Buscar

Curso Nova Previdência - Juiz Victor Souza - Inicial Aposentadoria Tempo de Contribuição Hidrocarbonetos

Prévia do material em texto

Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
1 
Excelentíssimo Senhor Juiz Federal da ____ Vara Federal da 
Subseção Judiciária de ___________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(qualificar, meio de seus procuradores 
que esta subscreve, com escritório profissional na cidade de 
(endereço), com o endereço eletrônico (endereço eletrônico 
obrigatório, se tiver, conforme CPC), vem perante Vossa 
Excelência propor a presente, AÇÃO DE CONCESSÃO DE 
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DE APOSENTADORIA 
ESPECIAL, COEFICIENTE DE CÁLCULO 100%, OU 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, NAS 
CONDIÇÕES MAIS FAVORÁVEIS AO AUTOR, INCLUÍNDO A 
FORMULA 85/95 com fulcro nos artigo 57, § 5º da Lei 8.213/91, 
art. 37, § 3º da Constituição Federal, e demais legislações 
pertinentes à espécie, em desfavor do INSTITUTO NACIONAL 
DO SEGURO SOCIAL – INSS, (qualificar pessoa jurídica), na 
pessoa de seus procuradores federais especializados, pelas 
seguintes razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
1 - DOS FATOS 
 
 
O autor exerce por muitos anos a profissão 
de mecânico, profissão que expõe o trabalhador ao risco dos 
hidrocarbonetos óleos e graxas, conforme PPP anexo. 
 
Imperioso ressaltar que a exposição a estes 
hidrocarbonetos é quantitativa, e que a utilização de EPI não elimina o 
risco, conforme considerado pela própria administração pública, o que 
será esclarecido nos autos. 
 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
2 
Os períodos laborativos especiais do autor 
ocorreram nos períodos compreendidos entre: 
 
 
a) Descrever 
b) Descrever 
c) descrever 
 
 
Diante disso, nota-se que o Autor tem 
direito a concessão da aposentadoria especial ou tempo de 
contribuição com a averbação de tempo trabalhado exposto aos 
hidrocarbonetos para tempo comum, com o acréscimo de 40% e 
supero muito a regra de pontuação 85/95, em que a soma da idade e 
do tempo de contribuição do homem dê mais de 95 pontos em 2017. 
 
O autor requereu no INSS o benefício de 
aposentadoria por tempo de contribuição, haja vista que para 
aposentadoria especial, primeiro a Autarquia faz a análise da 
aposentadoria por tempo de contribuição (não há requerimento 
específico de aposentadoria especial no site do INSS) (DER: 
04/07/2017), no entanto, o pedido do autor foi indeferido sob alegação 
de não ter cumprido o tempo exigido, sem razão uma vez que o autor 
apresenta 29 anos de contribuição, enfim, o INSS não reconhecendo o 
tempo trabalhado em condições especiais, exposto ao hidrocarboneto. 
 
Ressalta-se que o autor apresenta todos os 
requisitos para a concessão do benefício de aposentadoria especial ou 
tempo de contribuição. Ademais, ele percorreu toda a instância 
administrativa, apresentou todos os documentos exigidos, e mesmo 
assim seu benefício foi negado, não restando outra alternativa do que 
requerer judicialmente a aposentadoria especial, uma vez que o direito 
lhe assiste, senão vejamos: 
 
 
3 - DA APOSENTADORIA ESPECIAL. 
 
Lado outro, o autor tem direito à concessão 
da aposentadoria especial, nos termos da Lei, senão vejamos: 
 
Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma 
vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao 
segurado que tiver trabalhado sujeito a condições 
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade 
física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
3 
cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redação 
dada pela Lei nº 9.032, de 1995) 
 
 § 1º A aposentadoria especial, observado o 
disposto no art. 33 desta Lei, consistirá numa renda 
mensal equivalente a 100% (cem por cento) do 
salário-de-benefício. (Redação dada pela Lei nº 
9.032, de 1995) 
 
 § 2º A data de início do benefício será fixada 
da mesma forma que a da aposentadoria por idade, 
conforme o disposto no art. 49. 
 
 § 3º A concessão da aposentadoria especial 
dependerá de comprovação pelo segurado, perante 
o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do 
tempo de trabalho permanente, não ocasional nem 
intermitente, em condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, 
durante o período mínimo fixado. (Redação dada 
pela Lei nº 9.032, de 1995) 
 
 § 4º O segurado deverá comprovar, além do 
tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos 
químicos, físicos, biológicos ou associação de 
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, 
pelo período equivalente ao exigido para a 
concessão do benefício. (Redação dada pela 
Lei nº 9.032, de 1995) 
 
 § 5º O tempo de trabalho exercido sob 
condições especiais que sejam ou venham a ser 
consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade 
física será somado, após a respectiva conversão ao 
tempo de trabalho exercido em atividade comum, 
segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da 
Previdência e Assistência Social, para efeito de 
concessão de qualquer benefício. (Incluído pela 
Lei nº 9.032, de 1995) 
 
 § 6º É vedado ao segurado aposentado, nos 
termos deste artigo, continuar no exercício de 
atividade ou operações que o sujeitem aos agentes 
nocivos constantes da relação referida no art. 58 
desta lei. (Incluído pela Lei nº 9.032, de 1995) 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
4 
 
 § 6º O benefício previsto neste artigo será 
financiado com os recursos provenientes da 
contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei 
no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas alíquotas 
serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos 
percentuais, conforme a atividade exercida pelo 
segurado a serviço da empresa permita a 
concessão de aposentadoria especial após quinze, 
vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, 
respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 
9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de 
11.12.98) 
 
 § 7º O acréscimo de que trata o parágrafo 
anterior incide exclusivamente sobre a remuneração 
do segurado sujeito às condições especiais 
referidas no caput. (Incluído pela Lei nº 9.732, de 
11.12.98) 
 
 § 8º Aplica-se o disposto no art. 46 ao 
segurado aposentado nos termos deste artigo que 
continuar no exercício de atividade ou operação que 
o sujeite aos agentes nocivos constantes da relação 
referida no art. 58 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
9.732, de 11.12.98) 
 
 Art. 58. A relação dos agentes nocivos 
químicos, físicos e biológicos ou associação de 
agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física 
considerados para fins de concessão da 
aposentadoria especial de que trata o artigo anterior 
será definida pelo Poder Executivo. (Redação 
dada pela Lei nº 9.528, de 1997) 
 
 § 1° A comprovação da efetiva exposição do 
segurado aos agentes nocivos será feita mediante 
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social — INSS, emitido pela 
empresa ou seu preposto, com base em laudo 
técnico de condições ambientais do trabalho 
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de 
segurança do trabalho. (Incluído pela Lei nº 
9.528, de 1997) 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
5 
 § 2° Do laudo técnico referido no parágrafo 
anterior deverão constar informação sobre a 
existência de tecnologia de proteção coletiva que 
diminua a intensidade do agente agressivo a limites 
de tolerância e recomendação sobre a sua adoção 
pelo estabelecimento respectivo. (Incluído pela 
Lei nº 9.528, de 1997)§ 1º A comprovação da efetiva exposição do 
segurado aos agentes nocivos será feita mediante 
formulário, na forma estabelecida pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social - INSS, emitido pela 
empresa ou seu preposto, com base em laudo 
técnico de condições ambientais do trabalho 
expedido por médico do trabalho ou engenheiro de 
segurança do trabalho nos termos da legislação 
trabalhista. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 
11.12.98) 
 
 § 2º Do laudo técnico referido no parágrafo 
anterior deverão constar informação sobre a 
existência de tecnologia de proteção coletiva ou 
individual que diminua a intensidade do agente 
agressivo a limites de tolerância e recomendação 
sobre a sua adoção pelo estabelecimento 
respectivo. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 
11.12.98) 
 
 § 3º A empresa que não mantiver laudo técnico 
atualizado com referência aos agentes nocivos 
existentes no ambiente de trabalho de seus 
trabalhadores ou que emitir documento de 
comprovação de efetiva exposição em desacordo 
com o respectivo laudo estará sujeita à penalidade 
prevista no art. 133 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 
9.528, de 1997) 
 
 § 4º A empresa deverá elaborar e manter 
atualizado perfil profissiográfico abrangendo as 
atividades desenvolvidas pelo trabalhador e 
fornecer a este, quando da rescisão do contrato de 
trabalho, cópia autêntica desse documento.(Incluído 
pela Lei nº 9.528, de 1997) 
 
 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
6 
Conforme entendimento jurisprudencial, e 
mesmo tendo em vista o Decreto nº. 53.831/64, não era exigido a 
comprovação do tempo laborado em atividade especial, por laudo 
técnico, também é o entendimento da jurisprudência, senão vejamos: 
 
 
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA 
ESPECIAL. 1. Sentença julgou procedentes os 
pedidos. 2. A comprovação do tempo especial 
mediante o enquadramento da atividade exercida 
pode ser feita até a entrada em vigor da Lei nº 
9.032/95. Com efeito, as atividades consideradas 
prejudiciais à saúde foram definidas pela 
legislação previdenciária, especificamente, pelos 
Decretos 53.831/1964, 83.080/1979 e 2.172/1997. 
Contudo, tratando-se de período anterior à 
vigência da Lei 9.032/1995, que deu nova redação 
ao § 3º do art. 57 da Lei 8.213/1991, basta que a 
atividade exercida pelo segurado seja enquadrada 
nas relações dos Decretos 53.831/1964 ou 
83.080/1979 e que haja a comprovação do efetivo 
exercício da atividade enquadrada como especial, 
não sendo necessário laudo pericial, exceto para a 
atividade laborada com exposição a ruído superior 
ao previsto na legislação de regência. A partir da 
Lei nº 9.032/95 e até a entrada em vigor da 
Medida Provisória nº 1.596-14/97 (convertida na 
Lei nº 9.528/97) a comprovação do caráter 
especial do labor passou a ser feita com base nos 
formulários SB-40 e DSS-8030, expedidos pelo 
INSS e preenchidos pelo próprio empregador. 
Com o advento das últimas normas retro referidas, 
a comprovação passou a ser feita mediante 
formulários elaborados com base em laudo 
técnico de condições ambientais do trabalho 
expedido por médico do trabalho ou engenheiro 
de segurança do trabalho (LTCAT). 3. O simples 
fornecimento de equipamentos de proteção 
individual não ilide a insalubridade ou 
periculosidade da atividade exercida, notadamente 
em relação ao agente agressivo ruído. Os limites 
de tolerância ao ruído são: de 26/08/1960 a 
05/03/1997 - 80 db(A); de 06/03/1997 a 
18/11/2003 - 90 db(A); de 19/11/2003 até hoje - 85 
db(A). No presente caso, a sentença está 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
7 
lastreada em PPP e laudo técnico, onde se 
constata a exposição habitual e permanente a 
agente nocivo (ruído), nos períodos e limites 
indicados. Tem-se ainda entendido que o 
caráter especial da atividade de frentista 
decorre da exposição do segurado a 
hidrocarbonetos derivados do petróleo (óleo 
diesel, gasolina, óleo de motor) e ao álcool, o 
que subsume a atividade aos códigos 1.2.11 do 
Decreto nº 53.831/1964, e 1.2.10 do Anexo I do 
Decreto nº 83.080/1979. Na hipótese peculiar 
dos autos, o autor trabalhou, nos períodos de 
02/05/1971 a 31/12/1975, 01/10/1976 a 
31/03/1977, 01/03/1983 a 27/11/1984 como 
frentista. 4. A possibilidade de conversão de 
tempo de serviço especial em comum, e deste 
naquele, foi inaugurada com a Lei 6.887/1980, 
mantendo-se com a Lei 8.213/91 (art. 53, § 3º), 
até o advento da Lei 9.032/95, quando a 
conversão de comum para especial restou 
vedada. Com efeito, somente o período de 
trabalho comum compreendido entre 10/12/1980 e 
28/04/95 é passível de ser convertido em especial, 
devendo, para tanto, ser aplicado o índice de 
conversão correspondente a 0,71, conforme 
disposto no Decreto 611/92 (art. 64). Nesse 
sentido: AC 2008.38.00.021280-3 / MG, Rel. Des. 
Fed. Gilda Sigmaringa Seixas, 16/09/2015 e-DJF1 
P. 90). 5. Juros e correção monetária com base 
nos índices do Manual de Cálculos da Justiça 
Federal, aplicando-se o INPC após a entrada em 
vigor da Lei n. 11.960/2009, tendo em vista a 
imprestabilidade da TR - atualmente usada na 
remuneração das cadernetas de poupança - como 
índice de correção monetária de débitos judiciais, 
conforme fundamentos utilizados pelo STF no 
julgamento das ADI n. 493 e 4.357/DF, e ainda 
pelo STJ no julgamento do REsp n. 1.270.439/PR, 
pelo rito do art. 543-C do CPC. 6. Apelação do 
INSS não provida e remessa oficial parcialmente 
provida, para adequar os juros de mora e correção 
monetária nos termos da fundamentação. (AC 
0035250-05.2005.4.01.3800 / MG, Rel. JUIZ 
FEDERAL FRANCISCO RENATO CODEVILA 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
8 
PINHEIRO FILHO, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 
p.374 de 28/01/2016) 
 
 
PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. PERÍODOS 
ANOTADOS EM CTPS. PRESUNÇÃO DE 
VERACIDADE. TEMPO ESPECIAL. FRENTISTA 
DE POSTO DE COMBUSTÍVEL. 
ENQUADRAMENTO. POSSIBILIDADE DE 
CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL EM 
COMUM. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 
HONORÁRIOS. DIREITO INTERTEMPORAL. 
TEORIA DO ISOLAMENTO DOS ATOS 
PROCESSUAIS. TEMPUS REGIT ACTUM. 
INCIDÊNCIA DO CPC/1973. RECURSO DO INSS 
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. É legítimo o 
reconhecimento dos períodos registrados na 
CTPS, visto que tais anotações gozam de 
presunção juris tantum de veracidade, de modo 
que constituem prova plena do serviço prestado 
nos períodos nela mencionados. Precedentes. 2. 
A redação original do art. 57 da Lei 8.213/91 
permitia o reconhecimento do tempo de serviço 
especial por enquadramento da categoria 
profissional, conforme a atividade realmente 
desempenhada pelo segurado, ou por exposição a 
agentes agressivos previstos na legislação. Assim, 
até o advento da Lei 9.032/95, bastava-se 
comprovar o exercício de uma das atividades 
previstas no anexo do Dec. 53.831/64 ou nos 
anexos I e II do Decreto n. 83.080/79, não 
havendo necessidade de se provar efetivamente 
as condições prejudiciais à saúde ou integridade 
física. 3. Consoante jurisprudência pacífica do e. 
TRF da 1ª Região, os Formulários, os PPP's, os 
laudos técnicos e demais documentos fornecidos 
pela empresa têm presunção de veracidade e 
constituem provas suficientes para comprovar o 
labor em atividade especial. 4. Consoante 
entendimento firme do e. Superior Tribunal de 
Justiça, "em sendo o fator de conversão um 
critério exclusivamente matemático, que visa 
estabelecer uma relação de proporcionalidade 
com o tempo necessário à concessão da 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
9 
aposentadoria, o índice a ser adotado deve ser 
aquele vigente na ocasião do requerimentoadministrativo do benefício. A matéria, já foi 
julgada por meio do procedimento dos Recursos 
Repetitivos, do art. 543-C do CPC, no Resp n. 
1.151.363/MG (AgRg nos EDcl nos EREsp 
1.220.644/PR, Rel. Min. Eliana Calmon, Primeira 
Seção, DJe 23/08/2013)". 5. No julgamento do 
REsp.1310034/PR, submetido à sistemática do 
Recurso Especial Repetitivo, o Colendo Superior 
Tribunal de Justiça firmou entendimento pela 
inaplicabilidade da regra que permitia a conversão 
de atividade comum em especial, pela aplicação 
de redutor a todos os benefícios requeridos após a 
vigência da Lei 9.032/95, que tinha por finalidade 
compor a base da aposentadoria especial. Desse 
modo, não há possibilidade da conversão de 
atividade comum em especial tendo em vista que 
ocorrido o requerimento administrativo em 2007. 
6. O caráter especial da atividade de frentista 
decorre da exposição do segurado a 
hidrocarbonetos derivados do petróleo (óleo 
diesel, gasolina, óleo de motor) e ao álcool, o 
que subsume a atividade à previsão contida no 
art. 2º, subitem 1.2.11 do Decreto n. 53.831/64, 
em vigor até 05/03/1997 e no subitem 1.2.10, 
anexo I, do Decreto 83.080/79. (AC 0088158-
63.2010.4.01.3800 / MG, Rel. 
DESEMBARGADOR FEDERAL JAMIL ROSA DE 
JESUS OLIVEIRA, PRIMEIRA TURMA, e-DJF1 
p.308 de 17/06/2015). 7. No caso dos autos, a 
CTPS (fls. 23/43) comprova que no período de 
01/01/1975 a 31/05/1976, 01/06/1976 a 
01/08/1978, 01/10/1983 a 30/09/1985, 15/10/1985 
a 24/11/1994, 01/06/1995 a 04/10/2001 o autor 
exerceu a atividade de frentista de posto de 
gasolina. Os formulários DSS-8030 de fls. 45/46, 
107/115 comprovam que nos períodos de 
01/10/1983 a 30/09/1985, 15/10/1985 a 
24/11/1994 e 01/06/1995 a 04/10/2001 o autor 
exercer a atividade de frentista, exposto a 
combustíveis. 8. Quanto ao último período, 
apesar de suficientemente comprovado pelo 
formulário exigido à época, a sentença recorrida o 
reconheceu parcialmente apenas até 28/05/1998 e 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
10 
deve ser mantida, ante a vedação da reformatio in 
pejus. 9. Somados os períodos de tempo especial 
convertido e os demais períodos constantes em 
CTPS e CNIS, tem-se que o autor totaliza mais de 
38 (trinta e oito) anos de contribuição até a data 
do requerimento administrativo (03/04/2006), 
conforme contagem de fl. 210. Portanto, o autor 
faz jus à aposentadoria por tempo de contribuição 
integral desde a data do requerimento 
administrativo. 10. O pagamento das parcelas em 
atraso, não atingidas pela prescrição quinquenal, 
deve ser acrescido de juros e correção monetária, 
de acordo com o Manual de Orientação de 
Procedimentos para os Cálculos da Justiça 
Federal - Resolução/CJF nº 267, de 02/12/2013, 
respeitando-se as alterações promovidas em 
virtude da declaração parcial de 
inconstitucionalidade do art. 1º-F da Lei n. 
9.494/97, com redação dada pela Lei n. 
11.960/2009, pelo Supremo Tribunal Federal na 
ADI 4.357/DF. Deverão ser compensados 
eventuais valores recebidos administrativamente. 
11. Sobre os honorários advocatícios, 
considerando que a sentença fixou seu valor de 
acordo com o CPC/1973 e que a nova disciplina 
legal de honorários, especialmente no que 
concerne à fase recursal, pode causar um 
gravame às partes não previsto no momento da 
interposição da apelação, a aplicação imediata do 
CPC vigente aos recursos interpostos sob a égide 
da legislação anterior implicaria decidir além dos 
limites da devolutividade recursal bem como 
surpreender às partes criando um risco de 
agravamento a sua posição jurídica, violando-se 
assim o princípio da confiança. Definida a fixação 
dos honorários pela sentença recorrida, tem-se 
um ato processual cujos efeitos não são 
definitivos, pois subordinados à confirmação das 
instâncias superiores estando, portanto, em 
situação de pendência (regulamentação concreta 
já iniciada, mas não concluída). Se a eficácia 
plena deste ato processual subordina-se a uma 
decisão futura, ela deve considerar a legislação 
vigente à época daquele (tempus regit actum). 
Ante a ausência de uma norma de transição sobre 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
11 
a matéria, esta solução tende a conferir uma 
estabilidade mínima às relações jurídico-
processuais. Sentença mantida no que concerne à 
definição dos honorários advocatícios. 12. 
Apelação do INSS desprovida e remessa oficial 
parcialmente provida. (AC 0001982-
42.2005.4.01.3805 / MG, Rel. JUIZ FEDERAL 
WAGNER MOTA ALVES DE SOUZA, PRIMEIRA 
TURMA, e-DJF1 de 16/06/2016) 
 
 
PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL - 
APOSENTADORIA POR TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO - TRABALHADOR URBANO - 
TEMPO LAVORADO EM CONDIÇÕES 
ESPECIAIS - CONVERSÃO - "FRENTISTA" - 
DECRETOS NºS 53.831/64 E 2.171/97 - 
EXPOSIÇÃO A HIDROCARBONETOS 
DERIVADOS DO PETRÓLEO - 
INSALUBRIDADE. 1 - O desate da lide cinge-se 
à verificação do direito à obtenção da 
aposentadoria especial em consequência do 
reconhecimento da especialidade do labor 
desempenhado pela parte autora nos seguintes 
períodos: 01.4.1975 a 30.9.1982, 01.10.1982 a 
30.7.1984, 01.8.1984 a 31.3.1985, 01.6.1986 a 
31.8.1992, 01.3.1993 a 23.01.1994, 01.8.1994 a 
29.12.2003, 01.7.2004 a 30.9.2007, 01.10.2008 a 
22.6.2011. 2 - Restou suficientemente 
comprovada, por meio das cópias da sua CTPS 
(fls. 09/10 e 14/15), em conjunto com as 
declarações de ter havido exposição do segurado 
a hidrocarbonetos (óleos lubrificantes) em 
ambiente insalubre (fls. 17/22), e com o 
documento à fl. 44 (CNIS), a especialidade do 
trabalho desempenhado pelo autor, na condição 
de "frentista" de posto de abastecimento de 
veículos nos períodos de 01.4.1975 a 30.9.1982, 
01.10.1982 a 30.7.1984, 01.8.1984 a 31.3.1985, 
01.6.1986 a 31.8.1992, 01.3.1993 a 23.01.1994, 
01.8.1994 a 05.3.1997 (períodos anteriores à data 
do início da vigência do Decreto 2.172/1997). 3 - 
O caráter especial da atividade de "frentista" 
decorre da exposição do segurado a 
hidrocarbonetos derivados do petróleo (óleo 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
12 
diesel, gasolina, óleo de motor) e ao álcool, o que 
subsume a atividade à previsão contida no art. 2º, 
subitem 1.2.11 do Decreto n. 53.831, de 25 de 
março de 1964, em vigor até 05/03/1997. 4 - O 
reconhecimento da especialidade do trabalho 
desempenhado pelo autor restringir-se-á à data da 
edição do Decreto n. 2.172/1997 (05/03/1997), vez 
que, a partir de sua vigência torna-se necessária a 
comprovação efetiva do caráter insalubre da 
atividade por meio de laudo técnico - não 
apresentado no caso - das condições ambientais 
do trabalho na empresa. 5 - Aplica-se, em relação 
aos períodos de 01.4.1975 a 30.9.1982, 
01.10.1982 a 30.7.1984, 01.8.1984 a 31.3.1985, 
01.6.1986 a 31.8.1992, 01.3.1993 a 23.01.1994, 
01.8.1994 a 05.3.1997, o subitem 1.2.11 do 
quadro anexo a que se refere o Decreto n. 
53.831/1964, em vigor até 05.3.1997, conforme 
fundamentação acima desenvolvida. 6 - 
Realizando-se a soma do(s) período(s) em que o 
autor trabalhou em condições especiais, já 
convertido(s) para tempo comum, com os demais 
lapsos temporais comuns comprovados nos autos, 
apura-se, na data do requerimento administrativo 
do benefício, um tempo total, correspondente a 33 
anos, 05 meses e 08 dias, insuficiente para a 
obtenção, àquela data, do benefício da 
aposentadoria por tempo de contribuição comum. 
7 - Acrescido, porém, o tempo trabalhado entre 
11.12.2002 (data do requerimento administrativo) 
e 22.6.2001 (data do ajuizamento desta ação), 
perfaz o autor um total de 41 anos, 11 meses e 21 
dias, neste caso mais do que suficiente para que 
se lhe conceda a aposentadoria por tempo de 
contribuição. 8 - A correção monetária deve ser 
feita com basenos índices do Manual de Cálculos 
da Justiça Federal, aplicando-se o INPC, em 
matéria previdenciária, após a entrada em vigor da 
Lei nº 11.960/2009, tendo em vista a 
imprestabilidade da TR - atualmente usada na 
remuneração das cadernetas de poupança - como 
índice de correção monetária de débitos judiciais, 
conforme fundamentos utilizados pelo STF no 
julgamento das ADI nº 493 e 4.357/DF, e ainda 
pelo STJ no julgamento do REsp nº 1.270.439/PR, 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
13 
pelo rito do art. 543-C do CPC. 9 - Nas ações 
previdenciárias os juros de mora deverão ser 
fixados em 1% (um por cento) ao mês, a contar da 
citação, em relação às parcelas a ela anteriores, e 
a partir de cada vencimento, quanto às 
subsequentes, até a entrada em vigor da Lei nº 
11.960/2009, que reduziu essa taxa para 0,5% 
(meio por cento) ao mês. 10 - Nos termos do 
entendimento firmado no Supremo Tribunal 
Federal e no Superior Tribunal de Justiça não 
incidem juros de mora entre a data da elaboração 
definitiva dos cálculos de liquidação e o efetivo 
pagamento da Requisição de Pequeno Valor-RPV. 
(STF, AgRg no RE nº 565.046/SP e STJ, REsp nº 
1.143.677/RS.) 11 - Os honorários de advogado, 
conforme entendimento consolidado nesta Corte, 
serão devidos no percentual de 10% (dez por 
cento) sobre o valor das prestações vencidas até 
a data da sentença que julgou procedente o 
pedido ou, ainda, a data do acórdão que reformou 
a decisão de improcedência da pretensão inicial. 
(Súmula 111 do STJ.) 12 - Nas ações 
processadas e julgadas perante a Justiça Estadual 
o INSS é isento do pagamento de custas 
(inclusive despesas com oficial de justiça) nos 
Estados de Minas Gerais, Goiás, Rondônia, Mato 
Grosso e Piauí. 13 - Apelação e Remessa Oficial 
a que se dá parcial provimento. 
 
(AC 0036154-17.2011.4.01.9199 / GO, Rel. JUIZ 
FEDERAL HENRIQUE GOUVEIA DA CUNHA 
(CONV.), SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.109 de 
16/06/2014) 
 
 
 
 
PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. 
APELAÇÃO CÍVEL. APOSENTADORIA POR 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONVERSÃO DE 
TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM. 
POSSIBILIDADE. FRENTISTA. 
ENQUADRAMENTO PROFISSIONAL. 
POSSIBILIDADE DE CONTAGEM 
DIFERENCIADA. ART. 3º DA EC Nº 20/98. 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
14 
RESPEITO AO DIREITO ADQUIRIDO. TERMO 
INICIAL. CONSECTÁRIOS LEGAIS. 1. A 
comprovação do tempo especial mediante o 
enquadramento da atividade exercida pode ser 
feita até a entrada em vigor da Lei nº 9.032/95. 
Precedentes. 2. A partir da Lei nº 9.032/95 e até a 
entrada em vigor da Medida Provisória nº 
1.596/14/97 (convertida na Lei nº 9.528/97) a 
comprovação do caráter especial do labor passou 
a ser feita com base nos formulários SB-40 e 
DSS-8030, expedidos pelo INSS e preenchidos 
pelo próprio empregador. Com o advento das 
últimas normas retro referidas, a mencionada 
comprovação passou a ser feita mediante 
formulários elaborados com base em laudo 
técnico de condições ambientais do trabalho 
expedido por médico do trabalho ou engenheiro 
de segurança do trabalho. 3. A exigência legal 
referente à comprovação sobre ser permanente a 
exposição aos agentes agressivos somente 
alcança o tempo de serviço prestado após a 
entrada em vigor da Lei nº 9.032/95. De qualquer 
sorte, a constatação do caráter permanente da 
atividade especial não exige que o trabalho 
desempenhado pelo segurado esteja 
ininterruptamente submetido a um risco para a sua 
incolumidade. 4. O simples fornecimento de 
equipamentos de proteção individual não ilide a 
insalubridade ou periculosidade da atividade 
exercida, notadamente em relação ao agente 
agressivo ruído. 5. O art. 3º da EC 20/98 garantiu 
aos segurados o direito à aposentação e ao 
pensionamento de acordo com os critérios 
vigentes quando do cumprimento dos requisitos 
para a obtenção desses benefícios. 6. Termo 
inicial conforme estipulado no item "a" da parte 
final do voto. 7. A correção monetária deve ser 
feita aplicando-se o INPC, com base nos índices 
do Manual de Cálculos da Justiça Federal, em 
conformidade com as alterações nele introduzidas 
pela Resolução CJF nº 267 de 02/12/2013, 
publicada em 10 de dezembro de 2013, conforme 
fundamentos utilizados pelo STF no julgamento da 
ADI 4.357/DF, e ainda pelo STJ no julgamento do 
REsp nº 1.270.439/PR, pelo rito do art. 543-C do 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
15 
CPC. 8. Em questões de índole previdenciária os 
juros de mora são devidos a partir da citação, em 
relação às parcelas a ela anteriores, e de cada 
vencimento, quanto às subseqüentes, incidindo a 
taxa idêntica à caderneta de poupança (1%) até a 
entrada em vigor da Lei nº 11.960/2009, a partir 
de quando serão reduzidos para 0,5% ao mês, 
caso a taxa SELIC ao ano seja superior a 8,5% ou 
70% da taxa SELIC ao ano, mensalizada, nos 
demais casos, segundo Lei 12.703/2012 e nova 
redação do Manual de Cálculos da Justiça 
Federal, conforme aludida Resolução. 9. Os 
honorários advocatícios são fixados em 10% das 
prestações vencidas até a prolação do acórdão, 
"limitados, sempre, ao valor constante da 
sentença, em obediência ao principio do não 
reformatio in pejus". 10. Nos feitos processados 
perante a Justiça Estadual o INSS é isento do 
pagamento de custas (inclusive despesas com 
oficial de justiça) nos Estados de Minas Gerais, 
Goiás, Rondônia, Mato Grosso e Piauí. 11. 
Delibero quanto à possibilidade de implantação 
imediata do benefício perseguido (art. 461, do 
CPC), já que eventuais recursos interpostos 
contra o presente julgado são desprovidos de 
efeito suspensivo . 12. Apelação a que se nega 
provimento. 13. Remessa oficial parcialmente 
provida. 
 
(AC 0034080-29.2007.4.01.9199 / MG, Rel. 
DESEMBARGADOR FEDERAL CANDIDO 
MORAES, SEGUNDA TURMA, e-DJF1 p.1389 de 
15/04/2014) 
 
 
Diante de todo o exposto, o autor faz jus a 
concessão da aposentadoria especial, sem limitação de idade, tendo 
em vista que laborou em condições insalubres que podem prejudicar a 
saúde do obreiro. 
 
1.1 Do agente insalubre ou 
periculoso – da não eficácia do EPI 
 
 
 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
16 
 
Os requisitos para aposentadoria especial, 
nos termos da Lei n. 8.213/91 são comprovação de atividade especial, 
por meio de PPP, exigido partir de 1º de janeiro de 2004, bem como 
Carteira de Trabalho, e outros documentos necessários a 
comprovação do alegado. 
 
Ademais, o Autor sempre esteve exposto de 
forma habitual, permanente, não ocasional, nem intermitente ao 
agente químico hidrocarboneto, cola e tiner, dentre outros, conforme 
faz prova toda a documentação anexa aos autos. 
 
Quanto ao enquadramento legal, no que se 
refere ao Anexo IV do Decreto 3.048/99, tal relação é exemplificativa. 
Aqui, nota-se que a Lei n. 8.213/91, em seu artigo 57, determina a 
concessão de aposentadoria especial, se comprovar o efetivo labor em 
atividade especial, que prejudique à saúde, ou integridade física do 
obreiro. Ademais, a súmula 198 do extinto TFR impõe o 
reconhecimento de atividade especial, ainda que não reconhecido em 
Decreto, senão vejamos: 
 
“Atendidos os demais requisitos, é devida a 
aposentadoria especial, se perícia judicial constata que a atividade 
exercida pelo segurado é perigosa, insalubre ou penosa, mesmo não 
inscrita em Regulamento.” 
 
Por fim, a própria Constituição da República 
determina que se observe e resguarde a saúde do trabalhador, 
conforme os artigos 201 §1º e 202, inciso II, todos tratando da especial 
proteção ao trabalhador que exerça seu ofício em profissões que 
possam agredir à saúde e integridadefísica do trabalhador. 
 
Cabe à Administração Pública a fiscalização 
das atividades periculosas, bem como a exposição a agentes 
insalubres e periculosos, nos termos da Lei. 
 
o Autor juntou o PPP que comprova a 
exposição à hidrocarbonetos, e onde está escrito que o EPI não é 
eficaz. 
 
O INSS, mesmo tendo conhecimento de 
todas essas falhas, ciente que a atual Jurisprudência do STF suscita 
que em caso de dúvida quanto a eficácia do EPI, deveria conceder o 
benefício, sendo que o ARE 664.335, em repercussão geral, 
determina a concessão do benefício, se houver dúvida quanto a 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
17 
eficácia do EPI, ou este não eliminar o agente agressor que coloca em 
risco potencial a saúde do obreiro, não concedeu o benefício 
previdenciário ao Autor. 
 
 
4 – DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
Excelência, o autor é pessoa pobre na acepção jurídica 
do termo, não esta em condições de demandar, sem sacrifício do sustento próprio 
e de seus familiares, motivo pelo qual, pede que lhe conceda os benefícios da 
justiça gratuita. 
 
Nesse sentido, o NCPC, Lei 13.105/2015, trás os 
seguintes termos: 
 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça 
pode ser formulado na petição inicial, na 
contestação, na petição para ingresso de 
terceiro no processo ou em recurso. 
§ 1o Se superveniente à primeira manifestação 
da parte na instância, o pedido poderá ser 
formulado por petição simples, nos autos do 
próprio processo, e não suspenderá seu curso. 
§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se 
houver nos autos elementos que evidenciem a 
falta dos pressupostos legais para a concessão 
de gratuidade, devendo, antes de indeferir o 
pedido, determinar à parte a comprovação do 
preenchimento dos referidos pressupostos. 
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de 
insuficiência deduzida exclusivamente por 
pessoa natural. 
§ 4o A assistência do requerente por advogado 
particular não impede a concessão de gratuidade 
da justiça. 
§ 5o Na hipótese do § 4o, o recurso que verse 
exclusivamente sobre valor de honorários de 
sucumbência fixados em favor do advogado de 
beneficiário estará sujeito a preparo, salvo se o 
próprio advogado demonstrar que tem direito à 
gratuidade. 
§ 6o O direito à gratuidade da justiça é pessoal, 
não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor 
do beneficiário, salvo requerimento e deferimento 
expressos. 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
18 
§ 7o Requerida a concessão de gratuidade da 
justiça em recurso, o recorrente estará 
dispensado de comprovar o recolhimento do 
preparo, incumbindo ao relator, neste caso, 
apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar 
prazo para realização do recolhimento. 
 
 Ante o exposto, diante da hipossuficiência e 
impossibilidade de arcar com os preparos processuais, a autor faz jus a 
concessão dos benefícios da gratuidade de justiça. 
 
5 - DO PEDIDO 
 
 
Pelo exposto, requer o autor a Vossa 
Excelência: 
 
a) A citação do Instituto Nacional do Seguro 
Social, na pessoa de seu Procurador Regional, para os termos da 
presente ação e para que, querendo, a conteste, no prazo legal, sob 
pena de revelia; 
 
b) O autor requer que o réu seja condenado 
a conceder a aposentadoria especial, para tanto, reconhecendo como 
atividade especial o período compreendido entre, que perfaz mais de 
25 anos de trabalho, abaixo transcrito, bem como conceder a 
aposentadoria por tempo de contribuição, caso que deverá converter 
os períodos abaixo em tempo comum, com o acréscimo de 40% ao 
tempo laborado: 
 
 
a) xxxxx 
 
b) xxxxxx 
 
c) xxxxxx 
 
d) xxxxxx 
 
 
c) O pagamento das parcelas vencidas e 
vincendas, desde o requerimento administrativo, corrigidas 
monetariamente, na forma da Lei; 
 
 
 
 
Propriedade material do IDA cursos, vedada cópia comercial do mesmo, nos termos da Lei, 
sujeito a responsabilidade civil e criminal. 
 
19 
d) Caso não seja esse o entendimento, que 
seja convertido o tempo de labor especial em comum, nos termos do 
artigo O art. 57, § 5ºda Lei n°. 8.213/91, e caso o tempo seja 
suficiente, que seja concedida a aposentadoria por tempo de 
contribuição ao Autor, desde o requerimento administrativo; 
 
e) A condenação do sucumbente nas custas 
e honorários de 20% fixados sobre o quantum apurado como parcelas 
tidas como vencidas e, ainda, sobre a anuidade de prestações 
vincendas, devendo as parcelas em atraso ser atualizadas na forma 
da lei. 
 
f) Ao final, após o pedido ser julgado 
totalmente procedente, cf. pugnado nos subitens anteriores, 
ESTABELECER MULTA diária por eventual descumprimento da 
obrigação por parte da requerida, na base em que Vossa Excelência 
houver por bem fixar; 
 
g) A concessão dos benefícios da Justiça 
Gratuita, uma vez que não reúne condições financeiras de arcar com 
as custas e despesas do processo, fundado no que dispõe o art. 
98NCPC, art. 4º, da Lei nº 1.060/50. 
h) O autor vem informar que não tem em 
interesse na audiência de conciliação, porque o INSS não faz acordo 
prévio neste caso específico. 
 
5. - DAS PROVAS E VALOR DA CAUSA. 
 
Pretende e requer pela produção de todas 
as provas úteis e necessárias ao julgamento do processo, e dá à 
causa o valor de R$ 20.865,00, o que representa 12 parcelas do 
salário base do Autor, no total de R$ 1738,75, multiplicado por doze 
meses, conforme comprovante de pagamento do mês 06/2016. 
 
Termos em que, pede e espera deferimento. 
Uberaba, 29/01/2017. 
 
advogado 
xxxx

Continue navegando