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Caso Clínico – Urinálise Curso: Biomedicina Disciplina: Estágio Supervisionado Paciente do sexo feminino, 76 anos, viúva, aposentada, procurou atendimento hospitalar com queixa de dor lombar, calafrios, febre intermitente, disúria, polaciúria e náuseas há 4 dias. Apresentava dor lombar de forte intensidade e dor leve em abdômen inferior, sem fatores de melhora ou piora, de caráter contínuo com irradiação para fossa ilíaca esquerda. História mórbida pregressa de infecção do trato urinário de repetição, nefrolitíase à esquerda, hidronefrose moderada à esquerda e leve à direita. Realizou litotripsia renal a laser aproximadamente há um mês. Ao exame físico se encontrava em estado geral regular, lúcida e orientada. Temperatura axilar: 38° C. PA:100 x 70 mmHg. FC: 85 bpm. SAT O2 96% ar ambiente. Apresentava sinal de Giordano positivo bilateral. Para confirmação foram solicitados exames laboratoriais, que apresentaram leucocitose com desvio à esquerda, granulação tóxica nos neutrófilos, discreta anemia e PCR com valor elevado. Abaixo segue o resultado do exame de urina: Com base nas informações apresentadas qual o diagnóstico mais provável da paciente? Justifique sua resposta. Resposta: De acordo com o histórico da paciente, seus sintomas e os resultados dos exames (leucócitos, PCR e hemácias altas), é possível identificar o diagnóstico de pielonefrite aguda. Além disso, o sinal giordano positivo bilateral confirma o diagnóstico de complicações renais. Conforme a informação de que a paciente possui um histórico de infecção urinária de repetição e, se algum dos episódios não houve um tratamento adequado, a doença pode progredir para uma pielonefrite. Os sintomas da pielonefrite podem ser dor nas costas/lombar, febre, náuseas, vômitos e anemia em alguns casos. A pielonefrite é uma inflamação renal provocada pela ação de bactérias nos rins e nos ureteres, os ductos pelos quais a urina chega até a bexiga. A condição pode se manifestar de repente, de forma aguda, ou se tornar crônica após um episódio repentino. Na maioria dos casos, o agente infeccioso se instala inicialmente na uretra e na bexiga, que formam o chamado trato urinário inferior, e, por falta de tratamento adequado ou por conta de outros fatores de risco, alcança os ureteres e os rins. O diagnóstico baseia-se nos sintomas, no exame físico e numa análise de urina. Um teste de vareta geralmente mostra pus e sangue na urina. A urina também deve ser analisada para identificar as bactérias específicas que estão causando a infecção.
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