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MODELO DE EMENDA À INICIAL I

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AO JUÍZO DA X VARA GABINETE DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE XXXXXX, JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DE XXXXXX, ESTADO DE XXXXX
Processo nº: XXXXX
XXXXXX, já qualificado nos autos do processo, vem à Vossa Excelência, com fulcro no art. 321 do CPC/15 apresentar
EMENDA À INICIAL
pelos motivos a seguir expostos.
I – DO OBJETO DA EMENDA
A presente emenda tem amparo no artigo 321 do CPC/15 o qual dispõe:
Art.321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que a apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Trata-se de medida que reforça o princípio da cooperação insculpido no art. 6º do Novo Código de Processo Civil.
Ao disciplinar sobre a matéria, grandes doutrinadores destacam sobre o princípio da colaboração judiciária no aproveitamento do processo:
“Quando a petição pode ser emendada, é proibido ao juiz indeferi-as sem dar ao autor o direito de emenda-la. Há direito da parte à emenda inicial (STJ, 2ª Turma, REsp 438.685/DF, rel. Min. João Otávio de Noronha, j. 06.06.2006, DJ 03.08.2006, p. 240), inclusive da petição inicial dos embargos à execução (STJ, 2ª Turma, REsp 825.675/RS, rel. Min. Eliana Calmon, j. 18.05.2006, DJ 14.06.2006, p. 211) e do mandado de segurança (STJ, 1ª Turma, REsp 629.381/MG, rel. Min. Teori Zavaski, j. 07.02.2006, DJ 20.02.2006, p. 361)” “(MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. Ebook. Art. 321)
No presente caso, trata-se de ação proposta objetivando a concessão de XXXXXXX. Em atenção ao despacho que determinou que a parte autora juntasse “todos os documentos que entender pertinentes para a comprovação dos períodos invocados (carteiras de trabalho, comprovantes de recolhimento previdenciários, PPPs, procurações comprovando os poderes de quem os subscreveu, laudos técnicos etc.) (...) a parte autora deverá informar se pretende produzir prova testemunhal; (...) a parte autora deverá esclarecer como pretende comprovar os requisitos necessários à concessão do benefício considerando a Emenda Constitucional nº 103/2019.”
Assim, faz-se necessária a presente Emenda à Inicial para fins de:
II – DA PROVA TESTEMUNHAL
Analisando todos os documentos que o Autor junta em anexo, dúvidas não existem em relação à sua condição de segurado especial devido aos XXXXXXXXXXX trabalhados em função de FRENTISTA de posto de gasolina, que será corroborado, também, por meio de prova testemunhal cujo rol segue em anexo.
III – DA COMPROVAÇÃO DO BENEFÍCIO COM BASE NA EC. 103/2019
Na COMUNICAÇÃO DE DECISÃO do INSS (Anexo ID: 107911276), o INSS afirma que “não foi reconhecido o direito ao benefício em 13/11/2019 ou não atingiu os requisitos para direito as regras de transição Emenda Constitucional nº 103, previstos nos artigos 15, 16, 17, 18, 20, 21 e 22”.
Contudo, o INSS não converteu o tempo de trabalho especial do Autor em tempo comum, que é direito do Autor, que daria xxxxxxxxxxxx de tempo de contribuição e, assim, se enquadra nos artigos citados acima.
Como se vê na documentação anexa aos autos, o INSS não considerou no cálculo do tempo de contribuição todo o período de atividade especial laborado pela parte autora, qual seja 31 anos, 10 meses e 24 dias, com base nos dados do INSS, trabalhando como frentista em postos de gasolina, exposto a agentes nocivos como, por exemplo, o químico Hidrocarboneto, código 1.2.11. Caso o INSS tivesse reconhecido todo o período laborado em atividade especial, e feito a devida conversão para tempo comum, o Autor teria direito à concessão do benefício de Aposentadoria por Tempo de Contribuição, constando XXXXXXXX de tempo de contribuição.
Vê-se na tabela abaixo, com dados a partir da CTPS e do CNIS do autor, que todas as atividades do Autor foram em Postos de Gasolina, exposto sempre aos agentes nocivos à saúde que causam insalubridade e direito a conversão do tempo de atividade especial em comum.
	 Empresa
	Período Trabalhado
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Acerca da conversão do tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum, dispõe o art. 57 da Lei nº 8.213/91:
Art. 57. Aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei.
§5º. O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou a integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício.
Com relação ao reconhecimento da atividade exercida como especial, é de ressaltar-se que o tempo de serviço é disciplinado pela lei em vigor à época em que efetivamente exercido, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimônio jurídico do trabalhador. Desse modo, uma vez prestado o serviço sob a égide de legislação que o ampara, o segurado adquire o direito à contagem como tal, bem como à comprovação das condições de trabalho na forma então exigida, não se aplicando retroativamente uma lei nova que venha a estabelecer restrições à admissão do tempo de serviço especial.
Nesse sentido, aliás, é o posicionamento da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça:
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. CONVERSÃO DE TEMPO ESPECIAL. POSSIBILIDADE. Segundo precedentes, “o segurado que presta serviço em condições especiais, nos termos da legislação então vigente, e que teria direito por isso à aposentadoria especial, faz jus ao cômputo do tempo nos moldes previstos à época em que realizada a atividade. Isso se verifica à medida em que se trabalha. Assim, eventual alteração no regime ocorrida posteriormente, mesmo que não mais reconheça aquela atividade como especial, não retira do trabalhador o direito à contagem de serviço na forma anterior, porque já inserida em seu patrimônio jurídico”. (Precedente: REsp 392.833/RN). Embargos Rejeitados 
(STJ, EREsp n. 345554/PB, 3ª Seção, Ministro José Arnaldo da Fonseca, julgado em 11/02/2004)
Feita essa consideração, e tendo em vista a diversidade de diplomas legais que se sucederam na disciplina da matéria, se faz necessário definir qual a legislação aplicável ao presente caso, ou seja, qual a legislação vigente quando da prestação da atividade pelo Autor.
Tem-se, então, a seguinte evolução legislativa quanto ao tema sub judice:
PERÍODO TRABALHADO (Entre DATA)
ENQUADRAMENTO
Até 28/04/1995.
Quadro Anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964. Anexos I e II do RBPS, aprovado pelo Decreto 83.080 de 1979.
Sem Exigência de Laudo Técnico, exceto para ruído (nível de pressão sonora elevado).
De 29/04/1995 a 13/10/1996.
Anexo I do Decreto nº 83.080 de 1979. Código 1.0.0 do anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964.
Sem exigência de Laudo Técnico, exceto para ruído (nível de pressão elevado).
De 14/10/1996 a 05/03/1997.
Anexo I do Decreto 83.080 de 1979. Código 1.0.0 do anexo ao Decreto nº 53.831, de 1964.
Com exigência de Laudo Técnico, exceto para ruído (nível de pressão sonora elevado).
De 06/03/1997 a 05/05/1999.
Anexo IV do Decreto nº 2.172 de 1997. Com exigência de Laudo Técnico para todos os agentes nocivos.
A partir de 06/05/1999.
Anexo IV do Decreto nº 3.048 de 1999. Com exigência de Laudo Técnico para todos os agentes nocivos.
Ademais, a conclusão apresentada pelo INSS é inaceitável, posto que, infrigem disposições legais, bem como a jurisprudência pátria, como segue:
A Súmula 212 do Supremo Tribunal Federal diz: “TEM DIREITO AO ADICIONAL DE SERVIÇO PRERIGOSO O EMPREGADO DE POSTO DE REVENDA DE COMBUSTÍVEL LÍQUIDO”. Assim, junta-sea presente Emenda as holerites dos anos de XXXX a XXXX constando a periculosidade do laboro do Autor.
A jurisprudência dos tribunais superiores reconhece a atividade dos frentistas como atividade ESPECIAL, INSALUBRE e PERIGOSA, uma vez que estão expostos diariamente à produtos nocivos à saúde, conforme a seguir:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO LEGAL (ART. 557, §1º, DO CPC). FRENTISTA. ATIVIDADE ESPECIAL. RECONHECIMENTO. DECRETO Nº 53.831, DE 25 DE MARÇO DE 1964. 1. A função de frentista encontra enquadramento no item 1.2.11, do Decreto nº 53.831, de 25 de março de 1964, pelo que devido o reconhecimento, como especial, por categoria profissional, da atividade desenvolvida entre 01.01.1997 e 18.01.1979. 2. Agravo parcialmente provido. (TRF-3 – APELREE: 33344 SP 2004.03.99.033344-1, Relator: DESEMBARGADOR FEREDAL NELSON BERNARDES, Data de Julgamento: 26/07/2010, NONA TURMA)
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. FRENTISTA. PERÍCIA. PRESCINDIBILIDADE. O deferimento do adicional de insalubridade ao frentista independe da realização de perícia, já que a norma legal (NR nº 16, Anexo 2, Quadro 3, item – m”) assegura aos trabalhadores na operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos, o direito ao referido adicional. Entendimento consubstanciado na Súmula nº 39 do Colendo TST. Recurso provido. (TRT – 1 – RO: 00008279820125010046 RJ, Relator: Roberto Norris, Data de Julgamento: 20/05/2014, Quinta Turma, Data de Publicação: 13/06/2014
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO LEGAL (ART. 557, §1º, DO CPC). ATIVIDADE ESPECIAL (FRENTISTA EM POSTO DE GASOLINA). DECRETO 53.831/64. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. JUROS DE MORA. 1. A atividade de frentista é considerada especial, com previsão no item 1.2.11 do Anexo III, Decreto nº 53.831 de 25 de março de 1964, devido à exposição a gases tóxicos a que todos os trabalhadores em postos de gasolina estão sujeitos, independentemente da função desenvolvida, além da periculosidade do estabelecimento (Súmula 212 do Supremo Tribunal Federal). 2. (...) 3. Agravo legal parcialmente provido. (TRF – 3 – AC: 724 SP 0000724-89.2003.4.03.6107, Relator; DESEMBARGADOR FEDERAL LUCIA URSAIA, Data de Julgamento: 13/08/2013, DÉCIMA TURMA)
PREVIDENCIÁRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO PREVISTO NO §1º DO ART. 557 DO CPC. JUROS DE MORA. CONTA DE LIQUIDAÇÃO. ATIVIDADE ESPECIAL. DECRETOS 53.831/64 E 83.080/79. CONTATO COM AGROTÓXICOS. FRENTISTA DE POSTO DE GASOLINA. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. I – (...). II – (...). III – O período laborado pelo autor como frentista de posto de gasolina, deve ser tido por especial, em razão da exposição aos agentes agressivos derivados do carbono, tais como álcool, gasolina, diesel e gases (código 1.2.11 do Decreto nº 53.831/64), existindo, também, a característica da periculosidade do estabelecimento da prestação do serviço, na forma da Súmula 212 do STF. IV – Agravos interpostos pelo autor e pelo INSS desprovidos. (TRF – 3 – APELREE: 30792 SP 2007.03.99.030793-5, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL SERGIO NASCIMENTO, Data de Julgamento: 23/06/2009).
Em outras palavras, toda a documentação apresentada pelo autor, como meio de prova do exercício de atividade em condições especiais, não irrefutáveis, posto que, estão embasadas no ordenamento jurídico pátrio, devendo, portanto, referidos documentos serem acolhidos de pronto, inclusive os holerites anexados a esta Emenda.
III – DOS REQUERIMENTOS
Diante disso, havido o Autor sanado a deficiência delimitada, vem pleitear, novamente, o exame da tutela antecipada e, posteriormente, a citação da Ré, nos moldes do quanto solicitado com peça inaugural para a concessão do benefício de Aposentadoria por Tempo de Contribuição com Conversão do Tempo Especial em Comum.
Assim, REQUER o recebimento da presente emenda para fins de EMENDAR A PETIÇÃO INICIAL.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Cidade - UF, data.
Dr. XXXXXX
OAB/UF XXXX

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