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Anotações Aula Cultura Religiosa

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AULA 4 = TDE até 03/04
A Reforma Protestante trouxe importantes consequências sociais, econômicas, políticas, culturais e educacionais, além de outras mais, às regiões por ela influenciadas ao longo de mais de meio milênio. Um dos campos de destaque foi o do Direito. A partir do artigo de Davi Lago, A Reforma protestante e a gênese do Direito moderno (Estado da Arte: revista de cultura, artes e ideias, Estadão, 31/10/2018), destaque dois aspectos desenvolvidos pelo autor, comentando-os com base nos conteúdos desta quarta semana (Aula 4) e outros materiais de pesquisa à sua disposição.
De modo mais objetivo, trataremos acerca de três implicações jurídico-políticas específicas da Reforma: (1) a redução da esfera jurídica na tradição luterana; (2) a ruptura completa com as estruturas estatais na tradição anabatista; e (3) o equilíbrio do poder colegiado na tradição calvinista; para então concluirmos com uma avaliação dos diferentes protestantismos na gênese do direito moderno.
A Reforma Protestante foi um momento ocorrido no século XVI que teve como autor Martinho Lutero, e que por meio de 95 teses fez várias críticas à Igreja Católica e ao Papa. Um dos principais motivos para tal movimento foi a venda de indulgencias por parte da Igreja, isto é, a remissão dos pecados em troca de pagamento em dinheiro a religiosos. O autor do artigo, Davi Lago, cita três implicações jurídico-políticas específicas da Reforma, das quais duas são:
1) Reforma luterana: a não-essencialidade do direito: o luteranismo surgiu interesse dos príncipes e soberanos visto que, aderindo a este movimento, não precisariam se submeter a interferência religiosa e político-militar. Lutero defendia que a obediência à Lei de Deus não era um meio de alcançar a salvação, e com isso libertou os cristãos dos vínculos com a Igreja e tornou-os senhor de si. Porém, essa liberdade só funciona no reino de Cristo, segundo Lutero, pois é do ponto de vista da salvação que o cristão é livre de qualquer lei e regra do direito. Mas além do reino de Cristo, há o reino terrestre, que é o reino “dos maus”, e dessa ideia Lutero tratou do direito de forma marginal, reticente.
2) Reforma anabatista: ruptura radical com estruturas estatais: também conhecida como reforma radical, pois foi conduzida pois grupos que repudiaram o batismo infantil em favor do batismo de crentes. Conhecida como radical pois não foi trabalhada em cooperação com autoridades civis, e os anabatistas eram a favor da separação entre Igreja e Estado. A sociedade era vista em termos religiosos e políticos. Porém, radicais não possuíam pensamento homogêneo: um grupo se recusava a aceitar as ordens do Estado, quando eram contrarias à lei divina, mas adotava uma posição de não-resistência. Já o outro grupo era a favor da destruição da ordem social (má) e pediam a instauração imediata da sociedade perfeitamente cristã. 
AULA 5 = TDE até 03/04
Maristela Oliveira de Andrade, no artigo intitulado, “A Religiosidade Brasileira: o pluralismo religioso, a diversidade de crenças e o processo sincrético”, escreve:
Ainda que faltem estudos mais sistemáticos com propósito de interpretar a formação deste traço marcante da cultura brasileira que se reflete na mentalidade e na religiosa da população brasileira, trata-se de característica amplamente reconhecida, dada a visibilidade com que se manifesta. Ou seja, o brasileiro é marcadamente religioso e isso se reflete em sua vida cotidiana, na capacidade de expressão de múltiplas formas de fé religiosa, de modo que suas condutas e crenças religiosas constituem parte fundamental do ethos da cultura brasileira.
A partir da afirmativa acima, também baseado na leitura do material do tema 5, comente sobre a questão do pluralismo religioso, trazendo situações do nosso contexto atual para embasar sua reposta. Interaja com seus colegas, comente, pelo menos, a resposta de um colega.
Um marco importante na história religiosa brasileira foi o fim do monopólio religioso e a crescente abertura para o pluralismo religioso, de modo que foram surgindo diferentes sistemas religioso com destaque para a linha Protestante e o Espiritismo kardecista, que foram conquistando segmentes cada vez maiores da população. A partir do século XX instalou-se no Brasil uma pluralidade de crenças. O lado positivo desse pluralismo é de que favoreceu novos ciclos de troca entre as pessoas com a assimilação dessas novas crenças, de modo que despertou interesse da sociedade em novas religiões e pensamentos. Por outro lado, as religiões de tradição protestante se mostraram bem menos abertas a aceitar o trânsito religioso dos seus fiéis, exigindo deles uma fidelidade estrita.
O pluralismo religioso abre espaço para uma nova forma de ver o mundo no campo religioso, representando liberdade de crença e valorização de todas as manifestações religiosas. É notório que hoje em dia as pessoas transitam pelos diversos tipos de religião, não se encontrando apenas em uma. Um exemplo no contexto atual posso me citar como tal, visto que sou católica desde que nasci, mas hoje acredito em Espiritismo, já frequentando inclusive, assim como frequento reiki e outras terapias alternativas.

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