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UNIBTA DIGITAL - GRADUAÇÃO EAD AGRONOMIA - SEMIPRESENCIAL LIVE WEBERT PEREIRA DE SOUZA PROJETO MULTIDISCIPLINAR: ETAPA 04 FORMOSA - GO 2022 WEBERT PEREIRA DE SOUZA PROJETO MULTIDISCIPLINAR: ETAPA 04 Trabalho multidisciplinar apresentada ao UniBTA, como requisito para a obtenção de nota semestral nas disciplinas norteadoras do semestre FORMOSA - GO 2022 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 ETAPA 04 - ATIVIDADE 02: PESQUISA REALIZADA ...................................... 6 CONCLUSÃO ................................................................................................... 9 .............................................................................................. 11 4 INTRODUÇÃO O termo sustentabilidade começou a ser utilizado com frequência pela comunidade internacional em meados da década de 1980 e tornou-se um importante tema de debate social. Questões têm sido levantadas sobre a taxa de crescimento econômico quando os efeitos da agricultura "moderna" se traduzem em efeito estufa, desmatamento, chuva ácida, destruição da camada de ozônio e mudança climática (VEIGA, 2015). É um termo que muitas vezes é adaptado por diversos motivos, tanto para atender novas necessidades do mercado sem pressão quanto para corrigir falhas em antigos conceitos a fim de melhorar a relação do homem com a natureza. No entanto, deve sempre ser respeitada a sua ideia principal, que garantirá a qualidade de vida dos cidadãos e a permanência dos recursos naturais da terra. Sua origem pode ser compreendida sob dois aspectos: primeiro, da biologia, através da ecologia; Refere-se à capacidade de um ecossistema se recuperar e se reproduzir (resiliência) diante de agressões provocadas pelo homem (abuso de recursos naturais, desmatamento, incêndios, etc.) ou desastres naturais (terremotos, tsunamis, incêndios, etc.) (NASCIMENTO, 2012). Em segundo lugar, economicamente, como adjetiva para o desenvolvimento, dada a cognição de "insustentabilidade" do modelo de desenvolvimento social contemporâneo, este modelo leva a crises econômicas, sociais, políticas, culturais e ambientais (DEPONTI, 2001). Assim, o presente é amplamente propício para discutir e formular um novo modelo de desenvolvimento que não ameace a sobrevivência e a qualidade de vida na Terra. Diante dessa consideração de sustentabilidade, o presente trabalho tem como objetivo investigar a literatura sobre a reavaliação de conceitos de desenvolvimento principalmente relacionados à ideia de crescimento (BELLEN, 2006 p.21). Um novo modelo de desenvolvimento baseado no conceito de sustentabilidade. Diante do alto uso de insumos químicos na produção de alimentos, discutem-se diferentes tipos de manejo, em prol de uma agricultura ambientalmente consciente, em detrimento da saúde e bem-estar dos agricultores e consumidores. Diante do impacto dos modelos tradicionais de produção, os métodos de produção 5 de alimentos precisam ser inovadores e adotar tecnologias específicas para aperfeiçoar o uso dos recursos naturais e socioeconômicos existentes. Combinando a integridade cultural das comunidades rurais com o objetivo de sustentabilidade econômica e ecológica, minimizando a dependência de fontes de energia não renováveis e usando abordagens culturais, biológicas e mecânicas, a busca por formas alternativas torna-se urgente. Nesse sentido, a oposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de organismos geneticamente modificados e radiação ionizante, em qualquer etapa do processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização, bem como a proteção do meio ambiente, priorizando a qualidade em todos os aspectos e o respeito ao meio ambiente e às sociedades, utilizando principalmente insumos alternativos e naturais ao invés de insumos sintéticos, como o uso de óleos essenciais na produção agrícola alternativa. Dito isso, um novo paradigma de desenvolvimento baseado no conceito de sustentabilidade e esforços para descrever os problemas de produção sustentável que têm sido enfrentados na região amazônica destacam importantes trabalhos nessa área. 6 ETAPA 04 - ATIVIDADE 02: PESQUISA REALIZADA AGRONOMIA SUSTENTÁVEL Originalmente, pensava-se que era um termo derivado do latim: sustentar = sustentar, apoiar; defender, proteger, apoiar, auxiliar; manter, manter intacto; levantar, resistir. (Dicionário latim - português). Ou ainda, “que pode ser mantido por longo tempo”, ou então “que pode ser perpetuado” ( OUZ , 2019). Embora utilizado pela primeira vez na década de 1980, quando parecia definir o conceito de desenvolvimento e expressar a visão mais generosa do futuro, o termo sustentabilidade não foi cunhado naquela época. Suas origens estão intrinsecamente ligadas à demanda por recursos naturais e seus reflexos nos impactos ambientais relatados ao longo da história da humanidade (FEIL et al., 2016). Foi na consciência da crise ambiental mundial que a ideia de desenvolvimento sustentável ganhou corpo e expressão política no adjetivo da palavra desenvolvimento (NASCIMENTO, 2012). Segundo Marzall (1999), "os primeiros sinais da chamada revolução ambiental foram observados no pós-guerra, que incluiu testes nucleares, rápido crescimento da indústria e aumento do consumo. Pela primeira vez, a humanidade tomou consciência a existência de riscos ambientais globais." Momento: Contaminação Nuclear (NASCIMENTO, 2012). Também na agricultura, a palavra “sustentável” começa a chamar a atenção de cada vez mais dos produtores e pesquisadores dispostos a repensar os rumos da produção (EHLERS, 2008). Esse intenso interesse indica insatisfação com o status quo da agricultura e busca por novos padrões de produção (ALLEN et al.; 1991). Essa norma substituirá o cenário de vulnerabilidade da produção tradicional (agricultura moderna) frente às questões energéticas e ambientais. Ou seja, novos padrões tecnológicos que combinam práticas tradicionais e alternativas para garantir a segurança alimentar sem agredir o meio ambiente e manter as características dos agro ecossistemas no longo prazo. Esse desejo, aliado à curiosidade sobre métodos alternativos de produção e à crescente pressão da opinião pública sobre os órgãos governamentais responsáveis pela segurança alimentar e proteção ambiental, tem contribuído para a rápida consolidação da expressão internacionalmente reconhecida da agricultura sustentável (EHLERS, 2008). 7 Assim como há controvérsia em torno do termo sustentabilidade devido à diversidade de interpretações, também o é o termo agricultura sustentável (EDWARDS et al., 1990). Várias definições são expostas, descrevendo diferentes perspectivas. Alguns a interpretam como um simples ajuste aos atuais padrões de produção, outros a veem como uma meta de mudança estrutural de longo prazo, não apenas na produção agrícola, mas na sociedade como um todo (EHLERS, 1994, p. 117). Os grupos que defendem apenas algumas adaptações dos padrões atuais entendem a agricultura sustentável como sinônimo de padrões tradicionais, mas praticada com maior eficiência e "racionalidade" (EHLERS, 1994). Para aqueles pertencentes à segunda perspectiva, os chamados "radicais", a agricultura sustentável é considerada um agente de mudança nos aspectos econômicos, políticos, socioculturais e ambientais dos sistemas de produção agrícola (LABRADOR MORENO & ALTIERI, 1994). Dentre as técnicas discutidas na literatura, os óleos essenciais são potenciais alternativas aos agroquímicos, pois “são uma opção promissora parao desenvolvimento de produtos fitossanitários que podem ser utilizados no manejo de doenças de plantas” (LORENZETTI et al., 2001, p. 619). De acordo com Andrei et al. (2005), os óleos essenciais são substâncias orgânicas muito aromáticas e voláteis, de consistência aquosa e límpida, mas que podem solidificar a baixas temperaturas. Os óleos essenciais são subprodutos do metabolismo vegetal, produzidos para a proteção das plantas, podendo ser provenientes de folhas, flores, caules, talos, caules, pecíolos, cascas, raízes, glândulas ou outros componentes vegetais especialmente os das Lauraceae, Myrtaceae, Lip Apiaceae, plantas compostas, Rutaceae e Umbelliferae (ANDREI et al., 2005). Segundo Dutra et al (2016), o óleo é produzido e armazenado em tricomas glandulares, células diferenciadas do parênquima, canais secretores ou bolsas lisogênicas ou líticas. Podem ser encontrados em diversos órgãos como flores (laranjeira, rosa), folhas (eucalipto), casca (canela), rizoma (cúrcuma), fruto (funcho) ou sementes (noz-moscada) (DUTRA, 2016). Cardoso et al. (2000) apontaram que os efeitos dos óleos essenciais estão relacionados à sua volatilidade, são um sinal de comunicação química com o reino vegetal e uma arma de defesa contra o reino animal. Acredita-se que faça parte de 8 funções ecológicas, incluindo afastar predadores, atrair polinizadores e prevenir a perda de água e o aquecimento. Além disso, segundo os mesmos autores, a toxicidade de alguns constituintes do óleo volátil constitui uma proteção contra predadores e ervam daninhas, uma vez que o mentol e a mentona são inibidores do crescimento de várias espécies de larvas. Os óleos essenciais são compostos de elementos básicos como carbono, oxigênio, hidrogênio e derivados fenilpropanóides ou terpenóides. (CARDOSO et al., 2005). Lupe (2007) acrescentou que os terpenóides são derivados de unidades de isopreno e os fenilpropanos são derivados do ácido shiquímico, que constitui os blocos de construção dos ácidos cinâmico e p-cumárico. Os autores também destacam que a composição química dos óleos essenciais pode ser influenciada pelas condições ambientais, por exemplo: um óleo essencial cultivado em região chuvosa pode ter composição química diferente de um indivíduo da mesma espécie cultivado em região mais seca. Pode-se dizer que, de acordo com os pontos anteriores, tanto a proteção dos recursos naturais quanto a solução dos problemas sociais têm preocupações óbvias. Portanto, a agricultura sustentável deve considerar a busca da justiça social além dos aspectos ecológicos e estritamente econômicos (DEPONTI, 2001). Portanto, como qualquer atividade econômica, a agricultura sustentável precisa ser: economicamente viável; ecologicamente correta e socialmente justa (SOUZA, 2019). Em 1993, por meio de um fórum realizado por um grupo de ONGs agroambientais em Copenhague, na Dinamarca, mais três dimensões foram acrescentadas à definição de agricultura sustentável, a saber: participação, equidade e conhecimento. Ehlers (1996) concluiu: “ gro ecologicamente equilibrado, economicamente viável, socialmente equitativo, culturalmente apropriado e baseado em conhecimento científico sólido”. . 9 CONCLUSÃO No Brasil, o atual modelo de desenvolvimento rural e agrícola está em transformação. O grande desafio é superar a dicotomia entre produção e proteção ambiental, integrando os objetivos e instrumentos da política ambiental e agrícola no quadro geral do desenvolvimento sustentável. Cada vez mais alternativas de cultivo sustentável devem ser buscadas para atender o tripé da sustentabilidade conciliando crescimento econômico com proteção ambiental e bem-estar social. Nesse sentido, sistemas agroflorestais vêm sendo implantados em diversas comunidades rurais, principalmente na agricultura familiar. De acordo com as pesquisas realizadas, constatou-se que o uso de óleos essenciais tem substituído a aplicação de aditivos químicos na produção agrícola como uma opção para os agricultores que buscam produzir de forma mais sustentável. Ademais, com base na literatura pesquisada, Constatou-se que os óleos essenciais têm se mostrado biologicamente ativos contra microrganismos, constituindo uma alternativa para o controle de fito patógeno, pragas agrícolas e plantas infestantes. No Brasil, o atual modelo de desenvolvimento rural e agrícola está em transformação. O grande desafio é superar a dicotomia entre produção, proteção ambiental e aspectos sociais, integrando os objetivos e instrumentos das políticas ambientais e agrícolas no quadro geral do desenvolvimento sustentável. A teoria econômica afirma que, à medida que aumenta a qualidade de vida, o crescimento deve incluir mudanças na composição dos produtos e na alocação de recursos nos diferentes setores econômicos, visando melhorar os indicadores econômicos e sociais relacionados à pobreza, desemprego, desigualdade, segurança alimentar e nutricional, educação e moradia (Chalita, 2005). Todos esses aspectos devem ser integrados em modelos de produção agrícola sustentável para atender todas as necessidades dos produtores rurais, especialmente os pequenos agricultores familiares. A agricultura é vital para as sociedades da Terra, produzindo necessidades e itens básicos, como alimentos, roupas e itens de higiene. 10 Porém, os recursos naturais são finitos, por isso buscamos a cada dia mudar os padrões de produção e consumo da sociedade para minimizar os impactos negativos na natureza, na sociedade e na economia. É neste sentido que nasce uma nova economia circular, cujo objetivo é reaproveitar os resíduos gerados pelas cadeias industriais, agrícolas e outras. Além de promover a geração de empregos e conscientizar a sociedade sobre práticas produtivas mais sustentáveis, pode reduzir o impacto dos resíduos na natureza. Quanto à Amazon, ela ainda enfrenta desafios muito teimosos em um caminho de produção socialmente responsável, tudo por causa de seu tamanho, acesso, dificuldades regulatórias com reguladores (IBAMA), A falta de recursos financeiros tem incluído ações mais relevantes contra o desmatamento, no entanto, reconhece-se que novas abordagens de exploração do meio ambiente têm intensificado os esforços para seguir caminhos mais duradouros e com menor impacto na floresta amazônica, mas há necessidade de mais Avance, persevere mais e eduque mais. 11 SOUZA, L. L. de; FERREIRA, L. V.; MENDES, F. A. T.; BORGES, N. S.; COSTA, J. M. da; FERREIRA, E. Y. de C. S.; ALEIXO, L. L. de S.; SILVA, E. V. da S. O debate em torno da sustentabilidade: desenvolvimento rural sustentável – Revisão de literatura/The debate around sustainability: sustainable rural development. Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 6, n. 12, p. 96305–96322, 2020. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/21300. Acesso em: 22 dec. 2022. LEONARDI, Fernanda Lopes; BERNARDO, Marina A. Tauil. Óleos essenciais como alternativa sustentável à produção agrícola: uma revisão bibliográfica. Cadernos de Agroecologia, v. 15, n. 4, 2020. Disponível em: http://cadernos.aba- agroecologia.org.br/cadernos/article/view/6519 Acesso em: 22 dec. 2022. DE SOUZA, Ligiana Lourenço et al. O debate em torno da sustentabilidade e do desenvolvimento rural sustentável na Amazônia: revisão da literatura Editora Cientifica Disponível em: https://downloads.editoracientifica.org/articles/ 210203093.pdf Acesso em: 22 dec. 2022.
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