grande importância social, essa 
demanda também é proporcional à quantidade de instituições de saúde. 
 
 
27 
 
 
FINALIZANDO 
Vimos a grande evolução que tivemos até o momento na área de 
equipamentos médicos e percebemos a grande influência da robótica e 
inteligência artificial nas possíveis próximas grandes descobertas. 
Conhecemos um pouco sobre a interface da engenharia biomédica com 
a biologia e a medicina e quais os principais avanços tecnológicos dessas áreas. 
Aprendemos, ao final, um pouco mais sobre a área de atuação da 
engenharia biomédica e quais os próximos desafios nessa área, como aplicação 
de IA e robótica no aumento da qualidade dos serviços em saúde. 
Os sistemas biomédicos vão muito além da criação de um equipamento 
que faça leitura de sinais biológicos. Eles, hoje, são a base dos avanços 
percebidos na qualidade de vida de toda a sociedade. 
 
28 
 
 
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