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ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS – UNIDADE I 1) Mulher com 48 anos de idade procurou assistência médica devido a sua palidez e fadiga aos menores esforços. A paciente também apresenta queixa de dor e ardência ao urinar; bem como poliúria. Solicitou-se inicialmente um hemograma cujo resultado está descrito a seguir. Também foi solicitado exame de parcial de urina e cultura de urina, os quais ainda não estão disponíveis. (UNIDOMBOSCO) Parâmetro – Resultado / Valor normal: Hemoglobina - 8,7 / 11,5-16,0 g/dl HCM - 20,2 / 27-32 VCM - 64,5 / 75-92 Leucócitos - 7.700 / 4000-11000 Segmentados - 60% - 50-70% Bastonetes - 16% / 2-5% Linfócitos - 21% /20-40% Monócitos - 1% / 1-3% Eosinófilos - 1% / 1-3% Basófilos - 1% / 1-3% Contagem de plaquetas - 265.000 / 150.000- 450.000 No resultado do hemograma veio escrito ainda: DESVIO NUCLEAR À ESQUERDA Pergunta-se: a) Veja cada um dos exames solicitados, e escreva o que cada um deles pode significar se alterado; e R: A paciente tem anemia microcítica e hipocrômica, com deficiência de ferro e elevação da capacidade de transporte (CTLFe ou TIBC). Há plaquetose que pode indicar sangramento ativo. b) A seguir, faça uma breve interpretação dos resultados dos exames da paciente, utilizando os conteúdos aprendidos em sala. R: A causa mais comum desses resultados em mulheres jovens (que não é o presente caso) é a menorragia. Em mulheres ou homens com idade superior a 40 anos, as causas mais comuns (deficiência alimentar) sendo excluídas, se deve pesquisar presença de tumores no trato gastrointestinal por meio de sangue oculto nas fezes. Exames mais refinados como imagens do trato gastrointestinal e endoscopia devem ser também realizados. 2) Paciente do sexo feminino, 44 anos, cor branca, divorciada, professora, natural de Mato Grosso do Sul e procedente de Serrana (SP). Queixa de fraqueza progressiva há 3 meses. Relata apresentar fraqueza constante inclusive para andar até o ponto de ônibus e subir as escadas de sua casa. Esta fraqueza vem acompanhada de dor nas pernas e discreta falta de ar, o que melhora após um período de descanso. Também observa palidez nestas últimas semanas. Relata ainda que no último ano observou aumento do fluxo menstrual, chegando a durar 6-7 dias. Não é diabética e nem hipertensa. Ao exame físico apresenta bom estado geral, leve a moderadamente descorada, afebril. P.A. dentro dos parâmetros de normalidade. (UNIDOMBOSCO) Resultados dos exames de sangue: Parâmetro analisado no exame - Resultado / Valor normal informado Hemoglobina - 9,6 g/dl / 12 - 55,5 g/dl Hematócrito - 31% / 35 - 45 Contagem de eritrócitos - 4.180.000 / 3.900.000 - 5.000.000 VCM - 74 fL / 82 - 98 fL Plaquetas - 377.000/ µL / 150.000 - 450.000/µL) Leucócitos - 9000/µL) / 3.500 -10.500 / µL Neutrófilos - 5.700 / 1700 - 8000 Eosinófilos - 700 / 50 - 500 Linfócitos - 1800 / 900 - 2900 Monócitos - 700 / 300 - 900 Basófilos - 100 / 0 – 100 Ainda veio escrito após estes resultados o seguinte: “Análise de esfregaço (lâmina) do sangue periférico: microcitose e hipocromia moderadas”. Também vieram os resultados dos seguintes exames de sangue: • Ferro sérico: 8 µg/dL (VN: 40 – 160 µg/dL) • Ferritina: 4,3 ng/mL (VN: 6 – 159 ng/mL) Pergunta-se: a) Com base nos conhecimentos adquiridos nas aulas de exames laboratoriais, interprete os resultados anormais e explique o que cada um deles pode sugerir. b) Com estas informações seria possível afirmar que a paciente encontra-se com um quadro típico de anemia? Qual seria o tipo de anemia? c) Os exames solicitados estão adequados para a suspeita diagnóstica? OBS: Lembre que os resultados dos exames laboratoriais devem ser analisados a partir dos valores normais fornecidos pelos respectivos laboratórios clínicos, pois como a técnica de realização do exame pode variar, podem haver pequenas variações de demonstração dos resultados. 3) M. R. S., de 25 anos de idade refere dor e ardência para urinar, associada a aumento da frequência urinária nos últimos 3 dias. Foi solicitado exame de urina e urocultura, com resultados que seguem abaixo: Diante disso, a) Quais alterações os exames apresentam e escreva o que cada uma delas pode significar quando identificadas? R: Hemácias - estão relacionadas a questões no trato urinário. Pode ser o caso, por exemplo, de infecção na bexiga, na próstata ou a presença de cálculos (as famosas pedras nos rins). Leucócitos costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Células epiteliais pode indicar infecção, inflamação e/ou câncer no trato urinário. – Bactérias, leveduras e parasitas: b) Essas alterações associadas a sintomatologia da paciente, são sugestivas de qual tipo de patologia urinária? R: Pode indicar infecção, inflamação e/ou câncer no trato urinário. c) Quais os principais aspectos relacionados à coleta da urocultura? Cite os relacionado ao paciente em micção espontânea e em sondagem vesical. R: A urocultura é um procedimento simples. A urina deve ser armazenada em um frasco específico, fornecido no Laboratório. O paciente deve colher, preferencialmente, a primeira urina da manhã. Caso não seja possível, é preciso reter a urina por pelo menos 3 horas antes da coleta. 4) Paciente com 18 anos, primigesta, com idade gestacional de 26 semanas chega ao pronto atendimento de uma maternidade com a queixa de “dor na barriga”. Paciente relata quadro de dor abdominal em cólica de forte intensidade há 5 dias, associado a náusea, vômitos, anorexia e constipação intestinal. Além disso, relata febre não termometrada, com calafrios. Nega sintomas urinários. Refere aumento de tônus uterino, com movimentos fetais preservados. Nega perda de líquido, corrimentos ou sangramentos vaginais. Paciente nega comorbidades pré- gestacionais, cirurgias prévias e alergias medicamentosas. Refere ter realizado tratamento para infecção do trato urinário (ITU) no primeiro trimestre da gestação, com uso de Cefalexina para tratamento – urocultura de controle sem crescimento bacteriano registrada no cartão de pré-natal. Ao pré- natal apresentava-se normotensa nas consultas, sem registros de outras intercorrências. Exames transcritos do cartão da gestante: GsRH: O positivo; glicemia em jejum = 74mg/dL (VR < 92); hemoglobina = 9,4g/dL; VDRL não reagente; HBsAg não reagente; Anti-HIV não reagente; toxoplasmose IgM e IgG negativos. (SANARMED) EXAME FÍSICO • Geral: paciente em regular estado geral, prostrada, com fáceis de dor. Bem orientada no tempo e no espaço, hidratada no limiar, hipocorada +/++++. • Cardíaco: bulhas normo-rítmicas e normo-fonéticas, em dois tempos, sem sopros. Pressão arterial = 115/85 mmHg; Frequência cardíaca 105 bpm. Perfusão capilar < 3segs. • Pulmonar: murmúrio vesicular fisiológico, sem ruídos adventícios; frequência respiratória (FR) 19 irpm, sato2 = 98% em ar ambiente. Temperatura axilar (TAX) de 38ºC. • Abdome: abdome gravídico, doloroso à palpação difusa, principalmente em fossa ilíaca direita e à compressão, sem sinais de irritação peritoneal. Altura uterina = 27cm. Útero indolor a mobilização, com tônus normal, dinâmica uterina ausente. Feto longitudinal e cefálico pelas manobras de Leopold. Batimento cardíaco fetal (BCF) de 136 BPM, sem desacelerações. Punho-percussão lombar (sinal de Giordano) positiva a direita. • Exame especular: não foi observada saída de líquido pelo orifício externo do colo, mesmo à manobra de Valsava. Presença de secreção fisiológica em fundo vaginal, sem alterações de coloração ou odor. Não foi possível identificar sinais infecciosos. • Toque vaginal: colo com orifício externo aberto, orifício interno fechado, grosso e posterior, indolor a mobilização. EXAMES COMPLEMENTARESd) Qual a principal hipótese diagnóstica? R: O quadro de dor abdominal é extremamente comum em gestantes, principalmente na segunda metade da gestação. A avaliação inicial da paciente tem como objetivo diferenciar patologias graves dos sintomas gerais da gestação. e) Quais são os diagnósticos diferenciais nesse caso? R: Além da febre e o sinal de Giordano positivo, os resultados de exames sugerem um processo infeccioso pela leucocitose com desvio e aumento de PCR. f) Quais são os diagnósticos secundários que podem ser identificados neste caso? R: O resultado da urina tipo um e do Gram de gota indicam um foco de origem urinária. É importante ressaltar que, na gestante, o quadro clínico das infecções do trato urinário pode ser frustro e iniciar apenas com sintomas atípicos, como dor leve em baixo ventre, devido à imunossupressão típica da gravidez. g) Qual a utilidade dos exames complementares solicitados? R: importantes para descartar ou achar possivel infecção bacteriana h) Como a gestação influencia no raciocínio clínico para o diagnóstico? R: Quadro de dor abdominal pode ter causas que ameaçam a vida da gestante e do feto, devendo sem adequadamente diagnosticadas e tratadas. Importância da suspeição clínica para abordagem precoce das causas de dor abdominal na gestante. i) Qual a conduta deve ser tomada? R:Conhecimento sobre uma das queixas mais comuns da gestação. 5) Paciente H. M. A., sexo masculino, 82 anos, negro, casado, 3 filhos, aposentado, natural e procedente de Salvador é encaminhado ao pronto socorro local, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Refere história de tabagismo e hipertensão arterial, e ter iniciado há três dias com intolerância digestiva, vômitos e diarreia aquosa. Nas últimas 24 horas, defecou seis vezes e, de acordo com sua filha, apresentou uma tendência a dormir e desorientado no tempo e espaço. Na admissão, o paciente apresenta-se sonolento, oligúrico (30 ml / 2 horas), atende as solicitações e mucosas hipohidratadas (+/4+). Exame físico: - PA: 90/60 mmHg; FC 110 bpm; - Sonolento, desorientado em tempo e espaço, normocorado, hidratado, eupneico, afebril. - Cardiovascular: ictus cordis não visível, Bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos, sem sopros. - Pulmonar: Som claro pulmonar, Murmúrios vesiculares bem distribuídos, sem ruídos adventícios. - Gastrointestinal: Abdome globoso, cicatriz umbilical protusa, sem circulação colateral, ruídos hidroaéreos aumentados, áreas de timpanismo, sem dor a palpação superficial e profunda. - Extremidades: Bem perfundidas, sem edemas, pulsos cheios e simétricos nos 4 membros Exames Complementares: Hemoglobina: 14,0 (Ref: 13 a 17 g/dL) Hematócrito: 44,0 (Ref: 38 a 50%) Leucócitos: 8.000/ mm3 (Ref: 4.500 a 11.000/mm3) Neutrófilos: 60 % (Ref: 36 a 66%) Bastões: 0% (Ref: 0 a 4%) Plaquetas: 350 mil/mm3 (150.000 a 400.000/ mm3) Glicose: 100 mg/dL (Ref: Jejum: entre 70 a 99 mg/dL. Pós-prandial: até 140 mg/dL) Ureia: 20 mg/dL (Ref: 15 a 38 mg/dL) Creatinina: 1,8 mg / dl (Ref: 0,5 a 1,2 mg/dL) Sódio: 155 mEq/L (Ref: 135 a 145mEq/L) Potássio: 4,6 mEq / L (Ref: 3,5 a 4,5 mEq/L) Cloreto: 88 mEq/L (Ref: 96 a 109mEq/L) Cálcio: 1,2 mEq/L (Ref: 1,1 a 1,3mEq/L) Magnésio: 1,9 mEq/L (Ref: 1,4 a 2,5mEq/L) Glicemia capilar: 115 mg/dL Após análise, responda as perguntas abaixo: a) Qual(i)s a(s) principal(i)s alteração(ções) identificada(s)? R: Perdas insensíveis: pela pele e pela respiração. b) O(s) resultado(s) identificado(s) é(são) característico(s) de qual(is) tipo(s) de distúrbio(s) hidroeletrolítico(s)? R: Diabetes insipidus: após trauma, provocado por tumores, cistos, histiocitose, tuberculose, sarcoidose, idiopático, provocado por aneurismas, meningite, encefalite, síndrome de Guillain-Barré, e transitório, provocado por ingestão de etanol. c) Qual a relação do(s) resultado(s) identificado(s) com a sintomatologia do paciente? R: Diabetes insipidus nefrogênico, Doença renal (doença cística medular, por exemplo), Hipercalcemia ou hipocalemia, Drogas: lítio, demeclociclina, foscarnet, metoxiflurano, anfotericina B. d) Como deve ser feito o tratamento? R: O tratamento de emergência deve ser feito para os casos nos quais o sódio sérico está entre 158 e 160 mEq/L e, sobretudo, quando os pacientes estejam sintomáticos. A taxa exata de diminuição da hipernatremia ainda não está bem determinada. O risco de edema cerebral durante a correção parece estar associado a ações como grande expansão volêmica inicial com solução isotônica, ritmo de administração de volume muito rápido, hipernatremia severa no início do tratamento (167 mEq/L e uma taxa de correção de 1 mEq/h versus 0,5 mEq/h) de concentração sérica de sódio. A escolha do fluido inicial não parece interferir na ocorrência de complicações neurológicas. A hidratação deve ser limitada em 6,8 mL/kg/h e a correção não maior que 0,05 mEq/h. 6) Paciente A. B., sexo masculino, 8 anos, natural de Urucuia- MG, procedente de Planaltina – GO, dá entrada no pronto socorro local trazido pela mãe Ana Carla. A mãe relata que criança iniciou quadro de febre à 15 dia de 39-40ºC, mais frequente pela manhã e à noite, apresentava ainda cefaléia, diminuição do apetite e náuseas, e teve um episódio rápido de tremor intenso. Nos primeiros dias de febre procurou o serviço de emergência e foi diagnosticado com Amigdalite – medicado com amoxacilina tratamento por 5 dias, ITU – medicado com BactrimR tratado por 7 dias, e Dengue. Exame Físico - BEG, eupnéico, hipocorado, acianótico, desidratado, ativo, reativo, pouco irritado devido a dor, febril (39,3°C). AR: MVF, s/ RA; ACV: RCR 2T BNF s/ sopros; ABD: Plano, RHA+, flácido, sem VMG palpáveis; EXT: Sem edema, boa perfusão. Foi solicitado exames complementares: hemograma completo, hemocultura, EAS, urocultura, bioquímica, TC Crânio sem contraste, com alguns resultados ainda indisponíveis. Aguardando vaga para internação hospitalar na unidade pediátrica, evoluiu em poucas horas com rigidez de nuca, contratura muscular vertebral, região cervical dolorosa à palpação, pupilas isocóricas e fotoreagentes e febril (41ºC). Diante da piora do quadro, a criança foi encaminhada à UTI Pediátrica e solicitado novos exames complementares para fins diagnósticos, entre eles: a) Coleta de Swab anal b) Coleta Swab nasal c) Coleta de escarro d) Coleta de LCR e) Todas as anteriores 7) Paciente L. A. J., sexo masculino, 42 anos, refere início de dispneia há mais ou menos 2 meses, inicialmente aos esforços e posteriormente em repouso. Refere também tosse seca, sudorese (principalmente à noite) e perda ponderal (peso) não mensurada há 1 mês; e episódios de vômitos após ingesta alimentar há mais ou menos 2 semanas. Nega febre, dor torácica, hemoptise, diarreia. (SANARMED) Antecedentes patológicos: Paciente diagnosticado com transtorno bipolar há 2 anos. Nega alergias medicamentosas. Não sabe informar a situação do calendário vacinal. Antecedentes familiares: Nega HS, DM, cardiopatias, eventos vasculares cerebrais ou tuberculose. Hábitos de vida: Refere tabagismo dos 16 aos 28 anos, estando abstêmio desde então. CT: 12 maços-ano. Nega etilismo. Refere uso de preservativo em relações sexuais. História psicossocial: Reside com a esposa e o irmão em casa com saneamento básico e água encanada. Não possui animais domésticos. Exame físico Geral: RER, FR: 24 ipm, FC: 90 bpm, TA: 120×70 mmHg Aparelho respiratório: MV rude e diminuído em base direita e abolido em base esquerda. creptos, roncos e sibilos bilaterais. Aparelho cardiovascular: BNFT em 2T sem sopros ou desdobramentos. Abdome: plano, flácido, indolor, sem visceromegalias. RHA + Neurológico: sem rigidez de nuca. Glasgow 15. Extremidades: frias. Edema +/4+ em MMII Diante do exposto:a) Qual a provável hipótese diagnóstica principal? R: principal diagnóstico diferencial desse paciente e suspeita refutada de caso tuberculose e câncer no pulmão. b) Qual exame laboratorial pode auxiliar na investigação clínica? R: A radiografia torácica é o auxiliar no diagnóstico de tuberculose, sendo rotineiramente solicitada, não existem achados patognomônicos nas imagens radiograficas, porem algumas imagem são bem sugestivas a tuberculose como nodulos, opacidade, cavidades, linfonodolomegalia ou aspcto miliar. c) Quais as principais quanto a coleta do exame? R: Como é coletado o exame de tuberculose? A tuberculose pode ser diagnosticada por exames de laboratório, por exemplo, a amostra do escarro (catarro), conhecido por baciloscopia 8) Paciente do sexo masculino, 82 anos, totalmente dependente nas atividades de vida diárias (AVD’s), mesmo em uso de colchão de pressão / piramidal, apresenta úlcera por pressão trocantérica direita de categoria IV, com aproximadamente 4 cm de diâmetro e 11 cm de profundidade (característica cavitária), infectada, com resultado positivo para Enterococcus faecalis, Escherichia coli e Morganella morganii. Realizado tratamento suplementação nutricional, além de, antibioterapia sistémica e irrigação tópica abundante com soro fisiológico e aplicação de coberturas terapêuticas: carboximetilcelulose sódica com prata associada (CMC Ag - Aquacel/AG Extra) para diminuição dos sinais locais de infeção, e, secundariamente a melhora, aplicação de espuma de poliuretano (Aquacel Foam) com o objetivo de estimular a granulação e epitelização do tecido, para fins de cicatrização. (E-BOOK ACES BRAGA) Pode-se afirmar que o resultado da cultura da ferida foi realizado por meio da: a) Coleta de LCR b) Coleta de hemograma c) Coleta de escarro d) Coleta de swab e) Nenhuma das anteriores 9) Paciente M. c. W. G, sexo feminino, 46 anos, branca, natural de São Paulo, residente em Jacareí, foi transferida no dia 02/03/23 para o Hospital São Lucas para prosseguimento de investigação de febre de origem obscura de início há aproximadamente 2 anos. Apresentava dor abdominal em hipocôndrio direito associado a piora do padrão da febre (elevação da temperatura e piora da frequência), desnutrição, dispneia e cansaço. Iniciou com ciprofloxacino devido E. coli multissensível presente hemocultura realizada na admissão. No dia 10/03/23, após punção de veia jugular interna direita evolui com quadro hipertensivo e dispneia, com queda de saturação não responsiva à VNI, necessitando de IOT e transferência para UTI. (HOSPITAL SÃO LUCAS) a) Cite os principais aspectos relacionados à coleta da hemocultura? R: Hemocultura é o exame realizado com o objetivo de isolar e identificar microorganismos patogênicos no sangue de um paciente que se supõe ter uma infecção. É um exame auxiliar relevante, pois seu resultado reflete diretamente na terapêutica. De acordo com o resultado de hemoculturas positivas são escolhidos os antimicrobianos prescritos para determinado paciente. O resultado deste exame também é critério diagnóstico para doenças como endocardite. É importante ferramenta diagnóstica de infecções hospitalares. b) Qual a alteração clínica (sinal e sintoma) que sugere a necessidade de uma investigação clínica mais detalhada com a hemocultura? R: hemoculturas quando uma pessoa está com sintomas de sepse, o que indica que bactérias, fungos ou seus produtos tóxicos estão causando danos ao organismo. Um paciente com sepse pode apresentar: Febre, calafrios. 10) Paciente L.C.L.P., 2 anos e 8 meses, feminina, natural e procedente de zona rural, trazida pelo SAMU com queixa de dor abdominal difusa acompanhada de vômito e diarreia intercalada com períodos de constipação e febre aferida há 2 semanas, evoluindo com vômitos após as refeições, inapetência e irritabilidade. Não apresentava sinais de toxemia, exame abdominal inocente e exame do aparelho respiratório com discretas alterações, entretanto, paciente apresentava clínica exuberante. Paciente evoluiu com progressão para desconforto respiratório, edema e febre. O exame parasitológico de fezes revelou que a paciente apresenta infecção por Ascaris Lumbricoides, justificada pelo quadro clínico e presença de ovos do parasita nas fezes. Após conduta específica, paciente evolui bem. (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte) a) Cite os principais aspectos relacionados à coleta parasitológico? R: A coleta é iniciada com a evacuação realizada em superfície seca, de preferência um papel ou plástico limpos; Em seguida é coletada uma pequena porção e depositada no pote próprio de coleta, sem que o mesmo seja preenchido até o topo; A amostra deve ser entregue o mais rápido possível ao laboratório. b) Quais as alterações clínicas (sinal e sintoma) que sugerem a necessidade de pesquisa de microrganismos nas fezes? R: Os sintomas no quadro clínico, como dor abdominal difusa, vômito, diarreia, constipação, inapetência e febre, suspeita-se de doenças parasitárias. Outrossim, o diagnostico parasitológico é necessário para identificar qual é o parasita causador da moléstia. Com isso, com o exame de fezes, investiga-se se há ovos, utilizando a técnica de sedimentação espontânea (mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica (ou parasitofiltro) e manutenção em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice.
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