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Referências: MASSON, Cleber. Direito Penal Parte Geral. 13ª edição. Editora Método. TEORIAS DA CULPABILIDADE Teoria Causalista: Dolo e Culpa integram a culpabilidade (Sinônimos: concepção clássica, causalista, causal ou mecanicista da conduta) Aqui, a culpabilidade é: imputabilidade, dolo/culpa e exigibilidade de conduta diversa. (atenção para diferenciação na teoria psicológica e normativa da culpabilidade). A consciência da ilicitude fica dentro do dolo. Por isso, é conhecido como dolo normativo, colorido ou valorado. Repare, não é POTENCIAL consciência da ilicitude, mas simplesmente CONSCIÊNCIA da ilicitude, pois aqui vai valorá-la entre dolo e culpa. Teoria Finalista: Dolo e Culpa integram a conduta Passaram da culpabilidade para a conduta Aqui, a culpabilidade é: imputabilidade, PCI e ECD. Aqui, ao invés de CONSCIÊNCIA de ilicitude, torna-se POTENCIAL consciência, esta não mais integrando o dolo, que agora passa a ser natural (incolor, avalorado), mas sim a culpabilidade A partir da teoria causalista, somente se pode analisar o crime pelo critério Tripartido, sob pena de configurar a responsabilidade penal objetiva, POIS SE NÃO ANALISAR A CULPABILIDADE NESSA TEORIA CONSEQUENTEMENTE TAMBÉM NÃO ESTARÁ ANALISANDO O DOLO/CULPA (Integrantes da culpabilidade na teoria causalista), OU SEJA, CONFIGURANDO A RESPONSABILIDADE OBJETIVA. A partir da teoria finalista, dá pra observar o crime com dois critérios: Tripartido: fato típico, ilícito e agente culpável Aqui não cabe a visão clássica (causalista), pois o dolo/culpa estão na conduta, não na culpabilidade. Culpabilidade como um elemento do crime. Bipartido: Fato típico e ilícito Culpabilidade como um pressuposto de aplicação da pena. Cleber Masson: Culpabilidade é o juízo de censura, o juízo de reprovabilidade que incide sobre a formação e a exteriorização da vontade do responsável por um fato típico e ilícito, com o propósito de aferir a necessidade de imposição de pena Por: Emanuel Vinícius L. S. Referências: MASSON, Cleber. Direito Penal Parte Geral. 13ª edição. Editora Método. Culpabilidade será elemento do crime nas seguintes situações: Teoria Clássica, que somente admite o critério tripartido da visão de crime. Teoria Finalista, DESDE QUE se adote o critério TRIPARTIDO, pois, lembrando, na visão bipartida, a culpabilidade seria um pressuposto para aplicação da pena. TEORIA PSICOLÓGICA Franz von Liszt e Ernst von Beling Aplicação no campo da teoria clássica da conduta, explicada alhures Pressuposto fundamental da culpabilidade é a imputabilidade, que a capacidade do ser humano de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. Nesse caso, é definida como vínculo psicológico entre o e sujeito o fato típico e ilícito por ele praticado. Esse vínculo será representado por meio do dolo ou da culpa. Dolo e culpa são espécies da culpabilidade, pois são as formas concretas pelas quais pode se revelar o vínculo psicológico entre o autor e a conduta praticada Nesse caso, o dolo é normativo (contém a consciência da ilicitude) Como a imputabilidade é pressuposto da culpabilidade, somente será aferido dolo/culpa se o agente for imputável (maior de 18 e mentalmente sadio). Teoria somente aplicável no plano da teoria clássica da conduta, pois o dolo e a culpa integram a culpabilidade. Essa teoria não é atualmente aceita, pois a culpabilidade não pode ser um mero e frágil vínculo psicológico. TEORIA NORMATIVA OU PSICOLÓGICO-NORMATIVA Ainda no âmbito da teoria clássica (dolo integrando a culpabilidade) Reinhart Frank, 1907 Relacionando culpabilidade com a ECD (um elemento normativo) Por: Emanuel Vinícius L. S Referências: MASSON, Cleber. Direito Penal Parte Geral. 13ª edição. Editora Método. Chamado também de normalidade das circunstâncias concomitantes, depois de motivação normal, atualmente se conhece por ECD, aqui observa-se se o agente podia agir de maneira lícita (diversa) Culpabilidade agora com elementos naturalísticos (vínculo psicológico, representado pelo dolo ou pela culpa) e normativos (normalidade das circunstâncias concomitantes ou motivação normal, sinônimos de ECD). A imputabilidade não é mais um pressuposto para a culpabilidade. Agora, ela é um de seus elementos. (culpável somente o agente +18 e mentalmente ok) Culpabilidade: Imputabilidade, dolo/culpa e ECD = Culpável o agente +18, mentalmente ok, agiu com dolo/culpa e podia se comportar de maneira lícita. Se não se podia exigir um comportamento lícito, afasta-se a culpabilidade (coação moral irresistível). Nesse caso, a culpabilidade é definida como um juízo de reprovabilidade que recai sobre o autor de um fato típico e ilícito e que podia ser evitado O vínculo psicológico, ou seja, o dolo/culpa, (teoria psicológica) não foi eliminado, no entanto, agora se analisa se o agente podia agir de uma maneira diversa. Dolo permanece normativo (integrando a culpabilidade e contendo a consciência da ilicitude) Sua aplicação é restrita ao âmbito da teoria causal (causalista ou mecanicista) da conduta, pois nela o dolo e a culpa compõem a culpabilidade. TEORIA NORMATIVA PURA Somente observada no sistema finalista, ou seja, dolo/culpa na conduta Hans Welzel, 1930 Finalismo penal (adoção da teoria finalista da conduta) A teoria normativa pura da culpabilidade só pode ser observada no plano da teoria finalista da conduta, pois, nesta, o dolo/culpa não integram a culpabilidade Normativa pura, pois os elementos psicológicos (dolo/culpa), diferentemente da teoria psicológica e psicológico-normativa da culpabilidade, vão para o fato típico, mais especificamente para o interior da conduta. Perceba, ela é puramente normativa, pois não mais analisa-se, aqui, os elementos psicológicos. Nesse sentido, o dolo não é mais normativo (colorido, valorado), mas sim dolo natural (incolor, avalorado), pois tem-se que este é separado da consciência da ilicitude. Essa consciência da ilicitude, por outro lado, além de continuar integrando a culpabilidade, passa a ser POTENCIAL, ou seja, ao invés da necessidade de estar efetivamente presente no caso concreto (consciência atual), basta-se, agora, que o agente, no caso concreto, Por: Emanuel Vinícius L. S Referências: MASSON, Cleber. Direito Penal Parte Geral. 13ª edição. Editora Método. tenha a possibilidade de conhecer o caráter ilícito daquele fato (potencial consciência), de acordo com um juízo comum. Culpabilidade passa a ser: Imputabilidade, Potencial Consciência da Ilicitude e Exigibilidade de Conduta Diversa. Formados por uma hierarquia, de modo que, sem o primeiro, não haverá o segundo nem o terceiro, e, para ter o terceiro, é necessário que se tenha os dois primeiros. Ou seja, se o agente for inimputável (sem imputabilidade), não poderá ter potencial consciência da ilicitude e muito menos exigibilidade de conduta diversa. Imagine a seguinte escada. Essa teoria se subdivide em: Extremada e Limitada, sendo que seus elementos são os mesmos, no entanto, a diferença reside no tratamento às descriminantes putativas (situações em que o agente, por erro, supõe situação que, se existisse, tornaria sua ação legítima) Teoria Normativa Pura Extremada (extrema ou estrita) Descriminantes sempre são ERROS DE PROIBIÇÃO Teoria Normativa Pura Limitada Descriminantes podem ser erros de TIPO ou de PROIBIÇÃO, a depender do caso. Adotada pelo código penal Imputabilidade Potencial Consciência da Ilicitude Exigbilidade de Conduta Diversa Por: Emanuel Vinícius L. S
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