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Farmacologia 2

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Prof. Dr. Alexandre Bechara
UNIDADE II
Farmacologia
 Quimioterápicos: fármacos para o tratamento de infecções ou neoplasias. Atuam inibindo a 
proliferação ou induzindo a morte celular.
 Antibióticos: substâncias produzidas por organismos vivos, capazes de inibir processos vitais 
de outros microrganismos.
 Antimicrobianos: compostos sintéticos ou naturais capazes de destruir ou inibir agentes 
infecciosos (microrganismos) com toxicidade seletiva.
 Toxicidade seletiva: capacidade de lesar o microrganismo em 
concentração não tóxica ao hospedeiro.
Conceitos gerais – Quimioterápicos antimicrobianos
 Concentração Mínima Inibitória (MIC): concentração mínima da droga capaz de inibir 
o crescimento do microrganismo.
 Concentração Mínima Bactericida (MBC): concentração mínima da droga capaz de eliminar 
culturas já existentes.
 Bactericida: destruição completa mediada pelo ATB para a erradicação da infecção.
 Bacteriostático: interfere no crescimento ou na replicação do microrganismo, mas 
não o mata.
Conceitos gerais – Quimioterápicos antimicrobianos
Aspectos farmacocinéticos:
 Influência para alcançar CIM;
 Presença nos sítios de ação.
Aspectos farmacodinâmicos:
 Características do microrganismo x droga.
Aspectos farmacológicos – Antimicrobianos
Fonte: autoria própria. 
Adaptado de: ANVISA. 
Antimicrobianos – Bases teóricas 
e uso clínico. RM controle, 2007. 
ANTIMICROBIANO
CONCENTRAÇÃO 
NO LOCAL DA 
INFECÇÃO
CONCENTRAÇÃO 
INIBITÓRIA 
MÍNIMA
FARMACODINÂMICA
FARMACOCINÉTICA
 Absorção
 Distribuição
 Metabolismo
 Excreção 
 Contagem bacteriana
 Mortalidade
 Melhora clínica
RESULTADO
 Espectro estreito: citotoxicidade específica para poucos microrganismos, tal como os agentes 
antibacterianos específicos para as bactérias gram-positivas. Exemplo: 
isoniazida – micobactérias.
 Espectro estendido: citotoxicidade sobre um espectro intermediário (pouco maior que o 
espectro estreito), podendo atuar sobre os microrganismos de uma classe específica em 
geral e sobre mais alguns poucos microrganismos de classes diferentes, como, por exemplo, 
os agentes antibacterianos que atuam sobre as bactérias gram-positivas em geral, e sobre 
mais algumas poucas cepas específicas de bactérias gram-negativas. Exemplo: ampicilina.
 Amplo espectro: citotoxicidade sobre um grande grupo de 
microrganismos com diversas características bioquímicas e 
estruturais. Inespecificidade para os microrganismos 
patogênicos, podendo atuar também sobre os microrganismos 
não patogênicos  desequilíbrio entre diferentes espécies que 
colonizam o organismo do hospedeiro. Exemplo: 
ciprofloxacino.
Espectro de atividade antimicrobiana
 Características morfológicas e bioquímicas distintas  alteração da especificidade 
dos fármacos. 
Classificação dos microrganismos – Tratamento antimicrobiano
Microrganismos
Bactérias
Gram-
positivos
Gram-
negativos
Fungos Micobactérias Parasitas
Helmintos
Protozoários
 Tratamento de infecções não responsivas: infecções virais (caxumba, sarampo, 90% 
de infecções de VAS). 
 Posologia ou administração inadequada: superdosagem ou subdose (seleção de resistência).
Resistência aos agentes antimicrobianos
Fonte: adaptado de: 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaud
e/controle/rede_rm/cursos/rm_control
e/opas_web/modulo3/pop_mecanism
o.htm. Acesso em: 07 mar. 2020.
Mecanismo de resistência bacteriana
ALTERAÇÃO DE 
PERMEABILIDADE
MECANISMO ENZIMÁTICO
BOMBA DE EFLUXO
ATM
ATM
ATM
ATM
ATM
ATM
ATM = antimicrobiano
Membrana 
bacteriana
Parede 
bacteriana
Célula bacteriana
DNA bacteriano
Plasmídeo
Genes de 
resistência
ALTERAÇÃO DO SÍTIO DE AÇÃO
Quais critérios devem ser levados em consideração para que a terapia com os antimicrobianos 
seja segura e eficaz, evitando o risco de desenvolvimento da resistência aos agentes 
antimicrobianos?
Interatividade
O tratamento das infecções deve levar sempre em consideração:
 Dosagem adequada (posologia bem planejada);
 Espectro de ação do agente antimicrobiano;
 Identificação do microrganismo;
 Maior efetividade contra o microrganismo X menor efeito sobre o hospedeiro.
Resposta
Mecanismos gerais de ação dos antimicrobianos antibacterianos
Fonte: adaptado de: 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/co
ntrole/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_
web/modulo1/image/esquema_mecanism
oacao.jpg. Acesso em: 8 jun. 2020. 
SÍNTESE DAS PURINAS
SÍNTESE DO 
ÁCIDO FÓLICO
Trimetoprim
Sulfonamidas
PAREDE CELULAR MEMBRANA CELULAR
Β-lactâmicos
Glicopeptídeos
Polimixinas
Daptomicina
THF
DHF
PABA
DNA
RNA
RNAt
Proteína
RNAm
Ribossomo
RNAr
30s 50s
SÍNTESE PROTEICA
• RNAr
30s
50s
Aminoglicosídeos
Tetraciclinas
Glicilciclinas
Macrolídeos
Estreptograminas
Cloranfenicol
Lincosaminas
Oxazolidinonas
• RNAt
Parede celular
Membrana celular
DNA
FUNÇÃO E ESTRUTURA
Quinolonas
Nitroimidazólicos
PABA = Ácido Para-aminobenzoico
DHF = Di-hidrofolato
THF = Tetra-hidrofolato
Dna = Ácido Desoxirribonucleico
RNAm = Ácido Ribonucleico Mensageiro
RNAt = Ácido Ribonucleico Transportador
RNAr = Ácido Ribonucleico Ribossômico 
 Inibem a síntese de folatos.
 Análogos do pABA.
 Ação associada  trimetoprima.
Agentes antibacterianos – Sulfonamidas
Fonte: autoria própria.
Inibidores da DNA-girase bacteriana:
 1ª geração – Ácido nalidíxico (não fluorados);
 2ª geração – Norfloxacina, ciprofloxacina, ofloxacina;
 3ª geração – Levofloxacina, moxifloxacina.
Agentes antibacterianos – Quinolonas
Fonte: adaptado de: KOHANSKI, M. A.; DWYER, 
D. J.; COLLINS, J. J. How antibiotics kill bacteria: from
targets to networks. Nat. Rev. Microbiol. 2010;8(6):423-435. 
Disponível em: https://doi.org/10.1038/nrmicro2333. Acesso 
em: 14 ago. 2020.
Quinolonas
Topoisomerase
Protein dependent
SOS DNA repair
QuinolonesReplication
fork
DNA polymerase complex
Protein independent
Cell death
 Penicilinas.
 Cefalosporinas.
 Carbapenens.
 Monobactamos.
 Anel beta-lactâmico possui 
semelhança estrutural 
com resíduos de 
aminoácidos 
D-alaninaD-alanina.
Agentes antibacterianos – Beta-lactâmicos
Fonte: adaptado de: WHALEN, K.; FINKEL, R.; 
PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2016, p. 484.
A cadeia lateral PEP sofre uma ligação cruzada 
na etapa final da síntese do peptideoglicano. 
Esse processo é bloqueado pela penicilina.
NAG NAM NAG
NAGNAMNAGNAM
SUPERFÍCIE 
EXTERNA
P
E
P
P
E
P
P
E
P
P
E
P
CITOPLASMA
Membrana citoplasmática
As tetraciclinas se 
ligam a subunidade 
30S impedindo a 
ligação do RNAt ao 
RNAm
Os aminoglicosídeos se ligam a 
subunidade 30S distorcendo sua 
estrutura e causando leitura incorreta 
do RNAm
 Inibidores da síntese 
proteica.
 Ribossomo bacteriano 
difere estruturalmente dos 
ribossomos de mamíferos 
(30S/50s  40S/60S).
Agentes antibacterianos – Inibidores da síntese proteica
O cloranfenicol inibe 
a peptidil-transferase.
Eritromicina e 
clindamicina se 
ligam na subunidade 
50S, inibindo a 
translocação.
Fonte: adaptado de: WHALEN, K.; 
FINKEL, R.; PANAVELIL, T. 
A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2016, p. 500.
 Em geral, são moléculas utilizadas para o tratamento de doenças como a tuberculose e a 
hanseníase, que são causadas por micobactérias. 
 Os principais quimioterápicos utilizados no tratamento das infecções micobacterianas são a 
isoniazida e a rifampicina. 
 A isoniazida age inibindo a biossíntese de ácidos micólicos, essenciais para a formação da 
parede celular em micobactérias. 
 A presença dessa substância, exclusivamente na parede das células de micobactérias, pode 
ser o fator determinante para a sua alta especificidade.
 Já a rifampicina inibe a enzima RNA-polimerase DNA 
dependente das micobactérias e de outros microrganismos por 
meio da formação de um complexo fármaco-enzimático que 
leva à supressão da iniciação da formação da cadeia na 
síntesedo DNA. 
Agentes antimicobacterianos
Qual é a característica química em comum existente entre as penicilinas, as cefalosporinas, 
os carbapenens e os monobactamos, e como isso influencia a sua atividade antibacteriana?
Interatividade
 As penicilinas, as cefalosporinas, os carbapenens e os monobactamos são fármacos 
chamados de beta-lactâmicos, pois possuem em sua estrutura química uma porção cíclica, 
chamada de anel beta-lactâmico. Essa porção de sua estrutura é o seu grupo químico 
farmacofórico, responsável por se ligar com a transpeptidase na parede celular bacteriana, 
impedindo a formação adequada da parede de peptideoglicanos, comprometendo, assim, a 
estrutura e o metabolismo celular bacteriano.
Resposta
Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/
82/Penicillin-core.png. Acesso em: 14 ago. 2020.
Dividem-se em duas subclasses:
 Antiprotozoários: fármacos utilizados para o tratamento de infecções por protozoários, tais 
como: malária, doença de Chagas, leishmaniose, toxoplasmose, giardíase, amebíase etc.;
 Anti-helmínticos: fármacos utilizados para o tratamento de infecções por helmintos, como as 
verminoses em geral; doenças comumente causadas pela ausência de saneamento básico 
ou higiene pessoal.
Antiparasitários
Cloroquina:
 Potente esquizontocida sanguíneo.
Mecanismo de ação:
 Age como uma base fraca nos vacúolos alimentares do parasita, inibindo a ação 
da heme-polimerase;
 Heme-polimerase  inativa heme livre eritrocítico;
 Heme livre causará lesões oxidativas nas membranas e proteases digestivas do parasita.
Primaquina:
Mecanismo de ação:
 Provável transformação da molécula em eletrófilos mediadores 
de oxidorredução;
 Geração de EROs;
 EROs  estresse oxidativo/interferência no transporte de 
elétrons intracelular no parasita.
Antiprotozoários – Antimaláricos
Proguanil:
Uso clínico: 
 Antimalárico (adjuvante terapêutico);
 Ação profilática. 
Mecanismo de ação:
 Inibe o desenvolvimento dos gametas encistados nas vísceras do mosquito vetor;
 Metabólito ativo: cicloguanil;
 Inibe a di-hidrofolato-redutase e a timidilato-sintase 
bifuncional do parasita;
 Inibição da síntese do DNA no parasita 
reprodução/proliferação.
Antiprotozoários – Antimaláricos
Antiprotozoários – Antimaláricos
Fonte: adaptado de: 
https://clinicalgate.com/drugs-to-treat-parasitic-
infections/. Acesso em: 14 ago. 2020.
Drug active against exoerythrocytic
stage; primaquine
Drug active against erythrocytic stage
Chloroquine
Quinine
Doxycycline
mefloquine
Schizonts
Mosquito bite
TISSUE BLOOD
Merozoites
Trophozoites
Schizonts
Gametocytes
Zygote
Mosquito midgut
Mosquito 
salivary
gland
Sporozoites
Oocyst
Uso clínico: 
 Antiparasitário  anaeróbicos;
 Pró-fármaco.
Mecanismo de ação:
 Necessita de ativação de seu grupo nitro, altamente reativo, através de moléculas 
transportadoras de elétrons, que são capazes de doar elétrons à molécula inicial.
 Grupo nitro que gera danos irreversíveis ao DNA e a outras moléculas vitais 
do microrganismo.
Antiprotozoários – Metronidazol
METRONIDAZOL
GRUPO NITRO 
ATIVADO
FRAGMENTAÇÃO 
DE DNA DO 
MICRORGANISMO
Ferredoxina reduzida Ferredoxina oxidada
Eflornitina:
 Agente citostático.
Mecanismo de ação:
 Inibição de enzimas envolvidas na síntese de aminoácidos essenciais;
 Consequente parada do ciclo de divisão celular;
 Outras enzimas podem ser utilizadas pelo parasita para essa função  resistência.
Nifurtimox:
 Age sobre as formas amastigota e tripomastigota de T. Cruzi.
Mecanismo de ação:
 Redução da molécula de nifurtimox por enzimas do parasita, 
ativando um radical nitro, altamente reativo, gerando estresse 
oxidativo e acarretando em danos celulares irreversíveis.
Antiprotozoários – Antitripanossômicos
Estibogluconato de sódio:
 Classe dos antimônios;
 Mecanismos pouco esclarecidos, porém a efetividade clínica e os parâmetros de segurança 
bem estabelecidos.
Mecanismo de ação:
 A princípio, deve-se à interferência no metabolismo de glicose e ácidos graxos;
 Possível dano às organelas raras encontradas no parasita, os glicolisossomos;
 Provável ação facilitadora de fagocitose macrofágica.
Antiprotozoários – Antileishmaniose
Benzimidazóis:
 Uso clínico: helmintos nematódeos;
 Principais moléculas representantes: albendazol e mebendazol.
Mecanismo de ação:
 Disfunção no metabolismo e captação de glicose;
 Inibição da fumarato redutase mitocondrial  redução no transporte de glicose 
e desacoplamento de fosforilação oxidativa.
Dietilcarbamazina:
 Uso clínico: tratamento da filariose.
Mecanismo de ação:
 Compromete o transporte e o processamento 
de macromoléculas essenciais para a membrana 
do parasita, lesando-as e induzindo a morte do parasita.
Antiparasitários – Anti-helmínticos
Ivermectina:
 Uso clínico: utilizada como anti-helmíntico de amplo espectro (infecções por nematelmintos, 
oncocercose e infestações por artrópodes).
Mecanismo de ação:
 Age no canal de cloreto aberto por glutamato;
 Induz a paralisia tônica do músculo faríngeo do parasita;
 Consequente interferência na alimentação do parasita, desequilibrando o seu estado 
nutricional e o seu desenvolvimento.
Praziquantel:
 Uso clínico: infecções por cestódeos ou trematódeos.
Mecanismo de ação: 
 Eleva a atividade muscular do parasita, com decorrente 
espasmo e paralisia; parasita desprende-se da parede 
intestinal  lesões tegumentares  expõe antígenos 
resposta imune ao parasita.
Antiparasitários – Anti-helmínticos
Piperazina:
 Uso clínico: ascaridíase e oxiúros.
Mecanismo de ação:
 Agonista do GABA  aumento da condução de cloreto  relaxamento muscular do parasita 
 paralisia flácida do parasita  expulsão do parasita através do peristaltismo intestinal.
Antiparasitários – Anti-helmínticos
Qual fator permite que o metronidazol possua melhor atividade contra microrganismos 
anaeróbios?
Interatividade
 Ativação de seu grupo nitro, altamente reativo, através de moléculas transportadoras de 
elétrons, que são capazes de doar elétrons à molécula inicial.
 Grupo nitro que gera danos irreversíveis ao DNA e a outras moléculas vitais 
do microrganismo. 
Resposta
METRONIDAZOL
GRUPO NITRO 
ATIVADO
FRAGMENTAÇÃO 
DE DNA DO 
MICRORGANISMO
Ferredoxina reduzida Ferredoxina oxidada
Antifúngicos:
 Também conhecidos como 
antimicóticos.
 Semelhança à quimioterapia 
antibacteriana.
Antimicrobianos – Antifúngicos
Fonte: KATZUNG, B. G. Basic and clinical pharmacology. 12. 
ed. McGraw-Hill, 2012. Adaptado de: Costa (2017).
Célula fúngica Membrana e parede celular fúngica
Esqualeno
Epoxi esqualeno Lanosterol
Ergosterol 
Anfotericina B, 
Nistatina
Azóis Equinocandinas
Sintetase
Terbinatine–
–
β-glucan
Membrana 
celular 
β-glucana
Quitina 
Flucitosina
Síntese 
DNA, RNA
–
–
Proteínas 
Anfotericina B:
 Antibiótico macrolídeo;
 Isolado do actinomiceto Streptomyces sp.;
 Substância anfótera;
 Alta efetividade, porém com alta toxicidade.
Antifúngicos – Anfotericina B
Poros na
membrana
Perda de potássio e 
outras moléculas 
essenciais
Liga-se à membrana do 
fungo, alterando a síntese 
dos esteróis de membrana 
(ergosterol)
Estrutura química da anfotericina B. 
Fonte: 
https://www.drugbank.ca/structures/DB00681
/image.svg. Acesso em: 16 mar. 2020.
 Antibiótico macrolídeo poliênico  estrutura e mecanismo de ação muito semelhante 
ao da anfotericina B.
 Muito utilizado topicamente.
 Uso clínico: infecções de pele, candidíase vaginal ou oral.
 Muito associado a outros agentes antifúngicos, antibacterianos ou corticoides.
Antifúngicos – Nistatina
Estrutura química da nistatina. 
Fonte: 
https://www.drugbank.ca/structures/DB00646/
image.svg. Acesso em: 16 mar. 2020.
 Utilizados tanto tópica, quanto sistemicamente.
 Alta indicação terapêutica.
 Principais fármacos: miconazol, cetoconazol e clotrimazol.
Mecanismo de ação:
 Inibiçãoda biossíntese do ergosterol;
 Inibem a incorporação do acetato de ergosterol, inibindo a ianosterol-desmetilase;
 Alteração na fluidez e na permeabilidade da membrana;
 Dificuldades na captação de nutrientes  inibição do crescimento.
Antifúngicos – Imidazóis
Estrutura química do clotrimazol. 
Fonte:
https://www.drugbank.ca/structures/DB00257/image.
svg. Acesso em: 16 mar. 2020.
 Utilizados, geralmente, por via oral.
 Semelhança com os imidazóis.
 Alta efetividade terapêutica.
 Principais fármacos: itraconazol e fluconazol.
 Mecanismo de ação semelhante ao 
dos imidazóis.
 Utilizados em casos de infecções 
resistentes à anfotericina B.
Antifúngicos – Triazóis
A - Estrutura química do fluconazol; B - Estrutura química do itraconazol. 
Fontes: 
A. Disponível em: https://www.drugbank.ca/structures/DB00196/image.svg.
B. Disponível em: https://www.drugbank.ca/structures/DB01167/image.svg. 
Acessos em: 16 mar. 2020.
 São pirimidinas fluoradas que apresentam analogia com as moléculas do fluorouracil
e da floxuridina. 
 Têm como base a molécula da 5-fluorocitosina que, na célula do fungo, pode ser 
transformada em 5-fluorouracil, um potente antimetabólito, vastamente utilizado no 
tratamento de neoplasias. 
 O 5-fluorouracil fosforilado é incorporado ao DNA e bloqueia a síntese de ácidos nucleicos 
e das proteínas. 
 São utilizadas em associação com a anfotericina B para o tratamento de candidíase 
sistêmica e criptococose.
Antifúngicos – Fluorocitosinas
Estrutura química da 5-fluorocitosina. 
Fonte: https://www.drugbank.ca/structures/DB01099/image.svg. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
 Alilamina com ação na parede celular do fungo.
Mecanismo de ação:
 Inibe a enzima esqualeno monoxigenase;
 Impede a conversão do esqualeno em 2,3-oxididosqualeno;
 Compromete a síntese do ergosterol;
 Diminuição do ergosterol (que, normalmente, seria incorporado na parede celular) e acúmulo 
de esqualeno  grande número de esqualeno forma vesículas no citoplasma, afastando os 
lipídios e enfraquecendo a parede celular.
Antifúngicos – Terbinafina
Estrutura química da terbinafina. 
Fonte: 
https://www.drugbank.ca/structures/DB00857/image.svg. 
Acesso em: 16 mar. 2020.
 Convido vocês a participarem do chat após a aula!
 BRUNTON, L. L. Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 
12. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012.
 KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Artmed/McGraw-Hill, 2010.
 RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J.; HENDERSON, G. 
Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
 GOLAN, D. E.; TASHJIAN, A. H.; ARMSTRONG, E. J.; ARMSTRONG, A. W. Princípios de 
farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2009.
 WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia 
ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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