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Questionário AV2 - Clinica de pequenos

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Questionário AV2 – Clínica de pequenos 2
1- Quais são os exames complementares que devem ser feitos em casos de doenças dermatológicas? Explique-os 
Raspado de pele ou técnica de fita de acetado: para a visualização de ácaro (ex: sarna demodécica, sarcótica). Se der positivo fazer anti-parasitários (isoxazolinas). 
Citologia: utilizado para avaliação celular e agente infeccioso presente na pele, onde pode ter fundo bacteriano (piodermite) ou fundo fúngico (malassezia). Nesses casos, tem que ser feito o tratamento tópico e/ou sistêmico. 
Tricograma: feito a avaliação de fungo (dermatófito), lesões arredondadas com falta de pelo, os pelos são tonsurados e é feito uma cultura fúngica. 
2- Como deve ser feito o atendimento clínico de pacientes que chegam com doenças dermatológicas?
Tem que perguntar para o tutor se o paciente coça e o quanto coça, dando uma nota de 1 a 10 (doenças bacterianas causam prurido; depois fazer exames de triagem como citologia, raspado de pele e tricograma se constar presença de ácaro, entrar com antiparasitário, se constar que é uma piodermite ou malassezia na citologia entrar com tratamento tópico e/ou sistêmico e fazer cultura dos pelos tonsurados para avaliação fúngica e depois disso retornar com o animal em 4 semanas. 
Depois do tratamento se a coceira continuar, suspeitar de doença alérgica, se não continuar, suspeitar de doença endócrina ou dermatite seborreica como causa de base. Sempre verificar sinais de inflamação.
3- Qual a diferença entre piodermite superficial e piodermite profunda?
Em geral, as piodermites são processos secundários devidos a outros processos subjacentes ou simultâneos. A piodermite canina deve-se a uma superinfecção bacteriana da pele, normalmente quando a barreira protetora das camas externas da pele é quebrada. Elas podem ser: 
Piodermite superficial: acomete somente a primeira camada da pele (epiderme) está sendo acometida. Não é necessário entrar com antibiótico por via oral, poque isso está selecionando bactérias e criando bactérias multirresistentes. São exemplos de piodermite superficial: Impertigo, DUAT, intertrigo, piodermite muco-cutânea, foliculite bacteriana superifical. 
Piodermite profunda: tem acometimento de derme e hipoderme, nesses casos o produto tópico não consegue resolver, isso porque nesses casos já se tem um paciente com furunculose, sendo necessário fazer antibiótico terapia por via oral. É classificada de acordo com o local do corpo atingido (metoniana, interdigital, nasal), complexo foliculite-furunculose-celulite. 
4- Por que na maioria das vezes ao tratar uma doença bacteriana com antibióticos e corticoides o paciente tem melhora clínica e depois retorna com os mesmos sintomas?
As piodermites, geralmente, são doenças secundárias a uma doença de base, devido a isso os pacientes têm melhora clínica quando inicia o tratamento e em seguida volta com os mesmos sintomas. A piodermite atrapalha o diagnóstico das doenças de base, pois pode mimetizar alguns sinais clínicos, devido a isso deve sempre controlar as piodermites primeiro, antes de iniciar o diagnostico de base.
5- Sobre as piodermites, responda: 
a) Qual o agente causador do Impertigo/ doença pústular superificial/ piodermite dos filhotes? Quais os sintomas? E qual o tratamento?
O Impertigo é causado por bactérias do gênero/espécie Staphylococcus pseudointermedius.
Os sintomas são: pústulas com um colar ao redor que parecem onde o cachorro não tem pelo (regiões glabas). 
É uma doença de fácil cura, o manejo vai depender das condições adjacentes, muitas vezes vaia aparecer e sumir sem precisar tratar. Pode ser feito a limpeza da área, ou dar banho, com clorexidine a 3% (ex: hexadene, sept clean) a cada dois dias – Sempre começar pelo menor frasco. Não é necessário antibiótico sistêmico. 
OBS: Clorexidine acima de 2,5% também possui ação antifúngica. Tomar cuidado com o tipo de clorexidine, atenção com os tipos de veículos que não são shampoos, pois podem queimar a pele e sempre usar produtos com prescrição veterinária. 
b) O que é o intertigo? Quais locais são mais acometidos e quais são as raças mais pré-dispostas? Explique o tratamento. 
O intertigo são as dermatites de dobras, elas irão acometer regiões de dorba de face, rabo, região vulvar (cadelas obesas ou cadelas que foram castradas muito jovens). Possui predisposição racial para buldogs, shitzu, lhasa apso, sharpey, pug, pequinês, bassethound, persa e animais obesos. 
O tratamento pode ser feito de forma tópica ou sistêmica. O tratamento tópico consiste em lenços umedecidos com clorexidine de 1-2 % (manipulado) ou algodão umedecido com clorexidine, duas vezes ao dia (SID) por 21-30 dias e de forma preventiva no mínimo 3 vezes por semana (verutex, regencel – pomada oftalmológica, pois muitas vezes as dermetites de dobra na região da face acabam migrando para o olho do animal e ele faz um quadro de conjuntivite secundário a dermetite de dobra, por isso fazer regencel). 
O tratamento sistêmico não é necessário na maioria dos casos, sendo assim, sempre iniciar com a terapia tópica e caso não haja uma resposta satisfatória, implementar terapia sistêmica. Como terapia sistêmica pode ser utilizado a falexy, celeporin, lexin e em casos de animais que não aceitam nem a terapia tópica e nem a sistêmica, pode ser utilizado a forma injetável como a cefovencina sódica (convenia) 
c) O que é a dermatite úmida aguda traumática/ hot spot/dermatite piotraumática. Quais são as principais causas, que animais são mais acometidos?
Dermatite que ocorre por autotraumatismo, o animal sente dor e possui prurido. As causas podem ser diversas, tais como: alergopatias, ectoparasitismo, doenças muco-esqueléticas, otites, corpos estranhos aderidos ao pelame, mas geralmente é por conta de umidade. Os animais mais acometidos são as raças de pelame denso, as mais comuns são: Golden, labrador e collie. 
Caso não cresça mais pelo dessas regiões, depois de tratado, podemos fazer um exame complementar para saber a razão ou até mesmo uma biópsia. Podemos trabalhar com queranon (mesma função do pantogar humano), ômega 3 por via oral (para acelerar a cicatrização) e pelo&Derme. Se as áreas forem extensas sempre passar algo para acelerar a cicatrização, pois falha de pelo incomoda muito o tutor.
d) O que é uma piodermite de repetição?
É uma piodermite redicivante, onde as superficiais são mais comuns que as profundas e os sinais clínicos são semelhantes as piodermites simples. As infecções respondem ao tratamento por um tempo, mas depois retorna, a pele fica normal entre os episódios de infecção, sendo assim, é necessário diferenciar as infecções não resolvidas e descobrir a causa de base.
6- Quais são os passos a passos para o tratamento das piodermites e a restauração da barreira epidérmica?
Primeiramente, para determinar se é uma piodermite de fato, deve ser feito uma citologia, determinando que é uma piodermite classificar se é superficial ou profunda e entrar com o tratamento, depois de entrar com o tratamento, investigar causa de base (alérgica, endócrina, dermatite seborreica), tratar a doença de base, utilizar shampoos hidratentes, diminuir prurido, descamação e processo inflamatório da pele e repilar as áreas em que houve perda pelo.
	
7- O que é a dermatofitose e como ela se comporta?
A dermatofitose é uma dermatopatia fúngica zoonótica. O contágio da dermatofitose de dá por contato direto (animal – animal) ou indireto (ambientes, fômites), onde a exposição ao dermatófito necessariamente resulta em infecção. 
O Dermatófito fica presente no pelo, pois ele se alimenta de queratina e podem permanecer no ambiente por até 18 semanas, o que torna o tratamento muito complicado, pois é necessário eliminar o fungo do ambiente, se não o animal vai ficar se reinfectando. Quando se tem mais de um animal no ambiente, por mais que apenas um apresente sinais clínicos, o ideal era fazer cultura fúngica em todos, mas como muitas vezes isso é oneroso para o tutor, tratar sempre todos os contactantes. 
8- Quais são os sinais clínicos presentesna dermatofitose?
No humano, obrigatoriamente, vai se ter lesões arredondadas e alopécicas (ter atenção, pois nem toda lesão com essas características necessariamente é fungo) e vai coçar muito.
No cão e no gato as lesões não vão coçar. Na maioria das vezes, os gatos vão ser assintomáticos (carreiam fungo no pelo, não possuem sinais clínicos, mas estão transmitindo), e cão pode apresentar infinidades de sintomatologia clínica. 
Atenção: o York faz um dermatofitose pruriginosa, coça muito e a evolução clínica é rápida. 
9- Como é feito o diagnóstico de dermatofitose?
Como exame de triagem, pode ser feito a observação do pelo do anmal com a lâmpada de wood, pois o dermatófito carrea triptofano, que obrigatoriamente vai fluorescer na lamapada de wood, caso fluoresça, colete um pelo da região que fluoresceu e faz um tricograma ou uma cultura para dermatófito (envia o pelo para laboratório). É importante salientar que nem tudo que fluoresce é fungo, sendo assim, lâmpada de wood não fecha diagnóstico, ela apenas é um exame de triagem, ou seja, vai triar um caminho para o médico veterinário seguir. 
Pode ser realizado o tricograma, que é a avalição do pelo do animal. Ele consiste em avulsionar o pelo da região afetada, colocar em uma lâmina, com soro fisiológico ou clarificante, e olhar esse pelo no microscópio. Ao olhar no microscópio pode se ver as hifas do fungo dentro (endotrix) ou fora (ectotrix) do pelo. Caso ainda haja dúvida, fazer cultura fúngica para dermatófito. 
Caso vá fazer uma cultura fúngica para dermatófico, fazer uma seleção da área com a lâmpada de wood, coleta onde fluoresceu e mandar para cultra fúngica no laboratório, ou fazer no próprio consultório (dermatobac). Se optar por fazer com o dermatobac, coletar o por avulsão, colocar no potinho e deixar ele semi-aberto para que o fungo respire. Em torno de 14 a 21 dias vai crescer uma colônia fúngica, se essa colônia crescer em formato de algodão, é sugestivo de dermatófito, sendo necessário identificar o fungo. Então, em cima da colona, fazer uma coleta por fita de acetato, corar com o panótipo, colocar na lâmina de vidro e observar ao microscópio e ver se consegue observar o agente causador. 
Atenção: paciente com lesões de pele semelhantes a leishmaniose, sempre fazer sorologia. 
10-Como realizar o tratamento para dermatofitose?
 O tratamento vai ser conduzido de acordo com a condição financeira, espécie e quantidade de animais presentes na casa e também da evolução clínica do paciente.
Se o paciente for um gato e/ou o tutor ter mais de um animal, utilizar o ITRACONAZOL. O itraconazol vai ser utilizado na dose de 10mg/kg/SID durante 30 dias, de uso humano só existe 100mg, sendo assim, fazer manipulação veterinária em 10mg. Existe o itraconazol veterinário, que é o ILT. Ele tem apresentação de 12, 50 e 100mg, tudo vai depender do peso do paciente e da condição financeira do tutor.
Pode utilizar o shampoo de cetaconazol a 2%, pode ser utilizado em casos de lesões únicas um spray de miconazol chamado micolytic). 
Se o paciente estiver com o corpo com uma infecção generalizada, fazer tratamento tópico e oral. O tratamento durante 30 dias é necessário, pois vai ser preciso acompanhar a evulção clínica através de cultura fúngica.
Nunca fazer curativo!!
11-O que é a malasseziose e como ela se comporta?
A malasseziose é uma dermatopatia fúngica que, geralmente, está associado a uma doença da base, acometendo geralmente cães alérgicos ou que possuem endocrinopatias. Além disso, afeta pacientes que possuem muitas dobras (sharpey, buldog...). A malassesioze possui cheiro característico e a malassezia se alimenta de gordura.
12- Como conduzir o tratamento para malasseziose? 
Em primeiro lugar tem que retirar o paciente da crise, mas não adianta tratar somente a infecção, tem que descobrir a causa de base para que o animal não fique fazendo malassezia de repetição. 
Descobrindo a doença de base, ela tem que ser tratada e para a malassezia é preferível o tratamento tópico aos sistêmicos para terapias a longo prazo, devido a um menor risco de toxidade. Pode-se usar clorexidine a 2% associado a miconazol a 2% (cloresten) ou 3% de shampoo de clorexidina duas vezes por semana (hexadene). Caso paciente tenha uma pele muito gordurosa, tem que utilizar um produto com ação desengordurante (sebolutytic) ou glicerina (uso vet) como pré-lavagem. 
Pacientes com malassezia de repetição, onde a causa de base é o hipotireoidismo, fazer o tratamento do hipotireoidismo que a malassezia irá sumir, caso a doença de base seja alérgica, na maioria das vezes é necessário tratamento tópico. 
Em pacientes com otite, o cerúmen é gorduroso, sendo necessário limpar esse ouvido, porque se não tirar a gordura a malassezia cresce. Em casos de pacientes com otite muito grave, deve ser feito corticoide por via oral, quando melhorar, vai ser colocado o otoscópio e feito uma citologia, pode manipular miconazol a 2% com dexametasona a 0,01% uma vez por semana.
13- Quais são os sinais clínicos da malasseziose?
Coceira, pele irritada, otite de repetição, vermelhidão no local, hiperquerarose, pele escurecida, perda de pelo e descamação da pele. 
14 – Quais são as formas clínicas da esporotricose?
Tudo vai depender do estado imunológico do paciente, do tamanho do inóculo e profundidade da inoculação traumática. As formas clínicas podem ser: 
Cutânea localizada: caracterizadas por lesões nodulares, avermelhadas e individuais. 
Cutânea linfática: quando a infecção progride formando úlceras na pele e atinge o sistema linfático do animal. 
Cutânea disseminada: quando atinge um estado tão grave que todo organismo do animal fica afetado. 
15- Como fazer o diagnóstico de esporotricose:
Em gatos: fazer uma pulsão/imprint da lesão, corar e observar no microscópio se há a presença do fungo. 
Em cães: o ideal é que se faça uma biópsia, pois a carga de fungo é muito pequena Essa biópsia deve ser fracionada em duas amostras, onde a primeira amostra vai ser enviada para cultura fúngica e a outra para visualização do patógeno.
16- Como é realizado o tratamento de esporotricose em gatos?
Gatos apenas com lesões cutâneas com peso maior ou igual a 2,5kg – itraconazol na dose de 10mg/gato/dia/VO
Gatos apenas com lesões cutâneas com peso menor que 2,5kg – itraconazol na dose de 25mg/gato/dia/VO
Gatos com diagnóstico de esporotricose, com lesão nasal e/ou presença de sinais respiratórios (espirros, secreções e/os dispneia): Tipo mais difícil de se tratar e é a que mais ocorre
· Gatos com peso maior ou igual a 2,5kg- itraconazol na dose de 100mg/gato/dia/VO
· Gatos com peso menor que 2,5kg: itraconazol na dose de 25mg/gato/ dia/VO, associado a iodeto de potássio na dose de 2,5 a 5 mg/kg/dia VO, até a cura clínica. 
Pode associar o iodeto com o itraconazol na mesma capsula para evitar estresse e sempre começa com a menor dose, pois pode ocorrer vomito. 
Caso o animal tenha resistência ao itraconazol veterinário, fazer o sporanox (itraconazol humano- caro) Se não resolver em 15 dias, tem que ser feito um antifungiograma. Nesses casos pode ser feito a aplicação intralesional de afotericina B, que é feito em ambeinte hospitalar, pois é necessário anestesiar o animal. Cuidado, pois a anfotericina B pode ser nefrotóxica. 
17- Como é realizado o tratamento de esporotricose em cães?
 Cães com lesões apenas cutâneas – Cetoconazol na dose de 5 a 10 mg/kg/dia/VO até a cura clínica. 
Cães com lesões na região nasal e/ou presença de sinais respiratórios (espirro/secreção nasal e/ou dispneia) ou que não respondem ao tratamento com cetoconazol: Itraconasol na dose de 5 a 10 mg/kg/dia/VO, até a cura clínica e caso não haja resposta, pode associar ao iodeto de potássio na dose de 10mg/kg/dia. 
Sempre dar preferência ao itraconazol, pois o paciente tolera melhor, o cetoconazol tende a fazer mais vomito. 
Caso o animal tenha resitencia ao itraconazol veterinário, fazer o sporanox (itraconazol humano- caro) Se não resolver em 15 dias, tem que ser feito um antifungiograma. Nesses casos pode ser feito a aplicaçãointralesional de afotericina B, que é feito em ambiente hospitalar, pois é necessário anestesiar o animal. Cuidado, pois a anfotericina B pode ser nefrotóxica. 
18- O que é a escabiose/ sarna sarcóptica?
É uma dermatopatia parasitásia zoonótica, causada pelo Sarcoptes scabiei var canis em cães e em gatos é causado pela sarna Notoedres cati, que é um ácaro que de mede cerca de 0,2 a 0,4 mm, com formato ovoide e 4 pares de perna. Ele se desenvolve entre 15 e 17 dias após a infecção. 
19- Quais são os sintomas da escabiose? 
Tanto nos animais quanto nos humanos é uma dermatopatia altamente pruriginosa, ou seja, coça muito. 
No cão, na maioria das vezes, as áreas mais acometidas são na região da ponta de orelha (pavilhão auricular) e cotovelo (articulação úmero-rádio-ulnar), há descamação, a pele fica inflamada e devido ao prurido intenso o animal acaba fazendo escoriações pelo corpo, começa a se ferir. 
O gato chega com muita lesão na região cefálica e cervical.
Não responde a corticoide. 
20- Como fazer o diagnóstico de escabiose/ sarna sarcóptica? 
Para fechar diagnóstico de sarna é necessário fazer o exame parasitológico de raspado cutâneo, mas existe um problema, pois o ácaro Sarcoptes scabiei é muito superficial e isso o torna ágil, então a positividade do EPRC gira em torno de 60% em cães e 80% em gatos, sendo assim, se a manifestação clínica bate com escabiose, tem muito prurido, não responsivo a corticoide, deve ser feito o tratamento para sarna. 	
21 – Como se comporta a escabiose canina e qual o seu tratamento?
A escabiose canina é causada pelo Sarcoptes scabiei var.canis. 
As sarnas adultas perfuram galerias ou túneis na epiderme. O local de eleição para o EPRC são os pavilhões auriculares e a articulação úmero-rádio-ulnar. 
Recomenda-se tratar todos os contactantes, sintomáticos e assintomáticos. 
No cão o principal sintoma é o prurido e, na maioria das vezes, as áreas mais acometidas são na região da ponta de orelha (pavilhão auricular) e cotovelo (articulação úmero-rádio-ulnar), há descamação, a pele fica inflamada e devido ao prurido intenso o animal acaba fazendo escoriações pelo corpo, começa a se ferir. 
Trata-se com as isoxazolinas (nexgard, bravecto, credeli, simparic), porém o simparic é o único que tem indicação em bula para tratar a sarna. Pode ser utilizado ivermectina na dose de 0,4 a 0,6 de 7 em 7 dias. Tem que tratar todos os contactantes. 
22- Como se comporta a escabiose felina/ sarna notoédrica e qual seu tratamento?
A escabiose felina é cauda pela sarna Notoedres Cati. O local de eleição para o EPRC é na região cefálica e nas bordas de pavilhão auricular. 
No gato o principal sintoma é o prurido e, na maioria das vezes, as regiões mais acometidas são as regiões cefálicas e cervical, pois o ácaro coça muito e faz o animal se automutilar, ele se lesiona na região da orelha, aumentando para região cervical. Porém, existe muitos gatos assintomáticos. 
O tratamento é feito com advocate (se o gato em está em foco, diminuir o intervalo para 21 em 21 dias). Tratar todos os contactantes 
23- Como é feito o diagnóstico de dermatite alérgica?
O diagnóstico é clínico, sendo necessário apenas diferenciar se é uma dermatite alérgica a picada de pulga, uma hipersensibilidade alimentar ou uma dermatite atópica. 
Começa sempre fazendo uma eliminação de cada vez, primeiro começa com a eliminação de pulga e carrapato (caso o tutor não faça o controle com isoxazolina) e depois eliminação de dieta. Se ao eliminar as pulgas os sinais clínicos melhorarem é DAPP, caso não melhorarem partir para dieta de eliminação, que consiste em investigar alergia alimentar, onde o paciente deve ficar 8 semanas fazendo dieta, caso solucione é uma hipersensibilidade alimentar, caso não solucione tem que se penar em uma dermatite atópica. 
24- Quais são os sintomas de uma dermatite alérgica?
O animal coça muito, lambe muito as patas, possui otite de infecção (pele e ouvido inflamados), o animal só possui qualidade de vida com uso de corticoides. 
Na DAPP o paciente vem com prurido localizado na base da causa principalmente, pois as pulgas sobem pelo rabo. 
25- Como deve ser feita a dieta de eliminação? 
A dieta de eliminação deve ser feita obrigatoriamente durante 8 semanas e ela fica ao critério do tutor, pode ser feita de forma caseira ou comercial. 
É preferível utilizar a comercial por questão de segurança. Utilizar dietas comerciais com proteínas hidrolisadas. 
Caso opte por fazer uma dieta caseira, é necessário fazer uma fonte de carboidrato e proteína que o animal foi pouco exporto. Proteínas interessante são: peixe cação, rã, coelho, mas são proteínas caras. Opções de carboidrato são: batata doce, arroz integral. Essa é uma dieta desbalanceada, mas tem como objetivo avaliação alérgica. 
Essa dieta deve ser feita sem nenhum medicamento, caso o animal entre em crise deve ser feito a medicação, retirar o animal da crise e só depois entrar com a dieta. Retirar por um tempo medicamentos com palatabilizantes (como as isoxazolinas), pois eles são feitos a base de proteína de polvo. Assim como petiscos e brinquedos mastigáveis. 
Caso o animal tenha melhora com a dieta, se for comercial manter a ração hidrolisada e se for caseira, encaminhar o animal ao nutricionista com um histórico detalhado e a seleção de proteínas e carboidratos que o animal nunca foi exposto. 
Atenção as rações de salmão, carneiro, porque por mais que elas tenham essas proteínas, elas sempre vão ter frango, pois é uma proteína mais barata. 
Ter atenção também a racoes hipoalérgicas, pois são rações muito gordurosas, seno necessário avaliar triglicerídeo e colesterol. 
Ex de raçoes hipoalegênicas para cães: Royal Canin Hipoalergênica caloria moderada, Z/D da hills , VetLife Ultrahypo e Royal Canin Ultamino (proteína altamente hidrolisada, ainda não tem no Brasil) 
No gato a dificuldade de fechar diagnóstico de hipersensibilidade alimentar ainda é maior, pois existe apenas uma ração hipoalegenica no mercado, que é a Royal canin hipoalergênica felina, o que dificulta, pois se o animal não gostar da ração não tem outra opção, Muitas vezes tem que fazer a a exclusão de DAPP, tentar a troca e se não conseguir fazer essa troca, já entrar com tratamento de dermatite atópica, pois o gato não pode ficar sem se alimentar, pois isso pode gerar problemas maiores, como a lipidose hepática. 
26- Como se comporta a dermatite atópica e qual seu tratamento?
Só se pode fechar diagnóstico de dermatite atópica depois de fazer a exclusão de DAPP e hipersensibilidade aliementar. 
Geralmente, já vemos animais com 6 meses de vida com essa doença, além disso, a dermatite atópica prevalece 80% das vezes em raças específicas como buldog, shitzu, Golden, poodle branco, vira-latas (maior desafio). 
O aparecimento dos sinais clínicos ocorre antes dos três anos de idade, apresentar prurido responsivo a corticoide, onde os pavilhões auriculares são bastante afetados e as margens não. 
Pacientes com dermatite atópica são pacientes que perdem a barreira cutânea da pele, perdem água pelas frestas e fica porta de entrada para infecções e alérgenos, logo não adianta tratar apenas a coceira do animal, tem que repor a a barreira cutânea e por isso o tratamento da doença é multifatorial e mesmo assim o paciente pode vir a ter crises. 
Não existe cura e sim controle, sendo assim, depois que firmar o diagnóstico, para amenizar a quantidade de medicamentos e diminuir o intervalo entre as crises, tem que tentar uma imunoterapia alérgeno-estecífico (vacina para alergia). 
Deve ser feito os testes sorológicos intradérmicos, prick teste ou patch teste, com o objetivo de identificar o alérgeno e a partir do resultado desse teste se faz a vacina. Esses testes não são feitos de forma diagnóstica, eles são feitos apenas em casos de dermatite atópica confirmados. Não é todo paciente que necessita desse teste, o ideal é não fazer em pacientes de acima de 7 anos de idade.
27- Sobre a leishmaniose, responda: 
a) Quem causa a leishmaniose e como ela é transmitida? 
Ela é causada porum protozoário chamado Leishmania chagasi e transmitida por um mosquito flebótomo (palha, cangalhinha/ asa dura/ tatuquira/birigui. 
b) Quem pode contrair essa doença? 
Animais silvestres, roedores, gambá, tamanduá, tatu, canídeos, primatas, animais domésticos e o homem. 
c) Como é o ciclo da leishmaniose? Existe alguma área endêmica?
O mosquito palha pica o paciente com leishmaniose (mesmo os assintomáticos) e passa para as pessoas/ outros animais.
Minas gerais é uma área endêmica de leishmaniose no Brasil.
28- Quais são as formas que a leishmaniose pode se apresentar?
Ela pode ser tegumentar ou cutânea, que se caracteriza por lesões e feridas na pele que não cicatrizam (mais comum em homens), ou visceral ou calazar, que é caracterizada por lesões nos órgãos internos.
29- Quais são os sintomas da leishmaniose?
Os sintomas mais visíveis são: perda de peso progressiva e muito acentuada, aumento generalizado dos gânglios linfáticos e quando há manifestação cutânea, normalmente, ela é muito exuberante, apresenta descamação seborreica intensa, mais frequente em focinho, nariz mais seco, espesso, sobrecrescimento das unhas (onicogrifose) , pelo de má qualidade, seco e quebradiço e feridas que não cicatrizam. Faz também blefarite, lesões em ponta de orelha e ponta do fucinho que não cicatriza. 
30- Como é feito o diagnóstico de leishmaniose?
O diagnóstico pode ser feito através de testes sorológicos, incluindo fixação de complemento, imunofluorescencia, eliza. 
Caso seja feito o teste rápido se der positivo a DPP de fato é positivo, mas se der negativo mesmo assim ele pode ser positivo, sendo assim partir para sorologia.
A sorologia irá verificar a presença de anticorpos, mas não se a infecção é ativa. Deve coletar o sangue, colocar em tubo de bioquímica e enviar para o laboratório, ela será feita por RIFI por diluição total, porque vem diluída a titulação de anticorpos, conseguindo entender se o paciente tem uma doença ativa ou concomitante. É considerado que o paciente é positivo sem duvida quando a sorologia vem com 4x o ponto de corte, que é 1:, se vier abaixo de 1:160 tem que ter dúvida desse resultado, se vem acima disso, não tem dúvida de que é um paciente reagente.
Para pacientes que ficar “em cima do muro” fazer ação repelente e pesquisar Eriliquiose (pedir hemograma para avaliar plaquetas e fazer 4DX) se der positivo parar erlichia tratar e um mês depois refazer o teste para leishmaniose. 
Outros métodos de diagnóstico são: identificação citológica ou histológica de amastigotas livres ou macrófagos de esfregaço corados de linfonodos ou medula óssea. Se tiver a forma parasitária com certeza é leishmaniose, se não tiver, não significa que o animal é negativo.
31- Quais são as fases da infecção da leishmaniose? 
6 semanas de infecção – PCR e sangue postivo 
8 semanas de infecção- PCR de tecidos linfoides positivo
16 semanas de infecção- linfadenomegalia/hiperproteinemia 
20 a 30 semanas de infecção – titulação de anticorpos
32- Quais são os diagnósticos diferenciais para leishmaniose? 
Esporotricose e doencas alérgicas (sempre fazer sorologia para leishmaniose) 
33- Depois que der positivo na sorologia para leishmaniose qual é o próximo passo a ser tomado?
Fazer o estadiamento da doença para poder classificar o grau no paciente (1 a 5 graus) para que de acordo com o grau, se preconizar o tratamento. 
34- Como é feito o tratamento para leishmaniose? 
Antes de iniciar o tratamento é impornate salientar que não há cura para doença e sim controle e o paciente deve sempre ser monitorado por titulação de anticorpos. 
Sendo assim, para monitoriar esse paciente positivo é necessário avaliar as enzimas hepáticas, renal e proteína total, pois o problema mais de uma paciente com leishmaniose é a insuficiência renal (é o que mais leva a óbito). 
No estágio 1 da doença deve ser feito a imunoterapia (vacina), no estágio 5 é uma doença muito grave, com IRC, e que provavelmente o animal vai vir a óbito.
O protocolo terapêutico vai ser baseado em: 
· Miteforan: único medicamento na medicina veterinária que é liberado para tratamento de leishmaniose – Fazer por 28 dias, fazer titulação e monitorar de 6 em 6 meses. 
· Doxyciclina – irá diminuir a carga parasitária. É um antibiótico muito utilizado para tratamento de erliquiose, podendo mascará o resultado. 
· Alopurinol 
· Domperidona 
· Predinisolona 
· Coleira Scalibor (única que tem indicação em bula) 
· Vectra 
De 6 em 6 meses tem que ser feito o acompanhamento desses pacientes, USG, avaliação bioquímica, hemograma, sorologia para leishmaniose. 
35- Quais são as formas de prevenção da leishmaniose? 
Vacina junto com ação repelente. 
Manter quintais sempre limpos, livres de folhas, instalações de telas com buracos bem pequenos nos canis onde o animal fica. Evitar expor o animal ao ataque do flebótomo, que age a noitinha e ao amanhecer. Uso de produtos veterinários destinados a repelir mosquitos (coleiras no animal). Plantar nos quintais ou em vasos (para quem vive em apartamento) a citronela, que é uma planta que possui poder de repelência. 
36- O que é a epilepsia?
A epilepsia é um distúrbio cerebral causado por predisposição persistente no cérebro e gera crises epiléticas de forme espontânea e recorrente. Na crise epilética, os sinais clínicos estão relacionados a descargas neuronais sincrônicas e autolimitantes, ou seja, os neurônios podem estar sujeitos a uma atividade paroxística (agudo) ou excessivo e desordenado que induz uma enorme variedade de manifestação clínica. 
37- O que ocorre nas crises epiléticas?
Nas crises epiléticas os neurônios/neutransmissores disparam simultaneamente e excessivamente e não há uma inibição. Há uma falha na liberação desses neurotransmissores, ou por conta de uma doença encefálica primária ou secundária, podendo afetar todo o encéfalo ou parte dele (paraeplético total ou parcial) 
38- Quais são os sinais clínicos de animais com epilepsia?
Mioclonia, fragilidade muscular generalizada (devido a ativação de poucos fascículos musculares), alterações de comportamento e alterações de consciência. 
39- Como são classificados os sinais clínicos?
Prodomo: alterações comportamentiais, que ocorrem horas ou dias antes de uma crise epilética (lambeção de lábio, da pata, salivação excessiva). 
Aura: sinais sensoriais que antecedem uma crise epilética. Pode ser de difícil comprovação em aniamis 
Icto: crise epilética propriamente dita.
Pós-ictal: Alterações de comportamento ou até mesmo neurológica, dias ou pós crise epilética.
40- Defina:
a) Clusters: crise epilética agrupadas, ou seja, quando ocorre 2 ou mais crises dentro de um período de 24 horas 
b) Status epiléticos: quando ocorrer sucessivas cirses convulsivas que hja retorno da consciência entre elas no entorno de 3 a 5 minutos, ou seja, o paciente tem a crise epilética e demora com retorno da consciência. 
41 – Como são classificadas as crises epiléticas?
Focal motora: antecede a crise (aura), ocorre somente mioclonias (contrações rítmicas da musculatura facial e mastigatória), cabeça lateralizada. Tem preservação da consciência e pode durar de 5 a 24 horas. 
Crise focal psicomotora: animais apresentam inconsciência, olhar ausente, corrida histérica, perseguição da cauda, automutilação do flanco, agressividade e fúria, caçar de mosca. 
Generalizado: pode ser classificada quanto a intensidade e o grau de perda da consciência (brando ou graves). O paciente tem um sinal clínico muito mais avançado. Quanto aos sinais clínicos podem ser classificados como: tônico-clônicas, tônicas, clônicas, atônicas e de ausência.
Crises epiléticas generalizadas primárias: são aquelas que os sinais clínicos iniciais refletem o envolvimento de ambos os hemisférios cerebrais. 
42- Quais são as possíveis causas da epilepsia?
Causas extracranianas (sem trauma cranio-encefálico): desequeilíbrio eletrolítico, aumento de sódio, diminuição de cálcio (paciente desidratado), deficiência de tiamina em gatos, hipoglicemia (muito comum), encefalopatia uremica (Insuficiencia renal), encefalopatiahepática (intoxicação), intoxicação por organofosforato e carbanato (chumbinho). 
Causas intracraniana: hidrocefalia (paciente incompatível com a via), trauma cranioencefálico, neoplasia primária ou metástase (osteossarcoma faz muita metástase para cranio), meningite ou encefalite como causa infecciosa. 
Causas infecciosas: toxoplasmose, PIF, cinomose 
Epilepsias idiopáticas: comum em cães; predisposição racial (sptiz alemão, poodle, bealge, pastor, labrador, raro em braquicefálicos). 
OBS: em gatos não se tem muita casuística, mas na maioria das vezes esses quadros são secundários. 
43- Como é realizado o tratamento e quando ele deve ser inciado?
O objetivo do tratamento é a redução de 505 do número de crise e diminuir o intervalo entre elas, além da redução da intensidade do status spilético. 
Vale ressaltar que de 20 a 30% dos animais não respondem ao tratamento e só se tem cura quando se tem a doença de base definida, quando a causa é idiopática o paciente não tem cura e sim controle. 
O tratamento deve ser iniciado quando o paciente faz um intervalo menor do que 6 meses entre as crises, quando ele tem sinais pós-ictal muito severos (agressividade, cegueira) que acabam perdurando por 24 horas e o tempo da crise, do status epilético vem aumentando. O inicio precoce da terapia, principalmente em animais portadores de crise idiopática, é sempre o ponto chave para o controle do distúrbio e isso se dá para não permitir a cronicidade da doença, que pode gerar vários dando colaterais.
Droga utilizadas para manutenção:
· Fenobarbital (gardenal, fenocris, unifenobarb – droga de primeira escolha): demora de 7 a 15 dias para estabilizar as crises convulsivas, o animal pode sentir poligafia, polúria e polidpsia, causa uma leve sedação e ataxia, ocorrer aumento das enzimas hepáticas, principalmente da FA. Na maioria dos casos é utilizado como monoterapia 
- Se o paciente tem um controle inadequado, ou seja, mesmo utilizando esse medicamento não tem uma resposta bacana, tem que avaeriguar se esse paciente está absorvendo a droga de maneira correta fazendo a dosagem sérica de fenobarbital. 
· Brometo de potássio: se utiliza quando se tem um paciente resistente a fenobarbital. Deve-se ter cuidado com pacientes hapatopatas. É utilizado de forma manipulada de 24 em 24 horas e precisa ser utilizado junto com alimento para evitar gastrite, úlceras, pois faz vomito de repetição. Pode causar fraqueza, sedação, poliúria, polidpsia e polifagia. NÃO USAR EM GATOS. 50% das vezes é usado como monoterapia, mas em alguns casos é necessário fazer a combinação de fenobarbital com brometo de potássio. 
Primeiro faz o protocolo inicial com o fenobarbital, que é a droga de escolha, se
esse paciente continua apresentando crises vai ser feito a mensuração de fenobarbital. Se esse paciente tem a concentração sérica abaixo da faixa
terapêutica, aumenta a dose sem comprometer a função hepática. Se ele
tem nível no limite da dose preconizada, inicia terapia combinada com brometo de potássio só utilizado quando tem um paciente refratário a monoterapia.
O tratamento pode ser para vida toda do paciente, caso haja controle, sem crise durante 1 ano, pode tentar parar a terapia. 
Em casos de crise, de emergência pode se utilizar o diazepam. O diazepam possui uma meia vida muito curta, mas no momento que o paciente se encontra em status epilético, esse medicamento tem início de ação em dois minutos. O objetivo do tratamento do status epiléticos é principalmente interromper as crises, porque esses pacientes podem fazer um quadro de hipóxia grave e vir a óbito causando isquemia. O diazepam pode ser utilizado de forma intravenosa ou retal (mais vantajosa, pois em crise é mais difícil de pegar veia do paciente e a absorção é mais rápida) . Quando se tem uma crise sem controle, mesmo fazendo aplicação intravenosa ou retal, pode fazer infusão contínua (o,5 mg/kg/h). 
Caso o paciente não melhore nem com a infusão contínua de diazepam, entrar com a infusão de propofol. 
Após o controle da crise continuar com a terapia de fenobarbital ( 3 – 5 mg/kg), se já usado o fenobarbital, associa-lo ao brometo de potássio. 
44- Defina otite externa. 
É um processo primariamente inflamatória e secundariamente infeccioso. 
Patologias que envolvem a orelha externa, consequentemente envolve a pele. 
45- Qual a epidemiologia da otite externa? 
Doença muito frequente em cães e rara em gatos, sempre que atender gatos com incomodo na orelha, sinais de otite, pensar primeiro em otite parasitária, que é a otite mais comum em gatos. 
46- Explique como se comporta a otite média. 
A otite média é uma consequência da otite externa crônica e partir da orelha média, toda estrutura auricular está dentro do crânio. Sendo assim, a bulha timpânica é uma cavidade dentro do crânio, revestida de epitélio, que é o mesmo epitélio que recobre o corpo. Com isso, todo processo infeccioso nessa região é muito mais difícil de ser tratado, então que evitar que se instale e evitar o não diagnóstico desta patologia. 
47- Como se dá a apresentação da otite externa?
Ela pode ser crônica ou aguda, sendo importante definir desde o primeiro momento, porque a conduta diagnóstica e terapêutica é diferente. 
48- Quais são os principais sintomas da otite externa?
Cerúmen visível, o animal coça muito a orelha, vai sacudir muito a cabeça, vai ter cheiro ruim, ao palpar a orelha o animal vai reclamar de dor ou o animal fica com a cabeça lateralizada, orelha calcificada. 
49- Explique a fisiopatologia da otite externa?
Vai haver uma causa, uma etiologia, agredindo a orelha externa. Essa causa vai desencadear uma inflamação, sendo assim, o primeiro sinal da inflamação vai ser o aumento da produção de cera, depois vai ter eritrema, prurido. Porém nem todos os animais vão manifestar todos os sinais, tem que entender que aumento da produção de cera é o primeiro sinal e nesse momento já tem otite externa. 
Tem animal que vai ficar apenas no quadro inflamatório e não vai passar para o processo infeccioso. E é nesse momento que tem que detectar, não pode esperar chegar no quadro infeccioso. 
As causas que desencadeiam essa inflamação podem ser primárias ou devido a fatores predisponentes. Os fatores primários são aqueles que agridem o epitélio diariamente, um exemplo é a sarna otodécica (otodectes cynotis), ele anda na superfície do epitélio o irritando e gerando inflamação, outra sarna que pode estar presente é a demodécica. Doenças dermatológicas são fatores primários que possuem uma infinidade de situações. Dentro das dermatopatias, as principais são as alérgicas e dentro das alérgicas tem a atopia, que é a principal causa de otite em cão. Endocrinopatias como o hipotireoidismo, doenças autoimunes... Os fatores predisponentes são fatores que quando presentes podem ou não ser a causa da otite, dentre os fatores predisponentes temos: laceração do epitélio (a água torna o epitélio mais macio), arranchamento dos pelos de dentro da orelha (agride o epitélio e isso pode gerar inflamação), limpeza indevida (se pingar produto de limpeza e o animal não possuir cera, vai ressecar e o organismo começa a entender que precisa aumentar a produção de cera, predisposição racial (os braquicefálicos possuem muita otite, pois eles tem a luz da orelha externa muito menor do que as outras raças devido a formação do crânio) 
A infecção vai ser um fator secundário, pode ser acometido por bactérias e fungos ou ambos. A infecção vai ser proliferar quando a inflamação estiver instalada, não existe otite por contaminação. As bactérias e malazzeia então presentes em orelhas saudáveis, o que leva esses microrganismos proliferarem é a inflamação. 
50- O que são os fatores perpetuantes de uma otite externa e quais são eles?
Caso não trate a doença de base e trate apenas o fator secundário, a otite vai reincidir. Com a continuidade da lesão a inflamação vai vir cada vez mais intensa e essa inflamação contínua vai começar a promover alterações anato-histológicas muitas vezes irreversíveis. O epitélio fica hiperqueranótico (epitélioespesso), com isso a luz vai ficando cada vez menor e dificulta o tratamento, as glândulas ficam hiperplásicas (principalmente as ceruminosas por conta da hiperprodução) e isso também faz o epitélio ficar espesso, dificultando o tratamento. A cartilagem começa a se ossificar. Isso tudo pode causar estenose do canal da orelha externa, isso é causado por otite crônica, porém se já estiver com essas alterações essas otite não vai ser curada e sim controlada, tendo o prognóstico de reservado a desfavorável. Essas alterações são irreversíveis. 
Esses fatores quando presentes favorecem a ruptura do tímpano e a estrutura que está atrás do tímpano, o que vai acontecer é que a infecção da orelha externa vai para orelha média, sendo ainda mais difícil de tratar. 
Outro fator perpetuante é a formação de biofilme, que é proteção que as bactérias fazem para manter a sua sobrevida. Isso ocorre em otites crônicas (pseudômonas faz muito) e o prognóstico também é de reservado a ruim. 
51- Como é feito o diagnóstico de otite externa?
Para determinar o diagnóstico tem que determinar os fatores primários e predisponentes. Identificar se já existe fatores perpetuantes e sempre identificar se existe fator secundário, pois é isso que vai determinar o tratamento (com exames secundários). 
Durante a anamnese sempre tentar identificar se é um quadro agudo, crônico ou reicidivante, investigar se o animal usou algum tipo de medicação ou se tem algum quadro de doença dermatológica. Investigar se tem contactante e se o contactante tem sinal otológico (devido a possibilidade de sarna) e procurar saber como é feita a limpeza deste ouvido. 
Todo paciente com otite primeiro faz o exame físico geral, porque por mais que seja infecciosa não desencadeia sinal sistêmico. Depois fazer o exame dermatológico para investigar sutil dermatopatias e por último o exame otológico. Existe alguns animais que vão precisar ser sedados, pois não vao permitir serem sedados. 
No exame otológico se faz a inspeção, palpação (na base do pavilhão) para perceber a consistência da cartilagem. Com o otoscópio vai ser avaliar o epitélio, se tem eritrema, se está estenosado, se está com exsudato. Na otoscopia já se faz o diagnóstico de otocaríase. Cultura e antibiograma só se fazem em algumas situações, não é um exame primordial, ele vai ser utilizado em casos crônicos. Se tem uma otite média tem que fazer antibiograma obrigatoriamente.
Fazer exame de imagem quando tiver suspeita de otite média, pois vai ser a imagem que vai fechar o diagnóstico. Pode ser feito o raio-x, mas o mais recomendado é a TC, para não ter sobreposição. 
A citologia vai determinar se há ou não agente secundário e se é fungo ou bactéria. 
52- Como Vai ser realizado o tratamento da otite externa?
Primeiro começar a tratar o secundário, depois o perpetuante e buscar o primário. 
Sempre limpar as orelhas com ceruminolítico, pois se pingar o remédio com a orelha chega de exsudado, o medicamento não vai ter contato com a parede e não vai ser absorvido. O ceruminolítico tem que encher a orelha do animal e depois massagear, deixar alguns minutos, depois vem com algodão seco com o sedo e seca, nunca colocar junto com o remédio. Quando se tem exsudado fluido não adianta colocar ceruminolítico, tem que ser feito uma lavagem com sonda uretral e sorofisiológico, o soro tem que entrar e sair e só parar de injetar quando o soro sair translúcifo. Retirar os pelos se preciso (o pelo nesses casos vai atrapalhar a absorção do remédio). 
Remédios tópicos: 
· Antiinflamatório: glicocorticoide (hidrocortisona 0,5 – 1%, dexametasona 0,1%, prednisolona 0,5%. 
· Antibiótico: primeira esoclha = Clorafenicol ou neomicina/ segunda escolha – gentamicina, tobramicina, enrofloxacina. 
· Antifúngico: miconazol, cetoconazol, tiabendazole, nistatina, cloritrimazol. 
- Se na citologia só tiver levedura, não existe nenhum remédio veterinário anti-inflamatório e antifúngico, tendo que manipular. 
- Fazer de 10 a 15 dias. Primeiro fazer 10 dias, voltar, refazer citologia, se tiver ausência de microrganismo, suspender, se ele continuar com coceirar continuar apenas com clicocroticóide de 7 a 10 dias. 
Remédios sistêmicos: 
- O tratamento sistêmico quase nunca é necessário, é mais utilizado quando se tem otite média. 
· Corticóide: prednisolona ou predisona - A associação desse corticoide sistêmico com o tópico, pode favorecer a freada da instalação dos fatores perpetuantes. Quando se tem a orelha muito estenosada, faz essa associação e avalia se tem alguma melhora, pode-se ter alguma melhora, mas pode ser que não tenha nenhuma diferença.
· Antibiótico (quando tiver otite média): baseado na cultura e antibiograma. Tem que ser feito o tratamento de 4 a 8 semanas com
· Amoxilina com clavulanato, cefalexina, enrofloxaxina, obrifloraxina, nmarbofloraxina, ciprofloraxina, difloraxina. 
· Existe alguns antibióticos que quando utilizados na presença de pus são inativados. 
53- Quais são os principais erros quando se trata de otite externa?
Ausência de limpeza ou limpeza inadequada, medicamentos polivalentes na ausência de microrganismos. Não tratamento da causa primária/predisponente, não identificação dos perpetuaste, não tratar otite média.

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